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EDUCAÇÃO

DE FILHOS:
SUPERANDO
O DESAFIO

4 Dicas valiosas para pais e educadores


INTRODUÇÃO
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Há hoje certa discrepância a respeito da educação. A
família delega à escola e a escola, por sua vez, indica
que é a família a responsável pela tarefa educativa.
Ainda que os filhos passem boa parte do dia na escola,
cabe aos pais (ou àqueles que façam as vezes deles) o
papel de educar os filhos.
Como cumprir com tão grandiosa tarefa? Como saber se
estamos no caminho correto? Este e-book destina-se a
auxiliar aos pais nessa jornada.
Para bem educar seus filhos, os pais devem estar atentos
para sua conduta e seus exemplos. Bons filhos só se
formam através de bons pais.
3 Em nosso dia-a-dia, dentro das atividades da Escola Espírita
Anália Franco, nos deparamos com este paradoxo.
Oferecemos educação de qualidade, orientações,
instruções, porém muitas vezes há o contágio com o
contraexemplo dentro do lar. Estamos formando hoje as
crianças, para que amanhã sejam pessoas de bem e
atuem de maneira diferenciada e inspiradora na educação
dos pequeninos que porventura cruzem seus caminhos.
Esperamos que este material possa lhe auxiliar a refletir
melhor sobre como estamos educando nossos filhos, para
que possamos criar um mundo melhor.

Abraços fraternos,

Obras Sociais da Associação Espírita Francisco Thiesen


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#VamosJuntosConstruirUmMundoMelhor
1. 5A IMPORTÂNCIA
DO LAR
O lar está associado ao
reconhecimento. Além de
propiciar conforto,
proteção, relaxamento, a
casa é o local ideal para
recarga de energia. Por
isso, no dicionário o lar
está vinculado ao local
onde há harmonia, onde
as pessoas vivem e
sentem-se bem.

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O lar é a expressão daquilo que se vivencia em cada


momento e tudo o que se sente pode ser transmitido a
partir do momento a como se depara com o ambiente
físico.
É na casa que se reconhece a identidade, a forma de
expressão, e até mesmo a maneira como a pessoa
organiza a sua casa pode expressar como ela está se
sentindo.
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Desde muito cedo se tem a concepção de lar, família,
bem como a importância destes, por isso o simbolismo de
uma casa é tão importante que por vezes são possíveis as
lembranças de cenas da infância, de detalhes que
marcaram algum aspecto da vida, e é isto que constitui o
indivíduo; a partir das vivências ao longo das experiências
da vida, pois o ambiente está diretamente ligado às
emoções e relacionado aos vínculos afetivos.
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Desta forma a casa pode ser associada à psique, na
qual existe uma aproximação da mente consciente e
inconsciente, sendo um conjunto de vivências
intelectuais, emocionais e físicas. O ambiente doméstico
é o lugar de retorno, desde tempos mais remotos se tem
a noção deste espaço como um abrigo, um local físico
que aguarda o retorno como sendo um lugar inofensivo
e, portanto, seguro.
9 Por esta razão, o período
voltado às relações
externas, no convívio social,
apesar de extrema
importância quanto à
sociabilidade, muitas vezes
se esgota podendo gerar
consequências desastrosas.

É nesse sentido que o espaço privado


supre todo o estresse, o desgaste do
cotidiano.
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Como exemplo, pode-se pensar em qualquer tipo de
mudança necessária na família, como a saída de um
membro, mudança na fase de desenvolvimento ou
mesmo a relação com diversas faixas etárias no mesmo
ambiente. São maneiras da família se modificar, de
reestruturar algumas regras, observando e englobando o
bem-estar de todos para uma boa relação.
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Pode-se refletir sobre isso com a seguinte frase: “Quando o
pai é pai e o filho é filho, quando o irmão mais velho
desempenha o papel de irmão mais velho e o mais novo
age de acordo com o papel de irmão mais novo, quando
o marido é realmente marido e a esposa é realmente
esposa, então, existe ordem”.
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Quando estes aspectos são percebidos, começa-se a


conhecer os desejos e, com isso, é sentida fluidez no
espaço; espaço este que a personalidade passa a ser
refletida, propiciando crescimento, amadurecimento dos
membros da família, gerando um bem-estar físico e
mental e, consequentemente, felicidade.
A casa é, portanto, o espaço em
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que a pessoa permite ser ela
mesma, sem se preocupar com
julgamentos e aprovações, ou
seja, torna-se lugar de refúgio,
abrigo. Um espaço acolhedor,
onde se vive de modo autêntico,
tem um papel fundamental na
alegria. Neste sentido, ao
perceber os possíveis significados
relativos à casa, é também
necessário que sejam avaliadas
as situações que surgirão, de
transformar as circunstâncias em
percepção da consciência, para
que haja sempre a possibilidade
de um espaço agradável,
auxiliando no bem-estar físico e
psicológico.
14 2. Importância dos Pais

