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ECA
1. MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
1.1. Impossibilidade de privação da liberdade em caso da prática de ato
infracional equiparado ao art. 28 da LD – (Infos 772 e 742) – IMPORTANTE!!!
2. INTERNAÇÃO
2.1. Internação só é cabível nos casos do art. 122 do ECA – (Info 818)
4. AUDIÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
4.1. Realização de estudo técnico de que trata o art. 186 do ECA
5. CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA
5.1. Classificação indicativa e liberdade de expressão– (Info 837) –
IMPORTANTE!!!
Duplo dever: Repare que, de acordo com a redação do art. 254 do ECA, as
emissoras de rádio e TV possuíam dois deveres impostos por lei:
1) Avisar, antes de o programa começar, qual é a classificação etária do
espetáculo (aquele famoso aviso: "programa recomendado para todos os
públicos" ou "programa recomendado para maiores de 12 anos");
2) Somente transmitir os programas nos horários compatíveis com a sua
classificação etária. Ex: se o programa foi recomendado para maiores de 12
anos, ele não podia ser exibido antes das 20h.
ADI: Em 2001, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) ingressou com uma ADI
contra o art. 254 do ECA alegando que ele violou o art. 5º, IX (liberdade de
expressão), o art. 21, XVI e o art. 220, caput e parágrafos, da CF/88. Isso porque
o art. 254 do ECA extrapolou o que determina a Constituição Federal, já que
impôs que as emissoras de rádio e TV somente exibissem os programas em
determinados horários sob pena de serem punidas administrativamente.
O STF finalmente enfrentou o tema. O que foi decidido? A ADI foi julgada
procedente? SIM. O STF julgou a ADI procedente e decidiu que: É
inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado” contida no
art. 254 do ECA. STF. Plenário. ADI 2404/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 31/8/2016 (Info 837).
O que fez a Constituição Federal para compatibilizar esses dois valores? Ela
determinou, em seu art. 21, XVI e art. 220, § 3º, que fosse criado um sistema de
classificação indicativa dos espetáculos. Assim, os programas devem ser
classificados de acordo com faixas etárias e essa classificação deve ser
divulgada aos telespectadores a fim de que eles tenham as informações
necessárias para decidir se permitem ou não que as crianças e adolescentes
assistam tais programas. No entanto, em nenhum momento o texto
constitucional determinou que as empresas sejam obrigadas a veicular os
programas em determinados horários, sob pena de punição. O sistema de
classificação indicativa foi o ponto de equilíbrio tênue adotado pela
Constituição para compatibilizar os dois postulados, a fim de velar pela
integridade das crianças e dos adolescentes sem deixar de lado a preocupação
com a garantia da liberdade de expressão. A classificação dos produtos
audiovisuais busca esclarecer, informar, indicar aos pais a existência de
conteúdo inadequado para as crianças e os adolescentes. Essa classificação
desenvolvida pela União possibilita que os pais, calcados na autoridade do
poder familiar, decidam se a criança ou o adolescente pode ou não assistir a
determinada programação.