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Objetivo
Eng. S. Rocha
ISBN 978-85-908626-1-1
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Antenas e Propagação
Acústica e Sonorização
Áudio Valvulado
Transmissão
Recepção
Radiointerferência – Casos e Soluções
Iniciação ao Radioamadorismo
Tecnologia de Televisão Analógica e Digital
Todas as sugestões e comentários desta obra poderão ser enviados para o e-mail:
battcharger@gmail.com
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Antenas e Propagação
ÍNDICE GERAL
2. MECANISMOS DE PROPAGAÇÃO
3. COMPRIMENTO DE ONDA
4. TIPOS DE ANTENAS
5. ANTENAS DIRETIVAS
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Antenas e Propagação
5.12 Antena Vertical para Ondas Médias para Recepção ou Transmissores de Baixa
Potência
5.13 Antena Loop para Ondas Médias
5.14 Antena Cúbica de Quadro para 27 MHz
5.15 Antenas parabólicas
5.16 Antenas Slot
5.17 Antena Omnidirecional 2.4 GHz com 6 dB de Ganho para Internet Wireless.
5.18 Antena Omnidirecional 2.4 GHz para Internet Wireless.
6. LINHAS DE TRANSMISSÃO
6.1 Baluns
6.2 Como ajustar a relação de Ondas Estacionárias (ROE) de uma antena
6.3 Esquema de um Medidor de ROE para 50 e 75 Ohms
6.4 Esquema do Wattímetro Direcional BIRD 43
6.5 Gráfico Para Cálculo da ROE com a Potência Refletida e a Incidente
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Antenas e Propagação
Durante o dia a onda ionosférica ou espacial, sofre uma acentuada absorção nas
camadas mais baixas, camada D ou na parte inferior da camada E, de forma que este meio
de propagação pode ser desprezado. Presume-se que a acentuada absorção observada
durante o dia é devida a grande ionização das camadas inferiores combinadas com um leve
abaixamento de toda região ionizada, de modo a penetrar em regiões de alta pressão
atmosférica.
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Antenas e Propagação
no receptor, fenômeno comum em ondas curtas.Esse problema pode ser evitado com o uso
de duas ou mais antenas separadas de um comprimento de onda, pelo menos. O
desvanecimento também pode ser provocado por múltiplos percursos, quando diversos
obstáculos proporcionam a reflexão indesejada do sinal, provocando o fenômeno conhecido
por “fantasmas” na recepção de TV, quando diversos sinais são somados e subtraídos
devido a percorrerem diferentes distâncias.
2. MECANISMOS DE PROPAGAÇÃO
ONDA TERRESTRE
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ONDA TROPOSFÉRICA
À medida que uma onda eletromagnética se choca com a parte inferior da ionosfera, a velocidade
da onda é alterada, de acordo com as densidades iônicas e de elétrons livres desta região rarefeita.
Na representação abaixo, altamente simplificada, a parte superior da frente de onda (designada
por "I") começa a se acelerar, em relação à parte inferior da frente de onda (designada por "2").
Esta aceleração obriga a frente de onda a se curvar e emergir da parte inferior da camada
ionosférica. Embora isto seja, tecnicamente, um processo de refração, esta ação de espelho (em
propagação de ondas) é denominada “reflexão”.
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A Ionosfera não é uma região única; na verdade, ela é constituída por diversas camadas
distintas, e as características destas variam, na dependência de vários fatores. Uma das
camadas, a camada F, é a de maior importância e a maioria das comunicações mundiais de
alta freqüência, a longa distância, é efetuada por meio da reflexão das ondas de rádio nesta
região da Ionosfera. A camada F está a cerca de 280 km acima da Terra.
Os sinais de rádio que são refletidos pela camada F podem ser devolvidos à Terra, a
distâncias da ordem de 300 km do transmissor. No ponto em que o sinal retorna à Terra, ele
pode ser refletido pela superfície e retornar, novamente, à Ionosfera, onde o processo de
refração é repetido e o sinal é devolvido à Terra uma segunda vez. O processo pode ser
repetido muitas vezes e, embora o sinal se enfraqueça em cada "salto", ele pode ser fre-
qüentemente transmitido a pontos remotamente distantes por meio deste método de "saltos"
múltiplos de propagação de ondas eletromagnéticas.
As condições retratadas no desenho simplificado acima são as encontradas em uma típica manhã
de inverno. Uma alta freqüência (tal como 26 MHz) não é refletida de volta à Terra, mas atravessa
a parte. parte superior da Ionosfera. Uma baixa freqüência (tal como 4 MHz) é refletida, porém,
por causa da densidade Iônica, a maior parte do sinal é absorvida antes que possa emergir da
Ionosfera. As freqüências entre 7 e 21 MHz são refletidas sob ângulos diferentes porque, para um
dado valor da densidade iônica, as freqüências mais altas necessitam penetrar mais na Ionosfera,
antes de serem refletidas de volta à Terra. A maior freqüência que pode ser propagada não
depende apenas da densidade Iônica, mas também do ângulo sob o qual a frente de onda de alta
freqüência se choca com a Ionosfera. Desde que a superfície terrestre é "curva", pode ser
impossível obter este ângulo: como mostrado aqui, o espectro de freqüência de reflexão, utilizável,
está entre 7 e 21 MHz. Note-se como a “zona de silêncio" é criada, e como os receptores, na zona
de recepção de saltos múltiplos, podem estar aptos a receber os sinais chegados em diversos saltos
simples, duplos e triplos, dependendo da freqüência.
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Antenas e Propagação
zona de silêncio. Em seguida, a uma maior distância ainda, um forte sinal é, subitamente
recebido outra vez. Isto acontece onde a componente de onda ionosférica do sinal retorna,
pela primeira vez, à Terra, após ser refletida pela Ionosfera. A distância entre a antena
transmissora e este ponto é denominada largura de zona de silêncio. As zonas de silêncio,
excetuando-se a primeira, raramente ocorrem durante a propagação de saltos múltiplos,
visto que a energia eletromagnética é amplamente dispersada, tanto pela Ionosfera quanto
pela própria Terra.
Quando um sinal de rádio penetra na Ionosfera, ou é refletido de volta à Terra, ou penetra
nela e se perde no espaço exterior, ou ainda, está tão fraco que se perde totalmente. O efeito
da Ionosfera sobre o sinal depende, principalmente, da freqüência da onda eletromagnética,
do ângulo sob o qual esta abandona a antena e do estado da Inosfera, o qual está sujeito a
grandes variações.
Com poucas exceções, a Ionosfera refletirá uma faixa de freqüências, cujo valor depende
do grau de ionização da Ionosfera. Freqüências superiores ao valor máximo da faixa
penetrarão na Ionosfera e continuarão pelo espaço exterior; freqüências abaixo do mínimo
serão absorvidas no interior da Ionosfera. Em um ou outro caso, a comunicação à longa
distância, por meio da Ionosfera, não será possível.
A freqüência mais alta que a Ionosfera refletirá entre dois pontos é denominada Freqüência
Máxima Utilizável ou "MUF", do inglês “Maximum Usable Frequency"; a mais baixa é
denominada Freqüência Mínima Utilizável" ou "LUF" “Lowest UsefuI Frequency".
A freqüência crítica (fc) para uma determinada camada é a maior freqüência que pode ser
devolvida para a Terra pela camada, para um raio de incidência normal. É a maior
freqüência que pode ser refletida pela camada para determinado ângulo de incidência da
onda eletromagnética. A MUF geralmente não ultrapassa 35 MHz e é dada pela equação:
MUF = Freqüência crítica ÷ cos θ , sendo θ o ângulo formado entre a tangente no ponto de
reflexão total na ionosfera e a normal ao plano.
Na prática a MUF serve para determinar a escolha da freqüência correta para a
comunicação em HF em determinado horário do dia.
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Antenas e Propagação
Durante as horas do dia, dos meses de inverno, a freqüência máxima que a Ionosfera pode
refletir é geralmente maior que aquela de durante as horas do dia dos meses de verão,
porque o Sol está mais próximo da Terra no inverno (o fato do hemisfério norte ser mais
frio é devido ao menor ângulo zenital do Sol) e a intensidade da radiação ultravioleta que
varre a atmosfera superior é muito maior.
Contudo, durante as horas noturnas do inverno, a situação é invertida. Devido às longas
noites invernais, há muito mais tempo disponível para que as recombinações se efetuem,
dando como resultado que as camadas noturnas da Ionosfera, no inverno, se enfraqueçam
consideràvelmente, resultando em muito menores freqüências que durante o período
noturno do verão.
Um dos teoremas básicos da teoria de antenas estabelece o principio básico que todos os
parâmetros básicos de uma antena (Ganho, polarização, impedância característica, largura
de banda, ROE, etc...) são válidos tanto para a transmissão quanto para recepção.
3. COMPRIMENTO DE ONDA
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Antenas e Propagação
Ao circular corrente por uma antena, são criados no espaço dois campos, um campo
magnético e o outro elétrico, perpendiculares entre si. Estes campos propagam-se no espaço
e ao encontrarem condutores elétricos, produzem neles, por indução eletromagnética, uma
diferença de potencial (ddp) e, desta forma, induzem correntes elétricas nestes mesmos
condutores.
Uma outra antena, dentro do alcance desse campo elétrico, captará todas as
freqüências, porém com maior eficiência as faixas de freqüência para as quais ela é
ressonante e na direção correspondente. Desta forma, teremos numa antena diversas
diferenças de potencial e correntes criadas, ou melhor, induzidas por diversos campos
elétricos, que variam de acordo com as características de cada antena.
Embora existam várias correntes e tensões elas não se misturam, isto devido ao fato
de que cada uma possui uma freqüência de ressonância e o melhor rendimento será
correspondente ao sinal que mais se aproximar a múltiplos ou submúltiplos do
comprimento de onda da antena.
Quando a antena está em ressonância possuímos a máxima eficiência, com a maior
transferência de energia do transmissor, e em conseqüência, com a melhor relação de ondas
estacionárias (ROE) ou Taxa de Ondas Estacionárias (TOE).
As condições de ressonância podem ocorrer em outros casos.
Condição de ressonância:
• Um ou mais comprimentos de onda (λ)
• ½λ
• 1/4 λ
Antenas Curtas:
• Possuem comprimento físico inferior a 1/10 λ, por exemplo em Ondas médias,
onde a própria torre é isolada e utilizada como monopolo vertical.
4. TIPOS DE ANTENAS
É uma antena imaginária e apenas teórica, com forma de uma esfera suspensa no ar
irradiando igualmente em todas as direções. Uma antena vertical irradia ao redor da sua
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Antenas e Propagação
haste vertical, porém, não existe a irradiação nas suas extremidades, a irradiação nas
laterais será aumentada de +0,3 dBi.
Na antena dipolo de meia onda (2 x 1/4 λ) a irradiação será nas laterais que também
acumularão a irradiação não gerada nas extremidades passando a ter um ganho de 2,14 dBi.
(em relação ao isotrópico).
Para efeito de cálculo utilizamos a unidade de referência em dBi. Para efeito comparativo
utiliza-se como referência a antena básica, ou seja: nas antenas direcionais o ganho é dado
sobre o dipolo de meia onda = 0 dBd. Se uma antena direcional de 3 elementos tem 8 dBd,
significa que ela tem 8 dB de ganho sobre o dipolo. O dipolo de meia onda de 0 dBd tem
ganho unitário, isto é, como o dipolo é a própria referência de ganho, o ganho será igual a
1.
Para as antenas verticais a referência é a antena de 1/4 λ com 3 ou 4 radiais que fazem o
plano terra. Assim, para uma antena de 1 x 5/8 λ, cujo tamanho físico é de 2 x 1/4 λ terá 3
dB de ganho sobre a antena vertical de 1/4 λ .Uma antena de 2 x 5/8 λ terá ganho de 6 dB,
já uma antena com 3 x 5/8 λ terá apenas 7 dB sobre a vertical de 1/4 λ .
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Essa antena pode operar invertida, caso se deseje concentrar a R.F. em uma área
menor, como em um prédio ou shopping. Os radiais devem ser dimensionados para ¼ λ
mais 5%.
4.2.1 Exemplo de Cálculo de Antena Vertical Plano Terra para a Faixa de 88 a 108
MHz para Radiodifusão
Para um monopolo vertical, conhecido como plano terra (ground plane), utilizamos
um tubo central de alumínio, de diâmetro variando de ½” até 1”, dependendo do
comprimento. A fabricação do plano de terra compreende 3, 4 ou mais radiais, quanto
maior o número deles, melhor o efeito da terra artificial. Esta antena possuí a impedância
característica menor do que o dipolo horizontal de meia-onda, sendo o melhor casamento
de impedâncias realizado com cabo coaxial de 50 Ohms.
