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S0ciologia do jornalismo innit anil Darna uno anne Marcas umes “Sp este oe ae Stdlegte de juralone ‘Eatuos (a Dlcoovers, Pais 2001, 2008 bi me Abesovelagus, 78013 Pas ISBN 270748324 ‘nara: Mauro Baktasar Ll DiasrasagAo: Rela Hideo love Revado: Cul A Bia ‘Eaiies Loa Ron 229 347 — Joana (4216.00 Si Palo, SP (Cina Poul 42335 ~ 4218570 Sto Paulo, SP cy cove 61e5015 ISBN: 85.15.05052-4 (© EDICDES LOYOLA, Sfe Paulo, Bas, 2006 Sumario MW eae wie Obstéculos epistemelsens Umitinerdrio de andlse ‘lbssile de terms da profssto ade este velar igus sa ‘O modelo angio americana pac es, ft" ‘Unltatiro gi empress ce prossioalzas0. jornalsmo & frances Eire terataraeplitica Una pafsinalaro tarde descontinus (Os limites de uma oposicdo Uma identiade profissional fexivel? nr profsso facament inettuetonaizada ‘andagenseristos de uma profs sem fone, Cltares crizados sobre dis modelos de rasa ‘Strona efamation”| (Lespace is joins je Morfologia de uma profissio ‘Quito evoiutes pings Singardadesrancesss As cinco galas do jornalismo I As reristasjoraltica expecaladas ‘omotor das mudangas? ‘Aimprensa regina lea! Aidentdade contra do jarnaimo nacional eintormagto gra Ojomalisne audios Agentes| = (© campo jomalisica 7 Mapeseo campo Campo eral, carp eeanémco, oderes sci Ccantite de eginiace 2 Os ftv da proto As esos de oraioas na Panga Bnoextrer! Passes gn seen ae aa Cassar ojala ‘As pestes do ornasme acl Dobam uso dos campos Dependence istancinment das fortes nas evita alii a malas no ratato Guados e pressbes organizacionals ‘Omaguinri redacional Pepasecivagens As eon nn ‘Atrama das rotinas ‘Opeso dos scontecimentos roils Sent valor de ormagso Aciculigto dela. O jomalista e suas foes ‘A prosionalizagt de fortes ‘Gualopoder dos “detndores prinsciaa™ ‘Um profs de papas ilies ‘Bireaodo tempo etarene svat exe omaisticoe Algunasetratis ds fortes Opa: useate oy artete? : (Lesa aati ‘Uma ondem de dscurso espectica Sseenenees, =m ‘Ascmadilna do verossiul ti “venti. B Disposiio ia “Bhocutio. a Cenérios narrativos méveis.- a ‘Uma esis sob pressB0 ee aumento de ur dscureo de dominio cy ‘0 espago das neresias a “Schetvdade: un tal etrtégio? w (Os valores ds informagio w ‘Retveasjoralistiase interdependent profssionais Pasrde um dscurso ae ‘A-compactagio dos formatos: una cortratendéncs w ‘ONew Jourmatem... - We ' (pole ojo _w ‘Un debates reformat oo “ees encanta itn der _Ahoranga dos “praigmas dominate” Osels que fatan as Dimiensdes do pode jornaistio Prblematiae - Pesarsobre aio cone ‘poder em re eee ee ee eee : ® Pan pres H " rg enras joan O actmulo de desafios ‘Rumo ao jomatismo de mercado? Urn mala de easicagio ‘Un leptimidede oontestads Bepagos de renovario? ‘sees do andar de lx" Renova debate soc Invertignses andes Reatvar at regulagens ‘amentn da gins comers: fanaa ou read? Os eles atari. ‘Expense de "Publ Journals” (aman: as algidaes de une Dg de espnsebiade OB MARS ern onetime ‘cg jose 0 aso as ‘Sob s égide do Estado a Formagio de intelectual. (Gerceamento, resistencia, promiscuidade e procarizacio Perfil em imeros iveaso exemplar 1 @ 6 ® w taco : 8 {ntroducio lefcsibloyas ry | {ade autores cats am ata sociated cvtoagaovaloiapersonagens, paps sodais que a resamer, do cavalo medieval an oper da Revolt indus ao arora" da weberae, indole de rcorabdade madera. Nada de surpreendece ena qu, nua socedate requentament ta de comune