Você está na página 1de 120
WV Kenneth E. Hagin A Rspeito dos [ ons 26 Ligoes Sobre o Espirito Santo e Seus Dons Uma Ajuda Para o Estudo dos Dons Espirituais O estudo dos dons espirituais torna-se cada vez mais importante 4 medida que o Corpo de Cristo se prepara para a luta nesses tempos do fim. A Respeito dos Dons Espirituais é um livro com 26 ligGes que visam 0 estudo em grupo ou reunides devocionais sobre 0 assunto do Espirito Santo e Seus dons. As 13 primeiras ligdes tratam, em profundidade, do batismo no Espirito Santo e do falar em outras linguas. As demais ligdes examinam de perto os dons do Espirito Santo: a palavra de conhecimento, a palavra’ de sabedoria, 0 discernimento de espiritos, a fé, a operagéo de milagres, os dons de curas, a interpretagao de linguas e a profecia. Como recebemos 0 batismo no Espirito Santo? Devemos falar em linguas? Ha usos praticos para os dons do Espirito? Ha uma diferenga entre a cura natural ou sobrenatural? As respostas a essas perguntas vitais, e a muitas outras, serao las em A Respeito dos Dons Espirituais. ISBN 85-7343-012-5 || 430127 Sobre o Autor O ministério de Kenneth E. Hagin ja passa dos 50 anos, desde que Deus 0 curou milagrosamente do coragéo deformado e de uma doenga incuravel no sangue. Hoje o alcance dos ministérios Kenneth E. Hagin é mun- dial. O programa de radio do ministério: "Seminario da Fé no Ar" é ouvido de costa a costa nos Estados Unidos, e alcanga mais de 80 nagées. As outras partes deste ministério sao: A Palavra da Fé - Revista Mensal Gratuita; Cruzadas da Fé Completa - conduzidas em toda a América, Escola Biblica por Correspondéncia RHEMA; Centro de Treinamento Biblico RHEMA; Associagao dos Alunos RHEMA e Associagao Internacional Ministerial RHEMA; e 0 ministério aos presos. A RESPEITO DOS DONS ESPIRITUAIS Colegio GRACA DE DEUS A RESPEITO DOS DONS ESPIRITUAIS ORIGINAL: “CONCERNING SPIRITUAL GIFTS" Kenneth Hagin Ministries P.O. Box 50126 Tulsa, OK 74150-0126, U.S.A. Tradugao: Gordon Chown Diagramagio: Ima Martins de Souza Reservados todos os direitos de publicagiio & GRACA ARTES GRAFICAS E EDITORA LIDA. Rua Torres de Oliveira, 271 - Piedade Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20740-380 Caixa Postal 1815 - Rio de Janeiro - RJ - 20001-970 Tel.: (Oxx21) 3899-5375/594-1303 - Fax: (0xx21) 591-2344 CONTEUDO 1. O Batismo no Espfrito Santo — Uma Experiéncia Subseqtiente a Salvagho fs eee ee eee et acs eeeeeeed 2, A Promessae o Seu Cumprimento ... 3, O Espfrito Santo ~ Fonte de Poder Sempre Presente .s.eserere 4, A Evidéncia do Espfrito Santo Habitando em NOs seseceeeeeeresoee 18 5, E Necessfrio Falar em Linguas? ...cecssccscencocesevcceveve 22 6. Qual £ O Propégito das Linguas? -...cseveecerecerererererees 26 7. & Bfblico Ficar Esperando pelo Espfrito Santo? (Parte 1) es eeeeeeeees 30 8, E Bfblico Ficar Esperando pelo Espfrito Santo? (Parte 2) w.eseveseeee 35 9, Dez Razbes Por Que Todo Crente Deve Falar em Linguas (Parte 1) .eecsecesccecevcccecccesese 0 10, Dez Razées Por Que Todo Crente Deve Falar em Linguas (Parte 2) seserescosccereessrerecerees 44 11. O Espfrito Santo no {ntimo se seceresenecencesecseseneeeee AD 12, Sete Passos Para Receber 0 Espfrito Santo (Parte 1) ce seceeesereses 54 13, Sete Passos Para Receber o Espfrito Santo (Parte 2) savereseseseres 8 14, Os Dons do Espfrito wee sesevecnvererscssrerevescsscsees OL 15, O Dom da Palavra do ConhecimentO ..eeseresceces wee eeee 4 16.0 Dom da Palavra do Conhecimento no Antigo Testamento Boece ee cc ciee cc cc cians ees 70) 17. O Dom da Palavra da Sabedoria (Parte 1) see 18. O Dom da Palavra da Sabedoria (Parte 2) se ceseseses 19, O Dom do Discernimento de Bspftitos . 1.0. cece esccereseseeee & 20, O Dom da Fé (Parte 1) cee eee seceserecececccccnseseseves 8 21. O Dom da Fé (Parte 2) seen ceceseceescrerersecoeeseres 9 22, O Dom de Operar Milagres seeeeeesececoneceescevrsssvees I 23, Os Dons de Curas ses ececsessscsscersoccsercceccessves 102 24, O Dom daProfecia ..eseceececescreccccnteccseccesoeee 107 25, O Dom-das Linguas ..+ se verscrosevevccece Itt 26, Interpretaglio de LinguaS ..evececeseeccrevccecrccaresnce LS Ligéo 1 O Batismo no Espirito Santo — Uma Experiéncia Subseqiiente 4 Salvacao Texto Bfblico: Atos 8.12-19 Verdade Central: H4 uma experiéncia subseqiiente a salvagdo, de receber a ple- nitude do Espfrito Santo, Como jovem pastor denominacional, fui ensinado que quando a pessoa € sal- va, ela jf tem o Espfrito Santo — 0 que é verdade em certo sentido, A minha de- nominagao, no entanto, ensinava que quando a pessoa é salva, j4 possui a to~ talidade do Espfrito Santo que € possf~ vel possuir. O texto bfblico abaixo ajudou-me a perceber que h4 uma experiéncia subse- qiiente 4 salvagdo que ¢ chamada rece- ber o Espfrito Santo, ou o batismo no Espfrito Santo, Estes versfculos demonstram que, embora os samaritanos fossem salvos, os apéstolos n@o pareciam pensar. que possufam a totalidade do Espfrito Santo, que € possfvel possuir. O Ministério de Filipe na Samaria ATOS 8,12,13 12 Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres. 13 O pr6prio Simfo abragou a £65 e, tendo sido batizado, acompanhaya a Filipe de perto, observando extasiado os sinais ¢ grandes milagres praticados. O ministério de Filipe na Samaria foi abundantemente abengoado por Deus, Muitos estavam sendo salvos e curados, conforme Atos 8.7,8: Pois os esptritos imundos de muitos possessos safam gri- tando em alta voz; e muitos paralfticos e coxos foram curados, E houve grande alegria naquela cidade. Os samaritanos creram nos sermées de Filipe no tocante ao reino de Deus ¢ a@ Nome de Jesus, e foram batizados na gua: Quando, porém, DERAM CRE- DITO a Filipe, que os evangelizava a srespeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo BATIZADOS, assim homens como mulheres (v.12). Jesus tinha dito: Ide por todo o mun- do e pregai o evangelho a toda criatura. Quem CRER e for BATIZADO serd sal- Vow. (Marcos 16,15). Esses samaritanos nao somente creram como também fo- tam batizados. Eram salvos? De con- formidade com Jesus, sim! Mas nenhum deles tinha recebido 0 batismo no Espf- tito Santo, H6 uma obra do Espfrito Santo en- volvida no Novo Nascimento, mas 7 aquela obra nfo € chamada o recebi- mento do Espfrito Santo (ou o batismo no Espfrito Santo), & chamada nascer de novo (ou receber a vida eterna), A experiéncia que se segue apés a salvagio € chamada receber o Espfrito Santo, © batismo no Espfrito Santo, ou a plenitude do Espfrito Santo. Nascemos de novo pela Palavra de Deus. Pedro diz que nascemos ndo de semente corrupttvel, mas de incorruptt- vel, MEDIANTE A PALAVRA DE DEUS, a qual vive e & permanente (1 Pedro 1,23), Pedro e Joao Enviados a Samaria ATOS 8,14-17 14 Ouvindo 0s apé6stolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-Ihe Pedro e Jofio; 15 Os quais, descendo para If, oraram por eles para que recebessem o Espfrito Santo; 16 Porquanto no hayia ainda descido so- bre nenhum deles, mas somente haviam si- do batizados em o nome do Senhor Jesus, 17 Entéo lhes impunham as mos, e rece biam estes o Espfrito Santo. Esse texto diz, no v. 14: Ouvindo os apéstolos que estavam em Jerusalém, que Samaria RECEBERA A PALAVRA DE DEUS... Essa € comprovagio con- clusiva de que essas pessoas foram ge- nuinamente salvas, Os ap6stolos reco- nheceram que foram salvos, porque de- pois que ouviram falar das coisas mara- vilhosas que Deus realizara através do ministério de Filipe, enviaram Pedro e Jo%o. para imporem as mfos sobre os 8 novos convertidos a fim de que rece- bessem o Espfrito Santo. Nao hé registro de que aiguns sobre. os quais Pedro e Joio impuseram as mos deixaram de receber, A Bfblia de- clara, simplesmente: Ev2tdo thes impu- nham as maos, ¢ recebiam estes o Espt- rito Santo (Atos 8.17). Pedro e Jodo foram enviados para a Samaria com um propSsito especffico, Qual era esse prop6sito? A resposta se acha no v. 15: Os quais, descendo para 14, oraram por eles para que recebessem o Esptrito Santo. Os outros ap6stolos em Jerusalém enviaram-nos 4 Samaria visando esse prop6sito especffico, Por que eles ti- nham que orar por esses samaritanos a fim de receberem o Espfrito Santo? Por que Filipe nfo poderiater orado por eles de modo igualmente eficaz? Devemos lembrar-nos que todos nés temos nosso lugar no plano de Deus, Devemos descobrir esse lugar e fazer aquilo que Deus quer que fagamos, Deus tem para nés ministérios especiais; Ele n&io chamou todos nés para minis- trarmos'da mesma maneira, e Ele nos deu a todos nés o mesmo ministério, Filipe era um evangelista, O seu mi- nistério estava levanio muitos a uma experiéncia de salvagao em Jesus Cristo. Pedro e Jofio, por outro lado, tinham um ministério especffico de impor as maos nas pessoas para receberem o Espfrito Santo. Simfo, 0 M4gico ATOS 8.18,19 18 Vendo, porém, Simio que, pelo fato de imporem os ap6stolos as mos, era conce~ dido © Espfrito [Santo] 0 nheiro, 19 Propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mos, receba o Espfrito Santo, ‘eceu-Ihes di- Simao, o mégico, ofereceu dinheiro a Pedro e Jofio, dizendo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as maos, receba o Esptrito Santo (ve 19). Pedro Ihe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdi¢do, pois julgaste adquirir por meio dele o dom de Deus (v. 20). HA quatro palavras gregas diferentes no Novo Testamento que sao traduzidas por “dom”, A que € usada aqui significa “doagio”. Pedro disse que ele e Joao foram dotados pelo Espfrito Santo para impor as mfos nas pessoas a fim de que estas recebessem 0 batismo do Espfrito Santo, Como sabemos que esses samaritanos realmente falaram em Jfnguas? Alguns daqueles que nao créem nas Ifnguas ar- gumentam que esse texto nada fala a respeito de falarem em lfnguas, Nao h4 nenhuma evidéncia, no en- tanto, de que no falaram em Ifnguas, Na realidade, os estudiosos da Histéria Eclesifstica sabem que os antigos pais da Igreja Primitiva concordam entre si que de fato falaram em Ifnguas em Sa- maria. E Jemos em outras partes do No- vo Testamento que aqueles que foram cheios do Espfrito Santo falaram em outras Ifnguas. Além disso, fica aparente que esses samaritanos forgosamente devem ter falado em outras lfnguas, porque Simao, 9 mAgico VIU que, pelo fato de imporem os apéstolos as maos, era concedido o Espfrito [Santo]. (Vv. 18). Certamente o Espfrito Santo no po- de ser visto com o olho ffsico, porque Ele € um Espfrito, Mas, forgosamente tinha que haver algum tipo de sinal fisi- co que deixasse Simao saber que tinham recebido o Espfrito Santo, Forgosa- mente havia algo que fizesse impacto sobre os sentidos ffsicos de Sim4o, para ele perceber que eles tinham recebido o Espfrito Santo, Simao pessoalmente nao recebeu o Espfrito Santo, mas podia ver que os outros, sim. Como ele viu? “Talvez tenha sido porque Simfo viu que os samaritanos estavam cheios de alegria,” certo pastor me falou, Essa ex- plicag&o nao serve, no entanto. O v, 8 relata: E houve grande alegria naquela cidade, J& tinham alegria antes de Pe- dro e Joo terem chegado de Jerusalém, antes de os samaritanos terem recebi- do o batismo no Espfrito Santo. Que tipo de sinal, pois, levaria Simao a saber que essas pessoas receberam 0 Espfrito Santo quando Pedro e Jofio Jhes impuseram as maos? Todas as evidén- cias indicam que © sinal que foi mani- festado era o falar em outras Ifnguas, Foi esse o sinal que convenceu Simao que tinham recebido o Espfrito Santo. Falar em outras Ifnguas nao é o pré- prio Espfrito Santo, ¢ o Espfrito Santo nao € falar em outras [fnguas — mas vio de mfos dadas, E como a Ifngua do sa- pato. A Ifngua nfo € 0 sapato, ¢ o sapato no é a Ifngua, inas cada um € parte