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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

ETE “Cel. Fernando Febeliano da Costa”

DESENHO

TÉCNICO - I
1o Ciclo de
Técnico Mecânica

Apostila baseada nas anotações de Professores


e do TC – 2000 Técnico – Distribuição gratuita aos Alunos

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

• Par de Esquadros
Materiais de Desenho
O par de esquadros é usado para traçar retas paralelas e
perpendiculares.
• Lapiseira:
São usados para desenhar e escrever. As lapiseiras mais Temos dois tipos de esquadros:
comuns para escrever são a 0,7mm e 0,5mm ♦ De 60 ;
o

♦ De 45 .
o
A grafite é classificada de acordo com o grau de dureza:

• Régua:
Usa-se a régua para executar traços retos e medir segmen-
tos de reta.

Escala utilizada na régua e o milímetro.

Como manusear a régua:

• Compasso
Usa-se o compasso para traçar circunferência e transportar
medidas.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Quando o formato do papel é maior que A4 é necessário


• O Papel fazer o dobramento para que o formato final seja A4.

O papel é um dos componentes básicos do material de


desenho. Ele tem formato básico, padronizado pela ABNT. Esse
formato é o A0 (A zero) do qual se derivam outros formatos

Formatos da série “A” (Unidade em mm)

Formato Dim ensão Margem Margem


Direita Esquerda

A0 841 x 1189 10 25
A1 594 x 841 10 25
A2 420 x 594 7 25
A3 297 x 420 7 25
A4 210 x 297 7 25

O formato A0 tem área de 1,0m2 e seus lados medem 841x1189mm

Do formato básico derivam os demais formatos.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Caligrafia Técnica
São caracteres usados para escrever em desenho. A
caligrafia deve ser legível e facilmente desenhável.

A caligrafia técnica normalizada são letras e algarismos


o
inclinados para a direita, formando um ângulo de 75 com a horizon-
tal, conforme a norma ABNT (Associação Brasileira de Norma Técni-
ca) NBR 8402.

Alfabeto Maiúsculo:

Alfabeto Minúsculo:

Algarismo:

Para Você Treinar:

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Para identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras:


Figuras geométricas elementares α (alfa), β (beta) e γ (gama), que você pode ver nos planos represen-
tados na figura acima.
O plano tem duas dimensões, normalmente chamadas comprimento e
Ø O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimen- largura. Se tomamos uma reta qualquer de um plano, dividimos o plano
são, isto é, não tem comprimento, nem largura, nem altura. em duas partes, chamadas semiplanos.
Posições da reta e do plano no espaço
No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de duas linhas.
Para identificá-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino,
como mostram os exemplos:

B
A

Ponto A Ponto B

Ø A linha tem uma única dimensão: o comprimento.


Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos
dispostos sucessivamente. O deslocamento de um ponto também
gera uma linha.
Figuras Planas
Para se ter a idéia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta Observe a representação de algumas figuras planas de grande inte-
é ilimitada, isto é, não tem início nem fim. As retas são identificadas resse para nosso estudo:
por letras minúsculas do alfabeto latino. Veja a representação da
uma reta r:

Semi-Reta
Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas
partes, chamadas semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto de
origem, mas não tem fim.

As figuras planas com três ou mais lados são cham adas polígonos.

Sólidos Geométricos
Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença
entre uma figura plana e um sólido geométrico.

Segmento de Reta
Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço
limitado de reta. A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos,
chamamos segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de
reta são chamados de extremidades. No exemplo a seguir temos o
segmento de reta, CD que é representado da seguinte maneira: .

Os sólidos geométricos têm três dimensões: comprimento, largura e


altura. Embora existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns,
Plano que apresentam determinadas propriedades, são estudados pela
Podemos ter uma idéia do que é o plano observando uma parede ou geometria.
o tampo de uma mesa.
Você pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de
retas dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o Principais Tipos de Sólidos
resultado do deslocamento de uma reta numa mesma direção. O plano
é ilimitado, isto é, não tem começo nem fim. Apesar disso, no desenho, Prismas
costuma-se representá-lo delimitado por linhas fechadas: O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode
imaginá-lo como um a pilha de polígonos iguais muito próximos uns
dos outros, como mostra a ilustração:

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Esfera

Pirâmides
A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Você
pode imaginá-la como um conjunto de polígonos semelhantes, Sólidos Geométricos Truncados
dispostos uns sobre os outros, que diminuem de tamanho indefini- Veja alguns exemplos de sólidos truncados, com seus respectivos
nomes:
damente. Outra maneira de imaginar a form ação de uma pirâmide
consiste em ligar todos os pontos de um polígono qualquer a um
ponto P do espaço.

É importante que você conheça também os elementos da pirâmide:

Sólidos Geométricos Vazados


Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um
furo quadrado, foi necessário extrair um prisma quadrangular do
O nom e da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na cilindro original.
figura acima, temos uma pirâmide quadrangular, pois sua base é
um quadrado.

Sólidos de revolução
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, po-
dem ser formados pela rotação de figuras planas em torno de um
eixo. Rotação significa ação de rodar, dar uma volta completa. A
figura plana que dá origem ao sólido de revolução chama-se figura
geradora. A linha que gira ao redor do eixo formando a superfície de
revolução é chamada linha geratriz.

Vejamos os principais sólidos de revolução:

Cilindro Comparando sólidos geométricos e objetos da área da Mecânica

Chaveta Plana Cunha Porca

Nos processos industriais o prisma retangular é o ponto de partida


para a obtenção de um grande número de objetos e peças.

Cone

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

A reta M é a mediatriz do segm ento de reta AB. Os segmentos de


reta AM e MB têm a mesma medida. O ponto M chama-se ponto
médio do segmento de reta AB.

q Bissetriz é uma semi-reta que tem origem no vértice de um


ângulo e divide o ângulo em duas partes iguais.

Exercício:
1-) Escreva o nom e dos sólidos geométricos em que pode ser de-
composto o manípulo abaixo.

A semi-reta r é uma bissetriz do ângulo A.

q Polígono é toda figura plana fechada. Os polígonos regulares


têm todos os lados iguais e todos os ângulos iguais. O polígono
regular é inscrito quando desenhado com os vértices numa cir-
cunferência.

Construção Geométrica
Para Aprender as construções geométricas, é necessário
estudar os conceitos de:
quadrado quadrado inscrito
• Retas Perpendiculares;
• Retas Paralelas;
• Mediatriz; q Linhas Tangentes são linhas que têm só um ponto em comum
• Bissetriz; e não se cruzam. O ponto comum às duas linhas é cham ado pon-
• Polígonos regulares; to de tangência.
• Linhas tangentes; Os centros das duas circunfer6encias e o ponto de tangência ficam
• Concordância; numa mesma reta.

q Duas retas são perpendiculares quando são concorrentes e


formam quatro ângulos retos.

q Duas retas são paralelas quando estão no mesmo plano e não


se cruzam.
O raio da circunferência e a reta são perpendiculares no ponto de
tangência.

q Mediatriz é uma reta perpendicular a um segmento da reta que


divide este segmento em duas partes iguais.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Concordância de duas linhas é a ligação dessas duas linhas com um


arco de circunferência. A circunferência utilizada para fazer a ligação Refaça o procedimento abaixo:
é tangente às duas linhas.
Concordância de duas retas paralelas

s
P
Concordância de duas retas concorrentes

Concordância de uma circunferência com uma reta 2. Perpendicular (ponto fora da reta)

– Dados a reta r e o ponto P,


P

Concordância de duas circunferências

Passo 1 - Determine os pontos A e B, com o compasso em uma


abertura qualquer e centro em P.

