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Certificado de Proficiéncia em Lingua Portuguesa para Estrangeiros Parte Coletiva -Caderno de Questées Pro ta a partir de Audio e Video (45 minutos) e Leitura (1 hora e 45 minutos) 27 de abril de 2005 Celpe)>Bras Celpe-Bras/PARTE COLETIVA INSTRUGOES 1.Tempo - A parte escrita do exame tem a duragao de 2h30 (duas horas e 30 minutos), assim distribuidas: Tarefa |: 25 min, incluindo a exibigao do video; Tarefa Il: 25 min, incluindo a audigao do CD; Tarefa Ill + Tarefa IV: 140, incluindo a leitura dos textos escritos » Se vocé termiriar a Tarefa Il antes do tempo indicado, poderd passar imediatamente as Tarefas III e IV. » Se vocé nao terminar as Tarefas | € || no tempo indicado, podera voltar a elas no decorrer do exame. 2. Cadernos do exame - Vocé recebeu dois cademos referentes a parte escrita do exame: um caderno de questées (7 paginas), contendo os enunciados das tarefas, e outro destinado as respostas (5 paginas). Confira se eles estéo completos. Ao final do exame, os dois cadernos deverao ser devolvidos ao aplicador. : 3. Identificagao - Antes de iniciar a parte escrita do exame, vocé devera preencher a ficha de identificacao no inicio do Caderno de Respostas. 4. Instrumento de escrita - As respostas deverdo ser escritas a caneta Nao deve ser usado corretor. Rasuras serao aceitas, desde que nao dificultem a leitura do texto. Nao serao corrigidas provas a lapis. 5. Legibilidade da resposta - As respostas deverao ser legiveis. 6. Espaco para as respostas - As respostas deverao se limitar aos Tespectivos espacos reservados no Caderno de Respostas. O rascunho — que nao ser considerado no momento da corregéo — deve ser feito no verso das folhas do Caderno de Respostas. Boa sorte! 1 Celpe-Bras/PARTE COLETIVA Tarefa | MUSEU DO TROPEIRO. Vocé vai assistir duas vezes a uma reportagem sobre o Museu do Tropeiro, que fica em Ipoema, distrito de Itabira, Minas Gerais. Com base nas informagdes do video, escreva um texto para ser publicado no caderno de turismo de um jornal brasileiro, salientando a importancia histérica do museu. 2 Celpe-Bras/PARTE COLETIVA Tarefa Il PLANAC VIA INTERNET. Vocé vai ouvir duas vezes uma reportagem sobre os servigos prestados pela empresa PLANAC, podendo fazer anotagdes enquanto ouve. Imagine que vocé tenha sido contratado para fazer a publicidade dessa empresa pela internet, Baseado nas informagées da reportagem, escreva um texto para ser enviado para os futuros clientes da PLANAC, divulgando os servigos da empresa 3 Celpe-Bras/PARTE COLETIVA Tarefa Ill TABULEIRO POPULAR Leia a reportagem “Tabuleiro Popular’ Imagine que vocé seja membro da associagao dos moradores da Vila Conceigao € que tenha sido escolhido para escrever um texto a ser encaminhado as empresas do bairro, pedindo patrocinio para os jovens jogadores de xadrez. Seu texto devera > apresentar a situagao e > justificar 0 pedido. 4 VIDA BRASILEIRA Tabuleiro popular Na Vila Conceicao, um dos bairros mais pobres de Sao Paulo, nao ha quem nao saiba jogar xadrez arotos da periteria de Sao Paulo es- tao quebrando o estigma de que xadrez 6 jogo somente para ricos ou in. telectuais. Na Vila Conceicao, extrema leste e uma das regides mais pobres da capital paulista, quase todos os jovens da comunidade movem as pecas do ta- buleiro com maestria. Tudo comecot ha menos de trés anos, com 0s monitores de um centro de informatica do Acessa Sao Paulo, programa de incluso di- gital do governo do Estado, instalado dentro da associagao do bairro, © acesso aos computadores desper tou a curiosidade da comunidade, se denta por inclusdo digital. Todos que am utilizar os equipamentos, navegar ha intemet, montar curticulos. Mas com ‘uso limitado das maquinas~ cada pes- soa tem direito a apenas 30 minutos — as filas ficavam cada vez maiores e mais gente se aglomerava nas portas da as- Sociagao. Ao lado da fila, os monitores jogavam xadrez. “O pessoal via a gen. te jogando e perguntava como podia aprender’, conta a monitora Erica Regi roca 15 D& DEZeMBRO, 2004 na Alves, de 21 anos. “Dai, a gente pen: sou em comecar a ensinar xadrez para © pessoal da fila, Assim, eles podiam se distrair enquanto esperavam”, diz Er ca. O jogo pegou. Do grupo de jovens, ja sairam dois campeses municipais ¢ medalhistas em disputas regionais en- tre escolas e clubes. ‘Oxadrez despertou ta- ‘manha paixéo na comu nidade que, aos