SÉRIE RUMO AO ITA ENSINO PRÉ-UNIVERSITÁRIO

PROFESSOR(A) TADEU CARVALHO SEDE

ALUNO(A) Nº TC
TURMA TURNO DATA ___/___/___ FÍSICA

Centro de massa Se os pontos estão distribuídos não sobre o eixo x, mas

 dispersos no espaço de um modo arbitrário, acrescentaremos
as seguintes expressões:
(Problema dos ladrilhos)
m1 y1 + m 2 y 2 + m3 y3 + ... + m n y n
Objetivo yo =
m1 + m 2 + m3 + ... + m n
Conceituar o centro de massa de um sistema de pontos
m1z1 + m 2 z 2 + m3 z 3 + ... + m n z n
materiais. Resolver o problema dos ladrilhos que se zo =
sobressaem ao formarmos uma pilha deles. Realmente, é m1 + m 2 + m3 + ... + m n
curioso saber de quanto o ladrilho mais alto pode ser
deslocado em relação ao ladrilho mais baixo, sem o uso de Essas expressões, que no conjunto determinam o centro de
qualquer cimento, adesivo ou outro aglomerante qualquer. massa do sistema, O(Xo, Yo, Zo), são denominadas ‘equações
À primeira vista, parece que esse deslocamento não pode ser
de Torricelli’.
muito grande, algo assim como a metade do comprimento de
um ladrilho, aproximadamente. Todavia, realmente, o ladrilho
mais alto pode sobressair do mais baixo tanto quanto quisermos! Se os pontos materiais acima estiverem ‘mergulhados’ num
Em suma, nosso problema será: nessa pilha de n ladrilhos em campo de gravidade constante (g), o centro de gravidade do
equilíbrio, qual o valor de X? sistema CG (ponto onde se considera aplicada a força peso do
sistema) será coincidente com o centro de massa O desse
sistema. Para corpos homogêneos com forma geométrica
regular, o centro de massa ou o centro de gravidade coincidem
com o centro geométrico.

Teoria
Denominamos por ‘centro de massa’ de um sistema de dois
pontos materiais, ao ponto que divide a distância entre esses
pontos materiais dados em segmentos inversamente
proporcionais às massas dos mesmos. Assim, se o ponto C é o Problema dos ladrilhos
centro de massa das massas m1 e m2, que se encontram sobre o
eixo x, a distancias x1 e x2 da origem do sistema de Para resolver nosso problema dos ladrilhos (azulejos, pisos,
coordenadas – como se ilustra – então, pela definição: tijolos, placas etc.) basta-nos tomar a primeira das equações de
Torricelli para o centro de massa (Torricelli tem equações
espalhadas por toda a Física!)
x C − x1 m 2
= Para que um ladrilho não caia sobre aquele que lhe está por
x 2 − x C m1
baixo, a perpendicular baixada desde o centro do primeiro
da qual, para a abscissa do centro de massa, xc, obteremos: ladrilho não sair do contorno de apoio, ou seja, o centro de
massa do ladrilho superior não deve apresentar x > L ---
m1 x1 + m 2 x 2
xC = ilustração, à esquerda.
m1 + m 2
Se existe outro ponto de massa m3, que também se encontra
sobre o eixo x, à distancia x3 da origem das coordenadas, o
centro de massas O de todo o sistema será determinado como se
o centro de massa, xc, das massas (m1 + m2), concentrasse toda
essa massa e, então, começamos tudo de novo, determinando o
novo centro de massa, xo, das massas (m1 + m2) + m3: Deste modo, o deslocamento ∆x1, do ladrilho superior, em relação

=xo
(=
m1 + m 2 ) x C + m3 x 3 m1x1 + m 2 x 2 + m3 x 3 ao ladrilho no qual se apoia, deve obedecer à condição:
( m1 + m 2 ) + m3 m1 + m 2 + m3 ∆x1 ≤
L
2
Para o caso de n pontos materiais distribuídos sobre o eixo x, a Examinemos agora um sistema de três ladrilhos. Acabamos de
expressão para o cálculo do centro de massa do sistema será: verificar que o ladrilho superior pode se deslocar ate L/2.
De quanto poderá se descolar o segundo ladrilho (o ladrilho
m1x1 + m 2 x 2 + m3 x 3 + ... + m n x n intermediário no centro da ilustração acima) em relação ao
xo = terceiro? Chamemos de ∆x2 esse deslocamento procurado.
m1 + m 2 + m3 + ... + m n

1 OSG.: 34217/10
 TC – FÍSICA

A perpendicular baixa desde o centro de massa dos dois O possível descolamento do ladrilho mais alto pode ser
ladrilhos superiores não deve sair do contorno do ladrilho representado pela soma:
inferior, ou seja, tal como antes, deverá cumprir-se a
L 1 1 1
desigualdade L > = x0 (x0 é a abscissa do centro de massas dos ∆x1 + ∆x 2 + ∆x 3 + ... + ∆=
xn 1 + + + ..... + 
dois ladrilhos): 2 2 3 n
Os matemáticos dizem que a série entre parêntesis
 L  L L
m  ∆x 2 +  + m  ∆x 2 + +  (denominada série harmônica) diverge, ou seja, que sua soma
L≥  2  2 2
de onde obtemos ∆x 2 ≤
L (com um número bastante grande de termos) pode ser tão
2m 4 grande quanto se queira. Isso significa que com um
incremento ilimitado do número de ladrilhos, o ladrilho
Para um sistema de 4 ladrilhos teremos: superior poderá sobressair do mais baixo de todos, tanto
quanto se queira!
 L  L L  L L L
m  ∆x 3 +  + m  ∆x 3 + +  + m  ∆x 3 + + +  Eis duas situações reais usando-se de livros e placas de
L≥  2  4 2  4 2 2
madeira:
3m
L
de onde obtemos ∆x 3 ≤
6

De maneira análoga obteremos, sucessivamente:

L  L L
∆x 4 ≤ ;  ∆x 5 ≤  ; .....; ∆x n ≤
8  10  2n Retirado de http://www.feiradeciencias.com.br/sala06/06_15.asp

ITA/IME – Pré-Universitário OSG.: 3421710 HA 9.7.10 – Rev.: MHC

2