Passo 2 – Determine o ponto C, com o compasso em uma abertura


qualquer maior que a metade de AB e cento em A e B.
Passo 3 – Trace uma reta passando pelos pontos P e C. Essa reta é
a perpendicular.
Construções Geométricas Fundamentais

1. Perpendicular (ponto sobre a reta)

– Dados a reta s e o ponto P.

Passo 1: Determine os pontos A e B, com qualquer abertura do e


com centro P.
Refaça o procedimento abaixo:
Passo 2: Determine o ponto C, com o compasso em uma abertura
maior que AP e centro em A e B.
P
Passo 3: Trace uma reta passando pelos pontos P e C. Essa reta é
a perpendicular.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

3. Perpendicular na extremidade do segmento


Passo 4 – Marque o ponto E, com abertura do compasso BC e
centro em D.
Dado o segmento AB.
Passo 5 – Trace uma reta passando pelos pontos P e E.
Passo 1 - marque um ponto C, próximo à extremidade a ser traçada A reta que passa por P e E é paralela à reta r.
a perpendicular.

A B

Passo 2 – Determine o ponto D, com abertura do compasso AC e


centro em A e C.

Passo 3 – Trace um arco aposto ao ponto C, com abertura do com- Refaça para procedimento abaixo:
passo AC e centro em D.

Passo 4 - Trace uma reta passando pelos pontos C e D e obtenha o P


ponto E.

Passo 5 – A perpendicular é uma reta que passa pelos pontos A e E.

5. Paralela (distância dada)

Dadas a reta r e a distância d, d


Refaça o procedimento abaixo:
r

Passo 1 – Determine os pontos A e B sobre a reta r.

Passo 2 -Trace as perpendiculares t e s pelos pontos A e B.

Passo 3 – Marque a distância d nas perpendiculares t e s, com o


compasso em A e B, e obtenha assim os pontos C e D.

Passo 4 – Trace uma reta que passe pelos pontos C e D. Essa reta é
paralela à reta r na distância dada d.

A B

4. Paralela (ponto dado)

Dados a reta r e o ponto P.


P

Refaça conforme procedimento abaixo d

Passo 1- Marque na reta r o ponto A deslocado de P e trace uma


reta por P e A.

Passo 2 – Determine os pontos B e C, com uma abertura qualquer


de compasso e centro em A. r

Passo 3 – Determine o ponto D com a mesma abertura e centro em


P.
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6. Mediatriz

Dado o segmento de reta AB,

A B

Passo 1 – determine os pontos C e D, traçando arcos com o com-


passo em uma abertura maior que a metade do segmento AB e Refaça o procedimento abaixo;
centro em A e B.

Passo 2 – Trace uma perpendicular que passe pelos pontos C e D.


Essa perpendicular é a mediatriz. M é o ponto médio do segmento
AB.

8. Divisão do ângulo reto em três partes iguais

Dado o ângulo reto de vértice A .


Refaça para o procedimento abaixo;

Passo 1 – determine os pontos B e C, utilizando o compasso com


qualquer abertura e centro em A.

Passo 2 – Com a mesma abertura e centro em C e B, determine os


pontos D e E.

A B Passo 3 – Trace retas que passem por AD e AE. Essas retas dividem
o ângulo em três partes iguais.

7. Bissetriz

Dado o ângulo de vértice A,


Refaça para o procedimento abaixo:

Passo 1 – Determine os pontos B e C, utilizando o compasso com


abertura qualquer e centro em A.

Passo 2 – Determine o ponto D, utilizando o compasso para traçar


arcos de mesmo raio com centro em B e C. A

Passo 3 – Trace uma reta que passe pelos pontos A e D. Essa reta é
a bissetriz do ângulo dado.
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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

9. Triângulo Eqüilátero inscrito (Divisão da circunferência em Passo 1 – Determine os pontos C e D, traçando o diâmetro AB e sua
três partes iguais) mediatriz.

Dada a circunferência de centro O. Passo 2 – Ligando os pontos A, C, B e D por segmento de reta,


obtém-se o quadrado inscrito.

Passo 1 – Trace uma reta passando pelo centro, obtendo assim o


diâmetro AB.
Refaça para o procedimento abaixo:
Passo 2 – Determine os pontos C e D por meio de um arco, com
centro em A, passando pelo centro O.

Passo 3 – Ligue os pontos B,C e D, determinando o triângulo equilá-


tero inscrito na circunferência.

Refaça para o procedimento abaixo:

11. Pentágono Inscrito (Divisão da circunferência em cinco par-


tes iguais)

Dada a circunfer6encia de centro O:

10. Quadrado Inscrito (Divisão da circunferência em quatro Passo 1 – Ttrace o diâmetro AB e sua mediatriz, determinando os
partes iguais) pontos C e D; trace também a mediatriz de OB, determinando os
pontos E, F e G.
Dada a circunferência de centro O,
Passo 2 – Determine H com abertura do compasso GC e centro
em G. O segmento CH divide a circunferência em cinco partes iguais,
ou seja: CI, IJ, JL, LM e MC.

Passo 3 – Unindo os pontos que dividem a circunferência, obtém-se


o pentágono inscrito.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Refaça para o procedimento abaixo:

13. Triângulo Eqüilátero dado o lado

Dado o segmento AB, lado do triângulo,

A B

Passo 1 – Determine o ponto C, traçando arcos com abertura AB,


com centro em A e B.

Passo 2 – Ligando os pontos A, C e B com segmentos de reta, ob-


tém-se o triângulo equilátero.

12. Hexágono Inscrito (Divisão da circunferência em seis partes


iguais)

Dada a circunferência de centro O,

Refaça para o procedimento abaixo:

Passo 1 – Trace uma reta que passe pelo centro e obtenha os pontos
A e B.

Passo 2 – Trace os arcos com o compasso em A e B, passando pelo


centro O, e obtenha, no cruzamento com a circunferência, os pontos
C, D, E e F. Esses pontos dividem a circunferência em seis partes
iguais.

Passo 3 – Unindo os pontos que dividem a circunferência, obtém-se


o hexágono inscrito.

A B

Refaça para o procedimento abaixo:


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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

14. Quadrado dado o lado Observação: Este processo é válido também para determinar o
centro da circunferência.
Passo 1 – Dado o segmento AB, lado do quadrado, trace uma per-
pendicular na extremidade A. Refaça para o procedimento abaixo:

Passo 2 – Determine C na perpendicular com abertura AB e centro


em A. Determine o ponto D com a mesma abertura, por m eio de
arcos e centro em B e C.

Passo 3 – Unindo os pontos A, C, D, e B por segmentos de reta,


obtém-se o quadrado.

