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BRASILEIROS
A diversidade de terreiros é grande e não existe um esquema para
encaixar todos os cultos. Os principais cultos afro no Brasil são: candomblé
na Bahia e outros estados; tambor-de-mina, tambor de nagô e canjerê no
Maranhão; toré de xangô, em Alagoas; xangô em Pernambuco; babaçuê
(culto indígena-afro) na Amazônia; terecó (culto indígena-afro) em Goiás e
Maranhão; umbanda no Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados;
cabula no Espírito Santo; batuque ou pará no Rio Grande do Sul, também
chamado nação. Há notícias de um culto denominado guiné, que é pouco
estudado. Culto mandinga: v. Mandingas. O "Compêndio Narrativo do
Peregrino da América" do cronista Nuno Marques Pereira (1652-1718)
menciona os rituais de adivinhação praticados no calundu. A cultura negra no
Brasil é muito rica e diversificada.
Beatriz Goes Dantas pesquisou em Laranjeiras (SE) 15 terreiros de
toré ou candomblé de caboclo. Em São Paulo (SP), Ismael Girôto estudou
um candomblé autodenominado de tradição bombochê.[1]
São típicos nos cultos afro-brasileiros a dança, os tambores, os pontos
cantados e o transe. Há iniciação dos novatos. Não conhecem livros
sagrados.
Os cultos nagô e ioruba cultuam os orixás. Os jeje cultuam os voduns.
Os bantos são um grupo linguístico que tem muitas religiões de acordo com
a experiência religiosa dos antepassados de cada grupo. Há muitos que
cultuam Zâmbi. Os adeptos do Omolocô angolano cultuam Zâmbi e os
bakuros. Outros angolanos conhecem os inkices. Todos estes cultos
sustentam a memória de seus povos e a fé nos mitos de origem e nas forças
da natureza; cultuam seus reis, heróis e guerreiros e vários reverenciam os
ancestrais do Brasil: os caboclos. Todos estão 500 anos no Brasil e juntaram
à sua memória e culturas vários elementos indígenas e européias, por
integração ou por imposição. A convivência na nova terra trouxe trocas entre
as culturas negras.
Segundo Renato Almeida. "a dança, nas culturas primitivas, é
funcional, destina-se, via de regra, a cumprir deveres religiosos, não apenas
de culto, mas propiciatórios, para facilitar as diversas atividades, da guerra,
da caça, da agricultura etc, para celebrar ritos de passagem, em suma, está
associada à vida do homem em todas as suas manifestações. Em certos
casos exige máscaras ou adornos especiais. A condição de escravo impedia
o negro na América de realizar todos esses deveres com suas deidades, não
lhe dava tempo nem meios, nem sentia necessidade de ser protegido no
trabalho, que lhe transformou a vida em inferno. Mas, as raízes profundas da
alma, as crenças, as tendências, substrato inconsciente, não abandonam o
homem, podem transformar-se, procurar desvios, recalcar-se, sem
desaparecer jamais. (...) O negro na América tinha pouco tempo e muitas
vezes nenhuma liberdade para cantar e dançar. E, para isso, devia ainda
valer-se de mil subterfúgios. A reinterpretação que fez, estabelecendo o
sincretismo religioso, não foi apenas oriunda de pontos de contato e
semelhanças na invocação dos santos católicos e de todos seus Deuses,
BIBLIOGRAFIA AFRO
ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá. 4ªEd. Petrópolis, Vozes, 1982.
BORGES, José Francisco. A vida do Padre Cícero gravada por José Borges.
Recife, Tipografia Marista, sem data.(Colaboração:UFPE)
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p.144.
MACHADO, Benedito. Senhor Bom Jesus de Iguape. São Paulo, Luz e Silva
Ed., 1990.
MATOS, Ivo de. 2a.Ed. Mumbuca. Belo Horizonte, Ed.São Vicente, 1980.
MORAES, Geraldo Dutra de. Música Barroca Mineira. São Paulo, Conselho
Regional de Farmácia, 1975.
POEL, Francisco van der. Fr. Deus vos salve Casa Santa. São Paulo,
Ed.Paulinas, 1977.
POEL, Francisco van der. Fr. O Rosário dos Homens Pretos. Belo Horizonte,
Impr.Oficial, 1981.
RIO, João do. (Paulo Barreto). As Religiões do Rio. Rio de Janeiro, Ed.Nova
Aguilar, 1976.
* Datas * Datas
*Datas Principais
Precedentes Suplementares
DATAS PRECEDENTES:
Séc.IV – A reza com pedrinhas. No deserto do norte da África, o
eremita cristão Paulo(Séc.IV) rezava 300 vezes o pai-nosso contando
300 pedrinhas.
DATAS SUPLEMENTARES: