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OAB – 1ª FASE – XXI EXAME DA ORDEM

OS: 0010/10/16-Gil

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Prof. Giuliano Menezes
Apostila 2016

1 – RECEITAS ESTATAIS instâncias de governo: União, Estados/DF e Municípios. O


Brasil é uma federação sui generis porque o município
também é considerado ente federativo. O princípio
 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO federativo é uma cláusula pétrea.

1 - Receita/ Despesa Entes integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) – União.


Estados/DF e Municípios são autônomos).
O Estado como qualquer pessoa ou empresa precisa de
uma receita para cumprir com as suas despesas. - União
- Estados/ DF

1.2. Receitas - Municípios

- Originárias – São as que decorrem/ defluem do


próprio patrimônio do Estado. O Estado tem esta receita em 4 - Características de uma Federação- É possível citar
função do próprio patrimônio. O Estado excepcionalmente algumas características de uma federação.
pode exercer atividade econômica. Ex. Petrobrás (sociedade
de economia mista), assim como o foro anual cobrado de - Eleições próprias – No Brasil, cada ente federativo tem
que ocupa terrenos de marinha. É estudado no direito suas próprias eleições. A investidura de um Prefeito, por
Administrativo. exemplo, não depende da vontade do Governador ou do
Presidente da República.
- Derivadas (tributos) – Decorrem do patrimônio do
particular, NÃO são obtidas a partir do patrimônio do - Competência Administrativa própria para prestar
Estado e sim do Particular. Ex. Tributos (IPTU, IPVA, IR....). serviços públicos – Função principal do Estado. Os entes
No Direito Tributário nos preocupamos com as receitas federativos recebem do texto constitucional
derivadas como sendo nosso objeto de estudo competência para prestar serviços públicos próprios. O
(Fisco/Contribuinte). país opta pela Federação para melhorar a prestação do
serviço público, comum em Estados geograficamente
** Cada vez mais o Estado depende das receitas grandes.
derivadas, pois o Brasil fez opção pelas privatizações.
- Autonomia Administrativa – A organização político
administrativa do Brasil compreende em União,
2 - Direito Financeiro x Direito Tributário Estados/DF e municípios com autonomia do ponto de
vista administrativo, com capacidade de se auto-
O Direito Tributário na sua origem integrava o administrar.
Direito Financeiro. No entanto, ganhou autonomia, pois o
Direito Financeiro se preocupa com o fenômeno financeiro - Competência Tributária própria -“Não existe autonomia
completo ( receitas e despesas), tais como a aprovação da sem dinheiro – isto é essencial para fazer valer a
lei orçamentária, a aprovação da LDO, dentre outros federação”. IR – União, IPVA- Estado, IPTU – Município.
assuntos pertinentes ao orçamento, sendo que ao longo Para que seja autônomo realmente cada ente que
do século XX a questão tributária passa a ter relevância integre a federação tem competência para tributar.
maior. Esta relação tributária é conflituosa, pois o particular  A CF prevê impostos para cada ente – essencial para fazer
quer pagar menos tributo e o Estado quer arrecadar mais, valer a autonomia. Nos arts. 153, 154, 155 e 156 da
surgindo a necessidade de um regramento constitucional e Constituição Federal estão elencadas as competências dos
infraconstitucional que discipline a relação FISCO- entes federativos para a instituição dos impostos.
CONTRIBUINTE.
 A união concentra ainda grande parte dos impostos, mas
comparando-se com o Brasil, antes da atual Constituição,
3 - Princípios Constitucionais Tributários houve um avanço muito grande, principalmente em relação
aos municípios, que atualmente possuem uma situação
3.1 – Princípio Federativo – O Brasil é uma federação, financeira muito melhor do que a que existia
onde o poder está descentralizado, pois existem várias anteriormente.

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 LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (art 150. CF) Essa é a razão pelo qual esses impostos tem que ter
alíquotas flexíveis para ter respostas imediata (II,IE,IPI,IOF).
 Princípios Constitucionais Tributários
Ex. Imposto sobre Importação alíquota alta para valorizar o
A CF atribui aos entes competência tributária, cada um consumo dos bens nacionais.
recebe uma parte da competência tributária. A
Instrumento de política econômica (função extra-fiscal),
competência tributária é a 1ª forma de limitação do poder
flexibilidade dentro da limitação da lei – o executivo é quem
de tributar. Ex. IPVA - imposto exclusivo do Estado. No
define.
entanto, não é a única forma de limitação. Os princípios
tributários também limitam o poder de tributar. Referidos
princípios (alguns previstos no art. 150 da Constituição
- Parafiscais
Federal) condicionam o poder de tributar.
 Função do Código Tributário Nacional
No art. 146, II CF – Lei complementar – regular as limitações
 Princípio da Legalidade (art. 150, I CF).
constitucionais ao poder de tributar. – Regula os princípios
A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo limitar o tributários (dentre outras matérias).
poder. O tributo só pode ser criado/majorado por lei
O CTN seria uma Lei complementar que esclareceria os
específica. Não pode ser criado por decreto ou portaria.
princípios. O CTN regulamenta o poder de tributar (dentre
Quem o aprova são os nossos representantes.
outras matérias).
A competência tributária só é outorgada a entes políticos
O CTN no Art. 97 esclarece a CF, regula as limitações ao
federativos porque só eles são dotados de poder legislativo
poder de tributar, esclarece os princípios. É importante
O que adiantaria entregar a competência tributária sem
ressaltar que o Código Tributário Nacional foi elaborado
poder para legislar?
como lei ordinária e recepcionado pela nova ordem
Somente os entes políticos podem criar tributos, por ser constitucional como lei complementar (cuida-se do
dotados de poder legislativo. fenômeno da Recepção Constitucional)
“Exceções ao Principio da Legalidade” (art.153, p1º CF) – Existe hierarquia entre lei complementar e lei Ordinária?
Mitigações – A lei do I.R alíquota fixa em 15, 20, 27,5% mas Uma lei complementar poderá ocasionalmente ser
em alguns impostos a alíquota não é fixada, ou seja, tem revogada por lei ordinária?
um patamar mínimo e máximo a ser cobrado, por exemplo,
O STF sempre teve uma posição contrária a este
a alíquota pode variar de 0% até 100% e um decreto fixa o
posicionamento. O STF entende que não há hierarquia o
valor da alíquota dentro do intervalo legal. A lei prevê o
que há é uma RESERVA DE MATÉRIA.
intervalo e o decreto fixa o valor. São os seguintes
impostos: II (imposto de importação), IE (exportação), IPI
(produtos industrializados), IOF (operações financeiras) (art.
 Princípio da Anterioridade
153, § 1º, CF). São impostos sem alíquotas fixas por lei e sim
pelo Poder Executivo através de decreto. Princípio da Anterioridade: Como regra geral, a criação ou
majoração de um tributo fica postergada para o exercício
O Poder Executivo fixa a alíquota no intervalo que a lei
financeiro seguinte. No Brasil, o ano fiscal coincide com o
autorizar, razão pela qual existe imposto sem alíquota fixa
ano civil, ou seja, se o governo aumentar um tributo em
(para isso as leis tem que verificar as funções dos tributos).
fevereiro de 2009, em regra só poderá ser cobrado no
exercício financeiro de 2010.
 Funções dos tributos: Anterioridade X Anualidade: A anualidade não se aplica no
Brasil. Anterioridade refere-se a cobrança de tributo a partir
- Fiscal: A sua função principal é arrecadar. O Estado
do exercício seguinte, valendo de forma indefinida, só
através dos impostos tem objetivo de arrecadação.
deixando de valer quando revogada por outra lei. A
- Extrafiscal: Objetivo central é intervir na economia, anualidade – significa que a majoração/criação terá que ser
estimulando ou desestimulando determinados ratificada todo ano para poder cobrar no ano seguinte,
comportamentos dos contribuintes. Ex. o governo como se exigisse do Executivo que justifique todo ano a
diminuiu a cobrança do IPI sobre automóveis cobrança. Não se aplica a anualidade no Brasil no campo
aumentando quase que imediatamente o consumo tributário.
interno, tendo como resultado o aumento do consumo
em 2009 maior do que o ano de 2008. O poder público é
o tutor da economia. Quando se fala em principio da Anterioridade, postergando
a cobrança do tributo para o ano seguinte, não significa que
tenha que esperar 1 ano inteiro, por exemplo, aumento em

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dezembro/09, cobra-se em jan/10 (inicio do exercício fiscal Art 153,III – IR – ainda é possível o aumento no final do ano
seguinte). e a cobrança no exercício seguinte com menos de 90 dias.
O principio da anterioridade também é chamado de Também não se aplica a mitigada (nonagesimal) a base de
princípio da não surpresa: Para que o contribuinte não seja cálculo dos impostos previstos nos artigos 155 III (IPVA),
surpreendido na cobrança de novos impostos. 156 I (IPTU).
ART. 150, III “b”– Fica vedada a cobrança de tributos no Não se aplica a anterioridade Genérica ao IPI- só segue
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei a mitigada – art. 153, IV CF (se aumentar o teto) **
que os instituiu ou aumentou.
Os que não estão ressalvados seguem os dois
Os princípios tributários existem para nos proteger princípios.
(proteção para o contribuinte), mas se o Governo reduz ou
O ITR segue os dois, o ITBI segue os dois (genérica e
extingue o tributo e coloca no corpo da lei “esta lei entra
mitigada- aplicando o mais benéfico).
em vigor após a publicação” tem efeito imediato – não há
que se falar em principio da anterioridade em caso de
redução ou extinção.
 Principio da Irretroatividade (Art 150,III “a”, CF)
É uma consequência lógica do principio da anterioridade.
 Princípio da Anterioridade Genérica (art. 150,III, “b”, CF) Talvez não fosse necessário o constituinte expressá-lo. Ex.
Jan/08 alíquota IR - 27,5% e o Governo em Jun/08 aumenta
Posterga a eficácia para o ano seguinte (Art. 150, III “B” CF)
para 28% - esta nova alíquota só será cobrada em Jan/09
– Regra Geral
(genérica-IR), pelo principio da anterioridade os fatos
futuros poderão ser protegidos (período de jun/o8 e
dez/08) – não serão alcançados. E devido ao principio da
 Princípio Anterioridade Mitigada (nonagesimal )
irretroatividade não pode alcançar fatos passados –
(Art.195,§ 6º e Art 150,III “C”- CF)
segurança jurídica.
** Contribuições sociais para a seguridade social (Art. 195,
Ex. Atividades estimuladas por tributação baixa e não seria
§ 6º) – A cobrança desse tipo de tributo terá eficácia
justo cobrar os passados (art.150, III “a”)
conforme preceito do art. 195, p.6º quando determina que
a exigibilidade só poderá ocorrer após decorridos 90 dias da O principio da irretroatividade não tem Exceções – até
data da publicação da lei que as houver instituído ou mesmo os extrafiscais que são cobrados imediatamente (I.
modificado, não lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. importação, I. exportação) não podem retroagir.
A Anterioridade Mitigada era restrita às contribuições
sociais para a seguridade social. No entanto, a EC. Nº 42/03
 Princípio da Isonomia (Art. 150, II, CF)
estendeu referida imunidade também para os tributos em
geral (Art. 150, III, “C”, CF) O respeito à Isonomia é exigência do próprio Estado de
Direito. Não existe Justiça sem passar pela Isonomia. Houve
por parte do Constituinte de 1988 uma preocupação muito
 Exceções ao princípio da Anterioridade (Art. 150, §1º CF) grande com a necessidade de respeitar este princípio, tendo
um grande destaque no art. 5º do seu texto em que há três
A extrafiscalidade flexibiliza o principio da anterioridade Art.
referências a este princípio.
150, § 1º
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
Na verdade o art.150, § 1º diz que existem algumas
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
espécies tributárias que não estão sujeitas ao principio da
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
anterioridade mitigada e nem genérica, são eles: Art. 148,I –
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
empréstimo compulsório (guerra), Art. 150, I,II,V
nos termos seguintes:
(I.Importação, II. Exportação, V.operações financeiras), Art.
154 II( imposto da guerra) – Essas espécies não estão No sistema constitucional tributário brasileiro,
sujeitas, nem ao Princípio da Anterioridade Genérica, nem particularmente no art. 150, inciso II, há expressamente
ao Princípio da Anterioridade Mitigada – Publica-se hoje e a referência a este princípio, quando afirma que:
cobrança amanhã.
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
Existem outras que não seguem a mitigada aplicando-se ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
somente a genérica. Exemplo: Imposto de Renda Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
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função por eles exercida, independentemente da detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes
regiões do País;
 Princípio da Capacidade Contributiva (Art. 145, § 1º, CF)
A Isonomia se realiza quando se trata igualmente
 Princípio da Não Cumulatividade
os iguais e desigualmente os desiguais de acordo com as
suas desigualdades. Em Direito Tributário, este princípio se § 3º - O imposto previsto no inciso IV:
realiza com o rspeito ao Princípio da Capacidade
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for
Contributiva que, em linhas gerais, corresponde a cobrar
devido em cada operação com o montante cobrado nas
mais de quem pode pagar mais e cobrar menos de quem
anteriores;
pode pagar menos. Este princípio vem expressamente
previsto no texto constitucional no art. 145, § 1º da
Constituição Federal, a seguir transcrito:
 Outros Princípios
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter
Imunidade Tributária x Isenção x Não Incidência
pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
Imunidade Tributária (Ex. Art. 150, VI, CF) – É uma vedação
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e
constitucional ao poder de tributar, ou seja, a Constituição
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
Federal resolve retirar do alcance do legislador
atividades econômicas do contribuinte.
infraconstitucional a tributação de alguns fatos da vida.

 Princípio da Vedação ao Confisco (art. 150, IV CF).


Isenção – É uma vedação legal ao poder de tributar. Na
A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo limitar isenção, é o legislador ordinário que resolve dispensar da
o poder. O tributo não pode destruir a atividade produtiva tributação alguns contribuintes, ou seja, segundo a
que enseja o mesmo. Sendo assim, o tributo não pode ter Constituição Federal, estes fatos podem ser tributados.
efeito confiscatório. Quem afasta a tributação é a legislação infraconstitucional
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Não Incidência – É quando o contribuinte não realiza o
Federal e aos Municípios:
fato gerador disciplinado na lei, ou seja, o contribuinte não
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; realiza a hipótese normativa tributada.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
 Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V CF)
Federal e aos Municípios:
A tributação não pode ser utilizada como forma de
VI - instituir impostos sobre:
impedir o tráfego de mercadorias e de bens, sob pena de
ferir o Princípio Federativo. a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
(Imunidade Recíproca)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito b) templos de qualquer culto; (Imunidade Religiosa)
Federal e aos Municípios:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
bens, por meio de tributos interestaduais ou trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
utilização de vias conservadas pelo Poder Público; (Imunidade Partidária e Social)
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão. (Imunidade Cultural)
 Princípio da Uniformidade Geográfica (Art. 151, I, CF)
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às
Art. 151. É vedado à União:
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
território nacional ou que implique distinção ou preferência serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em decorrentes.
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§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo 2 – CONCEITO DE TRIBUTO


anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços, relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
empreendimentos privados, ou em que haja moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
usuário, nem exonera o promitente comprador da mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
TÍTULO VI
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e Da Tributação e do Orçamento
"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os CAPÍTULO I
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
entidades nelas mencionadas.
Seção II
_________________________________________________
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
___________________________________________________
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
___________________________________________________ ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
___________________________________________________ Federal e aos Municípios:

___________________________________________________ I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

___________________________________________________ II - instituir tratamento desigual entre contribuintes


que se encontrem em situação equivalente, proibida
___________________________________________________ qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
___________________________________________________ função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
___________________________________________________
III - cobrar tributos:
___________________________________________________
___________________________________________________ a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou
___________________________________________________ aumentado;
___________________________________________________ b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido
___________________________________________________ publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
___________________________________________________ c) antes de decorridos noventa dias da data em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
___________________________________________________
observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda
___________________________________________________ Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
___________________________________________________ IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
___________________________________________________ V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou
___________________________________________________ bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela
___________________________________________________ utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
___________________________________________________
VI - instituir impostos sobre:
___________________________________________________
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
___________________________________________________
b) templos de qualquer culto;
___________________________________________________
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
___________________________________________________ inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
___________________________________________________ trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
___________________________________________________
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
___________________________________________________
impressão.
___________________________________________________
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos
_________________________________________________ no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de

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autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos
artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou fiscais destinados a promover o equilíbrio do
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. regiões do País;
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a remuneração e os proventos dos respectivos agentes
vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas
nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da obrigações e para seus agentes;
base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e
III - instituir isenções de tributos da competência dos
156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
19.12.2003)
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às
aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
procedência ou destino.
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
serviços, relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja 1. Questão 28 (EO XV) Em dezembro de 2006, foi
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo publicada a Lei Complementar nº 123, que instituiu o
usuário, nem exonera o promitente comprador da Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Pequeno Porte, e criou novo regime de tributação
simplificada, abrangendo, além dos impostos e
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e contribuições federais, o Imposto sobre Operações
"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e
entidades nelas mencionadas. Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o
§ 5º - A lei determinará medidas para que os Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
incidam sobre mercadorias e serviços.
A) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de União instituir benefício fiscal de tributo de
cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou competência dos Estados, do Distrito Federal e
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só dos Municípios.
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, B) O regime de tributação simplificada é obrigatório
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as a todos os contribuintes que cumpram os
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo requisitos previstos na referida lei complementar.
ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, C) A referida lei é inconstitucional, no que se refere
XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de ao ICMS, pois institui benefício fiscal do imposto
1993) sem a competente autorização por meio de
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação convênio do Conselho Nacional de Política
tributária a condição de responsável pelo pagamento de Fazendária – CONFAZ.
imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer D) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial cumprimento das obrigações principais e
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato acessórias do regime único de arrecadação
gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº poderá ser compartilhada pelos entes da
3, de 1993) Federação.

Art. 151. É vedado à União:


I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o
território nacional ou que implique distinção ou preferência
em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em

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2. Questão 28 (EO XII) A respeito dos Princípios 5. Questão 26 (EO XIV) Empresa X, constituída em 1980,
Tributários Expressos e Implícitos, à luz da Constituição entrou com ação na Justiça Federal impugnando a
da República de 1988, assinale a opção INCORRETA. cobrança da Contribuição Sobre o Lucro – CSLL,
alegando que, apesar de prevista no Art. 195, I, c, da
A) É vedado à União instituir isenções de tributos de Constituição Federal, trata-se de um tributo que tem o
competência dos Estados, do Distrito Federal e lucro como fato gerador. Dessa forma, haveria um bis
dos Municípios. in idem em relação ao Imposto Sobre a Renda das
B) O princípio da irretroatividade veda a cobrança Pessoas Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é
de tributos em relação a fatos geradores vedado pelo próprio texto constitucional. A partir do
ocorridos antes do início da vigência da lei que os caso narrado e considerando a jurisprudência
houver instituído ou aumentado. dominante do Supremo Tribunal Federal, assinale a
C) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos afirmativa correta.
Municípios estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm
de sua procedência ou destino. o lucro como fato gerador, o que é vedado pela
D) Pelo princípio da anterioridade, para que os Constituição Federal.
tributos possam ser cobrados a cada exercício, é B) A empresa, por ter sido constituída
necessária a prévia autorização na lei anteriormente à Constituição Federal de 1988,
orçamentária. tem direito adquirido a não pagar a CSLL.
C) A empresa não tem razão, porque ambos os
3. Questão 27 (EO X) Suponha que determinada Medida tributos estão previstos na CRFB.
Provisória editada pela Presidenta da República, em D) A empresa tem razão, pela clara violação à
29/09/2012, estabeleça, entre outras providências, o vedação ao confisco prevista no Art. 150, IV, da
aumento para as diversas faixas de alíquotas previstas CRFB.
na legislação aplicável ao imposto de renda das
pessoas físicas. Nesse caso, com base no sistema 6. Questão 26 (EO XI) Determinada editora de livros,
tributário nacional, tal Medida Provisória revistas e outras publicações foi autuada pela
fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da
A) não violaria o princípio da legalidade e produzirá sua indústria gráfica, pela falta de recolhimento de
efeitos a partir da data de sua publicação. ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha,
B) violaria o princípio da legalidade, por ser à luz do entendimento do STF sobre a matéria em
incompatível com o processo legislativo previsto pauta, tal cobrança é
na Constituição Federal/88.
C) não violaria o princípio da legalidade e produzirá A) inconstitucional, por força da aplicação da
efeitos a partir de 90 (noventa) dias contados a isenção tributária.
partir da data de sua publicação. B) inconstitucional, por força da aplicação da
D) não violaria o princípio da legalidade e só imunidade tributária.
produzirá efeitos a partir do primeiro dia do C) constitucional, por força da inaplicabilidade da
exercício financeiro subsequente à data de sua imunidade tributária.
conversão em lei. D) inconstitucional, por estar o referido tributo
adstrito à competência tributária da União
4. Questão 25 (EO XIV) Visando a proteger a indústria de Federal.
tecnologia da informação, o governo federal baixou
medida, mediante decreto, em que majora de 15% 7. Questão 26 (EO XII) Em procedimento de fiscalização,
para 20% a alíquota do Imposto sobre a Importação de a Secretaria da Receita Federal do Brasil identificou
Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo lucro não declarado por três sociedades empresárias,
procedentes do exterior, limites esses que foram que o obtiveram em conluio, fruto do tráfico de
previstos em lei. A respeito da modificação de alíquota entorpecentes. Sobre a hipótese sugerida, assinale a
do Imposto de Importação, assinale a afirmativa afirmativa correta.
correta.
A) O imposto sobre a renda é devido face ao
A) Deve observar a reserva de lei complementar. princípio da interpretação objetiva do fato
B) Deve ser promovida por lei ordinária. gerador, também conhecido como o princípio do
C) Deve observar o princípio da irretroatividade. pecunia non olet.
D) Deve observar o princípio da anterioridade. B) Não caberá tributação e, sim, confisco da
respectiva renda.

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OS: 0010/10/16-Gil

C) Não caberá tributo, uma vez que tributo não é 3 – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA,
sanção de ato ilícito.
D) Caberá aplicação de multa fiscal pela não CONCEITO DE TRIBUTO E ESPÉCIES
declaração de lucro, ficando afastada a incidência TRIBUTÁRIAS - IMPOSTOS
do tributo, sem prejuízo da punição na esfera
FEDERAIS, ESTADUAIS E
penal.
MUNICIPAIS
8. Questão 28 (EO XVII) Em 17/07/2014, o Tribunal de
Justiça do Estado X da Federação instituiu, por meio de
Provimento da Corregedoria Geral da Justiça, as custas 1 – Princípio Federativo – O Brasil é uma federação, onde
judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a o poder está descentralizado, pois existem várias
partir da data da publicação. Sobre a hipótese, assinale instâncias de governo: União, Estados/DF e
a afirmativa correta. Municípios. O Brasil é uma federação sui generis
porque o município também é considerado ente
A) As custas judiciais e os emolumentos cartorários federativo. O princípio federativo é uma cláusula
têm natureza jurídica de preço público e, pétrea.
portanto, não estão sujeitos às limitações Entes integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) –
constitucionais ao poder de tributar. União. Estados/DF e Municípios são autônomos).
B) As custas judiciais e os emolumentos cartorários
têm natureza jurídica de taxa de serviço. Sendo - União
assim, o provimento da Corregedoria Geral viola - Estados/ DF
os princípios da legalidade, da anterioridade de
exercício e nonagesimal. - Municípios
C) As custas judiciais e os emolumentos cartorários
têm natureza jurídica de contribuição social.
Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral 2 – Características de uma Federação- É possível citar
viola os princípios da legalidade, da anterioridade algumas características de uma federação.
de exercício e nonagesimal. - Eleições próprias – No Brasil, cada ente federativo tem
D) As custas judiciais e os emolumentos cartorários suas próprias eleições. A investidura de um Prefeito, por
têm natureza jurídica de taxa de poder de polícia. exemplo, não depende da vontade do Governador ou do
Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral Presidente da República.
viola os princípios da legalidade e da
anterioridade de exercício. - Competência Administrativa própria para prestar
serviços públicos – Função principal do Estado. Os entes
federativos recebem do texto constitucional
GABARITO competência para prestar serviços públicos próprios. O
país opta pela Federação para melhorar a prestação do
01 02 03 04 05 06 07 08 serviço público, comum em Estados geograficamente
D D D C C B A B grandes.
- Autonomia Administrativa – A organização político
administrativa do Brasil compreende em União,
_________________________________________________ Estados/DF e municípios com autonomia do ponto de
___________________________________________________ vista administrativo, com capacidade de se auto-
administrar.
___________________________________________________
- Competência Tributária própria -“Não existe autonomia
___________________________________________________
sem dinheiro – isto é essencial para fazer valer a
___________________________________________________ federação”. IR – União, IPVA- Estado, IPTU – Município.
___________________________________________________ Para que seja autônomo realmente cada ente que
integre a federação tem competência para tributar.
___________________________________________________
 A CF prevê impostos para cada ente – essencial para
___________________________________________________ fazer valer a autonomia. Nos arts. 153, 154, 155 e 156
___________________________________________________ da Constituição Federal estão elencadas as
competências dos entes federativos para a instituição
___________________________________________________
dos impostos.
__________________________________________________

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 A união concentra ainda grande parte dos impostos, tributária. É importante ressaltar, no entanto, que o repasse
mas comparando-se com o Brasil, antes da atual de receitas de um ente federativo para outro ente
Constituição, houve um avanço muito grande, federativo não altera a competência tributária.
principalmente em relação aos municípios, que
atualmente possuem uma situação financeira muito
melhor do que a que existia anteriormente.  Competência Tributária – Poder de Tributar
juridicamente limitado
“É o poder de tributar juridicamente limitado; O que está
 IMPORTANTE
limitando? A CF é quem limita. Ex. União não pode tributar
Além da competência Tributária, qual seria a outra forma IPVA, um ente não pode invadir a competência tributária de
através da qual os Estados e Municípios podem auferir outro ente.
receitas derivadas?
Através das receitas da União que são repassadas para os
 Formas de Competência Tributária:
Estados e para os Municípios, e também receitas do Estado
que são repassadas para os Municípios. Essas receitas - Competência Exclusiva – Exs. Arts 153,155,156 CF
derivadas são transferidas, Ex. O que a União arrecada com
A Competência exclusiva existe em relação aos Impostos.
IR e IPI grande parte será repassado (Arts.157. 158 e 159
CF). O IPVA arrecadado pelo Estado será em parte CTN – Imposto é um tributo independente de qualquer
repassado para o município. A CF determina este repasse, atividade estatal específica à pessoa do contribuinte. Não
pois além da competência própria para tributar, os está associado a nenhuma ação do Estado, é um tributo não
Estados/DF e Municípios também possuem essas receitas contra-prestacional. Ex. IPVA é pago somente porque tenho
que lhe são transferidas. carro – não é necessário o Estado prestar um serviço. Por
sua vez, as taxas e contribuições de melhorias são
vinculadas a alguma atuação do Estado. São tributos contra-
 DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS prestacionais.
Atribuição da Competência Tributária A CF em seu art. 145 II – “A União, os Estados, O Distrito
Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
Outra Forma: Receitas Transferidas, além da própria
tributos:”
competência tributária, os Estados e municípios recebem
receitas transferidas por outro ente. Ex. FPE (21,5%) e FPM II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou
(22.5%) FPM. Quem fiscaliza é o TCU. A União e o Estado pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
não ficam com 100% do que arrecadam. específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos
a sua disposição.
 Poder de Polícia- Restringir a esfera individual em prol
O porquê desse repasse?
da coletividade. Ex. Alvará de construção ( o município
Primeiramente, o tributo existe onde estão as riquezas verifica se o meu projeto respeita o espaço de calçada,
ou presunção de riquezas, ou seja onde há consumo, onde se respeita a lei municipal), podendo cobrar uma taxa
há poder de compra. Vamos partir da hipótese de um para liberar o alvará.
município localizado no sertão central do estado do Ceará
com 10.000 habitantes – Os impostos municipais previstos
nos arts 156 CF são (IPTU, ISS, ITBI). – Nesta hipótese, não A Contribuição de melhoria sempre existiu, mas de difícil
existirá muita transferência de bens imóveis, pois a cobrança. Ex. particular com terreno no Eusébio comprado
quantidade de imóvel vendido é mínima e quando existem por um preço X (muito barato) e depois das melhorias
imóveis à venda, o valor é muito pequeno, chegando a ser provenientes do Estado como, por exemplo, rodovia que
irrelevante, desta forma a arrecadação através do ITBI será valorizou o terreno. A rodovia beneficia a todos, mas no
quase inexistente. Em relação ao ISS, – sabe-se que o setor caso em questão, a obra gerou uma valorização imobiliária
de serviços é próprio de cidades mais desenvolvidas. Em no seu imóvel especificamente, podendo existir uma lei que
relação ao IPTU, – a arrecadação será baixa devido ao valor cobre um valor sobre a valorização do terreno, também é
do imóvel e parte desses imóveis são isentos de IPTU. Nesse um tributo vinculado/ contra-prestacional.
caso, o município tem baixa receita tributária, mas tem
- Competência Comum – Art 145 II, III CF – Existe em
obrigações e competências constitucionais de prestar
relação às taxas e às contribuições de melhorias (outras
serviço público. Em razão disso, é necessário receber essas
espécies tributárias).
receitas (derivadas) transferidas através do FPM e do FPE,
existindo municípios que recebem mais receitas Porque o constituinte resolveu discriminar as competências
transferidas do que receitas oriundas de sua competência dos impostos?

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- Porque se não houver a discriminação como saberia a uma forma de contrabalancear. “ A União nunca exerceu,
quem pertence os impostos? Não existe outra forma de mas em tese poderá fazê-lo.”
definir, pois em relação aos impostos não há vinculação /
contra- prestação, desta forma é preciso ser definido pela
CF. Já no caso das taxas e contribuições de melhorias, por  A qual ente federativo pertence à competência Residual
serem tributos vinculados, o ente que prestar será o em relação as taxas?
competente para cobrar, por estar associado a atuação
Em matéria de impostos, a competência residual é exclusiva
prévia do Ente, somente ele pode cobrar – não sendo
da União. Em matéria de taxas, a competência residual é do
necessário discriminar/ previsão clara exclusiva.
Estado (art. 25 p. 1º CF). As taxas estão vinculadas aos
*** Imposto como não é vinculado é necessário a serviços públicos e os novos serviços públicos que surgirão
discriminação pela CF – com isso gera a competência são de competência do Estado (podem surgir serviços
exclusiva. Mas, quando se falar em competência comum novos), razão pela qual as novas taxas serão cobradas pelo
(no plano abstrato), é no sentido de que não existe a pré- Estado Residualmente as taxas incubem aos Estados. A
definição constitucional. No entanto, quando o ente prestar Doutrina questiona essa competência entregue ao Estado,
o serviço, será o competente para cobrar. É comum no pois verifica-se que seria mais razoável ser entregue aos
plano abstrato, pois quando a obra é feita, a competência municípios pois este ente está mais próximo do cidadão e
deixa de ser comum e passa a ser exclusiva. verifica-se mais detalhadamente a necessidade de
prestação de novos serviços.

 Competência Residual – Art 154, I CF


 COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA (ART.154,II CF)
** Principio da legalidade: Os tributos não são criados pela
CF. A CF limita-se a autorizar a tributação A CF delimita Tem um aspecto semelhante à competência residual
espaços de tributação. Na verdade quem cria o tributo é o porque também é exclusiva da União Federal, nenhum
ente competente – União, Estados/DF e municípios quando outro ente poderá exercê-la.
aprovam suas leis, como conseqüência lógica do Principio
A cobrança de impostos de competência extraordinária só
da Legalidade. Ex. A CF autoriza a tributação sobre grandes
pode acontecer em períodos de guerra, porém nunca foi
fortunas, porém não há lei que regulamente a tributação –
exercida, pois o Brasil não se envolve em conflitos armados.
a CF prevê a possibilidade de haver tributo, porém
Nunca foi cobrada, mas poderá ser. Evidentemente quando
enquanto não houver uma lei (podendo ser lei ordinária em
se está em guerra, é necessário receita extraordinária,
alguns casos) não poderá ser tributado.
mesmo porque a receita ordinária diminui e precisa haver
“A CF assina o cheque, mas quem preenche os valores deste uma compensação, desta forma o constituinte viu uma
é o Ente competente e este ato é feito através da lei.” maneira de equilibrar o orçamento autorizando a união a
cobrança de impostos extraordinários. Neste caso, devido
Residual – Também é exclusiva, pois só quem pode exercê-
ao caráter de urgência, basta ser autorizado através de lei
la é a União, através de lei complementar, não sendo um
ordinária Não exige-se lei complementar por esta ser mais
tributo cumulativo.
formal e consequentemente mais demorada, porque
Pode a União Federal criar imposto residual sobre renda? precisa-se que a arrecadação seja da forma mais rápida
Não, pois já é tributado através do I.R – tem que ser fato possível. O constituinte visualizou tornar mais rápida sua
novo não tributado. criação, exigindo-se apenas lei ordinária. O imposto da
guerra pode ser cumulativo por fatos já tributados (lógico),
Para os demais impostos, basta a lei ordinária (maioria
pois a rentabilidade é mais imediata, pode alcançar
simples dos votos) e para o exercício da competência
situações tributadas por imposto Federal, Estadual ou
residual é necessário uma lei complementar (maioria
Municipal (art. 154 II). Ambos: impostos residual e
absoluta dos votos). Qual a razão? Quando a União,
extraordinário são de competência da união.
Estados/DF e municípios aprovam as lei para regulamentar
os impostos já previstos na CF, já estão limitados
materialmente. Ex. Veículo automotor para a cobrança de
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
IPVA – existe uma limitação material maior por isso exige-se
uma lei menos rígida (lei ordinária). No caso de impostos 1. Questão 25 (EO XX) Determinado ente da Federação
residuais por ser fato NOVO ainda não tributado, e sem instituiu um tributo incidente sobre a folha de salários
previsão constitucional, a União tem maior liberdade no e demais rendimentos do trabalho pagos ou
plano material. Em razão disto, o constituinte restringe creditados, a qualquer título, à pessoa física que
através de uma lei mais formal (lei complementar- maioria preste serviço a empregador privado, ainda que sem
absoluta de votos- anuência do congresso maior). Este vínculo empregatício, com o objetivo de financiar a
formalismo é para compensar a liberdade material maior, é seguridade social. Em sintonia com a CRFB/88, assinale

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a opção que indica o ente da federação competente


para a instituição do tributo descrito e o nome do A) A capacidade tributária ativa (realizar atos de
tributo em questão. fiscalização e arrecadação) é delegável.
B) Trata-se de caso de delegação da competência
A) Estados-membros e o Distrito Federal. tributária da União.
Contribuição previdenciária. C) Não é possível que a União revogue, a qualquer
B) União. Contribuição social. tempo e por ato unilateral, a atribuição que
C) União. Imposto sobre a renda. conferiu a tal autarquia.
D) Todos os entes da Federação. Contribuições D) Em eventual discussão judicial proposta por um
sociais. contribuinte do tributo, a autarquia não terá
prazo em dobro para recorrer.
2. Questão 27 (EO XX) O Estado Alfa institui, por meio de
lei complementar, uma taxa pela prestação de serviço 5. Questão 26 (EO XV) O Art. 146, III, a, da Constituição
público específico e divisível. Posteriormente a Federal estabelece que lei complementar deve trazer a
alíquota e a base de cálculo da taxa vêm a ser definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos
modificadas por meio de lei ordinária, que as mantém contribuintes dos impostos previstos na Constituição.
em patamares compatíveis com a natureza do tributo Caso não exista lei complementar prevendo tais
e do serviço público prestado. A lei ordinária em definições relativamente aos impostos estaduais, os
questão é estados