im- portante do outro. Quando alguém compra um autom6- vel no Texas, recebe uma certidéo de propriedade de vefculo. O autom6vel nao € a certiddo de propriedade, e a cer- tidfio nao € o automével, mas 0 novo dono nao poder4 viajar muito tempo na- quele automével sem a certiddo (ou evi- déncia) de ser 0 legftimo proprietério, Se vocé tem a plenitude do Espfrito Santo, vocé precisa da evid@ncia para acompanhé-la, Note que nao h4 a mfnima sugestio em Atos 8 que Pedro e Jodo ensinaram os samaritanos a ficar aguardando (es- perando) o Espfrito Santo. Howard Carter, que durante muitos anos foi supervisor geral das Assem- : bléias de Deus na Gra Bretanha, fundou a Escola Bfblica Pentecostal mais antiga do mundo, ¢ ele era um ensinador desta- cado nos cfirculos do Evangelho Pieno em todas as partes do mundo. Disse que mandar as pessoas ficar esperando até receberem o Espfrito Santo nao passava de uma combinag&o de obras e de incre- dulidade, Um Dom Gratuite Note outra coisa em Atos 8: Pedro ¢ Joao ndo oraram para Deus dar aos sa~ maritanos o Espfrito Santo. Oraram para os samaritanos receberemo Esp{- tito Santo, Fregitentemente oramos: “Senhor, salva almas no culto desta noite, Cura os enfermos”. N&o vemos, porém, que oravam assim nos Atos dos Apé6stolos (¢ devemos orar segundo a Palavra), Oro pelas pessoas, mas nfo pedindo 10 para Deus salv4-las,.porque Ele j& fez Sua parte na salvag4o delas: Enviou Sev Filho para morrer por n6s, Deus j& pa- gou 0 prego da salvagdo de cada pessoa: mas isso nado nos ser& de nenhum pro- veito a nfo ser que 0 aceitemos, Foi por isso que Ele nos mandou espalhar as Boas Novas, Biblicamente, devemos orar para as pessoas receberem o dom da vida eter- na que hhes 6 oferecido. N§o oro para Deus curar as pessoas, tampouco. Oro para as pessoas rece- berema cura que Deus oferece. Nao oro para Deus dar as pessoas a plenitude do Espfrito Santo, Oro assim como Pedro e Joo oravam, para que recebam o dom que Deus oferece, Note, também, que o v, 17 desse tre- cho nfo diz: “Entao lhes impunham as mfos e Deus lhes dava o Espfrito San- to”. Diz: «. e RECEBIAM estes o Espt- rito Santo, Creio que Pedro e Joao sic exemplos bons a serem seguidos, de modo que adoto o modelo estabelecido por cles: imponho as mfos nas pessoas para rece~ berem o Espfrito Santo. Fago assim pela fé, porque € bfblico. Assim faco, tam- bém, porque tenho um ministério nesse sentido, Os apéstolos enviaram Pedro e Jofo até a Samaria porque estes tinham um ministério nesse sentido (Deus nos unge para ministrar de conformidade com a Sua vocagao para a nossa vida). Como pastor denominacional, meio século atras, quando estava lendo o No- vo Testamento é o Espfrito de Deus me _ iluminov no tocante a esses versfculos, fiquei convicto de que se eu recebesse 0 mesmo Espfrito Santo que eles tinham recebido, haveria 0 mesmo sinal inicial de falar em outras Ifnguas. No me daria por satisfeito com nada menos do que ISSO. Texto para Memorizar: Porque Jolio, na verdade, batizok com dgua, mas vds sereis batizados com o Espfrito Santo, néio muito depois destes dias (Atos 1,5), ALICAOEMACAO: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e ndo somente ouvintese. (Tg 1.22), i Ligio 2 A Promessa e o Seu Cumprimento Textos Bfblicos: Jodo 14.16,17; Atos 2,32,33; Joao 4.13,14; 737-39 Verdade Central; Deus tem prometido espiritual das pessoas, Nos versfculos abaixo, vemos que Jesus prometen o dom do Espfrito San- to. Depois, em Atos 2, vemos 0 cum- primento daquela promessa, JOAO 14,16,17 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos darf outro Consolador, a fim de que esteja para sem- pre convosco, 17 O Espfrito da verdade, que o mundo nfo pode receber, porque nfo no v@, nem 0 co= nhece; v6s o conheceis, porque ele habita conyosco e estar&iem vés. ATOS 2.32,33 32. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nés somos testemunhas, . 33 Exaltado, pois, A destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espfrito Santo, derramou isto que vedes ¢ ouvis. O Consolador Prometido Jesus orou que o Pai enviasse outro Consolador para estar sempre com eles, Derramou o Espfrito Santo, que tem estado aqui desde entéo. Agora, j& nao € quest&o de o Pai dar o Espfrito Santo a alguém, g questio de receber- mos 0 Espfrito Santo. Note as palavras de Jesus: E eu roga- 12 “rios de 4guas vivas” para saciar a sec rei ao Pai, ¢ ele vos dard outro Console dor, a fim de que [Ele] esteja para sen pre convosco, Quando recebemos 0 Ex pfrito Santo, recebemos a “Ele”, a ur Pessoa, e nao a alguma influéncia im pessoal, J4 ouvimos as pessoas dizeren “Recebi o batismo”, Na realidade, po rém, nao receberam o batismo; recebe ram 0 Espfrito Santo. Outros dizem: “Sou cheio do batis mo”, Nao sio cheios do batismo, Ner sequer so cheios do batismo do Espfrit Santo, Sd cheios do Espfrito Santo, Terceira Pessoa da Deidade, Receber o Espfrito Santo € mais d: que uma experiéncia; Uma Personalida de divina vem habitar em nés — mora em nés— fazer em nés o Seu lar. Nao devemos ficar tio ocupados con uma experiéncia exterior que deixamo de perceber a realidade da presenga d Espfrito Santo que habita em nés, Se re: cebemos a plenitude do Espfrito Santo devemos estar conscientes da Sua pre: senga a todo momento, a nfo ser quandc estamos dormindo, N&éo deveremos tei necessidade de depender da lembrang: de alguma experiéncia na igreja h4 v4- rios anos, O Espfrito Santo deve tornar: Se mais real e precioso para nds, todos os dias, A Promessa E. Para Os Que Créem Note também que a plenitude do Es- pirito Santo n&o é para os pecadores; € para os crentes, Referindo-Se 4 plenitu- de do Espfrito Santo, Jesus disse: O Es- Pfrito da verdade, que 0 mundo nao po- de receber. O mundo pode receber a vida eterna: Porque Deus amou ao MUNDO de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele cré ndo pere- ¢a, mas tenha a vida eterna (Jolo 3.16). © mundo pode receber Cristo como Salvador — 0 mundo pode nascer de no- vo — mas a pessoa precisa nascer de no~ vo antes de receber a plenitude do Es- pfrito Santo, Para ilustrar esse fato, Jesus disse em Mateus 9.17: Nem se pde vinho novo em odres velhos; do contrério, rompem-se os odres, derrama-se o vinhow pbe-se vinho novo em odres novos (Naqueles dias, o vinho era armazenado em odres de couro), Nas Escrituras, o vinho tipifica o Es- pirito Santo, Jesus estava dizendo, por- tanto, que o Espfrito Santo n&o poderia ser dado na Sua plenitude a nfo ser que a pessoa tivesse sido feita nova criatura, De outra forma, como Jesus indicou, se vinho novo fosse colocado em odres velhos, estes romper-se-iam, Se Ele colocasse o Espfrito Santo em pessoas que nao tinham nascido de novo, estou- rariam, E assim, se alguém estd em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas J6 passaram; eis que se fizeran novas (2 Co 5.17), Quando vocé € feito nova cria- tura, vocé est4 pronto para ficar cheio de vinho novo. Jesus, também com refer8ncia ao Es- pfrito Santo, disse em Lucas 11.13: Ora, se vds, que sois maus, sabeis dar boas d&divas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dard o Espfrito Santo Qqueles que tho pedirem? Deus nao € o Pai de todos. Ou- vimos falar muita coisa hoje em dia a respeito da Paternidade de Deus e da fraternidade entre os homens, e que Deus € 0 Pai de todos nés ¢ que todos nés somos irméos, Isto nfo € a verdade, Jesus disse aos fariseus, membros da seita mais rigorosa da religiao judaica: Vos sois do diabo, que € vosso pain. (Jo%o 8.44), Deus € o Pai somente da- queles que nasceram de novo, E para aqueles que nasceram de novo, Deus tem para eles a d&diva da plenitude do Espfrito Santo, Venha ec Beba JOAO 4,13,14 13 Afirmou-Ihe Jesus: Quem beber desta 4gua tornard a ter sede; 14 Aquele, porém, que beber da Sgua que eu Ihe der, nunca mais ter4 sede, para sem- pre; pelo contr4rio, a &gua que eu Ihe der sera nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. JOAO 7.37639 37 No filtimo dia, o grande dia da festa, le~ vantou-se Jesus ¢ exclamou: Se alguém tem sede, venhaa mime beba. 38 Quem crer em mim, como diza Escritu- ra, do seu interior fluirfe rios de 4gua viva. 39 Isto ele disse com respeito ao Espfrito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espfrito até esse momento nfo fora 13 dado, porque Jesus nfio havia sido ainda glorificado. A 4gua referida nos dois trechos su- pra simboliza o Espfrito Santo, Note que duas experiéncia diferentes sio referi- das, Primeiramente, & mulher 4 beira do pogo em Samaria, Jesus disse: Aquele, porém, que beber da dgua que eu lhe der, nunca mais ter sede, para sempre; pelo contrério, a gua que eu lhe der se- 7r& nele uma fonte a jorrar para a vida eterna (Jo 4.14). Aqui, Jesus Se referia ao Espfrito Santo no ato da regenera- ¢4o ou salvagio (O Espfrito Santo 6 representado como “uma fonte a jorrar para a vida eterna”). A outra referéncia diz respeito a “fsios de 4gua viva,” e fala da promessa da plenitude do Espfrito San- to: Quem crer em mim, como diz a Es- critura, do seu interior fluirfio rios de 4gua viva (Jo 7.38). Jesus acena para n6és, convidando- nos a beber até ficarmos saciados, “Mas como sabemos quando j& estamos cheios?” alguém pode perguntar, Pro- curemos a resposta em Atos 2,4: Todos ficaram cheios do Esptrito Santo, e pas- saram a falar em outras lfnguas, segun~ do o Esptrito thes concedia que falas- sem. Se vocé for crente, € tio simples co- mo Jesus disse que é, Venha e¢ beba, ¢ continue bebendo até ficar transbor- dante! Quando vocé ficar transbordante, vocé comegaré a falar em outras Ifnguas. Esse € o sinal ou evid6ncia inicial do que vocé ficou cheio, Texto para Memorizar: Se alguém tem sede, venha a mim e beba (Joo 7.37). ALK-AOEMACAO: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e ndo somente ouvintesen (Tg 1.22). Ligio 3 O Espirito Santo — Fonte de Poder Sempre Presente Textos Bfblicos: 1 Corfntios 3,16; 6.19; 2 Corfntios 6.16 Verdade Central: Todo crente cheio do Espfrito'Santo tem dentro dele todo 0 po- der que possa necessitar para lhe dar a vit6ria nesta vida, O Novo Testamento descreve trés relacionamentos que Deus mantém com o ser humano: (1) Deus por nés; (2) Deus conosco; (3) Deus emnés, Ter Deus por nés garante o sucesso: Se Deus € por nés, quem seré contra nds? (Rm 8,31). Se Deus é do nosso la- do, temos a certeza de que venceremos, Se Deus é por nés ~ e sabemos que Ele € por nés — ficamos totalmente destemi- dos na vida, N&o importa quo diffcil a situag4o possa ser ~ no importa quéo escuras sejam as nuvens que pairam no horizonte da nossa vida — temos-a se- guranga tranquila de que temos de ven- cer. N&o poderd haver derrota se o Se- nhor for por nés, Podemos, também, ter a seguranga de que Deus est4 conosco, Sejam quais forem as circunstfncias, nosso Senhor est4 conosco, O conhecimento da Pala- vra de Deus nesse assunto deve fazer nosso coragao pular de alegria dentro de nds, ¢ enlevar o nosso espfrito com fé e confianga, No Novo Testamento, temos supe- rior alianga institufda com base em su- periores promessas (Hb 8,6), Debaixo da antiga alianga no Antigo Testamento, Deus estava por Israel e estava com Is- rael, mas Ele nfo estava dentro dos is- raelitas, Deus est4 por nés e conosco hoje, mas também temos algo melhor: Deus esté em nds. Deus est4 fazendo Sua ha~ bitagéo dentro do nosso corpo! Nosso Corpo, o Templo de Deus 1 CORINTIOS 3,16 16 Nao sabels que sols santufrio de Deus, e que o Espfrito de Deus habita em v6s? 1 COR{NTIOS 6,19 19 Acaso nfo sabeis que 0 vosso corpo & santufrio do Espfrito Santo que est4 em ‘y6s, 0 qual tendes da parte de Deus, e que nfio sois de v6s mesmos? 