ou de “alormigi’ o joraista terha oe tornado a fgur ah cane de milogiascontempordneas (RUE, 1089). ‘Gate roti conidente dos pderosoe ngda apa de dere os sepredos mais bem guardados, pode inde fer sseociad sl presto do esto da erinni para. Sea él encherum muse de cerca jomaias: Moran Stanley __seencontrano Livingstone desparecdo no coragao da Atca, "Albert Londres (1925) deseobrindo os harores do baae de i (Galena, Ginther Wait (2004) distargado de reo para fazer _Teporiagens sobre a imigracéo na Alemanha. Estaramn i tam. le 1: Atelier prin remete bilgi fy dh dyeariatour-mudiatnfo (Gbowaboivs hore ) nalclivar dhabdas phe inti nabarne. 6% berimed, someiydad-rak oe Pndbicor jor 1 sign sta ‘bem Rauletabile?, Nin’ ow os cacadores de escindalos dos romances irs amerianos dos anes 1990, qu gam ra ana ara desoobrir noi, sem esquecer oagualere a soda. do desconcldosinbolzao plo repétes de none esquecifo ‘oro em Serelevo. Sto também os debates socas que suse tam, desde sun emergéla, a SWAN YorTlta Para dar apeasexenplos receces eabertra da Gufs Gao depois da intervenggo em Kosovo exlocaram em quesi2o& ‘anipulacto da informagso pelos goveroseestadee maiores. ‘Ahahiidade de ceras movimentcs socal, mas tanibén dos organizagtes terrorists — com “goles ities" que v8o da eaptura de refs ao acontecimento simul — de {arma os Joma em assestores de imprensa eomplien. tes ou desconfrtveis ta at evo «da cobertura de Gaitipanhas eleitorais convertidas em corridas ‘plas eo sumento de reportagens sobre nego fzeram sur a vids sobre resporsablldade doomalsmo pelo deen ¢antamento dos cidados con os politicos Hi ainda a questo eo edt do frmalismo em termos de cansagrac do hres entre (Boumov, 200) ea auspeia de sua conivencia com os poterosos a, THER), que ge tortaram objet de debe, tex reentes na Fran, O jomalsma fomenta debate eae enconta atacado 9 tuna quntidade crescente de dispostivosericos Saulper 2 Gls aetaie ar pernae iaeplo cot Gna ats Cosb2) 3 Peon oon 1p Heo ean Le Patt Vite. oe rept spate en cha Mes, som 15 tics. No fim de 2003 fi eriado na Franca um observatéio da "ili, reunindo profsionsis, pesquisadores eusudros (hb: tronrcbsorrteze mediate). Seuinienta ¢ constr um ns trumento de vigfiae debate erico sobre aprodugio eo enava- (karnentedainformago. No Braitambém oi crado recente mente Observatri da imprensa(htpudbseratorio ulino- {egundo g.com.br) com a tesma fnalidade. A reflex emana taribim das rnicas semanais dos ombudsmen (ne Mende ocannl rance 2) de programas que demonstram a represen {atta da aualdade porimagene, como arrét sur ¢magest Go cand 5, ede sites na Intaret em que Si debatidas as pri tees oralstias (como: htpacrmed saminda net ehtps! ‘wanjournaisn on. tradic corpretivsta de complacénia sinc éredigutide pels declaactes de jomalstas como ‘Nicos Jones ra Ga-Bretanha (1996),Daniel Schneiderman (4960) ou Daniel Garton (2008) na Franca, que constroem um ‘eri sms nario dos eles das lgias de audiniia ou = as conlvénias ea as fries, Um conecimento refievodo J) Jomalemo sera un cand para a banal? oes Ais genes bstéeulos aun contecimento distaneiado ds prticas or ‘alsicas permanecem, entretanto, rumerosos.Trata-se, ri da peso dos preconceitos pormatives, Meso que Popa not de lv ej a poder te ri at ogee Hsia ‘emergéncia de uma imprense lire estes historicamente te ‘sada bconstrugio de regimes demoeriices,ojomatsma nde eis do que uma profisto, Ele aparece