A) integralmente inválida, pois lei ordinária não A) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob
pode alterar lei complementar. pena de violação do Art. 146 da Constituição.
B) parcialmente válida – apenas no que concerne à B) podem instituir e cobrar seus impostos, desde
alteração da base de cálculo, pois a modificação que celebrem convênio para estabelecer normas
da alíquota só seria possível por meio de lei gerais.
complementar. C) podem instituir e cobrar seus impostos, pois
C) parcialmente válida – apenas no que concerne à possuem competência legislativa plena até que a
alteração da alíquota, pois a modificação da base lei complementar venha a ser editada.
de cálculo só seria possível por meio de lei D) podem instituir e cobrar seus impostos, desde
complementar. que seja publicada Medida Provisória
D) integralmente válida, pois a matéria por ela autorizando.
disciplinada não é constitucionalmente reservada
à lei complementar. 6. Questão 28(EO XV) Em dezembro de 2006, foi
publicada a Lei Complementar nº 123, que instituiu o
3. Questão 28 (EO XIX) O Estado X, visando aumentar a Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de
sua arrecadação, instituiu novo imposto, não previsto Pequeno Porte, e criou novo regime de tributação
na Constituição Federal. Sobre a hipótese, assinale a simplificada, abrangendo, além dos impostos e
afirmativa correta. contribuições federais, o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
A) O Estado X pode instituir imposto, mediante lei Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e
complementar, desde que previsto na Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o
Constituição Estadual. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
B) Para exercer a competência residual do Estado X, Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
é necessária lei de iniciativa do Governador do
Estado. A) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à
C) O Estado X não pode instituir o imposto novo, União instituir benefício fiscal de tributo de
tendo em vista que a competência residual para a competência dos Estados, do Distrito Federal e
instituição de novos impostos é somente da dos Municípios.
União. B) O regime de tributação simplificada é obrigatório
D) É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal a todos os contribuintes que cumpram os
e aos Municípios, a instituição de impostos não requisitos previstos na referida lei complementar.
previstos na Constituição Federal. C) A referida lei é inconstitucional, no que se refere
ao ICMS, pois institui benefício fiscal do imposto
4. Questão 25 (EO XVIII) A União instituiu determinado sem a competente autorização por meio de
tributo federal e conferiu a uma autarquia as tarefas convênio do Conselho Nacional de Política
de fiscalizá-lo e arrecadá-lo. Tendo em vista a situação Fazendária – CONFAZ.
narrada, assinale a opção correta.
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D) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do 4 – CONCEITO DE TRIBUTO E


cumprimento das obrigações principais e
acessórias do regime único de arrecadação ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
poderá ser compartilhada pelos entes da
Federação.
 CONCEITO DE TRIBUTO:
7. Questão 27 (EO XII) Em relação ao imposto sobre a Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
propriedade de veículos automotores – IPVA -, moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
assinale a única opção INCOMPATÍVEL com o previsto constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
na Constituição Federal. mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

A) Poderão ser estabelecidas alíquotas diferenciadas


do IPVA em função da procedência do veículo, se  IMPOSTO
nacional ou estrangeira.
B) O IPVA é um imposto de competência dos O art. 145 da Constituição Federal (CF) leva o leitor a
Estados e do Distrito Federal. vislumbrar três espécies do gênero: tributo, quais sejam:
C) Poderão ser estabelecidas alíquotas diferenciadas imposto, taxa e contribuição de melhoria. No entanto,
do IPVA em função do tipo e da utilização do alguns doutrinadores entendem que além das espécies
veículo. supra aludidas, pode-se acrescentar duas outras, previstas
D) Pertence aos municípios parte do produto da expressamente da Magna Carta, quais sejam: empréstimo
arrecadação do IPVA relativamente aos veículos compulsório (art. 148, CF) e contribuição social ou especial
automotores licenciados em seus territórios. (art. 149, CF). Esta última subdivide-se em: contribuição de
intervenção no domínio econômico, contribuição de
8. Questão 28 (EO X) A União criou um novo imposto não interesse de categorias profissionais ou econômicas,
previsto na CRFB mediante lei complementar sobre a contribuição de seguridade social e contribuição de
propriedade de veículos de duas rodas não iluminação pública.
motorizados, que adota fato gerador e base de cálculo
diferente dos demais discriminados na Constituição.
Nessa situação, a União terá feito uso de competência  DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS IMPORTANTES
- Art. 150, VI - A imunidade nestas hipóteses existe
A) comum. somente em relação aos impostos;
B) residual.
C) cumulativa. - Art. 150, par. 1º - O princípio da Anterioridade não se
D) extraordinária. aplica aos impostos de importação, exportação,
produtos industrializados, operações de crédito, câmbio,
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e o
GABARITO imposto extraordinário;
- Art. 153, par. 1º - Mitigação do princípio da Legalidade.
01 02 03 04 05 06 07 08 O Poder Executivo, atendidas as condições e os limites
B D C A C D A B da lei, pode alterar as alíquotas dos impostos de
importação, exportação, produtos industrializados e
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
_________________________________________________ títulos ou valores mobiliários. É instrumento de política
___________________________________________________ fiscal;.

___________________________________________________ - Art. 154, I - Competência residual em relação aos


impostos;
___________________________________________________
- Art. 154, II - Competência em relação aos impostos
___________________________________________________ extraordinários;
___________________________________________________
- Art. 153 - Impostos de competência da União Federal;
___________________________________________________
- Art. 155 - Impostos de competência dos Estados e do
___________________________________________________ Distrito Federal;
___________________________________________________ - Art. 156 - Impostos de competência dos Municípios.
___________________________________________________

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 CONCEITO DE IMPOSTO Ressalte-se ainda que competem à União, em Território


Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos
uma situação independente de qualquer atividade estatal
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos
específica relativa ao contribuinte. Fala-se, por
municipais. (Art. 147, CF).
consequência, que o imposto é o tributo não vinculado, ao
passo que, a taxa e a contribuição de melhoria são tributos
vinculados a uma atuação estatal. A taxa, pela utilização de
 TAXAS
serviços públicos ou em razão do poder de polícia e a
contribuição de melhoria, vinculada a uma obra pública. A São tributos vinculados. Têm como fato gerador o exercício
não-vinculação é o ponto característico e distintivo do regular do poder de polícia, ou o serviço público, prestado
imposto em face das demais espécies tributárias. ou posto à disposição do contribuinte (art. 145, inciso II, CF
e art. 77, CTN).
A cobrança do imposto relaciona-se sempre com uma
situação cotidiana da vida do contribuinte. Jamais a uma Distingue-se do imposto por ser uma espécie tributária
atividade estatal específica. vinculada a uma atividade estatal específica em relação ao
contribuinte. Por sua vez, o traço distintivo da contribuição
Ex.: Imposto de Renda, IPVA, IPTU, etc....
de melhoria, deve-se ao fato de que esta vincula-se à obra
Imposto Pessoal - Vislumbra a pessoa. Os impostos pessoais pública, ao passo que a taxa vincula-se ao poder de polícia
são mais justos ou a serviço público.
Ex.: Imposto de Renda (Art. 145, par. 1º, CF) Conceito de poder de polícia (art. 78, CTN)
Imposto Real - Vislumbra somente a matéria tributável Utilização efetiva ou potencial de serviços públicos
específicos e divisíveis (art. 79, CTN)
Ex.: IPI, ICMS
Art. 145, parágrafo 2º, CF - As taxas não poderão ter base
de cálculo própria de impostos.
A Constituição Federal (CF) de 1.988 distribuiu a
O ente estatal competente para cobrar determinada taxa é
competência para instituir os impostos entre os três entes
o ente público competente, segundo os dispositivos
(União, estados e DF e municípios) estatais de forma clara e
constitucionais e administrativos, para exercer determinado
incontroversa, em seus arts. 153, 155 e 156.
serviço público. Só pode cobrar a taxa por aquele
Competem à União os impostos de importação, exportação, determinado serviço público, quem for o competente para
renda e proventos de qualquer natureza (IR), sobre executá-lo.
produtos industrializados (IPI), sobre operações de crédito,
TAXA x PREÇO PÚBLICO.
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários, sobre a propriedade territorial rural (ITR) e
sobre grandes fortunas. (art. 153, CF).
 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Deve-se destacar os parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º do art. 153,
É o tributo instituído para fazer face ao custo de obras
CF
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
Além dos impostos supra mencionados, a União dispõe da limite total a despesa realizada e como limite individual o
competência residual em relação aos impostos (art. 154, acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
inciso I, da CF) e poderá instituir impostos extraordinários beneficiado. (Art. 81 do Código Tributário Nacional e art.
na iminência ou no caso de guerra externa. (art. 154, inciso 145, III, da Constituição Federal.
II, da CF)
É imprescindível para a cobrança deste tributo que os
Competem aos Estados e ao Distrito Federal os impostos imóveis sejam valorizados em virtude da obra pública. Não
sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer exige-se somente a obra pública. É indispensável que o
bens ou direitos, sobre operações relativas à circulação de imóvel seja valorizado.
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
Competente para instituí-la é o ente estatal que realize a
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e
obra pública.
sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). (art.
155, CF)
Competem aos Municípios o imposto sobre a propriedade  CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
predial e territorial urbana (IPTU), sobre transmissão inter
São espécies tributárias previstas no art. 149 do Código
vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis e
Tributário Nacional. Suas finalidades estão
de direitos reais sobre imóveis (ITBI) e sobre serviços de
constitucionalmente definidas: intervenção no domínio
qualquer natureza (ISS). (art. 156, CF)
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econômico, interesse de categorias profissionais e 2. Questão 26 (EO XIX) A pessoa jurídica Verdes Campos
econômicas e seguridade social Ltda. realiza transporte de cargas entre os estados “X”
e “Y” por meio de sua frota de 30 caminhões. Sobre a
Competência: União, exclusivamente, para as contribuições
referida prestação de serviço de transporte, assinale a
de intervenção no domínio econômico, de interesse das
opção correta.
categorias profissionais ou econômicas, bem como para
custear o regime geral de previdência e assistência social e
A) Incide o ISS, de competência dos Municípios.
para os sistemas de previdência e assistência social dos
B) Não incide qualquer imposto.
servidores públicos federais. Estados, Distrito Federal e
C) Incide o ICMS, de competência dos Estados.
Municípios podem instituir contribuições para os sistemas
D) Incide o IPVA, de competência dos Estados.
de previdência e assistência social dos seus respectivos
servidores públicos (Art. 149, parág. Único da CF)
3. Questão 28 (EO XI) Com relação ao Imposto sobre a
As contribuições sociais devem obedecer aos princípios Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), assinale
constitucionais tributários, por expressa determinação a afirmativa correta.
constitucional. As contribuições sociais destinadas à
Seguridade Social não obedecem ao princípio da A) É instituído pela União e repartido com o Estado
anterioridade. No entanto, só podem ser cobradas depois em que tenha sido licenciado o veículo.
de 90 dias da publicação da lei que as houver instituído ou B) É instituído pelo Estado e repartido com o
modificado. Município em que tenha sido licenciado o
veículo.
C) É instituído pelo Estado em que tenha sido
 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO licenciado o veículo, que ficará com a
integralidade do produto da arrecadação.
Existem duas espécies básicas:
D) É instituído pelo Município em que tenha sido
Art. 148, I, CF - para atender a despesas extraordinárias licenciado o veículo, que ficará com a
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou integralidade do produto da arrecadação.
sua iminência (não obedece ao princípio da anterioridade);
4. Questão 26 (EO X) Uma autarquia federal, proprietária
Art. 148, II, CF - no caso de investimento público de caráter
de veículos automotores adquiridos recentemente, foi
urgente e de relevante interesse nacional (obedece ao
surpreendida com a cobrança de IPVA pelo Estado
princípio da anterioridade)
responsável pelos respectivos licenciamentos, não
Necessidade de lei complementar. Há quem questione a obstante vincular a utilização desses veículos às suas
natureza tributária do empréstimo compulsório pelo fato de finalidades essenciais. Com base na hipótese sugerida,
ser restituível. No entanto, atualmente não há divergência assinale a afirmativa correta.
quanto à natureza tributária do Empréstimo Compulsório.
A) A cobrança é constitucional, por se tratar de fato
gerador do IPVA.
B) A cobrança é constitucional, por se aplicar o
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
princípio da capacidade contributiva.
C) A cobrança é inconstitucional, por se tratar de
1. Questão 28 (EO XX) Após verificar que realizou o
isenção fiscal.
pagamento indevido de Imposto sobre Circulação de
D) A cobrança é inconstitucional, por tratar de
Mercadorias e Serviços - ICMS, determinado
hipótese de imunidade tributária.
contribuinte requer administrativamente a restituição
do valor recolhido. O órgão administrativo
5. Questão 26 (EO XX) Fulano de Tal prometeu adquirir
competente denega o pedido de restituição. Qual o
de uma autarquia federal um imóvel residencial
prazo, bem como o marco inicial, para o contribuinte
urbano. O sinal e parte substancial do preço são pagos
ajuizar ação anulatória da decisão administrativa que
no momento da lavratura da escritura pública de
denega a restituição?
promessa de compra e venda, que é prontamente
registrada no Registro Geral de Imóveis (RGI)
A) 2 (dois) anos contados da notificação do
competente. O saldo do preço será pago em várias
contribuinte da decisão administrativa.
parcelas. Após o registro da promessa de compra e
B) 5 (cinco) anos contados da notificação do
venda
contribuinte da decisão administrativa.
C) 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do
A) passa a incidir o IPTU, a ser pago pela autarquia.
exercício seguinte ao fato gerador.
B) continua a não incidir o IPTU, por força da
D) 1 (um) ano contado da data do julgamento.
imunidade da autarquia (cujo nome continua
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vinculado ao imóvel no RGI, ainda que agora a C) O lançamento está correto em relação à multa,
autarquia figure como promitente vendedora). mas incorreto em relação ao imposto (que
C) passa a incidir o IPTU, a ser pago solidariamente deveria observar a nova alíquota de 2%).
pela autarquia e por Fulano de Tal. D) O lançamento está correto em relação ao
D) passa a incidir o IPTU, a ser pago por Fulano de imposto, mas incorreto em relação à multa (que
Tal, uma vez que registrada no RGI a promessa de deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não
compra e venda do imóvel. recolhido).