2CORINTIOS 6.16 16 Que ligago h& entre o santudrio deDeus € 0s {dolos? Porque nés somos santufrio do Deus vivente, como ele préprio disse: Habi- tarel e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serfio 0 meu povo. Bem poucos entre nds realmente te- mos consciéncia de Deus em nosso cor+ po. Se os homens ¢ as mulheres tivessem consciéncia da presenga de Deus no seu 15 corpo, nfo falariam nem agiriam do jeito que fazem, Alguns cristios falam cons- tantemente a respeito da sua falta de poder, da sua falta de capacidade, Se ti- vessem a consci€ncia de que Deus est4 neles, saberiam que nada € impossfvel para eles! A Biblia diz: Se tu podes crer; tudo € posstvel ao que cré (Mc 9.23— ARC). A razio por que todas as coisas so possf- veis ao que cré € porque Deus nosso Pai determinou que o crente tivesse o pré- prio Deus habitando nele mediante o poder do Espfrito Santo, E quando Deus est4 numa pessoa, nada € impossfvel. De todas as verdades ligadas com a nossa redengdo, a verdade culminante € esta: Depois de o préprio Deus nos ter criado e nos feito novas cri turas — que pertencem exclusiva~ mente a Ele ~ entéo Ele, na Pessoa do Espfrito Santo, faz do nosso corpo o Seu lar. Jofio escreveu na sua primeira Epfs- tola: Filhinhos, vés sois de Deus, e ten- des vencido os falsos profetas, porque maior & aquele que est em v6s do que aquele que est no mundo (1 Jo 4.4). Tanto Paulo quanto Jodo estavam es~ crevendo a pessoas que n&o somente ti- nham recebido a vida eterna, mas que eram crentes cheios do Espfrito Santo — aqueles em que o Espfrito Santo viera habitar — aqueles que tinham o sinal ou testemunho sobrenatural da Sua presen- ga habitando neles: 0 falar em outras Ifnguas. Jofio disse: ... maior é aquele que esté em vés do que aquele que esté no mun- do, Sustento que todo crente nasci- do de novo e cheio do Espfrito 16 Santo tem dentro de si, pront para ser usado, todo o poder qu possa necessitar para lhe dar a vi t6ria nesta vida. Quando juntamos as Escrituras cita das supra, fica bem 6bvio que, mediant a plenitude do Espfrito Santo, a Terceir Pessoa da Deidade — 0 préprio Deus - habita no crente, J4 nfo habita nun Santo dos Santos feito por maos huma nas. Nosso corpo ficou sendo o Sei templo, A Antiga Alianga Foi Terminada No Antigo Testamento, segundo i Antiga Alianga, a presenga de Deus eri mantida restrita ao Santo dos Santos Ninguém ousava aproximar-se daquel local a nao ser o Sumo Sacerdote, « mesmo ele, somente com muitas precau- gdes, Se outra pessoa ousasse penetral ali, cairia morta, Era necessfrio cadi homem em Israel apresentar-se pelc menos uma vez por ano em Jerusalém porque era ali que ficava a presenga de Deus, Jesus, no entanto, antes de morrer nz cruz, disse: “Est& consumado”, N&o Se referia 4 Nova Alianga; falava a respeitc da Antiga Alianga, A Nova Alianga nic foi completada a nao ser quando Cristo subju as Alturas e entrou no Santo dos Santos no céu, com Seu préprio sangue, para obter a eterna redengao para nés, conforme declara Hebreus. Quando Jesus, na tosca colina de Gé6lgota, disse: “Est4 consumado,” a Bfblia nos conta que a cortina que guar- dava separado 0 Santo dos Santos no Templo foi rasgada em duas partes, de cima para baixo. Josefo, o historiador judaico, nos conta que essa cortina tinha 12 m, de largura, 6 m, de altura, e.10 cm, de es- pessura, Deus enviou Seu mensageiro para 14, a fim de rasgar aquela cortina de cima para baixo, o que significava que a Antiga Alianga terminara. A presenga de Deus, que tinha sido contida no Santo dos Santos, saiu da- quela estrutura feita por homens, Ele nunca mais habitou numa construgdo feita por homens, Quando dizemos que um edificio é “a casa de Deus,” isso € parcialmente cor- reto e parcialmente incorreto; tudo de- pende daquilo que queremos dizer com isso. Se queremos dizer que o ediffcio € uma casa de Deus porque Deus mora e habita ali, estamos .errados, Ele nao habita numa construcio humana, Se queremos dizer que € a casa de Deus e que é sagrada porque foi cons- trufda em Nome de Jesus e € dedicada ao servigo do Senhor, estamos com ra- 730 — € uma casa de Deus, Deus, no en- tanto, nfo mora num ediffcio construf- , do com méos humanas; Ele vive e habita em nés._ mediante o poder do Espfrito Santo, Jofio disse: .. maior é aquele que est em vés. Olhando de novo Jofo 14.16 (que estudamos em nossa lic&o anterior) Jesus disse: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dar& outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Esptrito da verdade, que 0 mundo niio pode re- ceber, porque nao no vé, nem o conhece; vés 0 conheceis, porque ele habita con- vosco e estaré em vés (Jo 14,16,17). Ele. estaré em vés, & isso que Joio também est4 dizendo ao. escrever aos crentes renascidos, cheios do Espfrito: . Filhinhos, vés sois de Deus, e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que esté em vés do que aquele que esié no mundo (1 Jo 4,4), Quem € “aquele que est4 no mundo”? E Satanfs, o deus deste mundo, Mas Aquele que est4 em vocté & maior, Se tivéssemos consciéncia dA- quele que & Maior, que est4 em nds, nao terfamos medo do diabo, porque Aquele que est4 em nés € maior do que aquele que est4 no mundo, Se estamos conscientes do Maior que habita em. nés, e cremos naquilo que a Palavra de Deus diz a respeito da Sua presenga, nada temeremos, Temos* a Fonte de todo o poder habitando em nés. Com o Espfrito Santo habitando dentro de nés, segundo a promessa de Cristo, andaremos no poder do Espfrito Santo, Nao precisamos ser derrotados pelas circunst4ncias da vida, Podemos vencer nossas limitagées fifsicas me- diante o poder do Seu Espfrito. Texto para Memorizar: eo maior € aquele que esté em vds do que aquele que esté no mundo (1 Joo 4,4). ALKCAOEMACAO: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, endo somente ouvintesen. (Tg 1:22). A Evidéndia do Espfrito Santo Habitando