tamhém come wg, ‘eta da democmaca, condicdo atestada pel hgar dado aber dade de imprensa em diversas consituoses (1+ emenda de Consttuicdo dos Estados Unidos) e pela importancia doe va lores de transparéncia ou de expresses coma “quarto pa O sisco é tomar por indiscutivel aqula que funciona também, ame mises profssioral (Le Bok, 200) ent de | ¢ eo umaimptensa lve nio garante mecanicamente um gualzeos. somponentes de sciedade, Acrescentee uma outa difen dade: os primiros produtares de andises sobre ojomalisvo Sto com frequéncia os propriosjarnalBas ae, patna ‘mente na Fran, desenvolvem uma teria dutoreerrenta esas prticas. Se esse fvros de estemunho ou sndioe ae ‘Teatssem materials preciosos ou uma reflexto eatimulaars {amenvo a tase de un canhetimenta cence do jomalang, Série deoejvelconstuir uma cléncia poles fandarentey, apenas nas memrias de goverrantes, Sem nos deter nec lines ue sugerem que sos jonalstas podem jlgar de forma yon tinente a profissto (ROY, 1960), esses textos treqlentemenes triouem para uma visto encantada do jornallamo, de sore ‘unebes denericas 8 Seus poderes (Viv, 1988). alee liso, por rezbes editorials evidentes, esses depoimentoe ant ‘ase sempre obras de estrelas da profes Esse.pontosugere um teri obstdulo. A pala or nalsa sua quis inevtaveente a asocacto Gam figs famosas na profsdo ~ apresentadores do jal televise oa ‘ole, etoriaicts de renome. A maior parte das ists door “eo, $20 debate plblicn de todas os pontos de vista de todos o, onan 15 also, nos trabalhos eonhesidos tei «parti de una popu Jago que nfo representa nem 5% dos joralistas em exerci. Enido, um imenso exérito de corespondentes locas de omals regina, jomalistas de agéncias de noticias eda imprensa espe cialzada (informdtica, moda, sade) si do campo de vist, ‘Alista de obstdcuos conte também a ambigidade das ‘lapées entre jomalstas professoresuniversitrios evo. (fode relago de forgano campo intelectual se tradi igs Aéeadas num aumento do poder dos joralistas. Ele se mani festa no poder que alguns adquirram em termos de consagia #0 de obras culturais, de transformagao seletva ce intelecrals lem estrelas, 8 vezes até na posible de interir como au. ‘rida no debate piblico por seus artigos au vos, insta ose mura posigéo da qual os “intelectuais" pensavern ser 08 Aetentores exchusivos, Basa evolugdoalmenta uma velhae eres. cente desconianga, que se express, entre os jomalista, como tun freqhente aritelecsualismo lzente ou como priviégio ado aos ntelectuais made in media, Bla se traduz. emus qulsador que stud 0 jomalsmo deve aprendeF @ controler, « Some-se esa lista provisiia de obstéculos ito de que, send 2 jomalismo insepardvel das midis nas quis ele se deservalve, Se também com as mitologias da coruunieagdo—contraditérag, © confuses (NEVEU, 2006) — que se canfronta todo trabalho —tobre ojomalsmo. Algumasvezes tis mitologin clebram oa uma ingenuidade repetia, oantincio de revues da com "icaglo e do joralism diante da aparicdo de qualquer nov ‘iia. Outrasvezes, covidam a resumé uma essncia des pro. ‘blemas do jomalizmo, sobre os quai tudo jé teria sido cto 1um séeulo e melo, por Balzac, em Musdes perdicas ‘ts académios, como uma jentagio de deninla que todo pes: 16 sii juno ines eae Estelivro busca propor uma exploragio tio grande quanto pos sivel das prticas jornlisticas, essencialnierve spartir do caso tranots, Sproposital que se fale aqui de jomalismas