O formulário abaixo figurará, tal como está, nos enunciados das provas de Física Geral, não necessitando o aluno de trazer o
mesmo para a prova. É esperado que o aluno saiba o contexto de aplicação das fórmulas e o significado de todos os símbolos.
∆G = Gfinal − Ginicial ; A = Ax ɵI + Ay Jɵ + Az K
; A ≡ A = Ax2 + Ay2 + Az2 ; A ⋅ B = AB cosθ ; A × B = AB sinθ nˆ
4
Círculo: A = πR2 ; P = 2π R Esfera: V = π R3 ; A = 4π R 2 Cilindro: V = π R 2 h ; A = 2π R 2 + 2π Rh
3
∆r dr distância ∆v dv d 2r
v med = ; v= ; smed = ; s = v =v ; amed = ; a= = 2
∆t dt ∆t ∆t dt dt
a = cte a = cte
v = cte v = cte
1D: v = v 0 + at 1D: v = v 0 + at
r = r0 + vt x = x0 + vt
1 1
r = r0 + v 0t + at 2 x = x0 + v 0t + at 2
2 2
d
θ = R ; 1 rot = 2π rad
d = ∆θ R τ = r × F α = cte
dθ ∆θ ω = cte
ω = ; ωmed = ; v = ωR ; ; Στ ; ω = ω0 + α t
dt ∆t 2 θ = θ 0 + ωt α =
1
dω ∆ω at = α R ; ar = v I θ = θ0 + ω0t + α t 2
α = dt ; α med = ∆t R 2
v2
ΣF = ma ; Fg = mg ; g = 9,8 m/s2 ; fs ≤ µeFN ; fk = µc FN ; Fcentrip = m
R
1 xf dE p 1 2
W = F ⋅ ∆r ; Ec = mv 2 ; E p = − ∫ FC ( x )dx ; FC = − ; E pg = mgh ; Felast ,x = −kx ; E p,elast = kx
2 xi dx 2
∆E
Em = Ec + E p Wtot = ∆Ec ; WC = −∆E p
; ; WNC = ∆Em ; Pmed = ; P = F ⋅v
∆t
p = mv ; I = Fext ∆t ; I = ∆p
Mm M M
FG = G ; VG = −G ; E pG = mVG ; G = 6,67 × 10 −11 N.m2 .kg-2 ; ag ≡ g = G
r2 r r2
1
ε 0 = 8,85 × 10−12 C2 .N-1.m-2 ; ke = = 9,0 × 109 N.m2 .C-2
4πε 0
qq q q ∆V
Fe = ke 1 2 2 rˆ ; E = ke ∑ 2i rˆi ; Fe = qE ; Ve = ke ∑ i ; E pe = qVe ; E=−
r i ri i ri ∆s
A 1 1 1 1
q = CV ; C = ε0 ; E pe.cond = CV 2 ; = + + ⋯ ; Ceq.par = C1 + C2 + ⋯
d 2 Ceq.serie C1 C2
L ε 1 1 1
V = RI ; R = ρ ; I= ; P = IV ; PJoule = RI 2 ; Req.s = R1 + R2 + ⋯ ; = + +⋯
A R+r Req.p R1 R2
resistência : V = ±IR se corrente e circulação resp. / ⇒
ΣIentrada = ΣIsaida ; ∑V =0
malha
→
f.e.m. : V = ±ε se circulação resp. do pólo ( − → + ) / ( + → − )
mv
FB = qv × B ; FB = I L × B ; R= ; τ = NIA × B ; A = Anˆ
qB
µ I ds × rˆ µ I µ I µ0 I1 I2
dB = 0 ; µ0 = 4π × 10−7 N.A -2 ; Bfio = 0 ; Bcirc = 0 ; Bsolen = µ0 nI ; F =L
4π r 2
2π d 2 R 2π d
∆Φ B d ΦB
ε med = −N ; ε = −N ; Φ B = ∫ B ⋅ dA ; Φ B = BA cosθ
∆t dt A
1 X L − XC R
X L = ωL ; XC = ; Z = R 2 + ( X L − XC )2 ; tgφ = ; cos φ =
ωC R Z
Imax ε R
Ie = ; Ve = ; Ve = ZIe ; Pmed = IeVe
2 2 Z
Resumo de fórmula, equações e deduções – Fundamentos de
Física I – Halliday, Resnick, Walker – Resumo de Alyson Prado
Wolf – Acadêmico de Engenharia Mecânica UEM
CAPÍTULO 03 – VETORES
Assunto tratado de maneira mais completa em livros de geometria analítica.
CAPÍTULO 04 – MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIMENSÕES
Movimento relativo
Para constante, temos:
CAPÍTULOS 05 E 06 – FORÇA E MOVIMENTO
Primeira Lei de Newton: Se nenhuma força resultante atua sobre um corpo ( ),
sua velocidade não pode mudar, ou seja, o corpo não pode sofrer uma aceleração.
Segunda Lei de Newton:
Terceira Lei de Newton: Quando dois corpos interagem, as forças que cada corpo
exerce sobre o outro são sempre iguais em módulo e têm sentidos opostos.
Força de atrito
(i) se v = 0, a força possui o mesmo módulo que a força aplicada sobre o corpo.
(ii) se v = 0 e o corpo está na eminência de movimento, diz-se que atingiu um valor
máximo, cujo módulo é determinado por
(iii) se v ≠ 0, então
Força de arrasto
Resumo de fórmula, equações e deduções – Fundamentos de
Física I – Halliday, Resnick, Walker – Resumo de Alyson Prado
Wolf – Acadêmico de Engenharia Mecânica UEM
Força centrípeta
Se um bloco que está preso a uma mola se encontra em repouso antes e depois de um
deslocamento, o trabalho realizado sobre o bloco pela força aplicada responsável pelo
deslocamento é o negativo do trabalho realizado sobre o bloco pela força elástica.
Trabalho de uma força genérica
Cálculo da Força
Potência
Corpos Maciços
Momento Linear
Colisão e Impulso
Colisões em série
CAPÍTULO 10 – ROTAÇÃO
Torque
As forças do rolamento
O Ioiô
Momento angular
2. Um estudante afirmou que se sente bem na praia pois sabe-lhe bem receber o calor do
Sol. É cientificamente correcta esta afirmação? Fundamente.
4. Converta:
4.1. 1 000 J em cal
4.2. 1 000 J em kcal
4.3. 2,11 × 106 J em BTU
13. Complete o mapa conceptual, indicando uma posição e ligações que façam sentido, para os
seguintes conceitos:
13.1 Energia sonora.
13.2 Energia transportada pela corrente eléctrica.
13.3 Energia nuclear.
14. Um pequeno carro com massa 1,0 kg é lançado numa pista horizontal com uma velocidade
de 1,0 m/s, acabando por parar ao fim de 10 s devido à força de atrito que se supõe constante
ao longo do movimento.
14.1. Qual é o trabalho realizado pela força de atrito durante o percurso do carro sobre a pista?
14.2. Qual é a potência que deveria desenvolver um motor colocado no carro, de modo que este
se movimentasse ao longo de toda a pista com a mesma velocidade com que é lançado nela?
15. Com que velocidade deve ser lançada uma pedra verticalmente de baixo para cima para que,
na ausência de resistência do ar, ela atinja a altura h num local onde a aceleração da gravidade é
g?
A. v = gh
B. v = 2gh
C. v = gh
D. v = 2gh
16. Três projécteis A, B e C, da mesma massa, são lançados de um mesmo lugar no solo com a
mesma rapidez inicial v (em m/s) segundo ângulos de lançamento com a horizontal de 30º, 45º e
60º, respectivamente. Considerando desprezável a resistência do ar, que relação de grandeza há
entre as velocidades dos projécteis quando estão à mesma altura h do solo?
A. vA < vB < vC
B. vA > vB > vC
C. vA = vB = vC
D. vA = vC < vB
17. Considere um sistema formado por duas partículas (1 e 2) nas seguintes situações:
Em qual (ou quais) das duas situações se conserva o momento linear do sistema formado
pelas partículas 1 e 2?
A. Em ambas as situações
B. Na 1ª situação
C. Na 2ª situação
D. Em nenhuma das situações
18. Uma bola cai de uma altura de 2,00 m sobre uma superfície horizontal e é devolvida por esta
até uma altura de 1,00 m. A massa da bola é 100 g. A duração do choque com a referida
superfície é 0,01 s. Qual a força média de interacção entre a bola e a superfície?
19. Apresente uma fundamentação para o facto de o trabalho realizado por uma força que
provoca um movimento circular e uniforme ser nulo?
20. Um bloco em repouso explode originando três pedaços. Dois dos pedaços, de massa igual,
deslocam-se após a explosão em direcções perpendiculares, com velocidades de 30 m/s. O
terceiro pedaço, de massa igual a três vezes a massa de qualquer dos outros, que velocidade
adquire após a explosão?
Resolução das actividades 3_1
2. A afirmação é incorrecta. O Sol emite luz, não emite calor. A luz é um forma de energia-
energia luminosa ou radiante que, ao incidir numa pessoa, vai transformar-se em energia
interna, tal como se ele estivesse a receber calor por exemplo de um cobertor eléctrico. O
efeito é o mesmo – aumento da energia intern, mas os processos ue conduzem ao efeito são
diferentes.
3.
3.1. A energia cinética é :
Ec = ½ m v2 = ½ ×0,1 kg × (4 × 102 m/s)2 =8 × 103 J
3.2. A bala não cai devido à inércia. Estando em repouso tende a permanecer em repouso e
a passagem da bala pela maçã foi tão rápida que não deu tempo para a mação «vencer»
a inércia e ser arrastada.
4.
4.1. 1000 / 4,184 cal = 239 cal
4.2. 1000 / 4184 kcal = 0,239 kcal
4.3. 2,11 × 106 / 1,05435 × 103 BTU = 2,00 × 103 BTU
5.
5.1. 10000 / 4184 Cal = 2,39 Cal
5.2. 1 000 000 / 4184 Cal = 239 Cal
7. Numa central termoeléctrica entram combustíveis (carvão, por exemplo), que, ao serem
queimados, sofrem reacções químicas que libertam energia. A energia transfere-se para o
vapor de água, deste para os geradores de corrente eléctrica e, a seguir, para a corrente nos
fios. O combustível, juntamente com o oxigénio, constitui um sistema com energia química
(eneria potencial). Quando ocorre a combustão há uma libertação de calor (energia em
trânsito da caldeira de combustão para o vapor de água que vai accionar as turbinas. Aqui a
energia cinética do vapor é transferida para as turbinas e destas para os alterndores ue
convertem a energia mecânic cinética em energia eléctrica. Esta é propagada através das
redes eléctricas para os locais de consumo.
8. Numa central hidroeléctrica o desnível entre o orifício de saída da água para a conduta de
escoamento e a turbinas confere à água energia potencial gravitacional que é transformada
em energia cinética da água, quando a água cai, ao longo da conduta. Essa enegia cinética
transfere-se para a turbina e desta para o alternador que a transforma em energia eléctrica
propagada depois através dos fios para os locais de consumo.
9. Tem-se
Fg = 1,0 N e Δr = 0,5 m.
10. Tem-se
F = 600 N e Δr = 5 m.
10.1. O trabalho realizado foi
w = F × Δr = 600 N × 5 m = 3000 J.
10.2. O valor do trabalho, 3000 J, significa que foi transferida uma energia de 3000 J para o
sistema carro-Terra.
10.3. Como o movimento é horizontal não há variação de energia potencial gravítica e toda essa
energia transferida no valor de 300º J fica no carro na forma de energia cinéticase desprezarmos
a energia dissipada nos atritos e na resistência do ar.
11. Tem-se
m = 2,0 kg, h = 2,0 m, l = 4,0 m e g = 10 m/s2.
11.1 Sabemos que a soma vectorial da força gravítica com a reacção do plano é uma força
paralela ao plano, descendente, de intensidade
Fg . h/l = Fg . sin α
onde α = ângulo de inclinação do plano.
Esta soma é, pois
20 N × 2,0 m/4,0 m = 10 N
Para que o corpo suba a velocidade constante há que aplicar-lhe uma força simétrica desta –
intensidade 10 N, direcção paralela ao plano e sentido ascendente.
11.2. O trabalho é dado neste caso por
w = F × Δr = 10 N × 4,0 m = 40 J.
11.3. Esse trabalho mede a energia transferida do corpo ou sistema que exerce a força de
arrastamento do corpo para o sistema corpo-Terra. Neste caso, como não há variação da
energia cinética do copo, uma vez que a sua velocidade não varia, essa energia é toda
convertida em energia potencial grvítica.
11.4. A energia potencial gravítica é dada por
11.5.
Ep = m.g.h = 2,0 kg × 10 m/s2 × 2,0 m = 40 J
Verifica-se que esta energia potencial é igual ao trabalho pelas razões apontadas na
alínea anterior.
12
12.1. Energias cinética e potencial e, dentro das energias potenciais, a potencial gravítica, a
potencial elástica e a potencial química.
12.2. Da massa e da velocidade.
12.3. Da posição relativa dos corpos e da massa destes.
12.4. Da deformação dos corpos e da sua elasticidade.
13.
13.1. Tenha em conta que se trata de uma energia do movimento (portanto é cinética) vibratório
dos corpos elásticos (lâminas metálicas, ar, etc) que portanto depende da elasticidade destes.
13.2. Tenha em conta que se trata de energia dos electrões em movimento (portanto é cinética).
13.3. Tenha em conta que é uma forma de energia acumulada (portanto é potencial) nos núcleos
e que como toda a forma de energia potencial depende da posição relativa das partículas que
interactuam.
14.
14.1. O trabalho realizado, entre dois pontos da trajectória de uma partícula, pela força
resultante que actua sobre ela, é sempre igual à variação da energia cinética da partícula
entre esses dois pontos. No caso descrito a força resultante é a força de atrito e a
variação da energia cinética é dada por
1
m( v 2f − v i2 )
ΔE c =
2
onde vi e vf são, respectivamente, as velocidades inicial e final da partícula. Do
enunciado sabemos que a velocidade final é nula e a inicial é 1 m/s . Logo a variação de
energia cinética e o trabalho da força de atrito valem –0,5 J. O trabalho é negativo
porque a força de atrito se opõe sempre ao deslocamento.
14.2. Para que o carro se desloque com velocidade constante, o motor tem de exercer
sobre ele uma força com o mesmo módulo e direcção da força de atrito e de sentido
contrário. O módulo da força de atrito pode ser calculado a partir dos dados do
problema. Para isso começamos por calcular a aceleração do movimento sem o motor.
Nesse caso a velocidade v é dada, em função do tempo t, por
v = v0 – a t
que é também o módulo da força exercida pelo motor se o carro mantiver a sua
velocidade constante .
A potência associada a uma força que actua sobre um corpo que se move com
velocidade v é P = F v.
Logo, neste caso a potência exercida pelo motor é
P = 0,1 N ×1,0 m/s = 0,1 W.
15. A opção correcta é B.
Pela lei da conservação da energia mecânica:
½ m v2 + 0 = 0 + mgh
v = 2 gh
concluímos que a energia mecânica é igual para todos os projécteis e terá de se manter
invariável ao longo do percurso.
Então, quando os projécteis estão à mesma altura,
a energia cinética, Ec = ½ m v2, terá de ser também constante para todos eles. Logo, a
rapidez será a mesma para todos os projécteis.
17. A variação do momento linear total ao longo do tempo é igual à soma de todas as
forças que actuam no sistema e têm origem fora dele (forças exteriores). Por isso num
sistema isolado, i.e. em que as interacções com o exterior se podem desprezar, não
existem forças exteriores a actuar sobre o sistema e, portanto, o seu momento linear
conserva-se. Sendo assim, na 2ª situação o momento linear conserva-se. Na 1ª situação,
como consideramos que o sistema é apenas formado pelas partículas 1 e 2 e como a
Terra actua em ambas através da acção da gravidade, existem forças exteriores ao
sistema cuja soma é não nula. Logo, o momento linear do sistema não se conserva.
Consequentemente, a resposta correcta é C.
Note que se na 1ª situação considerássemos que o sistema era formado pela Terra e
pelas partículas 1 e 2, as forças que eram exteriores (exercidas pela Terra sobre o
sistema das partículas 1 e 2) agora já passavam a forças interiores, por a Terra fazer
parte deste novo sistema. Então, se pudéssemos desprezar as acções de todos os outros
corpos exteriores a este sistema partícula 1 + partícula 2 + Terra, então o momento
linear total deste sistema conservar-se-ia.
18. Quer na queda da bola quer na subida posterior é válida a relação v2 = 2 g h que se
obtém igualando a energia cinética no ponto mais baixo (ao chegar ao solo e ao
abandonar a seguir o solo), pois aí a energia potencial considera-se nula, com a energia
potencial gravítica no ponto mais alto (de que a bola parte e onde depois chega), pois aí
a energia cinética é nula. No fundo basta recorrer à expressão da conservação da energia
mecânica.
Recorrendo à referida expressão com h = 2,00 m, obtém-se o valor da velocidade no
final da descida, cuja componente é vy = - 6,26 m/s (negativa por ter sentido oposto ao
eixo dos yy vertical e para cima.
Recorrendo à mesma expressão com h = 1,00 m, obtém-se o valor da velocidade no
início da subida, cuja componente é v’y = + 6,26 m/s (positiva por ter o sentido
ascendente igual ao do eixo dos yy).
Agora resta aplicar a relação de igualdade entre impulso da força no solo e variação da
quantidade de movimento:
19. O trabalho realizado por uma força que leva uma partícula de A para B é, em geral,
dado por um limite de uma soma de um número muito grande de deslocamentos
r r
elementares F ⋅ dr ao longo da trajectória quando esse número vai crescer para infinito
B r
r
(matematicamente traduz-se por um integral ( W = ∫ F ⋅ dr ). Se considerarmos o caso do
A
r
movimento circular e uniforme a força F que actua na partícula em cada ponto da
r
trajectória e o deslocamento elementar (infinitesimal) dr com origem nesse ponto são
sempre perpendiculares,r em todos os pontos da trajectória. Então cada trabalho
r r
elementar F ⋅ dr é nulo, e portanto a sua soma tem de ser nula.
20 É uma velocidade de módulo 14 ms-1 e cuja direcção forma um ângulo de 135º com a
direcção de um dos blocos e um ângulo de 135º com a direcção do outro bloco:
p1 = 30 m , p2 = 30 m , p3 = 3 m v
Como a diagonal do rectângulo é igual à raíz quadrada da soma dos quadrados dos
lados, para que a quantidade de movimento continue a ser nula já que o era de início,
teremos:
2.
2.1 Verifique que a posição do projéctil representado na figura do texto satisfaz as equações
paramétricas
x = 25 t (SI) e y = 9,49 t – 4,9 t2
4. A tabela que se segue refere-se à variação da posição de uma partícula que se move rectilineamente:
Tempo t (s) 0 5 10 15 20 25 30
Posição x(m) 0 10 20 20 25 15 50
Vamos admitir que entre os instantes tabelados o movimento foi sempre regular, isto é, a
posição variou regularmente.
4.1. Construa um gráfico correspondente à função x = x (t), colocando a variável tempo no eixo
das abcissas (o eixo geralmente atribuído à variável independente) e a variável posição no eixo
das ordenadas (o eixo da variável dependente).
8. Analise a seguinte situação em que uma sonda espacial gira em torno da Terra.
10. Suponha que x(t) é a posição, no instante t, de uma partícula que descreve um movimento
rectilíneo. Qual dos movimentos a seguir representados é um movimento rectilíneo em que a
aceleração é constante?
11. Suponha que conhece a velocidade constante de um movimento rectilíneo. Para conseguir
descrever completamente este movimento (i.e. determinar a posição da partícula em qualquer
instante), necessita de conhecer mais alguma grandeza? Justifique.
12. Nas situações (I) e (II) temos o mesmo corpo de massa 1,00 kg ligado a um fio de massa
desprezável e sobre a mesma mesa. Em (I) puxou-se o fio com uma força de 5,0 N exercida
com a mão e em (II) ligou-se o corpo a um outro corpo de massa 0,50 kg (peso 5,0 N).
12.1. Compare as acelerações do corpo de massa 10 kg nas duas situações.
Situação (I) Situação (II)
1,00 kg 5,0 N 1,00 kg
5,0 N
12.2. Qual é a intensidade da força de tensão do fio que liga os corpos de massas 1,00 kg e
0,50 kg na situação (II)?