em Nés Textos Bfblicos: Atos 10.44-46; 11,15-18; 19.1-6 Verdade Central: Falar em Ifnguas é a evidéncia flsica de uma experiéncia espiri tual, Em Atos 10, vemos um exemplo da manifestagao de Ifnguas comio a prova convincente de que os crentes tinham tecebido o Espfrito Santo, ATOS 10,44-46 44 Ainda Pedro faiava estas coisas quando caiu o Espfrito Santo sobre todos os que ouviama palavra, 45 E os fitis que eram da circuncisio, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espfrito Santo; 46 pois os ouviam falando em Mnguas een= grandecendo a Deus. *Depois da visio dramdtica em que Pedro viu o lengol cheio de animais imundos que foi baixado & terra, foi chamado 4 casa de Cornélio, um gentio, para proclamar a salvag4o divina me- diante Jesus Cristo, . Enquanto Pedro falava com Cornélio ¢ os familiares dele a respeito da remis~ sio dos pecados mediante o sangue de Jesus, caiu o Espfrito Santo sobre todos eles, ¢ passaram a falar em outras ifn- guas, Quando os irmios judaicos em Jeru- salém ouviram dizer que Pedro tinha le- 18 vado o evangelho aos gentios, criticarar muito, e disseram: Entraste em casa ad homens incircuncisos, e comeste cor eles (Atos 11.3), Pedro passou, ent&o, a contar-lhes tespeito da visio que o Senhor ihe dere admoestando-lhe: Ao que. Deus purifi cou nao consideres comum (v. 9), Pedr passou, entio, a apresentar evidénci que comprovava que a salvagio do gentios era genufna e, portanto, devi ser reconhecida pelos irmios judaicos, ATOS 11.15-18 15 Quando, porém, comecei a falar, caiu: Espfrito Santo sobre eles, como tambén sobre nés no principio. 16 Ent&o me lembrei da palavra do Senhor como disse: Joo, na verdade, batizou con Agua, mas vés sereis batizados com o Espl Tito Santo. 17 Pois se Deus Ihes concedeu o mesm dom que a n6s nos outorgou quando cre mos no Senhor Jesus, quem era eu par: que pudesse resistir a Deus? 18 E, ouvindo eles estas coisas, apazigua ramese e glorificaram a Deus, dizendo: Lo go, também aos gentios foi por Deus conce dido o arrependimento para vida, Note que foi o falar em Ifnguas que finalmente convenceu o grupo que acompanhou Pedro até a casa de Corné- lio (bem como os crist&os judaicos em Jerusalém) que esses gentios tinham re~ cebido a dddiva da salvagao. B interessante, também, notar que receberam a salvagfo ¢ o batismo no Espfrito Santo quase simultaneamente é justamente © momento em que a pessoa recebe a salvacfio que é a melhor oportunidade para lev4-la a receber a plenitude do Espfrito Santo). Ninguém tinha imposto as m4os sobre esses gen- tios, Todos receberam o Espfrito Santo aproximadamente no mesmo momento, Ninguém deixou de receber. * Nao vemos aqui, tampoico, nenhuma sugestfo no sentido de eles terem ficado esperando para serem cheios do Espfrito Santo, O Espfrito’ Santo Derramado em Fifeso ATOS 191-6 1 Aconteceu que, estando Apolo em Corin- to, Paulo, tendo passado pelas regiées mais altas, chegou a Efeso e, achando ali alguns disefpulos, 2 Perguntou-thes: Recebestes, porventura, o Espfrito Santo quando crestes? Ao que the responderam: Pelo contrfrio, nem mesmo ouvimos que existe o Espfrito San- to. 3 Ento Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: ‘No batis- mo de Joio, 4 Disse-Ihes Paulo: Jodo realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cressem naquele que vinha depois dele, a saber,em Jesus, 5 Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus. 6 E, impondo-Ihes Paiilo as miios, veio so bre eles o Espfrito Santo; ¢ tanto falavam em Ifnguas como profetizavam, Aqui vemos outro exemplo de os gentios receberem a plenitude do Espf- tito Santo. Todos esses homens eram novos convertidos que tinham sido se- guidores de Joo Batista, Tinham ouvi- do Jo&o Batista pregar que o Messias prometido estava para chegar. Tinham crido na mensagem de Jofo Batista, ¢ tinham sido batizados por ele em Nome do Pai, Entretanto, porque as noticias no se espalham tio rapidamente como hoje em dia, ainda nfo tinham ouvido- que o Prometido j4 chegara, Paulo, ent&o, chegou a eles e contou- lhes que Jesus, o Messias Prometido, j4 viera, tinha morrido na cruz, ¢ tinha sido ressuscitado; e. que agora tinham que crer nEle, Paulo passou, ent&o, a batiz4- los em Nome do Senhor Jesus, Mas ele- nfo parou af, Ele queria, também, que recebessem a plenitude do Espfrito Santo, Quando ele lhes impéds as maos, veio sobre eles o Esptrito San- to; € tanto falavam em Unguas como profetizavam (v6). Sem excegio, todos esses novos con- vertidos receberam o Espfrito Santo quando Paulo ihes impés as maos! De novo, nio havia a mfnima sugestdo de ficar esperando, Note, também, que tanto falavam em Unguas quanto profetizavam, As vezes, as pessoas recebem uma béngfo espiri- tual adicional, além das ifnguas, quando 19 recebem a plenitude do Espfrito, mas as Ifnguas sempre vém em primeiro lugar (A Escritura no disse que profetizavam e falavam em Ifnguas; diz que primeira- mente falavam em linguas, e depois, profetizavam). J& vi pessoas falar em Inguas e profetizar ao receberem o Es- pfrito Santo, J4 vi, também, pessoas fa- lar em Ifngiias e interpretar ao recebe- tem o Espfrito Santo, Devemos esperar que falemos em outras Mnguas, Se mais alguma: coisa for acrescentada, melhor ainda! Quando recebi o batismo no Espfrito Santo, recebi, também, um dom do Es- pfirito, embora ndo tivesse consciéncia disso no momento, Sabia que tinha re- cebido o Espfrito Santo, porque faleiem Ifnguas, mas, digo com toda a franqueza, senti-me um pouco decepcionado, Ten- do ouvido alguns cristfos contar a res- peito da sua experiéncia quando foram cheios do Espfrito Santo, esperava que tivesse algum tipo de experiéncia asso- berbante ¢ hilariante, mas nio tive. Depois, falei comigo mesmo: N4o fiz nada mais do que falar em Hn- guas, Muitas vezes, jf obtive uma béng4o maior do que esta enquanto