16. Concordância entre retas paralelas

Refaça para o procedimento abaixo: Dadas as retas r e s, paralelas, e o ponto A, contido em s,

A
Passo 1 – Trace uma perpendicular pelo ponto A, determinando o
ponto B.

Passo 2 – Trace a mediatriz do segmento AB, obtendo o ponto O.

Passo 3 – Trace o arco de concordância entre as duas retas com


abertura OA e centro em O. Os pontos de tangências são A e B.

B Refaça para o procedimento abaixo:


A

15. Determinar o centro do arco

Passo 1 – Dado o arco, marque sobre eles três pontos: A, B e C.

Passo 2 – Trace os segmentos AB e BC.

Passo 3 – Trace as mediatrizes dos segmentos AB e BC. O cruza-


mento das mediatrizes determina o ponto O, que é centro do arco.

17. Concordância entre retas concorrentes

Dado o ângulo formado pelas retas t e s e o raio do arco de con-


cord6ancia r,

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Passo 1 – Determine o ponto A, traçando paralelas às retas t e s.


Refaça para o procedimento abaixo:
Passo 2 – Determine os pontos de tangência B e C, traçando a partir
de A, linhas perpendiculares às retas t e s, respectivamente.
Trace o arco que concordará com as retas dadas.

19. Concordância entre circunferências


Observação: Este processo é válido para concordância entre retas
concorrentes que formam qualquer ângulo. Passo 1 – Dadas duas circunferências e o raio do arco de concor-
dância r, determine os pontos C e D, traçando semi-retas a partir de
Refaça para o procedimento abaixo: A e B. Em seguida, determine E e F, com abertura r e centro em C e
D, respectivamente.

Passo 2 – Determine o ponto G traçando os arcos: com abertura


AE e centro em A; e com abertura BF e centro em B.
Passo 3 – Determine os pontos de tangência H e I, ligando A com G
e B com G.

Passo 4 – Trace o arco de concordância entre suas circunferências


com centro em G e abertura r.

18. Concordância no ângulo reto

Passo 1 – Dadas as retas concorrentes t e s formando um ângulo de


90º e o raio do arco de concordância r, trace um arco determinando
os pontos B e C, com o compasso com abertura r e centro em A.
Refaça para o procedimento abaixo:
Passo 2 – Determine D com abertura r e centro em B e C.

Passo 3 – Trace a circunferência determinando a concordância com


as retas t e s, abertura r e centro em D.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

20. Concordância entre reta e circunferência

Passo 1 – Dados a reta s, a circunferência de centro A e o raio do


arco de concordância r, Determine B na circunferência, traçando uma
semi-reta a partir de A.

Passo 2 – Determine o ponto C com abertura do compasso r e centro


em B.Trace um arco com abertura AC e centro em A.

Passo 3 – Trace uma paralela à reta s na distância r, determinando o


ponto D. Ligue D com A, obtendo o ponto E.
Trace uma perpendicular à reta s partindo de D, determinando o
ponto F. E e F são os pontos de tangência.

Passo 4 – Trace o arco que fará a concordância com abertura r e


centro em D.

Refaça para o procedimento abaixo:

Exercícios:

Desenhe as peças apresentadas abaixo em vista única, aplicando as


construções geométricas conhecidas. Deixe as construções geo-
métricas.

Desenhar em folha de formato A4

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Desenho em Perspectiva Eixos isométricos


O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três
semi-retas que têm o mesmo ponto de origem e form am entre si três
Existem três tipos de perspectivas;
ângulos de 120°. Veja:

perspectiva perspectiva perspectiva isométrica


cônica cavaleira
Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isomé-
Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as tricos. Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico.
três formas de representação, você pode notar que a perspectiva Os eixos isométricos podem ser representados em posições varia-
isométrica é a que dá a idéia menos deformada do objeto. das, mas sempre formando, entre si, ângulos de 120°. Neste curso,
os eixos isométricos serão representados sempre na posição indica-
Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva da na figura anterior.
isométrica m antém as mesmas proporções do comprimento, da
largura e da altura do objeto representado. Além disso, o traçado da O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos
perspectiva isométrica é relativamente simples. Por essas razões, isométricos.
neste curso, você estudará esse tipo de perspectiva.
Linha isométrica
Algumas definições Agora você vai conhecer outro elemento muito importante para o traça-
do da perspectiva isométrica: as linhas isométricas.
Ângulos Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isomé-
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas de mesma trica. Observe a figura a seguir:
origem. A medida do ângulo é dada pela abertura entre seus lados.

Uma das formas para se medir o ângulo consiste em dividir a circun-


ferência em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corresponde As retas r, s, t e u são linhas isométricas:
a 1 grau (1º). • r e s são linhas isométricas porque são paralelas ao eixo y;
• t é isométrica porque é paralela ao eixo z;
• u é isométrica porque é paralela ao eixo x.

As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isomé-
tricas. A reta v, na figura abaixo, é um exemplo de linha não isomé-
trica.

A medida em graus é indicada pelo num eral seguido do símbolo de


grau. Exemplo: 45º (lê-se: quarenta e cinco graus).

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Traçando perspectiva Isométrica no Papel Reticulado 4ª fase - E, finalmente, você encontrará a face lateral do modelo.
Para aprender o traçado da perspectiva isométrica você vai partir de Para tanto, basta traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos
um sólido geométrico simples: o prisma retangular. No início do onde você indicou a largura e a altura.
aprendizado é interessante manter à mão um modelo real para anali-
sar e comparar com o resultado obtido no desenho.

Prisma retangular
dimensões básicas:
c= comprimento;
l= largura;
h= altura

5ª fase (conclusão) - Apague os excessos das linhas de construção,


isto é, das linhas e dos eixos isométricos que serviram de base para
O traçado da perspectiva será demonstrado em cinco fases apresen- a representação do modelo. Depois, é só reforçar os contornos da
tadas separadamente. figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica do prisma
retangular.
1ª fase - Trace levem ente, à mão livre, os eixos isométricos e indique
o comprimento, a largura e a altura sobre cada eixo, tomando como
base as medidas aproximadas do prisma representado na figura
anterior.

Repita as fases do traçado do prisma no reticulado abaixo

2ª fase - A partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a


altura, trace duas linhas isométricas que se cruzam. Assim ficará
determinada a face da frente do modelo.

Perspectivas Isométricas de Modelos Paralelos e Oblíquos


3ª fase - Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir Para o prisma com rebaixo indicado abaixo, acompanhe as cinco
dos pontos onde você marcou o comprimento e a largura. Assim fases de traçado.
ficará determinada a face superior do modelo.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Refaça o desenho Anterior no reticulado abaixo


a
1 fase - Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar utilizan-
do as medidas aproxim adas do comprimento, largura e altura do
prisma com rebaixo. Um lembrete: aproveite o reticulado da direita
para praticar.

a
2 fase - Na face da frente, marque o comprimento e a profundidade
do rebaixo e trace as linhas isométricas que o determinam.
Desenhe a perspectiva do desenho indicado abaixo:

a
3 fase - Trace as linhas isométricas que determinam a largura do
rebaixo. Note que a largura do rebaixo coincide com a largura do
modelo.

Perspectiva Isomérica de Elementos Oblíquos

a
4 fase - Complete o traçado do rebaixo.
Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são
paralelas aos eixos isométricos.