6. Questão 28 (EO XVIII) Prefeito de um determinado 8. Questão 27 (EO XVII) A pessoa jurídica X foi
município resolveu conceder isenção de IPTU, por 10 contemplada com isenção do Imposto sobre a
(dez) anos, a proprietários de imóveis que sejam Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do
portadores de deficiência e que realizem investimento imóvel utilizado para suas atividades comerciais. A
nas condições de acessibilidade de suas propriedades. referida isenção foi concedida pelo prazo de 5 (cinco)
Com base na situação apresentada, assinale a anos e sob a condição de que o imóvel seja utilizado
afirmativa correta. para a produção de artesanato regional. Com base no
caso apresentado, sobre a referida isenção assinale a
A) É possível que o município institua a isenção por opção correta.
meio de decreto.
B) Tal isenção constitui caso de suspensão da A) Poderá ser suprimida por lei, a qualquer tempo,
exigibilidade daqueles créditos tributários. ainda que o contribuinte atenda à condição de
C) Somente por meio de lei específica municipal utilizar o imóvel para a produção de artesanato
pode ser concedida isenção de IPTU. regional.
D) A isenção concedida em função de determinadas B) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco)
condições, como é o caso, pode ser revogada a anos, caso o contribuinte cumpra a condição de
qualquer tempo. utilizar o imóvel para a produção de artesanato
regional.
7. Questão 26 (EO XVIII) Antônio, prestador de serviço C) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco)
de manutenção e reparo de instrumentos musicais, anos, ainda que o contribuinte utilize o imóvel
sujeito à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), para a realização de atividades comerciais
deixou de recolher o tributo incidente sobre fato diversas da produção de artesanato regional.
gerador consumado em janeiro de 2013 (quando a D) Poderá ser suprimida por decreto, a qualquer
alíquota do ISS era de 5% sobre o total auferido pelos tempo, ainda que o contribuinte cumpra a
serviços prestados e a multa pelo inadimplemento do condição de utilizar o imóvel para a produção de
tributo era de 25% sobre o ISS devido e não recolhido). artesanato regional.
Em 30 de agosto de 2013, o Município credor aprovou
lei que: (a) reduziu para 2% a alíquota do ISS sobre a 9. Questão 28 (EO XVI) Em 2007, a pessoa jurídica Y
atividade de manutenção e reparo de instrumentos recebeu notificação para pagamento de débitos de
musicais; e (b) reduziu a multa pelo inadimplemento Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
do imposto incidente nessa mesma atividade, que Urbana (IPTU). Em 2014, diante da constatação de que
passou a ser de 10% sobre o ISS devido e não a contribuinte não havia apresentado qualquer
recolhido. Em fevereiro de 2014, o Município X impugnação e nem realizado o pagamento, o
promoveu o lançamento do imposto, exigindo do Município X ajuizou execução fiscal para a cobrança
contribuinte o montante de R$ 25.000,00 – sendo R$ destes créditos. Considerando os fatos narrados e as
20.000,00 de imposto (5% sobre R$ 400.000,00, valor disposições da Lei nº 6.830/80, o juiz, ao analisar a
dos serviços prestados) e R$ 5.000,00 a título de multa inicial da execução fiscal proposta pelo Fisco,
pela falta de pagamento (25% do imposto devido).
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa A) poderá, de ofício, reconhecer e decretar a
correta. prescrição somente depois de ouvida a Fazenda
Pública.
A) O lançamento está correto em relação ao B) poderá, de ofício, reconhecer e decretar a
imposto e à multa. prescrição somente depois de ouvida a Fazenda
B) O lançamento está incorreto tanto em relação ao Pública e a contribuinte.
imposto (que deveria observar a nova alíquota de C) poderá decretar a prescrição de ofício,
2%) quanto em relação à multa (que deveria ser independentemente da prévia oitiva da Fazenda
de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). Pública.
D) só poderá decretar a prescrição se esta vier a ser
suscitada pela contribuinte.
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10. Questão 26 (EO XVI) Determinado contribuinte Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
verificou a existência de débitos vencidos de Imposto Natureza (IR), e a defesa administrativa, apresentada
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) no prazo, ainda não foi apreciada pelo órgão
e da taxa de coleta de lixo com o Município M. Os dois competente. Considerando apenas os dados
tributos são relativos ao ano-calendário de 2012 e se apresentados, é correto afirmar que a sociedade
referem ao imóvel onde reside. O contribuinte pagou
ao Município M montante insuficiente para a quitação A) não poderá participar da licitação, pela existência
de ambos os tributos. Diante de tais débitos, a de crédito tributário vencido e não pago.
autoridade administrativa municipal que recebeu o B) poderá participar da licitação, pois o crédito
pagamento tributário está com a exigibilidade suspensa.
C) poderá participar da licitação somente após a
A) determinará, primeiramente, a imputação do defesa administrativa ser analisada.
pagamento à taxa e, posteriormente, ao imposto. D) somente poderá participar da licitação se
B) determinará o pagamento na ordem decrescente depositar o valor do crédito tributário.
dos prazos prescricionais.
C) determinará o pagamento na ordem crescente 14. Questão 25 (EO XIV) Visando a proteger a indústria de
dos montantes. tecnologia da informação, o governo federal baixou
D) determinará, primeiramente, a imputação do medida, mediante decreto, em que majora de 15%
pagamento ao imposto e, posteriormente, à taxa. para 20% a alíquota do Imposto sobre a Importação de
Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo
11. Questão 25 (EO X) Três irmãos são donos de um procedentes do exterior, limites esses que foram
imóvel, em proporções iguais. Em relação ao IPTU, previstos em lei. A respeito da modificação de alíquota
cada irmão do Imposto de Importação, assinale a afirmativa
correta.
A) só pode ser cobrado pelo fisco na razão de
33,33% do imposto. A) Deve observar a reserva de lei complementar.
B) é devedor solidário em relação ao todo do B) Deve ser promovida por lei ordinária.
imposto. C) Deve observar o princípio da irretroatividade.
C) é devedor na razão de 33,3% do imposto e D) Deve observar o princípio da anterioridade.
responsável subsidiário pelo restante.
D) não pode ser cobrado judicialmente pela parte de 15. Questão 26 (EO XIV) Empresa X, constituída em 1980,
outro irmão que tenha recursos para pagá-la. entrou com ação na Justiça Federal impugnando a
cobrança da Contribuição Sobre o Lucro – CSLL,
12. Questão 27 (EO XVIII) A Presidência da República, por alegando que, apesar de prevista no Art. 195, I, c, da
meio do Decreto 123, de 1º de janeiro de 2015, Constituição Federal, trata-se de um tributo que tem o
aprovou novas alíquotas para o Imposto sobre lucro como fato gerador. Dessa forma, haveria um bis
Produtos Industrializados (IPI), dentro das balizas in idem em relação ao Imposto Sobre a Renda das
fiadas na lei tributária, a saber: Cigarro – alíquota de Pessoas Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é
100% Vestuário – alíquota de 10% Macarrão – alíquota vedado pelo próprio texto constitucional. A partir do
zero Sobre a hipótese, é possível afirmar que caso narrado e considerando a jurisprudência
dominante do Supremo Tribunal Federal, assinale a
A) o referido decreto é inconstitucional, uma vez afirmativa correta.
que viola o princípio da legalidade.
B) o referido decreto é inconstitucional, uma vez A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm
que viola o princípio do não confisco. o lucro como fato gerador, o que é vedado pela
C) as alíquotas são diferenciadas em razão da Constituição Federal.
progressividade do IPI. B) A empresa, por ter sido constituída
D) as alíquotas são diferenciadas em razão do anteriormente à Constituição Federal de 1988,
princípio da seletividade do IPI. tem direito adquirido a não pagar a CSLL.
C) A empresa não tem razão, porque ambos os
13. Questão 27(EO XV) Um empresário consulta um tributos estão previstos na CRFB.
escritório de advocacia sobre a possibilidade de a D) A empresa tem razão, pela clara violação à
sociedade da qual é administrador participar de uma vedação ao confisco prevista no Art. 150, IV, da
licitação, sendo certo que, para tal, terá que CRFB.
apresentar uma certidão demonstrando a inexistência
de débitos fiscais com o governo federal. Ele informa
que a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do
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16. Questão 25 (EO XI) Assinale a alternativa que indica os B) inconstitucional, por violar o conceito
impostos cujas alíquotas podem ser majoradas por ato constitucional de taxa.
do Poder Executivo, observados os parâmetros legais. C) constitucional, por não violar o conceito
constitucional de taxa, mas ilegal por violar a
A) Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações definição de taxa contida no Código Tributário
Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Propriedade Nacional.
Territorial Rural (ITR). D) inconstitucional, por violar o conceito
B) Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre a constitucional de taxa, além de ilegal, por violar a
Exportação (IE) e Imposto sobre Grandes definição de taxa contida no Código Tributário
Fortunas (IGF). Nacional.
C) Imposto de Renda (IR) Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto 20. Questão 25 (EO XII) Pedro adquire imóvel de João, que
sobre Grandes Fortunas (IGF). o alugava anteriormente a uma sociedade empresária.
D) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Sobre esse imóvel estavam pendentes de pagamento
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e os seguintes tributos: o IPTU, a Contribuição de
Imposto sobre a Importação (II) Melhoria, a Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo e a Taxa
de Inspeção Sanitária devida pelo exercício do poder
17. Questão 27 (EO XI) A remuneração que os Municípios de polícia, em função da atividade ali desenvolvida.
pagam a seus servidores está sujeita à incidência do Com relação à responsabilidade tributária, assinale a
Imposto sobre a Renda retido na fonte (IR-Fonte). afirmativa correta.
Assinale a alternativa que indica o ente público ao qual
pertence o produto da arrecadação do IRFonte nesse A) Pedro só se torna responsável tributário do IPTU,
caso específico. da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo e da
Contribuição de Melhoria, permanecendo João
A) Ao Município que efetua o pagamento da como sujeito passivo da Taxa de Inspeção
remuneração. Sanitária.
B) À União. B) Pedro só se torna responsável tributário do IPTU
C) Ao Estado em que está situado o Município que e da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo,
efetua o pagamento da remuneração. permanecendo João como sujeito passivo da
D) Metade à União e metade ao Município que Taxa de Inspeção Sanitária e da Contribuição de
efetua o pagamento da remuneração. Melhoria.
C) Pedro é o responsável tributário de todos os
18. Questão 27 (EO XIII) José recebeu auto de infração tributos, devido à sucessão imobiliária.
pelo inadimplemento de determinado tributo D) João continua sendo o sujeito passivo de todos os
instituído por lei ordinária. José contesta a exigência tributos, muito embora o imóvel tenha sido
fiscal sob o argumento, correto, de que o tributo em adquirido por Pedro.
questão deveria ter sido instituído por lei
complementar. A partir da hipótese apresentada, GABARITO
assinale a opção que indica o tributo exigido no
referido auto de infração. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A C B D D C D B C A
A) Contribuição de Interesse de Categoria 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Profissional. B D B C C D A D A A
B) Contribuição de Melhoria.
C) Contribuição de Intervenção no Domínio _________________________________________________
Econômico.
___________________________________________________
D) Empréstimo Compulsório.
___________________________________________________
19. Questão 25 (EO XIII) Segundo o entendimento do STF,
___________________________________________________
a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou ___________________________________________________
destinação de lixo ou resíduos provenientes de ___________________________________________________
imóveis, é
___________________________________________________
A) constitucional, por não violar o conceito ___________________________________________________
constitucional de taxa.
___________________________________________________

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5 – CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de


créditos tributários, ou de dispensa ou redução de
penalidades.
O Código Tributário Nacional (CTN) é uma lei de âmbito § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da
nacional, aplicável à União Federal, aos Estados, ao Distrito sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
Federal, aos Estados e Municípios. Disciplina basicamente
as matérias do art. 146, CF, tais como: normas gerais de § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do
direito tributário, regulamentação das limitações disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor
constitucionais ao poder de tributar, dentre outras. monetário da respectiva base de cálculo.

Elaborado como lei ordinária, foi recepcionado pelas Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais
Constituições posteriores, inclusive pela atual de 1988, revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
passando a ter o “status” normativo de lei complementar, serão observados pela que lhes sobrevenha.
posto que as matérias por ele disciplinadas são reservadas à Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se
lei complementar (art. 146, CF). aos das leis em função das quais sejam expedidos,
No seu art. 96, é feita uma distinção entre lei tributária e determinados com observância das regras de interpretação
legislação tributária, aparecendo a primeira como espécie estabelecidas nesta Lei.
do gênero legislação tributária, ou seja, esta última COMENTÁRIOS
compreende as leis, os tratados, as convenções, os decretos
e as normas complementares. Esta distinção será O art. 97 do Código Tributário Nacional é bem claro ao
fundamental porque com frequência a Constituição Federal elencar matérias que serão obrigatoriamente reservadas à
vai usar referidas expressões, reservando algumas matérias lei. Cuida-se da regulamentação do Princípio da Legalidade
à lei, permitindo que outras sejam regulamentadas pela (art. 150, I, CF), ou seja, a lei tributária que venha a instituir
legislação tributária. Seguem as regras do Código Tributário o tributo não pode simplesmente criá-lo. É preciso que
Nacional: especifique todos elementos descritos no art. 97 do CTN,
sendo vedada a delegação para o Poder Executivo de
CAPÍTULO I regulamentar referidas matérias por Decreto
Disposições Gerais Em relação aos tratados que cuidam de matéria tributária,
SEÇÃO I deve-se destacar que o mesmo ingressa no nosso
ordenamento jurídico como lei ordinária, revogando-a e
Disposição Preliminar podendo por ela ser passível de revogação.
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as Em relação aos decretos, verifica-se pela própria redação do
leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos dispositivo supra mencionado que só há espaço em
e as normas complementares que versem, no todo ou em Tributário para os Decretos de Execução (Art. 84, IV, CF),
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. que limitar-se-ão a regulamentar as leis, não havendo
SEÇÃO II espaço para Decretos Autônomos em Direito Tributário.

Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos As normas complementares não se confundem com as leis
complementares posto que estas são leis, expedidas pelos
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: órgãos do Poder Legislativo, sendo as normas
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; complementares expedidas por autoridades
administrativas, razão pela qual as mesmas são sempre
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o infralegais. As normas complementares complementam as
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; leis, tratados e decretos.
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária SEÇÃO III
principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo
52, e do seu sujeito passivo; Normas Complementares

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados
cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e e das convenções internacionais e dos decretos:
65; I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões administrativas;
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
definidas; jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia
normativa;

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III - as práticas reiteradamente observadas pelas II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
autoridades administrativas;
a) quando deixe de defini-lo como infração;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados,
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
o Distrito Federal e os Municípios.
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento
artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de de tributo;
juros de mora e a atualização do valor monetário da base
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a
de cálculo do tributo.
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO IV
Vigência da Legislação Tributária
Interpretação e Integração da Legislação Tributária
Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme
tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às
o disposto neste Capítulo.
normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste
Capítulo. Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade
competente para aplicar a legislação tributária utilizará
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito
sucessivamente, na ordem indicada:
Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos
respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam I - a analogia;
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do
II - os princípios gerais de direito tributário;
que disponham esta ou outras leis de normas gerais
expedidas pela União. III - os princípios gerais de direito público;
Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: IV - a eqüidade.
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na
100, na data da sua publicação; exigência de tributo não previsto em lei.
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, § 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na
quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a dispensa do pagamento de tributo devido.
data da sua publicação;
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de
na data neles prevista. seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição
dos respectivos efeitos tributários.
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de
patrimônio ou a renda: direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou
I - que instituem ou majoram tais impostos;
pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios,
II - que definem novas hipóteses de incidência; para definir ou limitar competências tributárias.
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária
dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e que disponha sobre:
observado o disposto no artigo 178.
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
CAPÍTULO III
II - outorga de isenção;
Aplicação da Legislação Tributária
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos acessórias.
fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina
aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao
completa nos termos do artigo 116.
acusado, em caso de dúvida quanto:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - à capitulação legal do fato;
I - em qualquer caso, quando seja expressamente
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração
natureza ou extensão dos seus efeitos;
dos dispositivos interpretados;

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III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; CAPÍTULO II


IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. Fato Gerador
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação
definida em lei como necessária e suficiente à sua
COMENTÁRIOS
ocorrência.
Em Direito Tributário, Obrigação Tributária e Crédito
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer
Tributário não se confundem. A Obrigação nasce com a
situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a
realização do Fato Gerador, ou seja, quando o contribuinte
prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
realiza o fato no mundo real que é tributável. Este fato
principal.
sendo visualizado pelo Estado, será objeto de lançamento
tributário, surgindo o Crédito Tributário, ou seja, o Crédito Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se
surge após o lançamento, enquanto a Obrigação surge com ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
a ocorrência do Fato Gerador.
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em
O Código Tributário Nacional faz a distinção entre obrigação que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias
principal e acessória, sendo a principal toda obrigação de a que produza os efeitos que normalmente lhe são
pagar tributo ou multa e a acessória, quaisquer prestações próprios;
positivas ou negativas que não sejam obrigação de pagar,
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em
relativas a arrecadação ou a fiscalização.
que esteja definitivamente constituída, nos termos de
Em Tributário, é possível a existência de obrigação acessória direito aplicável.
sem a obrigação principal, podendo citar como exemplo o
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá
contribuinte que é isento de imposto de renda, mas, em
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a
muitas situações, é obrigado a declarar imposto de renda,
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do
sob pena de multa.
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
Ressalte-se ainda que a acessória sendo descumprida, obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
enseja o surgimento de uma obrigação principal em relação estabelecidos em lei ordinária. (Parágrafo incluído pela Lcp
à penalidade pecuniária. nº 104, de 10.1.2001)
A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e
gerador, sendo a situação necessária e suficiente ao salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios
surgimento da obrigação tributária. A obrigação principal jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
decorre de lei e a obrigação acessória, decorre de legislação
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu
tributária.
implemento;
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da
CAPÍTULO I prática do ato ou da celebração do negócio.
Disposições Gerais Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato
pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como
gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente. II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
§ 2º A obrigação acessória decorrente da legislação CAPÍTULO III
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
Sujeito Ativo
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de
direito público, titular da competência para exigir o seu
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua
cumprimento.
inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária. Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa
jurídica de direito público, que se constituir pelo
desmembramento territorial de outra, subroga-se nos
direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que
entre em vigor a sua própria.