sabados, hha um horario reserva: do somente para a pratica do jogo on-li- ne no infocentro. “Aqui, ninguém leu li- vros sobre xadrez. Alias, quem disser que sabe jogar est mentindo, porque ha sempre uma jogada, um desafio es condido no movimento das pecas", diz ‘estudante Francisco Mota, de 24 anos, lembrando que ha mais de 160 quatri Ihoes de maneiras de jogar apenas os primeiros dez lances de uma partida, Sem patrocinio ou ajuda governa- mental, os jovens da periferiajogam em tabuleiros de plastico, com pecas im- provisadas, para disputar campeona- Celpe-Bras/PARTE COLETIVA 5 XEQUE-MATE tos. Amigos e vizinhos arrecadam di nheiro para alugar vans e pagar 0s lan. ches quando 0s jovens participam de tomeios em outras reqioes da cidade de ‘Sao Paulo ou no interior do Estado, Alguns jovens disputam em comuni ddades virtuais. “Ja jaguei com gente do ‘mundo todo", diz Leonardo Ferreira, de 15 anos. Entre 6 futebol improvisado no campinho do morro e o tabuleito, ha quem fique com a segunda opcio. "E muito melhor do que ficar na rua, As vezes, até jogo bola’, conta Felipe Caue daSilva, de 11 anos, nove medalhas em competicées municipais. Sem patrocinio, os jovens da Vila Conceigdo podem parar de jogar Mas aprender xadrez nao significa que esses jovens mudarao de vida. Sem apoio para a pratica do esporte profis- sionalmente, tém poucas chances de se igualar aos idolos, como Anatoly Kat- pov e Garry Kasparov, detentores dos ™aiores recordes da historia do xadrez, Ja pensei em ser mestre, mas isso nao futuro”, acredita Alex Granig, de 18 ‘anos, campedo paulista pela catego: fia até 16 anos em 2002 e vencedor de diversos campeonatos regionais, Wl Patoma COTES 89 Celpe-Bras/PARTE COLETIVA Tarefa IV VERDES CONTRA AS ARVORES Leia a reportagem “Verdes contra as arvores" e, baseado nas informagdes apresentadas, elabore um panfleto para conscientizar a populaco sobre o trabalho da Sociedade de Pesquisa de Vida Selvagem (SPVS) 6 MEIO AMBIENTE Celpe-Bras/PARTE COLETIVA DERRUBADA Defensores: ‘oe especies nativas vao derrubar pinheios no ia 14 Verdes contra as arvores Ambientalistas promovem dia de combate ao pinus, espécie invasora na Mata Atlantica Ovetesnstioctovis Borges parouo ‘carro numa avenida isolada em Curitiba, na semana passada, desceu ‘com o filho Ricardo, de 13 anos, e dois sobrinhos. As criancas iam cortar um Pinus. Ao dar os primeiros golpes com ‘um facdo, uma senhora parol o car- roe, escandalizada, pés-se a defender anatureza e criticar a falta de cidada- nia do diretor da organizacao Socie- dade de Pesquisa de Vida Selvagem (- SPVS). Esse € 0 tipo de rea predadores naturais no pais, por isso se Teproduzem rapidamente, expulsan- do as espécies nativas, como ipés, ce- dros e canjeranas, e, conseqiientemen- te, eliminando animais que dependem dessas plantas para a sobrevivencia. “Se nada for feito, corremos o risco de no fui- turo termos apenas 300 espécies domi- nando a paisagem em todo o mundo", diz a engenheira florestal Silvia Ziller, presidente do Instituto Horus. Ela faz uum Jevantamento nacional de frosimesdas Umgripede PINH@ITOS freee cut somam mas ambientalistas coordenado IMPOLtAGOS mais. O projeto tem parceria Tope spvsarponeece @liminam —samactaanzacio The No- dccspecesesstcasine. SIVOTES @ {proce Mes amen Gn Graciosa,noParengs "EAM aS ede So0e eee uma provocacao. Para pre- NativOS —— doquantas espécies sao, on- servar é preciso cortar arvo- res", explica. “Pinus € timo em reflo- restamento. Fora dele, machado!” ‘O contra-senso de ver um ambienta- lista derrubar pinus ou arrancar inocen- tes beijos e acucenas de beira de estra- dda expoe um drama maior. Segundo a Unido Intemacional para a Conserva- ‘cao da Natureza, organismos invasores séo.a segunda maior causa de perda de Diodiversidade no mundo, atris do des ‘matamento. Importadas de outros con- tinentes, essas espécies nao possuem roca 13 0€ DEZEMBRO, 2004 de esto, quando chegaram e quem faz pesquisa, teremos politi cas ¢ regras claras", diz Braulio Dias, gerente de conservacao do ministero, (Instituto Horus disponibiliza infor- magées no site www-institutohorus, org-br, lista espécies invasoras e en- sina a eliminar ou substituir algumas. E uma informacao iitil num pais que tem 20% da biodiversidade mundi mas aprecia os exétic ~ LUCIANO PATZSCH, DE CuniTina Ministério da Educagao S g g 8 'SECRETARIA DE S

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