O modelo a seguir servirá de base para a demonstração do traçado.


O elemento oblíquo deste modelo chama-se chanfro.

a
5 fase (conclusão) - Finalmente, apague as linhas de construção e
reforce os cont ornos do modelo.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica
a
1 fase - Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar, utilizan- Refaça o desenho no reticulado abaixo:
do as medidas aproxim adas do comprimento, largura e altura do
prisma chanfrado.

a
2 fase - Marque as medidas do chanfro na face da frente e trace a
linha não isométrica que determina o elemento.
Desenhe a perspectiva do desenho indicado abaixo:

a
3 fase - Trace as linhas isométricas que determinam a largura do
chanfro.

a
4 fase - Complete o traçado do elemento.

a
5 fase - Agora é só apagar as linhas de construção e reforçar as
linhas de contorno do modelo.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Perspectiva Isométrica de Modelos com E- Refaça o desenho do círculo no reticulado abaixo:

lementos Diversos
Traçando a Perspectiva Isométrica do Circulo:
a
1 fase - Trace os eixos isométricos e o quadrado auxiliar.

Você deve seguir os mesmos procedimentos para traçar a perspecti-


va isométrica do círculo em outras posições, isto é, nas faces supe-
rior e lateral.
a
2 fase - Divida o quadrado auxiliar em quatro partes iguais.
Observe nas ilustrações a seguir que, para representar o círculo na
face superior, o quadrado auxiliar deve ser traçado entre os eixos x e
y. Já para representar o círculo na face lateral, o quadrado auxiliar
deve ser traçado entre o eixo x e z.

a
3 fase - Comece o traçado das linhas curvas, como mostra a ilustra-
ção.

Traçando a Perspectiva Isométrica do Cilindro

a
4 fase - Complete o traçado das linhas curvas. a
1 fase - Trace a perspectiva isométrica do prisma auxiliar.

a a
5 fase (conclusão) - Apague as linhas de construção e reforce o 2 fase - Trace as linhas que dividem os quadrados auxiliares das
contorno do círculo. bases em quatro partes iguais.

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

3ª fase - Trace a perspectiva isométrica do círculo nas bases superi- Observe a fases do desenho apresentado e desenhe no reticulado:
or e inferior do prisma.
a
1 Fase

a a
4ª fase - Ligue a perspectiva isométrica do círculo da base superior à 2 Fase 3 Fase
perspectiva isométrica do círculo da base inferior, como mostra o
desenho.

a a
4 Fase 5 Fase

5ª fase - Apague todas as linhas de construção e reforce o contorno


do cilindro. A parte invisível da aresta da base inferior deve ser re-
presentada com linha tracejada.

Refaça o desenho do cilindro no reticulado indicado abaixo:

Exercícios
Faça o desenho abaixo no reticulado:

Perspectiva isométrica de modelos com elementos circulares e


arredondados

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Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Ø Refaça os desenhos de perspectiva indicado anteriormente em


folha de Formato A4 (veremos formato de folha em cap. Posterior)
aumentando em duas vezes os valores das medidas.

Projeção Ortográfica de Figuras Planas


As formas de um objeto representado em perspectiva isométrica
apresentam certa deformação, isto é, não são mostradas em ver-
dadeira grandeza, apesar de conservarem as mesmas proporções
do comprimento, da largura e da altura do objeto.

Além disso, a representação em perspectiva isométrica nem sempre


mostra claramente os detalhes internos da peça.

Na indústria, em geral, o profissional que vai produzir uma peça não


recebe o desenho em perspectiva, mas sim sua representação em
projeção ortográfica.

A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente


objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir
suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira
grandeza.

Modelo, observador e plano de projeção


A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente
objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir
suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira
grandeza.

Modelo
É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer
objeto pode ser tomado como modelo: uma figura geométrica, um
sólido geométrico, uma peça de máquina ou mesmo um conjunto de
peças.

Observador
É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo.
Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador
deve analisá-lo cuidadosamente em várias posições.
As ilustrações a seguir mostram o observador vendo o modelo de
frente, de cima e de lado.

Vista de Cima Vista de Lado

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o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Em projeção ortográfica deve-se imaginar o observador localizado a Ao interpretar um desenho técnico procure identificar, de imediato,
uma distância infinita do modelo. Por essa razão, apenas a direção em que diedro ele está representado.
de onde o observador está vendo o modelo será indicada por uma
seta, como mostra a ilustração abaixo: O símbolo abaixo indica que o desenho técnico está representado no
o
1 diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha
de papel dos desenhos técnicos, dentro da legenda.

o
Quando o desenho técnico estiver representado no 3 diedro, você
verá este outro símbolo:

Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as


projeções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que
se cortam perpendicularmente.
Cuidado para não confundir os símbolos! Procure gravar bem, princi-
o
palmente o símbolo do 1 diedro, que é o que você usará com mais
freqüência.

Projeção Ortográfica de Sólidos Geométricos

No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do


plano vertical e do plano horizontal, utiliza-se um terceiro plano de
projeção: o plano lateral. Este plano é, ao mesmo tempo, perpendi-
cular ao plano vertical e ao plano horizontal.

Ø SPVS semiplano vertical superior


Ø SPVI semiplano vertical inferior
Ø SPHA semiplano horizontal anterior
Ø SPVP semiplano horizontal posterior

Diedros
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares
entre si. Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no
sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio.

o
Projeção ortográfica do prisma retangular no 1 diedro
Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três
planos de projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de
um sólido geométrico - o prisma retangular (modelo de plástico no 31) -
em cada um dos planos, separadamente.

Vista frontal
Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção verti-
O método de representação de objetos em dois semiplanos perpen- cal visto de frente por um observador, na direção indicada pela seta,
diculares entre si, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como mostra a figura seguinte.
como método mongeano. Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares:
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano duas são paralelas ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro
o
adotam a projeção ortográfica no 1 diedro. No Brasil, a ABNT reco- são perpendiculares ao plano de projeção (ADEH, BCFG, CDEF e
o
menda a representação no 1 diedro. ABGH).
Entretanto, alguns países, como por exem plo os Estados Unidos e o Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma,
o
Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3 diedro. obteremos a projeção ortográfica do prisma no plano vertical. Essa
Para simplificar o entendimento da projeção ortográfica passaremos projeção é um retângulo idêntico às faces paralelas ao plano de
o
a representar apenas o 1 diedro, o que é normalizado pela ABNT. projeção.
Chamaremos o semiplano vertical superior de plano vertical. O
semiplano horizontal anterior passará a ser chamado de plano hori-
zontal.

23
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical,


apenas a projeção ortográfica do prisma visto de frente.

Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua proje-


ção ortográfica resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e
BCFG, paralelas ao plano lateral.
A projeção ortográfica do prism a, visto de frente no plano vertical, dá
origem à vista ortográfica chamada vista frontal. Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfi-
ca do prism a visto de lado, isto é, a vista lateral esquerda.
Vista superior
A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para
isso necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio
da projeção do prisma em outros planos do 1º diedro.

Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de


cima por um observador na direção indicada pela seta, com o aparece
na próxima figura.

