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PÓS-GRADUÇÃO EM PRODUÇÃO CULTURAL

Legislação de Incentivo à Cultura

Profª Ms Sandra Helena Pedroso


junho/2013
Résumé
Mestre em Sistema de Gestão de Projetos com foco em Responsabilidade
Social pela UFF e bacharel em Ciências Contábeis. Diretora do Ateliê de
Cultura, do Instituto Pro3 e da ABCR. Atualmente atua como professora de
Gestão Financeira na pós-graduação e no MBA de Produção Cultural da
UCAM e na graduação do curso de produção cultural no IUPERJ/UCAM.
Atuou nos últimos anos como Coordenadora de Certificação da Lei de
Incentivo à Cultura do Estado e Coordenadora Técnica da ANCINE. Exerceu
diversas funções na área cultural e cinematográfica, foi professora de
produção na Faculdade de Cinema da Universidade Estácio de Sá.
Atuando como consultora de Gestão de Projetos em diversos
empreendimentos culturais.
3

• Histórico dos financiamentos • FNC


• Lei Sarney • FICART
• Constituição Federal • SALIC
• Ministério da Cultura • Projeto
• LRF • Enquadramento
• Leis de incentivo à cultura • Execução
• Lei Rouanet • Referência
Histórico dos financiamentos
culturais
José Freitas Valle funda a Pinacoteca do Estado de São Paulo
em 1906 e em 1912 tornou-se sócio-fundador da Sociedade de
Cultura Artística, em São Paulo; em 1913, patrocinou a
primeira exposição do pintor Lasar Segall no Brasil. De 1914
a 1924 promoveu o primeiro dos cinco ciclos de conferências
de Villa Kyrial. Eleito para a Academia Paulista de Letras em
1948.

Nos EUA a política de incentivos iniciou em 1917, vigorou


por 70 anos. Surgiram grandes fundações como a Ford,
Rockfeller, o Carnegie, entre outras.

1930 Assis Chateaubriand inicia as comunicações no


Brasil, co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de
São Paulo e em 1950 inicia a 1ª emissora de televisão a TV
Tupi.

Exemplos
Exemplos
Entre os anos 40 e 50, os empresários Franco
Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho criaram:
o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Teatro
Brasileiro de Comédia, a Cinemateca Brasileira e
Cia. Cinematográfica Vera Cruz.

Nos anos 60 existia a Embrafilme para o setor do


audiovisual que fomentava o cinema: antecipação
da receita de bilheteria e aquisição de participação
nas receitas do filme.

Nas artes cênicas através de apoios direto:


FUNARTE e INACEN.
Surgimento
1966 – INC – Instituto Nacional de Cinema;
1969 – EMBRAFILME;
1975 – Extingue INC amplia EMBRAFILME;
1987 – Criação do Fundo do Cinema Brasileiro
(FCB), extinto em 1990.
Leis de Incentivo - trajetória
1986 – Lei Sarney
1990 – Lei Mendonça na Cidade de São Paulo.
1991 – Lei Rouanet.
1992 – Lei do ICMS no Estado do Rio de Janeiro.
1992 – Lei do ISS na cidade do Rio de Janeiro.
1993 – Lei do Audiovisual.
1997 – Lei Rouanet redefine teto de 5% do IR para
4%.
1999 – MP do 100% ganha força de Lei.
2000 – Criação da ANCINE.
Lei Sarney – 7.505/1986
Inflação elevada;
Iminente recessão;
Arrocho salarial;
Sindicatos fortalecidos;
Greves de trabalhadores;
Pacotes econômicos;
1985 – Plano cruzado I (20% de inflação reajustava o
salário);
1986 – Plano cruzado II (liberou os preços e os reajustes
contratuais, aumentou os impostos e alterou os cálculos da
inflação);
1987 – Plano Bresser (congelamento de preços, salários e
contratos e estabelecia medidas para conter o déficit
público);
Incitar a sociedade a assumir a iniciativa no plano da
cultura.