simplesmente orava, O batismo no Espfrito Santo niio é, porém, simplesmente receber uma bén- ¢fo; € muito mais do que isso. Conhe- cendo a minha Biblia, eu disse: No me importo quais sensagées tenho ou nfo tenho, Sei que recebi o Espf- rito Santo porgue falei em outras Mnguas, Tenho a evidéncia bfblica, Continuci louvando a Deus dessa maneira durante cerca de trés dias. Mais tarde, dei-me conta de que, ao mesmo 20 tempo em que recebera o Espfrito Sam e falara em outras Mnguas, recebera o1 tro dom do Espfrito ~ a palavra do cc nhecimento. A Porta de Entrada aos Dons Es Pirituais Conforme vimos, falar em Iinguas 9 sinal ou evidéncia inicial e sobrenatu ral da presenga do Espfrito Santo dentr de nés, Falar em outras Ifnguas é a port de entrada aos dons espirituais, Descobri na minha prépria vida qu quanto mais eu oro e adoro a Deus er Ifnguas, tanto mais manifestagdes receb. dos demais dons do Espfrito Santc Quanto menos falo em Ifnguas, tant: menos fiianifestagdes recebor--——— Falar em outras Ifnguas é © porta de entrada para todos os de ais dons espirituais. Algumas pes am-se somente pelos dons do Espfrito;-mas-tenios que passa. pela “porta” a fim de chegar até eles, A Bfblia nos ensina a desejar os don: espirituais (1 Co 14,1), e a procurar com zelo, os melhores dons (1 Cc 12,31), Mas lembre-se que essas pala- vras foram escritas as pessoas que j4 falavam em Ifnguas! N&o forar escritas a pessoas que nfo falavam en Inguas. Na igreja em Corinto havia uma abundancia do falar em Ifnguas, Real- mente, parecia que quando iam A igreja, todos eles queriam falar em Ifnguas ao mesmo tempo! Assim nfo € edificante, de modo que Paulo thes disse que apenas dois ou trés deviam falar em pfiblico, e que outro devia interpretar. E se ne- nhum intérprete estivesse presente, de- yiam guardar siléncio na igreja (1 Co 14.27,28). Paulo no disse que estavam com a coisa errada, Tinham a coisa certa, mas estavam tio emocionados e exuberantes, que todos queriam falar ao mesmo tem- po. Se todos est4o louvando a Deus, é aceit4vel que todos louvem a Deus ao mesmo tempo, Mas certamente seria errado se todos comegassem a falar em Mnguas enquanto alguém estava tentan- do pregar, Além disso, nfo seria certo se alguém passasse uma hora ensinando em Iimguas sem nenhuma interpretagao, Quem falava seria edificado, mas o ou- vinte nao receberia o mfnimo proveito. Conforme disse Paulo, € melhor fa~ larmos umas poucas palavras com nosso. entendimento, a fim de ensinarmos aos outros, do que falarmos dez mil palavras em Ifnguas, a nfo ser que houvesse in- terpretag4o. Algumas pessoas, no entanto, fazem tempestade em copo de 4gua, Dizem que Paulo estava proibindo os corfntios to- talmente de falarem em Ifnguas. Ess: ndo pode ter sido a intengdo dele, no! “Texto para Memorizar: . Pois os ouviam falando em I{nguas e en- entanto, porque acabou de dizer: Dow gracgas a Deus, porque falo em outras Unguas mais do que todos v6s. Contudo, prefiro falar na, igreja cinco palavras com 0 meu entendimento para instruir outros. (1 Co 14,.18,19), Certamente Ihe seria melhor ficar em pé diante da congregagio e falar dez palavras na sua prépria lingua, de modo que todos pu- dessem entender, do que ficar ali e falar dez mil palavras sem interpretagao, A fim de corrigir um erro, porém, Paulo nfo sugeriu que cometéssemos outro erro ao abandonar totalmente o falar em Ifnguas, Pelo contrério, somos exortados a procurar com zelo os me- lhores dons, Ao fazermos assim, ¢ en- trarmos numa vida cristé mais poderosa e eficaz, entraremos pela porta do ba- tismo no Espfrito Santo para receber- mos os gloriosos dons espirituais que Deus tem prometido Aqueles que cr&em na Sua Palavra, grandecendo a Deus (Atos 10,46), ALICAOEMACAO: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, ¢ ntio somente ouvintesum (EZ 1.22). 2 Ligéo 5 E Necessério Falar em Linguas? Textos Bfblicos: 1 Corfntios 13.8-12; 12,8-10,27-30 Verdade Central: Muitas pessoas tém sido despojadas da béngo que Deus te para elas, por causa de crerem que falar em Mnguas nao € pa todos, ou que € um dos dons inferiores, Receber a plenitude do Espfrito Santo envolve mais coisas do que falar em outras Ifnguas, mas as Ifnguas sao uma parte integrante e importante de teceber o Espfrito Santo, Paulo disse: Dou gragas a Deus, porque falo em ou- tras linguasu. (1 Co 14,18). As Iinguas Foram Abolidas? H4 aqueles que dizem: “As Ifnguas foram abolidas, porque a Bfblia diz que as Ifnguas cessaram”. Examinemos o trecho das Escrituras que € usado em conex&o com esse argumento, 1 CORINTIOS 13,8-12 8 O amor jamais acaba; mas, havendo pro- fecias, desaparecerfio; havendo lfnguas, cessarSo; havendo citncia, passar4; 9 Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos, 10 Quando, porém, vier o que € perfeito, entiio o que 6 em parte ser aniqiiilado, 11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino; quando che- guei a ser homem, desisti das coisas pré- prias de menino. 