Você acabou de analisar os resultados das projeções de um mesmo


modelo em três planos de projeção. Ficou sabendo que cada proje-
ção recebe um nome diferente, conforme o plano em que aparece
representada:

• a projeção do m odelo no plano vertical dá origem à vista


frontal;
• a projeção do modelo no plano horizontal dá origem à vista
superior;
• a projeção do modelo no plano lateral dá origem à vista lateral
esquerda.
A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, é um retân-
gulo idêntico às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de Rebatimento dos planos de projeção
projeção horizontal. Agora, que você já sabe como se determ ina a projeção do prisma
retangular separadamente em cada plano, fica mais fácil entender
Rem ovendo o modelo, você verá no plano horizontal apenas a proje- as projeções do prism a em três planos simultaneamente, como
ção ortográfica do prisma, visto de cima. mostra a figura seguinte.

A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, determina a


vista ortográfica chamada vista superior.

Vista lateral
Para completar a idéia do m odelo, além das vistas frontal e superi-
or um a terceira vista é importante: a vista lateral esquerda.
Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado, na
direção indicada pela seta, como mostra a ilustração.

24
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do Muito bem! Agora, você tem os três planos de projeção: vertical,
modelo até os planos de projeção são as linhas projetantes. horizontal e lateral, representados num único plano, em perspectiva
As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três planos isométrica, como mostra a Figura d.
são chamadas linhas projetantes auxiliares. Estas linhas ajudam a
relacionar os elementos do modelo nas diferentes vistas. Observe agora como ficam os planos rebatidos vistos de frente.
Imagine que o m odelo tenha sido retirado e veja como ficam apenas
as suas projeções nos três planos:

Em desenho técnico, não se representam as linhas de interseção dos


planos. Apenas os contornos das projeções são mostrados. As linhas
projetantes auxiliares também são apagadas.

Finalmente, veja como fica a representação, em projeção ortográfica,


do prisma retangular que tomamos como modelo:
Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um
único plano. Para tanto, usamos um recurso que consiste no reba-
timento dos planos de projeção horizontal e lateral. Veja como isso
é feito no 1º diedro:

• plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deve ser imagi-


nado sempre numa posição fixa;

• para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma


rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o
plano vertical (Figura a e Figura b). O eixo de interseção é a aresta
comum aos dois semiplanos. • a projeção A, representada no plano vertical, chama-se proje-
ção vertical ou vista frontal;
• a projeção B, representada no plano horizontal, chama-se
projeção horizontal ou vista superior;
• a projeção C, que se encontra no plano lateral, chama-se
projeção lateral ou vista lateral esquerda.

As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista


frontal, que é a vista principal da peça, determina as posições das
demais vistas; a vista superior aparece sempre representada abai-
xo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre repre-
sentada à direita da vista frontal.

O rebatimento dos planos de projeção permitiu representar, com


precisão, um modelo de três dimensões (o prisma retangular) numa
superfície de duas dimensões (como esta folha de papel). Além
Figura a Figura b disso, o conjunto das vistas representa o m odelo em verdadeira
grandeza, possibilitando interpretar suas formas com exatidão.
• para rebater o plano de projeção lateral imaginamos que ele
sofre uma rotação de 90º, para a direita, em torno do eixo de interse-
ção com o plano vertical (Figura c e Figura d). Projeção Ortográfica de Modelos Com
Elementos Paralelos e Oblíquos
Você já sabe que peças da área da Mecânica têm formas e elemen-
tos variados. Algumas apresentam rebaixos, outras rasgos, chanfros
etc.

Para interpretar o desenho técnico de modelos como esses, você vai


precisar de outros conhecimentos, além dos princípios de projeção
ortográfica que já aprendeu nas aulas anteriores.
Todos os elementos que aparecem no desenho técnico - linhas,
símbolos, números e indicações escritas - são normalizados. É a
ABNT, por meio da norma NBR 8 403, que determina quais tipos de
Figura c Figura d linhas devem ser usadas em desenhos técnicos, definindo sua largu-
ra e demais características.

25
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Cada tipo de linha tem uma função e um significado. É o que você vai E, finalmente, observando o modelo de lado, você terá a vista lateral
aprender nesta aula. Além disso, você ficará sabendo como se faz a esquerda projetada no plano lateral.
projeção ortográfica de sólidos geométricos com elementos paralelos
e oblíquos.

Para ser bem-sucedido, você deverá acompanhar com interesse as


instruções, fazer todos os exercícios com atenção e reler o conteúdo
quantas vezes forem necessárias, até entender bem cada assunto.
Projeção ortográfica de modelos com elementos paralelos

A face B do prisma, que forma o rebaixo, é um retângulo perpendicu-


Estudando as projeções de diversos modelos, você aprenderá a lar ao plano lateral.
interpretar todos os tipos de linhas empregadas em desenho técnico. No desenho, a projeção da face B é representada por uma linha
contínua larga.

Linha contínua larga Veja agora a projeção do modelo nos três planos de projeção ao
A linha usada para representar arestas e contornos visíveis é a linha mesmo tempo.
contínua larga.
Agora, veja a aplicação da linha contínua larga na representação da
projeção ortográfica do prisma com rebaixo.

Linha contínua estreita


Imagine que o modelo tenha sido retirado. Observe suas vistas re-
Observando o modelo de frente, você terá um a vista frontal projetada presentadas nos planos de projeção.
no plano vertical.
Todos os pontos do modelo estão representados na vista frontal, As linhas contínuas estreitas, que aparecem no desenho ligando
mas apenas as arestas visíveis ao observador são desenhadas com as arestas das vistas, são chamadas de linhas projetantes auxilia-
a linha contínua larga. res.
Observando o modelo de cima você terá a vista superior projetada
no plano horizontal. Essas linhas são importantes para quem está iniciando o estudo da
projeção ortográfica, pois ajudam a relacionar os elementos do mo-
delo nas diferentes vistas. Elas são imaginárias, por isso não são
representadas no desenho técnico definitivo.

Todas as arestas visíveis ao observador são desenhadas na vista


superior.

A face do prism a, indicada pela letra A, é um retângulo perpendicu- Imagine o rebatimento dos planos de projeção, como mostram as
lar ao plano horizontal. Logo, a projeção da face A no plano horizon- ilustrações a seguir, e observe a disposição das vistas ortográficas:
tal reduz-se a um segmento de reta.
26
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

As faces que formam o rasgo central são retângulos perpendiculares


ao plano vertical.

Na vista frontal, esse rasgo aparece represent ado pela linha para
arestas e contornos visíveis.

Dica
Caso você não disponha do modelo de plástico no 32 poderá confec-
cionar um modelo semelhante a partir de um pedaço de sabão em
pedra ou qualquer outro material apropriado.

Veja agora a projeção do modelo no plano horizontal. As arestas do


rasgo, visíveis ao observador, são representadas na vista superior
pela linha larga contínua.