13. Porque é que quase não podemos andar numa superfície polida (chão envernizado ou uma
pista de gelo, por exemplo)?
14. Uma carruagem só se põe em movimento, mesmo num troço de linha horizontal, quando se
aplica nela uma força muito intensa (a força de quatro ou cinco homens pode não ser
suficiente). Porém, uma vez posta em movimento, para manter a carruagem em movimento
já é suficiente uma força de menor intensidade (um ou dois homens são suficientes). A que
se deve esta diferença?
15. Se, num combate de boxe, fosse possível somar as intensidades das forças aplicadas nos
dois contendores pelos golpes certeiros, e o vencedor fosse quem somasse mais, a luta
terminaria empatada. Fundamente esta afirmação.
16. Três pessoas fazem um mesmo percurso rectilíneo. A figura mostra a coordenada x de cada
pessoa, num
certo referencial.
19. Os três blocos da figura, de massa igual, m = 1,0 kg, são empurrados horizontalmente por
uma força de intensidade constante 30 N. Consideram-se desprezáveis quaisquer atritos.
20. Dois corpos A e B são ligados por um fio de massa desprezável e inextensível, assentes
sobre planos inclinados de atrito desprezável, como mostra a figura seguinte. Considere o valor
da aceleração da gravidade g = 10 m/s2 e despreze os atritos e a massa da roldana.
20.1. Determine a intensidade da resultante das forças gravítica e de reacção do plano exercidas
no corpo A.
20.2. Determine a intensidade da resultante das forças gravítica e de reacção do plano exercidas
no corpo B.
20.3. Qual é o sentido do movimento de cada um dos corpos? Justifique.
20.4. Com que aceleração se move o sistema ligado dos dois corpos?
RESPOSTAS QA2_1
2.
3.
3.2. Como o deslocamento se efectua no sentido negativo do eixo Ox, o valor do deslocamento
deu negativo, – 30,0 m, mas o espaço percorrido é positivo, + 30,0 m.
4.
4.1.
60
50 50
40
Posição (m)
30
25
20 20 20
15
10 10
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo (s)
4.2. Não. Trata-se de uma solução ideal. As variações de posição nas situções reais não podem ocorrer
desta forma descontínua, como por exemplo sucede aos 25 s. A posição estava a decrescer ao mesmo
ritmo dos 20 s aos 25 s e instantâneamente passou a crescer ao mesmo ritmo dos 25 s aos 30 s. Nenhum
prtícul real pode ir a um ritmo constante num sentido e instantaneamente mudar de sentido.
4.3. Basta fazer-se uma leitura simples do gráfico posição-tempo:
- o carro andou 20 m para a frente da posição inicial entre o instante inicial e o instante 10 s;
- instantaneamente (situação ideal!) parou;
- manteve-se parado os 5 s que decorreram entre os instantes 10s e 15 s, na posição + 20 m;
- andou a seguir 5 m para a frente entre os instantes 15 s e 20 s atingindo a posição + 25 m;
- instantaneamente (situação ideal!) passou a recuar, deslocando-se 10 m para trás entre as
posições + 25 m e + 15 m em 5 s;
- instantaneamente (situação ideal!) passou a avançar novamente, andando 35 m para a frente
deslocando-se da posição + 15 m a + 50 m em 5 s.
5. Tem-se, que entre as posições referentes aos 10 s e aos 25 s, a patícula percorreu uma
distância total:
6. Tem-se
7.
x10 = 20 m e x25 = 15 m
Δx = x25 - x10 = 15 m – 20 m = - 5 m
7.2. Trata-se de um vector com módulo 20 m, assente no eixo Ox e com o sentido negativo
desse eixo.
8.1. Actuam duas forças gravitacionais simétricas, uma aplicada na sonda e outra na Terra.
Qualquer delas tem uma intensidade igual ao «peso» da sonda no local onde se situa.
8.2. Teoricamente, pode-se dizer que devido a este par de forças, cada uma a actuar no seu
corpo, a sonda é atraída gravitacionalmente para a Terra e, simultaneamente, atrai a Terra. Pode
dizer-se portanto que a Terra também cai para a sonda…
Na prática a Terra também é solicitada a «cair» para o corpo, uma vez que é igualmente actuada
por uma força gravitacional da mesma intensidade. Porém, este movimento da Terra é
totalmente desprezável, devido ao elevado valor da massa da Terra (e, por isso, da sua inércia) e
ao facto de ela ser solicitada a mover-se de todos os lados...
9.
9.1. A duas forças são as seguintes: uma exercida pela bola na mesa, dirigida verticalmente para
baixo e outra exercida pela mesa na bola, verticalmente para cima. As duas forças têm igual
intensidade.
9.3. Estas forças não constituem um par acção-reacção, uma vez que estão aplicadas no mesmo
corpo. A força que faz par acção-reacção com a força exercida na bola pela mesa é a força que a
bola exerce na mesa.
9.4.
10. Um movimento rectilíneo uniformemente acelerado caracteriza-se por ter uma aceleração
constante (e diferente de zero). A aceleração é, por definição, a derivada da velocidade em
ordem ao tempo. A velocidade, por sua vez, é a derivada da posição x em ordem ao tempo
Derivando duas vezes em ordem ao tempo as equações dos movimentos representados, apenas
no caso C se obtém uma constante diferente de zero. Logo, a resposta correcta é C.
Note que todos os movimentos rectilíneos em que a posição depende do tempo através de
um polinómio de grau 2 são uniformemente acelerados. Qual dos movimentos representados
é rectilíneo e uniforme (velocidade constante)?
11. Se o movimento rectilíneo tem velocidade constante sabemos que o gráfico da posição x
em função do tempo t é uma linha recta. O que não sabemos é se tal recta passa pela origem
(para t = 0 s é x = 0 m) ou não (para t = 0 s é x ≠ 0). Portanto no fundo temos de conhecer além
da velocidade, também a posição inicil da partícula.
12.
12.1. A aceleração é menor na situação II. Com efeito, nesta situação, a força de 5,0 N arrasta o
corpo da mesa e o próprio corpo suspenso. Logo, neste caso a massa a arrastar é maior,
portanto a inércia é maior, por isso é menor a aceleração.
12.2. O fio, tenso, exerce uma força de tensão no corpo de 1,0 kg na mesa. Essa força é potente
(o fio puxa o corpo para a «frente»). O mesmo fio exerce um força no corpo suspenso que é
resistente (puxa-o par «trás» à medida que este é solicitdo a mover-se pelo seu próprio peso.
Dada a massa desprezável do fio, estas forças de tensão podem considerar-se do mesmo
módulo. Vejamos porquê.
A força de tensão do fio no bloco suspenso tem a mesma intensidade da força com que o
bloco suspenso puxa o fio, Ffio/bloco suspenso. Porquê? São um par acção-reacção.
A força de tensão com que o fio puxa o bloco da mesa tem a mesma intensidade da força que
o bloco da mesa exerce no fio, Ffio/bloco da mesa. Porquê? São um par acção-reacção.
Como consideramos mfio nula ambos os membros da iguldde são nulos, as forças do primeiro
membro são iguais em módulo e os seus pares (as tensões do fio de um lado e do outro)
também iguais em módulo. Ambs têm a mesma intensidade que representmos por T.
A lei fundamental aplicada ao corpo na mesa de massa 1,00 kg pode traduzir-se assim:
T = m. a = 1,00 kg × a m/s2
A lei fundamental aplicada ao corpo de massa 0,50 kg pode traduzir-s deste modo:
T = 3,33 N
13. Não havendo atrito não conseguimos que os nossos pés exerçam forças de acção no chão
com componentes dirigidas para trás. Em consequência, não são desencadeadas reacções do
chão sobre nós dirgidas para diante. Ora só estas componentes horizontais para a frente das
forças exercidas pelo chão em nós podem produzir acelerações em nós e colocar-nos em
movimento.
14. Deve-se à inércia. No primeiro caso a carruagem tem uma grande inércia de repouso, pois a
sua massa é enorme, e exige-se uma grande força para a acelerar. No segundo caso, com a
carruagem a mover-se, ela tem uma grande inércia de movimento, pois a sua massa é enorme, e
tem a tendência natural para manter a sua velocidade com resultante de forças nula. A força que
se exige para a manter em movimento é apenas a estritamente necessária para equilibrar os
atritos e resistência do ar.
16.
16.1. A
16.2. B
16.4. A, porque independentemente o facto de se mover em sentido contrário, ele percorre maior
distância por unidade de tempo, já que a linha do gráfico está mais inclinada.
16.7. As resulatntes das forças são todas nulas porque as velocidades das pessoas são
constantes.
19.3. Dsignando por FA/B a intensidade da força exercida em A pelo corpo B, vem
30 N – FA/B = 10 N
Portanto FA/B = 20 N
19.6. O primeiro, ou seja o que está em contacto com a força exterior que empurra (ou puxa),
porque esta se vai repartindo pelos diferentes blocos.
20
20.1. 3,4 N
20.2. 5,0 N
20.3. Move-se para o lado de B porque a força resultante das duas anteriores aponta para esse
lado.
20.4.
5,0 N – T = 1,0 × a
T - 3,4 N = 1,0 kg × a
Este sistema permite-nos obter a = 0,8 m/s2
ACTIVIDADES FORMATIVAS AF2.2
1. Uma partícula descreveu uma semicircunferência de raio 0,40 m em 2,0 s com rapidez
constante .Considera-se um referencial com origem no centro da semicircunferência.
1.1. Que tipo de movimento teve a partícula?
1.2. Qual foi a distância percorrida dos 0 s aos 2,0 s?
1.3. Caracterize o deslocamento da partícula no referido intervalo de tempo.
1.3. Caracterize o deslocamento da partícula do instante inicial ao instante 1,0 s.
1.4. Qual foi a distância percorrida pela partícula ao fim de 1,0 s.
3. Um carro move-se numa estrada recta e horizontal no sentido de Norte para Sul, a 80 km/h,
durante 20 s.
3.1. Qual a rapidez do carro em m/s?
3.2. Qual o módulo da velocidade em m/s?
3.3. Que distância percorre durante os 20 s?
3.4. Qual o valor da velocidade (componente escalar da velocidade) do carro num eixo com
a orientação Sul-Norte?
4. Um carro desloca-se em linha recta a 50 km/h no sentido positivo de um eixo Ox. Quando o
carro se encontra na origem do eixo Ox, começa-se a contar o tempo.
4.1. Escreva a equação das posições do carro no referencial indicado, em unidades SI.
4.2. Escreva a equação que permite calcular a distância percorrida ao fim de t segundos, em
unidades SI.
4.3. Esquematize os gráficos (t, x) e (t, s).
4.4. Determine a posição do carro ao fim de 10 s, a partir da equação das posições e a partir
do gráfico (t, x).
4.5. Considere agora um outro eixo de referência com a origem na posição 10 m antes da
posição onde se iniciou a contagem do tempo. Qual é, neste novo referencial, a equação
das posições?
5. Na figura estão representadas graficamente as posições de duas partículas, A e B, que se
movem «sem colidir» ao longo do eixo dos xx de um referencial.
6. Um carro a 100 km/h trava e pára em 10 s. Caracterize a aceleração do carro, supondo que
ela é constante e que o movimento é rectilíneo.
7.1. Qual das partículas foi deixada cair sem velocidade inicial? E qual delas foi lançada
para cima, com uma
certa velocidade inicial?
7.2. Qual é o valor da aceleração da partícula A? E da partícula B?
7.3. Em que instante atinge a altura máxima a partícula que foi lançada para cima?
7.4. Qual é a distância percorrida por cada uma das partículas entre 0 s e 3 s?
7.5. Escreva as equações das velocidades de ambas as partículas.
8. Numa corrida de 100 m, um atleta chega à meta fazendo a marca de 10,2 s. Admita que o
atleta acelerou uniformemente durante os 2,0 s iniciais da corrida até atingir uma velocidade
constante até ao final.
8.1. Calcule a magnitude da aceleração do atleta nos dois primeiros segundos.
8.2. Calcule a velocidade máxima do atleta.
8.3. Esboce os gráficos v(t) e a(t).
9. Suponha que x(t) é a posição, no instante t, de uma partícula que descreve um movimento
rectilíneo.
9.1. Qual dos movimentos a seguir representados é um movimento rectilíneo uniformemente
variado?
13. Uma partícula descreve um movimento circular e uniforme de raio R com velocidade linear
de módulo v. Qual o período T de rotação da partícula?
A. T = v/R
B. T = v / (2πR)
C. T = R/v
D. T = 2πR/v
14. Um automóvel move-se numa pista circular de 1,0 km de raio. Parte do repouso
e desloca-se com aceleração tangencial constante, atingindo uma velocidade de
módulo 30,0 m/s no fim da primeira volta.
em que t é expresso em segundos e a posição em metros. Determine a força que actua sobre
a partícula no instante 4,0 s.
A
B
RESOLUÇÃO DAS ACTIVIDADES 2.2
1
1.1. Teve um mvimento circular e uniforme, circular porque a trjectória é circular e uniforme
porque a rapidez é constante.
1.2. A distância percorrida foi metade do perímetro da circunferência de raio r = 0,40 m:
s = (2 p r)/2 = 3,14 ´ 0,40 = 1,26 m
1.3. O deslocamento efectudo tem o módulo ou magnitude de 0,80 m (o dobro do raio). A
direcção do deslocamento é a direcção do eixo dos xx e o sentido negativo do eixo Ox. O
deslocamento teve origem no ponto de coordenadas x = + 0,40 m e y = 0,00m e terminou no
ponto de coordenadas x = – 0,40 m e y = 0,00 m. O valor (projecção) do deslocamento
ocorrido no eixo Ox foi, portanto, - 0,80 m.
1.4. Ao fim de 1,0 s a partícula percorreu 1/4 da circunferência. O deslocamento efectuado é o
vector que une o ponto inicial de coordenadas (0,40 m; 0,00 m) ao ponto de coordenadas
(0,00 m; 0,40 m). Pode medir-se a magnitude desse vector utilizando o teorema de
Pitágoras:
0,402 + 0,402 = 0,56 m
2.
2.1. Trata-se de um movimento rectilíneo uniformemente acelerado.
2.2. Dado que a aceleração traduz a variação da velocidade por unidade de tempo, o facto de ela
ser 2,0 m/s2 significa que a velocidade aumentou de 2,0 m/s em cada segundo, sendo pois
de 2,0 m/s ao fim de 1 s, 4,0 m/s ao fim de 2 s, 6,0 m/s o fim de 3 s e 8,0 m/s ao fim de 4 s.
2.3. Se em linh recta o móvel foi da posição 0 m à posição 16 m, percoreu uma distância 16 m.
Sendo então, aos 4 s, v = 8 m/s , s = 16 m e a = 2 m/s2 (constante ao longo de todo o
percurso) temos que:
v2 = 64 m2/s2 e 2.a.s = 2 × 2 m/s2 × 16 m = 64 m2/s2.
3.
3.1. Como a rapidez é constante, temos 80 km/h = 80 000 m / 3 600 s = 22,2 m/s.
3.2. A magnitude da velocidade é igual à rapidez: v = 22,2 m/s.
3.3. A distância percorrida é s = 22,2 m/s × 20 s = 444 m.
3.4. Como o movimento é de Norte para Sul e a orientação do eixo é Sul-Norte, a componente
escalar da velocidade é negativa: vx = – 22,2 m/s.
4.
4.1. Convertendo a velocidade em m/s temos: v = 50 km/h = 50000 m / 3600 s = 13,9 m/s.
Como o sentido do movimento coincide com o sentido de Ox, o valor da velocidade ou seja
a componente escalar do correspondente vector segundo Ox é vx = + 13,9 m/s.
A posição do carro no instante t = 0 s coincide com a origem do referencial. Logo, x0 = 0 m.
Portanto, a equação das posições do carro, em unidades SI, é:
x = 0 + 13,9 t ou, simplesmente, x = 13,9 t
4.2. Como v = 13,9 m/s (e é constante), tem-se, para a distância percorrida, s, ao fim de t
segundos:
s = 13,9 t (em unidades SI)
4.3.
6. O módulo da velocidade do carro varia de 100 km/h = 27,8 m/s a 0 m/s. Portanto, o módulo
dessa variação é 27,8 m/s em 10 s.
A aceleração tem então por módulo 27,8 m/s a dividir por 10 s, ou seja 2,78 m/s2.
Quanto à direcção ela é a da trajectória rectilínea.
O sentido da aceleração é o sentido oposto ao do movimento.
7.
7.1. Sem velocidade inicial: B
Com velocidade inicial: A
7.2. a = vy/ t = –10 m/s2
7.3. t = 3 s
7.4. 45 m
7.5. A: vy = 30 – 10 t
B: vy = – 10 t
8.
8.1. Distância percorrida em mov. uniformemente acelerado, expressa em metros, nos primeiros
dois segundos (sendo a a magnitude da aceleração):
s= 1/2 a 2,02 = 2,0 a (SI)
Rapidez ao fim de 2,0 s: v2 = at = a × 2,0 = 2,0 a (SI)
Distância percorrida em mov. uniforme, expressa em metros, entre 2,0 s e 10,2 s:
s = v2 × Δt = 2,0 a (10,2 – 2,0) = 16,4 a (SI)
Distância total:
2,0 a + 16,4 a = 100
Daqui tira-se: a = 5,4 m/s2
8.2. v = a t = 5,4 × 2,0 m/s = 10,8 m/s
8.3.
9.
9.1. A opção correcta é a C
De facto a equação dada em C obedece à fórmula geral x = x0 + v0xt + ½ ax.t2, ou seja: é uma
equação do 2º grau.
9.2. Comparando a equação dada com esta expressão geral vemos que
½ ax.= 3
Portanto ax.= 6 m/s2.
9.3. Continuando a comparar a equação dada com a fórmula geral conclui-se que
x0 = 0 m/s e v0x = -2 m/s
Então a equação das velocidades v = v0x + ax.t será neste caso
v = -2 + 6.t (SI)
9.4. Como a velocidade inicial é negativa (v0x = -2 m/s) a partícula no instante inicial move-se
no sentido negativo.
10. Opção C.
A velocidade é nula porque o corpo tem de inverter a velocidade o que exige que pare. Mas
continua sempre a ser acelerado para baixo pois continua sempre actuado pela força-peso para
baixo. Por isso ele não permanece parado. A paragem é instantânea.
11.
11.1. y = 20 t – 5 t2 => vy = 20 – 10 t Fazendo vy = 0 ⇒ t = 2 s. Ora t = 2 s ⇒y2 = hmáx = 20
× 2 – 5 × 22 = 20 m
11.2. 10 = 20 t – 5 t2 ⇒ t2 – 4 t + 2 = 0 ⇒ t = 0,6 s e t = 3,4 s. Logo, t = 3,4 s
11.3.
11.4
11.5.
11.6.
11.7.
12. É um movimento de trajectória circular e com velocidade de módulo constante.
Num movimento curvilíneo, sendo R o raio de curvatura da trajectória e v o módulo da
velocidade, a aceleração normal é
an = v 2 / R
e a aceleração tangencial
dv
at =
dt
O período T é o tempo que a partícula demora a percorrer uma volta completa sobre a
circunferência. Durante o período T a partícula percorre um espaço igual a 2πR, com
velocidade de módulo constante v. Como o módulo da velocidade é constante podemos dizer
que é igual ao espaço percorrido dividido pelo tempo necessário para percorrer esse espaço.
Logo, v = 2πR /T . E de aqui tira-se: T = 2πR /v.
Nota: é importante que ganhe familiaridade com as noções de aceleração normal,
velocidade linear, velocidade angular, período e frequência num movimento circular e
uniforme e que seja capaz de as relacionar.
14.
14.1. A aceleração normal relaciona-se sempre, em cada instante, com o módulo da velocidade
linear v e com o raio R da trajectória circular por,
v2
an =
R
Como v = 30 m/s e r = 1000 m, substituindo estes valores na expressão anterior, conclui-se que
a aceleração normal é 0,9 m/s2.
14.2. A aceleração tangencial, at , é a taxa de variação da rapidez v do automóvel, sendo por isso
dv
traduzida pela derivada . Como, segundo o problema, esta taxa de variação de v é constante,
dt
isso significa que a rapidez v cresce regularmente de 0 a 30,0 m/s. A rapidez v, em cada instante,
indica-nos por sua vez a taxa de variação da distância percorrida pelo automóvel, sendo por isso
ds
dada pela derivada . Estamos, pois, num situação paralela à que vimos no movimento
dt
rectilíneo uniformemente acelerado. Neste, a aceleração coincidia com a sua componente
tangencial, pois a componente normal ou centrípeta era nula (a velocidade nesse movimento não
varia em direcção).