12 Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, ento veremos face a face} 22 agora conhego em parte, entio conhecei como também sou conhecido, Aqueles que acreditam que as Ifngu foram abolidas dizem que a Bfblia é ‘ que € perfeito” — e que, porque ago temos a Bfblia na sua forma completa, nao precisamos dos dons sobrenaturai & claro que a Bfblia € perfeita, m nosso modo de compreender a Palav. de Deus € imperfeito, Por isso, ainc “vemos como em espelho, imperfeit: mente”, Esse texto bfblico diz qu quando vier o que € perfeito, verem« face a face, e n&o “como em espelh obscuramente”, Visto que € bem ev. dente que ainda vemos como em espe jho, imperfeitamente, também fica Sbvi que aquilo que & perfeito ainda nao vei Alguns dizem que as Ifinguas cess< ram, mas n&o dizem nada a respeito de ciéncia ter passado, A ci€ncia nfo pas sou. As profecias nao desapareceram, as Ifnguas nfo cessaram, B claro que haver4 o dia em que < Inguas cessarfio mesmo, No céu, na haverd necessidade das Ifnguas. Paul declarou: Pois quem fala em outra If gua, nao fala a homens, sendo a Deu: visto que ninguém o entende, e em esp! rito fala mistérios (1 Co 14.2). Na tradu- Gao de James Moffatt, diz que quem fala em Ifnguas fala “segredos divinos” No: v. 28, Paulo est4 falando nos dons-do-ministérroque-Deus-colocou_ Espfrito. Quando chegarmos ao céu, haver4 mais mistérios ou segredos, modo que nao ser4 necess4rio falar em Ifnguas. Enquanto, porém, ainda esti- vermos fora do céu, as Ifnguas nao ces- sarfo, E Necessério que Todos Falem em Linguas? Ha, ainda, aqueles que declaram que créem nas I{nguas, mas: que nao acredi- tam que as Ifnguas sejam necess4rias para todos os cristios, Empregam 0 ar= gumento.tirado de 1 Corfntios 12,30: -falam todos em outras Ifnguas? O fato é, porém, que € possfvel tirar um frag- mento de um versfculo das Escrituras, ou até mesmo um versfculo inteiro, fora do-seu contexto para comprovar o que quiser. Devemos ler o trecho inteiro para compreender o que realmente sig- nifica, : 1 CORENTIOS 12.27.30 27 Ora, vés sois corpo de Cristo; e, indivi- dualmente, membros desse corpo. 28 A uns estabeleceu Deus na igreja, prie meiramente apéstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de cu- rar, socorros, governos, variedades de Iin- guas. : 29 Porventura sfo todos apéstolos? ou to- dos profetas? Sfio todos mestres? ou ope radores de milagres? 30 Tém todos dons de curar? falam todos em outras Ifnguas? interpretam-nas todos? ona Igreja. “Apéstolo” nao € um dom es piritual, mas um cargo, um dom do mi- istério, “Profeta” nfo € um dor ritual, mas um dom do ministério para ministrar ao Corpo de Cristo, Na primeira parte desse capftulo, porém, Paulo -alista os dons espirituais propriamente ditos, A CORINTIOS 12.8-10 8 Porque a um é dada, mediante o Espirito, a palavra da sabedoria; € a outro, segundo 0 mesmo Espfrito, a palayra do conheci+ mento; 9 A outro, no mesmo Espirito, £6; ea outro, nomesmo Espfrito, dons decurar; — 10 A outro, a operagGes de milagres; a ou tro, profecia; a outro, discernimento de es- pfritos; a um variedsde de Ifnguas; e a ou- tro, capacidade para interpret4-las, Certamente € verdade que os dons do Espfrito podem ser manifestados através dos leigos, pois Paulo disse: A manifes- tacao do Esptrito € concedida a CADA UM, visando um fim proveitoso (1 Co 12.7). H4, também, os que estfo no mi- nistério e que esto equipados com os dons do Espfrito. Nao chamamos a essas pessoas “dons espirituais”. Conforme Paulo diz aqui, Deus tem colocado mi- nistérios —‘cinco dons do ministério— na Igreja.” Ao escrever & Igreja em Efeso, Paulo alista esses dons, Disse que, quando Je- sus subiu as alturas, Ele mesmo conce- deu uns:para apéstolos, outros para profetas, outros'‘para evangelistas,.e ou- 23 tros para pastores e mestres (Ef 4,11). Quando Paulo escreveu aos corfntios a respeito desses dons do ministério, notamos que nem o ministério do evan- gelista, nem o do pastor, € alistado (1 Co 12,28), Posto que o pastor é o Ifder da igreja, seu dom do ministério est4 in- clufdo no cargo de governos. A opera~ ¢4o de milagres e os dons de curas sfo inclufdos no cargo do evangelista, Filipe € um modelo do evangelista no Novo Testamento, Lemos a respeito dele: Filipe, descendo a cidade de Sama~ ria, anunciava-lhes a Cristo. As multi- dées atendiam, undnimes, as coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os si- nais que ele operava, Pois os esptritos imundos de muitos possessos salam gri- tando em alta voz; e muitos paralfticos e coxos foram curados (Atos 8,5-7), Pos- teriormente, Filipe passou a ser chama- do evangelista, Se alguém € evangelista segundo o Novo Testamento,. est4 equipado com dons sobrenaturais tais como a operagio de milagres ou os dons de curas, Esses dons sio necessdtios para constituir o seu cargo. Muitas vezes, chamamos pessoas de evangelistas quando, na rea- lidade, s&0 exortadores (Paulo fala nos exortadores na Epfstola aos Romanos), Aqueles que apenas exortam os peca~ dores a se salvarem — mas que nfo tem em operagdo os dons de curas ou mila- gres, nem o aspecto sobrenatural na vida deles — nao sfio evangelistas; so exorta~ dores, - : Conforme jéindicamos, Paulo est4 falando do dom ministerial. das varie- dades de lfnguas em 1 Corfntios 12,29,30, N&o est4 falando a respeito de 4 falar em outras lfnguas ao receber a ple nitude do Espfrito Santo, Ele pergunts Porventura séio todos apéstolos [Nac ou todos profetas? [Nao] séo todos mes tres? [N4o] ou operadores de milagres {Nao] 7ém todos dons de curar? [Nio}. Entdo, ele pergunta: Falam todos er outras Inguas? interpretam-nas todos No contexto daquilo que ele est4 dizen do aqui, a resposta € “ndo”, Nao est: falando nas pessoas que falam em outra Wnguas ao serem cheias do Espfritc Santo, Est4 falando a respeito de mi- nistrar em Ifnguas numa assembléi: piblica, com interpretagfio, Nem todo: fazem isso! As Linguas Sfo Realmente Im- portantes? Muitos crentes tém sido despojados das béng4os que Deus pretendeu que re- cebessem, porque acreditam que falar em Ifnguas nfo € para todos, ou que fa- lar em Ifnguas € um dos dons inferiores, No comego da minha vida crista, an- tes de eu me tornar consciente de que nfo possufa nenhum dom espiritual, lembro-me que dizia: “Temos sabedoria e conhecimento, ¢ esses so os maiores dons!” Eu nem sabia que Paulo ndo estava falando a respeito da sabedoria edo co nhecimento intelectuais, A Escritura diz: Porque a um é dada, mediante o Esptri- to, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espfrito, a palavrado conhecimentoue (1 Co 12,8). Trata-se, aqui, dos dons espirituais: a palavra da sabedoria e a palavra do conhecimenta,

Você também pode gostar