Apesar das estruturas familiares


terem se modificado muito ao
longo do tempo, a importância
da figura paterna na vida, na
educação de uma criança não
mudou. Em muitas famílias, os
pais tem se envolvido cada vez
mais na criação dos filhos e
dispondo mais tempo para estar
com eles, até mesmo porque
hoje em dia temos muitas
crianças que são criadas
apenas por um dos genitores.
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A figura paterna é muito


importante na vida de uma
criança, desde muito cedo ela
é fundamental.
O ideal é que o pai
acompanhe toda a gestação
da mãe, deixando a segura e
tranquila, porque assim
também está garantindo que a
criança está recebendo esses
estímulos já na barriga da mãe.
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Os pais precisam dispor de
um tempo efetivo para o
filho. Aquele tempinho em
que ambos vão estabelecer
os laços de afinidade,
cumplicidade. O momento
de rolar no chão, contar
uma história e contar as
novidades do dia. A
ausência de um dos pais
pode trazer consequências
psicológicas à criança. É de
fundamental importância a
criança ter a figura paterna
e materna. Senão mais tarde
a criança pode apresentar
até mesmo problema de
auto identidade.
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Estudos recentes mostram que a figura paterna e materna
contribuem para uma boa autoestima e na formação de um
adulto que lida melhor com o estresse e as frustrações, A
ausência emocional de um dos pais ou de ambos, podem
trazer dificuldades de concentração, maior probabilidade de
envolvimento com drogas e problemas sociais, um sentimento
de “vazio interior”, podendo contribuir para sentimentos de
angústia, depressão, ansiedade no decorrer da vida.
Vale lembrar que não é a quantidade do tempo e sim a
qualidade do tempo que você dedica ao seu filho.
18 Parece óbvio…e é. Os pais possuem grande importância

na vida de seus filhos.

Entretanto, o assunto pode ser mais profundo ao

pararmos um pouco para analisá-lo. Para alguns essa

parada, quando feita com transparência, sinceridade,

objetividade pode ser um pouco desagradável e

divergente daquilo que acreditam.


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Dizemos isso pelo fato de vivermos em um tempo onde

muitos acreditam que os papeis desempenhados pelos

pais dentro de uma família são descartáveis. Esse tipo de

pensamento fica ainda mais fácil de ser atingido quando

o próprio conceito de família é visto com frivolidade.


20 A figura materna traz para a
criança aprendizagens que
o pai, devido a sua
natureza masculina, não
consegue passar e o
mesmo acontece a respeito
da presença do pai. Deixo
claro aqui que as diferenças
entre homem e mulher não
estão apenas no que diz
respeito a seus órgãos
genitais.

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21 Para isso, faemos nossas as palavras do Prêmio Nobel 1912,
Alexis Carrel: (as diferenças) “São de natureza mais
fundamental, determinadas pela estrutura mesma dos
seres e pela presença em todo o organismo de
substâncias químicas específicas (…)Na realidade a
mulher difere profundamente do homem”.(CARREL, 1969).
Citamos ainda Julián Marías que afirma que a condição
sexuada não é um acidente da matéria, mas sim parte da
constituição do seu ser. (VANEGAS, 2000).
Pai e mãe podem fazer as mesmas coisas, mas as
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fazem de maneiras diferentes e essas diferenças vão
completando o aprendizado da criança.
3.23 Agressões no
lar
A criança agredida em
sua própria casa, local
onde supostamente
estaria protegida da
violência, fica exposta a
uma situação de grande
desamparo.

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O fato de conviver com seu agressor e enfrentar o pacto
do silêncio que costuma envolver as pessoas mais
próximas nesse tipo de situação, estilos parentais
disfuncionais ou mesmo a redes de apoio ineficazes,
podem ser considerados fatores de risco para a criança
e podem apresentar consequências extremamente
prejudiciais ao seu desenvolvimento e ao seu ambiente
social a curto e a longo prazo.
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26 Os efeitos da exposição à Violência Intrafamiliar Infantil
podem ser observados nas funções cognitivas e
emocionais, na dinâmica escolar e social. Os sintomas
mais frequentes são: falta de motivação, isolamento,
ansiedade, comportamento agressivo, depressão, baixo
desempenho e evasão escolar, dificuldade de
aprendizagem, pouco aproveitamento, repetência e
necessidade de educação especial.
27 Os prejuízos podem surgir
como danos imediatos:
pesadelos repetitivos, raiva,
culpa, vergonha, medo do
agressor e de pessoa do
mesmo sexo que este, quadros
fóbico-ansiosos e depressivos
agudos, queixas
psicossomáticas, isolamento
social e sentimentos de
estigmatização.
28 Podem também acontecer como danos tardios: aumento
significativo na incidência de transtornos psiquiátricos,
dissociação afetiva, pensamentos invasivos, ideação suicida,
fobias mais agudas, níveis intensos de ansiedade, medo,
depressão, isolamento, raiva, hostilidade e culpa, cognição
distorcida, tais como sensação crônica de perigo e
confusão, pensamento ilógico, imagens distorcidas do
mundo e dificuldade de perceber a realidade, redução na
compreensão de papéis complexos e dificuldade para
resolver problemas interpessoais.
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A violência é sinônimo de coerção, embora seja discutível
igualar violência ao termo coerção, porque nem toda
coerção é um exemplo de violência. O termo coerção é
utilizado como a presença de controle aversivo nas
interações entre os homens e a natureza. Controle aversivo
envolve punição, reforçamento negativo (fuga e esquiva) e
privações socialmente impostas, fatores que se encontram
presentes em contextos de Violência Intrafamiliar Infantil.
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A violência contra crianças e adolescentes que ocorre no
país, tem cada vez mais repercussão na mídia, no entanto,
muitos casos continuam na invisibilidade, pois nem todos
são notificados por meio de denúncias. A dificuldade
envolvida em realizar as denúncias torna o contexto ainda
mais arriscado, uma vez que a criança continua sendo
exposta ao agressor.
Por esse motivo, a violência
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pode demorar a ser
caracterizada e prolongar-
se por muito tempo. Para
combater a Violência
Intrafamiliar Infantil,
primeiramente é necessário
identificá-la, denunciá-la e
conhecer também quais
são os direitos da criança.