Se no movimeno rectilíneo uniformemente acelerado podemos calcular a distância percorrida
sobre a trajectória a partir do repouso pela expressão
1 2
s= a t
2
e a rapidez v pela expresão
v=at
porque o valor da aceleração a é constante, neste caso e em todos os casos em que o valor da
aceleração tangencial at é constante, podemos determinar a distância percorrida sobre a
trajectória, s, ao fim de um tempo t por,
1
s= a t2
2 t
v=a t
t
Como conhecemos a velocidade ao fim de uma volta (30,0 m/s) e o espaço percorrido ao fim
dessa volta (2πR) podemos calcular a aceleração tangencial obtendo-se, at = 0,07 m/s2.
Para calcular a força que actua sobre esta partícula utiliza-se a relação entre a aceleração e a
força
G
F = ma = 0,5(8u x + 30tu y ) = 4 u x + 15t u y (N)
G G G G G
Para calcular a força no instante 4,0 s basta substituir t por 4,0 s. Obtém-se:
G G G
F = 4 u x + 60 u y (N)
16.2. Neste dispositivo o corpo A é arrastado pelo fio de um distância s de 0 a t segundos. Neste
mesmo intervalo de tempo, a roldana e o corpo B só caem de uma distância s/2, porque, nessas
condições, os extemos do diâmetro da roldana onde o fio enrola descem ambos s/2, e s/2 + s/2
vai dar a distância s de arrasto de A.
A consequência é que as acelerações do corpo A, aA, e do corpo B, aB, relacionam-se por
aA= 2.aB.
Sendo TA a força de tensão do fio que puxa o corpo A, e m a massa do corpo A, temos, pela lei
fundamental aplicada ao corpo A
TA= m aA (1)
g- 2 aA = aB
aA = g/5 ; aB = 2g/5
TB = 15,7 N e TA = 7,8 N.
Física Geral 21048
ACTIVIDADES FORMATIVAS 4
Electromagnetismo
+ _
2. Considere o condensador da figura ao lado.
+ _
Trace as linhas de força do campo eléctrico
entre as placas e as curvas equipotenciais.
+ _
Ignore os efeitos das bordas.
+ _
4. Um aquecedor consome 2000 W de potência. O fio elétrico que o liga à tomada é composto por
dois condutores revestidos por camadas de plástico com 0,6 mm de espessura. Calcule a força
exercida por metro sobre o plástico do revestimento.
1/3
Versão:13-Dez-08
Física Geral 21048
I1
R1 = 3 Ω
I2 Ic
R2 = 3 Ω
I3
R3 = 3 Ω
Rc = 5 Ω
V
~ P = 20 W
a. Calcule a potência dissipada por efeito de Joule nas resistências R1, R2 e R3 e a tensão V aos
terminais do gerador.
b. Suponha que a resistência R3 falha, deixando de passar corrente por ela. Recalcule as
quantidades da pergunta 1, exigindo que a potência dissipada na casa continue a ser 20 W.
c. Suponha que, além da resistência R3, a resistência R2 falha também. Re-calcule as quantidades
da pergunta 1, exigindo novamente que a potência dissipada na casa continue nos 20 W.
7. Uma central hidroeléctrica gera a potência de 400 MW. A energia eléctrica produzida é
transportada à tensão de 100 kV por um cabo de alumínio, com 10 cm de diâmetro, até uma
subestação abaixadora, situada a 200 km de distância da central, onde é depois dividida pelos
consumidores. Tratando o problema como se tratasse de corrente contínua, calcule:
a. A potência perdida por dissipação em calor (efeito de Joule) durante o transporte. O que
aconteceria a esta perda se a tensão de transporte caísse para metade?
2/3
Versão:13-Dez-08
Física Geral 21048
C1 = 5 µF
I=?
R1 = 30 Ω
C2 = 1 µF
E = 220 V
f = 50 Hz
~ R2 = 20 Ω R3 = 20 Ω
L1 = 1 H
L2 = 2 H
3/3
Versão:13-Dez-08
Física Geral 21048
ORIENTAÇÕES DE RESPOSTA
às
ACTIVIDADES FORMATIVAS 4
Electromagnetismo
1. (Distribuição de cargas.)
1 QP
a. O campo elétrico criado pela carga P é dado pela Lei de Coulomb, E = rˆ , com rˆ o
4πε 0 d 2
vector unitário na direção do ponto à distância d. O campo crido no ponto B é simples de
calcular, dado que a direção BP é vertical, logo expressa pelo vector unitário ey . Temos então
1 −1 8
E = ( −e ) V/m = 5,625 × 10 ey V/m . Note-se que o campo aponta para cima,
4πε 0 (dPB )
2 y
no sentido da carga em P, porque essa é a convenção para o sentido do campo de uma carga
negativa. Nos pontos A e C o campo tem componentes segundo os eixos x e y. Pelo teorema
de Pitágoras, as distâncias AP e CP são d AP = dCP = 42 + 32 = 5 e a magnitude do vector
1 1
E = 2
V/m = 3,6 × 108 V/m . O ângulo entre os segmentos AB e BP é tal que
4πε 0 5
sin(θ ) = 4 / 5 (logo cos(θ ) = 3 / 5 ) e o vector unitário em A, na direção e sentido de P, é
er = cos(θ )ex + sin(θ )ey . Em A o campo é então E = 3,6 × 108 ( cos(θ )ex + sin(θ )ey ) V/m .
Em C só muda a direção e sentido do vector unitário er , mantendo-se a magnitude do campo.
Por simetria, temos E = 3,6 × 108 ( − cos(θ )ex + sin(θ )ey ) V/m .
b. Neste sistema actuam apenas forças elétricas. A energia a fornecer à carga no ponto P para a
levar até ao infinito terá que compensar o trabalho das forças elétricas nesse deslocamento.
Como as forças elétricas são conservativas, o trabalho depende apenas dos pontos finais e
iniciais, e não da trajectória. O trabalho é (livro de texto, p.251)
∞
∞
We = ∫ Fe ⋅ dr = ∫ qE ⋅ dr = − q
(V∞ − VP ) = −(V∞ − VP ) .
P P =1 C
1/4
Versão:13-Dez-08
Física Geral 21048
µ0 I1I2
4. A força por metro pode ser calculada pela expressão F = , deduzida da lei de Biot-
2π d
Savaart. Basta-nos apenas saber o valor das correntes. Ora dissipar 2000 W sob a tensão de 220 V
requer uma intensidade de I = P / V = 9,091 A . As correntes são então 9,091 A (fio de entrada)
e 9,091 A no sentido contrário (fio de saída – os eletrões não desaparecem no aquecedor!) Como
cada condutor é revestido por 0,6 mm de plástico, estão à distância de 1,2 mm e a força por
9,0912
metro é de F = 2 × 10−7 N = 0,01377 N . A força é repulsiva, pois as correntes
1,2 × 103
circulam em sentidos opostos. Esta força é bastante baixa, embora possa subir
consideravelmente em caso de curto-circuito.
5. (Circuito modelo)
a. Se em Rc se dissipa 20 W, a intensidade de corrente que passa nessa resistência é de
P = RIc2 ⇔ Ic = P / R = 2 A . A resistência equivalente da associação R1, R2, R3 é de
Req = 1 Ω , logo a queda de tensão neste grupo é de V = ReqIc = 2 V . As correntes I1, I2 e I3
são portanto de I1 = I2 = I3 = 2 V / 3 Ω = 2 / 3 A e a potência dissipada por efeito de Joule
2/4
Versão:13-Dez-08
Física Geral 21048
3/4
Versão:13-Dez-08
Física Geral 21048
4/4
Versão:13-Dez-08
Nome:............................................................................................................
Curso: ..........................................................................................................
Turma: ..................
Classificação
Unidade Curricular: FÍSICA GERAL ( ) ………………………
Código: 21048 Data: 17 fevereiro 2011 Assinatura do Docente:
Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 6
páginas, numeradas de 2 a 7, terminando com a palavra FIM.
Este p-fólio consta de duas partes: a primeira é constituída por 5 questões de escolha
múltipla (em que apenas uma das respostas é correcta). A segunda é composta por 3
questões estruturadas de produção de resposta.
Em cada questão de escolha múltipla:
- deverá assinalar com uma cruz um e um só quadrado, o que se referir à alternativa
que considerar correcta;
- se assinalar mais de uma alternativa, a resposta será considerada nula, ainda que
uma das alternativas assinaladas esteja correcta;
- se pretender mudar a opção escolhida, acabe de preencher o respectivo quadrado
com a tinta da caneta de modo a que a cruz deixe de se notar e coloque uma outra
cruz no quadrado que corresponde à opção correcta.
Recomenda-se que:
- leia com muita atenção as questões e seleccione bem os dados e incógnitas antes de
responder;
- responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que
considerar mais difíceis;
- reveja as resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
O tempo disponível para resolução da prova é 90 minutos.
Pode utilizar a sua máquina de calcular mas não pode emprestá-la a qualquer dos
seus colegas.
Os parâmetros valorizados nas respostas livres são:
- o rigor científico do raciocínio usado;
- o rigor dos cálculos efectuados;
- a expressão correcta dos resultados (os valores numéricos apenas com os algarismos
significativos e com as unidades adequadas).
q ∆V
Ve = ke ∑ i ; Epe = qVe ; E = −∇Ve ; E =
i ri d
Q = CV ; C = ε0
A 1
; Econd = CV 2 ; V = RI ; R = ρ
l ; PJoule = RI 2
d
2 A
( )
F = q E +v ×B ; F = I l ×B
µ µ I µ I µ II
Bdx = 0 I dx ɵi × rˆ ; Bfio = 0 ; Bcirc = 0 ; F= 0 1 2
4π 2π d 2 R 2π d
d ΦB
∫ B ⋅ d l = µ0 I ; B = µ0 nI ; ε ind = − ; ΦB = ∫ ⋅ dS
B
dt S
1 XL − XC
XL = ωL ; XC = ; Z = R2 + ( XL − XC )2 ; tgφ =
ωC R
I0 ε R
Ie = ; Ve = ; Ve = ZIe ; Pmed = IeVe
2 2 Z
0,8 val
1. Um laboratório recebe um artefacto para datação por carbono 14. Os técnicos
analisam a atividade radiativa do instrumento e estimam para este quantidades
iniciais e atuais de 14C de 1,1 mg e 0,71 mg, respetivamente. O 14C tem um período
de semidesintegração de 5730 anos. A que Era deverá pertencer o artefacto?
A. 51 nC
B. 20 nC
C. 5,2 nC E
D. -5,2 nC
E. -51 nC
A. 1,2 mT
B. 1,8 mT
C. 2,4 mT
D. 3,3 mT
E. 4,8 mT
A. 1,7 V
B. 3,4 V B
C. 4,6 V
D. 9,2 V
E. 17 V
15 V 8Ω
I =? 7Ω
A. 0,45 A
B. 0,68 A
C. 1,72 A
D. 2,21 A
E. 6,80 A
0,8 val
c. Calcule a tensão na corda.
d. A perturbação na posição da corda é
0,6 val
transmitida ao ar. Caraterize, sem efetuar
cálculos, o novo tipo de onda se propaga
através do ar.
384 000 km
FIM
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior -7-
Física Geral 21048
Ano letivo 2010/11
Orientações de resposta ao p-fólio de 17 de fevereiro 2011
PARTE I
Problema 1
O carbono 14 é um isótopo radioativo que decai de acordo com a lei de decaimento usual (livro de
texto, p.18), , com e as quantidades atual e inicial de 14C, respetivamente.
Estritamente falando, aqui “quantidade” quer dizer “n.º de átomos de 14C”, mas como todos os átomos
tem a mesma massa, podemos usar massas em vez do n.º de átomos. Ou seja, podemos reescrever a lei
de decaimento como . Para aplicar esta lei precisamos da constante de decaimento, , a
qual pode ser calculada do período de semidesintegração:
ln2 ln2
1,21 10 anos
5730
Aplicando a lei de decaimento vem
0,71 mg 0,71
* ln +
,!" #$%&!' ()
, -1,21 10 anos ) . * .
1,1 mg 1,1
0,4378
- * . 1 3620 anos.
-1,21 10 anos
Uma idade de 3620 anos corresponde a fabrico por volta do ano 2010 - 3620 1610 A.C., ou seja,
na Era do Antigo Egito. Se o leitor obteve idades do artefacto de
2510 anos (500 A.C., Grécia/Roma antigas), então terá porventura usado a fórmula (errada) 1/' .
5
,7
1570 anos (440 A.D., invasões bárbaras), então terá usado log de base 10 na expressão ln 6 , 8.
8330 anos (6320 A.C., pré-história), então terá usado log de base 10 na expressão ln 2/' .
5
Problema 2
O campo elétrico entre as placas de um condensador é aproximadamente constante (livro de texto,
:; =
p.261-263). Para um campo constante 9 :< , que no nosso caso dá 9 ,> ? 4800 V/m. Para a
gota estar em repouso, o seu peso tem de ser compensado exatamente pela força elétrica. Esta última
deverá apontar para cima, pelo que, de ABC D9EB (livro de texto, p.250) e de o campo apontar para
baixo, a carga terá de ser negativa. A sua medida deverá ser
m
G 9,8
AC AF * D9 G * D * D 25 10H kg ) s 5,104 10K C 1 51 nC.
9 V
4800 m
A gota deverá estar então carregada com D -51 nC.
Problema 3
A situação é a que vem descrita no livro de texto, p.280. A expressão vetorial da força que o campo
magnético exerce sobre o condutor é dada por ABM NOB P EB que, em magnitude, é AM NOP sen R,
com R o ângulo entre o fio e o campo. Isolando P e substituindo valores temos
AM 7,2 10S N
P 1,2 10S T 1,2 mT
NO sen R 12 A ) 0,25 m ) sen 6V8
2
Problema 4
YZ
A f.e.m. induzida numa espira é dada pela lei de Faraday, X - [ (livro de texto, p.299). Esta é
Y
uma expressão instantânea que, para uma variação do fluxo magnético Φ uniforme, pode ser
:Z :Z
estendida para um intervalo de tempo finito: X - [ . Para espiras temos então X - [.
: :
Calculemos então as quantidades no nosso caso. Como o campo magnético é homogéneo
dentro da espira, o fluxo magnético dentro da bobina é simplesmente Φ] P^, com ^ a área
circundada pelas espiras. Para espiras circulares temos então Φ] P ) V_ e vem
ΔΦ] Pab$#c - Pb$bdb#c ) V_ 0,4 T - 0,1 T ) V0,06 m 3,4 10S Wb
A f.e.m. induzida é então
ΔΦ] 3,4 10S Wb
X - -10 ) 1 -17 V
Δ. 0,002 s
O sinal menos apenas quer dizer aqui que a f.e.m. será tal que se irá opor, pela lei de Lenz (p.298), à
causa que lhe deu origem. A resposta será, em módulo, 17 V. Se respondeu 1,7 V então esqueceu-se
de multiplicar a expressão da lei de Faraday pelo n.º de espiras.
Problema 5
A intensidade indicada é a que sai da fonte de alimentação. Assim, para resolver o problema basta
simplesmente calcular a resistência equivalente de todo o circuito (livro de texto, p.306-7).
Associando as resistências de 5 e 7 Ω, que estão em série, temos _>7 5 Ω h 7 Ω 12 Ω. Agora, a
resistência equivalente _>7 está em paralelo com a resistência de 8 Ω, pelo que, associando as duas
temos _>7K 6K h 8 Ω 4,8 Ω. Esta última resistência equivalente está em série com a
resistência de 2 Ω, pelo que a resistência equivalente total do circuito é então de _Ci j 4,8 Ω h
2 Ω 6,8 Ω. Aplicando a lei de Ohm encontramos uma corrente de
k 15 V
N 1 2,21 A.
_Ci j 6,8 Ω
Se respondeu 0,68 A, então somou todas as resistências, sem notar que havia ramais em paralelo.
Se respondeu 0,45 A, então aplicou a lei de Ohm ao contrário (i.e. N _/k.
Se respondeu 6,8 A, então esqueceu-se de inverter a expressão 6K h 8 Ω.
PARTE II
Problema 1
A corda de violino tem duas extremidades fixas. Trata-se pois de uma onda estacionária, transversal,
em que a perturbação lm, . é o deslocamento de cada ponto da corda em relação à sua posição de
equilíbrio (livro de texto, p.44-45 e 56-60). Estando a corda a vibrar no seu harmónico principal, o
comprimento de onda é o dobro do comprimento da própria corda, donde
2n 2 ) 0,32 m 0,64 m
Se estivesse a vibrar no harmónico de ordem o, o comprimento de onda seria p 2n/o.
A velocidade de propagação da vibração é dada por q r s, que no nosso caso é
q 0,64 m ) 440 Hz 281,6 m/s
r
A tensão na corda pode ser obtida da expressão da p.45 do livro de texto, q vw, em que x é
,H7!y z{ z{
a densidade linear de massa da corda, i.e. x 2,094 10S ? . Isolando a tensão,
,S ?
z{ ?
temos xq 62,094
10S ? 8 ) 6281,6 & 8 166 N.
A vibração da corda causa perturbações no ar em seu redor. Estas perturbações são alterações
da pressão atmosférica normal e propagam-se em todas as direções. São pois ondas sonoras; ondas
longitudinais que, ao chegar ao ouvido, nos dão a sensação de ouvir o som da nota a ser tocada do
instrumento.
Problema 2
A força gravitacional entre dois corpos é dada pela lei da atração universal de Newton (livro de texto,
p.130-132). Para o nosso sistema, a força que a Terra exerce sobre a Lua é, na sua forma vetorial
completa,
}r }~
AB -| ̂
r~
com }r , }~ as massas da Terra e Lua, | a constante de gravitação universal, r~ a distância da Terra
à Lua e ̂ o raio-vetor unitário que aponta da Terra à Lua. O sinal menos aparece porque a força tem
sentido contrário ao do raio-vetor ̂ .
O potencial gravitacional que a Terra causa num ponto à distância de si é dado por k
-| . Estando a Lua à distância r~ , a energia potencial gravitacional do sistema é então
Y
Problema 3
Abaixo temos indicadas as forças que atuam no caixote. Estas são: 1) o peso, aplicado no centro de
massa do caixote, de módulo A G e apontando para baixo na vertical; 2) a reação normal do
chão, de módulo A igual ao peso e apontando para cima na vertical; 3) a força de atrito cinético, de
módulo A,p x e 4) a força de tração vinda da corda, de módulo Ar .
AB
ABr
AB,p
ABF
Os pares das forças acima indicadas têm a mesma magnitude e direção das forças correspondentes,
mas sentidos diferentes. Os pontos de aplicação são:
1) Par do peso: centro de massa da Terra, na vertical para cima.
2) Par da normal: superfície da Terra, na vertical para cima.
3) Par da força de atrito: superfície da Terra, na horizontal para o lado do movimento.
4) Par da força de tensão: extremidade esquerda da corda, na horizontal para o lado contrário ao
movimento.
Quanto à aceleração máxima, quando a corda está totalmente tensa, o somatório das forças na
horizontal é, fazendo o sentido do movimento como positivo,
m
Ar h A,p Ar - x G 950 N - 0,4 ) 120 kg ) 69,8 8 479,6 N
s
o que, pela 2ª lei de Newton, A , corresponde a uma aceleração máxima de
479,6 N
Má< 4 m/s
120 kg
Finalmente, se o caixote for arrastado por 3 m, adaptando a definição de trabalho, AB )
_EB (livro de texto, p. 120) para o caso de uma força constante num trajeto retilíneo, a força de atrito
realiza então um trabalho de AB ) Δ_EB A ) Δ_ cosR que, no nosso caso é
m
x ) Δ_ ) cos180% 0,4 ) 120 kg 69,8 8 ) 3 m ) -1 -1411 J
s
Note-se que o deslocamento tem sentido oposto ao da força de atrito, donde R 180% .
Física Geral
21048
Instruções para elaboração deste e-Fólio
Documento de texto, .DOC, .PDF ou .PS; fonte 11 ou 12; espaçamento livre; máximo 8 páginas.
Pode incluir desenhos, várias cores e pode inclusive juntar elementos aos desenhos do próprio e-Fólio.
Para incluir fórmulas pode usar o editor de fórmulas do seu processador de texto ou gerá-las à parte.