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Antenas e Propagação
Antes de instalar a antena, observe onde fica localizado o Norte Geográfico (diferente
em poucos graus do Norte Magnético) e oriente o dipolo perpendicular à direção de maior
interesse. Nas pontas são utilizados isoladores e cordas com fios de nylon em vez de fios
para diminuir o efeito capacitivo e não alterar a sintonia da antena. No centro da antena
também é empregado outro isolador de porcelana, acrílico, pexiglass ou, melhor ainda, um
isolador de antena blindado contra umidade, tipo Osledi, onde os condutores da antena são
ligados à linha de transmissão conectada ao receptor ou transmissor.
Em antenas dipolos podemos usar o cabo coaxial de 75 ohms RG-59U ( pequeno diâmetro)
para distâncias até 30 metros e potências de R.F. até 430 Watts e empregamos o cabo
coaxial RG-11U (baixa perda) para distâncias acima de 30m e potências até 2 kW. Para
monopolos verticais utilizamos cabos coaxiais com impedância característica de 50 Ohms.
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Antenas e Propagação
4.3.1 - Exemplo de Cálculo de Antena Dipolo de Meia Onda para a Faixa de 88 a 108
MHz:
Vamos calcular uma antena dipolo para a faixa de FM de 88 a 108 MHz, dimensionada
para o centro da faixa, 100 MHz, pois neste caso a largura total da faixa de FM é de 20
MHz:
Como a velocidade de propagação da onda = 300 000 000 m/s e sendo a freqüência = 100
000 000 Hz, temos que λ = 3 metros.
Como o dipolo é de meia onda, o seu comprimento físico será a metade de um λ , ou seja,
½ metro. Levando-se em conta o efeito das pontas, onde existe um acúmulo de cargas na
extremidade do fio condutor e efeitos dos isoladores quando a antena é suportada, o valor
do comprimento fica reduzido de cerca de 5 %, (este fator depende do diâmetro do
condutor), devendo a seguinte fórmula ser empregada:
λ/2 = 1,42 m, e o comprimento de cada lado do dipolo (λ/4) será de aproximadamente 0,71
m para cada lado.
Na linha de alimentação poderemos usar um cabo coaxial de 75 Ohms com um balun, que
adapta a estrutura balanceada do dipolo com a o cabo que é eletricamente desbalanceado,
conforme veremos no capítulo relativo aos Baluns.
4.3.2 - Exemplo de Cálculo de Uma Antena Dipolo de Meia Onda para 7,1 MHz –
Faixa de 40 metros:
4.3.3 - Exemplo de Cálculo de Uma Antena Dipolo de Meia Onda para 27 MHz
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Antenas e Propagação
Como prender o cabo coaxial em torno do isolador central para evitar entrada de água:
Importante: Por motivo de segurança para evitar choques elétricos, instale a antena longe
de redes elétricas, em local alto e de preferência, longe de objetos metálicos, levando em
consideração que a direção máxima de recepção/transmissão será à perpendicular ao
dipolo, devendo ser o mesmo orientado na direção de interesse.
O fabricante de antenas Electril recomenda:
“As antenas dipolo para 80, 40 e 30 metros são as mais utilizadas. Para as faixas de 20, 17
e 15 metros, antenas direcionais de 3 elementos são aconselháveis.Para as faixas de 12, 11
e 10 metros em operação normal podem ser utilizadas antenas verticais de 5/8 λ com
ótimos resultados, antenas direcionais com 5 ou mais elementos com rotor de direção para
operação em DX (contatos de longa distância)”.Princípio válido, pois nunca instale uma
antena direcional sem o rotor, é pior que uma antena vertical.”
4.3.4 – Antena Multibanda para as Faixas de Radioamador tipo G5RV – 3.5 MHz a 28
MHz
Utilizei essa antena por muitos anos com excelentes resultados. Segundo o seu criador,
Louis Varney: “A antena G5RV, com o arranjo do seu alimentador especial, é uma
multibanda alimentada no centro e capaz de uma operação eficiente em todas as bandas de
HF, de 80 a 10 metros. Suas dimensões foram projetadas especialmente para que seja
possível instalar em áreas de espaço limitado, mas que possam acomodar um percurso
razoavelmente reto de 31 metros”. Uma observação importante: caso não haja espaço
suficiente para estender os 31 metros da antena, é possível dobrar as pontas para que caiba
no espaço disponível – pode-se dobrar até ¼ da antena sem que haja perda de desempenho
perceptível.
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Antenas e Propagação
“Ao contrário das antenas multibandas em geral, a G5RV não foi concebida como uma
dipolo de meia onda na sua mais baixa freqüência de operação, mas com uma antena long
wire de 2/3 onda em 20 metros, onde a seção casadora em linha aberta com 10 metros de
comprimento serve como um transformador de impedância. “
Isto permite que um cabo coaxial de 50 ou 72 ohms veja uma impedância bem casada com
uma conseqüente baixa ROE. Entretanto, em todas as outras bandas de HF, a função desta
seção casadora é a de acomodar aquela parte da ROE (componentes de corrente e tensão)
que, em certas freqüências de operação, não pode ser completamente acomodada pela parte
irradiante. O projeto na freqüência central é 14,15 MHz e o comprimento total é de 31
metros”.
Como a antena não usa traps (armadilhas ressonantes), a porção do dipolo torna-se
eletricamente maior à medida que aumenta a freqüência de operação. Este efeito confere
certas vantagens sobre as antenas com traps, ou carregadas linearmente, pois o aumento do
comprimento elétrico leva a um menor ângulo de irradiação. Assim, para 20 metros, a
maior parte da energia ocorre em ângulos adequados para DX.
Ainda que o casamento de impedância para o coaxial de 75 ohms seja bom em 20 metros, e
mesmo com o uso de coaxial de 50 ohms resulte em ROE menor que 1,8:1, o uso de um
sintonizador de antena é necessário em todas as demais bandas.
Teoria de funcionamento:
Em 80 metros: Nesta banda, a antena atua como uma meia onda encurtada, com
aproximadamente 5 metros do comprimento total feito pela seção casadora. O restante
desta seção introduz uma reatância à antena. O diagrama polar de irradiação é
essencialmente o mesmo de um dipolo de ½ onda.