Contexto histórico
Em 1986, é promulgada a Lei nº 7.505 (Lei Sarney) que tem
a intenção de disponibilizar mais verbas para o custeio das
produções culturais, por meio da concessão de benefícios
fiscais federais para empresas que investissem em cultura,
numa modalidade que marca o início da estratégia “mecenato
cultural” em termos contemporâneos no país (é a Lei embrião
para o modelo de Incentivo que opera atualmente). O
procedimento para o uso desse benefício dava-se pelo
cadastramento de produtores culturais e da dedução de 70%
do valor investido pela empresa no Imposto de Renda.
Porém, a falta de controles claros para a prestações de contas
causavam controvérsias e acusações de desvios de verbas,
beneficiamento, etc. É também desse período as criticas (que
até hoje vigoram) em relação a essa modalidade de incentivo
fiscal, no qual o poder de decisão do Estado é deslocado para
a iniciativa privada

Lei Sarney
Constituição Federal de
1988
Constituição Federal

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à
ciência;
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico
e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;

Art. 30. Compete aos Municípios:


IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Constituição Federal
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais.
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e
afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório
nacional.
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação
para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual,
visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder
público que conduzem à: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 48, de 2005)
II produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 48, de 2005)
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas
dimensões; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
IV democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 48, de 2005)
V valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 48, de 2005)

Constituição Federal
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores
da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados
às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros,
vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de
acautelamento e preservação.
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a
quantos dela necessitem.

Constituição Federal
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens
e valores culturais.
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da
lei.
§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de
reminiscências históricas dos antigos quilombos.
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de
fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida,
para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação
desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos
investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003)

Constituição Federal
Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura,
organizado em regime de colaboração, de forma
descentralizada e participativa, institui um
processo de gestão e promoção conjunta de
políticas públicas de cultura, democráticas e
permanentes, pactuadas entre os entes da
Federação e a sociedade, tendo por objetivo
promover o desenvolvimento humano, social e
econômico com pleno exercício dos direitos
culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
71, de 2012)

Missão Constitucional
§ 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas
suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes
princípios: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

I - diversidade das expressões culturais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de


2012)

II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 71, de 2012)

III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais; (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na


área cultural; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações


desenvolvidas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

Art. 216-A da CF/1988


VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012)

VII - transversalidade das políticas culturais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71,
de 2012)

VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

IX - transparência e compartilhamento das informações; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 71, de 2012)

X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social; (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações; (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

Art. 216-A da CF/1988


§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da
Federação: Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
I - órgãos gestores da cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
II - conselhos de política cultural; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
IV - comissões intergestores; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
V - planos de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
VI - sistemas de financiamento à cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71,
de 2012
VII - sistemas de informações e indicadores culturais; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012
VIII - programas de formação na área da cultura; e Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012
IX - sistemas setoriais de cultura. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, bem
como de sua articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de
governo. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos
sistemas de cultura em leis próprias. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
2012

Art. 216-A da CF/1988


Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e
será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento
cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a
autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de


rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais
e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à
produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e
jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;

Constituição Federal - 1988


Ministério da Cultura
O Ministério da Cultura foi criado pelo Decreto 91.144 de 15 de
março de 1985. Reconhecia-se, assim, a autonomia e a importância
desta área fundamental, até então tratada em conjunto com a
educação.

Em 1990, por meio da Lei 8.028 de 12 de abril daquele ano, o


Ministério da Cultura foi transformado em Secretaria da Cultura,
diretamente vinculada à Presidência da República, situação que foi
revertida pouco mais de dois anos depois, pela Lei 8.490, de 19 de
novembro de 1992.

Em 1999, ocorreram transformações no Ministério da Cultura, com


ampliação de seus recursos e reorganização de sua estrutura,
promovida pela Medida Provisória 813, de 1º de janeiro de 1995,
transformada na Lei 9.649, de 27 de maio de 1998.

Em 2003, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,


aprovou a reestruturação do Ministério da Cultura, por meio do
Decreto 4.805, de 12 de agosto.