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CAPÍTULO IV civis, comerciais ou profissionais, ou da administração


direta de seus bens ou negócios;
Sujeito Passivo
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída,
SEÇÃO I
bastando que configure uma unidade econômica ou
Disposições Gerais profissional.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa SEÇÃO IV
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
Domicílio Tributário
pecuniária.
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal
responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
diz-se:
aplicável, considera-se como tal:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,
a situação que constitua o respectivo fato gerador;
sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de
II - responsável, quando, sem revestir a condição de sua atividade;
contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às
de lei.
firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
obrigada às prestações que constituam o seu objeto. estabelecimento;
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer
convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo de suas repartições no território da entidade tributante.
pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como
das obrigações tributárias correspondentes.
domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar
SEÇÃO II da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que
deram origem à obrigação.
Solidariedade
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
constitua o fato gerador da obrigação principal; parágrafo anterior.
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não COMENTÁRIOS
comporta benefício de ordem.
O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL subdivide o Sujeito
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os Passivo em dois tidos: Contribuinte e Responsável. (art. 121,
seguintes os efeitos da solidariedade: CTN). Contribuinte é aquele que realiza o Fato Gerador, ou
seja, é a pessoa que concretiza a hipótese normativa
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita
prevista no texto legal. O Responsável não realiza o fato
aos demais;
gerador, porém a sua condição de responsável decorre de
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os dispositivo expresso na lei
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles,
O CTN reserva vários artigos, definindo hipóteses de
subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
Responsabilidade. É preciso uma definição do rol de
pelo saldo;
contribuintes? Evidente que não, posto que a condição de
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos contribuinte decorre automaticamente da concretização do
obrigados, favorece ou prejudica aos demais. Fato Gerador.
SEÇÃO III No caso do Responsável, em que deve haver uma definição
legal para saber quem é o responsável, a lei tem que definir
Capacidade Tributária
os casos de Responsabilidade. O CTN elenca alguns deles a
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: partir do art. 128 do CTN, sem prejuízo de outras leis
definirem outras hipóteses de Responsabilidade Tributária.
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
Deve-se destacar ainda que há duas espécies de
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que
Responsabilidade: Por Substituição e Por Transferência. Na
importem privação ou limitação do exercício de atividades
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Responsabilidade por Transferência, a obrigação tributária III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
nasce com o contribuinte e é transferida ao responsável data da abertura da sucessão.
tributário por algum fato superveniente (Ex.: espólio
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de
responde pelos débitos do falecido) e há a
fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
Responsabilidade por Substituição quando a obrigação
é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas
tributária já nasce com o responsável, chamado de
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
Substituto Tributário (Ex.: Empresa que é obrigada a reter
transformadas ou incorporadas.
na fonte o Imposto de Renda dos seus empregados).
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos
Contribuinte e Responsável podem ser obrigados ao
de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando
cumprimento de obrigação Principal e Acessória. As
a exploração da respectiva atividade seja continuada por
hipóteses de responsabilidade previstas no texto do Código
qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma
Tributário Nacional não são exaustivas, mas, meramente
ou outra razão social, ou sob firma individual.
exemplificativas. Outras leis podem trazer outras hipóteses
de responsabilidade tributária. Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
(CAPÍTULO V) continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde
SEÇÃO I
pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
Disposição Geral adquirido, devidos até à data do ato:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito comércio, indústria ou atividade;
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo
cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
de comércio, indústria ou profissão.
SEÇÃO II
SEÇÃO III
Responsabilidade dos Sucessores
Responsabilidade de Terceiros
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do
créditos tributários definitivamente constituídos ou em
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos
respondem solidariamente com este nos atos em que
constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida
data. I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse tutelados ou curatelados;
de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
devidos por estes;
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
prova de sua quitação.
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, massa falida ou pelo concordatário;
a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão do seu ofício;
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos
bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto- VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de
lei nº 28, de 14.11.1966) pessoas.
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou matéria de penalidades, às de caráter moratório.
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
quinhão do legado ou da meação;
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de

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atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
contrato social ou estatutos: cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
I - as pessoas referidas no artigo anterior; SEÇÃO II
II - os mandatários, prepostos e empregados; Responsabilidade dos Sucessores
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos
jurídicas de direito privado. créditos tributários definitivamente constituídos ou em
curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos
SEÇÃO IV
constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que
Responsabilidade por Infrações relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida
data.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a
responsabilidade por infrações da legislação tributária Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo
independe da intenção do agente ou do responsável e da fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse
efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a
contravenções, salvo quando praticadas no exercício prova de sua quitação.
regular de administração, mandato, função, cargo ou
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública,
emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida
a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
por quem de direito;
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico
do agente seja elementar; I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos
bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto-
III - quanto às infrações que decorram direta e
lei nº 28, de 14.11.1966)
exclusivamente de dolo específico:
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou
quem respondem;
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus quinhão do legado ou da meação;
mandantes, preponentes ou empregadores;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas data da abertura da sucessão.
jurídicas de direito privado, contra estas.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
depósito da importância arbitrada pela autoridade transformadas ou incorporadas.
administrativa, quando o montante do tributo dependa de
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos
apuração.
de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia a exploração da respectiva atividade seja continuada por
apresentada após o início de qualquer procedimento qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com ou outra razão social, ou sob firma individual.
a infração.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que
CAPÍTULO V adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
Responsabilidade Tributária
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
SEÇÃO I razão social ou sob firma ou nome individual, responde
pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento
Disposição Geral
adquirido, devidos até à data do ato:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
comércio, indústria ou atividade;
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data
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da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo III - quanto às infrações que decorram direta e
de comércio, indústria ou profissão. exclusivamente de dolo específico:
SEÇÃO III a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por
quem respondem;
Responsabilidade de Terceiros
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do
mandantes, preponentes ou empregadores;
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: jurídicas de direito privado, contra estas.
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
tutelados ou curatelados;
depósito da importância arbitrada pela autoridade
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos administrativa, quando o montante do tributo dependa de
devidos por estes; apuração.
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início de qualquer procedimento
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela
administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com
massa falida ou pelo concordatário;
a infração.
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,
pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão do seu ofício; COMENTÁRIOS
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL subdivide claramente os
pessoas. dois aspectos principais do “fenômeno tributário”, quais
sejam: a obrigação tributária e o crédito tributário. A
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em
obrigação tributária, que pode ser principal e acessória,
matéria de penalidades, às de caráter moratório.
surge com a ocorrência do fato gerador, ao passo que o
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos crédito tributário decorre da obrigação e surge com o
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de lançamento tributário.
atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei,
Na obrigação, nasce para o Fisco o direito de lançar e no
contrato social ou estatutos:
crédito, nasce para o Estado o direito de cobrar,
I - as pessoas referidas no artigo anterior; inicialmente, na via administrativa e, posteriormente, na
esfera judicial. A Obrigação Tributária corresponde a
II - os mandatários, prepostos e empregados;
obrigação ilíquida, ou seja, quando seus elementos não
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas estão ainda identificados. O Crédito Tributário, por sua vez,
jurídicas de direito privado. corresponde a obrigação líquida, ou seja, quando seus
elementos já estão perfeitamente identificados
SEÇÃO IV
O lançamento corresponde ao ato administrativo que
Responsabilidade por Infrações
transforma a obrigação tributária em crédito tributário,
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a verificando a ocorrência do fato gerador da obrigação
responsabilidade por infrações da legislação tributária correspondente, determinando a matéria tributável,
independe da intenção do agente ou do responsável e da calculando o montante do tributo devido, identificando o
efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. sujeito passivo e, sendo caso, aplicando a penalidade
cabível.
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
É importante ressaltar que o lançamento sempre será feito
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou
com base na legislação vigente na época do fato gerador,
contravenções, salvo quando praticadas no exercício
ou seja, se o fato gerador ocorreu em 2008 e o lançamento
regular de administração, mandato, função, cargo ou
é efetuado em 2010, levará em consideração sempre a
emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida
legislação vigente em 2008 no que se refere à obrigação
por quem de direito;
tributária (art. 144, CTN).
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico
O Código Tributário Nacional (CTN) elenca três tipos de
do agente seja elementar;
lançamento. É importante ressaltar que o critério utilizado
pela lei para diferenciar os três tipos de lançamento é a
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participação maior ou menor do sujeito passivo, auxiliando Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal
o Fisco a efetuar o lançamento. e tem a mesma natureza desta.
No lançamento de ofício, o Estado pratica todos os atos Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito
necessários ao lançamento, ou seja, não precisa da ajuda do tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou
contribuinte porque dispõe de todos os elementos os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua
indispensáveis ao lançamento. São exemplos o IPVA e o exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu
IPTU. Deve-se destacar ainda que o lançamento de ofício é origem.
subsidiário aos demais, ou seja, nos demais lançamentos,
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído
em caso de haver omissão por parte do contribuinte, o
somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade
lançamento de ofício será efetuado.
suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos
No lançamento por declaração, há uma participação quais não podem ser dispensadas, sob pena de
equivalente entre o Fisco e o contribuinte, ou seja, o responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação
contribuinte fornece as informações ao Fisco, sem antecipar ou as respectivas garantias.
qualquer pagamento. O Fisco recebe as informações,
CAPÍTULO II
processando-as e efetuando o lançamento posterior,
notificando o contribuinte para efetuar o pagamento. O ITBI Constituição de Crédito Tributário
é um exemplo.
SEÇÃO I
No lançamento por homologação, o sujeito passivo tem o
Lançamento
dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, operando-se pelo ato em que a Art. 142. Compete privativamente à autoridade
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade administrativa constituir o crédito tributário pelo
assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. lançamento, assim entendido o procedimento
A homologação pode ser expressa ou tácita. Ocorrerá a administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
homologação expressa quando houver um ato que gerador da obrigação correspondente, determinar a
expressamente homologa o pagamento efetuado pelo matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
contribuinte. Ocorrerá a tácita quando no prazo de cinco identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
anos, a contar da ocorrência do fato gerador, a Fazenda aplicação da penalidade cabível.
Pública não tenha se pronunciado, extinguindo-se o crédito
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento
tributário definitivamente, salvo se comprovada a
é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O Imposto de
funcional.
Renda é um exemplo.
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o
No art. 151 do Código Tributário Nacional, estão previstas
valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no
as hipóteses que suspendem o crédito tributário, ou seja,
lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao
são situações em que o crédito tributário existe, porém a
câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.
sua exigibilidade está suspensa, impedindo-se a cobrança
do crédito tributário. São hipóteses que suspendem a Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do
exigibilidade do crédito tributário, previstas no art. 151 do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,
Código Tributário Nacional: ainda que posteriormente modificada ou revogada.
I - moratória; § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que,
posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação,
II - o depósito do seu montante integral;
tenha instituído novos critérios de apuração ou processos
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das
reguladoras do processo tributário administrativo; autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso,
IV - a concessão de medida liminar em mandado de
para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a
segurança.
terceiros.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada,
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos
em outras espécies de ação judicial;
lançados por períodos certos de tempo, desde que a
VI – o parcelamento. respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato
gerador se considera ocorrido.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito
CAPÍTULO I
passivo só pode ser alterado em virtude de:
Disposições Gerais
I - impugnação do sujeito passivo;
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II - recurso de ofício; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito


passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos
aplicação de penalidade pecuniária;
casos previstos no artigo 149.
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em
em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos
critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não
no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, provado por ocasião do lançamento anterior;
em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior,
gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.
ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o
SEÇÃO II efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou
formalidade especial.
Modalidades de Lançamento
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração
iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na
forma da legislação tributária, presta à autoridade Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre
administrativa informações sobre matéria de fato, quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
indispensáveis à sua efetivação. passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio
que a referida autoridade, tomando conhecimento da
declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a
admissível mediante comprovação do erro em que se
homologa.
funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu
deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da
exame serão retificados de ofício pela autoridade
ulterior homologação ao lançamento.
administrativa a que competir a revisão daquela.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou
atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito
tem em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos,
passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial
serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante
do crédito.
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre
que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão,
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos porém, considerados na apuração do saldo porventura
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua
ressalvada, em caso de contestação, avaliação graduação.
contraditória, administrativa ou judicial.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador;
autoridade administrativa nos seguintes casos: expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
I - quando a lei assim o determine;
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
CAPÍTULO III
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha
Suspensão do Crédito Tributário
prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de
atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a SEÇÃO I
pedido de esclarecimento formulado pela autoridade
Disposições Gerais
administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto I - moratória;
a qualquer elemento definido na legislação tributária como
II - o depósito do seu montante integral;
sendo de declaração obrigatória;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte
reguladoras do processo tributário administrativo;
da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a
que se refere o artigo seguinte; IV - a concessão de medida liminar em mandado de
segurança.
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OS: 0010/10/16-Gil

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de
em outras espécies de ação judicial; (Inciso incluído pela dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro
Lcp nº 104, de 10.1.2001) (Vide Medida Provisória nº 38, de em benefício daquele.
13.5.2002)
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual
VI – o parcelamento. (Inciso incluído pela Lcp nº 104, não gera direito adquirido e será revogado de ofício,
de 10.1.2001) (Vide Medida Provisória nº 38, de 13.5.2002) sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou
deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o
deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor,
cumprimento das obrigações assessórios dependentes da
cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
conseqüentes. I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo
ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício
SEÇÃO II
daquele;
Moratória
II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo
I - em caráter geral: decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação
não se computa para efeito da prescrição do direito à
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para
cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a
instituir o tributo a que se refira;
revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido
b) pela União, quanto a tributos de competência dos direito.
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e
simultaneamente concedida quanto aos tributos de
condição estabelecidas em lei específica. (Artigo incluído
competência federal e às obrigações de direito privado;
pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
II - em caráter individual, por despacho da autoridade
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento
administrativa, desde que autorizada por lei nas condições
do crédito tributário não exclui a incidência de juros e
do inciso anterior.
multas. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à
disposições desta Lei, relativas à moratória. (Parágrafo
determinada região do território da pessoa jurídica de
incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
direito público que a expedir, ou a determinada classe ou
categoria de sujeitos passivos.
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou COMENTÁRIOS
autorize sua concessão em caráter individual especificará,
O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL subdivide claramente os
sem prejuízo de outros requisitos:
dois aspectos principais do “fenômeno tributário”, quais
I - o prazo de duração do favor; sejam: a obrigação tributária e o crédito tributário. A
obrigação tributária, que pode ser principal e acessória,
II - as condições da concessão do favor em caráter
surge com a ocorrência do fato gerador, ao passo que o
individual;
crédito tributário decorre da obrigação e surge com o
III - sendo caso: lançamento tributário.
a) os tributos a que se aplica; Na obrigação, nasce para o Fisco o direito de lançar e no
crédito, nasce para o Estado o direito de cobrar. A
b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do
Obrigação Tributária corresponde a obrigação ilíquida, ou
prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação
seja, quando seus elementos não estão ainda identificados.
de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada
O Crédito Tributário, por sua vez, corresponde a obrigação
caso de concessão em caráter individual;
líquida, ou seja, quando seus elementos já estão
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado perfeitamente identificados.
no caso de concessão em caráter individual.
O lançamento corresponde ao ato administrativo que
Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória transforma a obrigação tributária em crédito tributário,
somente abrange os créditos definitivamente constituídos à verificando a ocorrência do fato gerador da obrigação
data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo correspondente, determinando a matéria tributável,
lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato calculando o montante do tributo devido, identificando o
regularmente notificado ao sujeito passivo. sujeito passivo e, sendo caso, aplicando a penalidade
cabível.
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É importante ressaltar que o lançamento sempre será feito VI - a conversão de depósito em renda;
com base na legislação vigente na época do fato gerador,
VII - o pagamento antecipado e a homologação do
ou seja, se o fato gerador ocorreu em 2008 e o lançamento
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§
é efetuado em 2010, levará em consideração sempre a
1º e 4º;
legislação vigente em 2008 no que se refere à obrigação
tributária. VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto
no § 2º do artigo 164;
O Código Tributário Nacional (CTN) elenca três tipos de
lançamento. É importante ressaltar que o critério utilizado IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
pela doutrina para diferenciar os três tipos de lançamento é definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser
a participação maior ou menor do sujeito passivo, objeto de ação anulatória;
auxiliando o Fisco a efetuar o lançamento.
X - a decisão judicial passada em julgado.
No lançamento de ofício, o Estado pratica todos os atos
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
necessários ao lançamento, ou seja, não precisa da ajuda do
condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104,
contribuinte porque dispõe de todos os elementos
de 10.1.2001)
indispensáveis ao lançamento. São exemplos o IPVA e o
IPTU. Deve-se destacar ainda que o lançamento de ofício é Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da
subsidiário aos demais. extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior
verificação da irregularidade da sua constituição, observado
No lançamento por declaração, há uma participação
o disposto nos artigos 144 e 149.
equivalente entre o Fisco e o contribuinte, ou seja, o
contribuinte fornece as informações ao Fisco, sem antecipar CAPÍTULO IV
qualquer pagamento. O Fisco recebe as informações,
Extinção do Crédito Tributário
processando-as e efetuando o lançamento posterior,
notificando o contribuinte para efetuar o pagamento. O ITBI SEÇÃO I
é um exemplo.
Modalidades de Extinção
No lançamento por homologação, o sujeito passivo tem o
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, operando-se pelo ato em que a I - o pagamento;
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade
II - a compensação;
assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
A homologação pode ser expressa ou tácita. Ocorrerá a III - a transação;
homologação expressa quando houver um ato que IV - remissão;
expressamente homologa o pagamento efetuado pelo
contribuinte. Ocorrerá a tácita quando no prazo de cinco V - a prescrição e a decadência;
anos, a contar da ocorrência do fato gerador, a Fazenda VI - a conversão de depósito em renda;
Pública não tenha se pronunciado, extinguindo-se o crédito
tributário definitivamente, salvo se comprovada a VII - o pagamento antecipado e a homologação do
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. O Imposto de lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§
Renda é um exemplo. 1º e 4º;
No art. 156 do Código Tributário Nacional, estão previstas VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto
as hipóteses que extinguem o crédito tributário, ou seja, no § 2º do artigo 164;
são situações em que o crédito tributário deixa de existir. A IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definição destas hipóteses é matéria reservada à lei definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser
complementar. A regulamentação destas hipóteses pode objeto de ação anulatória;
ser feita por lei ordinária por cada ente federativo. O
contribuinte terá direito a uma certidão negativa de X - a decisão judicial passada em julgado.
débitos. São hipóteses que extinguem o crédito tributário, XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
previstas no art. 156 do Código Tributário Nacional: condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104,
I - o pagamento; de 10.1.2001)
II - a compensação; Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da
extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior
III - a transação; verificação da irregularidade da sua constituição, observado
IV - remissão; o disposto nos artigos 144 e 149.
V - a prescrição e a decadência;
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SEÇÃO II § 5º O pagamento em papel selado ou por processo


mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha.
Pagamento
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos
Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento
vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma
integral do crédito tributário.
pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a
Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em diferentes tributos ou provenientes de penalidade
presunção de pagamento: pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa
competente para receber o pagamento determinará a
I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na
II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ordem em que enumeradas:
ou a outros tributos.
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e
Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade
respeito, o pagamento é efetuado na repartição tributária;
competente do domicílio do sujeito passivo.
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às
Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo taxas e por fim aos impostos;
do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
depois da data em que se considera o sujeito passivo
notificado do lançamento. IV - na ordem decrescente dos montantes.
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser
desconto pela antecipação do pagamento, nas condições consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
que estabeleça.
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao
é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo cumprimento de obrigação acessória;
determinante da falta, sem prejuízo da imposição das
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de
penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas
exigências administrativas sem fundamento legal;
de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora
público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
são calculados à taxa de um por cento ao mês.
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de
consignante se propõe pagar.
consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para
pagamento do crédito. § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se
reputa efetuado e a importância consignada é convertida
Art. 162. O pagamento é efetuado:
em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora,
sem prejuízo das penalidades cabíveis.
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel
selado, ou por processo mecânico. SEÇÃO III
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias Pagamento Indevido
exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal,
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente
desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o
de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo,
pagamento em moeda corrente.
seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
extinto com o resgate deste pelo sacado.
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido
§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto ou maior que o devido em face da legislação tributária
com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
artigo 150. gerador efetivamente ocorrido;
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação
pagamento por esta modalidade, não dão direito a da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou
restituição, salvo nos casos expressamente previstos na na elaboração ou conferência de qualquer documento
legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja relativo ao pagamento;
imputável à autoridade administrativa.