Em 40 metros: A parte irradiante, mais 4,8 metros constituem uma antena long wire
colinear de 1 λ parcialmente dobrada. O diagrama de irradiação é mais agudo que o dipolo
devido à sua característica colinear. O casamento de impedância é degradado devido à
reatância introduzida pelo comprimento extra da seção casadora. Esta reatância pode ser
facilmente compensada por um sintonizador de antena.
Em 20 metros: Nesta banda a G5RV realmente brilha, operando como long wire colinear
de 3/2 onda, multi-lóbulo, baixo ângulo (em torno de 14 graus) que é bastante efetivo para
trabalhar em longa distância (DX). A antena apresenta uma carga de 90 ohms, basicamente
sem reatância presente.
Em 15 metros: A antena trabalha como uma long wire colinear de 5/2 λ, multi-lóbulo,
ângulo baixo, com alta impedância resistiva, sendo uma antena altamente eficiente para
contatos em DX.
Em 10 metros: Nesta banda, a antena atua como uma long wire colinear de 3 λ. Aqui
também a irradiação é do tipo multi-lóbulo, mas com ganho ainda maior devido ao efeito de
duas 3/2 λ em fase. A impedância é elevada, com baixa reatância.
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Geralmente são conjunto de 4 antenas empilhadas para obter um maior ganho do que um
monopolo de λ/4, cerca de 6 a 9 dB, e a sua distribuição em torno da torre pode apresentar
ganho em uma determinada direção ou em todas, por igual (características omnidirecional).
Segue um exemplo de colinear para a faixa de 2 metros 144 a 148 MHz.
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É uma das melhores antenas que já utilizei. É de baixo custo e simples de construir. Utiliza
um comprimento total de 1 λ e possui maior ganho do que um dipolo de meia onda.Pode
ser construída em forma de um triângulo isósceles, alimentada em um vértice. Possui uma
impedância em torno de 150 ohms e devemos utilizar um balun casador de 4:1 para utilizar
um cabo de 50 ohms. O balun é formado por um cabo de 75 ohms cujo comprimento
depende da banda utilizada (vide tabela). A condutividade do solo é importante em 7 MHz,
pois sua influência é maior nas freqüências baixas do que nas altas.A altura da antena deve
ser de 12 metros no mínimo para melhores resultados. Observe as conexões no isolador
central. O comprimento da antena não é crítico mas a proximidade de prédios influenciam
no ajuste de ROE desta antena.
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É de construção semelhante à antena Delta Loop, mas precisa de 4 suportes para sua
instalação:
Antena alimentada pelo extremo, onde é necessário um casador de impedâncias para a faixa
de operação, pois apresenta uma impedância de até 5000 Ohms no ponto de alimentação da
linha de transmissão. Utilizada em aeronaves navios e seu nome deriva da utilização no
dirigível Zeppelin.
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Antenas e Propagação
4.8 Antena Vertical Slim Jim para 2 metros (J Integrated Matching = JIM)
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Antenas e Propagação
Ponto de
alimentação 75mm
da base
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Antenas e Propagação
Próximo passo: fure a base do mastro mais curto e atravesse a base com um parafuso de
6mm; faça o mesmo a 0,53m da base do mastro maior; mantendo o espaçamento entre os
mastros de 29 mm.
Monte o conector SO239 usando uma chapa de cobre ou zinco no mastro de 1,80 m, acima
alguns centímetros do parafuso de 6mm.
5. ANTENAS DIRETIVAS
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Antenas e Propagação
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Antenas e Propagação
A antena YAGI mostrada acima possuí uma característica direcional, com uma
relação de sinal maior para frente do que para trás, essa relação entre os ganhos em dB é
chamado de relação frente-costa. Os diagramas de irradiação servem para verificar o quanto
a antena é direcional em determinada direção. Quanto mais afastada da antena estiver a
“curva”, maior será o ganho naquela direção. Sendo assim, podemos perceber que no
último diagrama a direção correspondente ao ponto. O elemento da antena cuja linha de
alimentação é conectado recebe o nome de irradiante. O refletor pode ser formado por um
tubo ou um conjunto de vários tubos ou ainda, uma tela para melhorar a eficiência.
Como exemplo, mostramos abaixo uma antena YAGI com 6 elementos: refletor,
irradiante e os 4 elementos menores, chamados diretores.
REFLETOR
IRRADIANTE
DIRETORES
Detalhe da fixação mecânica com braçadeiras O único elemento que tem ligação com a
dos elementos na gôndola (boom) da antena linha de transmissão de descida é o
direcional irradiante ou dipolo, que deverá ser
alimentado com uma linha de transmissão de
50 ohms. Para melhor casamento de
impedâncias entre o cabo e o dipolo
podemos utilizar um acoplador do tipo
gama ou T match, conforme veremos mais
adiante.
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Antenas e Propagação
Dimensionamento Dimensionamento
Dipolo (m) =144,2/freq(MHz) Dipolo (m) = 144,8 /freq(MHz)
Diretor (m) = 135,6/freq(MHz) Diretor (m) = 132,9/freq(MHz)
Refletor (m) = 152,7/freq(MHz) Refletor (m) = 153,9/freq(MHz)
Espaçamento entre elementos =42,7/freq(MHz) Espaçamento entre elementos = 56,4 /freq(MHz)
Uma antena monobanda para a faixa de 20 metros possuí dimensões entre elementos de
3,17m (0,15 λ) e 3,59m (0,17 λ), mas podemos encurtar um pouco a estrutura da gôndola,
sacrificando o ganho em função da menor dimensão, obtendo para a freqüência central de
14,20 MHz as seguintes dimensões:
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Antenas e Propagação
A gôndola que suporta os 3 elementos pode ser fabricada com um tubo de ferro ou
cantoneiras de alumínio em “L” de 1 ¼” x 1/16” e ¾” x 1/8”, formando uma escada, o
comprimento total da gôndola será de 4,5m. Os elementos são todos aterrados no centro,
com maior proteção contra descargas atmosféricas. Usei esta antena muitos anos com
ótimos resultados utilizando um acoplador Gama match composto de um capacitor de 100
pF em série com o tubo de alumínio, veja capítulo 5.6 para a descrição do mesmo. O
capacitor deverá ser protegido em uma caixa plástica contra chuva. Na época, a faixa de 11
metros possuía somente 23 canais, para sintonizar em 27,30 MHz, o centro da faixa
atualmente, as dimensões deverão ser ligeiramente reduzidas e ajustada para o melhor
rendimento com o auxílio de um medidor de ROE.