Ministério da Cultura - Histórico


Lei Federal de Incentivo à Cultura
LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal
• Lei nº 101/2000;
• Estabelece controles orçamentários;
• Repartição de rendas entre os entes federativos;
• Renúncia fiscal instituída tomando por base a
arrecadação;
• Renúncia não pode afetar as metas de resultado
fiscais;
• Estar previsto na LDO – Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Lei nº 8.313/1991

Lei Rouanet

Pronac – Programa Nacional de Apoio à Cultura


Legislação
 Constituição Federal – Art. 215
 Lei nº 8.313/1991
 Decreto nº 1.494/1995;
 Decreto nº 5.761/2006;
 Decreto nº 6.170/2007;
 Portaria Interministerial nº 127/2008;
 Portaria 05/2012;
Legislação
 Portaria nº 219/1997;
 Portaria nº 34/2011;
 Portaria nº 27/2010;
 Portaria nº 97/2010;
 Portaria nº 20/2011;
 Portaria nº 116/2011;
 Instrução Normativa nº 1/2012.
Mecenato
- Proteção aos artistas e as artes;

- Incentivo de natureza fiscal;

- Forma de associação entre o capital e a cultura.


Mecenato Cultural

Pode se definir através do conceito clássico de


proteção aos artistas e às artes, a título
meramente filantrópico, as sociedades
modernas acrescentaram um conjunto de
incentivos de natureza fiscal, que se traduzem
na redução de impostos a quem contribua para
o desenvolvimento cultural do país.
Finalidade

Incentivar a produção cultural em todo o país,


destinando recursos público para a realização de
projetos culturais.
Formas de utilização

PRONAC

FICART

FNC
Formas de utilização

• Incentivo à Projetos Culturais - PRONAC;


• FNC - Fundo Nacional de Cultura;
• FICART – Fundos de Investimento Cultural e Artístico
Áreas Abrangidas

♪ Artes Cênicas
♪ Audiovisual
♪ Música
♪ Artes visuais, artes digitais e eletrônicas
♪ Patrimônio Cultural
♪ Humanidades
Artes cênicas
 circo;
 dança;
 mímica;
 ópera;
 teatro;
 ações de capacitação e treinamento de
pessoal.
Audiovisual
• produção cinematográfica ou videofonográfica de curta e média metragem;
• construção e manutenção de salas de cinema ou centros comunitários
congêneres em municípios com menos de cem mil habitantes;
• difusão de acervo audiovisual, incluindo distribuição, promoção e exibição
cinematográfica;
• doações de acervos audiovisuais ou treinamento de pessoal e aquisição
de equipamentos para manutenção de acervos audiovisuais de
cinematecas;
• projetos audiovisuais transmidiáticos, exceto os de produção e de difusão;
• produção radiofônica;
• produção de obras seriadas;
• formação e pesquisa audiovisual em geral;
• infraestrutura técnica audiovisual;
• preservação ou restauração de acervo audiovisual;
• rádios e TVs educativas não comerciais;
• jogos eletrônicos.
Música

♫ música erudita;
♫ música popular;
♫ música instrumental;
♫ doações de acervos musicais a museus,
arquivos públicos e instituições
congêneres.
Artes visuais, eletrônica e digital

 Fotografia;
 artes plásticas, incluindo artes gráficas, gravura, cartazes e filatelia;
 exposições de artes;
 Design e moda;
 doações de acervos de artes visuais a museus, arquivos públicos e
instituições congêneres;
 formação técnica e artística de profissionais;
 projetos educativos orientados à fruição e produção de artes visuais;
 projetos de fomento à cadeia produtiva das artes visuais.
Patrimônio cultural
• preservação de patrimônio imaterial;
• doações de acervos em geral a museus, arquivos públicos e
instituições congêneres;
• preservação ou restauração de patrimônio material em geral;
• preservação ou restauração de patrimônio museológico;
• preservação ou restauração de acervos em geral;
• preservação ou restauração de acervos museológicos;
• manutenção de salas de teatro ou centros comunitários
congêneres em municípios com menos de cem mil habitantes;
• manutenção de equipamentos culturais em geral;
• treinamento de pessoal ou aquisição de equipamentos para
manutenção de acervos de museus, arquivos públicos e
instituições congêneres.
Humanidades
acervos bibliográficos;
evento literário;
periódicos e outras publicações;
eventos e ações de incentivo à leitura;
livros de valor artístico, literário ou humanístico,
incluindo obras de referência;
treinamento de pessoal ou aquisição de
equipamentos para manutenção de acervos
bibliográficos;
ações de formação e capacitação em geral.
Mecanismo

