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ABSTRACT
The buried metallic structures are subject to soil corrosivity and it can result in premature
deterioration. In general, the soil corrosivity is evaluated by resistivity, corrosion potential, redox
potential, pH, etc. that supply just qualitative results. This paper refers to a study of the soil
corrosivity relative to LT Tucuruí - Vila do Conde, in Para State. The soil parameters that
influence the buried structure corrosion were determined. Besides, a new methodology to
evaluate the soil corrosivity was applied through a coupons installation in the representative
areas of LT. The main conclusions of this study were: a) the soil relative to LT Tucuruí - Vila do
Conde possesses high resistivity (low corrosivity). b) In these areas, the redox potential values
indicated absence of microbiologic corrosion, except in the Tower 674 that presented little
occurrence probability. c) The corrosion potential values (potential soil-structure) were in
accordance with natural potentials and they were nonoscillating. This indicates absence of
external sources in the eventual structure corrosion processes. d) The corrosion rates obtained in
the field tests varied between 0,014 mm/y and 0,044 mm/y and they presented a decreasing
tendency as it increases their depth. e) The corrosion rates obtained in the field were
systematically smaller than corrosion rates obtained by Stratful's diagram. f) Finally, the buried
coupons showed to be an important technique to quantify the real corrosion rates.
RESUMO
As estruturas metálicas enterradas estão sujeitas à ação corrosiva do solo que, dependendo da
intensidade, pode resultar em deterioração prematura. Em geral, a corrosividade de solos é
avaliada por meio da resistividade, do potencial de corrosão, do potencial redox, do pH, etc. que
fornecem resultados apenas qualitativos de desempenho. Este trabalho refere-se a um estudo da
corrosividade do solo que compreende a LT Tucuruí – Vila do Conde, no estado do Pará. Foram
determinadas as variáveis do solo que influenciam a corrosão de estruturas enterradas ao longo
da LT e aplicada uma nova metodologia para quantificar a corrosividade do solo, por meio de
1
Mestre – Pesquisador do Laboratório de Corrosão e Proteção - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
São Paulo.
2
Mestre – Pesquisador do Laboratório de Corrosão e Proteção - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
São Paulo.
3
Técnico em Metalurgia - Laboratório de Corrosão e Proteção - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
São Paulo.
4
Engenheiro Especialista – Empresa Paraense de Transmissão de Energia.
5
Doutor – Escola Politécnica - Universidade de São Paulo.
6
Engenheiro Especialista – Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo.
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INTRODUÇÃO
Estruturas metálicas enterradas estão sujeitas à ação corrosiva do solo que dependendo da
intensidade, poderá resultar em deterioração prematura da estrutura. A corrosão pelo solo é
influenciada por diversos fatores como a composição química do solo, o pH, o teor de umidade,
atividade microbiológica, contato elétrico entre metais dissimilares e presença de correntes
elétricas geradas por fontes externas. De uma maneira geral, a corrosividade de solos é avaliada
por meio da determinação da resistividade, do potencial de corrosão, do potencial redox, do pH,
etc. que, no entanto, fornecem resultados apenas qualitativos de desempenho.
METODOLOGIA
Os corpos-de-prova de aço USI SAC 300 foram pesados em balança analítica, suas áreas foram
determinadas e em seguida foram cravados em dez regiões ao longo da LT 500 kV Tucuruí –
Vila do Conde. Em cada região, foram colocadas duas hastes com três corpos-de-prova cada,
com profundidade variando de 1 m a 3 m.
Na época de instalação dos corpos-de-prova, foram coletadas amostras de solos das dez regiões
para realização de ensaios em laboratório. Foram determinadas a resistividade mínima e o pH, de
acordo com o seguinte procedimento:
- secagem em estufa da amostra de solo, até eliminar toda a umidade;
- a amostra de solo foi peneirada e colocada em um recipiente, sendo adicionados 10% (em
massa) de água deionizada. O pH e a resistividade do solo foram medidos com um pHmetro
portátil marca Digimed modelo DM-2 e um terrômetro marca Megabras, respectivamente;
- seguiram-se novas adições de água, medindo o pH e a resistividade até obter a resistividade
mínima.
Com base nos valores de resistividade mínima e do pH foram estimadas as taxas de corrosão
utilizando-se o diagrama de Stratful.
RESULTADOS
De acordo com os dados apresentados nas Tabelas 3 a 5, verifica-se que nos três períodos, a
resistividade das dez regiões estudadas era superior a 10 kΩ.cm, valores estes característicos de
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solos muito pouco corrosivos. Os valores dos potenciais de corrosão são típicos de potenciais
naturais e os valores do potencial redox, em apenas uma região, foram sistematicamente
inferiores a 400 mV. Nas demais, os valores indicaram que não há possibilidade de ocorrência de
corrosão microbiológica.
Analisando-se a Tabela 6, nota-se que as taxas de corrosão são relativamente baixas, variando de
0,014 mm/ano a 0,044 mm/ano. Com base nos valores apresentados nas Tabelas 3 a 6, foram
construídos gráficos para verificar como varia a taxa de corrosão com a profundidade dos
corpos-de-prova e também com a resistividade dos solos. Os resultados obtidos estão mostrados
nas Figuras 3 e 4. Observa-se que as taxas de corrosão apresentam tendência decrescente tanto
com o aumento da profundidade dos corpos-de-prova, como com o aumento da resistividade.
