Tema: A sociologia da Cultura; A cultura científica
Leitura: Isabelle Stengers. No tempo das catástrofes: Registir à
barbárie que se aproxima. (Capítulos de 1 a 7, p 07 a 71 ). Ver bibliografia.
Bruno Latour. Cogitamus : Seis cartas sobre as humanidades
científicas.(Capítulos a decidir).Ver bibliografia
Cogitamus, a obra mais atual de Bruno Latour. De uma forma
ousada o autor cria um cenário atraente para os leitores. Se propõe a escrever seis cartas para uma aluna imaginária Dorothea Heinz, provavelmente uma estudante alemã. A quem dedica o livro. As cartas tratam de diversos assuntos da vida e da academia. Especialmente a criação de um diário de bordo. Me perguntei se esse livro não seria o diário de bordo do Latour. Que forma original, escrever um diário por meio das cartas!
As cartas apresentam o cotidiano do autor na França que lança
luzes para a vida da estudante na Alemanha. Ele usa como um artifício de contexto as informações dispostas nos jornais, noticiários. Aproveita para problematizar o estado das ciências. Sua fragmentação e oposição interna entre literatos e matemáticos. O texto das não é um passo a passo mecânico, ou uma metodologia. É um método de pesquisa. Dar um sentido totalmente novo ao diário de bordo, problematizando a fratura das ciências da natureza e das ciências do homem. Isabelle Stengers, no tempo das Catástrofes, assume um posicionamento ético e político ante o capitalismo contemporâneo. Questiona o papel das ciências na explicação dos problemas. Critica a Monsanto e os transgênicos. Põe em destaque o pensamento de Karl Marx, como fundante para compreender o mundo. A autora escreve de forma ensaísta e isso possibilita uma proximidade maior com o público de leitores e críticos. Ousada, aposta numa ciência plural, capaz de dialogar com saberes diversos, não científicos.
Ambos os autores polemizam o modo de fazer pesquisa e