1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
4 APRESENTAÇÃO DOS DEMAIS SUBMÓDULOS ....................................................................... 4
4.1 Submódulo 2.2 Verificação da conformidade das instalações de transmissão aos requisitos
mínimos .......................................................................................................................................... 4
4.2 Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos ........................ 4
4.3 Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão ............................................. 4
4.4 Submódulo 2.5 Requisitos mínimos para elos de corrente contínua ....................................... 4
4.5 Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção ...................................................................................................... 4
4.6 Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação .................................... 4
4.7 Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão ...................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO
1.1 O Módulo 2 estabelece os requisitos mínimos para as instalações de transmissão, para a
supervisão e o controle da operação do Sistema Interligado Nacional – SIN, para os sistemas de
proteção, de registro de perturbações e de teleproteção, bem como a sistemática para o
gerenciamento dos indicadores de Qualidade da Energia Elétrica – QEE da Rede Básica e de
desempenho das Funções Transmissão – FT.
1.2 Os requisitos mínimos e o gerenciamento dos indicadores estabelecidos no Módulo 2 são
utilizados para:
(a) balizar as ações do ONS com vistas à proposição das ampliações e reforços na forma
sugerida no Módulo 4 Ampliações e reforços;
(b) subsidiar os agentes de transmissão, que venham a incorporar instalações de transmissão
ao SIN, oriundas de processo de licitação ou de autorização pela ANEEL, com informações
necessárias ao desenvolvimento do projeto básico do empreendimento;
(c) subsidiar os usuários que requeiram conexão às instalações sob responsabilidade de
transmissora com as informações necessárias para o desenvolvimento do projeto de sua
conexão; e
(d) subsidiar os agentes na definição dos recursos de supervisão e controle que devem ser
disponibilizados para o ONS.
1.3 A conexão às instalações sob responsabilidade de transmissora de que trata este módulo
consiste da conexão à Rede Básica, às Demais Instalações de Transmissão – DIT, às instalações
de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão compartilhada – ICG
ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica.
1.4 Os termos necessários ao entendimento deste módulo estão definidos no Módulo 20 Glossário
de termos técnicos.
2 OBJETIVOS
2.1 Os objetivos do Módulo 2, além de atribuir responsabilidades nos processos e atividades neles
descritos, são:
(a) definir os requisitos mínimos para as instalações de transmissão do SIN, a fim de propiciar
as condições necessárias à obtenção da continuidade, da qualidade e da confiabilidade do
suprimento de energia elétrica aos seus usuários;
(b) definir o processo de verificação da conformidade das instalações de transmissão com base
nos requisitos estabelecidos no instrumento técnico do processo de licitação ou de
autorização do empreendimento e nos Procedimentos de Rede;
(c) definir os requisitos mínimos para a supervisão e o controle da operação do SIN e para os
sistemas de proteção, de registro de perturbações e de teleproteção;
(d) estabelecer a sistemática para o gerenciamento dos indicadores de QEE da Rede Básica;
(e) estabelecer a sistemática para o gerenciamento dos indicadores de desempenho das FT.
2.2 O objetivo deste submódulo é apresentar de maneira global o Módulo 2 e fazer uma breve
descrição de seus demais submódulos.
4.7 Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão
4.1.7 O Submódulo 2.8 estabelece os indicadores de desempenho da Rede Básica relacionados à
QEE (indicadores de continuidade do serviço, de frequência e de tensão), e os respectivos valores
de referência, e a sistemática para o gerenciamento dos indicadores de QEE e de desempenho das
FT.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 3
3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 3
5 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 4
5.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 4
5.2 AGENTE DE TRANSMISSÃO ........................................................................................................... 4
6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DOS PROCESSOS .......................................................................... 5
6.1 PROCESSO DE PROPOSIÇÃO À ANEEL DE REQUISITOS TÉCNICOS PARA AS INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO ................................................................................................................................... 5
6.2 PROCESSO DE ANÁLISE DA CONFORMIDADE DO PROJETO BÁSICO DAS INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO ................................................................................................................................... 5
6.3 PROCESSO DE ANÁLISE DA CONFORMIDADE DAS CARACTERÍSTICAS “COMO EFETIVAMENTE
IMPLANTADAS” DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO ............................................................................ 6
1 INTRODUÇÃO
1.1 O Ministério de Minas e Energia – MME, com base no conjunto de empreendimentos indicados
pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE,
define as instalações de transmissão que serão licitadas ou autorizadas pela Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL.
1.2 O ONS, agente responsável por executar as atividades de coordenação e controle da operação
do Sistema Interligado Nacional – SIN, deve certificar-se de que essas instalações de transmissão
atendam aos requisitos estabelecidos no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede, a fim
de zelar pelo adequado desempenho da Rede Básica.
1.3 Este Submódulo apresenta os processos de proposição de requisitos técnicos para os
empreendimentos de transmissão a serem licitados ou autorizados pela ANEEL e de verificação da
conformidade das instalações de transmissão a serem integradas ao SIN com base nos requisitos
estabelecidos no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede.
1.4 Os relatórios que subsidiam o processo de verificação da conformidade das instalações de
transmissão licitadas são: Relatório de Viabilidade Técnico-Econômica – R1; Relatório de
Detalhamento da Alternativa de Referência – R2; Relatório de Caracterização e Análise Sócio-
Ambiental – R3; e Relatório de Caracterização da Rede Existente – R4. Os relatórios R1, R2 e R3
são emitidos pelo MME/EPE e o relatório R4 é emitido pelo agente a ser conectado pelas instalações
de transmissão a serem integradas ao SIN.
1.5 Os termos necessários ao entendimento deste módulo estão definidos no Módulo 20 Glossário
de termos técnicos.
2 OBJETIVOS
2.1 Os objetivos deste submódulo são estabelecer procedimentos e responsabilidades para:
(a) proposição à ANEEL de requisitos técnicos dos empreendimentos de transmissão a serem
incluídos nos processos de licitação ou autorização;
(b) verificação da conformidade do projeto básico das instalações de transmissão licitadas ou
autorizadas a serem integradas ao SIN; e
(c) verificação da conformidade das características “como efetivamente implantadas” das
instalações de transmissão licitadas ou autorizadas a serem integradas ao SIN.
3 PRODUTOS
3.1 Os produtos dos processos descritos neste submódulo são:
(a) Subsídios à ANEEL com a Proposição de Requisitos para os Instrumentos Técnicos;
(b) Certificado de Conformidade do Projeto Básico – CCPB; e
(c) Parecer Técnico de Análise da Conformidade das Instalações de Transmissão como
Efetivamente Implantadas.
3.1.1 O produto mencionado no item 3.1 (a) deste submódulo contém proposição de requisitos
para os empreendimentos de transmissão a serem incluídos nos processos de licitação ou
autorização.
3.1.2 O produto mencionado no item 3.1 (b) deste submódulo refere-se à análise do projeto básico
para aprovação da conformidade das instalações de transmissão licitadas ou autorizadas a serem
integradas ao SIN.
3.1.3 O produto mencionado no item 3.1 (c) deste submódulo contém a análise da conformidade
das características “como efetivamente implantadas” das instalações de transmissão licitadas ou
autorizadas a serem integradas ao SIN.
5 RESPONSABILIDADES
6.2.5 Nos casos em que persistam dúvidas sobre as características técnicas de equipamentos ou
instalações no que diz respeito ao atendimento dos requisitos estabelecidos no instrumento técnico
ou nos Procedimentos de Rede, o ONS poderá solicitar ao agente de transmissão que declare
formalmente o atendimento às referidas solicitações ou requisitos ou que comprove esse
atendimento por meio de ensaios, testes ou estudos especiais, os quais devem ser definidos em
conjunto com o ONS.
6.2.6 Concluída a análise da conformidade do projeto básico, isento de não-conformidades, o ONS
emite o CCPB com os resultados de sua análise e a encaminha ao agente e à ANEEL.
7 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS
7.1.1 Para a operacionalização do disposto neste Submódulo, foi desenvolvido pelo ONS um sistema
para subsidiar o processo de análise da conformidade das características “como efetivamente
implantadas” das instalações de transmissão em fase de integração ao SIN, descrito no Submódulo
18.2.
ANEXO 1
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO BÁSICO E “COMO EFETIVAMENTE IMPLANTADAS” DAS
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO
Este anexo apresenta as informações dos equipamentos, indicados na Tabela, a serem fornecidas
ao ONS pelos agentes de transmissão no processo de análise da conformidade do projeto básico,
descrito no item 6.2 deste submódulo, e no processo de análise da conformidade das características
“como efetivamente implantadas”, descrito no item 6.3 deste submódulo. As duas últimas colunas
das tabelas apresentadas em cada item identificam se a informação é requisitada no processo de
análise do projeto básico ou de “como efetivamente implantadas”.
Item Equipamento
I Disjuntor
II Linha de Transmissão Aérea
III Linha de Transmissão Subterrânea
IV Transformador
V Compensador Síncrono
VI Compensador Estático
VII Reator em Derivação
VIII Capacitor em Derivação
IX Capacitor Série Controlado a Tiristor
X Capacitor Série Fixo
XI Seccionador
XII Transformador de Corrente
XIII Bobina de Bloqueio
XIV Transformador de Potencial
XV Pára-Raios
XVI Filtro de Harmônicos
XVII Válvulas
XVIII Reator de Alisamento
XIX Barramentos
XX Reator Limitador de Corrente de Curto-Circuito
XXI Filtro PLC
XXII Proteção
I. DISJUNTOR
LINHA DE TRANSMISSÃO CA E CC
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1- Siglas / Nomes das 1.1- Subestação 1 sim sim
subestações terminais 1.2- Subestação 2 sim sim
2- Número de circuitos sim sim
3- Tensão nominal do sistema (kV) sim sim
4- Normas de projeto sim sim
5- Tensão máxima de operação em regime permanente
(kV) sim sim
6- Extensão da linha (km) sim sim
7- Vão médio (m) sim sim
8- Geoposicionamento dos vértices não sim
9 - Temperatura de projeto (°C) sim sim
Características Básicas
10- Cabos fase: Tipo da estrutura predominante indicando as
distâncias dos grupamentos das fases ou polos (LT CC) ao
eixo da torre e as distâncias à torre; a altura média dos cabos
fase; a altura dos cabos no meio do vão típico, a distâncias sim sim
ao eixo da torre, as configurações de condutores (tipo do
condutor, bitola, espaçamento entre sub-condutores etc) e
cadeias (tipo, no de isoladores para a cadeia típica etc)
11- Cabos pára-raios: Tipo da estrutura predominante
indicando a disposição dos cabos pára-raios em relação à
torre e aos cabos condutores (distâncias ao eixo da torre; sim sim
altura em relação ao solo; espaçamento entre cabos pára-
raios; tipo do cabo pára-raios:convencional, OPGW etc)
12- Esquema de transposição de fases (LT CA) sim sim
13- Pontos de troca dos cabos pára-raios de diferentes
bitolas (LT CA) sim sim
14.1- Norma técnica de
referência sim sim
14- Capacidade de 14.2- Capacidade operativa de
carregamento longa duração (A) sim sim
14.3- Capacidade operativa de
curta duração (A) sim sim
15.1- Temperatura ambiente
média (ºC) sim sim
15.2- Radiação solar
(watts/m²) sim sim
15- Condições ambientais
típicas
15.3- Velocidade do vento
sim sim
(m/s)
LINHA DE TRANSMISSÃO CA E CC
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Características Básicas
sim sim
25 - Resistividade do solo e 25.1- Resistividade média (Ω.m)
resistência do aterramento nas
caixas de emendas 25.2- Resistência média do sim sim
aterramento (Ω)
26 - Resistência, reatância
indutiva e susceptância 26.1- Resistência (%) sim sim
capacitiva equivalentes da
linha, incluindo a correção
26.2- Reatância (%) sim sim
hiperbólica para seu
comprimento, em pu, na base
de 100 MVA e na tensão 26.3- Susceptância (%) sim sim
nominal do sistema
27 -Tensão induzida na blindagem sob operação normal (V/km) sim sim
28 - Máxima sobretensão fase-terra admissível para manobras (pu) sim sim
29 - Máxima sobretensão fase-fase admissível para manobras (pu) sim sim
IV.TRANSFORMADOR
TRANSFORMADOR
A preencher Proj. Como ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant.
pelo Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Fabricante não sim
4 - Norma de especificação sim sim
5 - Tipo do transformador (Autotransformador - Banco
sim sim
Monofásico - Defasador - Conversor etc) (1)
6 - Possui unidade reserva ? Sim / Não (6) sim sim
Características Técnicas
7.1 - Primário sim sim
7 - Tensões nominais (kV) 7.2 - Secundário sim sim
7.3 - Terciário sim sim
8 - Potência nominal por enrolamento (MVA) sim sim
9.1 - Primário sim sim
9- Corrente de curto-circuito
nominal por enrolamento (kA) 9.2 - Secundário sim sim
9.3 -Terciário sim sim
9 - Potências por estágio de resfriamento NBR 5356 (2)
10.1.1 - 1º estágio não sim
10.1 - Primário (MVA) 10.1.2 - 2º estágio não sim
10.1.3 - 3º estágio não sim
10.2.1 - 1º estágio não sim
10.2 - Secundário (MVA) 10.2.2 - 2º estágio não sim
10.2.3 - 3º estágio não sim
10.3.1 - 1º estágio não sim
10.3 - Terciário (MVA) 10.3.2 - 2º estágio não sim
10.3.3 - 3º estágio não sim
11 - Perdas totais (% da potencia nominal) sim sim
Regulação de Tensão - Local (enrolamento), Faixa e Tipo (fixo,comutável sem/sob carga)
de Tapes
12 - Comutador de derivação sob carga (3) sim sim
13 - Comutador sem tensão(4) sim sim
Conexões Elétricas e Impedâncias
14 - Ligação dos
enrolamentos 14.1- Primário sim sim
(Estrela aterrada, estrela 14.2- Secundário sim sim
isolada, triângulo) 14.3- Terciário sim sim
15 - Impedâncias (%) 15.1- Primário-Secundário sim sim
15.2- Primário-Terciário sim sim
Endereço na Internet: http://www.ons.org.br Página 15/40
Procedimentos de Rede
TRANSFORMADOR
A preencher Proj. Como ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant.
pelo Agente
(base e tensão nominal do
equipamento) 15.3- Secundário-Terciário sim sim
Carregamentos admissíveis
16 - Classe térmica (oC) não sim
17 - Temperatura ambiente máxima (ºC) não sim
18 - Máxima temperatura do topo do óleo (ºC) não sim
19 - Máxima temperatura do ponto mais quente (ºC) não sim
20 - Emergência de curta duração (MVA x tempo) sim sim
21 - Emergência de longa duração (MVA x tempo) sim sim
22 - Curva de carregamento especificada não sim
Tensões máxima e suportável (5)
/ /
23 - Máxima do equipamento (kV eficaz) sim sim
/ /
24 - Suportável com impulso de manobra (kV pico) sim sim
/ /
25 - Suportável com impulso atmosférico pleno (kV pico) sim sim
/ /
26 - Suportável à 60 Hz, 1 minuto a seco (kV eficaz) sim sim
27 - Curva de suportabilidade a sobretensões Anexar sim sim
Outros dados
28- Perdas em vazio (kW) não sim
29- Perdas em carga (kW) não sim
30- Curva de saturação (projeto básico: especificada , sim sim
como construido - medida)
Transformadores de corrente de bucha
31 - Relação de transformação e classe de exatidão não sim
31.1 - Enrolamento primário não sim
31.2 - Enrolamento secundário não sim
31.3 - Enrolamento terciário não sim
31.4 - Neutro não sim
(1) Se defasador, informar limites de defasagem
(2) a. Os estágios de resfriamento poderão ser adequados conforme o caso: ON, AN, AF, etc
b. As linhas do 2o e 3o estágios de resfriamento deverão ser preenchidas quando aplicável.
(3) Exemplo de preenchimento: 138 kV (+ 15x2,5% - 10x2,5%) ou (138 kV ± 10x1,38 kV)
(4) Exemplo de preenchimento: 345 kV (+ 2x2,5 %) ou (380; 362; 345; 328 kV) ou 550 kV
(5) Enrolamentos de Alta, Baixa e Terciário
V. COMPENSADOR SÍNCRONO
COMPENSADOR SÍNCRONO
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Agente Básico
ef.
Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - No operacional sim sim
3 - Fabricante não sim
4 - Norma de especificação não sim
Características técnicas
5 - Potência nominal (MVA) sim sim
6 - Faixa operativa de tensão (kV) (máxima / mínima) / sim sim
7 - Faixa operativa de potência reativa (Mvar) / sim sim
8 - Corrente máxima de estator (A) sim sim
9 - Corrente de campo nominal (A) sim sim
10 - Corrente de campo máxima (A) sim sim
11 - Diagrama em blocos do sistema de excitação (regulador de
tensão e excitatriz) incluindo os limitadores existentes, no
domínio da freqüência, representado através das funções de
transferência, com a respectiva topologia. Devem ser fornecidos
os valores dos parâmetros, bem como as suas faixas de ajuste
e uma descrição sucinta dos seus significados. sim sim
12 - Curva de saturação sim sim
13 - Inércia da máquina (parte girante) - GD2 (t.m2) sim sim
14 - Constante de inércia – H (MWs / MVA) sim sim
15 - Velocidade síncrona (rpm) sim sim
16 - Número de pólos sim sim
17 - Cte tempo transitória em vazio - eixo direto – T’do (s) sim sim
18 - Cte tempo subtransitória em vazio - eixo direto – T”do (s) sim sim
19 - Cte de tempo transitória em vazio - eixo quadratura – T’qo(s) sim sim
20 - Constante de tempo subtransitória em vazio de eixo
quadratura – T''qo(s) sim sim
21 - Reatância síncrona de eixo direto não saturada – Xd (pu) sim sim
22 - Reatância transitória de eixo direto não saturada – X’d (pu) sim sim
23 - Reatância subtransitória de eixo direto não saturada – X’’d
(pu) sim sim
24 - Reat. síncrona de eixo em quadratura não saturada – Xq
(pu) sim sim
25 - Reat. transitória eixo em quadratura não saturada – X’q (pu) sim sim
26 - Reat. subtransitória eixo quadratura não saturada - X’’q (pu) sim sim
27 - Reatância de Poitier - Xp (pu) sim sim
28 - Reatância de dispersão não saturada – XL (pu) sim sim
29 - Reatância de seqüência negativa não saturada – X2 (pu) sim sim
30 - Reatância de seqüência zero não saturada – X0 (pu) sim sim
31 - Resistência da armadura em corrente alternada – Ra (pu) sim sim
32 - Resistência da armadura de seqüência negativa – R2 (pu) sim sim
33 - Resistência da armadura de seqüência zero – R0 (pu) sim sim
34 - Resistência de aterramento – Rt (Ω) sim sim
35 - Reatância de aterramento – Xt (Ω) sim sim
COMPENSADOR SÍNCRONO
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Agente Básico
ef.
Implant.
36 - Relação de curto-circuito – RCC sim sim
COMPENSADOR ESTÁTICO
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Fabricante não sim
4 - Norma de especificação sim sim
5 - Tensão nominal na barra de conexão (kV) sim sim
6 - Diagrama unifilar da instalação sim sim
Características técnicas
7 - Faixa operativa de tensão na barra de conexão (kV) sim sim
8 - Capacidade nominal contínua na barra de conexão do
sim sim
para toda a faixa de tensão operativa (Mvar)
9 - Configuração (TCRs, TSCs, capacitores fixos,
sim sim
elementos externos manobráveis, filtros, etc.)
10 - Estatismo (faixa em %) sim sim
11 - Característica de operação tensão x corrente reativa
sim sim
(V x I)
12 - Reatância nominal (ohms) sim sim
13 - Capacidade de sobrecarga (curva V x t) sim sim
14 - Corrente nominal (A - eficaz) sim sim
15 - Corrente de curto circuito no ponto de conexão para
sim sim
dimensionamento dos equipamentos do CER (kA)
anexar
16 - Perdas do CER sim sim
gráfico
17 - Número de pulsos das pontes tiristoras sim sim
18 - Continuidade operativa: desempenho subtensão x
sim sim
tempo do sistema de refrigeração das válvulas
18- Diagrama em blocos dos sistemas de controle, no
domínio da freqüência, representado através das funções
de transferência, com a respectiva topologia. Devem ser
fornecidos os valores dos parâmetros, bem como as suas sim sim
faixas de ajuste e uma descrição sucinta dos seus
significados.
19 - Estudos de desempenho harmônico do CER sim não
20 - Estudos de dimensionamento do rating dos
equipamentos do CER (filtros, etc...) sim não
21 - Modelo computacional para simulação de fenômenos
transitórios eletromagnéticos no programa ATP sim sim
22 - Modelo computacional para simulação de fenômenos
transitórios eletromecânicos no programa ANATEM sim sim
REATORES EM DERIVAÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Tensão nominal do sistema no ponto de instalação (kV) sim sim
3 - Localização do reator (linha de transmissão, barramento,
etc) sim sim
4 - Manobrável por disjuntor (sim/não)? sim sim
5 - Possui unidade reserva (sim/não)? sim sim
6 - Número operacional não sim
7 - Fabricante não sim
8 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
9 - Potência nominal contínua (Mvar) sim sim
10 - Tensão nominal do equipamento (kV - eficaz) sim sim
11 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
(em vazio por 1 hora - kV) - quando utilizado em vão de linha
12 - Impedância a 60 Hz
12.1 - Especificada por fase (ohms) sim não
12.2 - Tolerâncias de projeto das reatâncias por fase
sim não
Dispersão máxima por fase (%)
Afastamento máximo por fase em relação a média
das sim não
Fases (%)
12.3 - Medida por fase (ohms)
Fase A não sim
Fase B não sim
Fase C não sim
13 - Perdas a tensão e frequência nominais (% da potência) sim sim
14 - Tensão nominal da bucha de neutro (kV eficaz) sim sim
15 - Ligação (estrela aterrada, estrela com neutro isolado,
sim sim
triângulo etc)
REATORES EM DERIVAÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Xac (%) sim sim
Coordenação de Isolamento dos Enrolamentos do Reator Principal
18 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
plena (kV eficaz)
19 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
cortada (kV eficaz)
20 - Tensão suportável nominal a impulso de manobra (kV
sim sim
crista)
21 - Tensão suportável nominal a 60 Hz, 1 minuto a seco (kV
sim sim
eficaz)
22 - Suportabilidades para sobretensões temporárias (tensão não sim
x tempo)
Reator de neutro, caso aplicável
23 - Reatância (ohms) sim sim
24 - Potência nominal contínua (kvar) sim sim
25 - Corrente de curta duração (Aeficaz) sim sim
26 - Tensão nominal (kVeficaz) sim sim
27 - Pára-raios (caso aplicável)
27.1 -Tensão nominal (kV) sim sim
27.2 - Energia (kJ/kV) sim sim
27.3 - Curva de descarga (30 x 60 µs) sim sim
Campos Eletromagnéticos
27 - Tensão fase-terra, valor eficaz, de início e extinção do
sim sim
corona visual (kV eficaz)
28 - Nível máximo de rádio interferência (microvolts a 1000
kHz) sim sim
CAPACITOR EM DERIVAÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Básico
ef.