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III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça,
condenatória. aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar
transação que, mediante concessões mútuas, importe em
Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua
determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito
natureza, transferência do respectivo encargo financeiro
tributário.
somente será feita a quem prove haver assumido o referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente
por este expressamente autorizado a recebê-la. para autorizar a transação em cada caso.
Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a
restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou
penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de parcial do crédito tributário, atendendo:
caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.
I - à situação econômica do sujeito passivo;
Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis,
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo,
a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a
quanto a matéria de fato;
determinar.
III - à diminuta importância do crédito tributário;
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com
o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: IV - a considerações de eqüidade, em relação com as
características pessoais ou materiais do caso;
I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da
extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de V - a condições peculiares a determinada região do
2005) território da entidade tributante.
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera
tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto
julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, no artigo 155.
revogado ou rescindido a decisão condenatória.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito
Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
decisão administrativa que denegar a restituição.
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo lançamento poderia ter sido efetuado;
início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
metade, a partir da data da intimação validamente feita ao
anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente
representante judicial da Fazenda Pública interessada.
efetuado.
SEÇÃO IV
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo
Demais Modalidades de Extinção extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele
previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que
constituição do crédito tributário pela notificação, ao
estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
autoridade administrativa, autorizar a compensação de
indispensável ao lançamento.
créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos
ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário
(Vide Decreto nº 7.212, de 2010) prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva.
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito
passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em
redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por
execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da
compensação e a do vencimento. II - pelo protesto judicial;
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial devedor;
pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial,
respectiva decisão judicial. (Artigo incluído pela Lcp nº 104,
que importe em reconhecimento do débito pelo devedor
de 10.1.2001)

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COMENTÁRIOS período para o qual o interessado deixar de promover a


continuidade do reconhecimento da isenção.
Na exclusão do crédito tributário, o crédito não chega a ser
constituído, ou seja, haverá situações (isenção e anistia) que § 2º O despacho referido neste artigo não gera direito
impedirão a constituição do crédito tributário. O crédito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no
não chega a nascer. Trata-se de um óbice ao surgimento do artigo 155.
crédito tributário.
SEÇÃO III
Anistia
EXCLUSÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações
(CAPÍTULO V) cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede,
não se aplicando:
SEÇÃO I
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou
Disposições Gerais
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação,
Art. 175. Excluem o crédito tributário: sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
I - a isenção;
II - salvo disposição em contrário, às infrações
II - a anistia.
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não ou jurídicas.
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
Art. 181. A anistia pode ser concedida:
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
excluído, ou dela conseqüente. I - em caráter geral;
SEÇÃO II II - limitadamente:
Isenção a) às infrações da legislação relativa a determinado
tributo;
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato,
é sempre decorrente de lei que especifique as condições e b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias
requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que até determinado montante, conjugadas ou não com
se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. penalidades de outra natureza;
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a c) a determinada região do território da entidade
determinada região do território da entidade tributante, em tributante, em função de condições a ela peculiares;
função de condições a ela peculiares.
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída
não é extensiva: pela mesma lei à autoridade administrativa.
I - às taxas e às contribuições de melhoria; Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua
autoridade administrativa, em requerimento com a qual o
concessão.
interessado faça prova do preenchimento das condições e
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua
e em função de determinadas condições, pode ser revogada concessão.
ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não
disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei
gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
Complementar nº 24, de 7.1.1975)
disposto no artigo 155.
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da
autoridade administrativa, em requerimento com o qual o
interessado faça prova do preenchimento das condições e EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato
para concessão. 1. Questão 27 (EO XIX) A falência da sociedade XYZ Ltda.
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo foi decretada em 5/6/2014. Nessa data, a pessoa
de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado jurídica já possuía dois imóveis hipotecados para
antes da expiração de cada período, cessando garantia de dívidas diversas. A União tem créditos
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do tributários a receber da sociedade, inscritos em dívida

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ativa em abril de 2013. Baseado nos fatos narrados, C) a isenção da COFINS pode ser concedida
assinale a afirmativa correta. mediante decreto, desde que a norma seja
específica.
A) A União tem direito de preferência sobre todo e D) as indústrias de veículos automotores terrestres
qualquer credor, porque o crédito tributário foi não estão dispensadas do cumprimento das
inscrito em dívida ativa antes da decretação da obrigações acessórias, pois elas são
falência. independentes da existência da obrigação
B) A União tem direito de preferência sobre os principal.
credores com garantia real, pois o crédito
tributário prefere a qualquer outro, seja qual for 4. Questão 27 (EO XVI) Uma obrigação tributária
sua natureza ou o tempo de sua constituição. referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias
C) A União tem de respeitar a preferência dos e Serviços (ICMS) teve seu fato gerador ocorrido em 1º
credores hipotecários, no limite do valor dos de junho de 2012. O débito foi objeto de lançamento
bens gravados. em 21 de janeiro de 2014. A inscrição em dívida ativa
D) A União tem de respeitar a preferência dos ocorreu em 02 de junho de 2014. A execução fiscal foi
credores hipotecários, no limite do valor das ajuizada em 21 de outubro de 2014 e, em 02 de março
dívidas garantidas pelas hipotecas. de 2015, o juiz proferiu despacho citatório nos autos
da execução fiscal. Considerando que o contribuinte
2. Questão 25 (EO XVII) Após ser intimada da lavratura devedor alienou todos os seus bens sem reservar
de um auto de infração visando à cobrança da montante suficiente para o pagamento do tributo
Contribuição para o Financiamento da Seguridade devido, assinale a opção que indica o marco temporal,
Social (COFINS) dos últimos cinco anos, a pessoa segundo o CTN, caracterizador da fraude à execução
jurídica XYZ Participações Ltda. verificou que o tributo fiscal, em termos de data de alienação.
não era devido e ofereceu impugnação ao auto de
infração. Como irá participar de uma licitação, a A) 21 de janeiro de 2014
pessoa jurídica em questão irá precisar de certidão de B) 02 de junho de 2014
regularidade fiscal – no caso, Certidão Positiva de C) 02 de março de 2015
Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). Na hipótese, D) 21 de outubro de 2014
considerando que o contribuinte não possui outros
débitos, assinale a afirmativa correta. 5. Questão 25 (EO XV) O Fisco do estado “X” lavrou auto
de infração contra a pessoa jurídica “Y” para cobrar
A) A impugnação ao auto de infração exclui o ICMS sobre a remessa de mercadorias entre a matriz e
crédito tributário, sendo possível a emissão da a filial dessa empresa, ambas localizadas no referido
CPD-EN. estado. A empresa “Y” impetrou, então, mandado de
B) A impugnação ao auto de infração, sem o segurança objetivando ver reconhecido seu direito
pagamento do crédito, impede a emissão da CPD- líquido e certo ao não recolhimento do ICMS naquela
EN. operação. Pleiteou também medida liminar. Assinale a
C) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente opção que pode, validamente, ser objeto do pedido de
terá direito à CPD-EN caso realize o depósito do liminar formulado pela pessoa jurídica Y.
montante integral.
D) A impugnação ao auto de infração suspende a A) Extinção do crédito tributário.
exigibilidade do crédito, sendo possível a emissão B) Exclusão de crédito tributário.
da CPD-EN. C) Constituição do crédito tributário.
D) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
3. Questão 25 (EO XVI) A União concedeu isenção, pelo
prazo de cinco anos, da Contribuição para o 6. Questão 27 (EO XIV) Lei municipal que dispõe sobre o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS) para as Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
indústrias de veículos automotores terrestres que Urbana – IPTU − estabelece a solidariedade entre os
cumprissem determinadas condições. Sobre a isenção proprietários de um mesmo imóvel. Os efeitos da
tributária, é possível afirmar que solidariedade estão listados nas opções a seguir, à
exceção de uma. Assinale-a.
A) as indústrias de aviação podem requerer a
fruição do benefício, pois a norma que concede A) A interrupção da decadência, em favor ou contra
isenção deve ser interpretada extensivamente. um dos obrigados, favorece ou prejudica os
B) a União poderá, a qualquer tempo, revogar ou demais.
modificar a isenção concedida.

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B) A interrupção da prescrição, em favor ou contra DÍVIDA ATIVA


um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
(CAPÍTULO II)
demais.
C) O pagamento efetuado por um dos obrigados Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente
aproveita os demais. de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na
D) A isenção ou remissão de crédito exonera todos repartição administrativa competente, depois de esgotado
os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão
um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade final proferida em processo regular.
quanto aos demais pelo saldo.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui,
para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
7. Questão 28 (EO XIV) Presume-se fraudulenta a
alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa,
passivo em débito para com a Fazenda Pública autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
A) por crédito tributário ainda não inscrito em
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
dívida ativa, desde que não tenham sido
responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio
reservados pelo devedor bens ou rendas
ou a residência de um e de outros;
suficientes ao total pagamento da dívida.
B) por crédito tributário regularmente inscrito em II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
dívida ativa, desde que não tenham sido mora acrescidos;
reservados pelo devedor bens ou rendas
III - a origem e natureza do crédito, mencionada
suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
C) por crédito tributário regularmente inscrito em
dívida ativa, mesmo que tenham sido reservados IV - a data em que foi inscrita;
pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total
V - sendo caso, o número do processo administrativo
pagamento da dívida inscrita.
de que se originar o crédito.
D) por crédito tributário ainda não inscrito em
dívida ativa, objeto de impugnação Parágrafo único. A certidão conterá, além dos
administrativa oferecida pelo contribuinte. requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da
inscrição.
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos
GABARITO previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são
causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança
01 02 03 04 05 06 07 dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a
C D D B D A B decisão de primeira instância, mediante substituição da
certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
_________________________________________________ interessado o prazo para defesa, que somente poderá
___________________________________________________ versar sobre a parte modificada.
___________________________________________________ Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da
presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
___________________________________________________
constituída.
___________________________________________________
Parágrafo único. A presunção a que se refere este
___________________________________________________ artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a
___________________________________________________ cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

___________________________________________________ CAPÍTULO III


___________________________________________________ Certidões Negativas
___________________________________________________ Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de
determinado tributo, quando exigível, seja feita por
___________________________________________________
certidão negativa, expedida à vista de requerimento do
___________________________________________________ interessado, que contenha todas as informações
___________________________________________________ necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e
ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
___________________________________________________ refere o pedido.

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Parágrafo único. A certidão negativa será sempre 2. Questão 26 (EO XVII) A União ajuizou execução fiscal
expedida nos termos em que tenha sido requerida e será em face da pessoa jurídica XYZ Ltda., devedora de
fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do tributos federais. No curso da execução fiscal, a
requerimento na repartição. falência da pessoa jurídica foi decretada. Após
requerimento da União, deferido pelo Juízo, Francisco,
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo
sócio da pessoa jurídica XYZ Ltda., é incluído no polo
anterior a certidão de que conste a existência de créditos
passivo da execução fiscal, em razão da decretação de
não vencidos, em curso de cobrança executiva em que
falência. Sobre a hipótese, é possível afirmar que
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja
suspensa.
A) a decretação de falência autoriza o
Art. 207. Independentemente de disposição legal redirecionamento da execução fiscal para
permissiva, será dispensada a prova de quitação de Francisco, por ser considerada hipótese de
tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática infração à lei, que enseja responsabilidade
de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, tributária.
respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo B) o fato de Francisco ser sócio da XYZ Ltda.
tributo porventura devido, juros de mora e penalidades acarreta, por si só, responsabilidade pessoal
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja pelos créditos correspondentes a obrigações
responsabilidade seja pessoal ao infrator. tributárias da pessoa jurídica.
C) Francisco não poderia ser incluído no polo
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou
passivo, ainda que fosse administrador da XYZ
fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública,
Ltda. e tivesse encerrado ilegalmente as
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir,
atividades da pessoa jurídica.
pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
D) Francisco não poderia, unicamente em razão da
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a decretação de falência de XYZ Ltda., ser incluído
responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. no polo passivo da execução fiscal.
Disposições Finais e Transitórias
3. Questão 28 (EO XIII) A pessoa jurídica XYZ
Art. 209. A expressão "Fazenda Pública", quando Participações S.A., ao verificar que havia recolhido a
empregada nesta Lei sem qualificação, abrange a Fazenda maior o Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas -
Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos IRPJ - dos últimos dois anos, peticionou
Municípios. administrativamente, requerendo a repetição do
indébito. No entanto, a Receita Federal do Brasil
Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação
negou o pedido administrativo. Sobre a hipótese,
tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o
assinale a afirmativa correta.
dia de início e incluindo-se o de vencimento.
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em A) O prazo para o contribuinte ajuizar ação
dia de expediente normal na repartição anulatória é de 2 (dois) anos, a contar da data da
decisão administrativa que indeferiu o pedido de
repetição.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
B) O direito de pleitear a restituição extingue-se
Assunto: Execução Fiscal e Processo Tributário. com o decurso do prazo de 10 (dez) anos,
contados do pagamento espontâneo de tributo a
maior.
1. Questão 25 (EO XIX) João foi citado, em execução C) Para que o contribuinte assegure seu direito à
fiscal, para pagamento do Imposto sobre a restituição do indébito tributário, é necessário o
Propriedade Predial e Territorial Urbana (“IPTU”) prévio protesto.
relativo ao imóvel em que reside e do qual é D) O contribuinte somente poderá receber o
proprietário. Ocorre que o contribuinte pretende indébito reconhecido por ação ordinária por meio
impugnar tal cobrança por meio de embargos à de precatório, não sendo possível o recebimento
execução. Tendo em vista a disciplina da Lei nº via compensação tributária.
6.830/80, tais embargos poderão ser apresentados no
prazo de 30 dias, contados a partir GABARITO
A) da juntada aos autos do mandado de penhora
devidamente cumprido.
01 02 03
B) da sua citação.
C D A
C) da data da intimação da penhora.
D) da propositura da execução fiscal.

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ANEXOS: Súmula nº 83: Os ágios de importação incluem-se no valor


dos artigos importados para incidência do imposto de
SÚMULAS STF consumo.
Súmula nº 66: É legítima a cobrança do tributo que houver Súmula nº 84: Não estão isentos do imposto de consumo os
sido aumentado após o orçamento, mas antes do início do produtos importados pelas cooperativas.
respectivo exercício financeiro.
Súmula nº 85: Não estão sujeitos ao imposto de consumo
Súmula nº 67: É inconstitucional a cobrança do tributo que os bens de uso pessoal e doméstico trazidos, como
houver sido criado ou aumentado no mesmo exercício bagagem, do exterior.
financeiro.
Súmula nº 86: Não está sujeito ao imposto de consumo
Súmula nº 68: É legítima a cobrança, pelos municípios, no automóvel usado, trazido do exterior pelo proprietário.
exercício de 1961, de tributo estadual, regularmente criado
ou aumentado, e que lhes foi transferido pela Emenda Súmula nº 87: Somente no que não colidirem com a Lei
Constitucional 5, de 21.11.61. 3244, de 14/8/1957, são aplicáveis acordos tarifários
anteriores.
Súmula nº 69: A Constituição Estadual não pode
estabelecer limite para o aumento de tributos municipais. Súmula nº 88: É válida a majoração da tarifa alfandegária,
resultante da Lei 3.244, de 14.08.57, que modificou o
Súmula nº 70: É inadmissível a interdição de acordo geral sobre tarifas aduaneiras e comércio (GATT),
estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de aprovado pela Lei 313, de 30.07.48.
tributo
Súmula nº 89: Estão isentas do imposto de importação
Súmula nº 71: Embora pago indevidamente, não cabe frutas importadas da Argentina, do Chile, da Espanha e de
restituição de tributo indireto. Portugal, enquanto vigentes os respectivos acordos
comerciais.
Súmula nº 73: A imunidade das autarquias, implicitamente
contida no Art. 31, V, 'a', da Constituição Federal, abrange Súmula nº 90: É legítima a lei local que faça incidir o
tributos estaduais e municipais. imposto de indústrias e profissões com base no movimento
econômico do contribuinte.
Súmula nº 75: Sendo vendedora uma autarquia, a sua
imunidade fiscal não compreende o imposto de transmissão Súmula nº 91: A incidência do imposto único não isenta o
"inter vivos", que é encargo do comprador. comerciante de combustíveis do imposto de indústrias e
profissões.
Súmula nº 76: As sociedades de economia mista não estão
protegidas pela imunidade fiscal do Art. 31, V, "a", Súmula nº 92: É constitucional o Art. 100, II, da Lei 4.563,
Constituição Federal. de 20.02.1957, do município de Recife, que faz variar o
imposto de licença em função do aumento do capital do
Súmula nº 77: Está isenta de impostos federais a aquisição
contribuinte.
de bens pela Rede Ferroviária Federal.
Súmula nº 93: Não está isenta do imposto de renda a
Súmula nº 78: Estão isentas de impostos locais as empresas
atividade profissional do arquiteto.
de energia elétrica, no que respeita as suas atividades
especificas. Súmula nº 94: É competente a autoridade alfandegária para
o desconto, na fonte, do imposto de renda correspondente
Súmula nº 79: O Banco do Brasil não tem isenção de
às comissões dos despachantes aduaneiros.
tributos locais.
Súmula nº 95: Para cálculo do imposto de lucro
Súmula nº 81: As cooperativas não gozam de isenção de
extraordinário, incluem-se no capital as reservas do ano-
impostos locais, com fundamento na Constituição e nas leis
base, apuradas em balanço.
federais.
Súmula nº 96: O imposto de lucro imobiliário incide sobre a
Súmula nº 82: São inconstitucionais o imposto de cessão e a
venda de imóvel da meação do cônjuge sobrevivente, ainda
taxa sobre inscrição de promessa de venda de imóvel,
que aberta a sucessão antes da vigência da Lei 3.470, de
substitutivos do imposto de transmissão, por incidirem
28.11.58.
sobre ato que não transfere o domínio.