Pessoa jurídica * – 4% do IR devido

Pessoa física – 6% do IR devido

* Empresas optantes pelo lucro real


Artigo 18 da Lei 8.313/91
 Artes cênicas;
 Música erudita ou instrumental;
 Exposições de artes visuais;
 Doações de acervos para: bibliotecas públicas, museus,
arquivos, etc;
 Curta e média metragem, difusão e preservação;
 Construção e manutenção de salas de cinema e teatro =
centros culturais.
 difusão de acervo audiovisual, incluindo distribuição,
promoção e exibição cinematográfica;
 Preservação ou restauração de acervo audiovisual;
Artigo 18 da Lei 8.313/91
 doações de acervos em geral a museus, arquivos públicos e instituições
congêneres;

 manutenção de salas de teatro ou centros comunitários congêneres em


municípios com menos de cem mil habitantes;

 preservação ou restauração de patrimônio material em geral;

 preservação ou restauração de patrimônio museológico;

 preservação ou restauração de acervos em geral;

 preservação ou restauração de acervos museológicos;

 preservação de patrimônio imaterial.


Artigo 18 da Lei 8.313/91

 livros de valor artístico, literário ou humanístico,


incluindo obras de referência;
 treinamento de pessoal ou aquisição de equipamentos
para manutenção de acervos de museus, arquivos
públicos e instituições congêneres.
 treinamento de pessoal ou aquisição de equipamentos
para manutenção de acervos bibliográficos;
 construção de salas de teatro ou centros comunitários
congêneres em municípios com menos de cem mil
habitantes;
 acervos bibliográficos;
 evento literário.
LEI Nº 8.313/91

Artigo 18 - Contabiliza

• Como investimento;
• Mantém a base de cálculo do lucro devido;
• Diminui o imposto a pagar.
ITEM DESCRIÇÃO FÓRMULA % SEM COM
A Lucro do Exercício 10.000.000 10.000.000
B Patrocínio IR Devido x 4% 4 50.000
C Lucro após o Investimento A-B 10.000.000 10.000.000
D Contribuição Social (CSLL) (C x Perc)/(1+Perc) 9 900.000 900.000
E Lucro após CSLL C-D 9.100.000 9.100.000
F I. R. - Alíquota Básica E x Perc 15 1.500.000 1.500.000
(E - R$ 240.000,00)x
G I. R. - Alíquota Adicional 10 976.000 976.000
Perc
H I. R. Devido - Básico + Adicional 2.476.000 2.476.000
B x Perc até 4% de
I Redução do I. R. Devido - 50.000
H
J I. R. a pagar H-I 2.476.000 2.426.000

Aplicação em Cultura 50.000,00


Economia de Impostos 50.000,00
Mecanismo – Artigo 26

O nome do patrocinador:

Patrocínio – aparece

Doação – não aparece


Lei nº 8.313/91

Artigo 26 - Contabiliza

• Patrocínio – nome aparece – 30%

• Doação – nome não aparece – 40%

• Como investimento

• Como despesa operacional


Artigo 26 da Lei 8.313/91
• Videográfica, Fotográfica, Discográfica e Congêneres;
• Difusão de acervo;
• Jogos eletrônicos;
• Projetos transmidiáticos;
• Música popular;
• Artes visuais (exceto exposição e doações de acervo);
• Rádio e Televisão, Educativas e Culturais, de Caráter
Não-comercial;
• Manutenção de equipamentos culturais em geral;
• Outras ações de capacitação;
• Periódicos e outras publicações;
• Eventos e ações de incentivo à leitura.
Com Sem
incentivo incentivo
1– Lucro antes do Incentivo 900.000,00 900.000,00
2 - Patrocínio Lei Rouanet (art. 26) (5.000,00)
3 – Base de Cálculo do IR e da CSLL (1 - 2) 895.000,00 900.000,00
4 – CSLL (9% do item 3) (80.550,00) 81.000,00
5 – Lucro Real (item 3) 895.000,00 900.000,00
6 – I. Renda – Alíquota de 15% s/ item 5 (134.250,00) 135.000,00
7 – I. Renda – Adicional de 10% s/ (895.000 (65.500,00) (66.000,00)
- 240.000)
8– Lei Rouanet – Dedução IR (30% s/ item 1.500,00 -
2)
9 – Imposto de Renda a pagar (6 + 7 - 8) (198.250,00) (201.000,00)
10 – Total do I. Renda e da CSLL (4 + 9) . (278.800,00) (282.000,00)
11 – Lucro Líquido (3 - 10).. 616.200,00 618.000,00