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Número operacional do banco não sim
2 - Subestação sim sim
3 - Tensão nominal do sistema no ponto de instalação (kV) sim sim
4 - Fabricante não sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
6 - Tensão nominal do equipamento (kV) sim sim
7 - Potência nominal (Mvar) sim sim
8 - Ligação trifásica do banco (estrela, neutro aterrado ou
sim sim
isolado, triângulo, etc)
9 - Tolerâncias de projeto das capacitâncias por fase (%)
9.1 - Máxima por fase: sim não
9.2 - Afastamento máx. por fase em relação a média das
sim não
fases
10 - Capacitâncias medidas por fase
10.1 - Fase A: não sim
10.2 - Fase B: não sim
10.3 - Fase C: não sim
11 - Perdas do banco (W / kvar) sim sim
12 - Reator série, caso aplicável (ohms) sim sim
13 - Pára-raios instalados nos terminais do banco (Sim / Não) sim sim
14 - Número operacional do pára-raios (caso aplicável) não sim
15 - Níveis de isolamento 15.1 - atmosférico, a seco sim sim
(kV crista) 15.2 - de manobra, sob chuva sim sim
XI. SECCIONADOR
SECCIONADOR
A preencher Proj. Como ef.
DESCRIÇÃO
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1- Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Localização (linha, transformador, reator, capacitor, vão
sim sim
de transferência etc)
4 - Fabricante / Tipo não sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características técnicas
6 - Tensão nominal do equipamento (tensão máxima
operativa) (kV eficaz) sim sim
7 - Tensão máxima suportável em condições de
emergência durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado sim sim
em vão de linha
8 - Corrente nominal (A eficaz) sim sim
9 - Corrente suportável nominal de curta duração (kA -
eficaz) sim sim
10 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA -
crista) não sim
Níveis de Isolamento
11 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico
11.1 - Para a terra e entre polos (kV crista) sim sim
11.2 - Entre os contatos abertos (kV crista) sim sim
12 - Tensão suportável nominal a impulso de manobras
12.1 - Para a terra e entre polos (kV crista) sim sim
12.2 - Entre os contatos abertos (kV crista) sim sim
Lâminas de Aterramento
13 - Limite 13.1 - corrente induzida (A - eficaz) sim sim
Eletromagnético 13.2 - tensão induzida (kV - eficaz) sim sim
14 - Limite 14.1 - corrente induzida (A - eficaz) sim sim
Eletrostático 14.2 - tensão induzida (kV - eficaz) sim sim
15 - Norma de especificação sim sim
Campos Eletromagnéticos
16 - Tensão fase-terra, valor eficaz, de início e extinção do
sim sim
corona visual (kV eficaz)
17 - Nível máximo de rádio interferência (microvolts a 1000
kHz) sim sim
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Fabricante / Tipo não sim
3 - Norma de especificação sim sim
4 - Circuito (linha, transformador, reator, capacitor, disjuntor,
sim sim
vão de transferência etc)
Características técnicas
5 - Tensão máxima de operação contínua (kV) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7 - Corrente nominal primária (A eficaz) sim sim
8 - Corrente nominal secundária (A eficaz) sim sim
9 - Corrente suportável nominal de curta duração (kA eficaz) sim sim
10 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA crista) sim sim
11 - Constante de tempo da componente contínua da corrente
sim sim
de curto-circuito (ms)
12 - Fator térmico nominal
12.1 - Núcleo de medição sim sim
12.2 - Núcleo de proteção sim sim
13 - Número de núcleos
13.1 - Núcleo de medição sim sim
13.2 - Núcleo de proteção sim sim
14 - Classe de exatidão e carga
14.1 - Núcleo de medição sim sim
14.2 - Núcleo de proteção sim sim
15 - Relações de transformação nominal disponível
15.1 - Núcleo de medição sim sim
15.2 - Núcleo de proteção sim sim
16 - Resposta em regime transitório dos núcleos de proteção
sim sim
(tipo/classe)
17 - Curva de saturação Anexo
Níveis de Isolamento
18 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda
sim sim
plena (kV eficaz)
19 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda
sim sim
cortada (kV eficaz)
20 - Tensão suportável nominal a impulso de manobra (kV
sim sim
crista)
BOBINA DE BLOQUEIO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1- Linha (Sigla / Nome) sim sim
2- Subestação sim sim
3- Fabricante / Tipo não sim
4- Normas Técnicas de referência sim sim
Características técnicas
5- Tensão máxima de operação contínua (kV eficaz) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7- Corrente nominal (A - eficaz) sim sim
8- Capacidade de sobrecarga (A -
/
eficaz / Horas) sim sim
9 - Corrente suportável nominal de curta duração (kA eficaz) sim sim
10 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA crista) sim sim
11 - Indutância (mH) sim sim
12 - Bandas de freqüência (kHz) sim sim
13.1 - atmosférico, a
seco sim sim
13 - Níveis de isolamento (kV crista)
13.2 - de manobra, sob
chuva sim sim
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Localização: linha de transmissão (nome/sigla), barramento
etc sim sim
3 - Fabricante / Tipo não sim
4 - Norma de especificação sim sim
Características técnicas
5 - Tensão máxima de operação contínua (kV eficaz) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7 - Fator de sobretensão
7.1 - Contínuo sim sim
7.2 - Durante 30 segundos sim sim
8 - Relação de transformação
8.1 - Enrolamento de medição sim sim
8.2 - Enrolamento de proteção sim sim
9 - Classe de exatidão e carga
9.1 - Enrolamento de medição sim sim
9.2 - Enrolamento de proteção sim sim
Níveis de Isolamento
10 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
plena (kV eficaz)
11 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
cortada (kV eficaz)
12 - Tensão suportável nominal a impulso de manobra (kV
sim sim
crista)
13 - Tensão suportável nominal a 60 Hz, 1 minuto a seco e sob sim sim
chuva (kV eficaz)
XV. PÁRA-RAIOS
PARA-RAIOS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Fabricante / Tipo não sim
3 - Norma de especificação sim sim
4- Localização (circuito: linha, transformador, reator, capacitor,
barramento etc) sim sim
Características técnicas
5 - Tensão nominal do pára-raios (kV eficaz fase-terra) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7 - Tensão máx de operação continua - MCOV (kV eficaz fase-
terra) sim sim
8 - Corrente de descarga nominal (kA - crista) sim sim
9 - Capacidade máxima de absorção de energia (kJ / kV de
tensão nominal do pára-raios) sim sim
10 - Número de colunas sim sim
11 - Tensões residuais máximas para impulsos atmosféricos:
onda 8x20 μs - apresentar curva - projeto básico: especificada; sim sim
como construído: do fabricante
FILTRO DE HARMÔNICOS
Como
A preencher Proj. ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant
pelo Agente
.
Dados gerais
1- Subestação sim sim
2- Número operacional não sim
3- Tipo de filtro (sintonia simples, dupla sintonia, tripla,
sim sim
high pass, etc.)
4- Tensão nominal do sistema no ponto de instalação
sim sim
(kV)
5- Fabricante não sim
Características Elétricas
6- Tensão nominal do equipamento (kV) sim sim
7- Parâmetros elétricos, como filtro geral (sintonia dupla)1
7.1- Capacitor (ramo série) (μF) sim sim
7.2- Indutor (ramo série) (mH) sim sim
7.3- Fator de qualidade do indutor (ramo série), para 60
sim sim
Hz
7.4- Capacitor (ramo paralelo) (μF) sim sim
7.5- Indutor (ramo paralelo) (mH) sim sim
7.6- Fator de qualidade do indutor (ramo paralelo), p/
sim sim
60 Hz
7.7- Resistor (ramo paralelo)2 (Ω) sim sim
8- Localização do resistor do ramo paralelo2
sim sim
(série/paralelo)
9- Potência nominal trifásica do filtro (Mvar) sim sim
10- Ligação trifásica do filtro (estrela, neutro aterrado ou
sim sim
isolado, triângulo, etc.)
11- Perda máxima trifásica do filtro (kW) sim sim
12- Dimensionamento dos componentes em Regime Permanente
Corrente
Suportabilidade Tensão máxima (kVp) térmica máxima
(kArms)
12.1- Capacitor (ramo série) sim sim
12.2- Indutor (ramo série) sim sim
12.3- Capacitor (ramo
sim sim
paralelo)
12.4- Indutor (ramo paralelo) sim sim
12.5- Resistor (ramo
sim sim
paralelo)2
FILTRO DE HARMÔNICOS
Como
A preencher Proj. ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant
pelo Agente
.
1. Indicar como zero ou infinito os valores para os ramos inexistentes, dependendo do caso
2. O resistor dos filtros de dupla sintonia pode estar em paralelo ou em série com o indutor do
ramo paralelo
Nota: Deve ser anexado um diagrama completo do filtro identificando todos os seus
elementos, cujos valores devem ser explicitados na tabela acima.
XVII – VÁLVULAS
VÁLVULAS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Agente Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Fabricante sim sim
4 - Norma de especificação sim sim
5 - Tipo de construção (alvenaria, conteiner, etc.) sim sim
6 - Tipo de montagem (suspensa, com base, etc.) sim sim
Características Técnicas
7 - Tipo de isolamento (ar, etc.) sim sim
8 - Elemento refrigerante (água, etc.) sim sim
9.1 - Tipo (dupla, quádrupla, óctupla,
9 - Descrição etc.) sim sim
9.2 - Nº de válvulas por polo sim sim
10.1 - Tipo sim sim
10.2 - Quantidade por válvula sim sim
10 - Tiristor
10.3 - Nº de elementos redundantes sim sim
10.4 - Nº de módulos tiristores sim sim
11.1 - Nominal sim sim
11 - Faixa de 11.2 - Mínima sim sim
Corrente (A) 11.3 - Máxima sim sim
11.4 - Sobrecarga sim sim
12.1 - Nominal, polo-terra sim sim
12 - Faixa de Tensão 12.2 - Máxima, polo-terra sim sim
(kV) 12.3 - Reduzida, polo-neutro sim sim
12.4 - Máxima na barra de neutro sim sim
Retificador sim sim
13.1 - Nominal sim sim
13.2 - Mínimo sim sim
13.3 - Máximo sim sim
Inversor sim sim
13 - Ângulos de
13.4 - Nominal sim sim
controle (°el)
13.5 - Mínimo sim sim
13.6 - Máximo sim sim
13.7 - Mínimo absoluto sim sim
13.8 - Máximo como função da
corrente sim sim
14.1 - Nominal (pu ou %) sim sim
14.2 - Mínimo (pu ou %) sim sim
14.3 - Máximo (pu ou %) sim sim
14 - Reatância de 14.4 - Base potência (MVA) ou
comutação corrente (A) sim sim
14.5 - Base tensão (kV) sim sim
14.6 - Contribuição de filtro PLC (pu
ou %) sim sim
15.1 - Capacitância (μF) sim sim
VÁLVULAS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Agente Implant.
15 - Capacitor de 15.2 - Contribuição para a reatância
sim sim
comutação (CCC) de comutação (pu ou %)
16 - Corrente de curto-circuito (kA) sim sim
17 - Níveis de 17.1 - SIPL/SIWL sim sim
isolamento através 17.2 - LIPL/LIWL sim sim
da válvula (kV) 17.3 - FWPL/FWWL sim sim
18 - Sobretensão mínima para seleção do nível do disparo
protetivo (kV) sim sim
19 - Valor de perdas garantido (%) sim sim
20 - O relatório do Circuito Principal deverá ser anexado.
REATOR DE ALISAMENTO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Localização do reator (barra CC, barra de neutro, etc.) sim sim
3 - Número operacional não sim
4 - Fabricante sim sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
6.1 - Nominal (mH) sim sim
6 - Indutância
6.2 - Tolerância (%) sim sim
7.1 - Nominal sim sim
7 - Faixa de corrente (A) 7.2 - Sobrecarga sim sim
7.3 - Harmônica (incluir
tabela) sim sim
8 - Corrente de curto-circuito (kA) sim sim
9 - Tensão nominal para terra (kV) sim sim
17.1 - SIPL/SIWL
17.1.1 - Para terra sim sim
17.1.2 - Através do reator sim sim
10 - Níveis de isolamento (kV)
17.2 - LIPL/LIWL
17.2.1 - Para terra sim sim
17.2.2 - Através do reator sim sim
XIX – BARRAMENTOS
BARRAMENTOS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Fabricante não sim
3 - Isolamento (ar / gás) sim sim
4 - Norma de especificação sim sim
5- Localização (setor / pátio por nível de tensão) sim sim
Características técnicas
6 - Barramento
Tipo (principal / transferência /
sim sim
outro)
Condutor (nº de cabos por fase x tipo, bitola e formação do
sim sim
cabo)
Capacidade em condição normal (A) sim sim
Capacidade em emergências (A) sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito simétrica sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito assimétrica sim sim
7 - Interligação entre equipamentos
Condutor (nº de cabos por fase x tipo, bitola e formação do
sim sim
cabo)
Capacidade em condição normal (A) sim sim
Capacidade em emergências (A) sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito simétrica sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito assimétrica sim sim
8 - Transferência e saída de circuitos externos
Condutor (nº de cabos por fase x tipo, bitola e formação do
sim sim
cabo)
Capacidade em condição normal (A) sim sim
Capacidade em emergências (A) sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito simétrica sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito assimétrica sim sim
9 - O Diagrama unifilar referente ao setor / pátio por nível de tensão da subestação deverá ser
anexado
Nota: Em caso de empreendimentos CC (patio CA ou CC) incluir, por meio de anexo, o
documento que define a Coordenação de Isolamento dos patios CA e CC
FILTRO PLC
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Localização sim sim
4 - Fabricante sim sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
6 - Tensão nominal do equipamento (kV)
7 - Parâmetros elétricos
7.1 - Indutor (ramo série) (mH) sim sim
7.2 - Fator de qualidade do indutor (ramo série), para 60
sim sim
Hz
7.3 - Descrição da unidade de sintonia incluindo para-raios e
sim sim
níveis de proteção do indutor (ramo série)
7.4 - Capacitor (ramo paralelo) (μF) sim sim
7.5 - Descrição da unidade de sintonia incluindo para-raios e
sim sim
níveis de proteção do capacitor (ramo paralelo)
8 - Potência nominal trifásica do filtro (Mvar) sim sim
9 - Deve ser anexado um diagrama completo do filtro, identificando todos os seus elementos,
cujos valores devem ser explicitados na tabela acima.
XXII – PROTEÇÃO
PROTEÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Localização sim sim
2 - Fabricante não sim
3 - Tipo não sim
4 - Descrição sucinta não sim
5 - Diagrama ou valores de impedância
Devem ser informados os valores de todos os equipamentos e componentes, até
o nível de tensão de 138 kV. Os geradores e transformadores radiais aterrados
pelo lado da fonte, de níveis de tensão inferiores a 138 kV, podem ser
representados por equivalentes, mas devem ser necessariamente considerados. não sim
Os parâmetros devem ser expressos em porcentagem na base 100 MVA.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3
2 OBJETIVO .......................................................................................................................................3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ..................................................................................................4
4 RESPONSABILIDADES ..................................................................................................................4
4.1 DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ..............................................................4
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO ...................................................................................................4
4.3 DOS AGENTES DE GERAÇÃO, DE DISTRIBUIÇÃO, DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E CONSUMIDORES....4
5 PRINCÍPIOS BÁSICOS ...................................................................................................................5
6 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS ...............................................................................................5
7 SUBESTAÇÃO ................................................................................................................................5
7.1 ARRANJO DE BARRAMENTO E ÁREA DA SUBESTAÇÃO ......................................................................5
7.2 CORRENTE EM REGIME PERMANENTE ............................................................................................7
7.3 ATERRAMENTO.............................................................................................................................8
7.4 CAPACIDADE DE CURTO-CIRCUITO .................................................................................................8
7.5 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO ...................................................................................................8
7.6 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ........................................................................................................9
8 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO ..........................................................................................10
8.1 UNIDADES TRANSFORMADORAS DE POTÊNCIA. .............................................................................10
8.2 EQUIPAMENTOS DE COMPENSAÇÃO REATIVA CONVENCIONAL ........................................................14
8.3 COMPENSADOR ESTÁTICO DE POTÊNCIA REATIVA .......................................................................18
8.4 UNIDADES FACTS .....................................................................................................................23
8.5 DISJUNTORES ............................................................................................................................25
8.6 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO ..............................................26
8.7 PARA-RAIOS...............................................................................................................................27
8.8 TRANSFORMADORES DE POTENCIAL ............................................................................................27
8.9 TRANSFORMADORES DE CORRENTE ............................................................................................27
8.10 REQUISITOS PARA OS SERVIÇOS AUXILIARES DE CORRENTE CONTÍNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
DAS SUBESTAÇÕES...........................................................................................................................27
1 INTRODUÇÃO
1.1 Para assegurar que as instalações de transmissão tenham o desempenho adequado, faz-se
necessário estabelecer um conjunto de requisitos técnicos para assegurar o desempenho de cada
um dos elementos funcionais de transmissão, quais sejam, linhas de transmissão (LT),
transformadores, compensadores de potência reativa, dentre outros.
1.2 Os requisitos técnicos mínimos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de
transmissão integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão
de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
1.3 Também devem observar o disposto neste submódulo, os agentes de geração, de distribuição,
de exportação/importação e/ou consumidores responsáveis por subestações com conexão às
instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão.
1.4 Este submódulo trata dos requisitos para as subestações, para os equipamentos integrantes
das Funções Transmissão Transformação – FTTR, Controle de Reativo – FTCR e Módulo Geral –
FTMG e para os equipamentos terminais da Função Transmissão Linha de Transmissão – FTLT.
1.5 Os requisitos apresentados neste submódulo referem-se à unidade transformadora de potência,
à unidade de compensação de potência reativa convencional, ao banco de capacitores série fixos,
às unidades FACTS (Flexible AC Transmission Systems) e aos barramentos, bem como aos
seguintes módulos que compõem as Funções Transmissão – FT:
(a) módulo de entrada de LT;
(b) módulo de conexão de unidade transformadora de potência;
(c) módulo de conexão de unidade de compensação reativa convencional;
(d) módulo de conexão de banco de capacitores série fixos;
(e) módulo de conexão de unidades FACTS; e
(f) módulo de interligação de barras.
1.6 O módulo e submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão;
(b) Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção;
(c) Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação;
(d) Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão;
(e) Submódulo 10.14 Requisitos operacionais para os centros de operação, subestações e
usinas da Rede de Operação;
(f) Módulo 12 Medição para faturamento; e
(g) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos.
2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos
para as subestações, para os equipamentos integrantes das FTTR, FTCR e FTMG e para os
equipamentos terminais das FTLT das instalações de transmissão integrantes ou que venham a
integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica e os requisitos mínimos aplicáveis aos
agentes de geração, de distribuição, de importação/exportação e consumidores responsáveis por
subestações com conexão às instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão.
4 RESPONSABILIDADES
5 PRINCÍPIOS BÁSICOS
5.1 Os equipamentos e instalações não podem comprometer o desempenho sistêmico da Rede
Básica, limitar a operação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, nem tampouco impor
restrições às instalações a elas conectadas.
5.2 Deve haver uma coordenação e compatibilização entre as capacidades nominais e de
sobrecargas de todos os equipamentos de uma mesma FT.
7 SUBESTAÇÃO
7.1.2.4 Para os barramentos com tensão igual ou superior a 345 kV, é permitida a adoção inicial de
arranjo de barramento em anel simples, desde que o arranjo físico dos barramentos da subestação
seja projetado conforme estabelecido no item 7.1.1.1 deste submódulo.
7.1.2.5 Para os barramentos de 230 kV, cujas subestações constituam sistemas radiais simples, é
permitida a adoção de arranjo de barramento em barra principal e transferência, desde que o arranjo
físico desse barramento seja projetado de forma a permitir a evolução para o arranjo estabelecido
no item 7.1.1.1 deste submódulo.
7.1.2.6 No caso de acesso à Rede Básica por agente de geração, de distribuição, de
importação/exportação, ou consumidor, os arranjos de barramento devem observar:
(a) Para conexão em uma subestação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de
energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, o
acessante deve seguir o arranjo de barramento da referida subestação. Caso o arranjo da
subestação não atenda aos requisitos do item 7.1.1.1 deste submódulo, o acessante deve
adequar sua conexão quando da adequação da subestação a esses requisitos. Essa
obrigação do acessante deve constar do respectivo Contrato de Conexão às Instalações
de Transmissão – CCT.
(b) Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica, o arranjo de barramento da subestação a ser integrada deve observar o
disposto no item 7.1.1.1 deste submódulo e a subestação, com isolamento a ar, deve ter
pelo menos a seguinte área mínima, observado o maior nível de tensão da subestação
(Vmax):
(1) Vmax < 88 kV: 8.000 m2;
(2) 88 kV ≤ Vmax ≤ 138 kV: 15.000 m 2;
(3) 138 kV < Vmax ≤ 230 kV: 25.000 m 2;
(4) 230 kV < Vmax ≤ 345 kV: 100.000 m 2;
(5) Vmax ≥ 440 kV: 140.000 m 2.
(c) Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica em tensão igual ou superior a 345 kV, os vãos de entrada de linha
associados ao seccionamento devem ser instalados no mesmo módulo de infraestrutura
de manobra correspondente ao arranjo final da subestação do acessante. A conexão
pode ter arranjo de barramento inicial em anel simples, até o limite de quatro conexões,
considerando aquelas do seccionamento da LT.
(1) O arranjo físico desse barramento deve ser projetado de forma a permitir a evolução
para o estabelecido no item 7.1.1.1 deste submódulo, e as conexões devem atender
ao disposto no item 5.1 deste submódulo.
(2) No caso de compartilhamento entre agentes de geração, de importação/exportação
e/ou consumidores, os custos do disjuntor central da subestação com arranjo de
barramento disjuntor e meio e demais equipamentos e instrumentos a ele
associados devem ser igualmente divididos entre as partes. A responsabilidade pela
operação do disjuntor central deve ser estabelecida no CCT.
(3) Se o compartilhamento referido no item 7.1.2.6 (c) (2) deste submódulo envolver
uma transmissora, a responsabilidade pelo disjuntor e demais equipamentos e
7.2.3 Os equipamentos de conexão em série com LT devem atender aos requisitos de capacidade
de corrente estabelecidos no Submódulo 2.4, para o período de concessão da instalação.
7.2.4 Os barramentos e demais equipamentos referidos nos itens 7.2.2 e 7.2.3 deste submódulo
devem ser dimensionados considerando a indisponibilidade de elementos na subestação.
7.3 Aterramento
7.3.1 As instalações de transmissão devem ser solidamente aterradas, atendendo às relações
X0/X1 3 e R0/X1 1. Esse requisito deve contemplar a etapa final de evolução da instalação,
conforme previsto pelos estudos de planejamento da expansão da transmissão.
8 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO
existente, situação na qual o comutador em carga deve ter as mesmas características de derivações
e de locação da unidade transformadora de potência existente.
8.1.4 Condições operativas
8.1.4.1 As unidades transformadoras de potência devem ser capazes de operar com as suas
potências nominais, em regime permanente, para toda a faixa operativa de tensão definida na
Tabela 1 do Submódulo 23.3, tanto no primário quanto no secundário. Caso possuam comutadores
de derivação, sejam eles em carga ou não, a referida faixa operativa deverá ser atendida para todas
as posições desses comutadores.
8.1.4.2 As unidades transformadoras de potência devem ser especificadas e dimensionadas para
vida útil estabelecida em regulamento da ANEEL.
8.1.4.3 A unidade transformadora de potência deve ser dimensionada para três situações distintas:
carregamento em condição normal de operação, carregamento em condição de emergência de curta
duração e carregamento em condição de emergência de longa duração.
8.1.4.4 A transmissora deve garantir que, em condição normal de operação, a unidade
transformadora possa operar continuamente desde sua entrada em operação e ao longo de toda a
vida útil com carregamento de 100% da potência nominal.