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Antenas e Propagação
5.5 Cálculo de Antenas Direcionais até 17 Elementos para VHF e UHF em função do
comprimento de onda (λ)
A segunda coluna representa a opção do projeto com ganho maior e maior tamanho físico da
gôndola (boom) da Yagi. Após o cálculo do comprimento de onda (λ), multiplique pelo fator para
encontrar o comprimento do elemento da antena desejado.
No dipolo irradiante utilizamos uma estrutura dupla denominada T-Match (dois lados do
dipolo) ou o simples Gama-Match (somente um lado do dipolo) para adaptar a baixa
impedância da antena direcional, em torno de 20 a 25 ohms com um cabo de 50 Ohms. A
menor ROE é obtida através do ajuste de um capacitor variável em série com um tubo
paralelo ao dipolo. Duplo no caso do T-Match e apenas de um lado como no Gama-Match.
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Antenas e Propagação
Nas antenas com Casador Tipo Gamma Match, ajustar o comprimento do stub e depois do capacitor em
série, caso usado, para o mínimo de ROE na freqüência central de operação
Em 1977 esta direcional foi construída e testada por mim otimizando ganho e
largura de banda. Para os ajustes, foi utilizado um equipamento da Scientific Atlanta que
possui uma antena padrão fixa enquanto em outra torre a antena sob teste gira em 360° para
obter o diagrama de radiação. O comprimento total da gôndola de alumínio de seção
quadrada de 2” é de 2,27 m, enquanto os tubos utilizados para o irradiante e gama match
são de 12,5mm e os demais são tubos de alumínio de 15mm de diâmetro com as dimensões
representadas acima. Os tubos recebem pontas de borracha nas extremidades para evitar a
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Antenas e Propagação
5.6.2 Construção Prática de Antena YAGI de 11 até 22 Elementos para UHF – 432
MHz
Incluo outra antena Yagi, de fácil fabricação e baixo custo que proporciona excelentes
resultados na faixa de UHF. Pode ser fabricada com até 22 elementos, conforme tabela
com respectivas dimensões. O projeto apresentado a seguir configura uma versão menor de
10 elementos com elementos passando através da gôndola (não isolados).
Utilizar como sustentação dos elementos uma gôndola de alumínio de perfil quadrado de
seção de 1 polegada com o comprimento de 1,5 m para 10 elementos. Os tubos para
refletor, irradiante e diretores são de ½”. O balun é confeccionado com uma seção de 22,7
cm de cabo coaxial, enquanto o T Match usa um fio de cobre de 2,5 mm² (antigo fio #12
AWG) nas dimensões do esquema.
- Cálculo do balun: λ/2 x 0,654 ( fator velocidade do cabo ) = 0,694/2 x 0,654 = 22,7 cm
Tabela de Dimensionamento dos Elementos da Yagi para UHF
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Antenas e Propagação
Distância do Elemento em
Elemento mm com referência ao Comprimento do Elemento
início do lado direita da (mm)
gôndola ( linha “0”)
Refletor 30 346
Irradiante 134 340
Diretor 1 176 321
Diretor 2 254 311
Diretor 3 362 305
Diretor 4 496 301
Diretor 5 652 297
Diretor 6 828 295
Diretor 7 1020 293
Diretor 8 1226 291
Diretor 9 1444 289
Diretor 10 1672 288
Diretor 11 1909 286
Diretor 12 2152 285
Diretor 13 2403 284
Diretor 14 2659 283
Diretor 15 2920 281
Diretor 16 3184 280
Diretor 17 3452 279
Diretor 18 3723 278
Diretor 19 3997 277
Diretor 20 4272 276
Casador de Impedância: Lembrando que uma seção de λ/4 x o fator de velocidade do cabo
coaxial (0.66) produz uma transformador de 1:1 e uma seção de λ/2 x o fator de velocidade
do cabo coaxial (0.66) produz uma transformador de 1:2 de impedância. Assim ao ligar em
paralelo duas antenas colineares ou Yagis, temos a que a impedância resultante será a
metade com seções múltiplas de λ/4 e depois teremos que adicionar um transformador
composto de uma seção múltiplo de λ/2 para retornar à impedância de uma antena. Levar
em consideração a dimensão do conector para esse cálculo do comprimento físico do cabo
coaxial.
33
Antenas e Propagação
Caso sejam instaladas no mesmo mastro duas antenas de freqüências diferentes, a menor
deverá ficar acima da antena maior.
São antenas de banda larga. O comprimento físico dos elementos e dos espaçamentos é
escolhido de maneira que o padrão de radiação bi-direcional, impedância e outros fatores
são repetidos para diversas freqüências. A largura de faixa é aproximadamente a relação
entre o comprimento do elemento do dipolo maior para o menor. A log-periódica possuí a
característica principal do ganho menor do que a Yagi, porém uniforme em uma larga faixa
de freqüências, por isso é amplamente empregada na recepção de TV – canais baixos de 2 a
6 (VHF); canais altos de 7 a 13 (UHF) ou nos canais de 14 a 83 (UHF). Uma antena log-
periódica da marca Plasmatic, modelo Senior para TV com 8 elementos para os canais altos
e 8 para os baixos possui um ganho estimado de 4,5 dB em 54-108 MHz e 9,0 dB na faixa
alta de 175 a 216 MHz. A tabela seguinte relaciona os canais e as respectivas faixas de
freqüências:
Nos cálculos do comprimento físico dos elementos utilizar a freqüência central da faixa. As
antenas abaixo são projetadas para a faixa de HF, de 10 a 30 MHz.
34
Antenas e Propagação
Para o complexo projeto dessas antenas foi utilizado Software específico denominado
NEC-WIRES / NEC-2 projetado pelo radioamador K6STI e Nec-Win Plus+, um produto
para Windows da Nittany Scientific. Atenção para a linha de transmissão que interliga os
elementos devido ao seu projeto ser crítico. Numa antena log-periódica, o ângulo entre o
eixo e os irradiadores, influi na diretividade da mesma.
Antena Log –Periódica no Sumaré – R.J. Antenas Parabólicas na Faixa de SHF da Estação da
EMBRATEL no Sumaré/R.J.