Despesa operacional – 34% de R$ 5.000,00 = R$ 1.700,00


Dedução de 30% de R$ 5.000,00 diminuindo o IR = R$ 1.500,00
Investiu R$ 5.000,00 não deduziu R$ 1.800,00
Capacidade de Investimento
Projeto no valor de R$ 500.000,00
Empresa com lucro líquido superior a R$ 83.333.333,00
Imposto de Renda devido R$ 12.500.000,00

Projeto no valor de R$ 100.000,00


Empresa com lucro líquido superior a R$ 16.666.666,00
Imposto de Renda devido R$ 2.500.000,00

Projeto no valor de R$ 10.000,00


Empresa com lucro líquido superior a R$ 1.666.666,00
Imposto de Renda devido R$ 250.000,00
Pessoa Física

PATROCÍNIO DOAÇÃO
PERCENTUAL 80% do
60% do VALOR
MÁXIMO VALOR
GLOBAL
INVESTIDO GLOBAL
CONTRAPARTI 20%
40% RESTANTE
DA RESTANTE
LIMITE DE
DEDUÇÃO DO 6% DO IMPOSTO DEVIDO
IR
Admissão de projetos

Limite de 6300 – a quantidade por área é


definida no Plano anual de incentivos
fiscais;
Pessoa física – 2 projetos ativos;
Pessoa jurídica – 5 projetos ativos;
Proponentes com captação acima de 33%
podem ter mais projetos.
Peculiaridades
• Projetos ativos:
Pessoa física – 0,05%
Pessoa jurídica – 3%

• Projeto com mais de uma área


cultural o enquadramento se
dará de acordo com o produto
principal.
Limite do orçamento

1 Atividades propostas 65%


2 Administrativa, jurídico, 15%
contábil e Captação
3 Divulgação 20%
Limites de valor

•Proponente: 10% até R$ 100.000,00

•Captação: 10% até R$ 100.000,00


Fundo Nacional de Cultura - FNC

• Direito público

• Sem fins lucrativos

• Pessoa física (passagens)


Fundo Nacional de Cultura - FNC

É formado por recursos:

3% Loterias;
Recursos do orçamento;
Conversão da dívida externa;
1% Fundos de desenvolvimento
regional;
Saldos ou devoluções de projetos;
Doações.
FNC

Apóia

80% do valor total do projeto


20% contrapartida
FICART

Fundos de Investimento Cultural e Artístico

Regulamentado:

Decreto nº 5.761/2006
CVM nº 186/2002
Fonte: http://www.planetacontabil.com.br/ContabilidadeDocs/maps/ROUANET/index.html
63

Quem pode ser proponente?


Solicitação de apoio a projetos

www.cultura.gov.br

Na lateral entre no sistema do


SALICWEB
Pessoa Jurídica
• Nome
• CNPJ
• Inscrição Estadual
• Inscrição Municipal
• Endereço completo
• Telefone
• Email
• Sítio eletrônico
• Agência do Banco do Brasil
Pessoa Física

• Nome
• RG
• CPF
• Endereço completo
• Telefone
• Email
• Sítio eletrônico
• Agência do Banco do Brasil
67

Título do projeto
68

Segmento cultural
69

Local de Realização: onde o projeto será


realizado, qual localidade, que região e onde
especificamente.

Ex: num teatro, na praça, etc.