8.1.4.5 A transmissora deve garantir que, em condição de emergência de curta duração e de longa
duração, a unidade transformadora possa operar sempre que solicitada pelo ONS desde sua
entrada em operação e ao longo de toda a vida útil nas condições operativas descritas a seguir:
(a) Carregamento de 120% da potência nominal por período de 4 (quatro) horas do seu ciclo
diário de carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas
técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 20% deve poder
ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do transformador no seu
ciclo diário de carga;
(b) Carregamento de 140% da potência nominal por período de 30 (trinta) minutos do seu
ciclo diário de carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas
normas técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 40% deve
poder ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do transformador no
seu ciclo diário de carga, inclusive para a condição ilustrada na Figura 1; e
(c) Os carregamentos de 120% e 140% podem ocorrer dentro do mesmo ciclo diário.
Carregamento (%)
140
120
100
4h 0,5h
24
Tempo (hora)
Figura 1 – Ciclo de carga diário.
8.1.4.6 É atribuição da transmissora a especificação para fabricação da unidade transformadora, de
forma que sejam atendidos os requisitos funcionais constantes no item 8.1.4 deste submódulo. A
especificação para fabricação deve levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos:
(a) temperatura do local de implantação da unidade transformadora, conforme Norma Técnica
ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo; e
(b) a quantidade total de unidades transformadoras em paralelo no mesmo barramento para
o horizonte de planejamento da subestação.
8.1.4.7 É responsabilidade da transmissora a gestão da unidade transformadora, do ponto de vista
de rotinas de manutenção, de forma a possibilitar o atendimento aos requisitos funcionais
constantes no item 8.1.4 deste submódulo.
8.1.4.8 As unidades transformadoras de potência devem ser adequadas para operação em paralelo
nos terminais a serem conectadas. Caso seja detectada alguma situação sistêmica em que uma
unidade transformadora limite a operação da capacidade de transformação do conjunto em paralelo,
quer seja sob o ponto de vista da confiabilidade ou da flexibilidade operativa, o ONS, por iniciativa
própria ou motivado por solicitação de uma transmissora, deve avaliar e submeter à apreciação da
ANEEL a possibilidade de seu recondicionamento ou recapacitação.
8.1.4.9 Os procedimentos para aplicação de cargas nas unidades transformadoras de potência
devem atender à Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo, além
dos requisitos funcionais constantes no item 8.1.4 deste submódulo.
8.1.4.10 Cada unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de
sobreexcitação em vazio a 60 Hz apresentado na Tabela 4.
8.1.5 Impedância
8.1.5.1 O valor da impedância entre o enrolamento primário e o secundário de uma unidade
transformadora de potência deve ser no máximo de 14%, referenciado a 75ºC, na base nominal da
unidade transformadora de potência, com todo o sistema de refrigeração em operação. Impedâncias
superiores a essa apenas podem ser aceitas em caso de unidade transformadora defasadora ou
em situações especiais, como por exemplo, em caso de necessidade de limitação das correntes de
curto-circuito. No caso de unidade transformadora defasadora, a impedância deve ser dimensionada
de acordo com as necessidades do conjunto impedância-defasagem angular, de forma a prover o
desempenho previsto nos estudos de sistema.
8.1.5.2 Na definição do valor mínimo da impedância, devem-se considerar os máximos valores
admissíveis de corrente de curto-circuito explicitados no item 7.4.1 deste submódulo.
8.1.5.3 Os valores máximos e mínimos de impedância devem atender às condições de paralelismo
quando a unidade transformadora de potência for instalada em paralelo a outra existente.
8.1.6 Perdas
8.1.6.1 Autotransformadores
(a) O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de
qualquer potência, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, deve ser inferior ou igual a 0,3% da potência nominal, para operação primário-
secundário nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
8.1.6.2 Transformadores
(a) No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal
superior a 5 MVA, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, as perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 5,
para operação nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
Tabela 5 – Perdas para transformadores, em percentagem de sua potência trifásica nominal à
tensão e frequência nominais.
Potência Trifásica Nominal (Pn(1)) Perdas Máximas
5 < Pn < 30 MVA 0,70 %
30 Pn < 50 MVA 0,60 %
50 Pn < 100 MVA 0,50 %
100 Pn < 200 MVA 0,40 %
Pn 200 MVA 0,30 %
Nota: (1) Pn: potência trifásica nominal no último estágio de refrigeração.
(b) Os valores de perdas definidos no item 8.1.6 deste submódulo não são aplicáveis para os
transformadores utilizados nos compensadores estáticos.
8.1.7 Nível de ruído
8.1.7.1 O nível máximo de ruído audível emitido pelas unidades transformadoras de potência deve
estar em conformidade com a Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.
(2) Nas situações em que o reator está instalado nas proximidades de um banco de
capacitores série, atender às solicitações determinadas pelos estudos de fluxo de
potência, que podem levar, no ponto de instalação do reator, a valores de tensão
superiores à tensão máxima operativa do sistema.
(b) O dimensionamento do reator, do ponto de vista das temperaturas máximas possíveis de
serem atingidas, deve ser feito para a tensão máxima operativa, como estabelecido na
Tabela 1 do Submódulo 23.3 , ou para a tensão determinada pelos estudos de fluxo de
potência nas situações em que a tensão nominal seja superior à máxima tensão operativa
do sistema.
(c) Deve atender às características de temperatura conforme as Normas Técnicas ABNT.
(d) A operação na tensão nominal deve ser possível por toda a vida útil do reator.
8.2.2.2 Tolerâncias
(a) São admitidas as seguintes tolerâncias para a reatância: 2,0% por fase em relação ao
valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três fases deve afastar-se mais
de 1% do valor médio medido das três fases.
8.2.2.3 Esquemas de aterramento
(a) Os reatores podem considerar os seguintes esquemas de aterramento:
(1) estrela solidamente aterrada;
(2) estrela aterrada através de impedância.
(b) A necessidade de adoção de reator de neutro deverá ser identificada nos estudos de
religamento monopolar, considerando a frequência da rede entre 56 Hz e 66 Hz. Caso seja
necessário o uso de impedância de aterramento, o isolamento do neutro do reator deve
ser dimensionado considerando esse equipamento.
8.2.2.4 Regime de operação
(a) Os reatores em derivação devem ser especificados para operar continuamente na tensão
nominal definida no item 8.2.2.1 durante toda a sua vida útil.
(b) Os reatores manobráveis devem ser especificados para suportar os transitórios devido às
manobras de abertura e fechamento diária de seus disjuntores durante toda a sua vida
útil.
(c) As manobras de abertura e fechamento de reatores em derivação não devem provocar
sobretensões inadmissíveis ou transitórios de frequência elevada que possam colocar em
risco os demais equipamentos da subestação, nem o próprio reator manobrado. Deve ser
também observado o disposto no item 8.5.3 (b) deste submódulo.
(d) Os reatores devem ser capazes de suportar os níveis de sobretensões transitórias e
temporárias definidos pelos estudos de sistema.
(e) O dimensionamento dos reatores deve considerar a possibilidade de sobretensões em
regime normal de operação de forma a não serem limitadores da capacidade de
transmissão da LT.
8.2.2.5 Vida útil
(a) Os reatores em derivação submetidos ao regime de operação definido no item 8.2.2.4 (a)
deste submódulo devem ser especificados para a expectativa de vida útil regulamentada
pela ANEEL.
(b) Deverão ser especificados valores de sobrecarga superiores aos mencionados no item
8.2.3.3 (a) deste submódulo, caso os estudos de planejamento da expansão indiquem
esta necessidade.
8.2.3.4 By-pass do banco de capacitores série
(a) Não é permitida a atuação de dispositivos de proteção dos varistores do banco de
capacitores série para faltas externas à LT na qual o banco está instalado, à exceção dos
seguintes casos específicos:
(1) Faltas externas que sejam eliminadas em tempo superior ao tempo máximo de
eliminação de defeito tm (100 ms para VN 345 kV e 150 ms para VN< 345 kV).
Nesse caso, o dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar tm milissegundos
após a detecção da falta. O banco de capacitores série deve ser reinserido em até
300 ms após a eliminação da falta.
(2) Faltas externas trifásicas eliminadas em até tm milissegundos, com religamento mal
sucedido após 500 ms de tempo morto. Nesse caso, o dispositivo de proteção dos
varistores só pode atuar após tm milissegundos da tentativa mal sucedida de
religamento.
8.2.3.5 Dispositivos de proteção dos equipamentos de compensação série que utilizem varistores
devem ser dimensionados considerando os varistores à base de óxido metálico.
8.2.3.6 Os requisitos de energia dos varistores devem ser definidos levando-se em consideração
todos os cenários e intercâmbios previstos no sistema de transmissão, bem como todos os tipos de
falta. Esses cenários devem abranger desde a configuração inicial até a do ano horizonte de
planejamento. Os requisitos devem ser definidos para a condição de falta externa mais crítica,
inclusive para a possibilidade de linha paralela fora de serviço.
8.2.3.7 O dimensionamento dos bancos de capacitores série deverá levar em consideração a
máxima corrente de swing identificada pelos estudos de sistema.
8.2.3.8 Os bancos de capacitores série devem ser dotados de mecanismos que possibilitem a
identificação e a adoção de medidas mitigadoras para as configurações operativas que possam
propiciar o surgimento de ressonâncias subsíncronas.
8.2.3.9 Os equipamentos adjacentes aos bancos de capacitores série e conectados à linha de
transmissão, tais como reatores em derivação, transformadores de corrente, transformadores de
potencial e para-raios, deverão ser especificados para a máxima tensão em regime permanente
associada à elevação de tensão causada pelo fluxo de corrente através do banco de capacitores
série. O valor da corrente a ser considerado é a máxima corrente especificada para o referido banco
de capacitores série.
(m) Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo com o dimensionamento do circuito
principal do CER.
(n) Deve ser disponibilizado ao ONS os modelos computacionais para simulações de regime
permanente, transitórios eletromecânicos (estudos dinâmicos) e de transitórios
eletromagnéticos. Esses modelos devem ser entregues devidamente aferidos e
documentados.
8.3.2 Ajuste do sistema de controle
8.3.2.1 Deve-se levar em conta a potência de curto-circuito trifásica máxima no barramento de
conexão à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica no ano de entrada em operação do CER e a
potência de curto-circuito mínima para o mesmo ano em condição de rede degradada. Essa
informação tem a finalidade de permitir um ajuste inicial adequado do sistema de controle do CER.
8.3.2.2 Os valores de pré-ajustes devem ser informados ao ONS, antes dos estudos pré-
operacionais, de forma a fornecer elementos para a otimização do desempenho dinâmico do
equipamento durante o desenvolvimento desses estudos.
8.3.2.3 Os valores destes pré-ajustes devem estar baseados em estudos de Real Time Digital
Simulator – RTDS, no qual o sistema de transmissão associado esteja representado. Os
equivalentes de curto-circuito devem estar localizados pelo menos a duas barras (segunda
vizinhança) do ponto de acoplamento comum do CER.
8.3.3 Tempos de eliminação de defeito
8.3.3.1 O projeto do CER deve considerar os tempos de eliminação de faltas apresentados na
Tabela 8:
Tabela 8 – Tempo de eliminação de faltas
Tempo de eliminação de faltas
Tensão(kV)
(ms)
Sem falha de Com falha de
disjuntor disjuntor
765 80 200
525 e 500 100 250
440 100 250
345 100 400
230 150 500
138 150 500
138 (*) 450 750
88 (*) 450 750
69 (*) 800 1000
Nota: (*) sem teleproteção.
8.3.4 Frequência
8.3.4.1 O CER deve ser dimensionado para operar nas seguintes condições de frequência:
(a) Faixa de Frequência em Regime Permanente: 60 Hz ± 0,2 Hz
(b) Faixa de Variação Transitória de Frequência
(1) 56 a 59,8 Hz por 20 segundos;
(2) 60,2 a 66 Hz por 20 segundos.
8.3.4.2 A faixa de operação em regime permanente deve ser utilizada para cálculos de desempenho
de equipamentos e as faixas de operação transitória para o cálculo dos valores de capacidade
(rating).
8.3.5 Ciclo de Sobrecarga
8.3.5.1 O CER deve ser capaz de suportar as condições de operação em sobrecarga de acordo com
a envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento. Essa envoltória deve
contemplar as sobretensões de manobra de elementos da rede, sejam unidades transformadoras
de potência, LT ou outros, situados eletricamente próximos e que possam submeter o ponto onde o
CER está conectado a sobretensões transitórias significativas. Essas manobras devem considerar
também topologias degradadas da rede.
8.3.5.2 Na indisponibilidade da envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento,
o CER deve ser capaz, no mínimo, de suportar as condições de operação em sobrecarga
apresentadas na Tabela 9.
Tabela 9 – Envoltória de sobretensões para operação em sobrecarga
Tensão (pu) Duração mínima da sobrecarga
1,80 50 ms
1,40 200 ms
1,30 1s
1,20 10 s
1,05(1) Continuamente
Nota (1): Para as tensões de operação de 500 ou 525 kV, o
ciclo deve prever a operação contínua para 550 kV (1,10 pu
de 500 kV).
DTHT = DTHI 2
h (em %)
(c) DTHTS95%: o maior valor de DTHT entre os sete valores obtidos, em base diária, ao longo
de 7 (sete) dias consecutivos. O DTHT, em base diária, é obtido com base no DTHT que
foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no período de 1 (um) dia (24 horas),
considerando os valores dos indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos.
8.3.8.2 Condições gerais e requisitos:
(a) A determinação do envelope de impedância harmônica da rede CA deve considerar os
diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de concessão, nas
configurações relativas aos patamares de carga leve, média e pesada. Cargas podem ser
representadas, devendo-se entretanto demonstrar a adequação do modelo de carga
adotado. A carga deve ser representada onde ela está concentrada, principalmente na
distribuição primária. O envelope total pode ser subdividido em subenvelopes de
harmônicos sucessivos. Além dos harmônicos do grupo, devem ser incluídos em cada
subenvelope o harmônico imediatamente superior e imediatamente inferior as ordens
harmônicas do grupo, com a finalidade de garantir a intersecção entre os conjuntos.
(b) Os envelopes de impedância harmônica devem ser determinados considerando-se a
metodologia do setor circular (anular), ou seja, esses envelopes devem ser definidos pelos
seus raios máximo e mínimo e ângulos máximo e mínimo, conforme Figura 2. Esses
lugares geométricos devem ser submetidos à aprovação do ONS, antes de serem
incluídos no contrato de fornecimento do CER, como forma de garantir que o projeto dos
filtros se baseie em envelopes válidos.
Figura 2 – Setor circular (anular) – Plano de admitâncias, com os vetores representativos da rede
interna (Yih), da rede externa (Ybh) e do resultante Yhmin, visto do ponto de acoplamento comum
(PAC).
(c) Deve ser considerada a necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, para as
configurações de rede completa e (n-1) da rede CA.
(d) Os filtros devem ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por
overrating em condições operativas normais e de contingências simples (n-1) da rede
externa.
(e) Deve-se manter para todas as etapas de implementação do empreendimento do qual o
CER faz parte, o desempenho harmônico estabelecido no submódulo 2.8. Devem ser
consideradas as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais severas
de geração de correntes harmônicas pelos TCR.
(f) Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço
máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia
automática, devem ser considerados os erros de controle.
(g) As instalações devem ter desempenho harmônico, do ponto de vista de distorção
harmônica no ponto de acoplamento comum (PAC) com a Rede Básica ou com as
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica, demonstrado por meio de estudos e de medições nos
barramentos CA da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica conectados à
subestação onde se localiza o CER, conforme estabelecido no Submódulo 2.8. As
medições devem ser realizadas antes e imediatamente após a entrada em operação do
CER. Esses resultados devem ser encaminhados ao ONS no prazo de 90 (noventa) dias
após a entrada em operação do CER, na forma de relatório e planilha. O agente deve
instalar um equipamento de monitoração contínua, que utilize métodos e equipamentos
de medição conforme estabelecido nos Submódulos 2.8 e 12.2.
(h) As correntes harmônicas nas linhas CA conectadas ao CER não devem produzir
interferências nas linhas telefônicas, que estejam em operação na data de
comissionamento do CER, acima dos limites das normas correspondentes.
V < 69 kV V ≥ 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
≥8 1% ≥8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
≥27 1% ≥27 0,5%
DTHT = 6% DTHT = 3%
8.5 Disjuntores
8.5.1 Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção de 2 ciclos para as classes de
tensão de 800, 550, 460 e 362 kV e 3 ciclos para as classes de tensão de 242, 145 e 72,5 kV, em
60 Hz.
8.5.2 O ciclo de operação com religamento rápido deve atender aos requisitos da Norma Técnica
ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo.
8.5.3 Os disjuntores devem ser capazes de efetuar, em função das características específicas de
cada aplicação e dos requisitos sistêmicos, as seguintes operações:
(a) Abertura de linhas em vazio com sobretensão de pré-manobra à frequência de 60 Hz, de
acordo com os valores da Tabela 5 do Submódulo 23.3.
(b) Abertura de pequenas correntes indutivas, tal como na manobra de reatores em derivação,
sem provocar reignições, reacendimentos, sobretensões inadmissíveis ou transitórios de
frequência elevada que possam colocar em risco os equipamentos da subestação.
(c) Abertura em oposição de fases.
(d) Abertura de defeito trifásico não envolvendo terra, no barramento ou na saída de linha.
(e) Abertura de defeito quilométrico.
(f) Abertura da corrente de curto-circuito com a relação X/R do ponto do sistema onde será
aplicado.
8.5.4 Os disjuntores das unidades transformadoras de potência e dos bancos de capacitores em
derivação devem ser dotados de elementos ou sistemas que limitem os transitórios de energização
desses equipamentos, com o intuito de não causar sobretensões, subtensões ou sobrecorrentes
que afetem o desempenho da rede ou causem o funcionamento indevido dos sistemas de proteção
e controle.
8.5.5 Os disjuntores dos bancos de capacitores em derivação e os disjuntores que manobrarem
linhas de transmissão a vazio devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de
arco”, classe C2, conforme a Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.
8.5.6 Os disjuntores dos bancos de reatores em derivação devem ser monopolares e dotados de
dispositivo de manobra controlada.
8.5.7 Para o dimensionamento dos disjuntores das conexões referidas no item 1.6 deste
submódulo, deve ser considerada qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor pertencente à
subestação que redunde em manobra de outro equipamento ou de LT.
8.5.8 Para o dimensionamento dos disjuntores das conexões referidas no item 1.6 deste submódulo
deve ser considerada qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor pertencente a subestações
adjacentes que redunde em manobra em conjunto com os equipamentos/LT a elas conectadas.
8.5.9 Os disjuntores das conexões dos enrolamentos secundários das unidades transformadoras
de potência devem ser adequados para abertura de defeito trifásico no barramento que não envolva
terra.
8.5.10 Os requisitos mínimos para a corrente nominal de disjuntores são, em função de sua classe
de tensão:
(a) Igual ou superior a 345 kV: 4.000 A; e
(b) 230 kV: 3.150 A.
8.5.11 Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de
discrepância de polos e acionamento monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão superiores
a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de
acionamento e religamento automático tripolar e monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão
iguais ou inferiores a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de
esquemas de acionamento e religamento automático tripolar.
8.5.12 Para determinação da tensão de restabelecimento transitória (TRT) para disjuntor na
manobra de LT a vazio deve-se levar em conta o valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs,
frente a faltas monofásicas, apresentado na Tabela 3, à frequência de 60 Hz. Valores superiores
aos da Tabela 13 podem ser necessários, caso os estudos assim o determinem.
Tabela 13 – Valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs, frente a faltas monofásicas, para
determinação do TRT de disjuntor na manobra de LT a vazio
8.5.13 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos e/ou linhas de
transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses
equipamentos seguidas de falha do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em
manutenção.
8.5.14 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar a linha de transmissão em conjunto com
os equipamentos / linhas de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso
de falta no equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do
respectivo disjuntor.
8.5.15 Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados
devem ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura,
compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada. O disjuntor deve ser
especificado em consonância com o procedimento descrito no Technical Report – IEC/TR 62271-
302 – High voltage switchgear and controlgear – Part 302: Alternating current circuit-breakers with
intentionally non-simultaneous pole operation.
8.6.3 Esses equipamentos devem permitir manobras de fechamento e abertura nas condições mais
severas de tensões induzidas de LT em paralelo, incluídas situações de ressonância e de
carregamento máximo.
8.6.4 As LT devem ter lâminas de terra ou chaves de aterramento com intertravamento mecânico.
8.7 Para-raios
8.7.1 Devem ser instalados para-raios nas entradas de LT e nas conexões de unidades
transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não
autoprotegidos.
8.7.2 Os para-raios devem ser do tipo estação, a óxido metálico, sem centelhador.
8.10 Requisitos para os serviços auxiliares de corrente contínua e de corrente alternada das
subestações
8.10.1 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de proteção, supervisão e controle
(a) Os serviços auxiliares de corrente contínua (CC) para alimentação dos sistemas de
proteção, supervisão e controle devem ter dois conjuntos independentes de bancos de
baterias com retificadores, alimentando cargas independentes, e cada conjunto deve ser
dimensionado para suprir toda a carga prevista em regime contínuo.
(b) É permitido o paralelismo entre os bancos de baterias apenas em tempo suficiente para
não necessitar reinicializar os sistemas digitais ou computadorizados dos sistemas de
proteção, supervisão e controle.
(c) Em caso de falta de alimentação de corrente alternada (CA), os bancos de baterias devem
ter autonomia para realizar as manobras de recomposição da subestação. Cada conjunto
bateria-retificador deve atender a toda a carga prevista para regime contínuo pelo período
mínimo de 5 (cinco) horas.
(d) Além disso, os serviços auxiliares CC devem atender aos critérios para alimentação dos
sistemas de proteção estabelecidos no Submódulo 2.6 e suprir os circuitos de iluminação
de emergência das subestações.
8.10.2 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de telecomunicações
(a) Os serviços auxiliares CC para alimentação dos sistemas de telecomunicações devem ter
dois conjuntos independentes de bancos de baterias com retificadores, alimentando
cargas independentes, e cada conjunto deve ser dimensionado para suprir a carga total
imposta pelos equipamentos de telecomunicações da subestação.
(b) Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter autonomia de no
mínimo 10 (dez) horas, para atender à carga total dos equipamentos de telecomunicações
da subestação.
(c) Os equipamentos de telecomunicações devem ser alimentados por circuitos
independentes de cada um dos bancos de baterias, para que, na falta de tensão em um
dos circuitos, a alimentação seja transferida automaticamente para o outro circuito, sem
manter o paralelismo dos bancos de baterias. É permitido o paralelismo entre os bancos
de bateria apenas em tempo suficiente para não necessitar reinicializar os sistemas digitais
ou computadorizados dos sistemas de telecomunicações.
(d) Os conjuntos de baterias/retificadores mencionados no item 8.10.1 deste submódulo
devem ser independentes dos conjuntos mencionados no item 8.10.2 deste submódulo.
8.10.3 Alimentação em corrente alternada
(a) Os serviços auxiliares CA devem ter duas fontes de alimentação, sendo uma fonte externa
e outra da própria subestação - do terciário de unidade transformadora de potência da
subestação ou de unidade transformadora exclusiva para essa finalidade. Caso a
subestação não tenha unidade transformadora de potência, as duas fontes de alimentação
devem ser externas e de subestações distintas.
(b) Em caso de falta de tensão em uma fonte de alimentação, deve ser previsto um sistema
para realizar a transferência automática das cargas para a outra fonte de alimentação.
(c) Os serviços auxiliares CA devem ter, para casos de falta de tensão nas duas fontes de
alimentação CA, grupo motor-gerador com partida automática e capacidade para
alimentação das cargas essenciais da subestação. Cargas essenciais são aquelas
necessárias para iniciar o processo de recomposição da subestação, em caso de seu
desligamento total ou parcial.