No desenho técnico identificamos cada vista pela posição que ela


ocupa no conjunto. Não há necessidade, portanto, de indicar por
escrito seus nom es. As linhas projetantes auxiliares também não são
representadas. Observe novam ente o m odelo e suas vistas ortográfi-
cas:

E, finalmente, observe o modelo de lado. As arestas x e y, que limi-


tam a face rebaixada do modelo, não são visíveis e portanto são
representadas pela linha tracejada estreita.
Linha tracejada estreita
Dependendo da posição que o elemento ocupa no modelo, é neces-
sário usar outro tipo de linha para representá-lo.
Quando o elemento não é visível ao observador, ele deve ser repre-
sentado pela linha para arestas e contornos não visíveis, simbolizada
por uma linha tracejada estreita.
Vamos ver a aplicação desse tipo de linha na projeção ortográfica do
modelo prismático com um rasgo central paralelo, representado a
o
seguir. Esta perspectiva corresponde ao modelo de plástico n 32:

Veja as três vistas projetadas, ao m esmo tempo, nos três planos de


projeção.
Analise a figura a seguir. Ela mostra a projeção do modelo visto de
frente no plano vertical.

27
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Agora, imagine que o modelo foi rem ovido e os planos de projeção


rebatidos.
o
Você terá, desta forma, as vistas ortográficas do modelo n 32.

Acompanhe, agora, a demonstração da projeção ortográfica de outro


modelo com elementos paralelos. As projeções das arestas que formam os rebaixos são coincidentes.
Essas arestas são representadas na vista lateral esquerda pela linha
para arestas e contornos visíveis.

As arestas que formam o rasgo central não são visíveis de lado, por
isso estão representadas pela linha tracejada estreita.

Analise as três vistas projetadas ao mesm o tempo nos três planos de


projeção, como mostra a figura a seguir.

Este modelo prismático tem dois rebaixos laterais localizados na


mesma altura e um rasgo central mais profundo.

Observe a projeção da vista frontal. O rasgo central e os rebaixos


estão representados pela linha para arestas e contornos visíveis:

Observe as vistas ortográficas do modelo após o rebatimento dos


planos de projeção. Você pode identificar, na figura ao lado, a linha
para arestas e contornos visíveis e a linha para arestas e contornos
não visíveis.

Veja, agora, a vista superior.

Projeção ortográfica de modelos com elementos paralelos e


oblíquos

Para entender a projeção ortográfica de modelos com elementos


paralelos e oblíquos, vamos utilizar o modelo representado a seguir.

Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis


de cima e estão representadas na vista superior pela linha para
arestas e contornos visíveis.

Por último, analise a projeção da vista lateral esquerda.

28
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Trata-se de um modelo prismático com um rebaixo paralelo e um O rebaixo e o chanfro estão localizados na mesma altura em relação
elemento oblíquo - o chanfro - que corresponde à face assinalada à base do modelo. A projeção da aresta do chanfro coincide com a
com a letra A no desenho anterior. projeção da aresta do rebaixo. Neste caso, em desenho técnico,
apenas a aresta visível é representada.
Observe a representação da vista frontal. Note que todas as arestas
visíveis são representadas em verdadeira grandeza na vista frontal: Observe novamente o modelo representado em perspectiva e suas
vistas ortográficas:

Verificando o entendimento
A face A do m odelo, isto é, a parte chanfrada, é formada por um
retângulo oblíquo ao plano horizontal. Por essa razão, a projeção de Analise a perspectiva do modelo abaixo. Trata-se de um modelo com
A na vista superior não aparece representada em verdadeira gran- dois elementos oblíquos indicados no desenho pelas letras A e B.
deza, como você pode observar nas figuras seguintes.
Complete, à mão livre, a vista superior e a vista lateral a partir da
vista frontal representada ao lado da perspectiva.

Projeção Ortográfica de Modelos de Elemen-


tos Diversos
A face A também ocupa uma posição oblíqua em relação ao plano
de projeção lateral. Assim sendo, a vista lateral também não repro- A execução de modelos que apresentam furos, rasgos, espigas,
duz A em verdadeira grandeza: canais, partes arredondadas etc., requer a determinação do centro
desses elementos.

Assim, a linha utilizada em desenho técnico para indicar o centro


desses elementos é cham ada de linha de centro, representada por
uma linha estreita de traço e ponto.

29
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Linha de centro Observe, a vista frontal do modelo.


Analise o desenho representado abaixo.
o
Esta perspectiva corresponde ao modelo de plástico n 15.

As projeções dos dois furos horizontais coincidem na vista frontal.


Esses furos têm a forma de círculos. Para determinar seu centro,
usamos duas linhas de centro que se cruzam.

Não enxergamos o furo vertical quando olhamos o modelo de frente.


Este modelo prismático tem dois rasgos paralelos, atravessados por Na vista frontal, esse furo é representado pela linha para arestas e
um furo passante. No desenho técnico deste modelo, é necessário contornos não visíveis (linha tracejada estreita). Uma única linha de
determinar o centro do furo. centro é suficiente para determinar o centro desse furo.

Agora analise a vista superior do modelo:

Observando o modelo de cima, o furo vertical é o único visível e seu


centro é indicado por duas linhas de centro que se cruzam. Os outros
Observe que a linha de centro aparece nas três vistas do desenho. dois furos são representados pela linha para arestas e contornos não
visíveis, e seus centros são indicados por uma linha de centro.
Dica
Quando o espaço é pequeno, pode-se representar a linha de centro Por último, analise a vista lateral esquerda.
por uma linha contínua estreita.

Na vista superior, onde o furo é representado por um círculo, o centro


do furo é determinado pelo cruzamento de duas linhas de centro.
Sempre que for necessário usar duas linhas de centro para determi-
nar o centro de um elemento, o cruzamento é representado por dois
traços.

Observando o modelo de lado constatamos que nenhum dos furos


fica visível, portanto todos são representados pela linha para arestas
e contornos não visíveis. As linhas de centro que aparecem no dese-
nho determinam os centros dos três furos.

Compare a representação do modelo em perspectiva com seu dese-


nho técnico:

Observe a aplicação da linha de centro em outro modelo com furos e


partes arredondadas. Acompanhe as explicações analisando o mo-
delo representado ao lado.
Este é um modelo prismático com partes arredondadas e três furos
redondos passantes.

Vamos definir as vistas do desenho técnico com base na posição em


que o modelo está representado na perspectiva isométrica. Neste
caso, dois furos estão na posição horizontal e um furo está na posi-
ção vertical. Atenção! Neste modelo, as linhas de centro determinam ao mesmo
tempo os centros dos furos e os centros das partes arredondadas.
Os contornos das partes arredondadas são representados, nas vistas
ortográficas, pela linha para arestas e contornos visíveis.

30
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

Veja a aplicação da linha de centro em um modelo com elemento


cilíndrico: Projeção ortográfica de modelos simétricos
Observe a figura ao lado. É um modelo prismático, com furo passan-
te retangular.
Agora, imagine que o modelo foi dividido ao meio horizontalmente.

Outro exemplo:

As duas partes em que ele ficou dividido são iguais. Dizemos que
este modelo é simétrico em relação a um eixo horizontal que passa
pelo centro da peça.
Imagine o mesmo modelo dividido ao meio verticalm ente.