Entregar até às 23:59 h do dia 16 de janeiro, por via da plataforma.
Este e-Fólio tem a cotação máxima de 4 valores.
1. (1 valor) Considere a figura abaixo. Em cada vértice do quadrado temos uma carga de magnitude 3
mC. O quadrado tem lado s = 35 cm.
A B
√2
C D
Calcule a energia encerrada nesta configuração de cargas e interprete o sinal dessa energia.
C1 = 3 mF
C2 = 2 mF
24 V
C3 = 4 mF
R = 20 cm
135º
P
I
I = 2,7 A
6H
I1
3H
~ I2 I3
220 V
50 H
6 µF
75 Ω
Física Geral
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Instruções para elaboração deste e-Fólio
Documento de texto, .DOC, .PDF ou .PS; fonte 11 ou 12; espaçamento livre; máximo 8 páginas.
Pode incluir desenhos, várias cores e pode inclusive juntar elementos aos desenhos do próprio e-Fólio.
Para incluir fórmulas pode usar o editor de fórmulas do seu processador de texto ou gerá-las à parte.
Entregar até às 23:59 h do dia 5 de dezembro, por via da plataforma.
Este e-Fólio tem a cotação máxima de 4 valores.
Nos problemas abaixo, considere g = 9,8 m/s2 e dê as suas respostas em unidades SI.
1. (1 valor) Dois comboios deslocam-se numa secção reta de uma linha férrea, na mesma direção
e sentido. O comboio A viaja à rapidez de 180 km/h e, à sua frente, o comboio B viaja a 90
km/h. Quando a distância entre eles é de 300 m, o maquinista do comboio A repara no
comboio B e trava a fundo, provocando uma desaceleração constante desse comboio de 5
m/s2. O comboio B continua o seu movimento sem dar por nada.
2. (1 valor) Um caixote A, de 3 kg, é atirado contra outro caixote B, de 4 kg, em repouso, dando-
se uma colisão frontal. Após a colisão o caixote A fica imobilizado, ao passo que caixote B se
passa mover com rapidez de 2 m/s (ver figura). O coeficiente de atrito cinético entre os
caixotes e o solo é de 0,4.
mA = 3 kg mB = 4 kg
v=? v = 2 m/s
50 cm
colisão, i.e. para que valor de as posições dos comboios são iguais. No nosso problema isso
o problema de outra forma. Podíamos, p.ex., ver para que instante (hipotético) se daria a
dar-nos-ia
50 2,5 300 25 2,5 25 300 0 10 120
10 √10 4 1 120
0 5 √95 s
2
Os valores de encontrados são raízes de um número negativo; ou seja, a colisão só poderia
acontecer num instante imaginário. É um exemplo de solução não-física, e a sua
d. A rapidez média num percurso é, por definição, o espaço percorrido a dividir pelo tempo que
igual à energia total final. Para a nossa colisão vem1 .)/0/ .*/0/ .1,) .1,* .2 o que
em calor. O princípio da conservação de energia diz-nos que a energia total inicial deverá ser
nos dá
1 1 1 8
.1,) .1,* .2 '
) '
* .2 3 kg 5 m/s6
2 2 2 3
1 8
4 kg 2 m/s .2 .2 J.
2 3
Vemos então que são dissipados aproximadamente 2,67 J de energia, pelo que o processo de
colisão é inelástico, ou não-conservativo.
c. O caixote B está sob ação do peso 8(9 , da normal 8(: e da força de atrito cinético 8(;1 . No
desenho abaixo temos as forças que atuam no bloco B logo após a colisão.
8(:
8(;1
8(9
O peso está aplicado no centro de massa do caixote e a normal e a força de atrito estão
aplicados no caixote, na sua zona de contacto com o solo.2 Os pares ação-reação destas
forças estão aplicados respetivamente no centro da Terra e no solo. (Não estão no desenho.)
solo!), pelo que apenas a força de atrito atua. A sua magnitude é dada por 8;1 <1 =
d. A normal e o peso anulam-se mutuamente (senão o caixote levantaria voo ou perfuraria o
<1 ' > e, pela 2ª lei de Newton, temos
B@A AB C <1 > 0,4 9,8 m/s
? D B E
C C
3,92 m/s . Esta aceleração é horizontal e no sentido oposto ao sentido do movimento do
caixote.
1
Aqui .2 é a energia dissipada na colisão.
2
Nota: na verdade, o ponto de aplicação das três forças é uma questão algo mais subtil. A exposição acima é apenas uma
simplificação.
(rapidez),
, através de
FR, em que R é o raio do MCU. As pontas dos ponteiros
A magnitude da velocidade angular relaciona-se com a magnitude da velocidade linear
(B
direção e sentido da mesma. Escolhendo um referencial cartesiano usual, com versores i, j
(G
como indicado na figura, temos, às 11 h,
ΔT
j
i
É fácil de ver que a indicação das 11 h de um relógio faz um ângulo de ST 30U H/6 rad
H H
com a vertical, pelo que vem finalmente
(G 5,091 J 10KL Vcos Y Z [ sen Y Z ^_ m/s 4,409 [ 2,545 ^ J 10KL m/s
6 6
(B 6,981 [ J 10KQ m/s
b. O tempo que falta para o primeiro cruzamento dos ponteiros é imediato: como sabemos que
depois das 11 h os ponteiros se cruzam pela primeira vez às 12 h em ponto, o primeiro
cruzamento dá-se exatamente 1 h após as 11 h. O segundo cruzamento já requer alguns
cálculos. O MCU dos ponteiros é descrito pelas fórmulas
TG TG FG ; TB TB FB
Se definirmos t = 0 às 12 h e a origem dos ângulos na vertical, então TG TB 0.3 O
segundo cruzamento dos ponteiros dar-se-á quando o ponteiro dos minutos tiver dado mais
uma volta que o das horas, i.e. quando tiver percorrido mais 2π radianos. Inserindo este facto
nas fórmulas do MCU temos
2H
TB TG 2H FB FG 2H 3927,3 s
FB FG
A segunda vez que os ponteiros se cruzam será então 3600 3927,3 7527,3 segundos
após as 11 h. Ou seja, às 13:05 h e 27,3 s.
3
Se tivéssemos definido t = 0 às 11 h, teríamos tido TG H/6 ; TB 0. O leitor é encorajado a voltar a resolver o
problema com esta escolha.
8H/3 mK$ .
d. As alíneas anteriores contêm toda a informação para escrever a função pretendida.
Chamando x à direção horizontal, que definimos com sentido positivo para a direita, temos5
k, 0,25 sen Y4H Z m.
lm
Q
e. A perturbação que k, descreve é a altura da água. Esta varia na direção vertical, direção
que é perpendicular à direção de propagação, pelo que a onda é transversal.
4
Notar que aqui
não é a velocidade da oscilação das perturbações verticais mas sim a velocidade de propagação da
onda.
5
O problema é idealizado. Uma onda na água não se propaga de forma sinusoidal e progressiva. Na realidade, se fizermos
a experiência numa tina de água, vemos que a onda se dispersa em todas as direções de igual modo, com amplitude que
decresce à medida que perturbação se afasta da fonte. O abaixamento da amplitude acontece porque a energia da fonte se
vai espalhando uniformemente por uma área cada vez maior. Se não baixasse, a energia, que é proporcional à amplitude,
não se conservaria.
Curso: ..........................................................................................................
Turma: ..................
Classificação
Unidade Curricular: FÍSICA GERAL ( ) ………………………
Código: 21048 Data: 29 julho 2011 Assinatura do Docente:
Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 7
páginas, numeradas de 2 a 8, terminando com a palavra FIM.
Este p-fólio consta de duas partes: a primeira é constituída por 3 questões de escolha
múltipla (em que apenas uma das respostas é correcta). A segunda é composta por 4
questões estruturadas de produção de resposta.
Em cada questão de escolha múltipla:
- deverá assinalar com uma cruz um e um só quadrado, o que se referir à alternativa
que considerar correcta;
- se assinalar mais de uma alternativa, a resposta será considerada nula, ainda que
uma das alternativas assinaladas esteja correcta;
- se pretender mudar a opção escolhida, acabe de preencher o respectivo quadrado
com a tinta da caneta de modo a que a cruz deixe de se notar e coloque uma outra
cruz no quadrado que corresponde à opção correcta.
Recomenda-se que:
- leia com muita atenção as questões e seleccione bem os dados e incógnitas antes de
responder;
- responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que
considerar mais difíceis;
- reveja as resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
O tempo disponível para resolução da prova é 90 minutos.
Pode utilizar a sua máquina de calcular mas não pode emprestá-la a qualquer dos
seus colegas.
Os parâmetros valorizados nas respostas livres são:
- o rigor científico do raciocínio usado;
- o rigor dos cálculos efectuados;
- a expressão correcta dos resultados (os valores numéricos apenas com os algarismos
significativos e com as unidades adequadas).
q ∆V
Ve = ke ∑ i ; Epe = qVe ; E = −∇Ve ; E =
i ri d
Q = CV ; C = ε0
A 1
; Econd = CV 2 ; V = RI ; R = ρ
l ; PJoule = RI 2
d
2 A
( )
F = q E +v ×B ; F = I l ×B
µ µ I µ I µ II
Bdx = 0 I dx ɵi × rˆ ; Bfio = 0 ; Bcirc = 0 ; F= 0 1 2
4π 2π d 2 R 2π d
d ΦB
∫ B ⋅ d l = µ0 I ; B = µ0 nI ; ε ind = − ; ΦB = ∫ ⋅ dS
B
dt S
1 XL − XC
XL = ωL ; XC = ; Z = R2 + ( XL − XC )2 ; tgφ =
ωC R
I0 ε R
Ie = ; Ve = ; Ve = ZIe ; Pmed = IeVe
2 2 Z
0,8 val 1. Um raio de luz incide sobre um copo de vidro com água, entrando no vidro a α =
50º com a perpendicular à superfície do copo (ver figura abaixo). Qual o ângulo
final θ que o raio entra na água?
α β
ar água
β θ
vidro
Dados:
n (ar) = 1
n (vidro) = 1,52
n (água) = 1,33
A. 11º
B. 30º
C. 35º
D. 40º
E. 50º
0,8 val 2. A “velocidade de escape” de um planeta é definida como a rapidez que um objeto à
superfície tem de ter para escapar ao campo gravitacional desse planeta,
desprezando a resistência da atmosfera. Qual a velocidade de escape da Terra?
A. 28 km/s
B. 15 km/s
C. 11 km/s
D. 9,8 km/s
E. 7,4 km/s
Dados:
- Massa da terra: 5,28 × 1024 kg
- Raio da terra: 6,38 × 106 m
A. 0,18 T
B. 0,45 T
C. 0,56 T
D. 0,72 T
E. 0,75 T
λ=? v = 2 m/s
3 ciclos/s
cm
32 cm
120 kg
5,2 m
25º
3 cm I
b. Calcule a força por unidade de comprimento entre as partes retilíneas do 0,7 val
condutor, longe da semi-circunferência.
c. A força encontrada na alínea anterior é atrativa ou repulsiva? Justifique. 0,5 val
3Ω
12 V 8Ω 5Ω 2 mF
I8
I I35
FIM
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior -8-
Física Geral 21048
Ano letivo 2010/11
Orientações de resposta ao p-fólio de 27 de julho 2011
PARTE I
Problema 1
sen
sen
. Na zonas de contacto ar-vidro e vidro-água, temos então, olhando à figura e
O fenómeno em jogo é a refração da luz (livro de texto, p.67-70), a qual obedece à lei de Snell
Problema 2
Para resolver esta questão há que notar a forma do potencial gravitacional causado por uma massa &
num ponto à distância ' dessa massa. Este potencial é dado por () *+&/' (livro de texto, p.131).
Escapar à atração gravitacional significa atingir a distância ' ∞, distância à qual o potencial é zero.
A energia . necessária para levar um corpo de massa /, sujeito à atração do corpo de massa &, do
ponto ' ao infinito terá de compensar o trabalho da força gravitacional (conservativa), 01) *Δ.3) ,
i.e.
+& +&/
. Δ.3) /4(∞ * ('5 / 60 * * $7
' '
A energia . será então a energia cinética mínima que o corpo terá de ter à superfície para escapar à
atração. Notando que a superfície está à distância ' '89
do centro da Terra vem, para o nosso
planeta
1 +&89
/ 2+&89
.: '89
Δ.3) /<=> <=> ? <= 11 182 m/s % 11 km/s
2 '89
'89
Note-se que o resultado obtido é independente do valor da massa /. Um corpo que seja lançado da
superfície com rapidez < C <= chegará ao infinito (i.e. longe da Terra) ainda com alguma energia
D
cinética, nomeadamente .: > /< > * <=> .
uniforme. O raio desse movimento é dado por E /</FG, expressão que podemos inverter para
vai, pela força de Lorentz (livro de texto, p.276-277), passar a descrever um movimento circular
PARTE II
Problema 1
Dos dados indicados na figura tiramos três quantidades: P 3 Hz, < 2 m/s e S 0,16 m
D D
(recordemos que a frequência é o n.º de ciclos realizados por segundo). Temos então U V J s,
> >[
W <U J m, X 2YP 6Y sID e Z \
3Y mID .
perturbação se propaga de acordo com ]^, _ S sinX_ * Z^ a . Substituindo valores vem
Definindo a horizontal como eixo dos xx, sentido positivo para a direita, temos que a
Problema 2
Durante o movimento atuam três forças no caixote: o seu peso, a reação normal do plano e a força de
atrito cinético entre o caixote e o plano. Se tratarmos, como indicado, o caixote como um corpo
pontual, podemos considerar as forças aplicadas todas no mesmo ponto. Definindo um referencial e
bcg
fazendo o desenho, temos
bcef,:
x
25º
bcd
25º
1 m 12,3 >
12,3 m L1,5 > M _ > _ ?2 n _ 4,05 s
2 s 1,5
Com o tempo de descida conhecido, podemos usar agora a equação da velocidade num
movimento uniformemente acelerado, < <h a i_, para achar a rapidez de chegada ao solo:
Até agora bastou-nos a cinemática para calcular as quantidades pedidas. Para achar o
coeficiente de atrito há que ir mais além e usar a 2ª lei de Newton. A aceleração de 1,5 m/s > é
causada pela soma das forças segundo o eixo dos xx:
acima. A magnitude desta força é dada por bef,: r: bg (livro de texto, p.127). Como o caixote não
Notar que a força de atrito aponta no sentido negativo do eixo dos xx; daí o sinal menos na expressão
se mexe segundo o eixo dos yy,1 temos bg bd,s bg /t cos25 . Juntando tudo, vem
iq
*r: /t cos25 a /t sen25 /iq *r: cos25 a sen25 r:
t
i
6 tq * sen25 7
* r: % 0,3
cos25
usando a definição 01vw,x bcef,: Δ'c ou aplicando o resultado 0yqf,gz Δ.{ . Pela primeira maneira
Quanto ao trabalho realizado pela força de atrito, podemos calculá-lo de duas maneiras:
basta substituir valores já calculados acima (deixa-se ao leitor). Pela segunda, como a força de atrito é
a única força não conservativa a realizar trabalho, vem, fazendo a origem do potencial gravítico no
solo,
1
0yqf,gz 01vw,x .{V * .{ 01vw,x /< > * /t| 01vw,x
2 V
1 m > m
120 kg 6 L6,08 M * L9,8 > M 5,2 m7 01vw,x % *3900 J *3,9 kJ
2 s s
O sinal negativo indica que o trabalho foi realizado contra o sentido do movimento, tal como é
caraterístico das forças de atrito.
1
O eixo dos yy é oblíquo e paralelo ao plano. Neste eixo, ‘descer’ significa perfurar o plano e ‘subir’ significa levantar
voo!
expressão para a contribuição dos condutores horizontais é G rh /4Y' (ver p.ex. as orientações de
que flui no condutor horizontal do topo, no condutor horizontal da base e no semi-círculo. A
centro de uma espira (também nas mesmas orientações de resposta), i.e. G rh /4'. Nas expressões
resposta ao e-fólio B). A contribuição do semi-círculo é simplesmente metade do campo magnético no
acima, ' é a distância dos condutores ao centro do semi-círculo. Pela regra da mão direita vemos que
as três contribuições apontam todas na mesma direção. Assim, a magnitude total no centro é
1 1 1
G G a G
k9 a Gk9 rh a a $
4Y' 4Y' 4'
2 1
4Y H 10I
T. m/A 4 A a $ 6,86 H 10Ij T
4Y 0,03 m 4 0,03 m
O vetor campo magnético terá então a magnitude acima e direção para fora da folha.
cm. A força por unidade de comprimento entre dois condutores percorridos por correntes D e > é
Longe do semi-círculo podemos considerar que temos dois condutores longos, espaçados de 2
1
dada por >[ (livro de texto, pág. 286). No nosso caso temos, obviamente, D > e vem
b 4Y H 10I
T. m/A 4 A>
5,33 H 10Ij N/m
2Y 0,06 m
Esta força é repulsiva porque os condutores conduzem em sentidos opostos.
Problema 4
assim nenhuma corrente a fluir para ele. Assim, para achar Jj basta resolver o circuito normalmente,
Como o circuito está num estado estacionário, o condensador está totalmente carregado, não havendo
como se o condensador não estivesse presente. Para determinar a carga acumulada no condensador,
basta saber a d.d.p. aos seus terminais.
As resistências de 3 Ω e 5 Ω estão em série, pelo que têm resistência equivalente EJj 3 Ω a
5 Ω 8 Ω. A resistência equivalente EJj está em paralelo com a resistência de 8 Ω, perfazendo uma
resistência total do circuito de EJj 48 ΩID a 8 ΩID 5ID 4 Ω. Pela lei de Ohm, a corrente que
D>
sai da fonte de alimentação é então Ω 3 A. Quando encontra a bifurcação, esta corrente
divide-se por dois ramais. Pela lei dos nodos temos a Jj 3 A. Por outro lado, cada ramal está
sob uma d.d.p. de 24 V pelo que, da lei de Ohm, E EJj Jj . Combinando estas duas equações
vem
a Jj 3 A 2 3 A 1,5 A
Jj Jj
8 8Jj Jj 1,5 A
Sabendo a corrente Jj podemos calcular a d.d.p. aos terminais da resistência de 5 Ω, que é,
novamente pela lei de Ohm, (j j 5 Ω 1,5 A 5 Ω 7,5 V. A carga aos terminais é então
( 0,002 F 7,5 V 0,015 C 15 mC.
Nos problemas abaixo, considere g = 9,8 m/s2 e dê as suas respostas em unidades SI.
30º
a. (0,2 val) Copie o desenho para o seu e-folio e marque, num diagrama de corpo livre, as
forças que atuam em cada um deles.
b. (0,6 val) Qual o valor mínimo da força (em módulo) que o homem tem de aplicar para
puxar os dois caixotes?
c. (0,6 val) Se homem puxar com uma força de 450 N, quanto valerá a aceleração do sistema?
3. Uma força constante de módulo 28 N puxa um bloco de 5,2 kg, inicialmente em repouso, desde a
base de um plano inclinado de comprimento 2,0 m e 20º de inclinação, até ao seu topo. A força
atua paralelamente ao plano e a situação é sem atrito. Calcule:
a. (0,3 val) Utilizando a definição de trabalho, calcule o trabalho da força constante, do peso
e da força normal no deslocamento de desde a base do plano até ao topo.
Utilizando apenas os teoremas de trabalho-energia e impulso-momento, calcule:
b. (0,4 val) A velocidade a que o bloco atinge o topo.
c. (0,3 val) O tempo que leva ao bloco a chegar ao topo.
4. Uma bicicleta está pendurada no mostrador de uma loja, sendo que as suas rodas, de 70 g de
massa e 35 cm de raio, estão livres para girar. Uma criança põe a roda da frente a girar à
velocidade angular de 1,5 rotações/s. Devido ao atrito nos rolamentos do eixo, a roda desacelera
gradual e uniformemente. Para modelar o atrito, considere que este atua paralelamente à
velocidade linear da roda, a uma distância de 5,0 mm do centro de rotação e com magnitude
constante de 0,80 N (ver figura). Considerando que a roda se pode tratar aproximadamente como
um anel,
a. (0,4 val) Calcule o tempo que leva à roda a parar.
b. (0,2 val) O n.º de rotações que a roda descreve até parar.