8.10.4 Testes de manutenção
(a) Na programação de manutenção e testes dos serviços auxiliares, os agentes devem
considerar os requisitos mínimos de testes estabelecidos no Submódulo 10.14.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 5
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 5
4.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 5
4.2 AGENTES DE TRANSMISSÃO ......................................................................................................... 6
5 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS APLICÁVEIS .......................................................... 6
6 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................................... 6
7 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT AÉREA ................................................................................... 6
7.1 CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES........................................................................... 6
7.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS E CADEIAS DE ISOLADORES DA LT-CA ........... 7
7.3 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA ........................................................................................................ 7
7.4 PERDA JOULE NOS CABOS ............................................................................................................ 7
7.5 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA ........................................................................................................ 8
7.6 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .................................................................................................. 8
7.7 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ....................................................................................................... 9
7.8 TRAVESSIA COM LT ................................................................................................................... 11
8 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT AÉREA ................................................................................ 11
8.1 CONFIABILIDADE........................................................................................................................ 11
8.2 PARÂMETROS DE VENTO ............................................................................................................ 11
8.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS....................................................................................... 12
8.4 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS ............................................................................. 13
8.5 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS ................................................................................................... 13
8.6 FUNDAÇÕES .............................................................................................................................. 13
9 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS DE LT AÉREA ................................................................. 14
9.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ...................................................................................................... 14
9.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA ......................................................................................................... 14
9.3 CORROSÃO AMBIENTAL.............................................................................................................. 14
10 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT SUBTERRÂNEA ................................................................ 14
10.1 CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES....................................................................... 14
10.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DAS BLINDAGENS METÁLICAS ......................................................... 15
10.3 PERDAS NO CONDUTOR, NA BLINDAGEM E NO DIELÉTRICO ......................................................... 15
10.4 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA .................................................................................................... 16
10.5 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .............................................................................................. 16
10.6 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ................................................................................................... 17
10.7 DESEQUILÍBRIO ....................................................................................................................... 17
11 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT SUBTERRÂNEA ............................................................... 17
11.1 CONFIABILIDADE...................................................................................................................... 17
11.2 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS..................................................................................... 18
11.3 CARGAS MECÂNICAS NAS ESTRUTURAS DE SUPORTE DOS TERMINAIS, NOS DUTOS, NAS CAIXAS DE
PASSAGEM E NAS CAIXAS DE EMENDA ............................................................................................... 18
11.4 MATERIAL DE ENVOLTÓRIA DOS CABOS ..................................................................................... 18
1 INTRODUÇÃO
1.1 Os requisitos mínimos descritos neste submódulo devem ser atendidos por toda linha de
transmissão (LT) que integra, ou que venha a integrar, a Rede Básica ou as instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.
1.2 A LT que integra, ou que venha a integrar, as Demais Instalações de transmissão – DIT ou as
instalações de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão
compartilhada – ICG deve atender aos requisitos estabelecidos pela transmissora detentora da
sua concessão e compatibilizados com o ONS.
1.3 Caso critérios de operação e planejamento assim o determinem, requisitos específicos podem
ser incluídos nos documentos de licitação ou autorização de determinada Função Transmissão
Linha de Transmissão (FTLT), cuja LT é seu elemento principal.
1.4 O conjunto das LT a que este submódulo se refere é composto por:
(a) LT aérea em corrente alternada (LT-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 765 kV;
(b) LT aérea em corrente contínua (LT-CC) com classe de tensão entre ±500 kV e ±800 kV;
(c) LT subterrânea em corrente alternada (LTS-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 525
kV; e
(d) LT composta por partes aérea e subterrânea em corrente alternada (LTAS-CA) com classe
de tensão entre 230 kV e 525 kV.
1.5 Os requisitos desse submódulo aplicam-se:
(a) à LT aérea que empregue tecnologias abrangidas pela ABNT NBR 5422:1985, ou sua
sucessora, bem como pelas normas técnicas referidas no item 5.1 deste submódulo;
(b) à LT subterrânea que empregue tecnologias abrangidas pelas normas da International
Electrothechnical Commission – IEC, bem como pelas normas técnicas referidas no item
5.1 deste submódulo, em especial por aquelas que tratam dos cabos isolados de potência;
(c) ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo, bem como às fases de construção,
manutenção e operação das LT;
(d) ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e
equipamentos utilizados nas LT; e
(e) a qualquer inserção ou alteração de um componente de uma LT com relação ao seu
projeto original, tais como: derivações; seccionamentos; troca de equipamentos;
reisolamento; recapacitação e/ou reformas; e conversão de um trecho de LT aérea em
subterrânea.
1.6 Os requisitos para elementos de compensação reativa e equipamentos de conexão da LT
aérea ou subterrânea, em corrente alternada, às subestações terminais são abordados no
Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos.
1.7 As perturbações produzidas pela LT-CC sobre instalações de terceiros, como por exemplo,
em sistemas de comunicação, são de responsabilidade do agente de transmissão responsável
pela LT-CC, que deve atender às normas pertinentes e prover solução para as perturbações
identificadas.
1.8 As principais características que se aplicam a uma FTLT são:
2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos
para linhas de transmissão aérea, em corrente alternada ou corrente contínua, e para linhas de
transmissão subterrânea, em corrente alternada, integrantes da Rede Básica ou das instalações
de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica, e ainda das linhas de transmissão integrantes das DIT ou das ICG.
4 RESPONSABILIDADES
4.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
(a) Propor ao poder concedente os requisitos mínimos a serem atendidos por cada FTLT.
6 REQUISITOS GERAIS
6.1 Os requisitos a serem atendidos por uma FTLT dizem respeito prioritariamente a seu
desempenho sob um ponto de vista sistêmico, cuja quantificação é possível por meio dos
indicadores de desempenho apresentados no Submódulo 2.8. Por sua vez, os requisitos a que
uma LT deve atender refletem mais especificamente as diretrizes adotadas nos projetos básico e
executivo. O Submódulo 25.8 apresenta indicadores que quantificam o desempenho de uma LT.
6.2 A LT aérea deve ter pelo menos um cabo para-raios do tipo Optical Ground Wire – OPGW.
6.3 A LT subterrânea deve ter pelo menos um cabo de fibra ótica instalado ao longo da rota dos
cabos condutores.
7.4.4 A perda joule nos cabos para-raios da LT-CA deve ser inferior a 5% (cinco por cento) das
perdas no cabo condutor para qualquer condição de operação.
7.5 Tensão máxima operativa
7.5.1 A tensão máxima operativa das LT aéreas está limitada aos valores descritos na Tabela 1.
Tabela 1 – Tensão máxima operativa das LT aéreas
Tipo da linha de
Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]
transmissão
230 242
345 362
LT-CA 440 460
500 e 525 550
765 800
500 525
LT-CC 600 636
800 840
7.7.2 Radiointerferência
7.7.2.1 A mediana da distribuição da relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança da LT
aérea deve ser igual ou superior a 24 dB, para o período de um ano. O ruído deve ser calculado
para a tensão máxima operativa da LT aérea. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível
mínimo de sinal na região atravessada pela linha, conforme resolução DENTEL ou sua sucessora,
desde que não superior a 66 dB acima de 1 µV/metro a 1 MHz.
ou zero superiores a 1,5% nas barras das subestações nova e existentes, para a LT-CA em vazio
e a plena carga, o projeto básico deve propor solução de adequação da instalação. Nos casos de
seccionamento de LT-CA existente de circuito duplo ou contendo mais de um circuito de LT-CA na
mesma faixa ou em faixas contíguas, a simulação dos desequilíbrios de tensão deve considerar a
influência de todos os circuitos acoplados.
7.8 Travessia com LT
7.8.1 Deve-se evitar o cruzamento com LT. Caso o cruzamento seja inevitável, o agente de
transmissão deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao
longo do traçado da LT, e informar no projeto básico as providências que serão tomadas no
sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a
aprovação dessas providências.
7.8.2 O agente de transmissão deve relacionar no projeto básico os cruzamentos da LT em
projeto com outras LT. Seguem, abaixo, as informações mínimas das LT em cruzamento a serem
prestadas pelo agente:
(a) identificação com as subestações terminais do trecho em questão;
(b) tipo da linha de transmissão (LT-CA ou LT-CC);
(c) tensão nominal;
(d) número de circuitos; e
(e) disposição das fases (horizontal, vertical, triangular, etc).
7.8.3 Nos casos relacionados a seguir, o cruzamento da LT em projeto com outra existente (em
operação) ou projetada (em fase de implantação com processo de outorga mais antigo e projeto
executivo concluído) deverá ocorrer sob a LT existente ou projetada, quando:
(a) um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um circuito
de LT existente ou projetada de classe de tensão igual ou superior à de projeto; ou
(b) a tensão nominal da LT em projeto for menor que a da LT existente ou projetada.
1
International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.
8.2.2 Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por
estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada
pela LT aérea:
(a) média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas
anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três)
segundos (rajada) e 10 (dez) minutos (vento médio);
(b) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno
correspondente ao vento extremo, como definido no item 8.1.2 deste submódulo, e
tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se
o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da
velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação
compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na
região;
(c) coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo
de integração da média de 10 (dez) minutos;
(d) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno de 50 anos e
tempo de integração para o cálculo da média de 10 (dez) minutos; e
(e) categoria do terreno adotada para o local das medições.
8.2.3 No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser
considerada a categoria de terreno, conforme definida na IEC 60826, que melhor se ajuste à
topologia do corredor da LT aérea.
8.3 Cargas mecânicas sobre os cabos
8.3.1 O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de
tração normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de
envelhecimento do cabo.
8.3.1.1 Estado básico
(a) Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da
tração de ruptura do cabo.
(b) Para condições de vento com período de retorno de 50 (cinquenta) anos, a tração axial
máxima deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.
(c) Para condições de vento extremo, como estabelecido no item 8.1.2 deste submódulo, a
tração axial máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.
2
8.3.1.2 Estado de tração normal (EDS )
(a) No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio
dos cabos deve atender ao indicado na norma ABNT NBR 5422:1985, ou sua sucessora,
bem como atender aos limites estabelecidos no item 8.3.1.1 deste submódulo. Além disso,
o tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no
que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da LT aérea.
8.3.1.3 Estado de referência
(a) A distância de segurança do condutor ao solo (clearance) deve ser verificada sem
considerar a pressão de vento atuante.
2
Everyday stress.
Tabela 6 – Níveis máximos das sobretensões atmosféricas e de manobra para teste de cabos
isolados CA, conforme IEC 62067
Sobretensões máximas (kV)
Classe de
descargas
Tensão (kV) manobra
atmosféricas
230 1.050 NE
345 1.175 950
500 1.550 1.175
NE – não especificado.
10.5.3.2 O agente de transmissão deve verificar a necessidade da instalação de dispositivo para-
raios nas extremidades da LTS-CA para proteção dos cabos contra sobretensões devido às
descargas atmosféricas e às manobras.
10.5.3.3 Não é recomendado o religamento de LTS-CA uma vez que as falhas nesse tipo de
instalação são, em geral, permanentes. Em LTAS, o religamento deve ser mantido se o trecho
aéreo for predominante em extensão, no caso de novo empreendimento, ou se esse recurso
operativo já for previsto na LTA-CA a ser convertida em LTAS.
10.5.3.4 No caso de se permitir o religamento em LTAS, deve ser avaliado o tempo de retardo do
religamento.
10.6 Emissão eletromagnética
10.6.1 Campo magnético
10.6.1.1 Na avaliação do campo magnético de uma LTS, devem ser atendidas as determinações
da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010, para o público em geral.
10.7 Desequilíbrio
10.7.1 A LTS-CA de circuito simples, com disposição de cabos diferente do trifólio e comprimento
superior a 1.000m deve conter um ciclo completo de transposição de fases.
10.7.2 Caso os desequilíbrios de tensão de sequência negativa ou zero sejam superiores a 1,5%,
em vazio e a plena carga, a LTS-CA de circuito simples, com disposição de cabos diferente do
trifólio e comprimento igual ou inferior a 1.000m deve conter um ciclo completo de transposição de
fases.
10.7.3 Nos casos de LTS-CA envolvendo mais de um circuito paralelo, na mesma rota, deve-se
considerar na simulação dos desequilíbrios de tensão a influência mútua entre circuitos.
10.7.4 Os desequilíbrios de tensão de sequências negativa e zero da LTAS devem estar limitados
a 1,5%, em vazio e a plena carga.
10.7.5 Os requisitos dos itens 10.7.1 e 10.7.2 deste submódulo devem ser atendidos também nas
instalações de LTS-CA que preveem cabo reserva.
09/11/2011
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 3
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 4
4.1 DOS OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ........................................................... 4
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO, GERAÇÃO E IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO...................................... 4
5 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PROJETO ..................................................................... 4
5.1 OS REQUISITOS MÍNIMOS PARA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PROJETO PODEM SER AGRUPADOS
DE ACORDO COM AS SEGUINTES ETAPAS: CONCEPÇÃO E DETALHAMENTO............................................. 4
1 INTRODUÇÃO
1.1 Os requisitos descritos neste submódulo aplicam-se aos elos de corrente contínua (elos CC),
com tecnologia LCC (“Line Commutated Converter”), integrantes da Rede Básica ou das
instalações de transmissão de energia elétrica, situadas no Brasil, destinadas a interligações
internacionais conectadas à Rede Básica.
1.2 Este submódulo também se aplica aos elos CC sob responsabilidade de agente de geração,
de transmissão e de importação/exportação, situados dentro ou fora do Brasil, que se conectam à
Rede Básica ou ao SIN, naquilo que se refere aos aspectos que afetam as interações corrente
alternada – corrente contínua (CA/CC), tais como faixas de variação de frequência e de tensão a
serem respeitadas, fluxo de reativos entre o sistema CA e o sistema CC, requisitos de
desempenho durante e após aplicações de defeitos, níveis de injeção de harmônicos no sistema
CA e interação entre controles de equipamentos eletricamente próximos, definidos pelos
Procedimentos de Rede.
1.3 Este submódulo apresenta os requisitos mínimos para os elos CC de que tratam os itens 1.1
e 1.2 deste submódulo.
1.4 Considera-se, neste submódulo, que as instalações CA necessárias ao funcionamento dos
elos CC localizadas nas subestações terminais, tais como transformadores conversores, filtros,
compensadores síncronos e capacitores em derivação, fazem parte desses elos CC.
1.5 Apesar de este submódulo não tratar dos requisitos de elos CC com configurações
multiterminais, esses elos devem respeitar os requisitos de interação entre as conversoras e o
sistema CA aqui estabelecidos.
1.6 Os submódulos aqui mencionados são os seguintes:
(a) Submódulo 2.1 Requisitos mínimos para instalações de transmissão e gerenciamento de
indicadores de desempenho: visão geral;
(b) Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos;
(c) Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão;
(d) Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção;
(e) Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação;
(f) Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão;
(g) Submódulo 13.2 Requisitos de telecomunicações; e
(h) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos.
2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer os requisitos técnicos mínimos para os elos CC,
com ou sem linha CC, que integram ou se conectam à Rede Básica ou às instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.
4 RESPONSABILIDADES
6.1.1 Na etapa de concepção devem ser definidos os componentes do circuito principal, a saber:
válvulas, transformadores conversores e sua faixa de tapes, reatores de alisamento, compensação
reativa, filtros CA e filtros CC, linha CC e linha do eletrodo, sistemas de aterramento (critérios),
modos de operação, diagramas unifilares, pátios CA e CC e a filosofia dos sistemas de proteção,
supervisão e controle, incluindo o Master Control. São também estimadas as perdas máximas a
serem obtidas por meio de cálculo. Os requisitos associados às características definidas nesta
fase do projeto devem ser demonstrados previamente à etapa de detalhamento, uma vez que as
ordens de produção dos equipamentos serão baseadas nas definições da etapa de concepção.
deve ser capaz de operar com potência mínima de 10% da potência nominal de cada bipolo
isoladamente.
6.2.4 Tensão CC da transmissão
6.2.4.1 A tensão nominal CC deve corresponder ao valor médio da tensão no terminal de maior
capacidade que opera como retificador.
6.2.4.2 Admite-se a operação com valores de tensão CC superiores ao valor nominal, desde que
respeitada a máxima suportabilidade de projeto da linha CC, nos moldes das definições contidas
no Submódulo 2.4.
6.2.5 Intercâmbio de Potência Reativa
6.2.5.1 As estações conversoras devem ser equipadas com os equipamentos de compensação
reativa necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, para os
modos de operação definidos no item 6.3 deste submódulo, em qualquer situação operativa,
mesmo considerando a operação na condição de ausência do maior banco manobrável de suas
instalações, com a rede CA adjacente em condição íntegra ou degradada dentro das faixas de
potência de curto-circuito definidas no item 6.2.6 deste submódulo, com fluxo transmitido em
ambos os sentidos e considerando os níveis de frequência e tensão das barras CA nas faixas
descritas nos itens 6.2.1 e 6.2.2 deste submódulo.
6.2.5.2 Os limites de absorção e de fornecimento de potência reativa, do sistema CA para o elo
CC, nos pontos de conexão à Rede Básica ou ao SIN será definido, nos casos de autorização ou
licitação, pelo Instrumento Técnico de Outorga.
6.2.5.3 Para o caso de instalações de transmissão de energia elétrica, situadas dentro ou fora do
Brasil, destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica ou ao SIN, a
compensação reativa deve ser dimensionada de modo a que não haja nenhuma absorção de
reativos da rede CA no ponto de conexão.
6.2.5.4 Em qualquer situação, a compensação reativa do elo CC deve ser dimensionada de modo
a evitar o surgimento do fenômeno de auto-excitação em unidades geradoras próximas.
6.2.5.5 O atendimento a estes requisitos deve ser garantido considerando-se todas as tolerâncias
de fabricação e de medição que impactem no consumo de potência reativa.
6.2.5.6 Caso seja utilizado o controle da conversora, como recurso quanto à absorção de reativos
pelo elo CC, para limitar o intercâmbio de potência reativa entre as redes CA e CC, este
procedimento não deverá ocasionar interações indesejáveis para a coordenação do controle de
ambos os lados (retificador e inversor) do elo CC.
6.2.5.7 Ressalta-se que, no caso de operação bipolar, para despachos mínimos, ou mesmo no
desbloqueio das conversoras, não será admitida a utilização de controle de tensão CA do lado da
válvula, no secundário do transformador conversor.
6.2.6 Níveis de Curto-Circuito
6.2.6.1 Os níveis de curto-circuito máximo e mínimo nas estações retificadora e inversora deverão
ser calculados considerando todas as condições operativas possíveis utilizando a configuração de
rede completa e (n-1), a saber: todos os níveis de carga (mínimo, leve, média, máxima) e
intercâmbios nas principais interligações do país (Norte-Sul, Sul-Sudeste, Sudeste-Nordeste e
Norte-Nordeste) em ambas as direções. Para os casos de curto-circuito mínimo na inversora deve
também ser considerada a configuração de inércia mínima do sistema elétrico receptor.
6.2.6.2 O projeto deve considerar, para o cálculo de curto-circuito, todas as etapas de
desenvolvimento da alternativa CC. Caso estas etapas ocorram dentro do horizonte de operação,
deve ser utilizada a base de dados do ONS. Para as situações fora deste horizonte deve-se utilizar
os dados da EPE.
6.2.8.3 Tanto o banco quanto sub-banco devem ser manobráveis por disjuntor e possuir seus
próprios TC. Caso o sub-banco seja composto por apenas um ramo, esse ramo deve ser
manobrável pelo disjuntor do próprio sub-banco.
6.2.8.4 O ramo pode ser constituído por um filtro (sintonia simples ou múltipla) ou por um
equipamento de compensação reativa (capacitiva ou indutiva).
(b) Para todas as etapas de implementação, bem como ao longo do contrato de concessão
referente às conversoras, atender ao desempenho harmônico (individual) estabelecido no
Submódulo 2.8, no ponto de observação da tensão, aqui referenciado como ponto de
acoplamento comum (PAC), considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros
e as condições mais severas de geração de correntes harmônicas pelos conversores.
(1) A metodologia a ser adotada para o cálculo da distorção harmônica no PAC deve
representar a instalação conversora através do seu equivalente Norton e a rede
externa através de envelopes de impedância.
ZREDE =>
Requisitos
para o
Modos de Operação
Retificador e
para o Inversor
Bipolar com tensão nominal (“normal”) A
Bipolar com tensão reduzida (de 70% a 95% da tensão nominal) B
Bipolar com tensão nominal e fluxo de potência reverso A
Monopolar com tensão nominal (retorno pelo solo) A
Monopolar com tensão nominal (retorno metálico) A
Monopolar com tensão reduzida (retorno pelo solo) B
Monopolar com tensão reduzida (retorno metálico) B
Operação em Sobrecarga (Caso Disponível)
Sobrecarga Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Longa Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Curta Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Notas:
A– Necessidade de atendimento ao desempenho harmônico para contingência (n-1) de
cada tipo de filtro CC.
B– Necessidade de atendimento ao desempenho harmônico com todos os filtros CC
presentes.
C– O nível de interferência gerada pelas conversoras nas condições operativas de
operação em sobrecarga deve ser informado pela transmissora em qualquer modo ou
combinação de modos operativos disponíveis.
D – Os modos de operação associados a paralelismo de bipolos devem ser definidos pelo
Instrumento Técnico de Outorga.
E – O Instrumento Técnico de Outorga pode definir modos adicionais de operação.
(b) Para todas as etapas de implementação do empreendimento, bem como ao longo do
contrato de concessão referente as conversoras, manter um desempenho harmônico
adequado considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições
mais severas de geração de tensões harmônicas pelos conversores.
(c) Para os modos de operação com “Requisitos para o Retificador e para o Inversor “A” ou
“B”, conforme item 6.8.1.1 (a) deste submódulo, deve ser considerada a possibilidade de
operação da rede CA com um desbalanço máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos
casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os
erros de controle.
6.8.1.2 As correntes harmônicas nas linhas CC e linhas de eletrodo não devem produzir
interferências em linhas telefônicas em operação na data de comissionamento do elo CC acima
dos limites fixados nas normas correspondentes. Para tanto, os limites da corrente equivalente de
distúrbio ao longo das linhas CC e linhas de eletrodo devem ser informados no anexo técnico ou
no instrumento técnico de outorga, visando atender a esse requisito.
6.8.1.3 A definição deste limite deve ser precedida e baseada em um estudo de coordenação
indutiva, a ser efetuado ainda na etapa de concepção. Na falta da entrega deste estudo em tempo
hábil a transmissora deve considerar, no máximo, para o valor de corrente equivalente de distúrbio
em operação bipolar, com todos os filtros presentes, o valor de 500 mA. Para a operação
monopolar com todos os filtros (retorno pelo solo ou metálico) o valor não pode exceder 1.000 mA.
Durante a operação bipolar na condição (n-1) dos filtros, o valor das correntes harmônicas não
poderá exceder 1000 mA. A Transmissora deve definir o critério a ser adotado para operação
monopolar na condição (n-1) dos filtros. Permanece, entretanto, com ou sem estudo de
coordenação indutiva a responsabilidade da transmissora de mitigar os efeitos de interferências
que venham a ser identificadas.
6.8.2.3 Cada filtro deve contar com sistemas de monitoração de corrente por meio direto e de
determinação da temperatura de seus componentes por meio direto ou indireto, bem como com
sistemas de alerta e proteção adequados, de maneira a permitir que ações operativas possam ser
tomadas com a antecedência necessária.
6.8.2.4 Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço
máximo de sequência negativa de 2,0%.
6.8.2.5 Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os
erros de controle.