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Súmula nº 97: É devida a alíquota anterior do imposto de Súmula nº 115: Sobre os honorários do advogado
lucro imobiliário, quando a promessa de venda houver sido contratado pelo inventariante, com a homologação do juiz,
celebrada antes da vigência da lei que a tiver elevado. não incide o imposto de transmissão "causa mortis".

Súmula nº 98: Sendo o imóvel alienado na vigência da Lei Súmula nº 116: Em desquite ou inventário, é legítima a
3.470, de 28.11.1958, ainda que adquirido por herança, cobrança do chamado imposto de reposição, quando
usucapião ou a título gratuito, é devido o imposto de lucro houver desigualdade nos valores partilhados.
imobiliário.
Súmula nº 117: A lei estadual pode fazer variar a alíquota
Súmula nº 99: Não é devido o imposto de lucro imobiliário do imposto de vendas e consignações em razão da espécie
quando a alienação de imóvel, adquirido por herança, ou a do produto.
título gratuito, tiver sido anterior a vigência da Lei 3.470, de
28.11.1958. Súmula nº 118: Estão sujeitas ao imposto de vendas e
consignações as transações sobre minerais, que ainda não
Súmula nº 100: Não é devido o imposto de lucro imobiliário estão compreendidos na legislação federal sobre o imposto
quando a alienação de imóvel, adquirido por usucapião, único. (Superada pela Vigência da L-004.425-1964 - RE
tiver sido anterior a vigência da Lei 3.470, de 28.11.58. 70138-RTJ 55/590)

Súmula nº 102: É devido o imposto federal do selo pela Súmula nº 119: É devido o imposto de vendas e
incorporação de reservas, em reavaliação de ativo, ainda consignações sobre a venda de cafés ao Instituto Brasileiro
que realizada antes da vigência da Lei 3.519, de 30.12.1958. do Café, embora o lote, originariamente, se destinasse à
exportação.
Súmula nº 104: Não é devido o imposto federal do selo na
simples reavaliação de ativo anterior à vigência da Lei Súmula nº 124: É inconstitucional o adicional do imposto de
3.519, de 30.12.1958. vendas e consignações cobrado pelo Estado do Espírito
Santo sobre cafés da cota de expurgo entregues ao Instituto
Súmula nº 106: É legítima a cobrança de selo sobre registro Brasileiro do Café.
de automóvel, na conformidade da legislação estadual.
Súmula nº 125: Não é devido o imposto de vendas e
Súmula nº 107: É inconstitucional o imposto de selo de 3%, consignações sobre a parcela do imposto de consumo que
"ad valorem", do Paraná, quanto aos produtos remetidos onera a primeira venda realizada pelo produtor.
para fora do estado.
Súmula nº 126: É inconstitucional a chamada taxa de
Súmula nº 108: É legítima a incidência do imposto de aguardente, do instituto do açúcar e do álcool.
transmissão "inter vivos" sobre o valor do imóvel ao tempo
da alienação, e não da promessa, na conformidade da Súmula nº 127: É indevida a taxa de armazenagem,
legislação local. posteriormente aos primeiros trinta dias, quando não
exigível o imposto de consumo, cuja cobrança tenha
Súmula nº 110: O imposto de transmissão "inter vivos" não motivado a retenção da mercadoria.
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo
adquirente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo Súmula nº 128: É indevida a taxa de assistência médica
da alienação do terreno. hospitalar das instituições de previdência social.

Súmula nº 111: É legítima a incidência do imposto de Súmula nº 129: Na conformidade da legislação local, é
transmissão "inter vivos" sobre a restituição, ao antigo legítima a cobrança de taxa de calçamento.
proprietário, de imóvel que deixou de servir a finalidade da
sua desapropriação. Súmula nº 130: A taxa de despacho aduaneiro (Art. 66 da
Lei 3.244, de 14.08.1957) continua a ser exigível após o Dec.
Súmula nº 112: O imposto de transmissão "causa mortis" é Legisl. 14, de 25.08.60, que aprovou alterações introduzidas
devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da no acordo geral sobre tarifas aduaneiras e comércio (GATT).
sucessão.
Súmula nº 131: A taxa de despacho aduaneiro (Art. 66 da
Súmula nº 113: O imposto de transmissão "causa mortis" é Lei 3.244, de 14.08.57) continua a ser exigível após o Dec.
calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. Legisl. 14, de 25.08.60, mesmo para as mercadorias
incluídas na vigente lista III do acordo geral sobre tarifas
Súmula nº 114: O imposto de transmissão "causa mortis" aduaneiras e comércio (GATT).
não é exigível antes da homologação do cálculo.
Súmula nº 133: Não é devida a taxa de despacho aduaneiro
na importação de fertilizantes e inseticidas.

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Súmula nº 134: A isenção fiscal para a importação de frutas Súmula nº 308: A taxa de despacho aduaneiro, sendo
da Argentina compreende a taxa de despacho aduaneiro e a adicional do imposto de importação, não incide sobre
taxa de previdência social. borracha importada com isenção daquele imposto.

Súmula nº 135: É inconstitucional a taxa de eletrificação de Súmula nº 309: A taxa de despacho aduaneiro, sendo
Pernambuco. adicional do imposto de importação, não está
compreendida na isenção do imposto de consumo para
Súmula nº 136: É constitucional a taxa de estatística da automóvel usado trazido do exterior pelo proprietário.
Bahia.
Súmula nº 318: É legítima a cobrança, em 1962, pela
Súmula nº 137: A taxa de fiscalização da exportação incide municipalidade de São Paulo, do imposto de indústrias e
sobre a bonificação cambial concedida ao exportador. profissões, consoante às leis 5.917 e 5.919, de 1961
(aumento anterior à vigência do orçamento e incidência do
Súmula nº 138: É inconstitucional a taxa contra fogo, do tributo sobre o movimento econômico do contribuinte).
Estado de Minas Gerais, incidente sobre prêmio de seguro
contra fogo. Súmula nº 323: É inadmissível a apreensão de mercadorias
como meio coercitivo para pagamento de tributos.
Súmula nº 139: É indevida a cobrança do imposto de
transação a que se refere a Lei 899, de 1957, Art. 58, inciso Súmula nº 324: A imunidade do Art. 31, V, da Constituição
IV, letra "e", do antigo Distrito Federal. Federal não compreende as taxas.
Súmula nº 140: Na importação de lubrificantes, é devida a Súmula nº 326: É legítima a incidência do imposto de
taxa de previdência social. transmissão "inter vivos" sobre a transferência do domínio
útil.
Súmula nº 141: Não incide a taxa de previdência social
sobre combustíveis. Súmula nº 328: É legítima a incidência do imposto de
transmissão "inter vivos" sobre a doação de imóvel.
Súmula nº 142: Não é devida a taxa de previdência social
sobre mercadorias isentas do imposto de importação. Súmula nº 329: O imposto de transmissão "inter vivos" não
incide sobre a transferência de ações de sociedade
Súmula nº 143: Na forma da lei estadual, é devido o imobiliária.
imposto de vendas e consignações na exportação de café
pelo Estado da Guanabara, embora proveniente de outro Súmula nº 331: É legítima a incidência do imposto de
estado. transmissão "causa mortis" no inventário por morte
presumida.
Súmula nº 144: É inconstitucional a incidência da taxa de
recuperação econômica do Estado de Minas Gerais sobre Súmula nº 332: É legítima a incidência do imposto de
contrato sujeito ao imposto federal do selo. vendas e consignações sobre a parcela do preço
correspondente aos ágios cambiais. (IVC - Extinto com a
Súmula nº 239: Decisão que declara indevida a cobrança do Emenda Constitucional 18/1965)
imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em
relação aos posteriores. Súmula nº 333: Está sujeita ao imposto de vendas e
consignações a venda realizada por invernista não
Súmula nº 244: A importação de máquinas de costura está qualificado como pequeno produtor. (IVC - Extinto com a
isenta do imposto de consumo. Emenda Constitucional 18/1965)
Súmula nº 302: Está isenta da taxa de previdência social a Súmula nº 334: É legítima a cobrança, ao empreiteiro, do
importação de petróleo bruto imposto de vendas e consignações, sobre o valor dos
materiais empregados, quando a empreitada não for
Súmula nº 303: Não é devido o imposto federal de selo em
apenas de lavor. (IVC - Extinto com a Emenda Constitucional
contrato firmado com autarquia anteriormente à vigência
18/1965)
da Emenda Constitucional número 5, de 21 de novembro de
1961. Súmula nº 336: A imunidade da autarquia financiadora,
quanto ao contrato de financiamento, não se estende a
Súmula nº 306: As taxas de recuperação econômica e de
compra e venda entre particulares, embora constantes os
assistência hospitalar de Minas Gerais são legítimas,
dois atos de um só instrumento.
quando incidem sobre matéria tributável pelo Estado.
Súmula nº 348: É constitucional a criação de taxa de
construção, conservação e melhoramento de estradas.

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Súmula nº 350: O imposto de indústrias e profissões não é Súmula nº 493: O valor da indenização, se consistente em
exigível de empregado, por falta de autonomia na sua prestações periódicas e sucessivas, compreenderá, para que
atividade profissional. se mantenha inalterável na sua fixação, parcelas
compensatórias do imposto de renda, incidente sobre os
Súmula nº 418: O empréstimo compulsório não é tributo, e juros do capital gravado ou caucionado, nos termos dos
sua arrecadação não está sujeita a exigência constitucional artigos 911 e 912 do Código de Processo Civil.
da prévia autorização orçamentária. (Invalidada pelo RE
111954-RTJ 126/330-1º/6/1988 - Arts. 18, § 3º e 21, § 2º, II Súmula nº 503: A dúvida, suscitada por particular, sobre o
CF/1967 - EC-1/1969) direito de tributar, manifestado por dois estados, não
configura litígio da competência originária do Supremo
Súmula nº 435: O imposto de transmissão "causa mortis" Tribunal Federal.
pela transferência de ações é devido ao estado em que tem
sede a companhia. Súmula nº 530: Na legislação anterior ao Art. 4º da Lei
4.749, de 12.08.1965, a contribuição para a previdência
Súmula nº 436: É válida a Lei 4.093, de 24.10.1959, do social não estava sujeita ao limite estabelecido no Art. 69 da
Paraná, que revogou a isenção concedida às cooperativas Lei 3.807, de 26 de agosto de 1960, sobre o 13º salário a
por lei anterior. que se refere o Art. 3º da Lei 4.281, de 08.11.1963.
Súmula nº 437: Está isenta da taxa de despacho aduaneiro Súmula nº 532: É constitucional a Lei 5.043, de 21.06.1966,
a importação de equipamento para a indústria que concedeu remissão das dívidas fiscais oriundas da falta
automobilística, segundo plano aprovado, no prazo legal, de oportuno pagamento de selo nos contratos particulares
pelo órgão competente com a caixa econômica e outras entidades autárquicas.

STF Súmula nº 438: É legítima a cobrança, em 1962, da taxa Súmula nº 533: Nas operações denominadas "crediários",
de educação e saúde, de Santa Catarina, adicional do com emissão de vales ou certificados para compras e nas
imposto de vendas e consignações quais, pelo financiamento, se cobram, em separado, juros,
selos e outras despesas, incluir-se-á tudo no custo da
Súmula nº 439: Estão sujeitos a fiscalização tributária ou mercadoria e sobre esse preço global calcular-se-á o
previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o imposto de vendas e consignações.
exame aos pontos objeto da investigação.
Súmula nº 534: O imposto de importação sobre o extrato
Súmula nº 466: Não é inconstitucional a inclusão de sócios alcoólico de malte, como matéria-prima para fabricação de
e administradores de sociedades e titulares de firmas "Whisky", incide a base de 60%, desde que desembarcado
individuais como contribuintes obrigatórios da previdência antes do Decreto-Lei 398, de 30.12.1968.
social.
Súmula nº 535: Na importação, a granel, de combustíveis
Súmula nº 467: A base do cálculo das contribuições líquidos é admissível a diferença de peso, para mais, até 4%,
previdenciárias, anteriormente a vigência da Lei Orgânica motivada pelas variações previstas no Decreto-Lei 1.028, de
da Previdência Social, é o salário-mínimo mensal, 04.01.1939, Art. 1º.
observados os limites da Lei 2.755, de 1956.
Súmula nº 535: Na importação, a granel, de combustíveis
Súmula nº 468: Após a E.C. 5, de 21.11.61, em contrato líquidos é admissível a diferença de peso, para mais, até 4%,
firmado com a União, Estado, Município ou Autarquia, é motivada pelas variações previstas no Decreto-Lei 1.028, de
devido o imposto federal de selo pelo contratante não 04.01.1939, Art. 1º.
protegido pela imunidade, ainda que haja repercussão do
ônus tributário sobre o patrimônio daquelas entidades. Súmula nº 537: É inconstitucional a exigência de imposto
estadual do selo, quando feita nos atos e instrumentos
Súmula nº 469: A multa de cem por cento, para o caso de tributados ou regulados por lei federal, ressalvado o
mercadoria importada irregularmente, é calculada à base disposto no Art. 15, parágrafo 5º, da Constituição Federal
do custo de câmbio da categoria correspondente. de 1946.
Súmula nº 470: O imposto de transmissão "inter vivos" não Súmula nº 538: A avaliação judicial para o efeito do cálculo
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, das benfeitorias dedutíveis do imposto sobre lucro
inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o imobiliário independe do limite a que se refere a Lei 3.470,
valor do que tiver sido construído antes da promessa de de 28.11.1958, Art. 8º, parágrafo único.
venda.

Súmula nº 471: As empresas aeroviárias não estão isentas


do imposto de indústrias e profissões.
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Súmula nº 539: É constitucional a lei do município que Súmula nº 563: O concurso de preferência a que se refere o
reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela parágrafo único, do art 187, do Código Tributário Nacional,
residência do proprietário, que não possua outro. é compatível com o disposto no Art. 9º, inciso I, da
Constituição Federal.
Súmula nº 540: No preço da mercadoria sujeita ao imposto
de vendas e consignações, não se incluem as despesas de Súmula nº 569: É inconstitucional a discriminação de
frete e carreto. alíquotas do imposto de circulação de mercadorias nas
operações interestaduais, em razão de o destinatário ser,
Súmula nº 541: O imposto sobre vendas e consignações não ou não, contribuinte.
incide sobre a venda ocasional de veículos e equipamentos
usados, que não se insere na atividade profissional do Súmula nº 570: O imposto de circulação de mercadorias
vendedor, e não é realizada com o fim de lucro, sem não incide sobre a importação de bens de capital.
caráter, pois, de comercialidade.
Súmula nº 571: O comprador de café ao IBC, ainda que sem
Súmula nº 543: A Lei 2.975, de 27.11.1965, revogou, expedição de nota fiscal, habilita-se, quando da
apenas, as isenções de caráter geral, relativas ao imposto comercialização do produto, ao crédito do ICM que incidiu
único sobre combustíveis, não as especiais, por outras leis sobre a operação anterior.
concedidas.
Súmula nº 572: No cálculo do imposto de circulação de
Súmula nº 544: Isenções tributárias concedidas, sob mercadorias devido na saída de mercadorias para o
condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas exterior, não se incluem fretes pagos a terceiros, seguros e
despesas de embarque.
Súmula nº 545: Preços de serviços públicos e taxas não se
confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são Súmula nº 573: Não constitui fato gerador do imposto de
compulsórias e tem sua cobrança condicionada a prévia circulação de mercadorias a saída física de máquinas,
autorização orçamentária, em relação a lei que as instituiu. utensílios e implementos a título de comodato.

Súmula nº 546: Cabe a restituição do tributo pago Súmula nº 574: Sem lei estadual que a estabeleça, é
indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o ilegítima a cobrança do imposto de circulação de
contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte "de mercadorias sobre o fornecimento de alimentação e
facto" o "quantum" respectivo. bebidas em restaurante ou estabelecimento similar.

Súmula nº 547: Não é lícito a autoridade proibir que o Súmula nº 575: A mercadoria importada de país signatário
contribuinte em débito adquira estampilhas, despache do GATT, ou membro da ALALC, estende-se a isenção do
mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades imposto sobre circulação de mercadorias concedida a
profissionais. similar nacional.

Súmula nº 549: A taxa de bombeiros do Estado de Súmula nº 576: É lícita a cobrança do imposto de circulação
Pernambuco é constitucional, revogada a Súmula 274. de mercadorias sobre produtos importados sob o regime da
alíquota "zero".
Súmula nº 550: A isenção concedida pelo Art. 2º da Lei
1.815, de 1953, às empresas de navegação aérea não Súmula nº 577: Na importação de mercadorias do exterior,
compreende a taxa de melhoramento de portos, instituída o fato gerador do imposto de circulação de mercadorias
pela Lei 3.421, de 1958. ocorre no momento de sua entrada no estabelecimento do
importador.
Súmula nº 551: É inconstitucional a taxa de urbanização da
Lei 2.320, de 20.12.1961, instituída pelo Município de Porto Súmula nº 578: Não podem os estados, a título de
Alegre, porque seu fato gerador é o mesmo da transmissão ressarcimento de despesas, reduzir a parcela de 20% do
imobiliária. produto da arrecadação do imposto de circulação de
mercadorias, atribuídas aos municípios pelo Art. 23,
Súmula nº 553: O Adicional ao Frete Para Renovação da parágrafo 8º, da Constituição Federal.
Marinha Mercante (AFRMM) é contribuição parafiscal, não
sendo abrangido pela imunidade prevista na letra d, inciso Súmula nº 579: A cal virgem e a hidratada estão sujeitas ao
III, do Art. 19, da Constituição Federal. imposto de circulação de mercadorias.