35
Antenas e Propagação
No caso da transmissão digital de TV, uma simples antena garante uma excelente recepção,
sem os tradicionais problemas encontrados na TV analógica como fantasmas e reflexões do
sinal.
As antenas móveis encurtadas utilizam bobinas de carga e são construídas com fio enrolado
sobre uma forma isolante, de forma que essa indutância compensa o menor comprimento
físico. O diâmetro desta forma, a bitola do fio e a separação das espiras determinam quanto
a antena será encurtada. Para efeito de cálculo de rendimento de uma antena encurtada usa-
se o seguinte principio: a perda de uma antena encurtada será proporcional ao quadrado do
seu encurtamento. As antenas móveis utilizam bobinas de carga, encurtando as antenas até
5 vezes o seu comprimento físico com menor rendimento. Neste caso, o segundo lado da
antena, o plano-terra, é substituído pelo veículo e como está isolado pelos pneus, atua como
uma parte da antena aumentando o seu rendimento em determinada direção.O local de
instalação de uma antena numa viatura é crítico devido a irregularidade do plano terra, isto
é, o local ideal é o centro do carro e para cada ponto escolhido o comprimento físico da
antena irá variar. A seguir é dado, a título de exemplo, o esquema básico de construção de
uma antena muito fabricada nos anos 70, na época da febre da Faixa do Cidadão. A antena
de maior ganho era o monopolo de ¼ λ, denominado de “Maria-Mole”, devido ao balanço
da vareta de aço inox com mais de 2,70m.
36
Antenas e Propagação
Base da Antena Isolada Torre com Estais Construção com caixa de sintonia
5.12 Antena Vertical para Ondas Médias (OM) para Recepção ou Transmissores de
Baixa Potência
O FCC permite transmissores na Faixa de OM, pois estabelece limite máximo de 100 mW:
Uma antena tipo Loop consiste em uma ou mais espiras de um condutor, geralmente
sintonizado e ressonante através de um capacitor conectado nos terminais da antena. A
antena abaixo é fabricada com cabo coaxial de 50 Ohms, RG-8U e utiliza um capacitor
variável de recepção para sintonia na faixa de Ondas Médias. A estrutura de suporte pode
ser construída com tubos de PVC. Observar a abertura de 3 cm na malha do cabo coaxial.
37
Antenas e Propagação
Uma antena de Quadro possui em cada lado um comprimento físico equivalente a uma
antena de λ/4, no total de l λ, com isso, uma antena de 2 quadros possui um ganho maior do
que uma antena Yagi de 2 elementos, sendo equivalente a uma Yagi de 3 elementos.
A antena descrita a seguir foi construída e usada com sucesso por muitos anos na década de
70 por Cesar Castelo.
A construção é simples e barata, pois utiliza varas de bambu envernizados e tratados contra
intempéries e tubos de PVC ou madeira nas funções dos quadros.
Dimensionamento da antena:
-Lado do Quadro refletor: 2,80m (1,8% maior que o comprimento do quadro irradiante)
38
Antenas e Propagação
-Ajustes: Utilizar “stub” com comprimento variável de 0,40m no refletor para a melhor
relação frente-costa utilizando-se um medidor de intensidade de campo ou receptor com
medidor distante da antena.
-“Stub” de 30cm no quadro irradiante para o ajuste de mínima ROE da antena.
-Casamento de impedâncias:
Utilizar cabo coaxial de 75 Ω, com balun de 1,83m (λ/4 x 0,66 = 2,75x0,66 =1,83m)
distante de 2,5cm do cabo de descida, proteger contra umidade.
Balun no quadro
Irradiante com 1,83m
de comprimento,
distante 2 cm do cabo
Para freqüências mais baixas, como 20 metros devemos ter cuidados com a rigidez
mecânica do conjunto. È possível montar antenas multibandas para as faixas de 10, 15 e 20
metros, porém uma antena irá interagir na sintonia da outra. Para VHF e UHF os quadros
tornam-se menores, com a vantagem de se utilizar um numero maior de elementos.Veja
como alimentar a antena de forma a obter a polarização desejada na figura abaixo:
39
Antenas e Propagação
Tabela de Número de Elementos versus Ganho e Relação Frente-costas para Quadra Cúbica
40
Antenas e Propagação
Antenas Slot são constituídas basicamente por uma cavidade de RF com geometria e
dimensões adequadas à ressonância e conformação de diagramas de radiação especificados,
a alimentação da cavidade é, via de regra, desbalanceada e o acoplamento de energia entre
a linha de transmissão e as fendas (aberturas da cavidade) se dá por elementos de
acoplamento externamente à cavidade são ainda incorporados elementos parasitas para
conformação dos diagramas de radiação especificados.
41
Antenas e Propagação
λ /2 = 40.5 mm
O trecho da antena de λ/4 não é preenchido pelo dielétrico do cabo coaxial, logo não
multiplicamos pelo fator de velocidade de 0.66:
λ /4 = 122,90/4 = 30.7 mm
Material necessário: 1 m de cabo coaxial, conector N, se utilizar cabo fino poderá ser
usado o conector BNC; 20 mm de conduite PVC de diâmetro interno de 20mm para o
acabamento externo.
Corte o cabo conforme o diagrama acima deixando 6mm para ambas as extremidades de fio
para facilitar a soldagem. O comprimento será de 37 +6 +6 +1 = 50mm de cabo para cada
setor, para os 8 setores, mais a seção de ¼ λ, total de 420 mm de cabo para a antena.
42
Antenas e Propagação
Separando as seções
A próxima marca é 37mm abaixo (68mm do final do cabo) e é o corte para a outra
extremidade da seção blindada do setor superior. A próxima marca será 13mm abaixo e 81
mm do final e consiste de 6mm de cada setor e 1mm para o corte entre setores. A próxima
marca será de 37 mm, 13mm, e 37mm, respectivamente até ter marcado todas as seções da
antena:.
43
Antenas e Propagação
Finalmente, teste a continuidade com um ohmímetro para verificar se tudo foi soldado
corretamente e a ausência de curto-circuito.Utilize o menor comprimento de cabo coaxial
necessário devido a alta perda em 2.4 GHz!