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• Público alvo: para quem e quantas pessoas farão uso


ou se beneficiarão deste projeto, tanto diretamente
quanto indiretamente.
71

Objetivo
Devem ser expostos de maneira clara e sucinta e
expressar o(s) resultado(s) que se pretende atingir,
o(s) produto(s) final(is) a ser(em) alcançado(s),
período e local da realização.
72

Objetivo Específico

São as ações que serão executadas


para alcançarmos o objetivo ou
ainda os desdobramentos do objeto.
73

Objetivo Geral
Exatamente o que é o seu projeto – Realizar xxxxx.
Ex: Para que? Para quem?

Objetivos Específicos
Quais os desdobramentos que podem ser feitos com base nele,
debates, oficinas, etc.

Obs.: Utilize verbos no infinitivo para objetivo e


substantivo para os específicos
74

Justificativa: razão pelo qual se propõe a


ação, o porquê e qual o benefício que este
projeto causará para o público alvo. Devemos
informar e qualificar por que razão e em
função de que o projeto deve ser
realizado/patrocinado.
75

Na justificativa, responda às seguintes perguntas:


- Por que tomou a iniciativa de realizar o projeto?
- Que circunstâncias que favorecem sua execução?
- Quais os benefícios para a população quanto aos aspectos culturais,
sociais e econômicos?
- Qual o diferencial desse projeto? (ineditismo, pioneirismo, resgate
histórico, etc.).
- Qual o histórico?
Outros aspectos que julgue pertinente mencionar..
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• Metodologia: de que forma, qual o


método e maneiras o projeto utilizará
para atingir o objetivo proposto.
77

Etapa de trabalho
• Informe as atividades necessárias para atingir o(s)
objetivo(s) desejado(s) e explique como pretende
desenvolvê-las;
• Demonstra a capacidade do proponente em
viabilizar o projeto;
• Detalhe os objetivos demonstrando claramente a
ordem de realização.
78

Etapa de trabalho

• Prever o tempo de duração de cada etapa;


• Listar os profissionais envolvidos;
• Demonstrar coerência com o orçamento.
79

• Recursos humanos: quantos e quem são os


profissionais envolvidos;
• Recursos materiais: quais os materiais são
necessários para realizar as atividades e com
isso atingir o objetivo;
• Equipamentos: quais serão necessários para
atingir o objetivo.
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Ficha técnica

Informe: nome, função (igual ao


orçamento) e currículo técnico.
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Sinopse

No caso de filmes, espetáculos e livros: informe uma


breve descrição de 5 a 10 linhas.
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Deslocamento: passagens aéreas ou terrestre


83

Outras informações

• Especificações técnicas;
• Detalhamentos técnicos.
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Acessibilidade

Intervenções para adaptar espaços, produtos e ações


às limitações físicas, sensoriais ou cognitivas de
idosos ou pessoas com deficiência.
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Democratização de acesso

Medidas que promovam o acesso e fruição dos bens,


produtos para a população menos assistida ou excluída do
direitos culturais.

Distribuir parte dos produtos para escolas públicas,


bibliotecas, museus ou equipamentos culturais de acesso
franqueado ao público.
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Impacto Ambiental

Projetos que venham a interferir no meio ambiente:


medidas preventivas a serem adotadas para evitar impacto
ambiental negativo.
87

• Contrapartida: recursos próprios do proponente a


serem alocados no projeto. Ou ainda visibilidade à
marca entre outras vantagens oferecidas ao
patrocinador.
88

Ao elaborar o seu projeto não esqueça de pensar


nas contrapartidas sociais, culturais e econômicas
que podem ser geradas em benefício da
população, já que estamos trabalhando com
recursos públicos.
89

• Parcerias: Quem serão as empresas ou pessoas


que já estão envolvidas ou comprometidas com o
processo ou projeto, que de alguma maneira irão
colaborar financeiramente ou com o
fornecimento de material ou serviço.
90
91
92
93

PROJETO CULTURAL APRESENTAÇÃO DOS CRÉDITOS

Peças gráficas: livros, catálogos, Na parte interna da capa ou na


folders, cartilhas, livretos e primeira de apresentação também
programas na contracapa

Revistas e periódicos Junto ao expediente


CDs Na última capa do folheto e na
contracapa da caixa
Filmes, vídeos e programas de Antes dos letreiros de apresentação
televisão e dos créditos finais. Também na
capa dos vídeos.