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Assim, se torna mais evidente a necessidade de um trabalho
interdisciplinar, em que vários profissionais, incluindo
professores, médicos, psicólogos, pedagogos e assistentes
sociais, no exercício de suas atividades, estejam envolvidos
com o atendimento e a defesa dos direitos da criança e suas
violações. A atuação desses profissionais é fundamental na
identificação e prevenção da violência contra criança, pois
pode determinar o seu rompimento, impedir que muitos
casos continuem acontecendo e interromper o ciclo deste
tipo de abuso.
33 4. CIÚME ENTRE IRMÃOS: O QUE FAZER?

Embora haja momentos na vida


de todos nós em que um filho é
mais fácil de cuidar que outro,
ou em que enxergamos algo de
nós mesmos ou de nosso
parceiro em um filho ou no
outro, discipline-se para não
demonstrar sinais de favoritismo.
Os pais precisam agir como
pais. Isso quer dizer assumir seu
lado adulto e até passar por
cima da exaustão para dar a
cada filho algum tempo a sós
33 com Mamãe e Papai.
Mantenha seu filho
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informado. Explique a ele quando
outro bebê vai nascer e faça-o
interessar-se pelo processo de
receber e cuidar do novo bebê.
Converta seu filho mais velho em
seu aliado. Ele pode ajudá-lo a
fazer compras, escolher
brinquedos e até ajudar a
selecionar comidas especiais
para o bebê. Se você incluir o
filho mais velho no processo, é
mais provável que ele participe
de bom grado.
Mas nunca torne um filho
responsável pelo outro. Nada de
34 converter o mais velho em babá.
35 Nunca obrigue seus filhos a dividir seus brinquedos. Posso
imaginar as expressões de espanto ou negação, mas o que
pertence a seu filho é dele e só deve ser colocado na arena
comum se ele optar por compartilhar.
Nunca faça pouco caso de seus filhos mais velhos, nem os
envergonhe ou cause constrangimento. Nunca os mande agir
como "menino ou menina grande", agir como adultos ou ser
compreensivos. Eles são crianças e também têm sentimentos.
Em vez disso, confirme seus sentimentos, dizendo coisas como
"é claro que você se sente assim, entendo isso muito bem". A
empatia ajuda em muito a suscitar cooperação.
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Nunca trace comparações entre seus filhos, as notas deles,
seus comportamentos ou sua aparência. Nada de
competição, jamais. Nada de brincadeiras familiares em
que um pode ganhar e outro pode perder. Essa é uma
família, não uma arena esportiva, e as crianças devem ser
criadas dentro da colaboração, não da competição.
Nunca diga a um filho que você o ama mais que o outro
porque está se comportando melhor. Essa é uma forma de
divisão que pode fazer um filho voltar-se contra o outro
para sempre.
37 Nunca diga a um filho para fazer as coisas como o outro
faz.
Nunca comente sobre um filho com o outro. Você não
gosta quando falam de você pelas costas; demonstre a
mesma cortesia com seus filhos.
Não manipule. A manipulação é humilhação e faz seus
filhos se sentirem desvalorizados. Se você enfraquecer a
autoestima deles, eles não vão confiar em você, neles
mesmos ou em outros. lidar com eles com amor.
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Seja justo. Essa é uma das regras mais essenciais. Seu filho o
está observando e tem alta consciência da justiça, que,
para ele, se traduz em ele e seu irmão serem amados
igualmente.
Pratique e treine a comunicação por meio do ouvir. Deixe
seus filhos lhe dizerem como se sentem. Se você ouvir com
empatia, eles lhe contarão tudo, e juntos vocês poderão
encontrar maneiras de resolver os problemas. Faça seu filho
se envolver emocionalmente no processo.
Para concluir, fique
39 preparado. Quando
há feriados,
aniversários ou
reuniões familiares,
programe-se. Vocês,
como família, devem
criar algumas regras,
traçar um plano que
possa ajudar a cortar
desde o início
quaisquer dos
padrões estressantes
regulares que vocês
já conhecem, para
poderem lidar com
39
eles com amor.
Produção:
40
Obras Sociais da Associação Espírita Francisco Thiesen
2018 @Todos os Direitos Reservados

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