Momento de inércia de um anel de massa ܯe raio ܴ, em torno de um eixo perpendicular ao
seu centro: ܴܯ = ܫଶ
Sentido da
rotação
݂
10 mm
Física Geral
21048
Instruções para elaboração deste e-Fólio
Documento de texto, .DOC, .PDF ou .PS; fonte 11 ou 12; espaçamento livre; máximo 8 páginas.
Pode incluir desenhos, várias cores e pode inclusive juntar elementos aos desenhos do próprio e-Fólio.
Para incluir fórmulas pode usar o editor de fórmulas do seu processador de texto ou gerá-las à parte.
Entregar até às 23:55 h do dia xx de xxx, por via da plataforma.
Critérios de correção: (para cada questão as percentagens oscilarão nos intervalos indicados)
20 ± 10% Rigor científico na identificação dos princípios físicos em jogo.
40 ± 10% Rigor científico da colocação do problema em equação.
40 ± 10% Rigor dos cálculos, expressão e (se aplicável) interpretação corretas dos resultados.
Este e-Fólio tem a cotação máxima de 4 valores.
Nos problemas abaixo, considere g = 9,8 m/s2 e dê as suas respostas em unidades SI.
(a) O tempo para executar a parte 1 é o tempo que demora ao automóvel a chegar aos 50 km/h. Esse
tempo pode ser calculado da definição de aceleração média. Passando as quantidades ao SI e segundo
1000 m m
x temos
Δ
− 50 3600 s − 0 s
= → Δ = = m = 6,944 s
Δ 2,0
s
Na parte 2 precisamos de saber o tempo que demora a percorrer um total de 100 m a 50 km/h. Para tal
Δ Δ 100 m
basta-nos usar a definição de velocidade média, novamente segundo o eixo dos xx:
= → Δ = = = 7,2 s
Δ 50 1000 m
3600 s
1 1 m
1 o automóvel está em
8,3 6 . (A rapidez em geral só coincide com o módulo da velocidade média para o caso da velocidade
5
m m m m
Δ' "0 s ; 13,89 s # − "0 s ; 0 s # m m
' = = = "0 ; 0,6509 #
Δ 21,34 s s s
m
' = 0,65 +̂
s
(c) Finalmente, a rapidez média (11,63 m/s) obviamente só pode ser igual à rapidez instantânea
m m
durante a parte de MRUV. Isso acontece para o instante de tempo
B (40 kg)
A (30 kg)
30º
a. (0,2 val) Copie o desenho para o seu e-folio e marque, num diagrama de corpo livre, as
forças que atuam em cada um deles.
b. (0,6 val) Qual o valor mínimo da força (em módulo) que o homem tem de aplicar para
puxar os dois caixotes?
c. (0,8 val) Se homem puxar com uma força de 250 N, quanto valerá a aceleração do sistema?
atrito estático está no seu valor máximo; a expressão do atrito estático, => ≤ @> ;A , satura para cada
(b) Para que os caixotes se movam temos de vencer o atrito estático. Na iminência do movimento o
caixote e tem-se => = @> ;A (na verdade, a situação é um pouco mais subtil mas, como veremos abaixo,
a assunção de saturação em ambos está certa). Decompondo as forças no referencial xy indicado na
;< = @> NG O
figura e aplicando a 1ª lei de Newton temos
E, : ;< − =>G = 0 ;< = @> ;AG D
D E, %: ;AG − ;HG = 0 M D ; = N O R …
⇔
AG G M⇔ M
I, : ; − ; − = = 0 ; cos 30 − ; = @ ; √3 ;
C C C ; − ;< = @> UNK O − V
!
J < >K < > AK
BI, %: ;L + ;AK − ;HK = 0 B;AK = NK O − ; sen 30! R2 2
B …
Somando as duas equações da última chaveta a tensão na corda que liga A e B cancela e temos
√3 ; √3 @> 2@> (NG + NK )O
; = @> UNG O + NK O − V ⇔ W + X ; = @> (NG + NK )O ⇔ ; =
2 2 2 2 √3 + @>
m
Substituindo valores vem
caixote. Ou seja, para mover o caixote A precisamos que ;< seja maior que o atrito estático máximo
Uma outra forma de resolver o problema, talvez mais intuitiva, seria dividir as situações para cada
m
desse caixote. Na iminência do movimento teríamos então:
{E, : ;< − =>G = 0 → ;< = @> ;AG = @> NG O ⇔ ;< = 0,60(30 kg) "9,8 # = 176,4 N
s
I, : ;J − ;< − =>K = 0 M M
] m
I, %: ;L + ;AK − ;HK = 0 ⇔ ^;AK = (40 kg) "9,8 # − ; sen 30!
s
m
⇔ ]; cos 30 = 176,4 N + 0,60 _(40 kg) "9,8 s # − ; sen 30 `M
! !
…
√3 1 411,6 N
⇔ ^; W + 0,60 X = 176,4 N + 235,2 NM ⇔ a; = 1,166 = 353,0 NM
2 2
… …
Esta 2ª resolução é, de facto, um pouco mais simples. No entanto, a 1ª resolução tem a vantagem de
ficar já praticamente escrito o sistema de equações para a alínea c).
(c) Se o puxão for de 450 N o atrito passa de estático a cinético. A aceleração do sistema pode ser
passagem @> → @b !)
calculada decompondo forças e aplicando a 2ª lei de Newton. Temos então, no sistema SI, (note-se a
;< − =bG = NG ;< = NG + @b ;AG
D ;AG − ;HG = 0 M D ;AG = NG O
⇔ M
;
C J − ;< − =bK = N K C; cos 30 !
− ;< = N K + @ ;
b AK
B ;L + ;AK − ;HK = 0 B ;AK = NK O − ; sen 30!
;< = 30 + 0,50 ⋅ 30 ⋅ 9,8
… M
⇔c
389,7 − ;< = 40 + 0,50 ⋅ (40 ⋅ 9,8 − 225)
…
m m
Podemos novamente somar as duas equações acima, o que nos daria
3. Uma força constante de módulo 28 N puxa um bloco de 5,2 kg, inicialmente em repouso, desde a
base de um plano inclinado de comprimento 2,0 m e 20º de inclinação, até ao seu topo. A força
atua paralelamente ao plano e a situação é sem atrito. Calcule:
a. (0,2 val) Utilizando a definição de trabalho, calcule o trabalho da força constante, do peso
e da força normal no deslocamento de desde a base do plano até ao topo.
Utilizando apenas os teoremas de trabalho-energia e impulso-momento, calcule:
b. (0,3 val) A velocidade a que o bloco atinge o topo.
c. (0,2 val) O tempo que leva ao bloco a chegar ao topo.
(a) Um desenho ajudará a compreender a situação.
110º
20º
Além das três forças a azul (normal), vermelho (força cte.) e verde (peso) temos marcado a castanho o
Peso: egi = NO Δ( cos(110! ) = (5,2 kg) "9,8 6j # (2,0 m)(−0,3420) = −34,87 J (−35 J).
5
m
nessa direção dá-nos
nJ = o
J − oJ = N
J − NJ = (5,2 kg) "2,851 # − 0 = 14,83 N. s
s
Dado que as forças atuantes são constantes podemos tirar o tempo da definição de impulso, n' =
;'J Δ. Vamos precisar apenas das componentes segundo x dessas forças, as quais são ;J = 28 N,
;HJ = NO cos 110! = −17,43 N e ;AJ = 0
nJ 14,83 N. s
Δ = = = 1,403 s (1,4 s)
;J,J 28 N − 17,43 N + 0 N
4. Uma bicicleta está pendurada no mostrador de uma loja, sendo que as suas rodas, de 70 g de
massa e 35 cm de raio, estão livres para girar. Uma criança põe a roda da frente a girar à
velocidade angular de 1,5 rotações/s. Devido ao atrito nos rolamentos do eixo, a roda desacelera
gradual e uniformemente. Para modelar o atrito, considere que este atua paralelamente à
velocidade linear da roda, a uma distância de 5,0 mm do centro de rotação e com magnitude
constante de 0,80 N (ver figura). Considerando que a roda se pode tratar aproximadamente como
um anel,
a. (0,3 val) Calcule o tempo que leva à roda a parar.
Sentido da
rotação
=b
10 mm
s = t/n (com mais forças haveria que calcular e somar (vetorialmente) os momentos das várias
tempo e as rotações precisamos da aceleração angular. Havendo só uma força a atuar, esta é dada por
forças). Precisamos então de calcular t e n. O momento da força (ou torque, t) é um vetor, cuja
projeção segundo o eixo de rotação é t = ±(; sen w, com o sinal a indicar se a força atua no sentido
da rotação ou contrário, e w o ângulo entre ; e (.1 Na prática isto é mais simples. Dado que o atrito
atua perpendicularmente à velocidade linear w = 90! e temos:
t = −(; sen(90! ) = −(0,0050 m)(0,80 N)(1) = −4,0 × 10y8 N. m
Sendo o momento de inércia da roda n = qr = (0,070 kg)(0,35 m) = 8,575 × 10y8 kg. m
(note-se que ( e r são coisas diferentes!), a aceleração angular é
−4,0 × 10y8 N. m
s=− = −0,4665 rad/s
8,575 × 10y8 kg. m
nos pede um dos resultados em rotações, passemos tudo a essa unidade. De 1 rot = 2{ rad temos
Podemos agora passar a unidade de ângulo de radianos a rotações, ou vice-versa. Como o enunciado
1
rot rot
2{
s = −0,4665 = −0,07424
s s
rot
O tempo até parar é então
Δ| |
− | 0 − 1,5 s
s= → Δ = = rot = 20,20 s (20 s)
Δ s −0,07424
s
e as rotações descritas (|! é o mesmo que | ) 2
1 rot 1 rot
Δw = |! + s ⇔ Δw = U2,0 V (20,20 s ) + U−0,07424 V (20,20 s )
2 s 2 s
= 15,15 rot (15 rot)
Recorde-se que (' é o vetor de desde a origem dos momentos até ao ponto de aplicação da força e ( o seu módulo.
O índice ‘0’ quer dizer “quando = 0”. O índice ‘i’ quer dizer “inicial”. Neste caso são ambos a mesma coisa.
1
2
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21048
Instruções para elaboração deste e-Fólio
Documento de texto, .DOC, .PDF ou .PS; fonte 11 ou 12; espaçamento livre; máximo 8 páginas.
Pode incluir desenhos, várias cores e pode inclusive juntar elementos aos desenhos do próprio e-Fólio.
Para incluir fórmulas pode usar o editor de fórmulas do seu processador de texto ou gerá-las à parte.
Entregar até às 23:55 h do dia 28 de janeiro, por via da plataforma.
Critérios de correção: (para cada questão as percentagens oscilarão nos intervalos indicados)
20 ± 10% Rigor científico na identificação dos princípios físicos em jogo.
40 ± 10% Rigor científico da colocação do problema em equação.
40 ± 10% Rigor dos cálculos, expressão e (se aplicável) interpretação corretas dos resultados.
Este e-Fólio tem a cotação máxima de 4 valores.
1. Nos quatro vértices de um quadrado de 20 cm de lado estão fixas cargas pontuais de módulo
ܳ = 3 μC e sinal conforme a figura. Calcule
a. (0,4 val) A força eletrostática que as cargas A, C e D causam sobre a carga B.
b. (0,4 val) A energia eletrostática encerrada na configuração de cargas.
c. (0,2 val) Interprete fisicamente o sinal obtido na alínea anterior.
A B
+ܳ −ܳ
−ܳ +ܳ
C D
2. (1 val) Calcule a carga e a energia eletrostática acumulada aos terminais de cada um dos
condensadores da montagem na figura abaixo.
6,0 mF
4,0 mF
3. (1 val) No circuito abaixo, calcule a f.e.m. ߝ, as intensidades de corrente ܫଵ e ܫଶ e a potência
dissipada na resistência de 4 Ω.
4,0 Ω 3,0 Ω
ܫଵ 2,0 A
ܫଶ
12 V 20 V ℰ
6,0 Ω 2,0 Ω
5,0 Ω
4. Um fio de cobre com 1,5 mm2 de secção é enrolado 16 vezes à volta de um lápis de 1,0 cm de
diâmetro e em seguida as extremidades são ligadas. O fio enrolado é colocado num campo
magnético de 0,18 T paralelo ao seu eixo de simetria. O fio é então rodado até o eixo fazer um
ângulo de 30º com o campo, ao longo de um intervalo de tempo de 2,4 s (c.f. figura, campo a
azul). Resistividade do cobre: ρ = 1,7 × 10-8 Ω.m. Calcule:
a. (0,4 val) A resistência elétrica do fio enrolado.
b. (0,6 val) A força eletromotriz média induzida no
fio durante a rotação e a intensidade de corrente
média que o percorre.
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Entregar até às 23:55 h do dia xx de xxx, por via da plataforma.
Critérios de correção: (para cada questão as percentagens oscilarão nos intervalos indicados)
20 ± 10% Rigor científico na identificação dos princípios físicos em jogo.
40 ± 10% Rigor científico da colocação do problema em equação.
40 ± 10% Rigor dos cálculos, expressão e (se aplicável) interpretação corretas dos resultados.
Este e-Fólio tem a cotação máxima de 4 valores.
−
+
A B
− +
C D
A força eletrostática exercida sobre B é a soma vetorial da força que cada uma de A, C e D exercem
sobre ela. Temos pois, da lei de Coulomb,
=
,,
Na figura marcámos os três versores (vetores de módulo 1)
, juntamente com um referencial xy
= ̂ ; = ̂ ; = cos 45$ %̂ + sen 45$ %̂, este último porque faz um ângulo de 45º com o
onde os vamos decompor. Da figura é fácil de ver que os versores são, no referencial indicado,
eixo dos xx. Juntando tudo e notando que a distância entre C e B é de √2 ⋅ 20 cm (do teorema de
Pitágoras) temos
ou aplicando < = ∑
BC
? @. Pela primeira forma, o procedimento é o seguinte: para colocar a carga
>>
configuração passo-a-passo, transportando as cargas uma a uma do infinito até aos pontos onde estão,
A ?@
A no seu ponto (i.e. trazê-la do infinito até A) não necessitamos de gastar energia. Em seguida, para
ficar B. Esse potencial é (leia-se ‘potencial que A causa no ponto B’ e chamemos D ao lado do
trazer a carga B para o seu ponto já temos de considerar o potencial que A causa no local onde vai
quadrado)
E F% =
D
A energia potencial que a carga B adquire ao ser trazida até B é então
<G = E F% = − ⋅
= −
H%
D D
O sinal menos significa que há atração entre A e B. O conjunto AB causa agora no local C um novo
potencial, que é
− 1
E I % =
+
=
J1 − K
D √2 D √2 D
Trazendo a carga C até ao seu local esta adquire
1 1
<G = E I % = − ⋅
J1 − K
= −
J1 − K
%
√2 D √2 D
Finalmente, as três cargas causam em D um potencial de
− − 1
E L% =
+
+
=
J − 2K
√2 D D D √2 D
1 1
<G = E L% = + ⋅
J − 2K =
J − 2K
M%
√2 D √2 D
A energia eletrostática total será a soma das três contribuições individuais, que é
1 1
<= <G + <G + <G = −
−
J1 − K +
J − 2K =
8−4 + √29
H% % M%
D √2 D √2 D D
3 × 1067 C%
< = 9,0 × 101 %8−4 + √29 = −1,047 J −1,0 J%
0,20 m%
O sinal menos significa que a configuração total é atrativa, i.e. é que será necessário fornecer +1,0 J
de energia ao sistema para voltar a separar as cargas. Se o sinal fosse positivo, seria a própria
configuração que iria fornecer energia ao exterior quando se desfizesse.
2. (1 val) Calcule a carga e a energia eletrostática acumulada aos terminais de cada um dos
condensadores da montagem na figura abaixo.
6,0 mF 6,0 mF
4,0 mF 4,0 mF
em paralelo e têm portanto capacidade equivalente de I> = 1,0 + 1,0 + 1,0% mF = 3,0 mF. A
PQR
Para calcular as cargas há primeiro que simplificar o circuito. Os três condensadores à esquerda estão
montagem é então equivalente à da direita, a qual está obviamente em série e tem portanto capacidade
equivalente total de
1
I> = = 1,333 mF
1 1 1
+ +
3,0 mF 4,0 mF 6,0 mF
cada um deles é constante. Para a associação fluíram então = I> E = 16 mC. Esta é pois a carga
Ora como sabemos, numa associação de condensadores em série, a carga acumulada aos terminais de
acumulada aos terminais dos condensadores de 6,0 e 4,0 mF e da associação à esquerda. No entanto,
nos condensadores dessa associação a carga de 16 mC está distribuída por todos eles de tal forma que
a d.d.p. aos terminais de cada um deles é constante (numa associação em paralelo, é a d.d.p. que é
constante, não a carga). Essa d.d.p. é EH = /I> = 5,333 V e por conseguinte a carga aos terminais
PQR
WH = 14 mJ ; WV = 32 mJ ; W7 = 21 mJ
^H
4,0 Ω 3,0 Ω
2,0 A
^
12 V 20 V ℰ
6,0 Ω 2,0 Ω
5,0 Ω
Dado que se trata de um circuito com várias malhas, vamos precisar de usar as leis de Kirchhoff.
Marcámos na figura duas circulações. Aplicando a lei dos nós na junção do topo e a lei das malhas
vem, de acordo com as convenções para os sinais do manual e em unidades SI
Nós: 2,0 A = ^H + ^
` Malha esq.: + 4,0 Ω ^H − 20 V − 6,0 Ω%^ + 5,0 Ω%^H − 12 V = 0 l
%
Malha dir.: +2,0 A%3,0 Ω% − ] + 2,0 A%2,0 Ω% + 6,0 Ω%^ + 20 V = 0
O estudante deve verificar cuidadosamente que os sinais da expressão estão de acordo com as
convenções. (No que se segue omitiremos as unidades não indicadas para não sobrecarregar a
notação.) O sistema de equações que obtivemos é muito simples de resolver por substituição. A dois
…
alg.sig. temos
^H = 2,0 − ^ ^H = 2,0 − −0,9333%
% % l
m 9,0 2,0 − ^ − 6,0 ^ − 32 = 0 ⇔ n −15,0 ^ − 14 = 0 l ⇔ m ^ = −0,9333 A l
6 − ] + 4 + 6^ + 20 = 0 ] = 30 + 6^ ] = 30 + 6−0,9333%
^H = 2,9 A
⇔ m ^ = −0,9 Al
] = 24 V
O sinal menos da corrente ^ significa apenas que o seu sentido real é oposto ao sentido assumido no
na figura. Quanto à potência dissipada na resistência de 4 Ω ela é simplesmente pqrstP = u^H =
4,0 Ω%2,933 A% = 34,041 W 34 W%.
4. Um fio de cobre com 1,5 mm2 de secção é enrolado 16 vezes à volta de um lápis de 1,0 cm de
diâmetro e em seguida as extremidades são ligadas. O fio enrolado é colocado num campo
magnético de 0,18 T paralelo ao seu eixo de simetria. O fio é então rodado até o eixo fazer um
ângulo de 30º com o campo, ao longo de um intervalo de tempo de 2,4 s (c.f. figura, campo a
azul). Resistividade do cobre: ρ = 1,7 × 10-8 Ω.m. Calcule:
a. (0,4 val) A resistência elétrica do fio enrolado.
b. (0,6 val) A força eletromotriz média induzida no
fio durante a rotação e a intensidade de corrente
média que o percorre.
A resistência do fio pode ser calculada de u = x . No enunciado temos a secção (1,5 mm2) pelo que
y
voltas ao lápis formam 16 espiras. Seja o ângulo entre a normal ao plano da espira e o campo e a
área abraçada pelas espiras. A variação de fluxo do campo magnético através de cada uma delas é
0,010 m
Δ
=
−
= F cos − F cos
⇔ ΔΦ = 0,18 T% { J K cos 0$ − cos 30$ %
2
= 1,894 × 1067 Wb
Note-se que no cálculo da resistência era a área da secção do fio. No cálculo do fluxo, é a área
englobada pelas espiras. São duas áreas diferentes. A f.e.m. induzida é então
1,894 × 1067 Wb
] = −16 = −1,263 × 106 V 13 μV%
2,4 s
O sinal menos quer apenas dizer que a f.e.m. induzida tende a contrariar a diminuição de fluxo
proveniente da rotação das espiras. Não tem nenhum outro significado especial. A intensidade de
corrente média é então
] 1,263 × 106 V
^ = = = 2,215 × 106M A 2,2 mA%
u 5,701 × 106M Ω
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
U.C. 21048
Física Geral
20 de fevereiro de 2013
ISTRUÇÕES
Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 6 páginas,
numeradas de 2 a 7 e terminando com a palavra FIM.