no pha, ‘e que ostermos "ede" ou“interdependéncia" sear uilizaios paradar conta de uma cartografa social em que se articular ashierarquiss propria ao jornalisio es empresas de comu: nicapo, a8 rlagoes com as fontes, com os poderessocias © comos piblicos.B é6custa deinvestigagbes obre ahiste- 1a do jormalismo, da morfologia da profssto, dss rotines cot dianas do trabalho jomallstico, ue pode se tora possivel 2 sbordagem de questdestidas como as mas esenciisecbre = “poderes" da profisio, seu papel poltico, seu futuro. ‘Basa escolh implica outras e,primeiramente, a valoriae: lo detrabalhos sobre dimensto einagrtica. Compreender 0 ‘trabalho dos omalsta ¢, antes de tudo, velo cendo feito, den. ‘todas salas eras reunices de redagso, nas entrevitae, na caga as imagens, no jogo das negociagbese iformagbes de autor aries divalgadas na midi. A segunda escolha cansise em es- tar atento i variedades de préticasjornalisticas. Blas diferern profundarmente de uma mila para outa. Serd percebda tam Dbéma importdneis das referércias estrangelras,eepecialmente Ge lingua inglesa. Se una exeslente sociologia do jornalisme erigiu-sena Franca desde os anos 1980 iqueza de produce angléfona ¢ incomparsvel, tanto pelas contribuigtes tedricas ‘amo pela diversidade dos esturis de earnpo. Essa abertura aos trabalhos estrangeirs tem valor também porque & compars- (fo se toma visve, por seu poder de tomar endticas as pre Iss TF ticas que parecem evidentes por serem de nossa culture. Besa (perturace justifies também pea internacionalizago dos gr pos de prensa © pela globalizagto da inforeacéo, ‘Tres Bocas de dois cantulasestruturam esta exploragao, ‘Bla passa primetramente por uma genealogiadaprofisto e pela sstuagio no ano 2000, A andise se fia, em seguida, sobre 0s Jomalistas no trabalho, procurando decompor a rede das in terdependéncia cdidianas detendo-serno produto final de soa stividader um escrita (textos, palavras, imagens). Os dois it soe capituloe questonar, enfim, as questbesligsdas a0 "po er" dos jomaisas e as evolugSes da profissto, ‘ssi deers a profsi zaes ese ome agente: jorzalista que trata numa agncia de noticias ‘Angulo: maneira de aboar un assunto, de valorzar ume dl Terao especifin nel (2: enfta®o impacto ecloaco (wos problemas de controle dos navies apésonautéio de ‘um petrol) _Assesor(® de iprensa: expecta asslarido (ow consu- "ado) por wna empress ma edrnstrazo ou una eso tg prs pomover sus comrucagto com a nprensa. _Blog (ou weblog se, pessoal ou colette, cup comets as ‘Ga con tamantaecareza rato varivels— depoimen: ‘vena vem’ nformagdes “copia cols” fine comentdrice pesos (obra atualidade, os consunos ‘etualsde quem produr sia) ves sites depend to jomaliome, les uta a deesa ants entre“jon tatema” e provi on apresetaezo de informa (Mp / ‘evn thebog cab). i t I piv I 5b i al 18 scone Bauipe:ds-ve dos ormalistas que searparhan, como" vu eandidato ou um events. epeto:desento que antecpa conta (atureaetamanho os artigos © publisidades) da paginas dae etal a ‘ete do orl em preparapi Fonte orga de una infornagin institu ou pessoa que & ‘ing prs os jorralistas, -reslancen profisonl que colabora conn redasdodento de “una empress oma, sem vineulo enpvegateo,maeze- ‘munerado preo dab rane anda nero fcarateres ov dents Otero tabetn pode deta os colaboredores que tem uma pofisio principal (sei, professor universrc), ‘Faro: ivermagtocbtida com exchisvdade por um