Os valores das taxas de corrosão obtidos com os corpos-de-prova enterrados foram comparados
com os valores estimados com base no diagrama de Stratful. Em todos os casos, os valores das
taxas de corrosão obtidas em campo foram inferiores às estimadas pelo diagrama de Stratful. Os
gráficos mostrados nas Figuras 5 e 6 ilustram alguns destes casos.
Ensaios em Laboratório
A partir dos valores de resistividade mínima e de pH, foram calculadas as taxas de corrosão em
laboratório e comparadas com as taxas de corrosão obtidas em campo para as resistividades
mínimas, utilizando o diagrama de Stratful. Os valores obtidos estão mostrados na Tabela 7.
Analisando-se esta Tabela, observa-se uma boa correlação entre os resultados de laboratório e os
resultados de campo, exceto para o solo da Torre 674.
Aspectos importantes foram comprovados neste estudo: os valores dos potenciais de corrosão
(potencial estrutura-solo) estavam dentro da faixa de potencial natural e eram constantes; isto
significa dizer que não há influência de correntes externas na estrutura. Nos solos estudados, em
apenas uma região, os valores dos potenciais redox foram sistematicamente inferiores a 400 mV.
Este potencial está relacionado com o grau de aeração do solo. Existem determinados
microorganismos, como as bactérias redutoras de sulfatos, que se desenvolvem em condições
anaeróbicas e o metabolismo destas bactérias envolve ataque aos metais. Nas condições do
estudo, apenas na região da Torre 674 (potencial redox entre 200 mV e 400 mV) há alguma
probabilidade de ocorrência de corrosão microbiológica.
presente estudo fosse feita com base nos valores de resistividade (PANOSSIAN, 1992), os solos
seriam considerados pouco corrosivos. Se, no entanto, esta classificação fosse feita com base na
relação sugerida por Rosenqvist (1961), os solos seriam do tipo capazes de danificar estruturas.
Se ao invés destes critérios fosse adotado o diagrama de Stratful, que é baseado na resistividade
mínima e no pH, as taxas de corrosão seriam superestimadas já que estas, nas dez regiões
estudadas, foram superiores às taxas obtidas em campo. Em outra análise, comparando-se as
taxas de corrosão obtidas por Stratful, em laboratório e em campo, nota-se uma boa correlação
entre elas, exceto para a região correspondente à Torre 674. Porém, em ambos os casos, as taxas
de corrosão foram superiores às de campo.
Pelo exposto, parece evidente que sempre que for possível, deve-se dar preferência aos ensaios
de campo para avaliar desempenho de materiais, porque estes apresentam resultados mais
confiáveis. Quanto mais próximas das condições reais de trabalhos forem as condições do
ensaio, mais representativos serão os resultados. Assim, a utilização de corpos-de-prova
enterrados nas regiões nas quais as torres estão instaladas mostrou-se ser uma técnica eficaz para
avaliar o desempenho de materiais. Cabe ressaltar ainda que este estudo comprovou que as taxas
de corrosão diminuem com a profundidade, fato que não foi previsto por nenhuma das outras
alternativas discutidas.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTM G1:2003 “Standard Practice for Preparing, Cleaning, and Evaluating Corrosion Test
Specimens”
DUTRA, A.C.; NUNES, L.P. 1987. Proteção catódica – técnica de combate à corrosão. Rio de
Janeiro: Editora Técnica. p.71.
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corpos-de-prova
isolamento
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Tabela 2 – Locais de instalação das hastes com os corpos-de-prova, no trecho da linha LT 500 kV Tucuruí – Vila do
Conde
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Tabela 3 - Valores da resistividade dos solos, dos potenciais de corrosão, dos potenciais redox e do pH, obtidos em
agosto de 2004.
Tabela 4 - Valores da resistividade dos solos, dos potenciais de corrosão, dos potenciais redox e do pH, obtidos em
fevereiro de 2005.
Tabela 5 - Valores da resistividade dos solos, dos potenciais de corrosão, dos potenciais redox e do pH, obtidos em
outubro de 2005.
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Taxa de corrosão (microns/ano)
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Profundidade (m)
Figura 3 – Relação entre a taxa de corrosão e a profundidade dos corpos-de-prova de aço USI SAC 300, nas dez
regiões estudadas.
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Taxa de corrosão (microns/ano)
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30
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0 100 200 300 400
Resistividade (ohm.cm) x 1000
Figura 4 – Relação entre a taxa de corrosão do aço USI SAC 300 e a resistividade dos solos, nas dez regiões
estudadas.
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Taxa de corrosão (microns/ano)
TC campo
Stratful
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0 1 2 3 4
Profundidade (m)
Figura 5 – Relação entre a taxa de corrosão real e a taxa estimada pelo diagrama de
Stratful, para a Torre 558. TC – Taxa de Corrosão.
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40
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0 1 2 3 4
Profundidade (m)
Figura 6 – Relação entre a taxa de corrosão real e a taxa estimada pelo diagrama de
Stratful, para a Torre 594. TC – Taxa de Corrosão.
Tabela 7 – Taxas de corrosão obtidas em campo e em laboratório a partir da resistividade mínima e do pH,
utilizando o diagrama de Stratful.
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