O estudante não necessita de indicar qualquer resposta neste enunciado, pelo que poderá ficar
na posse do mesmo finda a prova.
Este exame consta de duas partes:
1) A primeira é constituída por 7 questões de escolha múltipla (em que apenas uma das respostas é
correcta). As respostas a estas questões devem ser feitas na folha de prova. Indique nela, de
uma forma clara, a alínea que corresponde à resposta que considera correta. Respostas que não
sejam claras ou cuja interpretação seja ambígua serão consideradas nulas. Os valores numéricos
das várias alternativas são apresentados com 2 algarismos significativos.
2) A segunda é composta por 5 questões estruturadas de produção de resposta, das quais deve
resolver apenas 4. Indique claramente as questões que se propõe resolver, sendo que o professor
julgará como entender omissões a esse respeito. Nestas respostas os parâmetros valorizados são:
• O rigor científico do raciocínio usado, nomeadamente na identificação dos princípios físicos
em jogo e na colocação do problema em equação.
• O rigor dos cálculos efectuados, incluindo a expressão correcta dos resultados (os valores
numéricos com os algarismos significativos e unidades adequados) e a interpretação dos
resultados (se aplicável). Os resultados devem ser apresentados com 2 ou 3 algarismos
significativos.
Recomenda-se que:
• Leia com muita atenção as questões e seleccione bem os dados e incógnitas antes de responder.
• Responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que
considerar mais difíceis.
• Reveja as resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
Pode utilizar a sua máquina de calcular mas não pode emprestá-la a qualquer dos seus colegas.
1 X L − XC R
X L = ωL ; XC = ; Z = R 2 + ( X L − XC )2 ; tgφ = ; cos φ =
ωC R Z
Imax ε R
Ie = ; Ve = ; Ve = ZIe ; Pmed = IeVe
2 2 Z
2
PARTE I
1. (1,2 val) Uma pedra é lançada ao ar verticalmente, a uma altura de 3,0 m. Cai no solo após 6,0 s o
lançamento. Com que rapidez embate no solo?
1,2 mm 4,0 mm
A. 220 µT B. 150 µT C. 110 µT
D. 72 µT E. 36 µT F. 29 µT
3. (0,9 val) Um circuito RLC série está ligado à rede elétrica nacional (Ve = 220 V a 50 Hz) e é
percorrido por uma intensidade de corrente eficaz de 1,2 A. O condensador tem capacidade 45 µF
e o indutor 0,70 H de indutância. Quanto vale a resistência?
4. (1,0 val) Um automóvel viaja à rapidez constante de 120 km/h. A essa rapidez a força de
resistência do ar à passagem do automóvel é de aproximadamente 490 N. Que potência, em
cavalo-vapor, terá o motor de transmitir às rodas para manter a velocidade da viatura?
Dados: 1 CV = 736 W
A. 15 CV B. 22 CV C. 36 CV D. 49 CV E. 63 CV F. 80 CV
3
5. (1,0 val) Durante a execução de um ensaio do
disco, o atleta age sobre ele com uma força cuja 180 N
componente perpendicular ao raio tem uma
magnitude média de 180 N. O disco tem 220 mm
de diâmetro e momento de inérica 0,012 kg.m2 e
o ensaio dura 1,2 s. Com que velocidade angular
sai o disco do ensaio? Nota: o disco começa o
ensaio do repouso.
6. (1,5 val) Na montagem abaixo, quanto vale a energia eletrostática acumulada aos terminais do
condensador de 3,0 mF?
3,0 mF
2,0 mF 4,0 mF 24 V
2,0 mF
7. (1,5 val) Numa central elétrica o gerador é composto por 400 espiras condutoras, cercando uma
área de 1,25 m2 e sob um campo magnético de 1,4 T. O gerador roda a 90 rpm. Qual o valor
máximo da f.e.m. nele induzida?
4
PARTE II
1. Um livro (A), de 500 g de massa, é feito deslizar sobre uma mesa de 80 cm de altura, indo embater
frontalmente à rapidez de 5,0 m/s noutro livro (B), de 350 g e inicialmente em repouso. O livro B
cai pela borda da mesa com velocidade de 4,2 m/s no sentido positivo dos xx (c.f. referencial da
figura), estatelando-se de seguida no chão. Considerando os livros como corpos pontuais e
desprezando atritos,
A (500 g) B (350 g)
a. (0,7 val) Calcule o vetor velocidade do livro A imediatamente depois de este embater no B.
b. (0,8 val) Indique se a colisão foi elástica ou inelástica, justificando.
c. (0,7 val) Determine a rapidez com que o bloco B chega ao solo.
d. (0,8 val) Se a queda do livro B for aparada por uma balança de mola com constante elástica
2100 N/m, qual seria aproximadamente o peso indicado pela balança no ponto de compressão
máxima? Se não conseguiu resolver a alínea anterior assuma que B chega ao solo a 10 m/s.
R = 4,0 cm 10 A
3,0 Ω
3,0 mm
ε
10 espiras
1,0 Ω
6,0 Ω
10 A
5
Calcule:
a. (0,8 val) A resistência equivalente do circuito.
b. (0,5 val) A força eletromotriz da fonte de alimentação.
c. (0,8 val) O módulo do campo magnético no interior do solenóide.
d. (0,9 val) O vetor campo magnético causado pela corrente que percorre o semicírculo, de 4,0 cm
de raio, do topo do circuito no centro do mesmo (ponto P).
3. Duas cargas pontuais, de +2,0 mC e –2,0 mC, estão fixas nos pontos respetivamente (0 cm, 0 cm)
e (8 cm, 0 cm) de um referencial xy. Calcule
y 3,0 mC
6 cm
8 cm
x
+2,0 mC –2,0 mC
4. Na figura abaixo, uma força horizontal de 240 N atua sobre dois caixotes, A (20 kg) e B (15 kg),
juntos um ao outro. Entre os caixotes e o solo há atrito cinético de coeficientes 0,40 (A-solo) e
0,60 (B-solo). Considerando os caixotes como pontuais,
A B
(20 kg) (15 kg)
240 N
a. (1,0 val) Marque, em diagramas de corpo livre, as forças que atuam sobre ambos os caixotes e
identifique os pares ação-reação, se os existirem.
b. (2,0 val) Calcule a aceleração do sistema.
6
5. Observe o circuito abaixo.
a. (0,5 val) Calcule a potência dissipada na resistência de 15 Ω.
b. (2,5 val) Escreva um conjunto de equações que lhe permitam calcular as quantidades
desconhecidas, I1, I2 e ε. (Não efetue os cálculos – apresente só as equações.)
15 Ω
3A
I2 I1
10 Ω
24 V
4Ω 8Ω
12 Ω
10 V
FIM
7
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
U.C. 21048
Física Geral - RESOLUÇÃO
20 de fevereiro de 2013
INSTRUÇÕES
Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 6 páginas,
numeradas de 2 a 7 e terminando com a palavra FIM.
O estudante não necessita de indicar qualquer resposta neste enunciado, pelo que poderá ficar
na posse do mesmo finda a prova.
Este exame consta de duas partes:
1) A primeira é constituída por 7 questões de escolha múltipla (em que apenas uma das respostas é
correcta). As respostas a estas questões devem ser feitas na folha de prova. Indique nela, de
uma forma clara, a alínea que corresponde à resposta que considera correta. Respostas que não
sejam claras ou cuja interpretação seja ambígua serão consideradas nulas. Os valores numéricos
das várias alternativas são apresentados com 2 algarismos significativos.
2) A segunda é composta por 5 questões estruturadas de produção de resposta, das quais deve
resolver apenas 4. Indique claramente as questões que se propõe resolver, sendo que o professor
julgará como entender omissões a esse respeito. Nestas respostas os parâmetros valorizados são:
O rigor científico do raciocínio usado, nomeadamente na identificação dos princípios físicos
em jogo e na colocação do problema em equação.
O rigor dos cálculos efectuados, incluindo a expressão correcta dos resultados (os valores
numéricos com os algarismos significativos e unidades adequados) e a interpretação dos
resultados (se aplicável). Os resultados devem ser apresentados com 2 ou 3 algarismos
significativos.
Recomenda-se que:
Leia com muita atenção as questões e seleccione bem os dados e incógnitas antes de responder.
Responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que
considerar mais difíceis.
Reveja as resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
Pode utilizar a sua máquina de calcular mas não pode emprestá-la a qualquer dos seus colegas.
V RI ; R
l ; I
; P I ( V ) ; PJoule RI 2 ; Req.s R1 R2 ;
1
1
1
A Rr Req. p R1 R2
1 X XC R
X L L ; XC ; Z R 2 ( X L X C )2 ; tg L ; cos
C R Z
Imax R
Ie ; Ve ; Ve ZIe ; Pmed IeVe
2 2 Z
2
PARTE I
1. (1,2 val) Uma pedra é lançada ao ar verticalmente, a uma altura de 3,0 m. Cai no solo após 6,0 s o
lançamento. Com que rapidez embate no solo?
A pedra descreve um MRUV, cujas expressões para a posição e velocidade (+y para cima) são, no
sistema SI,
Sabemos que para temos . Substituindo isto na expressão para temos que a
velocidade inicial é
Substituindo na expressão para a velocidade temos então que a pedra atinge o solo a
Entre parêntesis a expressão do resultado com dois algarismos significativos (alg.sig.). Usaremos
esta notação repetidamente.
1,2 mm 4,0 mm
A. 220 T B. 150 T C. 110 T
D. 72 T E. 36 T F. 29 T
Aqui há que ter atenção ao caráter vetorial do campo magnético. Aplicando a lei de Biot-Savart para
fios longos e a regra da mão direita vem
3
(Notar a relação entre versores .) O módulo do campo magnético é então, a dois alg.sig. e
passando a microtesla, .
3. (0,9 val) Um circuito RLC série está ligado à rede elétrica nacional (Ve = 220 V a 50 Hz) e é
percorrido por uma intensidade de corrente eficaz de 1,2 A. O condensador tem capacidade 45 F
e o indutor 0,70 H de indutância. Quanto vale a resistência?
4. (1,0 val) Um automóvel viaja à rapidez constante de 120 km/h. A essa rapidez a força de
resistência do ar à passagem do automóvel é de aproximadamente 490 N. Que potência, em
cavalo-vapor, terá o motor de transmitir às rodas para manter a velocidade da viatura?
Dados: 1 CV = 736 W
A. 15 CV B. 22 CV C. 36 CV D. 49 CV E. 63 CV F. 80 CV
Para manter a velocidade o motor terá de passar às rodas uma força igual à força de resistência. A
potência desenvolvida por uma força sobre um corpo que se desloca a velocidade constante é dada
pela expressão . Como a força às rodas tem o mesmo sentido da velocidade o produto
interno torna-se, em módulo, . Substituindo valores e passando a m/s temos
Em cavalos-vapor isto é
Este valor é realista. Um automóvel só desenvolve a sua potência máxima (que normalmente é
bastante superior a 22 cv) quando o motor chega ao limite de rotações. A 120 km/h esse limite ainda
está longe.
4
5. (1,0 val) Durante a execução de um ensaio do
disco, o atleta age sobre ele com uma força cuja 180 N
componente perpendicular ao raio tem uma
magnitude média de 180 N. O disco tem 220 mm
de diâmetro e momento de inérica 0,012 kg.m2 e
o ensaio dura 1,2 s. Com que velocidade angular
sai o disco do ensaio? Nota: o disco começa o
ensaio do repouso.
6. (1,5 val) Na montagem abaixo, quanto vale a energia eletrostática acumulada aos terminais do
condensador de 3,0 mF?
3,0 mF
2,0 mF 4,0 mF 24 V
2,0 mF
5
terminais. Notemos agora que os dois condensadores mais à esquerda estão em paralelo; logo, a sua
capacidade equivalente é . O circuito é portanto equivalente um
circuito com três condensadores em série: um de 2,0 mF, outro de 3,0 mF e um de 6,0 mF. A
capacidade equivalente total é então de
Nota: aos terminais da associação em paralelo temos também 24 mC, mas essa carga é distribuída
pelos dois condensadores (o de 4,0 mF fica com 16 mC e o de 2,0 mF com 8,0 mC).
7. (1,5 val) Numa central elétrica o gerador é composto por 400 espiras condutoras, cercando uma
área de 1,25 m2 e sob um campo magnético de 1,4 T. O gerador roda a 90 rpm. Qual o valor
máximo da f.e.m. nele induzida?
6
PARTE II
1. Um livro (A), de 500 g de massa, é feito deslizar sobre uma mesa de 80 cm de altura, indo embater
frontalmente à rapidez de 5,0 m/s noutro livro (B), de 350 g e inicialmente em repouso. O livro B
cai pela borda da mesa com velocidade de 4,2 m/s no sentido positivo dos xx (c.f. referencial da
figura), estatelando-se de seguida no chão. Considerando os livros como corpos pontuais e
desprezando atritos,
A (500 g) B (350 g)
a. (0,7 val) Calcule o vetor velocidade do livro A imediatamente depois de este embater no B.
b. (0,8 val) Indique se a colisão foi elástica ou inelástica, justificando.
c. (0,7 val) Determine a rapidez com que o bloco B chega ao solo.
d. (0,8 val) Se a queda do livro B for aparada por uma balança de mola com constante elástica
2100 N/m, qual seria aproximadamente o peso indicado pela balança no ponto de compressão
máxima? Se não conseguiu resolver a alínea anterior assuma que B chega ao solo a 10 m/s.
A velocidade do livro A após a colisão pode ser obtida por conservação de momento linear. Segundo
x temos
7
considerações de energia, visto que leva a cálculos mais simples. O leitor pode confirmar estes
resultados fazendo os cálculos como projétil. Como o peso é uma força conservativa, a energia
mecânica do livro mantém-se constante. Redefinindo agora o estado inicial como o início da queda,
o estado final como a chegada ao solo e a origem do potencial gravítico ao nível do solo, temos
Note-se que este resultado é apenas aproximado porque não se contabilizou o potencial gravitacional
associado ao abaixamento de 7,5 cm. O leitor pode confirmar que, dado que k é grande, essa
contribuição é pequena, o que justifica o seu desprezo. Ora um abaixamento de 7,5 cm implica uma
força elástica de magnitude
O livro B, de massa 350 g, ao embater na balança provocará então uma medição virtual de 16 kgf no
ponto de compressão máxima. Dizemos ‘virtual’ pois não corresponde ao peso real do livro.
Chamamos também a atenção para que este resultado assume que a balança recebe o livro
paralelamente ao prato (i.e. o prato da balança está oblíquo). Se o prato estivesse horizontal, só a
componente vertical da velocidade (3,96 m/s) importaria.
R = 4,0 cm 10 A
3,0 Ω
3,0 mm
ε
10 espiras
1,0 Ω
6,0 Ω
8
10 A
Calcule:
a. (0,8 val) A resistência equivalente do circuito.
b. (0,5 val) A força eletromotriz da fonte de alimentação.
c. (0,8 val) O módulo do campo magnético no interior do solenóide.
d. (0,9 val) O vetor campo magnético causado pela corrente que percorre o semicírculo, de 4,0 cm
de raio, do topo do circuito no centro do mesmo (ponto P).
Para achar a resistência equivalente basta notar que as resistências de 1 e 3 ohm estão em série entre
si, e em paralelo com a de 6 ohm. Aplicando as regras de associação temos simplesmente
Como o solenóide não tem resistência, a resistência total do circuito é de 2,4 e a f.e.m. é, da lei
de Ohm,
Pela regra da mão direita a direção deste campo magnético é e, na forma vetorial, o campo é então
.
3. Duas cargas pontuais, de +2,0 mC e –2,0 mC, estão fixas nos pontos respetivamente (0 cm, 0 cm)
e (8 cm, 0 cm) de um referencial xy. Calcule
y 3,0 mC
6 cm
8 cm
x
+2,0 mC –2,0 mC
9
b. (1,5 val) Uma carga de 3,0 mC é colocada no ponto (0 cm, 6 cm) e seguidamente transportada
até ao ponto (8 cm, 6 cm) – ver figura. Calcule o trabalho das forças elétricas nesse
deslocamento.
Na figura desenhámos quatro vetores. O verde-escuro representa o campo produzido em (8,6) pela
carga na origem (carga ‘1’) e o verde-claro o campo produzido pela carga em (8,0) (carga ‘2’). Os
vetores a azul são os versores unitários nas direções 1P (escuro) e 2P (claro). O leitor deve
analisar esta figura cuidadosamente e compará-la com a expressão para abaixo escrita, de
forma a entender bem o significado de todos os símbolos.
A distância entre (0,0) e (8,6) é, pelo teorema de Pitágoras, . O campo
elétrico em P=(8,6) cm será então dado pela soma vetorial destes dois vetores, i.e.
Para continuar temos de decompor os versores no referencial xy. Isto é fácil para , que é
simplesmente . Para basta aplicar trigonometria elementar, que nos diz que o ângulo que
o versor faz com a horizontal é tal que e . Temos então .
Juntando isto à expressão para temos finalmente
e o trabalho é
4. Na figura abaixo, uma força horizontal de 240 N atua sobre dois caixotes, A (20 kg) e B (15 kg),
juntos um ao outro. Entre os caixotes e o solo há atrito cinético de coeficientes 0,40 (A-solo) e
0,60 (B-solo). Considerando os caixotes como pontuais,
A B
(20 kg) (15 kg)
240 N
10
a. (1,0 val) Marque, em diagramas de corpo livre, as forças que atuam sobre ambos os caixotes e
identifique os pares ação-reação, se os existirem.
b. (2,0 val) Calcule a aceleração do sistema.
As forças estão marcadas na figura: a verde pesos, a azul normais, a preto a já conhecida (240 N), a
vermelho atritos e a castanho as forças que A exerce em B e que B exerce em A, sendo que estas
duas últimas formam um par ação-reação.
Como não há inclinações, as normais têm a mesma magnitude dos pesos. Aplicando a 2ª lei de
Newton temos, segundo x (basta esse eixo para obter a aceleração),
15 Ω
3A
I2 I1
10 Ω
24 V
4Ω 8Ω
12 Ω
10 V
11
A potência é muito simples de calcular: . Quanto às equações,
aplicando as leis de Kirchhoff no nodo a vermelho e malhas a azul, temos, no sistema SI,
Três equações, três incógnitas. O sistema é na verdade simples de resolver: basta substituir a equação
do nodo na da malha de baixo. O resto é trivial.
FIM
12
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
U.C. 21048
Física Geral
31 de julho de 2013
INSTRUÇÕES
Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 5 páginas,
numeradas de 2 a 6 e terminando com a palavra FIM.
O estudante não necessita de indicar qualquer resposta neste enunciado, pelo que poderá ficar
na posse do mesmo finda a prova.
Este exame consta de duas partes:
1) A primeira é constituída por 7 questões de escolha múltipla (em que apenas uma das respostas é
correcta). As respostas a estas questões devem ser feitas na folha de prova. Indique nela, de
uma forma clara, a alínea que corresponde à resposta que considera correta. Respostas que não
sejam claras ou cuja interpretação seja ambígua serão consideradas nulas. Os valores numéricos
das várias alternativas são apresentados com 2 algarismos significativos.
2) A segunda é composta por 5 questões estruturadas de produção de resposta, das quais deve
resolver apenas 4. Indique claramente as questões que se propõe resolver, sendo que o professor
julgará como entender omissões a esse respeito. Nestas respostas os parâmetros valorizados são:
• O rigor científico do raciocínio usado, nomeadamente na identificação dos princípios físicos
em jogo e na colocação do problema em equação.
• O rigor dos cálculos efectuados, incluindo a expressão correcta dos resultados (os valores
numéricos com os algarismos significativos e unidades adequados) e a interpretação dos
resultados (se aplicável). Os resultados devem ser apresentados com 2 ou 3 algarismos
significativos.
Recomenda-se que:
• Leia com muita atenção as questões e seleccione bem os dados e incógnitas antes de responder.
• Responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que
considerar mais difíceis.