6.11 Perdas
6.11.1 As perdas devem ser avaliadas considerando:
(a) a temperatura máxima definida pelo Anexo Técnico ou pelo Instrumento Técnico de
Outorga;
(b) na falta desta definição, a temperatura média das máximas anuais da região onde as
conversoras serão instaladas.
6.12 Confiabilidade
6.12.1 A disponibilidade média anual de transmissão de potência do elo CC deve ser de no
mínimo 98,5%, incluindo as saídas programadas e forçadas, caso não tenham sido incluídos no
escopo da outorga equipamentos reserva das instalações. A disponibilidade deve ser calculada
em conformidade com a versão mais recente da norma IEC 60919-1, considerando dados de
estatísticas internacionalmente reconhecidas, tais como, por exemplo, do CIGRE.
6.12.2 Para o cálculo da disponibilidade garantida considera-se o conjunto dos conversores
localizados em ambos os terminais da linha CC, bem como os respectivos transformadores
conversores e demais equipamentos necessários para a operação desses terminais, como
disjuntores, filtros, equipamentos de medição, síncronos, etc.
6.12.3 O número de saídas forçadas de cada pólo deve ser de, no máximo, 2,5 saídas por ano.
6.12.4 O número de saídas forçadas de cada bipolo não deve ultrapassar 1 saída a cada 5 anos.
6.13.4.3 Para o dimensionamento dos para-raios e disjuntores do pátio CA e dos filtros CA, a
transmissora deve considerar a aplicação e eliminação de faltas seguida de bloqueio do bipolo
com a permanência dos filtros CA em operação, de acordo com o procedimento indicado na
referência “Application guide for metal oxide arresters without gaps for HVDC converter stations.
CIGRE Working Group 33/14-05, June 1988, EKSTROM, A”. Esta investigação deve ser realizada
pela transmissora para patamares de potência nominal CC transmitida pré-falta de 25%, 50%,
75% e 100% da potência nominal CC, além daquelas indicadas no anexo técnico do Edital do
Leilão, quando for o caso.
6.13.4.4 Margens Mínimas de Proteção/Isolamento
(a) A transmissora deve utilizar como margens mínimas de proteção/isolamento, no mínimo,
os seguintes percentuais:
(1) Válvulas
(i) 20 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(2) Outros equipamentos da casa de válvulas CC
(i) 25 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(3) Equipamentos do pátio CC, incluindo filtros CC e reator de alisamento
(i) 25 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 20 % para surtos atmosféricos.
(iii) 15 % para surtos de manobra.
(4) Transformadores conversores (lado CC)
(i) 25 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 20 % para surtos atmosféricos.
(iii) 15 % para surtos de manobra.
(5) Transformadores conversores (lado CA)
(i) Considerar IEC 60071, última revisão.
(6) Equipamentos do pátio CA (exceto filtros)
(i) Considerar IEC 60071, última revisão.
(7) Filtros CA
(i) 20% para surtos de manobra
(ii) 15% para surtos de manobra
6.13.5 Distâncias de Escoamento
6.13.5.1 No cálculo da distância de escoamento a ser considerada para a definição dos isoladores
CA externos, para a tensão máxima operativa, deve-se levar em conta as características de
contaminação da região conforme a norma IEC/TR 60815.
6.13.5.2 Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento dos
equipamentos para instalação abrigada e sujeitos a tensão CC, deve ser seguida a norma IEC
60071-5. No entanto, devem ser respeitados os seguintes valores mínimos para as distâncias de
escoamento:
6.15 Eletrodos
6.15.1 Requisitos gerais
6.15.1.1 Um bipolo CC ponto-a-ponto deve ser provido de eletrodos de terra para escoamento
para a terra das correntes de retorno em operação monopolar e das correntes resultantes de
condições operativas desbalanceadas. O projeto do eletrodo deve levar em conta todos os modos
de operação previstos para o bipolo e a possibilidade de operação em sobrecarga nestes modos.
6.15.1.2 É prerrogativa da transmissora a escolha do local de implantação dos eletrodos de terra,
desde que a distância entre o eletrodo de terra e a subestação a esta conectada seja igual ou
superior a 15 km. O projeto deve ser elaborado de forma a evitar a circulação de corrente contínua
pelo neutro do transformador conversor capaz de provocar sua saturação.
6.15.1.3 Caso haja o compartilhamento de uma subestação conversora com transmissoras
detentoras de concessão de bipolos CC ponto-a-ponto, o eletrodo de terra de cada bipolo pode ser
dimensionado para escoar tanto as correntes próprias quanto as dos demais bipolos que
6.17.3.6 Os resultados deste estudo devem ser considerados no projeto dos filtros e na definição
do controle básico do elo CC.
6.17.3.7 O relatório deve apresentar os resultados sob a forma de tabelas P (potência transmitida)
e Q (consumo da conversora, potência reativa fornecida pelos filtros e intercâmbio com o sistema
CA), em função das tensões CA máxima, mínima e nominal, consumo de reativos máximo, mínimo
e nominal pela conversora (função de alfa, dx, etc.), de forma a permitir a análise da conformidade
dos resultados em relação aos requisitos. Deve ser fornecida uma tabela contendo a sequência de
chaveamento dos elementos de compensação reativa em função da potência transmitida e
também da necessidade de chaveamento em função do desempenho harmônico.
6.17.4 Estudo de sobretensões à frequência fundamental
6.17.4.1 Tem por finalidade identificar, dentre outros, sobretensões de manobra de bancos de
capacitores e filtros, rejeição de carga, bloqueio dos conversores, oscilações dinâmicas da rede
CA e os meios para limitar estas sobretensões aos valores requeridos.
6.17.4.2 Estes estudos, a serem executados no programa ANATEM, também devem demonstrar
que o desligamento dos filtros e capacitores, após bloqueio da conversora, será possível e
suficiente para a redução das sobretensões no sistema CA para níveis aceitáveis.
6.17.4.3 Devem ser avaliadas configurações do sistema CA com diferentes níveis de curto-circuito
e de carga nos horizontes da operação e do planejamento. Devem ser levadas em conta variações
do número de máquinas na área do sistema coletor, bem como diferentes situações de staging do
empreendimento.
6.17.4.4 Aspectos relativos à possível autoexcitação de unidades geradoras também devem ser
investigados.
6.17.4.5 Desta forma, estes estudos também contribuem para demonstrar que a modularização
adotada para os filtros e bancos de capacitores atende aos requisitos estabelecidos neste
submódulo, no que diz respeito ao impacto no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de
reativos e fator de potência nas estações conversoras).
6.17.5 Estudo de Desempenho Dinâmico (Dynamic Performance)
6.17.5.1 Tem por finalidade principal demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes
preliminares, é estável para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os
modos de operação disponíveis. Deve também demonstrar que os requisitos relacionados ao
tempo de recuperação do elo CC após a aplicação de defeito e aqueles relacionados à
minimização da ocorrência de falhas de comutação foram atendidos.
6.17.5.2 Tem por finalidade secundária identificar ressonâncias em frequências de baixa ordem
que possam demandar a utilização de filtros adicionais para atender aos padrões de desempenho
harmônico definidos neste submódulo.
6.17.5.3 As avaliações devem compreender bloqueios de bipolo, perdas de geração, faltas na LT
CC e início/eliminação de faltas na LT CA. Os resultados permitem também avaliar o envelope de
sobretensões temporárias às quais ficam sujeitas as estações conversoras.
6.17.5.4 São considerados como dados de entrada: os resultados do estudo que definiu o Circuito
Principal, a modularização de filtros e compensação reativa definida nos estudos de balanço de
potência reativa, os lugares geométricos de impedância harmônica que, representam a rede CA e
que resultam no equivalente em frequência e o nível de curto-circuito mínimo operativo compatível
com a faixa de potência transmitida.
6.17.5.5 A rede CA, na etapa de concepção do projeto básico, pode ser representada por um
equivalente em frequência localizado na barra terminal da conversora. Este equivalente deve
representar corretamente os níveis de curto-circuito e as ressonâncias harmônicas. As simulações
devem ser realizadas por uma ferramenta computacional, do tipo PSCAD ou similar, considerando
um sistema de controle com ajustes preliminares.
6.17.5.6 Em caso de utilização de bancos de capacitores e/ou de filtros, este estudo deve
demonstrar que a abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais
degradadas da rede CA, não deve causar falhas de comutação no elo CC.
6.17.5.7 Na etapa de detalhamento deve ser realizado o detalhamento deste estudo de
Desempenho Dinâmico, que tem por finalidade identificar os parâmetros necessários para a
otimização de todo o sistema de controle, de forma a atender aos requisitos estabelecidos tanto
para desempenho em regime permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação
de defeitos CA e CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações
indesejáveis com o sistema CA.
6.17.6 Estudos de sobrecorrentes transitórias em válvulas e outros equipamentos
6.17.6.1 Tem por finalidade demonstrar que as válvulas tiristoras e os demais equipamentos em
série com essas válvulas estão adequadamente dimensionados para suportar as solicitações
transitórias advindas de curtos-circuitos, aplicados em qualquer localização, pelo tempo máximo
necessário a sua eliminação, como por exemplo, pela abertura do disjuntor dos transformadores
conversores. Neste caso, deve ainda ser avaliado o impacto da falha da abertura do disjuntor pela
proteção principal, considerando a abertura pela proteção de retaguarda.
6.17.6.2 Este estudo deve abranger solicitações impostas: aos equipamentos conectados à barra
CA, aos transformadores conversores, às válvulas de tiristores, aos equipamentos conectados à
barra CC e aos equipamentos conectados à barra de neutro.
6.17.6.3 Devem ser avaliadas também as solicitações impostas às conversoras, advindas de
faltas aplicadas a equipamentos localizados na casa de válvulas, incluindo as buchas de parede.
6.17.6.4 Devem ser considerados como insumo: o valor da potência de curto-circuito definida para
a aquisição dos disjuntores do pátio CA das subestações terminais, e os parâmetros definidos pelo
cálculo do Circuito Principal, com particular atenção para a reatância dos transformadores
conversores.
6.17.6.5 Devem ser apresentadas a avaliação dos seguintes tipos de falta:
(a) curto-circuito na válvula;
(b) curto-circuito através da ponte de 6 pulsos;
(c) curto-circuito através da ponte de 12 pulsos;
(d) curto-circuito polo-neutro após o reator de alisamento;
(e) curto-circuito polo-terra antes do reator de alisamento;
(f) curto-circuito bifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula;
(g) curto-circuito trifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula;
(h) curto-circuito para a terra:
(1) no lado CA da válvula na ponte ∆;
(2) no lado CA da válvula na ponte Y;
(3) na barra entre as pontes de 6 pulsos;
(4) no neutro do transformador Y;
(5) na conexão ao polo.
7 ETAPA DE DETALHAMENTO
7.1.1 A etapa de detalhamento segue a etapa de concepção, tendo como objetivo a otimização
dos controles, da proteção, dos esquemas de emergência e dos procedimentos operativos de
forma geral, abordando de forma mais detalhada as interações CA/CC.
(d) após a eliminação de faltas no sistema CA, o elo CC não deve apresentar falhas de
comutação após a tensão alcançar o patamar de 0,90 pu, devendo a recuperação da
potência CC se dar conforme item 7.9 deste submódulo.
(e) Casos específicos deverão ser definidos no Instrumento Técnico de Outorga.
a comunicação entre os operadores das estações conversoras deve ser mantida por telefone ou
por outro meio de comunicação.
(c) Em caso de recuperação após qualquer falta transitória, no lado CA, o elo deve recuperar
a potência transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta, no valor
especificado pelo Instrumento Técnico de Outorga, sem posterior redução de potência.
Durante o período de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão
incluídos neste caso os religamentos com e sem sucesso.
7.9.8 Resposta da Tensão CC
(a) A resposta da tensão CC deve ser tal que para qualquer degrau de corrente, potência ou
tensão CA, a tensão CC não seja superior à tensão máxima de projeto da linha.
7.9.9 Inversão do fluxo de potência na LT CC
(a) Na transmissão bidirecional, os controles devem ser capazes de reverter o fluxo de
potência do elo CC, que deve operar com qualquer potência entre a potência mínima e a
capacidade de sobrecarga contínua especificada pelo agente.
7.9.10 Limitadores de corrente
(a) O sistema de controle do elo CC deve dispor de um limitador da ordem de corrente,
dependente da tensão CA, para limitar transitoriamente a corrente no elo CC durante
afundamentos de tensão no sistema CA. Esse limitador deve ser dimensionado com base
nos estudos de sistema.
(b) Em caso de estações back-to-back, o elo CC deve dispor de um limitador de ordem de
corrente dependente da tensão CA, para restringir transitoriamente a corrente no elo
durante afundamentos de tensão no sistema CA. Esse limitador deve ser dimensionado
com base nos estudos de sistema.
7.9.11 Controle de desbalanço dos pólos
(a) O controle de desbalanceamento dos pólos pertencentes ao controle da estação
conversora deve ser projetado para minimizar a corrente na linha do eletrodo.
(b) A corrente de desbalanço entre pólos da transmissão bipolar deve ser inferior a 1,5% da
corrente nominal.
(d) comandar automaticamente a redistribuição de potência entre polos e/ou bipolos, em caso
de perda de elementos;
(e) comandar automaticamente as ações de paralelismo de elementos de transmissão dos
bipolos incluindo as linhas de eletrodo.
7.10.5 O Controle Mestre deve estar equipado para comandar automaticamente a abertura de
equipamentos pertencentes ao seu empreendimento, como por exemplo filtros, e comandar a
abertura de equipamentos de terceiros, como por exemplo linhas ou geradores, seja por ação
direta ou por meio de centros de controle de terceiros, inclusive do ONS. Em caso de
equipamentos de terceiros, caberá ao Sistema de Controle e Proteção do agente responsável pelo
equipamento processar a ação solicitada e executar o comando nos seus equipamentos, conforme
os requisitos de tempo de resposta necessários.
7.10.6 O Controle Mestre deve estar equipado para efetuar ações de “run back” (redução de
potência automática) para evitar variações de frequência no sistema coletor, ou para fazer frente a
perda de linhas no sistema CA adjacente às estações conversoras ou a perda de elementos que
compõem o sistema de geração, que impossibilite a manutenção do nível de potência transmitida
pelo elo CC. Para outras situações, o Controle Mestre deve estar também equipado para efetuar
ações de “run forward” (aumento de potência automático).
7.10.7 O instrumento técnico de outorga deve definir a quem cabe a responsabilidade pela
obtenção dos sinais em instalações de terceiros, que devem atender a requisitos de
telecomunicações e respeitar os tempos de latência necessários à operação adequada do
Controle Mestre. Os estudos de Projeto Básico deverão definir quantos e quais são os sinais
necessários.
7.11 Telecomunicações
7.11.1 Os sistemas de telecomunicações para voz e dados do elo CC e para instalações back-to-
back devem atender ao estabelecido no Submódulo 13.2.
7.11.2 Os sistemas de telecomunicações para as proteções das linhas CA conectadas às
subestações conversoras devem atender ao estabelecido no Submódulo 2.6.
7.12 Proteção
7.12.1 Proteção CA e CC
(a) No projeto da proteção dos equipamentos do lado CA e CC das estações conversoras
deve-se considerar a influência dos harmônicos gerados pelas conversoras em seu
desempenho durante defeitos e atender aos requisitos constantes do Submódulo 2.6.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 4
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 5
4.1 DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ............................................................. 5
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO .................................................................................................. 5
5 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................................... 5
6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO ....................................................... 6
6.1 ASPECTOS GERAIS ...................................................................................................................... 6
6.2 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO .................................................................... 7
6.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES ............................ 11
6.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES EM DERIVAÇÃO ................................................................ 13
6.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS ................................................................................. 14
6.6 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR .................................................................... 15
6.7 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO .......................................... 15
6.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ....................................................... 16
6.9 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE FILTROS ........................................................................................... 16
6.10 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA ........................................................ 17
6.11 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE COMPENSADORES ESTÁTICOS ......................................................... 17
6.12 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ....................................................................................................... 17
7 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ................. 18
7.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 18
7.2 REQUISITOS FUNCIONAIS ........................................................................................................... 18
7.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÃO DOS AGENTES ....................... 19
7.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES .............................................................. 19
8 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE TELEPROTEÇÃO ........................................... 23
8.1 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS ........................................................................................... 23
8.2 TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO.......................................................................... 24
9 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 24
1 INTRODUÇÃO
1.1 Para assegurar que a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional – SIN atenda ao
desempenho e aos critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede, faz-se necessário que as
instalações de transmissão apresentem características técnicas e funcionais adequadas.
1.2 Os sistemas de proteção, de supervisão e controle e de teleproteção desempenham papel
fundamental para a segurança elétrica do SIN, portanto, o estabelecimento de requisitos mínimos
para esses sistemas se justifica para garantir que cada instalação de transmissão contribua para o
atendimento ao desempenho e aos critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
1.3 Os requisitos técnicos mínimos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de
transmissão integrantes, quando modernizadas ou quando identificada a necessidade e
determinado pelo ONS, ou que venham a integrar, a Rede Básica ou as instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.
1.4 Os requisitos técnicos mínimos aplicáveis às instalações de transmissão integrantes, ou que
venham a integrar a Rede de Operação com tensão nominal inferior a 230kV, as Demais
Instalações de Transmissão – DIT ou as instalações de transmissão de interesse exclusivo de
centrais de geração para conexão compartilhada – ICG são aqueles definidos pelo agente de
transmissão responsável por essas instalações, exceto quando requisitos específicos tenham sido
estabelecidos em ato de outorga do empreendimento, ou por indicação do ONS.
1.5 Os submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.7 Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação;
(b) Submódulo 11.6 Registro de perturbações; e
(c) Submódulo 13.2 Requisitos mínimos de telecomunicações.
2 OBJETIVO
4 RESPONSABILIDADES
5 REQUISITOS GERAIS
5.4 Todos os equipamentos e sistemas devem ser dotados dos recursos de automonitoramento e
autodiagnóstico, com bloqueio automático da atuação quando houver defeito e com sinalização
local e remota de falha e defeito.
5.5 Os sistemas devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em
norma, de forma a não impor restrições à ampliação da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica e à sua integração com sistemas e equipamentos de outros fabricantes.
5.6 Os sistemas devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção,
sem que haja a necessidade de desligamento da respectiva Função Transmissão – FT.
5.7 Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados
e ensaiados em conformidade com as revisões mais recentes das normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for aplicável, e, na falta dessas, com as revisões
mais recentes das normas da International Electrotechnical Commission – IEC, da American
National Standards Institute – ANSI ou do Institute of Electrical and Electronics Engineers - IEEE,
nessa ordem de preferência.
5.8 Todos os equipamentos e sistemas devem atender aos requisitos das normas para
compatibilidade eletromagnética aplicáveis, conforme item 5.7 deste submódulo, nos graus de
severidade adequados para instalação em subestações de extra alta tensão.
5.9 Os requisitos a serem atendidos pelos serviços de telecomunicações para transmissão de voz
e de dados estão descritos no Submódulo 13.2.
5.10 Os requisitos a serem atendidos pelos sistemas de supervisão e controle estão descritos no
Submódulo 2.7.
potencial para as duas proteções podem ser ativadas proteções temporizadas de sobrecorrente de
emergência.
6.1.7 Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser alimentados por bancos de
baterias, retificadores e circuitos de corrente contínua independentes e, além disso, o projeto dos
painéis deve levar em conta os cuidados necessários para facilitar os trabalhos de manutenção,
de modo a minimizar risco de erros e acidentes.
6.1.8 Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser constituídos por dispositivos
independentes e dedicados para cada FT da instalação.
6.1.9 Os sistemas de proteção devem ter dois circuitos de disparo independentes para
acionamento de disjuntores, com duas bobinas de disparo.
6.1.10 Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção,
equipamentos de telecomunicações utilizados para teleproteção, religamento automático e
sincronismo, de forma a indicar através de alarme qualquer anormalidade que possa implicar
perda da confiabilidade operacional do sistema de proteção.
6.1.11 Os transformadores de corrente (TC), devem ser localizados fisicamente de modo que
quando for utilizado o disjuntor interligador de barras (disjuntor de transferência) esses TC
continuem fornecendo correntes para as proteções dos vãos que forem transferidos.
6.2 Sistema de proteção de linhas de transmissão
6.2.1 Geral
6.2.1.1 O sistema de proteção de uma linha de transmissão – LT compreende o conjunto de
dispositivos instalados nos seus terminais, necessários e suficientes para a detecção e eliminação,
de forma seletiva, de todos os tipos de faltas – com ou sem resistência de falta – e de outras
condições anormais de operação.
6.2.1.2 A proteção da LT deve ser redundante: cada terminal da LT deve ter proteção principal e
proteção alternada, composta por conjuntos de proteção – dispositivos, equipamentos de
telecomunicação, relés auxiliares, painéis e demais acessórios – independentes, os quais devem
ser idênticos e integrados aos conjuntos de proteção dos outros terminais da LT.
6.2.1.3 O requisito do item 6.2.1.2 deste submódulo deve ser observado tanto para os sistemas
de proteção quanto para os equipamentos dos sistemas de teleproteção.
6.2.1.4 Em um terminal da LT é admissível a utilização de conjunto de proteção principal diferente
do conjunto de proteção alternada, desde que se atenda ao requisito explicitado no item 6.2.1.2
deste submódulo.
6.2.1.5 Na implantação de uma subestação decorrente de seccionamento de LT, os sistemas de
proteção principais dos dois terminais, na hipótese de não serem idênticos, devem possuir
características de operação para todas as funções de proteção e métodos de polarização
idênticos, de forma a garantir o desempenho correto dos esquemas de teleproteção, devendo a
proposta de aplicação ser submetida ao ONS para avaliação. O mesmo se aplica à proteção
alternada.
6.2.1.6 No caso de utilização de compensação série, o sistema de proteção deve ser adequado
para a manutenção dos requisitos exigidos no item 6.2.1.1 deste submódulo, inclusive para as LT
adjacentes já existentes, quando a análise técnica justificar essa necessidade.
6.2.1.7 Os sistemas de proteção devem ter as seguintes funções e lógicas de proteção:
1
(a) função de distância (21/21 N ) para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra,
com temporizadores independentes por zona;
(b) função de sobrecorrente direcional residual (67 N) e/ou de sequência negativa (67 Q), com
unidades instantânea e temporizada;
(c) detecção de perda de potencial para bloqueio de operação e alarme das funções de
proteção que dependem de informação de potencial;
(d) detecção de faltas em eventuais zonas mortas;
(e) detecção de faltas no trecho de LT que permanece energizado quando a chave isoladora
da LT estiver aberta e seus disjuntores fechados (stub bus protection) em terminais de LT
conectados a barramentos com arranjos do tipo disjuntor e meio ou anel;
(f) detecção de faltas que ocorram durante a energização da LT (switch onto fault); e
(g) bloqueio das unidades de distância por oscilação de potência (68 OSB), de disparo por
oscilação de potência (68 OST) e de perda de sincronismo (78 OST), com as seguintes
características:
(1) ajustes das unidades de impedância e dos temporizadores independentes;
(2) seleção do modo de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out)
da característica de medição; e
(3) desbloqueio da função de bloqueio (68 OSB) para faltas assimétricas.
6.2.1.8 No caso da utilização da função diferencial (87L), os sistemas de proteção devem possuir
as funções e lógicas descritas no item 6.2.1.7 deste submódulo e sincronização de tempo por
GPS.