Os centros de elementos paralelos e oblíquos também devem ser


indicados pela linha de centro, para possibilitar a correta execução do
modelo. Observe, nas ilustrações a seguir, a aplicação da linha de
centro em modelos com elementos paralelos e oblíquos.
As duas partes que resultam da divisão vertical também são iguais
entre si. Este modelo, portanto, é simétrico em relação a um eixo
vertical que passa pelo centro da peça.

Linha de simetria

Em desenho técnico, quando o modelo é simétrico também deve ser


indicado pela linha estreita traço e ponto, que você já conhece.
Neste caso, ela recebe o nome de linha de simetria.
A linha de simetria indica que são iguais as duas metades em que o
Note que o centro dos furos quadrados também é determinado pelo modelo fica dividido. Essa informação é muito importante para o
cruzamento de duas linhas de centro, na vista em que o furo é repre- profissional que vai executar o objeto representado no desenho
sentado de frente. técnico.

Veja a aplicação da linha de simetria no desenho técnico do prisma


com furo passante retangular.

31
o
Desenho Técnico 1 Ciclo de Mecânica

O prisma com furo passante retangular é simétrico em relação aos


dois eixos horizontal e vertical. Na vista frontal, as duas linhas de
simetria estão indicadas. Na vista superior, está representada a linha
de simetria vertical. Na vista lateral esquerda, está representada a
linha de simetria horizontal.

No exemplo anterior, a representação da linha de simetria coincide


com a representação da linha de centro, pois o centro do furo pas-
sante coincide com o centro do modelo.

Verificando o entendimento
Verifique se você entendeu, resolvendo o próximo exercício.
Analise a perspectiva do modelo simétrico a seguir. Trace as linhas
de simetria nas vistas do desenho. A linha de simetria é aplicada por toda a peça, enquanto a aplicação
da linha de centro se limita ao elemento considerado.

A fabricação de peças simétricas exige grande precisão na execu-


ção, o que as torna mais caras. Por isso, a linha de simetria só será
representada no desenho técnico quando essa simetria for uma
característica absolutam ente necessária.

Resolva os exercícios de projeção a seguir.

Anotações:
Os modelos também podem ser simétricos apenas em relação a um
eixo, como vemos na figura ao lado, que tem um furo não centrali-
zado.

Imagine esse mesmo modelo dividido ao meio horizontalmente e


depois, verticalmente.

Na figura da esquerda, o modelo ficou dividido em duas partes iguais.


Isso quer dizer que o modelo é simétrico em relação ao eixo horizon-
tal. Na figura da direita, o mesmo modelo foi dividido ao meio verti-
calmente. Você reparou que as duas partes não são iguais? Esse
modelo não é simétrico, portanto, em relação ao eixo vertical.

Veja como fica o desenho técnico desse modelo. A linha de simetria


horizontal aparece indicada apenas na vista frontal e na vista lateral
esquerda. O centro do furo quadrado é determinado pela linha de
centro. Na vista frontal e na vista lateral esquerda, a linha de centro e
a linha de simetria coincidem.

32
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Exercícios:

1-) Complete as projeções

33
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

2-) Complete a vista que falta nas projeções

34
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

3-) Complete as projeções a mão livre

35
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

4-) Complete as projeções, desenhando a lateral a mão livre.

36
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

5-) Complete as projeções, desenhando a mão livre a planta de cada peça

37
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Cotagem
Cotagem de Dimensões Básicas

A indicação de medidas no desenho técnico recebe o nome de cota-


gem. Ao indicar as medidas ou cotas, no desenho técnico, o desenhis-
ta segue determinadas normas técnicas. A cotagem é normalizada
pela norma ABNT/NBR 10126/1987.

As medidas indicadas no desenho técnico referem-se à grandeza real


que o objeto deve ter depois de produzido.

Veja como fica o desenho técnico mostrado anteriormente, agora com


as indicações completas de dimensionamento.

Linhas de cota

São linhas contínuas estreitas com setas ou traços oblíquos nas extre-
midades, como você vê a seguir.

Veja, no próximo desenho, a linha de cota representada dentro das


vistas frontal e lateral esquerda.

Neste exemplo, a linha de cota é limitada pelo próprio contorno do


Para executar uma peça, a partir de seu desenho técnico, é preciso desenho. Mas, existem casos em que a colocação da linha de cota
interpretar corretamente as medidas indicadas. Se a interpretação é dentro das vistas prejudica a interpretação do desenho técnico. Nesses
feita de maneira errada, a peça fica errada também. casos a linha de cota aparece fora das vistas, limitada por uma linha
chamada linha auxiliar.

Unidade de medida em desenho técnico


Linhas auxiliares
As peças, como todos os sólidos geométricos, têm três dimensões
básicas: comprimento, largura e altura. São linhas contínuas estreitas que limitam a linha de cota fora da vista
ortográfica.
Para indicar uma medida precisamos de uma unidade de medida,
como referência. A unidade de medida adotada no desenho técnico A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiram ente além da respectiva
mecânico é o milímetro. linha de cota. Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha
auxiliar e a linha de contorno do desenho.
Um milímetro corresponde à milésima parte do m etro. Isto quer dizer
que, dividindo o metro em 1000 partes iguais, cada uma das partes Observe, no próximo desenho, a indicação da linha auxiliar.
equivale a 1 (um) milímetro. O símbolo de milímetro é mm.

Existem vários instrumentos de medição. Um instrumento muito usado


em desenho técnico é a escala. A escala é uma régua graduada. A
escala usada em desenho técnico é graduada em milímetros.

Regras gerais de cotagem

Cotas Os elementos de cotagem aparecem dispostos no desenho técnico de


acordo com as características das peças. Como estas características
São os números que indicam as medidas da peça. Observe, no próxi- variam muito, não existem regras fixas de cotagem.
mo desenho, as medidas básicas de uma peça. Elas estão indicadas
pelas cotas: 50, 12 e 25. Mas, a pessoa que executa o desenho técnico deve se basear em
algumas regras gerais para dispor as cotas de tal forma que elas não
prejudiquem a clareza do desenho.

38
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

A seguir você vai conhecer algumas regras gerais de cotagem. Não se Observe o próximo desenho.
preocupe em memorizar estas regras. Você as aprenderá naturalmente
ao analisar os exemplos que serão estudados nesta aula e nas seguin-
tes. Mas, estude este assunto com bastante atenção, pois as regras
gerais facilitam a leitura e a interpretação de desenhos cotados.

Observe o desenho abaixo.

Na vista frontal, anterior, aparecem dois rebaixos iguais. Apenas um


dos rebaixos aparece cotado. Em desenho técnico, não se repetem
Quando a linha de cota está na posição horizontal, como neste caso, a cotas desnecessariamente.
cota deve ser indicada acima e paralelamente à sua linha de cota. Os
algarismos devem estar centralizados, a uma pequena distância da Analise o próximo desenho e veja mais algumas regras.
linha de cota.

Veja um outro caso.

Quando a linha de cota está na posição vertical, como nesta figura, a


cota pode aparecer do lado esquerdo e paralela à linha de cota. Outra
possibilidade é representar a cota interrompendo a linha de cota.
A vista que transmite a idéia mais clara da forma do rebaixo é a vista
frontal. Por isso a cotagem do rebaixo aparece na vista frontal.

As cotas devem ser sempre indicadas nas vistas onde os elementos


aparecem melhor representados.