masta ou ‘una pbleagio Dar um ur"). Dire que ojalisa "eva tun furo” quando ndo obeém inna idormagso meneionad or um concrete Gavets artigo nio publeato, ou piarato coma reserva, em pee a oa ne iforagin qe ret a regtoe do imprevsto (Catdstofe), do aeanteeinento (grande éompetite exper. tea), de uta atuldade quence tarto por sb imediateno ‘uno pelo qu pte em ogo (capa de ens, debaeleg lato) Ver Softnews. ‘hope ténlca de media sudiénclaenatleisto. Otero sx ‘ere, por extenso, a importinala dada buses de aut. 6, counicodos). A oposiaadeslaa asia presen na ‘empresa de comunicagt de servis gue nso sia de redago (eennistacio pubbetéia, ergo jure, imprest.) pope Iie 18 tome pits aoa means apace oude errno mas cb apna tcp ar ex ‘tsps Suc te roma nea une eh Beandses eeennaineruo ral co Soxioecenat Tone para coor cosa pr de esas entertainment (entretenimento). Designs, princi Sahara tala ne nor come athe prpana cos steer cs, tos OE Binet sitns goer res smentatv Goran. oat cesta "rea ces aroma em go (eparage ies Ue Caespande oo gen depute Bn ela debout cop) trator alin eer der Togewcmutne en ao Napier coma hie nips cunedinca de penan queen te ‘bbe ps complement una ute Gof usm spond) ev an eal ou pag ic Sun ign oo era aera oe pices’ epics cea arate aun eer sans ose tra eee ‘esr oda ou ura era snus erent “comer, Deal paar ej ena ssn acer {leroy ens dar gras ani desi ‘tretaar eel or bso do pers sooner on aes ar ori rast ‘cpu dou Gee tna cece Sion cn acedon otros desengioch bag Case Peder inode eta eu orig canes eb tool, ur cree octets dewoeagat2 ph argu one ca, Quem Soden 28 sco Port selcio deans produides por un jn Serve le carte da vist protssina naligia de carein. = ‘Redatoval Gommalismo):deslgn un joan mais erat doar otratamento omatagso de textos alisioe, género tcitorialou comentiio de tuna inerarao que ele noc. letou, Corespande de forma impereita & nop ingles de processor. Barents, sts (ents), ‘Reprter eevsivo:jomlsia de eae imagens. Profsonat ‘ape produ artgrace ua reporagen rages, som, reiagio)e everhuent, dats neato eae fete ‘Sucuss numa cade eguperisou menos importants dejo ‘nalts encaregados de cobra tulad oc park una pales regional ‘Soft news: intormases no creamerterecrads Ge atu ‘dequente, Enquantoo hava tems porte oacrteveto, ‘sft ae basin em temas come prs, de ida, e008. sHoamudangs de camporamentoalongo ouméals pean, ‘nformagio de sersga ou eon, ‘abl: ormato compacta de jel 207 em) sido pean eens popular brdnica (Sun), Design, na Rain Unio = ‘prensa popular, por opis jae "de guide” de ‘wanes fommato (standard) Den ogee tema pejorative ‘ublodkago, que conota abuses do seasnconaio. Pau io ma op vr Ai, 1688 es jigens deumaprofssio ‘Nem sempre é fell, ou poste, acompanhar as medingbes pe Jasquaiso passa do joralsma se inscreve era nosso presente as essasinfuéneias so eres O estatutoatal do jomalts franegs vem de uma lei de 1935 cujos dispsitives podem ainda hoje explicra pequera quantidade de jornalistasranceses for rad numa das escolas de jrmalimo Mutas publicagbes im: porantes da imprensa dita e especlizada sio as herdeiras “is vevesilegtimas — dos jomnaisnascios no periodo entre as dune guerras munis. O prémlo Albert Londres, que recom ‘ata anaalmente um tabatho de reportage, ax referencia ‘ima grande figura do orralismo da Terceire Replica. ‘Bstudar a hstéria social do joralismo &,portanto, uma ‘necessidade, Seu rgcos so evidentes: oe