6.2.1.9 Os esquemas de teleproteção devem atender aos seguintes requisitos:
(a) a seleção das lógicas de teleproteção a serem adotadas em cada caso deve levar em
conta o comprimento relativo da LT, os acoplamentos magnéticos com outras LT e a
existência de compensação série;
(b) não devem ser permissivos por subalcance;
(c) a unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional residual (67 N) e/ou de
sequência negativa (67 Q) deve(m) atuar incorporada(s) ao esquema de teleproteção
selecionado, utilizando canal de teleproteção independente do canal utilizado para as
proteções de distância;
(d) em esquemas de teleproteção permissivos por sobrealcance devem ser utilizadas lógicas
de bloqueio temporário para evitar operação incorreta durante a eliminação sequencial de
faltas em LT paralelas (transient blocking);
(e) os esquemas de teleproteção permissivos por sobrealcance devem ter lógicas para a
devolução de sinal permissivo (echo) e de disparo para proteção de terminais com fraca
alimentação (weak infeed).
1
Numeração indicadora da função conforme Norma IEEE Standard Electrical Power System Device Function
Numbers and Contact Designations, C37.2-1996.
6.2.1.10 Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser capazes de detectar faltas
entre fases e entre fases e terra para 100% da extensão da LT protegida, sem retardo de tempo
intencional, e possibilitar efetiva proteção de retaguarda para a linha protegida e para o
barramento remoto, mantida a coordenação com as proteções dos componentes adjacentes.
6.2.1.11 O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores de
todos os terminais da LT, não deve exceder a 100 ms, quando de defeitos sólidos e sem
ocorrência de falha de disjuntor.
6.2.1.12 Em LT conectada a barramento isolado a SF6, as proteções associadas ao
compartimento de saída da LT, quando provocarem disparo local, devem comandar o envio de
transferência de disparo para o terminal remoto (TDD mantido).
6.2.1.13 As proteções principal e alternada de todos os terminais da LT devem ter proteção para
sobretensões (59) nas três fases com elementos instantâneo e temporizado independentes. Os
elementos instantâneos devem operar somente para sobretensões que ocorram simultaneamente
nas três fases e os elementos temporizados devem operar para sobretensões sustentadas em
qualquer uma das três fases.
6.2.1.14 Os disparos dessas proteções devem ser realizados por relés auxiliares de alta
velocidade, sem atuação sobre relés de bloqueio, e devem efetuar transferência de disparo para o
terminal remoto sem iniciar o esquema de religamento automático da linha.
6.2.1.15 Todo desligamento tripolar em um terminal da LT, provocado por atuação de proteção de
alta velocidade, deve comandar o envio de sinal de transferência de disparo para abertura dos
disjuntores dos terminais remotos.
6.2.1.16 A lógica de transferência de disparo na recepção só deve iniciar o esquema de
religamento automático da LT para os casos em que esse sinal é proveniente das proteções da
linha (zona 1 e esquemas de teleproteção). Para os demais casos, o religamento não deverá ser
iniciado, bem como, devem ser discriminados os desligamentos para os quais é desejado o
bloqueio de fechamento manual dos disjuntores locais.
6.2.2 Esquemas de religamento automático
6.2.2.1 Todas as LT devem ser dotadas de esquema para religamento automático tripolar e
monopolar.
6.2.2.2 Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:
(a) prover facilidades (por meio de chave seletora ou do sistema de controle) para colocação
ou retirada de serviço do religamento automático;
(b) em subestações com arranjo de barramento do tipo anel, barra dupla com disjuntor duplo
ou disjuntor e meio, prever a possibilidade de religamento em quaisquer dos disjuntores
associados à LT e prover facilidades (por meio de chave seletora ou do sistema de
controle) para a seleção do disjuntor a religar;
(c) para as funções de religamento monopolar e tripolar, ter ajustes independentes para o
tempo morto ;
(d) uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, somente ser permitido um novo
ciclo depois de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se inicia com a abertura do
disjuntor;
(e) ser configurável para, opcionalmente, realizar o religamento automático apenas quando da
ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra;
(f) quanto ao ciclo de religamento, ser iniciado exclusivamente após a eliminação de faltas
internas à LT por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo, por
exemplo, ser iniciado quando de aberturas manuais dos disjuntores, operação de funções
de retaguarda, faltas nos barramentos e reatores de linha, atuações de proteções para
falha de disjuntor, recepção constante de sinal de transferência de disparo do terminal
remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por perda de
sincronismo; e
(g) ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um dos terminais da LT para religar
primeiro (terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de transcorrido o tempo
morto ajustado. O outro terminal (terminal seguidor) deve religar com verificação de
sincronismo. Para permitir a seleção do terminal líder, ambos os terminais devem ser
equipados com esquemas de religamento e de verificação de sincronismo. O terminal líder
deve religar somente se não houver tensão na LT. O terminal seguidor deve religar
somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de tensão adequado na LT,
ou seja, entre os limites mínimo e máximo permitidos.
6.2.2.3 No caso de utilização de religamento automático monopolar devem ser atendidas,
adicionalmente, as seguintes condições:
(a) o desligamento e o religamento dos dois terminais da LT devem ser monopolares para
faltas monofásicas e tripolares para os demais tipos de faltas. Caso não haja sucesso no
ciclo de religamento, o desligamento deve ser tripolar.
(b) durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento
monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, sem religamento da LT;
(c) no caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções
direcionais de sobrecorrente residual (ou de sequência negativa), deve ser previsto o
bloqueio dessas funções durante o período de operação com fase aberta; e
(d) os sistemas de proteção devem permitir a correta seleção das fases defeituosas para
comandar o desligamento do disjuntor de forma monopolar ou tripolar.
6.2.3 Função para verificação de sincronismo
6.2.3.1 A função para verificação de sincronismo deve permitir o ajuste do tempo total de
religamento, considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os
tempos mortos típicos para as respectivas classes de tensão. Além disso, deve possibilitar ajustes
da diferença de tensão, defasagem angular, diferença de frequência e permitir seleção das
seguintes condições para fechamento do disjuntor:
(a) barra viva - linha morta;
(b) barra morta - linha viva;
(c) barra viva - linha viva; e
(d) barra morta - linha morta.
6.2.4 Requisitos para a verificação de sincronismo manual
6.2.4.1 As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de
sincronismo para o fechamento manual de seus disjuntores.
6.2.4.2 No caso de ampliação ou modificação da instalação devem ser instalados os
transformadores de instrumentos eventualmente necessários para a realização da função de
sincronização.
(2) função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e
urgência);
(3) função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação
(advertência e urgência); e
(4) válvula de alívio.
6.3.1.3 O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação do relé de proteção,
dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do transformador ou autotransformador,
pelas proteções principal e alternada (funções sem retardo intencional) – não deve exceder a 100
ms para curtos-circuitos sólidos.
6.3.1.4 A função diferencial do sistema de proteção Alternada (87A) deve ser conectada aos
enrolamentos dos Transformadores de Corrente do tipo Pedestal, localizados próximos aos
Disjuntores dos Transformadores ou Autotransformadores, de forma que haja superposição entre
a proteção diferencial dos Transformadores ou Autotransformadores com as proteções diferenciais
dos barramentos. A função diferencial do sistema de proteção Principal (87P) pode,
opcionalmente, ser conectada aos enrolamentos dos Transformadores de Corrente localizados
nas buchas do Transformador ou Autotransformador e, neste caso, deve ser prevista uma
proteção de alta velocidade para o trecho de conexão do transformador, entre o disjuntor e estes
TC, para ser mantida a redundância de proteção deste trecho em caso de indiponibilidade da
proteção diferencial 87A.
6.3.1.5 A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) as proteções diferenciais devem comandar a abertura de todos os disjuntores associados
ao transformador ou autotransformador através de relés auxiliares independentes para
cada proteção (94P-AT/94A-AT, 94P-MT/94A-MT e 94P-BT/94A-BT). Esses relés
auxiliares podem ser os mesmos utilizados pelas proteções de sobrecorrente. As
proteções de sobrecorrente de fase e residuais devem comandar a abertura apenas dos
disjuntores do respectivo enrolamento através de relés auxiliares de disparo
independentes para cada proteção (94P-AT/94A-AT, 94P-MT/94A-MT e 94P-BT/94A-BT),
com exceção das proteções relacionadas ao enrolamento terciário ligado em delta e
proteções de sobrecorrente de neutro, que devem comandar o desligamento de todos os
disjuntores associados ao transformador ou autotransformador;
(b) a função de detecção de gás (63), associada às proteções intrínsecas, deve comandar
através de um contato independente a abertura de todos os disjuntores associados ao
transformador ou autotransformador, utilizando relé auxiliar de disparo independente (94PI)
alimentado por fontes DC redundantes;
(c) as proteções diferenciais devem atuar em relés de bloqueio 86 para bloqueio de
fechamento de todos os disjuntores associados ao transformador ou autotransformador;
(d) os relés auxiliares de disparo (94PI e 94AI) da função de detecção de gás (63), associada
às proteções intrínsecas, devem atuar nos relés de bloqueio, para bloqueio de fechamento
de todos os disjuntores associados ao transformador ou autotransformador;
(e) os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do
enrolamento (49) e a função para detecção de aumento da pressão interna (20),
integrantes da proteção intrínseca do transformador ou autotransformador, devem ser
utilizados para indicação e alarme; e
(f) os níveis de urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento
(49), integrantes da proteção intrínseca do transformador ou autotransformador, podem ser
(l) ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações
com duração de 5 s cada, para o caso de disparos consecutivos de registro de
perturbação pelo RDP;
(m) ter porta de comunicação para a transferência dos registros de perturbação do RDP; e
(n) ser dotado de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.
7.3 Requisitos da rede de coleta de registros de perturbação dos agentes
7.3.1 A arquitetura da rede de comunicação e o modo de transferência dos arquivos dos RDP
para concentradores locais ou concentrador central devem ser definidos pelo agente responsável
pela instalação, de forma a atender aos prazos e condições especificadas no Submódulo 11.6.
7.3.2 Se o sistema de coleta realizar a transferência automática dos registros, deve ser prevista
uma opção que permita a desativação do modo de transferência automática e a subsequente
ativação de modo de transferência seletiva.
7.4 Requisitos mínimos de registro de perturbações
7.4.1 Terminais de linha de transmissão
7.4.1.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) três correntes da LT (três fases ou duas fases e corrente residual); e
(b) três tensões da LT (três fases ou duas fases e tensão residual).
7.4.1.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados, pelos sistemas de proteção
principal e alternada:
(a) atuação de cada função de proteção que comanda disparo dos disjuntores;
(b) atuação de cada função de proteção associada aos esquemas de teleproteção;
(c) recepção e transmissão de sinal de transferência direta de disparo;
(d) recepção e transmissão de sinais de teleproteção;
(e) atuação de bloqueio por oscilação de potência;
(f) atuação de religamento automático;
(g) atuação do esquema de falha de disjuntor; e
(h) desligamento pela proteção de perda de sincronismo.
7.4.1.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobrecorrente residual;
(d) subtensão nas fases monitoradas; ou
(e) sobretensão residual.
7.4.2 Barramentos
7.4.2.1 Se houver transformadores de potencial instalados nos barramentos e estes forem
utilizados por relés de proteção, as seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas,
por barramento:
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Procedimentos de Rede
(a) três tensões do barramento (três fases ou duas fases e tensão residual).
7.4.2.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados, pelos sistemas de proteção
principal e alternada:
(a) desligamento pela proteção diferencial.
7.4.2.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) subtensão nas fases monitoradas; ou
(c) sobretensão residual.
7.4.3 Transformadores ou autotransformadores
7.4.3.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) correntes das três fases para cada enrolamento do transformador ou autotransformador; e
(b) correntes de sequência zero para cada ponto de aterramento do transformador ou
autotransformador.
7.4.3.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação de cada função de proteção, das proteções principais e alternadas, que comanda
disparo dos disjuntores; e
(b) desligamento pelas proteções intrínsecas.
7.4.3.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobrecorrente residual.
7.4.4 Reatores em derivação
7.4.4.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) correntes das três fases do reator; e
(b) corrente de sequência zero do reator.
7.4.4.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação de cada função de proteção, das proteções principais e alternadas, que comanda
disparo dos disjuntores; e
(b) desligamento pelas proteções intrínsecas.
7.4.4.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobrecorrente residual.
7.4.5 Bancos de capacitores em derivação
7.4.5.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(c) todas as atuações das funções de controle necessárias para análise de seu desempenho.
7.4.9.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) subtensão ou sobretensão nas fases monitoradas.
9 REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 5
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 6
4.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 6
4.2 AGENTES .................................................................................................................................... 6
5 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS ................................ 6
5.1 INFRAESTRUTURA DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS .............................................................. 6
5.2 FUNÇÕES DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS ........................................................................ 10
6 REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES .. 13
6.1 GERAL ...................................................................................................................................... 13
6.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS........................................................................................................... 14
6.3 RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ............................................................. 15
6.4 RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA INSTALAÇÕES TELEASSISTIDAS ............................ 16
6.5 CRITÉRIOS PARA A OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ....... 16
7 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES
À REDE DE OPERAÇÃO ................................................................................................................ 17
7.1 ABRANGÊNCIA........................................................................................................................... 17
7.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS........................................................................................................... 17
7.3 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ..................................... 17
7.4 INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CAG ...................................................... 20
7.5 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O ACOMPANHAMENTO HIDROLÓGICO ....................................... 22
7.6 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO .............................................................................. 23
7.7 PARAMETRIZAÇÕES ................................................................................................................... 24
8 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ..................................................... 24
8.1 ABRANGÊNCIA........................................................................................................................... 24
8.2 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ........................................... 24
8.3 REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS .................................................................................. 32
9 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E
NÃO INTEGRANTES DA REDE DE OPERAÇÃO ......................................................................... 33
9.1 ABRANGÊNCIA........................................................................................................................... 33
9.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS........................................................................................................... 33
9.3 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ..................................... 33
9.4 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO .............................................................................. 35
9.5 PARAMETRIZAÇÕES ................................................................................................................... 35
10 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE CENTRAL GERADORA COMPOSTA POR
UNIDADES GERADORAS COM POTÊNCIA NOMINAL IGUAL OU INFERIOR A 10 MW .......... 35
10.1 ABRANGÊNCIA......................................................................................................................... 35
10.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS......................................................................................................... 36
10.3 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DAS CENTRAIS GERADORAS ............................ 36
10.4 SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ............................................................................................... 37
10.5 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO ............................................................................ 37
10.6 PARAMETRIZAÇÕES ................................................................................................................. 37
1 INTRODUÇÃO
1.1 Supervisão e controle são alicerces dos centros de operação do Operador Nacional do Sistema
Elétrico – ONS para a execução de suas atribuições legais na operação do Sistema Interligado
Nacional – SIN.
1.2 Os termos gerais, necessários ao entendimento deste submódulo, estão definidos no Módulo
20 Glossário de termos técnicos sendo que, neste submódulo:
(a) o termo controle é empregado para denotar ações de telecomando sobre dispositivos
situados nas instalações, emanadas de um centro de operação do ONS, sendo
direcionados, exclusivamente, para fins de Controle Automático de Geração – CAG;
(b) os termos medição analógica e sinalização de estado são empregados para agregar
requisitos relativos à supervisão tradicional de sistemas elétricos;
(c) o termo sequenciamento de eventos é utilizado para descrever os requisitos necessários
para que o ONS possa, em tempo real, melhor avaliar a situação do SIN quando da
ocorrência de eventos da proteção;
(d) os termos dado e grandeza são utilizados para se referir indistintamente à medição
analógica, à sinalização de estado ou ao sequenciamento de eventos;
(e) o termo informação é utilizado para se referir a um conjunto de dados, podendo o conjunto
ser constituído de medições analógicas, sinalizações de estado, etc;
(f) o termo barramento é utilizado para denotar o conjunto de seções de barras de uma
subestação, de mesma tensão nominal, com seus suportes e acessórios, que permitem a
conexão dos equipamentos.
1.3 Neste submódulo são denominados genericamente de agentes os responsáveis por
equipamentos integrantes das Redes de Operação e/ou de Supervisão, conforme conceituadas no
Submódulo 23.2 Critérios para definição das redes do Sistema Interligado Nacional.
1.4 Este Submódulo estabelece a disponibilização de dados, informações e telecomandos
necessários à supervisão e ao controle do SIN e as responsabilidades de cada agente em relação:
(a) à identificação dos requisitos a que os recursos de supervisão e controle dos agentes devem
atender para a execução das funções identificadas para os centros de operação. Os
recursos de telecomando são, exclusivamente, para fins do CAG; e
(b) ao fornecimento dos recursos identificados.
1.5 Os requisitos de supervisão e controle estão apresentados neste submódulo da seguinte forma:
(a) os itens 7 e 8 deste submódulo apresentam os requisitos para equipamentos integrantes da
Rede de Operação;
(b) o item 9 deste submódulo define os requisitos para equipamentos integrantes da Rede de
Supervisão e não integrantes da Rede de Operação;
(c) o item 10 deste submódulo define os requisitos para central geradora composta por unidades
geradoras com potência nominal igual ou inferior a 10 MW; e
(d) o item 11 deste submódulo define os requisitos para instalações (subestações)
compartilhadas integrantes da Rede de Operação.
1.6 Equipamentos e instalações existentes devem ser adequados para atender aos requisitos aqui
apresentados, conforme especificado no item 14 deste submódulo.
2 OBJETIVOS
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades relativas aos requisitos de supervisão
e controle para a operação, estabelecer os recursos que os agentes devem disponibilizar para o
ONS e apresentar indicadores para avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de
supervisão e controle.
2.2 Este submódulo também tem por objetivo definir os recursos de supervisão que os agentes
responsáveis por equipamentos instalados em subestações sob responsabilidade de outro agente
devem fornecer aos agentes responsáveis pelas instalações compartilhadas.
- Adequação ao Módulo 26 no que concerne à inclusão de requisitos de supervisão para usinas Tipo
II-A e Tipo II-B;
- Adequação aos Módulos 10 e 23 no que concerne à remoção do monitoramento de funções do
Controle Automático de Tensão – CAT e à compatibilização dos requisitos de teleassistência para
instalações estratégicas do SIN, conforme disposto nos submódulos 10.14 e 23.6;
- Remoção de excepcionalidades, que devem ser tratadas com ONS e ANEEL, e a alteração do
título do Submódulo, de “Requisitos de telessupervisão para a operação” para “Requisitos de
supervisão e controle para a operação”;
- Revisão dos requisitos de SOE e compatibilização com o Submódulo 2.6;
- Inclusão de requisitos para centrais geradoras solares;
- Revisão dos requisitos de supervisão de equipamentos da Rede de Supervisão e não integrantes
da Rede de Operação;
- Revisão de agregações nos índices de Disponibilidade e Qualidade das medidas;
- Revisão do item 14 quanto à compatibilização da nomenclatura de redes definida no submódulo
23.2 e quanto à abrangência; e
- Exclusão do item 15 – Disposições Transitórias.
4 RESPONSABILIDADES
4.2 Agentes
(a) Instalar os recursos de supervisão e controle e disponibilizar todas as informações a um ou
mais centros de operação designados pelo ONS, conforme os requisitos especificados
neste submódulo, incluindo o protocolo de comunicação e os tempos de aquisição.
(b) Garantir a qualidade e a disponibilidade dos recursos de supervisão e controle fornecidos
ao ONS desde sua origem até a disponibilização nos centros de operação designados pelo
ONS.
organização estabelecida pelo ONS para os seus centros de operação, conforme apresentada no
Submódulo 10.1.
5.1.2 A Figura 1 ilustra a organização da infraestrutura de supervisão e controle do ONS.
CNOS
Recursos do COSR-A COSR-B COSR-C ... COSR-Z
ONS
Barramento
Lógico de
SSC-L1 SSC-L2 SSC-L3 ... SSC-Ln suporte dos
SSCs aos
COSs
Rede de Comunicação Operativa do ONS
CAG
CAG CAG
CD #1 CD #2 CD #j
Recursos providos pelos
Agentes
UTR/ ... UTR/ UTR/ ... UTR/ ... UTR/ UTR/ ... UTR/
SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL
2 Sequence Of Events
Endereço na Internet : http://www.ons.org.br Página 11/43
Procedimentos de Rede
(1) Função que permite transferir informações de áreas elétricas externas a um agente,
desde que essas informações:
(i) se restrinjam, apenas, a informações de telemedição analógica e a informações de
sinalização de estado;
(ii) sejam obtidas pelos sistemas de supervisão e controle do ONS;
(iii) se restrinjam a informações relativas ao primeiro barramento após o barramento de
fronteira do agente com o agente vizinho (barra n+1), considerando que a supervisão
da conexão entre dois agentes será de responsabilidade dos agentes envolvidos sem
a utilização dos recursos do ONS;
(iv) se restrinjam a informações que venham a ser definidas num acordo ou contrato
firmado com os agentes responsáveis pelos equipamentos envolvidos, acordo este
que autorize a difusão das informações solicitadas.
(2) As telemedições são difundidas por varredura com período parametrizável, estabelecido
em função do carregamento dos sistemas de supervisão do ONS, sendo o período desta
varredura inicialmente definido com o valor de 30 (trinta) segundos e as sinalizações de
estado são difundidas por exceção com varredura de integridade mínima de 3 (três)
horas.
(3) O período de varredura para a distribuição de dados poderá ser modificado em função
do carregamento dos sistemas de supervisão e controle do ONS e desde que as
interligações de dados providas pelo agente assim o permitam.
(4) Os períodos acima estipulados são parametrizáveis, devendo ser definidos em comum
acordo entre o agente e o ONS, devendo os sistemas suportar os valores especificados.
(5) Os dados disponíveis nos sistemas de supervisão e controle dos centros de operação
do ONS são distribuídos nas condições de qualidade e coerência em que esses dados
são recebidos dos agentes.
(6) O agente deve formalizar junto ao ONS seu interesse no recebimento desse tipo de
informações, definidas conforme estabelecido nos itens acima. Cabe ao ONS a análise
e aprovação da solicitação, mediante a avaliação do impacto nos sistemas de supervisão
e controle e nos procedimentos operacionais dos centros de operação envolvidos.
(7) Se o ONS aprovar a solicitação do agente, cabe ao agente interessado:
(i) fornecer e dimensionar as interligações de dados que se façam necessárias,
implementá-las e obter os acordos ou contratos com os agentes detentores das
informações requeridas;
(ii) arcar com qualquer custo adicional que a difusão venha a impor ao ONS, tais como
aumento da capacidade computacional dos sistemas de supervisão e controle dos
centros de operação do ONS, implementação de protocolos de comunicação não
padronizados, etc.
(8) Difusão de informações históricas aos agentes é a função que permite aos agentes obter
dados históricos do ONS a partir de informações que venham a ser classificadas como
públicas, definidas em comum acordo com o agente responsável pela aquisição do dado.
5.2.1.2 Funções complementares:
(a) Análise de rede:
(1) análise dinâmica de tensão;
(2) análise de transitórios.
6.1 Geral
6.1.1 Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quando houver
orientações explícitas do ONS em contrário, devem corresponder aos dados coletados nas
instalações, que não devem passar por qualquer processamento prévio, como:
(a) cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para
valores de engenharia;
(b) filtragens;
(c) substituições por resultados do estimador de estado;
(d) entradas manuais feitas pelo agente.
6.1.2 Todas as telemedições e sinalizações de estado, especificadas nos itens 7 , 8 , 9 , 10 e 11
deste submódulo, devem ter indicadores de qualidade do dado relativos à coleta do dado,
descrevendo as condições de supervisão local (dado fora de varredura, dado inválido, etc.).
6.1.3 Cabe ao ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser adotado nas interligações
de dados, e ao agente escolher um deles para suas interligações com ONS. A rotina RO-SC.BR.02
- Protocolos de Comunicação com o Sistema de Supervisão e Controle do ONS, definida no
Submódulo 10.22, padroniza esses protocolos e seus perfis (opções disponíveis). Os protocolos
implementados nas interligações existentes devem ser preservados.