Súmula nº 559: O Decreto-Lei 730, de 5.8.69, revogou a Súmula nº 580: A isenção prevista no Art. 13, parágrafo
exigência de homologação, pelo Ministro da Fazenda, das único, do Decreto-Lei 43-66, restringe-se aos filmes
resoluções do conselho de política aduaneira. cinematográficos.

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Súmula nº 581: A exigência de transporte em navio de Súmula nº 655: A exceção prevista no art. 100, caput, da
bandeira brasileira, para efeito de isenção tributária, Constituição, em favor dos créditos de natureza alimentícia,
legitimou-se com o advento do Decreto-Lei 666, de não dispensa a expedição de precatório, limitando-se a
02.07.69. isentá-los da observância da ordem cronológica dos
precatórios decorrentes de condenações de outra natureza.
Súmula nº 582: É constitucional a Resolução 640-69, do
Conselho de Política Aduaneira, que reduziu a alíquota do Súmula nº 656: É inconstitucional a lei que estabelece
imposto de importação para a soda cáustica, destinada a alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter
zonas de difícil distribuição e abastecimento. vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do
imóvel.
Súmula nº 583: Promitente-comprador de imóvel
residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte Súmula nº 657: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da
do imposto predial territorial urbano. CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à
publicação de jornais e periódicos.
Súmula nº 584: Ao imposto de renda calculado sobre os
rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no Súmula nº 658: São constitucionais os arts. 7º da Lei
exercício financeiro em que deve ser apresentada a 7.787/89 e 1º da Lei 7.894/89 e da Lei 8.147/90, que
declaração. majoraram a alíquota do Finsocial, quando devida a
contribuição por empresas dedicadas exclusivamente à
Súmula nº 585: Não incide o imposto de renda sobre a prestação de serviços.
remessa de divisas para pagamento de serviços prestados
no exterior, por empresa que não opera no Brasil. Súmula nº 659: É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e
(Inaplicabilidade Após a Vigência do DL-001.418-1975 - RE do FINSOCIAL sobre as operações relativas a energia
101066-DJ de 19/10/1965 - RE 104225-DJ de 22/11/1985 - elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de
RE 100275-RTJ 113/267 e RE 103566-RTJ 112/1380) petróleo, combustíveis e minerais do País.

Súmula nº 586: Incide imposto de renda sobre os juros Súmula nº 660: Não incide ICMS na importação de bens por
remetidos para o exterior, com base em contrato de mútuo. pessoa física ou jurídica que não seja contribuinte do
imposto.
Súmula nº 587: Incide imposto de renda sobre o
pagamento de serviços técnicos contratados no exterior e Súmula nº 661: Na entrada de mercadoria importada do
prestados no Brasil. exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do
desembaraço aduaneiro.
Súmula nº 588: O imposto sobre serviços não incide sobre
os depósitos, as comissões e taxas de desconto, cobrados Súmula nº 662: É legítima a incidência do ICMS na
pelos estabelecimentos bancários. comercialização de exemplares de obras cinematográficas,
gravados em fitas de videocassete.
Súmula nº 589: É inconstitucional a fixação de adicional
progressivo do imposto predial e territorial urbano em Súmula nº 663: Os §§ 1º e 3º do art. 9º do DL 406/68 foram
função do número de imóveis do contribuinte. recebidos pela Constituição.

Súmula nº 590: Calcula-se o imposto de transmissão "causa Súmula nº 664: É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei
mortis" sobre o saldo credor da promessa de compra e 8.033/90, que instituiu a incidência do imposto nas
venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do operações de crédito, câmbio e seguros - IOF sobre saques
promitente vendedor. efetuados em caderneta de poupança.

Súmula nº 591: A imunidade ou a isenção tributária do Súmula nº 665: É constitucional a Taxa de Fiscalização dos
comprador não se estende ao produtor, contribuinte do Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei
imposto sobre produtos industrializados. 7.940/89.

Súmula nº 595: É inconstitucional a taxa municipal de Súmula nº 668: É inconstitucional a lei municipal que tenha
conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000,
seja idêntica a do imposto territorial rural. alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade
Súmula nº 615: O princípio constitucional da anualidade urbana.
(par-29 do art-153 da CF) não se aplica à revogação de
isenção do ICM. Súmula nº 669: Norma legal que altera o prazo de
recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao
princípio da anterioridade.
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Súmula nº 670: O serviço de iluminação pública não pode SÚMULA nº 49: Na exportação de cafe em grão, não se
ser remunerado mediante taxa. inclui na base de calculo do ICM a quota de contribuição, a
que e refere o art. 2. do decreto-lei 2.295, de 21.11.86.
Súmula nº 724: Ainda quando alugado a terceiros,
permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer SÚMULA nº 50: O adicional de tarifa portuaria incide
das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, apenas nas operações realizadas com mercadorias
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades importadas ou exportadas, objeto do comercio de
essenciais de tais entidades. navegação de longo curso.

Súmula nº 730: A imunidade tributária conferida a SÚMULA nº 58: Proposta a execução fiscal, a posterior
instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. mudança de domicilio do executado não desloca a
150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades competencia já fixada.
fechadas de previdência social privada se não houver
contribuição dos beneficiários. SÚMULA nº 66: Compete a justiça federal processar e julgar
execução fiscal promovida por conselho de fiscalização
Súmula nº 732: É constitucional a cobrança da contribuição profissional.
do salário-educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a
Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9.424/96. SÚMULA nº 68: A parcela relativa ao ICM inclui-se na base
de calculo do PIS.
SÚMULAS VINCULANTES DO STF
SÚMULA nº 71: O bacalhau importado de pais signatario do
SÚMULA VINCULANTE Nº 8: SÃO INCONSTITUCIONAIS O GATT é isento do ICM.
PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 5º DO DECRETO-LEI Nº
1.569/1977 E OS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI Nº 8.212/1991, SÚMULA nº 80: A taxa de melhoramento dos portos não se
QUE TRATAM DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DE CRÉDITO inclui na base de calculo do ICMS.
TRIBUTÁRIO.
SÚMULA nº 87: A isenção do ICMS relativa a rações
SÚMULA VINCULANTE Nº 19: A TAXA COBRADA balanceadas para animais abrange o concentrado e o
EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE suplemento.
COLETA, REMOÇÃO E TRATAMENTO OU DESTINAÇÃO DE
LIXO OU RESÍDUOS PROVENIENTES DE IMÓVEIS, NÃO VIOLA SÚMULA nº 94: A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base
O ARTIGO 145, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. de calculo do FINSOCIAL.

SÚMULA VINCULANTE Nº 21: É INCONSTITUCIONAL A SÚMULA nº 95: A redução da aliquota do imposto sobre
EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO OU ARROLAMENTO PRÉVIOS DE produtos industrializados ou do imposto de importação não
DINHEIRO OU BENS PARA ADMISSIBILIDADE DE RECURSO implica redução do ICMS.
ADMINISTRATIVO.
SÚMULA nº 100: E devido o adicional ao frete para
SÚMULA VINCULANTE Nº 28: É INCONSTITUCIONAL A renovação da marinha mercante na importação sob o
EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO COMO REQUISITO DE regime de beneficios fiscais a exportação (BEFIEX).
ADMISSIBILIDADE DE AÇÃO JUDICIAL NA QUAL SE
SÚMULA nº 112: O deposito somente suspende a
PRETENDA DISCUTIR A EXIGIBILIDADE DE CRÉDITO
exigibilidade do credito tributario se for integral e em
TRIBUTÁRIO.
dinheiro.
SÚMULA VINCULANTE Nº 31: É INCONSTITUCIONAL A
SÚMULA nº 121: Na execução fiscal o devedor devera ser
INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
intimado, pessoalmente, do dia e hora da realização do
NATUREZA – ISS SOBRE OPERAÇÕES DE LOCAÇÃO DE BENS
leilão.
MÓVEIS.
SÚMULA nº 124: A taxa de melhoramento dos portos tem
SÚMULA VINCULANTE Nº 32: O ICMS NÃO INCIDE SOBRE
base de calculo diversa do imposto de importação, sendo
ALIENAÇÃO DE SALVADOS DE SINISTRO PELAS
legitima a sua cobrança sobre a importação de mercadorias
SEGURADORAS.
de paises signatarios DO GATT, DA ALALC OU ALADI.
SÚMULAS STJ
SÚMULA nº 125: O pagamento de ferias não gozadas por
SÚMULA nº 20: A mercadoria importada de pais signatario necessidade do serviço não esta sujeito a incidencia do
do GATT e isenta do ICM, quando contemplado com esse imposto de renda.
favor o similar nacional.

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SÚMULA nº 128: Na execução fiscal haverá segundo leilão, SÚMULA nº 188: Os juros moratórios, na repetição do
se no primeiro não houver lanço superior a avaliação. indébito tributário, são devidos a partir do transito em
julgado da sentença.
SÚMULA nº 129: O exportador adquire o direito de
transferencia de credito do ICMS quando realiza a SÚMULA nº 189: E desnecessária a intervenção do
exportação do produto e não ao estocar a materia-prima. ministério publico nas execuções fiscais.

SÚMULA nº 135: O ICMS não incide na gravação e SÚMULA nº 190: Na execução fiscal, processada perante a
distribuição de filmes e videoteipes. justiça estadual, cumpre a fazenda publica antecipar o
numerário destinado ao custeio das despesas com o
SÚMULA nº 136: O pagamento de licença-premio não transporte dos oficiais de justiça.
gozada por necessidade do serviço não esta sujeito ao
imposto de renda. SÚMULA nº 198: NA importação de veiculo por pessoa
física, destinado a uso próprio, incide o ICMS.
SÚMULA nº 138: O ISS incide na operação de arrendamento
mercantil de coisas moveis. SÚMULA nº 212: A compensação de créditos tributários
não pode ser deferida por medida liminar.
SÚMULA nº 139: Cabe a procuradoria da fazenda nacional
propor execução fiscal para cobrança de credito relativo ao SÚMULA nº 213: O mandado de segurança constitui ação
ITR adequada para a declaração do direito à compensação
tributária.
SÚMULA nº 153: A desistencia da execução fiscal, apos o
oferecimento dos embargos, não exime o exequente dos SÚMULA nº 215: A indenização recebida pela adesão a
encargos da sucumbencia. programa de incentivo à demissão voluntária não está
sujeita à incidência do imposto de renda.
SÚMULA nº 155: O ICMS incide na importação de aeronave,
por pessoa física, para uso próprio. SÚMULA nº 237: Nas operações com cartão de crédito, os
encargos relativos ao financiamento não são considerados
SÚMULA nº 156: A prestação de serviço de composição no cálculo do ICMS.
gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva
fornecimento de mercadorias, esta sujeita, apenas, ao ISS. SÚMULA nº 250: É legítima a cobrança de multa fiscal de
empresa em regime de concordata.
SÚMULA nº 160: E defeso, ao município, atualizar o IPTU,
mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial SÚMULA nº 251: A meação só responde pelo ato ilícito
de correção monetária. quando o credor, na execução fiscal, provar que o
enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal.
SÚMULA nº 162: Na repetição de indébito tributário, a
correção monetária incide a partir do pagamento indevido. SÚMULA nº 262: Incide o imposto de renda sobre o
resultado das aplicações financeiras realizadas pelas
SÚMULA nº 163: O fornecimento de mercadorias com a cooperativas.
simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares constitui fato gerador do icms a SÚMULA nº 274: O ISS incide sobre o valor dos serviços de
incidir sobre o valor total da operação. assistência médica, incluindo-se neles as refeições, os
medicamentos e as diárias hospitalares.
SÚMULA nº 166: Não constitui fato gerador do ICMS o
simples deslocamento de mercadoria de um para outro SÚMULA nº 295: A TAXA REFERENCIAL (TR) é indexador
estabelecimento do mesmo contribuinte. válido para contratos posteriores à lei n. 8.177/91, desde
que pactuada.
SÚMULA nº 167: O fornecimento de concreto, por
empreitada, para construção civil, preparado no trajeto ate SÚMULA nº 314: Em execução fiscal, não localizados bens
a obra em betoneiras acopladas a caminhões, e prestação penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o
de serviço, sujeitando-se apenas a incidência do ISS. qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal
intercorrente.
SÚMULA nº 184: A microempresa de representação
comercial e isenta do imposto de renda. SÚMULA nº 334: O ICMS não incide no serviço dos
provedores de acesso à internet.
SÚMULA nº 185: Nos depósitos judiciais, não incide o
imposto sobre operações financeiras. SÚMULA nº 339: É cabível ação monitória contra a fazenda
pública.

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SÚMULA nº 350: O ICMS não incide sobre o serviço de SÚMULA nº 411: É devida a correção monetária ao
habilitação de telefone celular. creditamento do IPI quando há oposição ao seu
aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do fisco.
SÚMULA nº 353: As disposições do código tributário
nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS. SÚMULA nº 414: A citação por edital na execução fiscal é
cabível quando frustradas as demais modalidades.
SÚMULA nº 355: É válida a notificação do ato de exclusão
do programa de recuperação fiscal do refis pelo diário SÚMULA nº 423: A CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO
oficial ou pela internet. DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS incide sobre as receitas
provenientes das operações de locação de bens móveis.
SÚMULA nº 360: O benefício da denúncia espontânea não
se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por SÚMULA nº 424: É legítima a incidência de ISS sobre os
homologação regularmente declarados, mas pagos a serviços bancários congêneres da lista anexa ao DL n.
destempo. 406/1968 e à LC n. 56/1987.

SÚMULA nº 386: São isentas de imposto de renda as SÚMULA nº 425: A retenção da contribuição para a
indenizações de férias proporcionais e o respectivo seguridade social pelo tomador do serviço não se aplica às
adicional. empresas optantes pelo SIMPLES.

SÚMULA nº 391: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de SÚMULA nº 430: O inadimplemento da obrigação tributária
energia elétrica correspondente à demanda de potência pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade
efetivamente utilizada. solidária do sócio-gerente.

SÚMULA nº 392: A fazenda pública pode substituir a SÚMULA nº 431: É ilegal a cobrança de ICMS com base no
certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.
embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da SÚMULA nº 432: As empresas de construção civil não estão
execução. obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como
insumos em operações interestaduais.
SÚMULA nº 393: A exceção de pré-executividade é
admissível na execução fiscal relativamente às matérias SÚMULA nº 433: O produto semi-elaborado, para fins de
conhecíveis de ofício que não demandem dilação incidência de ICMS, é aquele que preenche
probatória. cumulativamente os três requisitos do art. 1º da LEI
COMPLEMENTAR N. 65/1991.
SÚMULA nº 394: É admissível, em embargos à execução,
compensar os valores de imposto de renda retidos SÚMULA nº 435: Presume-se dissolvida irregularmente a
indevidamente na fonte com os valores restituídos empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal,
apurados na declaração anual sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
SÚMULA nº 395: O ICMS incide sobre o valor da venda a
prazo constante da nota fiscal. SÚMULA nº 436: a entrega de declaração pelo contribuinte
reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário,
SÚMULA nº 397: O contribuinte do IPTU é notificado do dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
SÚMULA nº 437: A suspensão da exigibilidade do crédito
SÚMULA nº 399: Cabe à legislação municipal estabelecer o tributário superior a quinhentos mil reais para opção pelo
sujeito passivo do IPTU. refis pressupõe a homologação expressa do comitê gestor e
a constituição de garantia por meio do arrolamento de
SÚMULA nº 400: O encargo de 20% previsto no dl n. bens.
1.025/1969 é exigível na execução fiscal proposta contra a
massa falida. SÚMULA nº 446: Declarado e não pago o débito tributário
pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de
SÚMULA nº 401: O prazo decadencial da ação rescisória só certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
se inicia quando não for cabível qualquer recurso do último
pronunciamento judicial. SÚMULA nº 447: Os estados e o distrito federal são partes
legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido
SÚMULA nº 409: Em execução fiscal, a prescrição ocorrida na fonte proposta por seus servidores.
antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício
(art. 219, § 5º, do CPC).

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SÚMULA nº 448: A opção pelo simples de estabelecimentos _________________________________________________


dedicados às atividades de creche, pré-escola e ensino ___________________________________________________
fundamental é admitida somente a partir de 24/10/2000,
data de vigência da LEI N. 10.034/2000. ___________________________________________________
___________________________________________________
SÚMULA nº 451: É legítima a penhora da sede do
estabelecimento comercial. ___________________________________________________
___________________________________________________
SÚMULA nº 457: Os descontos incondicionais nas
operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ___________________________________________________
ICMS. ___________________________________________________
SÚMULA nº 460: É incabível o mandado de segurança para ___________________________________________________
convalidar a compensação tributária realizada pelo ___________________________________________________
contribuinte.
___________________________________________________
SÚMULA nº 461: O contribuinte pode optar por receber, ___________________________________________________
por meio de precatório ou por compensação, o indébito
tributário certificado por sentença declaratória transitada ___________________________________________________
em julgado. ___________________________________________________

SÚMULA nº 463: Incide imposto de renda sobre os valores ___________________________________________________


percebidos a título de indenização por horas extraordinárias ___________________________________________________
trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.
___________________________________________________
SÚMULA nº 464: A regra de imputação de pagamentos ___________________________________________________
estabelecida no art. 354 do código civil não se aplica às
hipóteses de compensação tributária. ___________________________________________________
___________________________________________________
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