umaregressio a Indinto, ue ra até La Gazette de Renaucot (1690) procarar os primérdioe do jonslismo, ode fundamento nana cronologia Aleaparigdes de titlos ede formulas editoriais; ode balango de sragene, Excelente trabalhas esto dispontves sobre essos ‘qustdes (BELLANORR al, 1975, CHARON, 1991) Aopibo mar 2 sense, tide aq consste antes em valorzar uma comparagio entre 0 Jomalismo francés ode lingua ingles aim de colocarem ev «éncia dois modelos opostos (CHazab, 1996) Um Segundo es- ‘larecimenta vid de urna breve incureo pale reflexiosocil6- ica sobre anocdo de profssio aplicada ao jornalisma ‘ofl ango-americena ‘Um nimero crescente de pesquisss sobre a historia da jomna lismo (So1tengow, 1978; CraLAsy, 1998) cancorda em lcalzar a Gri-Breianha e, mals anda, nos Bstadoe Unidos a origem das piticas jomalisticas que conatituem hoje anorma de refe- réncla dessa profisto, Cinco pontos certeis podem situar esse ‘oodeloangl-americano, “Fa fos fel O primelto marca a impoitancia da dimensto da coleta de Informagées (news-gathering), O jomalista americano se de- fin antes de qualquer coisa como um profssiona da buses Dornatii, As encaranteshersicas dessa figura so as do gra e repérter, do muctracker que desencava 0s escandals. A aparigto dos jomaisbaratos da Penny Press, sitmbolzada pelo langamento do'New York Sum em 1839, consagra esse jor liso orientado para a coletao fat, Os itasiselementares da rica joralistica — como as idas ¢vindos& delegecia, tris dias noticias poiciais, & preteitFa (onde aeontecem os easa- ‘mentos na Franga) em busea das ffocas sobre easamentoe & (inestew prise 21 dlvérclos — nasceram nos Estados Unidos. Essa oriental {definiu um modelo de profissionaismo. Serjornalista supe um relato de campo, a constitulgio de uma agenda de enderegns das nabiicades ligadas a tomar notas, a apurar a informacdo, ao dominio da stuarso na entrevista, Géneras orralisticos que parecem nj evidentes nasceram nos Estados Unidos dessa busce pela informacéo. O nascimerta da reportagern & gran- demente ligado & cobertura da Guerra da Secesslo, A entre vista também serd inventada nos anes 1860, © as polémicas suseitadas na Franga pel conduta inconveniente que consisie fem questionar um presidente dos Bstadoe Unidos ou umn papa (SoetpsoN, 1996) mosiram o quanto nao era PaEEica a acl oda inovapdo. Ascociando assim pric omalisticatarfas, ‘competéncias, uma esetitursiredutvel ade atividades preexts tents (eseritares, politicos), omodelo anglo-americana fez do Jomalismo uma ativdade pensivel como uma profissia & parte, abzindo a sis praticantes perspectivas de carers, Schudson (1976) observa esse proceso através da evoluggo de esteett os, Personagem usualmente carcaturada ob os tras dojor ralsta superficial de cidade pequena, negligente,alcoGlatra, potco cuto, ojoralista americano adquire a partir de 1850, uma respettabilidade que atesta a valoizapto do repdrter Accentelidade do factual est ligada 3 um segundo trap0 4o jomalismo ango-sando: a predominancia do discurso da o>- Jetividade, construfda em torno ce uma desejada reconstiuleso| os ftos, separanco informagio e comentério, Um cattan f= ado na redagéo do Chicago Tribune nos anos 1880 dia sin plesmence: “Quem? O qué? Como? Quando? Onde”. O redatar do Philadelphia Tribune snuncis que, se oul deve expres- saruma opnio, 6 le est hsblitade para tarefa (SoLoMoHe

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