6.1.4 Cabe ao ONS definir a abrangência da supervisão para um grupo de usinas que constituam
um conjunto, conforme definido no Submódulo 26.2. A supervisão deste conjunto de usinas não
deverá, necessariamente, observar as usinas de forma individual, podendo se restringir às seguintes
informações nos pontos de conexão julgados relevantes pelo ONS:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves.
6.1.5 Cabe ao ONS definir a abrangência da supervisão para centrais geradoras classificadas na
modalidade Tipo II A, que pode se restringir às seguintes informações:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar, de cada gerador;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves utilizados na conexão das
unidades geradoras.
6.1.6 Cabe ao ONS definir a abrangência da supervisão para centrais geradoras classificadas na
modalidade Tipo II B, que pode se restringir às seguintes informações:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar, no ponto de conexão da central geradora
ao SIN;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves, no ponto de conexão da central
geradora ao SIN.
6.1.7 Os CD, se utilizados, devem ser capazes de identificar o estado operacional de todos os
sistemas hierárquica e diretamente a ele subordinados e de transferir essas informações para o
ONS.
6.1.8 Os centros de operação do ONS identificam o estado operacional das UTR/SSCL e dos CD
diretamente a eles conectados a partir das trocas de informações nas correspondentes interligações
de dados. Esse estado é modelado como sinalização de estado nas bases de dados de seus
sistemas de supervisão e controle.
6.1.9 Os SSCL ou as UTR de cada instalação associados aos equipamentos integrantes da Rede
de Operação devem:
(a) ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 (um) milissegundo,
com sincronismo por GPS;
(b) ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos;
(c) ser dimensionados para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos,
todos os eventos devem ser transferidos para o ONS em até 5 (cinco) minutos.
6.2.1 Conceito
6.2.1.1 Considera-se como interligação de dados o conjunto de equipamentos e sistemas que se
interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e o centro
de operação designado pelo ONS.
6.2.1.2 Esse conjunto pode abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:
(a) SSCL ou UTR em usinas ou subestações;
(b) CD, que podem ser sistemas de supervisão e controle de um agente;
(c) enlaces de dados, ponto-a-ponto ou via redes tipo WAN3, entre as interligações ONS–CD
ou ONS–UTR/SSCL;
(d) equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores ou
equivalentes) no centro de operação designado pelo ONS.
6.2.1.3 É responsabilidade do agente prover todas as interligações de dados necessárias para
atender aos requisitos de supervisão e controle especificados neste submódulo.
6.2.1.4 As interligações de dados entre os centros de operação do ONS e as diversas instalações
a serem supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas ao ONS, devendo
estar em conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresentados neste submódulo.
6.2.1.5 São exigidos requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e
controle, o que pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, quais
sejam:
(a) Interligações para atender aos requisitos do CAG:
(1) Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:
(i) estão restritas às instalações necessárias à operação do CAG, normalmente usinas
e subestações que interligam áreas de controle distintas;
6.3.2 Os agentes responsáveis por equipamentos enquadrados em algum item deste submódulo
devem fornecer os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle
exigidos pelo ONS, incluindo as interligações de dados.
6.3.3 Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendidos
todos os requisitos definidos neste submódulo e os recursos devem estar completamente testados
e prontos para operar junto com os demais equipamentos do empreendimento.
6.3.4 Os SSCL ou UTR devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS,
apresentados neste submódulo.
6.3.5 Os sistemas de transmissão de dados utilizados nas interligações de dados devem atender
aos requisitos descritos no Módulo 13.
7.1 Abrangência
7.1.1 Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão
e controle do ONS, aplicáveis a equipamentos pertencentes à Rede de Operação.
7.1.2 Os requisitos necessários à função de sequenciamento de eventos são apresentados no item
8 deste submódulo.
4 A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser
obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro.
5 A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser
(6) corrente em uma das três fases, em Ampère, nos terminais de todas as LT;
(7) magnitude da tensão fase-fase4, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada
terminal de LT;
(8) no caso de LT curtas existentes entre a casa de força da usina e a subestação, de
até 3 km de extensão, potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente
em uma das três fases, em Ampère, nos terminais conectados à subestação;
(9) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases,
em Ampère, de todos os enrolamentos dos transformadores;
(10) no caso de transformadores elevadores de unidades geradoras, potência trifásica
ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases, em Ampère, do
lado de alta tensão do transformador;
(11) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, por gerador;
(12) potência trifásica reativa, em Mvar, de todos equipamentos de compensação reativa
dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos
controláveis;
(13) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nas derivações eventualmente
existentes entre o gerador e o transformador elevador que alimente cargas segundo
o seguinte critério:
(i) para geradores com potência nominal ≤ 30 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 3% da potência nominal do gerador;
(ii) para geradores com potência nominal entre 30 MW e 200 MW: medição
necessária se as derivações consumirem, no total, mais de 2% da potência
nominal do gerador;
(iii) para geradores com potência nominal > 200 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 1% da potência nominal do gerador.
(14) posição de tape de transformadores equipados com comutadores sob carga;
(15) magnitude da tensão fase-fase, em kV, entre quaisquer duas das três fases, para os
transformadores, excetuando-se aqueles na fronteira da Rede de Operação. Esta
medição deve ser no lado ligado à barra de menor potência de curto-circuito,
geralmente o de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro lado do
transformador.
(d) As seguintes informações analógicas, específicas para sistemas de transmissão de
corrente contínua (CC), devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação
do ONS:
(1) corrente CC por pólo, em Ampère;
(2) tensão CC por conversor e tensão CC por pólo (tanto no retificador como no inversor),
ambos em kV;
(3) potência CC por pólo (tanto no retificador como no inversor), em MW;
(4) corrente nos eletrodos de terra por bipolo, em Ampère;
(5) tensão harmônica nos filtros, em mV;
(6) limites de potência em vigência por conversor (função de temperatura, umidade, etc),
em MW.
6Detalhes sobre a identificação do estado operacional deste tipo de equipamento foram apresentados no item
5 deste submódulo.
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Procedimentos de Rede
Centro de Operação do ONS Centro de Operação do ONS Centro de Operação do ONS que
que controla o CAG da Área que controla o CAG da Área # 2 controla a área # i e passível de assumir
Adjacente # 1 o CAG da Área # 2
Todas as
Infos e
de
Controle
CAG e
Controles
Apenas Intercâmbios
Apenas Intercâmbios
Inst 11 ... Inst 1n Inst 21 Inst 22 ... Inst 2n Inst i1 ... Inst in
Áreas # 2 e # i
Inst = Instalação
Figura 2 - Representação simplificada do fluxo de informações para o CAG dos centros de operação do ONS para o caso da área # 2
7.4.2 Informações requeridas pelo centro de operação do ONS que controla o CAG
7.4.2.1 As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para este
centro de operação do ONS:
(a) frequência, em Hz, em barramentos designados pelo ONS, definido na referência técnica
RT-CG.BR.04 - Áreas do Controle Automático de Geração do Sistema Interligado;
(b) potência ativa trifásica, em MW, gerada pelas unidades geradoras passíveis de estar sob
controle;
(c) potência ativa trifásica, em MW, em todos os pontos de interligação com outras áreas de
controle, que pode ser totalizada por instalação e por área;
(d) modo de operação das unidades geradoras passíveis de estar no CAG:
(local/telecomandada);
(e) estado operacional dos controladores, para as usinas com controle conjunto.
7.4.3 Informações requeridas pelo centro de operação do ONS controlador das áreas adjacentes
7.4.3.1 As seguintes informações devem ser coletadas nas instalações de interligação e
transmitidas para os centros de operação do ONS controladores das áreas adjacentes:
(a) potência ativa trifásica, em MW, em todos os pontos de interligação com outras áreas de
controle, que pode ser totalizada por instalação e por área.
7.4.4 Informações requeridas pelos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG de
uma ou mais áreas que se interligam
7.4.4.1 Para viabilizar as transferências de área de controle do CAG, o ONS identifica na RT-
CG.BR.04 – Áreas do Controle Automático de Geração do Sistema Interligado, instalações em que
as seguintes informações devem ser coletadas e transmitidas para um ou mais centros de operação
do ONS passíveis de assumir uma determinada área de controle:
(a) potência ativa trifásica, em MW, nos pontos de interligação indicados pelo ONS, que pode
ser totalizada por instalação e por área.
7.4.5 Requisitos de telecomando para o CAG
7.4.5.1 As usinas com unidades geradoras sob controle do CAG devem ser capazes de receber
telecomandos do centro de operação do ONS responsável pelo CAG da área, de acordo com um
padrão combinado entre o agente e o ONS, respeitando os protocolos definidos na rotina RO-
SC.BR.02 - Protocolos de Comunicação com o Sistema de Supervisão e Controle do ONS do
Submódulo 10.22.
(e) vazão de outras estruturas (dado calculado na origem): vazão restituída ao rio a jusante do
aproveitamento através de eclusas, escadas de peixes e descarga de fundo, essa última
quando utilizada com objetivo diferente de controle de níveis e cheias em m³/s;
(f) vazão transferida (dado calculado na origem): eventuais transferências de água para outros
reservatórios, por meio de canal, túnel ou estação de bombeamento, em m³/s;
(g) vazão afluente (dado calculado na origem), em m³/s.
7.5.2 Em caso de indisponibilidade ou má qualidade dos dados enviados automaticamente ao
Sistema de Supervisão do ONS, o agente deverá informar imediatamente ao ONS e inserir
manualmente, de forma provisória, o valor do dado em falha, com a taxa de atualização e período
de integralização definidos pelo ONS. A inserção da informação de modo manual não descaracteriza
a indisponibilidade do dado para efeito de apuração, conforme previsto item 12.2.1 (e) do
Submódulo 2.7.
7.6.3.2 Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL
devem ser configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala ou do
último valor lido e devem suportar varreduras de integridade com períodos menores ou iguais a 30
(trinta) minutos.
7.6.4 Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG
7.6.4.1 O período de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação do ONS deve estar
de acordo com os padrões exigidos pelos sistemas de CAG dos centros de operação designados
pelo ONS e deve ser de no máximo 2 (dois) segundos.
7.6.4.2 Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que
todos os sistemas as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros
de operação do ONS e em diferentes enlaces e protocolos.
7.7 Parametrizações
7.7.1 Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.
8.1 Abrangência
8.1.1 Os requisitos de sequenciamento de eventos apresentados neste item aplicam-se aos
equipamentos da Rede de Operação.
(2) Disparo da proteção tanto do reator como, eventualmente, de seus componentes, tal
como do reator de neutro (nestes casos deve ser especificado o equipamento protegido):
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada;
(iii) disparo da proteção instrínseca.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção
(IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo da proteção de sobretemperatura do óleo ou de enrolamento;
(2) disparo da proteção de gás ou da válvula de alívio de pressão;
(3) disparo da proteção diferencial principal ou primária;
(4) disparo da proteção diferencial – alternada ou retaguarda.
8.2.1.3 Bancos de capacitores:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo da proteção de sobretensão – principal;
(2) disparo da proteção de sobretenção – alternada;
(3) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de capacitores:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(4) Disparo da proteção elétrica tanto do banco de capacitores como, eventualmente, de seus
componentes (nesses casos deve ser especificado o equipamento protegido):
(i) disparo de proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de
proteção (IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) Disparo da proteção de sobretensão temporizada.
8.2.1.4 Linhas de transmissão:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea - principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência - principal;
(4) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência – alternada;
(5) disparo da proteção para perda de sincronismo – principal;
(6) disparo da proteção para perda de sincronismo – alternada;
(7) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções da linha ou à recepção
permanente de transferência de disparo:
(i) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo
- principal;
9.1 Abrangência
9.1.1 Este item apresenta os requisitos de supervisão de equipamentos integrantes da Rede de
Supervisão, mas não integrantes da Rede de Operação.
7A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser
obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro.
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Procedimentos de Rede
(5) no caso de LT curtas existentes entre a casa de força da usina e a subestação, de até 3
km de extensão, potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais
conectados à subestação;
(6) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos enrolamentos dos
transformadores. Considerar a medição apenas nos enrolamentos que estiverem ligados
a barramentos integrantes na rede definida em 9.1.1;
(7) no caso de transformadores elevadores de unidades geradoras, potência trifásica ativa,
em MW, e reativa, em Mvar, do lado de alta tensão do transformador;
(8) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, por gerador;
(9) potência trifásica reativa, em Mvar, de todos equipamentos de compensação reativa
dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos
controláveis;
(10) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nas derivações eventualmente
existentes entre o gerador e o transformador elevador que alimente cargas segundo o
seguinte critério:
(i) para geradores com potência nominal ≤ 30 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 3% da potência nominal do gerador;
(ii) para geradores com potência nominal entre 30 MW e 200 MW: medição
necessária se as derivações consumirem, no total, mais de 2% da potência
nominal do gerador;
(iii) para geradores com potência nominal > 200 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 1% da potência nominal do gerador;
(11) posição de tape de transformadores equipados com comutadores sob carga. Considerar
a medição apenas se o transformador tiver mais de um enrolamento ligado a
barramentos integrantes na rede definida em 9.1.1 deste submódulo.
9.3.1.2 Sinalização de estado
(a) a todos os disjuntores e chaves utilizadas nos barramentos e nas conexões de equipamentos
da Rede de Supervisão, incluídas as chaves de by pass. Esse requisito é aplicável tanto a
sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão
em corrente contínua (incluindo filtros);
(b) ao estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD8.
9.3.1.3 Ainda com relação à sinalização de estado, deve-se observar que:
(a) todas as sinalizações de estado devem ser transmitidas por exceção;
(b) o SSCL ou a UTR deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS,
que podem ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora,
sob demanda ou por evento, como por exemplo, uma reinicialização dos recursos de
supervisão e controle do ONS.
9.3.2 Informações requeridas nos barramentos da fronteira da Rede de Supervisão
9.3.2.1 Os terminais de equipamentos não integrantes da Rede de Supervisão e conectados a
barramentos de fronteira têm sua supervisão definida num acordo entre o ONS e o agente.
8 Detalhes sobre a identificação do estado operacional deste tipo de equipamento foram apresentados no item
6 deste submódulo.
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Procedimentos de Rede
9.5 Parametrizações
9.5.1 Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.
10.1 Abrangência
10.1.1 A partir de uma análise da configuração elétrica da central geradora, o ONS pode permitir o
agrupamento de um conjunto de unidades geradoras com potência nominal individual igual ou
inferior a 10 MW, compondo uma unidade geradora equivalente.
10.1.2 Os requisitos descritos no item 10 deste submódulo aplicam-se às unidades geradoras
equivalentes e aos seguintes equipamentos associados à central geradora, na instalação coletora
em tensão inferior a 230 kV:
(a) barramentos de alta e de baixa tensão;
(b) transformadores elevadores;
(c) linhas de conexão ao SIN;
(d) todas as chaves e disjuntores utilizadas nos barramentos de alta e baixa tensão;
(e) todas as chaves e disjuntores utilizados para conectar o lado de baixa do transformador
elevador ao barramento.
10.1.3 Para as instalações coletora em tensão igual ou superio a 230 kV, aplicam-se os requisitos
de supervisão e controle definidos para a Rede de Operação.
10.6 Parametrizações
10.6.1 Todos os períodos de aquisição devem ser parametrizáveis, sendo que os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.
11.1 Geral
11.1.1 Qualquer agente que compartilhe de uma instalação (subestação) existente deve:
12.1 Geral
12.1.1 Os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos agentes ao ONS para atender aos
requisitos apresentados neste submódulo devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo
ONS, de acordo com os conceitos e critérios estabelecidos a seguir.
12.1.2 A avaliação desses recursos é feita por SSCL e agente, conforme estabelecido e com base
na disponibilidade e qualidade dos recursos de supervisão e controle por eles fornecidos, de acordo
com os centros de operação designados pelo ONS. Assim, são avaliados os sistemas que se
interponham entre os equipamentos de aquisição de dados ou de aplicação de comandos nas
instalações e o centro de operação do ONS, incluindo os equipamentos de interfaceamento com os
sistemas de comunicação.
12.1.3 Essa avaliação é feita através de índices agregados por SSCL e por agente, de forma
ponderada pelo número de recursos implantados e liberados para a operação em relação ao número
total que deveriam ser disponibilizados, se aplicados os critérios apresentados neste submódulo.
12.1.4 Não são computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por:
(a) indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação do ONS;
13.1 Abrangência
13.1.1 Os procedimentos aqui apresentados se aplicam a todos os equipamentos cujas supervisão
e controle sejam objeto deste submódulo, ou seja, a equipamentos da toda a Rede de Supervisão
e, eventualmente, a equipamentos de centrais geradoras eólicas.
13.4 Requisitos para teste de conectividade das interconexões e testes ponto a ponto
13.4.1 Todos os agentes devem prever testes de conectividade entre os seus SSCL/UTR e os SSC
dos centros de operação designados pelo ONS.
13.4.2 Além do teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto entre o SSCL/UTR
e o SSC dos centros de operação designados pelo ONS, conforme programação a ser previamente
acordada com o ONS, de forma a garantir a coerência das bases de dados desses sistemas e o
perfeito funcionamento dos protocolos utilizados.
13.4.3 Os testes devem ser programados entre o agente e o ONS, observando-se que:
(a) para novas instalações ou ampliações, os testes devem estar concluídos pelo menos 5
(cinco) dias úteis antes da operacionalização da instalação/ampliação;
(b) sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de
dados do ONS, os testes devem estar concluídos pelo menos 2 (dois) dias úteis antes da
operacionalização da alteração.
13.4.4 Sempre que necessário serão realizados testes diretamente no campo ou no SSCL/UTR
para avaliar o selo de tempo das sinalizações e SOE
14.1 Abrangência
14.1.1 As disposições aqui apresentadas se aplicam a equipamentos/instalações existentes
inseridos na rede de supervisão em decorrência de sua reclassificação quando da revisão da rede
de supervisão, conforme previsto no Submódulo 23.2.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 4
3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 5
4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
5 DIRETRIZES ................................................................................................................................... 5
6 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 6
6.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ................................................... 6
6.2 AGENTES DE TRANSMISSÃO, DE DISTRIBUIÇÃO, DE GERAÇÃO, DE
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E DOS CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE
LIVRES ........................................................................................................................................... 7
6.3 AGENTES DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 8
6.4 AGENTES DE GERAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMIDORES ......................................... 8
6.5 CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE LIVRES E DOS AGENTES DE
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO...................................................................................................... 8
7 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO ..................................................................... 9
7.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 9
7.2 DEFINIÇÃO DE INDICADORES .............................................................................................. 9
7.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ........................................................................................... 10
8 INDICADORES DE FREQUÊNCIA .............................................................................................. 10
8.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 10
8.2 DEFINIÇÃO DE INDICADORES ............................................................................................ 11
8.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ........................................................................................... 11
9 INDICADORES DE TENSÃO ....................................................................................................... 12
9.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 12
9.2 TENSÃO DE ATENDIMENTO EM REGIME PERMANENTE ........................................... 12
9.3 FLUTUAÇÃO DE TENSÃO ............................................................................................... 14
9.4 DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO ......................................................................................... 17
9.5 DISTORÇÃO HARMÔNICA DE TENSÃO ......................................................................... 18
9.6 VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO – VTCD .............................................. 19
10 ETAPAS DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE QEE ................. 22
11 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO ....................... 23
11.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 23
11.2 APURAÇÃO DOS INDICADORES ....................................................................................... 23
11.3 GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO ............................................................................. 23
11.4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 24
12 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE FREQUÊNCIA .................................................. 24
12.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 24
12.2 APURAÇÃO DOS INDICADORES ....................................................................................... 24
12.3 GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO ............................................................................. 25
12.4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 25
13 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE TENSÃO ........................................................... 25
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 PRODUTOS
4.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de sua adequação ao Módulo
25, que estabelece as formas de apuração de dados para cálculo de indicadores e a periodicidade
de divulgação dos indicadores; da revisão dos prazos para divulgação dos relatórios gerenciais
dos indicadores de QEE e de desempenho das FT, anteriormente tratados no Módulo 25; da
revisão da abrangência do gerenciamento de indicadores de tensão (flutuação, desequilíbrio,
distorção harmônica e VTCD), que passam a ser em barramentos sob responsabilidade de
concessionária de transmissão, e não apenas em barramentos da Rede Básica ou dos
transformadores de fronteira,; da revisão da definição dos termos ponto de controle, para
caracterizar que a medição de grandezas elétricas deve ocorrer na conexão de usuários com as
instalações de transmissão, e não apenas com a Rede Básica ou com barramentos dos
transformadores de fronteira; da alteração dos títulos dos relatórios de divulgação dos indicadores
de desempenho; e da revisão da forma de avaliação do impacto de instalações não lineares para
sua conexão às instalações de transmissão. Realizada ainda a alteração do título do submódulo,
de “Gerenciamento dos indicadores de desempenho da Rede Básica e dos barramentos dos
transformadores de fronteira, e de seus componentes” para “Gerenciamento dos indicadores de
qualidade da energia elétrica da Rede Básica e de desempenho das funções transmissão”,
visando mais bem caracterizar o disposto em seu conteúdo.
5 DIRETRIZES
5.1 Os indicadores apresentados neste submódulo terão seus valores apurados, analisados,
gerenciados e disponibilizados pelo ONS para:
(a) avaliar o desempenho da Rede Básica com relação à continuidade do serviço, de forma a
avaliar os impactos, nos usuários da Rede Básica, de eventuais desvios em relação ao
desempenho esperado e propor alternativas de solução para a adequação do desempenho
aos limites estabelecidos;
(b) avaliar o desempenho da Rede Básica quanto à frequência em regime permanente e sob
distúrbio e à tensão de atendimento em regime permanente, de forma a indicar as causas
de violações observadas e recomendar medidas para adequação do desempenho aos
limites estabelecidos;
(c) avaliar o desempenho da Rede Básica quanto à flutuação, ao desequilíbrio e à distorção
harmônica de tensão, recomendando medidas corretivas, no caso de violação dos limites,
ou preventivas, acompanhando sua implantação;
(d) avaliar o desempenho da Rede Básica com relação aos eventos de VTCD; e
(e) verificar a conformidade do desempenho das FT em relação ao estabelecido nos
Procedimentos de Rede e nos editais de licitação das instalações de transmissão.
5.2 Para a avaliação do desempenho da Rede Básica quanto aos fenômenos de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão são dois os limites de desempenho global: limite
global inferior e limite global superior. A filosofia para utilização desses limites é apresentada no
item 13.2.3.1 deste submódulo.
5.3 O limite de desempenho individual, no que concerne aos fenômenos mencionados no item 5.2
deste submódulo, corresponde ao valor máximo de perturbação que pode ser causado no sistema
por um único agente.
5.4 Os valores dos indicadores são obtidos a partir dos seguintes meios: registro de interrupções,
medição através de campanha ou de forma contínua, monitoração de eventos e simulação.
5.5 Os fenômenos de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão têm os valores de
seus indicadores apurados por meio de campanhas de medição realizadas em períodos de 7
(sete) dias consecutivos. Em alguns casos, contudo, em função de análises técnicas e situações
específicas, pode-se adotar medição por período mais longo, ou mesmo medição contínua.
5.6 Os fenômenos que ocorrem de forma intermitente, com ocorrência aleatória, ou que, mesmo
estando presentes todo o tempo, necessitam de avaliação contínua, terão os valores de seus
indicadores apurados por monitoração e/ou supervisão.
5.7 No gerenciamento do desempenho da Rede Básica são utilizados os recursos de medição e
supervisão disponíveis no ONS, como, por exemplo, o Sistema de Medição para Faturamento –
SMF.
6 RESPONSABILIDADES
(c) Levantar, consistir, tratar os dados, analisar e disponibilizar as informações referentes aos
indicadores de QEE.
(d) Especificar, contratar e coordenar os serviços relativos à apuração de indicadores de QEE
tanto sob a forma de medição contínua como através de campanhas de medição.
(e) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de
Continuidade do Serviço.
(f) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de Frequência
e de Tensão de Atendimento em Regime Permanente.
(g) Emitir, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada campanha de medição, o Relatório
Gerencial dos Indicadores de Flutuação, Desequilíbrio e Distorção Harmônica de Tensão.
(h) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de Variação de
Tensão de Curta Duração.
(i) Coordenar, no caso de violação dos limites globais de desempenho, as ações a serem
empreendidas em conjunto com os agentes responsáveis pelos sistemas elétricos
envolvidos, relacionadas aos estudos, análises e medições de grandezas elétricas
necessárias à identificação das causas da violação, bem como à definição da
responsabilidade pelas ações necessárias ao restabelecimento do adequado desempenho.
(j) Recomendar a adoção de medidas corretivas visando ao restabelecimento do adequado
desempenho.
(k) Disponibilizar os dados relativos a configurações e parâmetros elétricos da Rede Básica,
no formato do programa de Análise de redes em regime permanente, necessários à
realização, pelos agentes, dos estudos de desempenho associados a novos acessos.
(l) Acompanhar as medições executadas pelos agentes relativas à apuração dos indicadores
de desempenho no processo de implantação de conexão de agentes consumidores ou
empreendimentos de geração às instalações de transmissão sob responsabilidade de
concessionárias de transmissão ou de instalação de transmissão que tenha equipamentos
com características não lineares ou especiais, tais como compensadores estáticos e
estações retificadoras/conversoras.
(m) Fornecer aos agentes, mediante consulta, os valores dos indicadores apurados.
6.2 Agentes de transmissão, de distribuição, de geração, de importação/exportação e dos
consumidores livres e potencialmente livres
(a) Participar do processo de análise dos indicadores de desempenho, sob a coordenação do
ONS.
(b) Fornecer os dados e parâmetros do sistema elétrico sob sua responsabilidade para que
seja possível a modelagem do sistema e a realização de estudos relativos à avaliação do
desempenho da Rede Básica.
(c) Realizar medições e estudos específicos, quando solicitados pelo ONS, relacionados à
análise de indicadores de desempenho da Rede Básica.
(d) Implementar as ações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade com vistas a
atender aos limites dos indicadores de desempenho estabelecidos neste submódulo.
(e) Disponibilizar os dados relativos ao sistema de monitoramento sob sua responsabilidade,
quando solicitado pelo ONS.
Tipo Descrição
Desligamentos programados
P1 Manutenção
P2 Novas conexões, modificações e melhorias
Outros desligamentos
O1 Emergências
O2 Urgências
O3 Fenômenos naturais e ambientais
O4 Acidente
O5 Falha de equipamentos de potência
O6 Falha de equipamentos de proteção e controle
O7 Outros
8 INDICADORES DE FREQUÊNCIA
9 INDICADORES DE TENSÃO
Precária Precária
1,05
Adequada Adequada
Adequada
0,95
Precária
Precária
0,93
Precária
0,90
Crítica
Crítica Crítica
0,00
1 kV < TN < 69 kV 69 kV ≤ TN < 230 kV TN ≥ 230 kV
Tensão nominal - TN (kV)
9.3.1.2 Cintilação, aplicada a sistemas elétricos, é a impressão visual resultante das variações do
fluxo luminoso nas lâmpadas causada pelas flutuações da tensão de alimentação.
9.3.1.3 A severidade de cintilação é uma representação quantitativa do incômodo visual percebido
pelas pessoas expostas ao fenômeno de cintilação.
9.3.1.4 O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é quantificado por meio de
indicadores obtidos através de campanha de medição e no ponto de acoplamento comum (PSC)
correspondente da instalação.
9.3.2 Definição de indicadores
9.3.2.1 Os níveis de severidade de cintilação, causados pela flutuação de tensão, são
quantificados pelos indicadores Indicador de Severidade de Cintilação de Curta Duração – Pst e
Indicador de Severidade de Cintilação de Longa Duração – Plt, conforme descrição e
recomendação da Comissão Internacional de Eletrotécnica na Publicação IEC 61000-4-15
(Flickermeter – Functional and design specifications).
9.3.2.2 O indicador Pst representa a severidade dos níveis de cintilação causados pela flutuação
de tensão verificada num período contínuo de 10 (dez) minutos e é calculado a partir dos níveis
instantâneos de sensação de cintilação, conforme a seguinte expressão:
P st
0,0314 P0,1 0,0525 P1 0,0657 P3 0,28 P10 0,08 P50
Onde:
Pi corresponde ao nível de sensação de cintilação que foi ultrapassado durante
i% do tempo, resultante do histograma de classificação por níveis, calculado
conforme estabelecido na Publicação IEC-61000-4-15.
9.3.2.3 O indicador Plt representa a severidade dos níveis de cintilação causados pela flutuação
de tensão verificada num período contínuo de 2 (duas) horas e é calculado a partir dos valores de
Pst conforme a seguinte expressão:
P lt
3
1 12
12 i 1
P sti 3
processo de medição deve ser realizado com o medidor ajustado para a tensão de 220 V, por
corresponder a resultados mais conservadores.
9.3.3 Avaliação de desempenho
9.3.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é avaliado a partir da
comparação dos indicadores PstD95% e PltS95% com os respectivos limites global e individual.
9.3.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanhas de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum (PAC). Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de
cálculos específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não
lineares que produzam tais efeitos.
9.3.3.3 Limites globais
(a) Os limites globais inferior e superior, considerados para avaliar a qualidade da tensão
quanto à flutuação de tensão, estão apresentados na Tabela 3. Esses valores são
expressos em função dos limites globais para tensão secundária de distribuição (220 V ou
127 V) e da atenuação esperada quando a flutuação de tensão se propaga para os
barramentos da rede secundária de distribuição.
(b) FT é o fator de transferência aplicável entre o barramento sob responsabilidade de
concessionária de transmissão sob avaliação e o barramento da rede secundária de
distribuição eletricamente mais próximo. FT é calculado pela relação entre o valor do
PltS95% do barramento sob avaliação e o valor do PltS95% do barramento da rede
secundária de distribuição. No caso de os FT entre os barramentos envolvidos não terem
sido medidos, os FT apresentados na Tabela 4 devem ser aplicados para a avaliação da
flutuação de tensão nos barramentos sob responsabilidade de concessionária de
transmissão.
(c) Os limites globais apresentados na Tabela 3 foram estabelecidos com a premissa de que o
limite global inferior para as tensões secundárias nos sistemas de distribuição (220 V ou
127V) é 1 pu. Caso esse limite seja alterado, por determinação da ANEEL, os valores
estabelecidos devem ser revisados.
Tabela 3 – Limites globais para os indicadores de flutuação de tensão
PstD95% PltS95%
0,8 pu 0,6 pu
FT FT
V2
K x 100 [%]
V1
9.4.2 Definição de indicador
9.4.2.1 Para a avaliação do desequilíbrio de tensão é utilizado o indicador KS95%, assim obtido:
(a) determina-se o valor que foi superado em 5% dos registros de K obtidos no período de 1
dia (24 horas), considerando os valores das componentes de sequência positiva e negativa
integralizadas em intervalos de 10 (dez) minutos; e
(b) o valor do indicador corresponde ao maior valor entre os sete valores obtidos, em base
diária, ao longo de 7 (sete) dias consecutivos.
9.4.3 Avaliação de desempenho
9.4.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto ao desequilíbrio de tensão é avaliado a partir da
comparação do indicador KS95% com os limites global e individual.
9.4.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanha de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum. Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de cálculos
específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não lineares
que produzam tais efeitos.
9.4.3.3 Limite global
(a) O limite global é de:
KS95% 2%
9.4.3.4 Limite individual
(a) O limite individual é de:
KS95% 1,5%
DTHT = DTHI 2
h (em %)
cálculos específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não
lineares que produzam tais efeitos..
9.5.3.3 Limites globais
(a) Os limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados
na Tabela 6.
(b) Os limites globais superiores são determinados pela multiplicação dos limites globais
inferiores correspondentes pelo fator 4/3. Por exemplo, os limites globais superiores
relativos aos indicadores DTHTS95% para V< 69 kV e V 69 kV são, respectivamente,
8% e 4%.
(c) Para cada ordem harmônica h, a tensão harmônica resultante em qualquer ponto do
sistema é obtida com a combinação dos efeitos provocados por diferentes agentes.
Tabela 6 – Limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95%
V < 69 kV V 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
8 1% 8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
27 1% 27 0,5%
DTHTS95% = 6% DTHTS95% = 3%
9.5.3.4 Limites individuais
(a) Os limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados na
Tabela 7.
Tabela 7 – Limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95%
13,8 kV V 69 kV V 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3 a 25 1,5% 3 a 25 0,6%
todos 0,6% todos 0,3%
27 0,7% 27 0,4%
DTHTS95% = 3% DTHTS95% = 1,5%
9.6.1.3 A duração da VTCD é definida pelo intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o
valor eficaz da tensão ultrapassa determinado limite e o instante em que essa variável volta a
cruzar esse limite.
9.6.1.4 A análise do desempenho da Rede Básica quanto à VTCD é feita com base em
indicadores quantificados em barramentos sob responsabilidade de concessionárias de
transmissão e nos pontos de observação da tensão.
9.6.1.5 A partir da duração e amplitude, as VTCD são classificadas de acordo com o Quadro 2.
9.6.1.6 A variação momentânea de tensão compreende os eventos com duração inferior ou igual
a 3 (três) segundos, sendo classificada em interrupção, afundamento e elevação momentâneas de
tensão, em função da amplitude da VTCD.
9.6.1.7 A variação temporária de tensão compreende os eventos com duração superior a 3 (três)
segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto, sendo classificada em interrupção, afundamento e
elevação temporárias de tensão, em função da amplitude da VTCD.
9.6.1.8 Denomina-se Interrupção Momentânea de Tensão (IMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é inferior a 0,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.9 Denomina-se Afundamento Momentâneo de Tensão (AMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é igual ou superior a 0,1 e inferior a 0,9 pu da tensão nominal, durante um intervalo de
tempo com duração superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.10 Denomina-se Elevação Momentânea de Tensão (EMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é superior a 1,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.11 Denomina-se Interrupção Temporária de Tensão (ITT) o evento em que o valor eficaz da
tensão é inferior a 0,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração superior
a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.12 Denomina-se Afundamento Temporário de Tensão (ATT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é igual ou superior a 0,1 e inferior a 0,9 pu da tensão nominal, durante um intervalo de
tempo com duração superior a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.13 Denomina-se Elevação Temporária de Tensão (ETT) o evento em que o valor eficaz da
tensão é superior a 1,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
superior a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.14 As configurações de disparo dos equipamentos de monitoração das VTCD, para início de
gravação do evento e de reinício de gravação para o mesmo evento, devem ser de 0,90 e 0,92
p.u. para registro de afundamento de tensão e de 1,10 e 1,08 p.u. para registro de elevação de
tensão, respectivamente.
Duração
Amplitude [pu] [16,67 ms- (300 ms-
(600 ms-1 s] (1 s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
(0,85 - 0,90]
(0,80 - 0,85]
(0,70 - 0,80]
(0,60 - 0,70]
(0,50 - 0,60]
(0,40 - 0,50]
(0,30 - 0,40]
(0,20 - 0,30]
[0,10 - 0,20]
< 0,10
9.6.2.9 A contabilização das combinações amplitude e duração de elevações de tensão deve ser
feita em intervalos discretizados conforme Tabela 9, para cada barramento sob avaliação, onde a
amplitude é quantificada em p.u. da tensão nominal do barramento.
Tabela 9 – Contabilização de elevações de tensão no barramento sob avaliação, em função da
amplitude e duração do evento.
Duração
Amplitude [pu] [16,67 ms- (300 ms-
(600 ms-1 s] (1s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
[1,10 - 1,40]
> 1,40
10.1 O processo de gerenciamento dos indicadores do desempenho da Rede Básica sob o ponto
de vista da QEE engloba ações voltadas tanto para a prevenção de violações como para o
restabelecimento do nível adequado de desempenho. Abrange as seguintes etapas:
11.3.5 Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência são determinados a
partir de simulação preditiva ou do desempenho histórico do ponto de controle. Na simulação, são
considerados os seguintes parâmetros que influenciam no desempenho do ponto de controle e
são obtidos a partir de dados apurados pelo ONS e/ou fornecidos pelos agentes:
(a) taxa de falha de equipamentos;
(b) configuração de barra; e
(c) tempos de indisponibilidade para manobra e reparo de equipamentos.
11.3.6 Esses indicadores estabelecem o desempenho médio de longo prazo do ponto de controle
e se mantem inalterados até que se altere algum parâmetro utilizado na sua determinação ou
alguma característica da instalação.
11.3.7 Quando da inclusão de novo ponto de controle no processo de gerenciamento, o ONS
deve determinar os valores de referência para esse ponto.
11.3.8 Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência, para cada ponto de
controle, devem ser disponibilizados no site do ONS, com a respectiva data de vigência.
11.3.9 O ONS, quando da identificação de um ponto de controle com comportamento atípico,
deve buscar as causas de tal desempenho e propor as ações corretivas cabíveis ao agente
responsável.
11.3.10 O agente ao qual couber alguma ação corretiva deve atender ao compromisso resultante
da notificação.
11.3.11 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, uma base de dados com o
detalhamento de cada caso estudado, contendo os índices apurados, as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.
submódulo deve ser substituído pelo resultado da expressão 1440 - X, em que X corresponde ao
número de intervalos em que tenham ocorrido distúrbios desse total diário.
12.2.4 Os valores apurados de frequência devem ser armazenados pelo ONS para determinação
dos indicadores DFP e DFD. Tais valores podem ser consultados pelos agentes envolvidos em
cada uma das medições.
1
Critérios e Procedimentos para o Atendimento a Consumidores com Cargas Especiais - Revisão 1; Nov/97;
GCOI/SCEL e GCPS/CTST
13.2.2.4 Uma campanha de medição deve ter duração de 7 (sete) dias consecutivos, de acordo
com protocolo de apuração estabelecido para o indicador em análise, considerando os valores dos
indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos. Entretanto, quando a campanha de
medição for realizada para a conexão de agente de geração, com fonte eólica/solar, esse período
poderá ser estendido, em função de sua característica de operação, conforme estabelecido no
item 14.714.7.6 deste submódulo.
13.2.2.5 O instrumento de medição utilizado no processo de apuração dos indicadores deve ter
desempenho compatível com equipamento classe A da IEC 61000-4-30, bem como nas
publicações listadas a seguir, desempenho esse que deve ser comprovado segundo critérios a
serem estabelecidos pelo ONS:
(a) Flutuação de tensão: IEC 61000-4-15; e
(b) Distorção harmônica de tensão: IEC 61000-4-7.
13.2.2.6 Não obstante o estabelecido no item 13.2.2.5 deste submódulo, a adequação do
desempenho dos equipamentos de medição e transdutores pode ser avaliada, a critério do ONS,
por meio de testes em laboratório.
13.2.3 Gerenciamento do desempenho
13.2.3.1 A avaliação do desempenho global é realizada por meio da comparação dos valores dos
indicadores obtidos através de processo de apuração, por fase, com os valores dos limites globais
inferior e superior desses indicadores, limites esses estabelecidos de acordo com os itens 9.3.3.3
(a) e 9.3.3.3 (b) deste submódulo. Para a avaliação do desempenho, adota-se o seguinte
procedimento:
(a) quando o valor apurado do indicador for menor ou igual ao limite global inferior, o
desempenho é considerado adequado;
(b) quando o valor apurado do indicador encontra-se entre os limites globais inferior e
superior, o desempenho é considerado em estado de observação. Caso se verifiquem
reclamações ou evidências de problemas relativos ao desempenho e/ou à integridade de
alguma instalação, o ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, deve buscar
alternativas de soluções e atribuir responsabilidades; e
(c) quando o valor apurado do indicador for maior que o limite global superior, o desempenho
é considerado inadequado. Nesse caso, as ações corretivas ou mitigadoras devem ser
definidas logo após a realização de investigações para a identificação de causas e
responsabilidades.
13.2.3.2 Ocorrendo a violação do desempenho global em determinado barramento sob
responsabilidade de concessionária de transmissão, conforme estabelecido no item 13.2.3.1 deste
submódulo, o ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, realizará:
(a) medições adicionais no barramento sob análise e nos sistemas dos agentes a ele
conectado, de maneira a caracterizar o efeito da violação.; e
(b) simulações computacionais para subsidiar o processo de análise e identificação das
causas da violação e de estabelecimento de medidas corretivas ou mitigadoras.
13.2.3.3 Se a inadequação do desempenho tiver causa de caráter sistêmico, o ONS deve propor
alternativas de solução para a implantação de reforço ou ampliação das instalações de
transmissão.
13.2.3.4 Se a inadequação do desempenho for causada pela violação do limite individual por
parte de algum agente, esse agente deve atender às recomendações estabelecidas pelo ONS.
13.2.3.5 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, os relatórios contendo o
detalhamento de cada caso estudado, com os índices apurados e as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.
13.2.4 Divulgação dos resultados
13.2.4.1 Os indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão são
divulgados conforme estabelecido no Submódulo 25.6.
devem ser atualizados considerando a instalação como um todo, ou seja, a instalação existente
acrescida de sua expansão.
14.5.2 No caso em que centrais de geração eólica/solar tenham obtido junto a ANEEL
autorização para compartilhamento de suas instalações de interesse restrito com outras centrais
geradoras de mesma fonte, tais centrais serão caracterizadas como uma única instalação
individual no que diz respeito à avaliação do seu desempenho quanto a QEE. O mesmo se aplica
a consumidores que venham a compartilhar instalações de interesse restrito, como por exemplo,
subestação abaixadora.
14.6 Estudos para avaliação de desempenho quanto a QEE
14.6.1 Estudos de QEE tratam das avaliações de desempenho quanto à flutuação, desequilíbrio e
distorção harmônica de tensão no PAC. Observa-se que, em função dos resultados obtidos pelos
estudos, podem ser solicitados procedimentos complementares de medição, durante as
campanhas de medição tratadas no item 14.7 deste submódulo.
14.6.2 Os estudos devem ser realizados pelo agente e submetidos à apreciação do ONS, dentro
do prazo estabelecido no Submódulo 3.3, sob a forma de relatório, incluindo informações
detalhadas quanto aos dados, modelos e metodologias utilizadas, bem como os resultados obtidos
e as eventuais ações a serem desenvolvidas no sentido de adequar o desempenho da instalação
aos limites individuais estabelecidos.
14.6.3 No Submódulo 23.3, o ONS apresenta um guia básico para a realização desses estudos,
que deve ser utilizado pelo agente como referência para o desenvolvimento das suas análises.
14.6.4 Após avaliação dos relatórios de estudo, o ONS pode apresentar comentários e
recomendações relacionadas com as metodologias de cálculo utilizadas, atendendo aos
procedimentos estabelecidos no processo de acesso. Os dados utilizados e os resultados obtidos
são de responsabilidade do agente.
14.6.5 O ONS deve repassar ao agente todas as informações disponíveis relativas aos estudos a
serem realizados.
14.7 Campanhas de medição para avaliação de desempenho quanto a QEE
14.7.1 De forma a atender e complementar o processo de conexão de uma instalação não linear
devem ser realizadas campanhas de medição, a cargo do agente.
14.7.2 As campanhas de medição têm por objetivo apurar valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC da instalação
14.7.3 As campanhas de medição têm por objetivo apurar valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC da instalação. Entretanto, dependendo das
características da instalação e da sua conexão, também devem ser medidos valores de correntes
harmônicas obtidos através de campanha de corrente. Essas correntes harmônicas são obtidas na
saída dos aerogeradores, dos inversores das células fotovoltaicas e na entrada do ramal dos
equipamentos elétricos com características não lineares dos consumidores livres. As campanhas
de corrente e de monitoramento são realizadas posteriormente à campanha pré e antes da
campanha pós tensão, ou seja, no período mais favorável à realização dessas campanhas. As
medições de corrente, especificamente para parques eólicos e solares deverão ser realizadas de
acordo com os requisitos estabelecidos pela IEC 61400-21.
14.7.4 As campanhas de medição devem ser realizadas em dois momentos, quais sejam:
imediatamente antes e após a entrada em operação da instalação.
14.7.5 A campanha de corrente tem por finalidade permitir reavaliar o estudo de desempenho da
instalação quanto à distorção harmônica de tensão.
(a) As correntes harmônicas no caso de aerogeradores devem ser medidas por uma unidade
geradora representativa de cada parque;
(b) Para módulos fotovoltaicos a medição é obtida por um conjunto de inversores que define
cada central fotovoltaica.
14.7.6 Os relatórios com os resultados das campanhas de medição de corrente deverão ser
encaminhados ao ONS e a partir da entrada em operação comercial da central geradora.
14.7.7 A campanha a ser realizada imediatamente antes e após a entrada em operação da
instalação deve ser realizada por um período de 7 (sete) dias consecutivos, incluindo a apuração
dos indicadores de tensão listados no item 14.7.2 deste Submódulo.
14.7.8 O período das campanhas de corrente e monitoramento estão condicionados aos objetivos
de cada uma.
14.7.9 As campanhas de medição de QEE são pré-requisitos para a emissão das declarações de
atendimento aos Procedimentos Rede para os acessantes à Rede Básica, que possuem cargas
não lineares (consumidores livres e distribuidores) de acordo com o Módulo 24. O mesmo aplica-
se às instalações de geração que acessam a Rede Básica e possuem dispositivos que ocasionem
injeção de harmônicos nessa rede. A emissão dos termos de liberação para integração de
instalações de transmissão à Rede Básica que possuem componentes não lineares e para
integração de interligações internacionais ao SIN, também está condicionada às campanhas de
medição de QEE.
14.7.10 No caso de instalações não lineares com regime de operação definido, como por
exemplo, mineradoras, siderúrgicas, compensadores estáticos, etc., a campanha de medição deve
atender aos seguintes requisitos:
(a) Ser realizada imediatamente antes e após a entrada em operação da instalação e a cada
implemento no patamar de demanda de carga da instalação por um período de 7 (sete)
dias consecutivos, incluindo a apuração dos indicadores de tensão listados no item 14.7.3
deste submódulo; e
(b) Medir os valores de correntes harmônicas geradas pelos dispositivos não lineares de sua
instalação de maior capacidade, por período que englobe o seu ciclo de operação em
regime de acordo com o item 14.7.3 deste submódulo.
14.7.11 No caso de instalação de geração eólica e solar, tendo em vista que o impacto da sua
operação na QEE do PAC depende do regime de ventos ou da irradiância solar da região onde se
encontra instalada, a campanha a ser realizada após a entrada em operação da instalação deve
atender aos seguintes requisitos:
(a) A data de início da campanha de medição, após entrada em operação do complexo eólico
ou solar, e a sua duração (a priori, mínima será de 7 (sete) dias), poderão ser
postergada/estendida considerando os seguintes fatores:
(1) Pelo menos noventa por cento das unidades geradoras que compõem o complexo
eólico ou solar devem estar em operação ao longo de todo o período de medição;
(2) A produção do complexo eólico ou solar, durante o período de medição, deverá
corresponder, no mínimo, àquela estabelecida pelo seu fator de capacidade.
(b) Os relatórios com os resultados das campanhas de medição a que se referem os itens
(a) e (b) deverão ser encaminhados ao ONS em um prazo máximo de 1 (um) ano
contado a partir da entrada em operação comercial da central geradora.