• Reveja as resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
Pode utilizar a sua máquina de calcular mas não pode emprestá-la a qualquer dos seus colegas.
r r r r r r
ΔG = Gfinal − Ginicial ; A = Ax $I + Ay J$+ Az K
µ ; A ≡ A = Ax2 + Ay2 + Az2 ; A ⋅ B = AB cos θ ; A × B = AB sinθ nˆ
4
Círculo: A = π R2 ; P = 2π R Esfera: V = π R3 ; A = 4π R 2 Cilindro: V = π R 2 h ; A = 2π R 2 + 2π Rh
3
r r r r r
r Δr r dr distância r r Δv r dv d 2 r
v med = ; v= ; smed = ; s = v =v ; amed = ; a= = 2
Δt dt Δt Δt dt dt
⎧ r ⎧
r ⎪a = cte ⎪a = cte
⎧v = cte ⎧v = cte ⎪ r r r ⎪
⎨ r r r 1D: ⎨ ⎨v = v 0 + at 1D: ⎨v = v 0 + at
⎩r = r0 + vt ⎩ x = x0 + vt ⎪ r r r ⎪
1r 1
⎪r = r0 + v 0 t + at 2 ⎪ x = x0 + v 0 t + at 2
⎩ 2 ⎩ 2
⎧ d
⎪θ = R ; 1 rot = 2π rad ⎧
r r
⎧
⎪ ⎪d = θ R ⎧τr = r × F ⎪α = cte
⎪ dθ Δθ ⎪ ⎧ω = cte ⎪ r ⎪
⎨ω = ; ωmed = ; ⎨v = ω R ; ⎨ ; ⎨ Στ ; ⎨ω = ω0 + α t
⎪ dt Δt ⎪ 2 ⎩θ = θ0 + ω t ⎪α = ⎪
v ⎩ I 1
⎪ dω Δω ⎪at = α R ; ar = ⎪θ = θ0 + ω0 t + α t 2
⎪α = dt ; α med = Δt ⎩ R ⎩ 2
⎩
r r v2
ΣF = ma ; Fg = mg ; g = 9,8 m/s2 ; fs ≤ µe FN ; fk = µc FN ; Fcentrip = m
R
r r 1 xf dE p 1 2
W = F ⋅ Δr ; Ec = mv 2 ; E p = − ∫ FC ( x )dx ; FC = − ; E pg = mgh ; Felast ,x = −kx ; E p,elast = kx
2 xi dx 2
ΔE r r
Em = Ec + E p ; Wtot = ΔEc ; WC = −ΔE p ; WNC = ΔEm ; Pmed = ; P = F ⋅v
Δt
r r r r r r
p = mv ; I = Fext Δt ; I = Δp
Mm M M
FG = G ; VG = −G ; E pG = mVG ; G = 6,67 × 10 −11 N.m2 .kg-2 ; ag ≡ g = G
r2 r r2
1
ε 0 = 8,85 × 10 −12 C2 .N-1.m-2 ; ke = = 9,0 × 109 N.m2 .C-2
4πε 0
r qq r q r r q ΔV
Fe = ke 1 2 2 rˆ ; E = ke ∑ 2i rˆi ; Fe = qE ; Ve = ke ∑ i ; E pe = qVe ; E=−
r i ri i ri Δs
A 1 1 1 1
q = CV ; C = ε0 ; E pe.cond = CV 2 ; = + +L ; Ceq. par = C1 + C2 + L
d 2 Ceq.serie C1 C2
L ε 1 1 1
V = RI ; R = ρ ; I= ; P = IV ; PJoule = RI 2 ; Req.s = R1 + R2 + L ; = + +L
A R+r Req. p R1 R2
1 X L − XC R
X L = ωL ; XC = ; Z = R 2 + ( X L − X C )2 ; tgφ = ; cos φ =
ωC R Z
Imax ε R
Ie = ; Ve = ; Ve = ZIe ; Pmed = IeVe
2 2 Z 2
PARTE I
1. (1,2 val) Uma peça de artilharia dispara os seus projéteis à rapidez de 870 m/s. Se desprezarmos a
resistência do ar e assumindo um tiro a 45º, qual será a altitude máxima atingida pelos projéteis?
A. 39 km B. 30 km C. 19 km D. 10 km E. 3,0 km F. 1,5 km
2. (0,8 val) Na figura abaixo uma corrente de intensidade I = 10 A percorre um fio retilíneo que a
dada altura enrola sobre si mesmo, descrevendo 4 espiras de 2,0 cm de diâmetro e seguindo
novamente de forma retilínea. Qual o módulo do campo magnético no centro das espiras?
N=4
I I
3. (1,0 val) Um condensador de placas paralelas sem dielétrico foi colocado sob uma diferença de
potencial de 50 V, tendo ficado carregado com 3,0 nC de carga. Sabendo que as placas estão
separadas de 0,20 mm, determine a área das mesmas.
4. (1,5 val) O tambor de uma máquina de lavar roupa desacelera uniformemente de 600 rpm
(rotações por minuto) até parar 10 s depois. Quantas rotações executa até parar? Dica: utilize
como unidades de ângulo e tempo respetivamente a rotação e o segundo.
3
5. (1,0 val) O motor de um automóvel desenvolve um binário (torque) de 200 N.m. Esse binário é
aplicado às rodas através da transmissão. O momento de inércia do conjunto transmissão-rodas é
de 2,7 kg.m2 e o raio das rodas é de 25 cm. Se o conjunto transmissão-rodas for deixado girar
livremente, qual será a aceleração linear da ponta das rodas? (Nota: na prática a aceleração é
substancialmente menor porque há atrito entre as rodas e o asfalto. Além disso, o motor de
combustão não debita um binário constante.)
6. (1,0 val) Uma linha de alta tensão transmite uma potência de 1,0 MW à tensão de 400 kV. A
distância entre postes é de 75 m. A linha tem um formato aproximadamente retilíneo e faz um
ângulo de 70º com o campo magnético terrestre, cuja magnitude é de 45 µT. Qual a força que este
campo exerce sobre a linha, entre dois postes?
7. (1,5 val) Uma bobina com 200 espiras e 15 cm de raio está colocada perpendicularmente a um
campo magnético de magnitude 0,25 T. Qual a f.e.m. média induzida na bobina se o campo
magnético triplicar num intervalo de tempo de 0,30 s?
4
PARTE II
1. Na figura abaixo o bloco tem 3,0 kg de massa e está em repouso sobre o plano inclinado, ligado à
mola, a qual está distendida de um elongamento de 2,4 cm no sentido descendente. Entre o plano
e bloco há atrito, de coeficientes 0,15 (estático) e 0,10 (cinético). O atrito estático está no seu
valor máximo e aponta no sentido ascendente do plano. Considerando o bloco como um corpo
pontual,
1,6 m
) 20º
2. Três blocos encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. O bloco A desliza sobre o plano a
uma rapidez de 3,6 m/s quando embate no bloco B, de tal forma que os dois passam a seguir
juntos. O conjunto AB embate de seguida no bloco C, seguindo os três blocos juntos. Calcule:
a. (2,0 val) A rapidez final do conjunto ABC.
b. (1,0 val) A energia disspada nas três colisões. O que aconteceu a essa energia?
3,6 m/s
5
3. Uma pessoa deseja carregar as baterias de uma viatura elétrica na sua garagem. Da caixa de
derivação à entrada do edifício até à tomada e distam 15 m e o disjuntor ligado à garagem permite
uma corrente máxima de 10 A. Quer-se evitar que as perdas por dissipação resistiva, de desde a
entrada do edifício até à tomada, sejam mais do que 2% da potência a retirar da rede. A rede
elétrica oferece uma d.d.p. de 220 V e toda a instalação elétrica é de fio de cobre (ρ = 1,7 × 10-8
Ω.m) com secção de 1,5 mm2. Tratando o problema como sendo de corrente contínua,
a. (0,5 val) Calcule a potência máxima que o disjuntor permite retirar da rede.
b. (2,5 val) Verifique se o fio de 1,5 mm2 é suficiente para garantir menos de 2% de perdas por
dissipação ou se terá de ser substituído. Dica: calcule primeiro a resistência dos 15 m de fios.
4. Considere o circuito RLC abaixo. Nele, a tensão indicada é uma tensão efetiva.
25 µF 45 µF
70 V
40 Hz ~ 300 Ω 0,76 H
600 Ω Ie = ?
200 Ω
Calcule:
a. (0,8 val) A resistência e capacidade equivalentes das associações de condensadores e
resistências do circuito.
b. (1,2 val) A corrente eficaz que sai do gerador, Ie.
c. (0,5 val) O ângulo de fase entre a corrente e a tensão.
d. (0,5 val) A potência média debitada pelo gerador.
Q Q
FIM 20 cm
6
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U.C. 21048
Física Geral - RESOLUÇÃO
31 de julho de 2013
I#STRUÇÕES
Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 5 páginas,
numeradas de 2 a 6 e terminando com a palavra FIM.
O estudante não necessita de indicar qualquer resposta neste enunciado, pelo que poderá ficar
na posse do mesmo finda a prova.
Este exame consta de duas partes:
1) A primeira é constituída por 7 questões de escolha múltipla (em que apenas uma das respostas é
correcta). As respostas a estas questões devem ser feitas na folha de prova. Indique nela, de
uma forma clara, a alínea que corresponde à resposta que considera correta. Respostas que não
sejam claras ou cuja interpretação seja ambígua serão consideradas nulas.Os valores numéricos
das várias alternativas são apresentados com 2 algarismos significativos.
2) A segunda é composta por 5 questões estruturadas de produção de resposta, das quais deve
resolver apenas 4. Indique claramente as questões que se propõe resolver, sendo que o professor
julgará como entender omissões a esse respeito.Nestas respostas os parâmetros valorizados são:
• O rigor científico do raciocínio usado, nomeadamente na identificação dos princípios físicos
em jogo e na colocação do problema em equação.
• O rigor dos cálculos efectuados, incluindo a expressão correcta dos resultados (os valores
numéricos com os algarismos significativos e unidades adequados) e a interpretação dos
resultados (se aplicável).Os resultados devem ser apresentados com 2 ou 3 algarismos
significativos.
Recomenda-se que:
• Leia com muita atenção as questões e seleccione bem os dados e incógnitas antes de responder.
• Responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que
considerar mais difíceis.
• Revejaas resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
Pode utilizar a sua máquina de calcular mas não pode emprestá-la a qualquer dos seus colegas.
1 X L − XC R
X L = ωL ; XC = ; Z = R 2 + ( X L − XC )2 ; tgφ = ; cos φ =
ωC R Z
Imax ε R
Ie = ; Ve = ; Ve = ZIe ; Pmed = IeVe
2 2 Z
2
PARTE I
1. (1,2 val) Uma peça de artilharia dispara os seus projéteis à rapidez de 870 m/s. Se desprezarmos a
resistência do ar e assumindo um tiro a 45º, qual será a altitude máxima atingida pelos projéteis?
A. 39 km B. 30 km C. 19 km D. 10 km E. 3,0 km F. 1,5 km
= −
No eixo vertical a trajetória do projétil é descrita por (sentido positivo para cima)
1
= + −
2
A altura máxima acontece quando = 0 . Substituindo = sen45 = 615,2 na
m m m
expressão da velocidade vem
2. (0,8 val)Na figura abaixo uma corrente de intensidade I = 10 A percorre um fio retilíneo que a
dada altura enrola sobre si mesmo, descrevendo 4 espiras de 2,0 cm de diâmetro e seguindo
novamente de forma retilínea.Qual o módulo do campo magnético no centro das espiras?
=4
I I
Há duas contribuições para o campo magnético no centro: uma do fio longo e outra das quatro
espiras. É fácil de ver que ambas apontam na mesma direção (neste caso para fora do plano da folha),
bastando portanto somar os seus módulos para obter o campo total no centro. Temos então, da lei de
Biot-Savart,
3
/ 1 / 1
( = ()*+ + 4 ⋅ (-*.- = +4
20 2 23
Como 2 = 3 = 1,0 cm vem, no sistema SI,
T. m 10 A 10 A
( = 540 × 1078 <5 +4 < = 2,713 × 107= T 2,7 mT
A 200,010 m 20,010 m
3. (1,0 val) Um condensador de placas paralelas sem dielétrico foi colocado sob uma diferença de
potencial de 50 V, tendo ficado carregado com 3,0 nC de carga. Sabendo que as placas estão
separadas de 0,20 mm, determine a área das mesmas.
Para determinar a área temos primeiro de saber a capacidade do condensador. Esta é, de > = ?ΔA,
> 3,0 × 107B C
?= = = 6,0 × 107EE F
ΔA 50 V
Para um condensador de placas paralelas sem dielétrico a capacidade é dada por ? = G e temos
H
I
J ?2 6,0 × 10 F0,00020 m
7EE
? = G →J= = = 1,356 × 107= m
14 cm
2 G 8,85 × 107E
L M
N.M
4. (1,5 val) O tambor de uma máquina de lavar roupa desacelera uniformemente de 600 rpm
(rotações por minuto) até parar 10 s depois. Quantas rotações executa até parar? Dica: utilize
como unidades de ângulo e tempo respetivamente a rotação e o segundo.
ΔY Y) − Y* 0 − 10
QRS QRS
X= = = = −1 rot/s
Δ Δ 10 s
Durante este tempo o tambor executa, assumindo Z = 0 rad,
1 rot rot
Z = Z + Y + X
→ Z = 0 + 510 < 10 s − 50,5
< 10 s
= 50 rot
2 s s
4
5. (1,0 val) O motor de um automóvel desenvolve um binário (torque) de 200 N.m. Esse binário é
aplicado às rodas através da transmissão. O momento de inércia do conjunto transmissão-rodas é
de 2,7 kg.m2 e o raio das rodas é de 25 cm. Se o conjunto transmissão-rodas for deixado girar
livremente, qual será a aceleração linear da ponta das rodas? (Nota: na prática a aceleração é
substancialmente menor porque há atrito entre as rodas e o asfalto. Além disso, o motor de
combustão não debita um binário constante.)
Σ^ 200 N. m
O binário e momento de inércia produzem uma aceleração angular
X= = = 74,07 rad/s
1 2,7 kg. m
m m
Esta aceleração angular corresponde a uma aceleração linear de
6. (1,0 val) Uma linha de alta tensão transmite uma potência de 1,0 MW à tensão de 400 kV. A
distância entre postes é de 75 m. A linha tem um formato aproximadamente retilíneo e faz um
ângulo de 70º com o campo magnético terrestre, cuja magnitude é de 45 µT. Qual a força que este
campo exerce sobre a linha, entre dois postes?
A força que um campo magnético exerce sobre uma corrente é dado por bc = 1d ec × (
ec , que em módulo
é b = 1d( sin Z. Para calcular esta força precisamos da corrente. Esta é dada por
1,0 × 10P W
g = 1A → 1 = = 2,5 A
400 × 10= V
5
7. (1,5 val) Uma bobina com 200 espiras e 15 cm de raio está colocada perpendicularmente a um
campo magnético de magnitude 0,25 T. Qual a f.e.m. média induzida na bobina se o campo
magnético triplicar num intervalo de tempo de 0,30 s?
A f.e.m. média pode ser calculada da lei de Faraday, ℇ = − jml. Para calcular o valor basta notar que
jk
ℇ = −q = −q = −400
Δ 0,30 s 0,30 s
= −23,56 V 24 V
O sinal menos quer apenas dizer que a f.e.m. é tal que a corrente induzida tende a contrariar o
aumento de fluxo (lei de Lenz); não tem nenhum outro significado especial.
6
PARTE II
1. Na figura abaixo o bloco tem 3,0 kg de massa e está em repouso sobre o plano inclinado, ligado à
mola, a qual está distendida de um elongamento de 2,4 cm no sentido descendente.
descendente Entre o plano
e bloco há atrito, de coeficientes 0,15 (estático) e 0,10 (cinético). O atrito estático está no seu
valor máximo e aponta no sentido ascendente do plano. Considerando o bloco como um corpo
pontual,
1,6 m
) 20º
No desenho estão marcadas as forças na situação da alínea a. A azul a normal, a vermelho o atrito
(estático),, a verde o peso e a castanho a força elástica. Seja +
+x a direção do plano, sentido para cima
(rs t /s bu → rs#$% = /s bu ),
(c.f. figura). A 1ªª lei de Newton dá
dá-nos,
nos, notando que a força de atrito estático está no limite máximo
O trabalho da força de atrito pode ser calculado usando a definição, = bc . Δc. Durante o
escolhido é positiva. Daí termos escrito ‘+
‘+kx’.
’. (Na verdade, a questão é um pouco mais subtil...)
subtil
7
) = rc . Δc = r Δ cosr , Δ
1,6 m
= / bu cos180 = 0,10 } cos20
4,678 m−1
sen20
= −12,92 J −13 J
2. Três blocos encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. O bloco A desliza sobre o plano a
uma rapidez de 3,6 m/s quando embate no bloco B, de tal forma que os dois passam a seguir
juntos. O conjunto AB embate de seguida no bloco C, seguindo os três blocos juntos. Calcule:
a. (2,0 val) A rapidez final do conjunto ABC.
b. (1,0 val) A energia disspada nas três colisões. O que aconteceu a essa energia?
3,6 m/s
A energia dissipada é a diferença entre a energia mecânica antes do 1º embate a energia mecânica
após o 2º embate. Como neste caso a energia potencial é irrelevante, a energia mecânica reduz-se à
1 m
1 m
cinética e vem
8
3. Uma pessoa deseja carregar as baterias de uma viatura elétrica na sua garagem. Da caixa de
derivação à entrada do edifício até à tomada e distam 15 m e o disjuntor ligado à garagem permite
uma corrente máxima de 10 A. Quer-se evitar que as perdas por dissipação resistiva, de desde a
entrada do edifício até à tomada, sejam mais do que 2% da potência a retirar da rede. A rede
elétrica oferece uma d.d.p. de 220 V e toda a instalação elétrica é de fio de cobre (ρ = 1,7 × 10-8
Ω.m) com secção de 1,5 mm2. Tratando o problema como sendo de corrente contínua,
a. (0,5 val) Calcule a potência máxima que o disjuntor permite retirar da rede.
b. (2,5 val) Verifique se o fio de 1,5 mm2 é suficiente para garantir menos de 2% de perdas por
dissipação ou se terá de ser substituído.Dica: calcule primeiro a resistência dos 15 m de fios.
Para uma d.d.p. de 220 V e corrente máxima de 10 A a potência máxima permitida pelo disjuntor é
d 15m
3= = 1,7 × 107 Ω. m = 0,17 Ω
J 1,5 × 107P m
g = 31
= 0,17Ω10 A
= 17W 44 W
Ora, mesmo quando a corrente é máxima (10 A), a dissipação é de apenas
4. Considere o circuito RLC abaixo. Nele, a tensão indicada é uma tensão efetiva.
25 µF 45 µF
70 V
40 Hz ~ 300 Ω 0,76 H
600 Ω Ie= ?
200 Ω
Calcule:
a. (0,8 val) A resistência e capacidade equivalentes das associações de condensadores e
resistências do circuito.
b. (1,2 val) A corrente eficaz que sai do gerador, Ie.
c. (0,5 val) O ângulo de fase entre a corrente e a tensão.
9
d. (0,5 val) A potência média debitada pelo gerador.
>
20 cm
>
| = b© sen30
w: − by + b©% = 0 −|y
+ b© sen30 = 0
y
v : − b + b = 0 ⇔ ª ⇔«
}
−} + b© cos30 = 0 b© =
{ ©
cos30
>
} }
tg30
| =
⇔ y
cos30 sen30 ⇔ ª> = ¬ ⇔>
|y
−−− −−−
2,0 kg 9,8 M 0,20 m
⋅
E
= ¬ √=
= 7,092 × 107P C 7,1 μC
9,0 × 10B N. m
/C
FIM
10
UNIVERSIDADE ABERTA
FÍSICA GERAL
Código 21048
CADERNO
DE
TESTES FORMATIVOS
O conteúdo deste caderno
Este caderno contém dois testes formativos destinados aos alunos da disciplina de Física Geral da
Universidade Aberta.
Cada um destes testes tem uma estrutura semelhante à dos testes sumativos a que os alunos serão
submetidos, embora a proporção relativa de questões objectivas e de resposta livre possa ser
ligeiramente diferente.
Pretende-se, com este caderno, que cada estudante avalie o modo como apreendeu os conteúdos do
programa. É importante que o estudante aprenda significativamente tal conteúdo, o que se traduzirá
pelo facto de ser capaz de responder a questões algo diferentes daquelas a que já respondeu
(transferência da aprendizagem para situações novas).
Cada um dos testes só deverá ser resolvido após o estudo dos temas a que o teste diz respeito e
nunca antes.