5.17 Antena Vertical Omnidirecional para 2.4 GHz para Internet Wireless.
Uma antena mais simples, porém sem o ganho da antena anterior, poderá ser fabricada com
um conector fêmea N e 4 radiais como mostrado na figura abaixo:
44
Antenas e Propagação
6. LINHAS DE TRANSMISSÃO
Uma linha de transmissão ideal seria sem resistência, que não irradiasse e que
possuísse a mesma impedância característica do que a antena, para total transferência da
potência do transmissor à antena. Sabemos que diversos fatores influenciam a impedância
de uma antena, tais como: altura, objetos metálicos e antenas próximas, influência da
resistividade do solo, vegetação, que absorve R.F., etc.Em uma torre composta de diversas
antenas, a menor deverá ficar mais alta do que as antenas menores.
6.1 Baluns
Como uma antena dipolo é uma estrutura balanceada, utilizamos um casador denominado
balun ( balanced/unbalanced) para adaptar uma linha desbalanceada (cabo coaxial) até a
antena. Seu comprimento é calculado como um múltiplo de λ/4 multiplicado pelo fator de
velocidade do cabo, que varia de 0,66 até 0,82 e ligado conforme a figura acima. Os baluns
podem atuar como transformadores com relação de 1:1; 1:4; etc. A impedância
característica de um dipolo de meia onda é próxima de 75Ω e de um dipolo dobrado é de
300 Ω devido a seu comprimento físico. Empregando um cabo coaxial de 75 ohms,
podemos fabricar um transformador de 4:1, utilizando um balun de λ/2, a impedância da
antena de 300 ohms será facilmente casada com um cabo de 75 ohms, conforme mostrado
na figura. As perdas inseridas pelo balun são inferiores a 0.5dB e podem ser fabricados pelo
amador utilizando um núcleo de ferrite de antena de Ondas Médias ou com o próprio cabo
coaxial.
A velocidade de propagação dentro do cabo coaxial é menor do que no ar, por isso
aplicamos um fator de redução, para obter o comprimento de onda em linhas de
transmissão.
Fator de velocidade para fitas de 300 Ω = 0.89 e linhas abertas = 0.98.
Fator de velocidade dos cabos: RG-58 e RG-213 = 0,66
UT-141 semi-rígido; RGC-58 e RGC-213 = 0,82
45
Antenas e Propagação
O tipo RGC possui revestimento celular. Os Cabos com isolantes comuns suportam
potências maiores. Os cabos celulares têm tensão de ruptura do dielétrico menor que o tipo
com polietileno. Utilize cabo de baixa perda em antenas de VHF e UHF.
Quando cortamos o cabo coaxial em múltiplos ímpares de λ/2 fazemos com que a
impedância da antena seja a mesma na outra extremidade do cabo coaxial.
Exemplo de Balun de 1:1: Utilizando o cabo RGC 213, de fator de velocidade 0,82, para
operar na faixa de 11 metros:
Calculamos o centro da faixa, que é a freqüência de 27,305 MHz
Todo medidor de ondas estacionárias possui a leitura direta, onde a portadora é ajustada
para o final da escala do medidor e a leitura da porcentagem de RF que não é casada pela
antena e retorna pela linha de transmissão, é denominada onda refletida. Para ajustar o
comprimento físico da antena dipolo para a menor Relação de Ondas Estacionárias (ROE),
devemos transmitir em dois extremos da faixa e anotar os valores medidos.Se a ROE
estiver menor na freqüência alta, a antena está curta e deverá ser aumentada. Caso a ROE
estiver menor na freqüência mais baixa a antena está com seu comprimento físico maior e
deverá ser encurtada.
Nesta antena móvel com base imantada para VHF e UHF existem 2
ajustes de comprimento, um na base e outro acima da bobina de carga
conforme indicam as setas vermelhas. O ajuste é feito com uma chave
Allen no centro de cada banda para obter o valor mínimo.
Inicialmente, anotar as leituras nos extremos da faixa e ajustar o melhor
comprimento para a mínima potência de retorno.
Para antenas com Gamma Match, ajustar o comprimento do stub e depois do capacitor em
série,caso usado, para o mínimo de ROE na freqüência central de operação. Observe a
impedância para o qual o medidor de ROE utilizado se foi fabricado para 75 ou 50 Ohms.
O Wattímetro direcional BIRD modelo 43 possui elementos (pastilhas) para cada faixa de
potência e freqüência. São detectores, formados por diodos,resistores e capacitores para
cada faixa de freqüências e possui um ajuste fino através de um capacitor tipo trimmer sob
a etiqueta da pastilha.A seta indica o sentido da R.F. na pastilha. Esse medidor indica a
46
Antenas e Propagação
potência em Watts direta e a refletida porém possui um erro de até 5% nas medidas.
Observar os diferentes conectores disponíveis: N e UHF.
A ROE pode ser calculada pela seguinte fórmula, onde Wr é a potência Refletida e Wp é a
potência direta:
Dica: Para medidas de potência refletida podemos colocar pastilhas de menor faixa de
potência, para maior precisão da leitura e realizar a leitura no meio e nos extremos da faixa
de operação da antena.
47
Antenas e Propagação
De construção simples, pode ser montado em uma caixa de alumínio para facilitar os
ajustes de antenas:
Componentes Utilizados:
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Antenas e Propagação
2 Chaves H-H
1 Potenciômetro de 100KΏ
2 Resistores de 150 Ώ – ¼ W
2 Resistores de 100Ώ – ¼ W
1 Microamperímetro, preferência de 0-100 µA
2 Conectores fêmea PL-259 (UHF fêmea)
Ponte de terminais e parafusos
2 Diodos de Germânio 1N34 ou 1N60
2 Capacitores cerâmicos de 1 KpF
Podemos utilizar o gráfico abaixo quando temos ambas as leituras das Potências de R.F.
incidente na carga ou na antena e a potência refletida. A potencia máxima é obtida com a
carga não irradiante colocada na saída do transmissor, pois se a antena não possuir a mesma
impedância característica da linha e do transmissor a potência direta (irradiada) será menor.
49
Antenas e Propagação
O gráfico acima correlaciona a potência direta e a potência refletida, obtendo o valor da Relação
de Ondas Estacionárias - ROE
50
Antenas e Propagação
A comunicação nas faixas de VHF/UHF tem uma propagação semelhante à da luz, limitada
pela curvatura da Terra. Sempre que haja linha visual entre os dois pontos, (transmissão e
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Antenas e Propagação
E V/ m = √(30Pt.Gt ) /r
Onde: r = distância das antenas em metros
Pt =Potência de transmissão
Gt =Ganho da Antena de transmissão
Onde:
Densidade de Potência Recebida = Pt . Gt / 4 Π R²
Pt=potência transmissão
Gt=ganho da Antena de transmissão
R=distância entre as antenas de TX e RX em metros
Prx ( dBm) = P tx (dBw)+ G ant tx (dB) + G ant rx (dB) - 20 log R (km) – 20 log f(MHz) –
2,44
Se Prx for dado em dbw, diminuir 30dB, assim:
P rx ( dBm) = P tx (dBm)+ G ant tx (dB) + G ant rx (dB) - 20 log R (km) – 20 log f
(MHz) – 32,44
Dicas:
Para passar de dBW para dBm some 30.
Para converter dBuV em dBm : dBµV = dBm + 107
E dB(µV) = P dbm + 107
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Antenas e Propagação
53
Antenas e Propagação
Atualmente muitas estações rádio-base (ERB) do Sistema Móvel Pessoal são foco da
preocupação da população, em relação à Radiação Não Ionizante, devido à freqüência de
operação das mesmas, altura das torres e ao possível efeito da radiação. Neste caso, o
contínuo efeito da radiação não é somado no corpo humano, ao contrário das emissões de
raios-X. Em algumas cidades, já existe legislação sobre a distância mínima de construção
(200m) das torres de colégios e hospitais.
Incluo alguns estudos e medidas realizadas por Engenheiros de uma Operadora para
comprovar o nível de radiação de ERBs e apresento, a seguir, as medidas realizadas em
2006 sobre a radiação emitida por torres do Serviço Móvel Pessoal.
Foi utilizado o medidor de Radiação Não Ionizante da Wandel & Goltermann modelo
ERM–300 que realiza a soma dos vetores dos Campos Elétricos presentes no espectro
compreendidos entre 300 kHz e 3 GHz. Poderíamos realizar a mesma medida utilizando
vários equipamentos e antenas para diversas freqüências mas com o ERM-300 é mais
prático e rápido. O campo elétrico máximo foi medido durante 6 minutos e registrado no
equipamento. Como o equipamento registra todos os sinais presentes na faixa de
freqüências de 100 kHz a 3 GHz e o limite máximo de exposição a campos elétricos
permitido na Resolução N°303 varia em função da freqüência, considerou-se como limite
máximo de exposição o caso mais crítico na faixa de operação do medidor, ou seja, o limite
mínimo de exposição segura contido na Resolução 303, que é de 28 V/m. O limite para a
Taxa específica de absorção,SAR, na Austrália, Estados Unidos e Canadá é de 1.6
milliwatts por grama.
8.2 Escolha dos Locais das Medidas das Estações Rádio Base – ERBs
54
Antenas e Propagação
8.3 Tabela de Medidas de RNI Realizadas nas ERBS de diversas Operadoras no R.J.
2,18 56 28 SIM
1,05 56 28 SIM
1,45 41 28 SIM
3,43 30 28 SIM
2,55 41 28 SIM
3,85 61 28 SIM
1,35 30 28 SIM
1,77 56 28 SIM
1,70 41 28 SIM
2,18 30 28 SIM
1,65 64 28 SIM
55
Antenas e Propagação
8.4 Conclusão
56
Antenas e Propagação
9. TABELAS E GRÁFICOS
57
Antenas e Propagação
Espectro de Radiofreqüências
SW - Radiodifusão 75 m
3 850 - 4 050 KHz
SW - Radiodifusão 60 m
4 700 - 5 100 KHz
SW - Radiodifusão 49 m
5 900 - 6 250 KHz
SW - Radiodifusão 31 m
9 400 - 10 000 KHz
SW - Radiodifusão 25 m
11 500 - 12 150 KHz
SW - Radiodifusão 22 m
13 500 - 13 900 KHz
SW - Radiodifusão 19 m
15 000 - 15 700 KHz
SW - Radiodifusão 16 m
17 450 - 18 000 KHz
SW - Radiodifusão 13 m
21 450 - 21 950 KHz
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Antenas e Propagação
Espectro de Radiofreqüências
SW - Radiodifusão 11 m
25 600 - 26 100 KHz
6 Metros - Radioamador 6m
50 - 54 MHz
70 cm - Radioamador - FM 70 cm
430 - 440 MHz
Radioamador - FM / Satélite 24 cm - 23 cm
1 240 -1 300 MHz
Radioamador 13 cm - 12 cm
2 300 - 2 450 MHz
Radioamador / Satélite 30 mm - 28 mm
10 000 - 10 500 MHz
TV - Satélite 28 mm - 23 mm
10 700 - 12 800 MHz
59
Antenas e Propagação
824-835 869-880
Banda A
845-846,5 890-891,5
60
Antenas e Propagação
846,5-849 891,5-894
910-912,5 955-957,5
Banda D
1710-1725 1805-1820
912,5-915 957,5-960
Banda E
1740-1755 1835-1850
898,5-901 943,5-946
907,5-910 952,5-955
Sub-faixas de
Extensão 1725-1740 1820-1835
1775-1785 1870-1880
61
Antenas e Propagação
Os conectores mais utilizados são UHF (SO239), N, F e BNC em antenas. Os cabos podem ser soldados ou
simplesmente pressionados conforme as fotos e o diagrama fornecido abaixo.
Colocação de conector com redutor para cabo coaxial fino, neste caso a malha aceita solda ao conector.
62
Antenas e Propagação
Gráfico da atenuação
de diferentes Cabos
Coaxiais com a
Distância
1 26.965 29 27.295
2 26.975 30 27.305
3 26.985 31 27.315
1T 26.995 32 27.325
4 27.005 33 27.335
5 27.015 34 27.345
6 27.025 35 27.355
7 27.035 36 27.365
2T 27.045 37 27.375
8 27.055 38 27.385
9 27.065 39 27.395
63
Antenas e Propagação
10 27.075 40 27.405
11 27.085 41 27.415
3T 27.095 42 27.425
12 27.105 43 27.435
13 27.115 44 27.445
14 27.125 45 27.455
15 27.135 46 27.465
4T 27.145 47 27.475
16 27.155 48 27.485
17 27.165 49 27.495
18 27.175 50 27.505
19 27.185 51 27.515
5T 27.195 52 27.525
20 27.205 53 27.535
21 27.215 54 27.545
22 27.225 55 27.555
23 27.235 56 27.565
24 27.245 57 27.575
25 27.255 58 27.585
26 27.265 59 27.595
27 27.275 60 27.605
28 27.285
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