Já o furo aparece representado por linhas tracejadas, na vista frontal.


Sempre que possível, deve-se evitar a cotagem de elementos repre-
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a sentados por linhas tracejadas. Por isso, a cotagem do furo aparece
inclinação para facilitar a leitura ou é representada na posição horizon- indicada na vista superior que é a vista onde a forma circular fica mais
tal, interrompendo a linha de cota. visível.

No desenho técnico, as cotas devem ser localizadas de tal m odo que


não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha.

Nos exemplos que você analisou até aqui, as cotas vinham represen-
tadas sobre as linhas de cota, ou interrompendo as linhas de cota.

Cuidados com a cotagem

Analise mais um exemplo.

Você deve ter observado que as linhas de cota estão em posições que
permitem a leitura das medidas sem que seja necessário mudar a
posição da folha de papel.
39
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Cotagem em peças Simétricas Cotagem em Diâmetros

Cotagem de Elementos Esféricos

ESF = esférico
φ = diâmetro
R = raio

Cotagem em Raios

Cotagem de Elementos Angulares

40
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Outro Exemplo:

Cotagem de Peças Cilíndricas

Cotagem em espaços Reduzidos

Cotagem em Face de Referência

41
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Cotagem simplificada

Cotagem por Coordenadas

Cotagem por Linhas Básicas

Cotagem em Arcos e Ângulos

Cotagem de Furos Espaçados Igualmente

Raio definido por outras Cotas

42
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Cotas fora de escala

Cota sublinhada esta fora de escala

Cotagem de uma área ou comprimento limitado de uma


superfície, para indicar uma situação especial

A área ou o comprimento e sua localização são indicados por meio de


linha traço e ponto larga, desenhada adjacente à face correspondente

Cotagem de peças Cônicas ou com Elementos Cônicos

Cotagem de Peças com faces ou elementos Inclinados

A relação de inclinação 1:10 indica que a cada 10 milímetros do com-


primento da peça, diminui-se um milímetro da altura.

Veja outros exemplos:

43
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Supressão de Vistas
φ
Indicativo de Diâmetro ( )

Peça em três vistas

Indicativo de Quadrado (q)

Peça em duas Vistas

Peça em vista Única

Exercícios:

1-) Distribuir cotas em projeção, observando perspectivas

Indicativos de Superfícies Planas

44
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Raios

3-) Analise a perspectiva e coloque as cotas na projeção

2-) Nas projeções apresentadas, faça a cotagem dos elementos


citados.

Diâmetros

45
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

4-) Na projeção apresentada, faça a cotagem do esférico. Chanfros

6-) Analise a perspectivas e coloque as cotas nas projeções.

5-) Faça a cotagem dos elementos abaixo:

Ângulos

46
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

7-) Desenhe em folha A4 as peças indicadas abaixo e faça a cotagem

47
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Escalas
É a relação entre as medidas da peca e do desenho.

A escala é necessária porque nem sempre os desenhos in-


dustriais são do mesmo tamanho das peças a serem produzidas.

Assim, quando se trata de uma peça muito grande, o dese-


nho é feito em tam anho menor com redução igual em todas as suas
medidas.

Quando se trata de uma peça muito pequena, o desenho é


feito em tamanho maior com ampliação igual em todas as suas medi-
das.

Escalas usuais:

Natural 1:1 (um por um)

Redução 1:2 – 1:5 – 1:10 – 1:20 etc.

Ampliação 2:1 – 5:1 – 10:1 – 20:1 etc.

Exemplo:

Observação: os ângulos das peças permanecem sempre com as


mesmas aberturas.

Exercícios

Desenhe as peças abaixo na escala 2:1

48
Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Exercícios de Recapitulação de Projeção Ortogonal

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Apostila de Desenho Técnico 1º Ciclo de Mecânica

Sumário Bibliografia:
Materiais de Desenho...........................................................1 q Apostilas SENAI Desenho Técnico;
q Lapiseira.......................................................................................1
q Régua...........................................................................................1 q Apostilas do Tele Curso 2000 Técnico;
q Par de Esquadros.........................................................................1
q Compasso.....................................................................................1
q Papel.............................................................................................2
q Livro de Desenho Técnico da Protec Editora Pro-
venza;
Caligrafia Técnica....................................................................3
Figuras Geométricas Elementares..............................4
q Figuras planas..............................................................................4
q Sólidos Geométricos....................................................................4
q Principais Tipos de Sólidos..........................................................4
q Sólidos de Revolução...................................................................5
q Sólidos Geométricos Vazados.....................................................5
Claudinei Bigaton

Construções Geométricas................................................6 q Engenheiro Mecânico, na E.E.P – Piracicaba.


q Construções Geométricas Fundamentais.....................................7 q Licenciado em Matemática na Faculdade Maria Ima-
culada – Mogi Guaçu.
Desenho em Perspectiva.................................................12 q Licenciado em Esquema I na FATEC – Americana.
q Algumas definições.....................................................................12 q Coordenador da ETE “Cel. Fernando F. Costa”
q Traçando Perspectiva Isométrica no Papel Reticulado...............16 q Lecionou no Senai na disciplina de Desenho Técni-
q Perspectiva Isométrica de Modelos em Modelo Diverso............19
co, na escola de Desenho MEGATEC nas disciplinas de
Projeções Ortográficas de Figuras Planas..........21 Desenho Técnico, Física e Projetos de Ferramentas, na
q Projeção Ortográfica de Sólidos.................................................22 Escola de Desenho PROTEC nas disciplinas de Projetos
q Projeção Ortográfica de Modelos Com Elementos Paralelos.....24 de Máquinas e Desenho Técnico, no Colégio Salesiano
q Projeção Ortográfica de Modelos de Elementos Diversos.........28 Dom Bosco Assunção na disciplina de Matemática.
Leciona Atualmente no Colégio Salesiano Dom Dosco
Cotagem.......................................................................................37 Cidade Alta nas disciplinas de Desenho Geométrica e
q Cotagem de Dimensões Básicas................................................37
q Unidade de Medida em Desenho Técnico..................................37
Física e na Escola Técnica Estadual Fernando Febeliano
q Regras Gerais de Cotagem........................................................37 da Costa nas disciplinas de Desenho Técnico, Resistên-
q Cuidados com a Cotagem...........................................................38 cia dos Materiais, Elementos de Máquinas e Mecânica
q Cotagem em peças Simétricas...................................................39 Técnica.
q Cotagem em Raios.....................................................................39
q Cotagem em Diâmetros...............................................................39
q Cotagem de Elementos Esféricos...............................................39
q Cotagem de Elementos Angulares..............................................39
q Cotagem de Peças Cilíndricas....................................................40
q Cotagem de Chanfros.................................................................40
q Cotagem em Espaços Reduzidos...............................................40
q Cotagem por Coordenadas.........................................................41
q Cotagem por Furos Espaçados Igualmente................................41
q Cotagem em Arcos e Ângulos.....................................................41
q Cotagem Fora de Escala.............................................................42
q Cotagem de Peças com Faces Inclinadas..................................42
q Cotagem de Peças Cônicas........................................................42

Supressão de Vistas.............................................................43
Escalas...........................................................................................47

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