Peças de áudio, para áudio e Durante a locução e no final, quando


execução volante se tratar de peça pré gravada

Espetáculos artísticos em geral Na locução de apresentação


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PEÇA DE PROPAGANDA APRESENTAÇÃO DOS CRÉDITOS


Anúncios de jornal e revista ou Em qualquer local
quaisquer veículos
Patrocinados pelas leis de incentivo

Peças gráficas: folhetos, volantes Na capa ou primeira ou contracapa

Peças gráficas: outdoor, cartazes, Na parte inferior esquerda


galhardetes, placas

Comerciais de TV Na locução de apresentação

Placas de obra Na parte inferior esquerda


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Plano de Distribuição de Produtos Culturais

• Quantidade total;
• Quantidade patrocinador;
• Beneficiários;
• Preço normal;
• Preço promocional;
• Receita prevista.
96

Cronograma x Orçamento
97

• Cronograma – como as atividades serão realizadas, em


que ordem essas ações irão acontecer e quanto tempo é
necessário para desenvolver cada uma delas;

• Orçamento – qual o custo de cada atividade, recurso


humano envolvido, materiais a serem utilizados, espaço
físico, equipamentos e etc.
98

Cronograma
99

Orçamento
ORÇAMENTO FÍSICO FINANCEIRO

orcamento modelo minc.xls


101

infocemec-2.jpg
Plano de Distribuição de Produtos Culturais

• Quantidade total;
• Quantidade patrocinador;
• Beneficiários;
• Preço normal;
• Preço promocional;
• Receita prevista.
Documentos

1. Documentos constitutivos do proponente

2. Documentos do sócio/presidente

3. Relatório de atividades culturais comprovadas

4. Documentos específicos da área cultural.


Etapas do Enquadramento e Projeto
• Elaboração do projeto

• Registro do projeto/SalicWeb

• Parecer técnico

• CNIC

• Conta corrente

• Publicação no DOU
Certidões

 CND – www.receita.gov.br

 CRF – www.caixa.gov.br

 CQTF – www.receita.gov.br

 ISS:PGM/CND – SMF

 ICMS: PGE/CND - SEF


Execução do projeto

• Patrocínio

• Recibo de Mecenato

• Remanejamento

• Readequação

• Aprovação de marcas

• Prestação de contas e relatório final


Penalidade

Art. 30. As infrações aos dispositivos deste capítulo,


sem prejuízo das sanções penais cabíveis, sujeitarão o
doador ou patrocinador ao pagamento do valor
atualizado do Imposto sobre a Renda devido em relação
a cada exercício financeiro, além das penalidades e
demais acréscimos previstos na legislação que rege a
espécie.
Referências

www.captacao.org
www.convenios.gov.br
www.cultura.gov.br
www.cultura.rj.gov.br
www.ethos.org.br
www.gestaocultural.org.br
LEI FEDERAL nº 8.313/91
Cesnik, Fábio de Sá – Guia do Incentivo a Cultura 3ª Edição Revisada e Ampliada
– São Paulo: Editora Manole, 2002
http://manole.locaweb.com.br/livros.php?id=938
Costa, Ivan Freitas da - Marketing Cultural: o patrocínio de atividades culturais
como ferramenta de construção de marca – São Paulo – Atlas –
2004http://www.atlasnet.com.br/cgi-bin/buscafinal.php?cod=8522438145
FUNARTE, Núcleo de Estudos e Pesquisas – Levantamento das fontes de apoio
financeiro à área cultural; nível federal – Rio de Janeiro – Funarte - 1981
Olivieri, Cristiane Garcia – Cultura Neoliberal: leis de incentivo como política
pública de cultura – Sâo Paulo – SP: Escrituras Editora, 2004.
http://www.escrituras.com.br/
Reis, Ana Carla Fonseca – Marketing Cultural e financiamento da cultura – São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
http://www.thomsonlearning.com.br/detalheLivro.do?id=102625
shgpedroso@yahoo.com.br
sandrapedroso@ateliedecultura.com.br
(21) 8216-5201

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