A resolução deverá então ser confrontada com a que consta do caderno de respostas, as diferenças
analisadas, e deverá ser repetido o estudo dos assuntos cujas respostas estão erradas.
Se a tentativa de responder e, a seguir, compreender a resolução, fracassarem, não há que hesitar em
recorrer ao professor responsável da disciplina que está totalmente disponível para prestar a ajuda
necessária.
Convém ter sempre presente esta afirmação: sem esforço pessoal e persistência não pode ocorrer
aprendizagem significativa.
Física Geral
INSTRUÇÕES
1º - O teste consta de duas partes: a primeira tem questões de escolha múltipla e a segunda contém
questões de resposta livre.
2º - A estrutura deste teste é semelhante à do teste de avaliação sumativa final, embora o número de
questões e a proporção relativa de questões objectivas e de resposta livre possa ser ligeiramente
diferente.
3º - Nas questões de escolha múltipla deverá assinalar com uma cruz a opção correcta. Há um
espaço em branco a seguir a cada questão da segunda parte do teste destinado à respectiva resposta.
4º - Deverá sempre indicar nas questões de resposta livre todos os cálculos que o conduziram à
resposta.
Tenha em linha de conta que os parâmetros valorizados nas respostas livres que saírem no exame são:
- o rigor científico do raciocínio usado;
- o rigor dos cálculos efectuados;
- a expressão correcta dos resultados (os valores numéricos apenas com os algarismos
significativos e com as unidades adequadas).
PARTE I
1. O parsec (pc) é uma unidade de medidas astronómicas que corresponde à distância à Terra de um
ponto no espaço cujo ângulo de paralaxe é 1 segundo de grau. Qual é o valor do parsec em
quilómetros?
A. 3 × 1013 km
B. 3 × 1014 km
C. 3 × 1015 km
D. 3 × 1016 km
a
A. d ' = A
cos B + cotg C × cos C
a
B. d ' =
sin C × cotg B + cos C
a
C. d ' = d d’
cos C + cotg B × cos B
a
D. d ' =
sin B × cotg C + cos B
C a B
A. λ = T × ln 2
B. λ = 2 × ln T
C. λ = T / ln 2
D. λ = ln 2 / T
5. Com que velocidade deve ser lançada uma pedra verticalmente de baixo para cima para que, na
ausência de resistência do ar, ela atinja a altura h num local onde a aceleração da gravidade é g?
A. v = gh
B. v = 2gh
C. v = gh
D. v = 2gh
A. A expressão ω = k × v
B. A expressão k = ω × v
C. A expressão v = ω × k
D. Nenhuma das anteriores
7. Um bloco em repouso explode originando três pedaços. Dois dos pedaços, de massa igual,
deslocam-se após a explosão em direcções perpendiculares, com velocidades de 30 m/s. O terceiro
pedaço, de massa igual a três vezes a massa de qualquer dos outros, que velocidade adquire após a
explosão?
A. Uma velocidade de módulo 14 ms-1 e cuja direcção forma um ângulo de 135º com a
direcção de um dos blocos e um ângulo de 135º com a direcção do outro bloco.
B. Uma velocidade de módulo 14 ms-1 e cuja direcção forma um ângulo de 135º com a
direcção de um dos blocos e um ângulo de 45º com a direcção do outro bloco.
C. Uma velocidade de módulo 7 ms-1 e cuja direcção forma um ângulo de 135º com a
direcção de um dos blocos e um ângulo de 135º com a direcção do outro bloco.
D. Uma velocidade de módulo 7 ms-1 e cuja direcção forma um ângulo de 135º com a
direcção de um dos blocos e um ângulo de 45º com a direcção do outro bloco.
8. Uma dada mola elástica sofre um alongamento de 4,0 cm por acção de uma força de 100 N. O
trabalho realizado pela força elástica da mola quando esta passa da posição em que está alongada
2,0 cm para a posição em que está alongada 4,0 cm é dada por qual dos seguintes valores?
A. -50 J
B. - 1,5 J
C. 1,5 J
D. 50 J
9. Três projécteis A, B e C da mesma massa são lançados de um mesmo lugar no solo com a mesma
rapidez inicial v (em m/s) segundo ângulos de lançamento com a horizontal de 30º, 45º e 60º,
respectivamente. Considerando desprezável a resistência do ar, que relação de grandeza há entre as
velocidades dos projécteis quando estão à mesma altura h do solo?
A. vA < vB < vC
B. vA > vB > vC
C. vA = vB = vC
D. vA = vC < vB
10. Sendo M a massa da Terra, R o raio da Terra e G a constante universal de atracção gravitacional,
qual das seguintes expressões permite calcular a 2ª velocidade cósmica, velocidade de escape
ou velocidade de fuga ao campo gravitacional da Terra?
A. GR
M
B. G
R
M
C. 2G
R
M
D. 2G
R2
PARTE II
11. O polónio 210 sofre declínio radioactivo emitindo radiação α. Com o objectivo de determinar o
D. GR
x1 = 5 cos ωt
x2 = 5 cos (ωt+π/3)
INSTRUÇÕES
1º - O teste consta de duas partes: a primeira tem questões de escolha múltipla e a segunda contém
questões de resposta livre.
2º - A estrutura deste teste é semelhante à do teste de avaliação sumativa final, embora o número de
questões e a proporção relativa de questões objectivas e de resposta livre possa ser ligeiramente
diferente.
3º - Nas questões de escolha múltipla deverá assinalar com uma cruz a opção correcta. Há um
espaço em branco a seguir a cada questão da segunda parte do teste destinado à respectiva resposta.
4º - Deverá sempre indicar nas questões de resposta livre todos os cálculos que o conduziram à
resposta.
Tenha em linha de conta que os parâmetros valorizados nas respostas livres que saírem no exame são:
- o rigor científico do raciocínio usado;
- o rigor dos cálculos efectuados;
- a expressão correcta dos resultados (os valores numéricos apenas com os algarismos
significativos e com as unidades adequadas).
PARTE I
1. Alguém declarou ter construído um aparelho capaz de medir uma intensidade de corrente tão
pequena como 1,60 × 10-23 A no decorrer de uma experiência que durou apenas 100 segundos. São
feitas a seguir duas afirmações:
1ª - A referida declaração não merece confiança.
2ª - Na referida experiência foram detectados alguns, poucos, electrões.
Qual das opções seguintes é correcta?
2. Num circuito eléctrico em que o amperímetro e o voltímetro podem ser considerados ideais e o
gerador tem uma determinada resistência interna, leu-se e anotou-se a intensidade no
amperímetro, I1, e a diferença de potencial correspondente, V1, no voltímetro.
Voltímetro
Amperímetro
Sendo 6,0V o valor da força electromotriz do gerador do circuito, 2,0 ohms a resistência interna do
gerador e 10,0 ohms a resistência introduzida com o reóstato, qual o valor da diferença de potencial
assinalado no voltímetro?
A. 3,0 V
B. 5,0 V
C. 6,0 V
D. 10,0 V
3. À medida que se ia fazendo variar a resistência no reóstato do circuito referido na alínea anterior,
iam-se registando outros pares de valores de I e de V. Com os diversos pares de valores, I e V,
construiu-se um gráfico que acabou por ter uma forma idêntica a um dos que a seguir se representa.
A qual dos seguintes tipos correspondeu?
A. V
I
B. V
I
C. V
I
D. V
4. Um fino feixe de partículas alfa (q = +2e) é submetido a uma diferença de potencial de 1,0 kV,
que acelera as partículas desde o repouso. As partículas penetram então num campo magnético
de intensidade B = 0,20 T, e de direcção perpendicular à direcção do feixe. Qual das seguintes
opções traduz o comportamento das partículas após penetrarem no campo magnético?
A. 1,5 × 10-5 T
B. 3,0 × 10-5 T
C. 6 × 10-5 T
D. 9 × 10-5 T
6. O segmento AB representa uma porção da linha de campo de um campo eléctrico criado por uma
carga elementar q situada no ponto O. Qual das seguintes expressões permite obter o trabalho
realizado pelo campo eléctrico no transporte da unidade de carga positiva ao longo da linha de
campo do ponto A ao ponto B?
1 q 1 q
A. w = −
4πε 0 rB 4πε 0 rA
1 q 1 q
B. w = −
4πε 0 rB
2
4πε 0 rA 2
1 q 1 q r
C. w = − O (q) A E B
4πε 0 rA 4πε 0 rB
1 q 1 q
D. w = − (rA = OA e rB = OB)
4πε 0 rA
2
4πε 0 rB 2
7. Consideremos uma carga eléctrica, q, colocada num ponto do vácuo e uma superfície esférica
centrada no ponto onde está a carga. Seja ΔS uma pequena porção da superfície esférica. Qual das
seguintes expressões permite determinar o fluxo do campo eléctrico através da superfície ΔS?
1 q
A. ΔS
4πε 0 r 2
1 q
B. ΔS
4πε 0 r
q
C.
4πε 0
q
D.
ε0
8. Que espécie de movimento rtem uma partícula com a massa m e a carga eléctrica q quando
r
penetra num campo magnético B uniforme perpendicular à velocidade v de penetração no campo?
9. Qual é a impedância de um circuito eléctrico constituído por uma resistência não indutiva de
valor 100 Ω associada em série a um condensador de 50 μF percorrido por uma corrente sinusoidal
de frequência 60 Hz?
A. 2 Ω
B. 60 Ω
C. 100 Ω
D. 113 Ω
10. Comprimiu-se adiabaticamente 10,0 litros de um gás perfeito monoatómico à pressão normal.
Sabendo que a pressão aumentou 2,5 vezes, qual o volume a que ficou o gás?
A. 1,2 litros
B. 2,0 litros
C. 4,0 litros
D. 5,9 litros
11. Uma determinada quantidade de água, de massa 1,00 kg, foi aquecida de 0 ºC a 100 ºC por
contacto com uma fonte quente à temperatura de 100 ºC. Supondo que o aquecimento foi feito a
volume constante e tendo em conta que a capacidade térmica mássica da água é 4,18 J/g.K, qual foi
a variação total da entropia do sistema?
A. – 1121 JK-1
B. – 184 JK-1
C. + 184 JK-1
D. + 1305 JK-1
PARTE II
12. Uma esfera maciça, constituída por um material não condutor, está uniformemente carregada
com uma densidade de carga ρ positiva.
12.1. Descreva o campo eléctrico no exterior da esfera, traduzindo a sua intensidade em função
de ρ.
12.2. Descreva o campo eléctrico no interior da esfera, traduzindo a sua intensidade em função
de ρ.
12.3. Esboçar o gráfico que mostra a variação radial do campo a partir do centro da esfera.
13. Um circuito apresenta uma resistência de 10 Ω, uma bobina com a auto-indução de 0,01 H e um
condensador de capacidade variável. Qual deverá ser a capacidade do condensador para que,
quando se liga o circuito a uma fonte de tensão de 50 Hz, a intensidade da corrente no circuito seja
máxima?
14. O diagrama da figura diz respeito a uma transformação cíclica sofrida por um sistema
constituído por 2 moles de hélio (aproximadamente gás ideal). O sistema evoluiu do estado A ao
estado B, deste ao estado C e, finalmente do estado C ao estado A. A linha BC representa uma
transformação adiabática e a linha CA representa uma transformação isotérmica.
p/105 Pa
2,02 B
1,013 A
50 75 X V /10-3 m3
FÍSICA GERAL
Código 21048
RESPOSTAS
AOS
TESTES FORMATIVOS
O conteúdo deste caderno
PARTE I
1. Opção A.
1,50 × 1011 m
tg 1´´ =
1 parsec
Temos, então,
1,50 × 1011 m
1 prsec = = 3,1 × 1016 m = 3 × 1013 km
tg 2,8 × 10 graus
-4
2. Opção C.
Tem-se
d sin B
=
d ′ sin C
e a = d cos C + d´cos B
a d
= cos C + cos B
d′ d′
a sin B
= cos C + cos B
d ′ sin C
a
d′ =
sin B cot gC + cos B
4. Opção D
5. Opção B.
½ m v2 + 0 = 0 + mgh
v = 2 gh
6. Opção A.
ω = 2π /T e k = 2π /λ implicam ω / k = λ / T = v , portanto
ω =k.v
7. Opção A.
p1
p3 p2
p3
p1 = 30 m , p2 = 30 m , p3 = 3 m v
8. Opção B.
F 100 N
k= = = 2500 N/m
x 4,0 × 10 -2 m
⎛1 1 ⎞
We = −⎜ kx 4 − kx 2 ⎟
⎝2 2 ⎠
Substituindo valores vem:
10. Opção C.
1 2 ⎛ mM ⎞ mM M
mv + ⎜ − G ⎟ = 0 + 0 ⇔ mv = 2G
2
⇒ v = 2G
2 ⎝ R ⎠ R R
PARTE II
11
11.1. Equação do declínio radioactivo:
dN ( t )
A( t ) = = λN ( t )
dt
A=A0 e-λt
Sendo:
A0= 2,0 x 10-4 x 3,7 x 1010 Bq = 7,4 x 106Bq
N 1
=
N0 2
aplicando logaritmos a esta igualdade virá:
ln (N/N0) = ln 1 - ln 2 = 0- ln 2
Uma vez que
ln (N/N0) = -λt
11.3.
dN
Sendo A = (número de núcleos que se desintegram por unidade de
dt
tempo) é A0= λN0 , correspondendo N0 ao número de núcleos de Po-210
da amostra no momento em que se iniciou o estudo (amostra inicial).
Por isso será:
7,4 x 106 = 6,3 x 10-8 x N0
210
Dado que a massa (em g) de um núcleo de Po-210 é g
6,02 x10 23
É
m (N0) = 4,1 x 10-8g
12.
12.1. Na posição genérica θ
Fg
v2
12.2. Para a posição extrema, v = 0 ⇒ an = = 0 . A resultante
l
r r r
R = Fg + T é tangente, tendo-se:
r r
Fg + T = mg sin θ 0
θ0
T
Fg
Fg + T
13.
13.1 Movimento harmónico:
⎡ ⎛ π⎞⎤
x ( t ) = x1 + x 2 = 5 ⎢ cos w t + cos⎜ w t + ⎟ ⎥ ≅ A( cos wt + ϕ )
⎣ ⎝ 3⎠⎦
⎡ ⎛ π⎞⎤
5 ⎢ cos w t + cos⎜ w t + ⎟ ⎥ = 5( cos α + cos β )
⎣ ⎝ 3⎠⎦
π
sendo α = wt e β = wt +
3
α+β α−β
Dado que cos α + cos β = 2 cos cos
2 2
vem:
⎛ π⎞ ⎛ π⎞ ⎛ π⎞
A( cos wt + ϕ) = 10 cos⎜ wt + ⎟ cos⎜ − ⎟ = 8,66 cos⎜ wt + ⎟
⎝ 6⎠ ⎝ 6⎠ ⎝ 6⎠
13.2
Amplitude (A) = 8,66 m e Fase inicial(ϕ) = π/6 rad
Física Geral
PARTE I
1. Opção B
2. Opção B
ε 6,0 V
I= = = 0,5 A
R + ri 12,0 Ω
Cálculo da d.d.p.
V = ε - rI I = 6,0-2,0 ×0,5= 5,0 V
Ou: V = R I = 10,0 Ω × 0,5 A = 5,0 V
3. Opção C.
V = ε - rI I
2qv
v=
m
mv
R=
qB
Substituindo a expressão de v nesta última expressão, obtemos:
1 2mV
R=
B q
R = 0,032 m = 3,2 cm
5. Opção C.
6. Opção C.
7. Opção A
F = qvB
Por outro lado, esta força magnética é centrípeta, logo é dada por
F = m v2 / r
9. Opção D
2 2
⎛ 1 ⎞ ⎛ 1 ⎞
Z = R2 + ⎜ ⎟ = 100 + ⎜
2
−6 ⎟ = 113 Ω
⎝ Cω ⎠ ⎝ 50 × 10 × 2π × 60 ⎠
10. Opção D
p1 V1γ = p2 V2γ
expressão equivalente a
γ
p 2 ⎛ V1 ⎞
=⎜ ⎟⎟
p1 ⎜⎝ V2 ⎠
V1
= 1,70
V2
V2 = 5,9 litros.
11. Opção C
Consequentemente é:
ΔQ 4,18 × 105
dS FQ = =− = −1120,6 JK -1
T 373
Como
c × dT
c x ΔT = T dS é dS =
T
vem
cdT dT Tf
∫ ∫
373
S f − Si = =c = 4180 ln = 1304,6 JK -1
T 273 T Ti
Consequentemente:
12.
12.1
dQ
Sendo ρ = a densidade de carga da esfera, a carga total da esfera,
dV
dada em função do raio Re da esfera será:
R R E
4πRe 3
Q = ρ×
3
r r
∫ E ⋅ dS =
Qint
S
ε0
r ρ × 4πRe3 r ρRe3 1
E × 4πR 2 = ⇒ E = ×
3ε 0 3ε 0 R 2
r ρRe3 1
E ext = × e$r
3ε 0 R 2
r ρRe
À superfície da esfera (R=Re) E =
3ε 0
12.2.
ρ × 4πr 3
Q=
3
aplicando o Teorema de Gauss será:
r ρ × 4πr 3
E × 4πr 2 =
3ε 0
Consequentemente:
r ρ r ρ
E = ×r e E int = × r e$r
3ε 0 3ε 0
12.3. Sendo
r
E= E
temos
ρRe/3ε0
r<Re Re R>Re r
13.
A intensidade de corrente será máxima quando a frequência angular da
tensão aplicada (w) coincidir com a frequência de ressonância do
circuito. Para tal é:
1
w=
LC
Consequentemente:
1 1 1 −3
C= = = −2 = 1 × 10 F
w L ( 2πf ) L 4π × 50 × 1 × 10
2 2 2 2
14.
Δp
p-p0 = k1 V, sendo k1 =
ΔV
Transformação B--->C:
cp 5
pV γ = k 2 sendo γ= = já que sendo o helio
cv 3
3 5
monoatómico é cv = R e c p = cv + R = R
2 2
Transformação C---->A:
pV = k3
14.2.
ΔU = -W + Q
dU AB = ncv dT e ∫
ΔU AB = ncv dT = ncv ( TB − TA )
pV = nRT
3,054 × 1010
Donde: WAB =
1
k1
∫ pdp =
1
2 k1
( p B2 − p 2A ) =
2 × 40,28 × 105
= 3791 J
14.3.
Transformação B--->C:
∫
ΔU BC = ncv dT = 3R( TC − TB ) = −15115,6 J
Transformação C--->A:
Cálculo de WCA:
⎛V ⎞
∫
WCA = nRT
dV
V
= nRT ln⎜ A ⎟
⎝ VC ⎠
dT dV
dS = ncv + nR
T V
Consequentemente é
TB VB
ΔS AB = ncv ln + nR ln
TA VA
3º teste formativo
PARTE I
A. Praticamente nenhum
B. Metade da quantidade inicial
C. Aproximadamente a quantidade inicial
D. 16,28% da quantidade inicial
E. 28,41% da quantidade inicial
A. 6 m
B. 79 m
C. 157 m
D. 1020 m
E. 2040 m
1
A. ωf = ω1
2
1
B. ωf = ω1
3
I1 , ω1
1
C. ωf = ω1
4
I2 , ω2 ωf
5
D. ωf = ω1
3
Inicial Final
E. ωf = ω1
2
6. Na figura ao lado, o íman está fixo e o condutor de formato quadrangular é puxado
no sentido indicado pela seta. O desenho está em perspetiva, sendo que as linhas de
fluxo do campo magnético atravessam o plano do condutor. O que é que vai
acontecer?
A. 5,7º
B. 40,6º
C. 45º
D. 52,3º
E. 84,3º
Dados: µ0 = 4π × 10 −7 N/A 2 .
3
8. No circuito abaixo, qual a intensidade de corrente na resistência R1?
I=?
A. 1,02 A
B. 0,96 A
C. 0,60 A E = 24 V R2 = 20 Ω R1 = 10 Ω
D. 0,48 A
E. 0,40 A
R3 = 10 Ω
A. 0,01 cm
B. 0,42 cm
C. 0,52 cm
D. 0,64 cm
E. 1,06 cm
4
Parte II
10 m C
hc = ?
θ = 30o
1.1. Uma expressão para o trabalho das forças dissipativas no trajeto AB.
5
2. Uma criança pega na extremidade de uma corda elástica e fá-la oscilar duas vezes
por segundo, com movimento harmónico simples de amplitude 20 cm. As
perturbações geradas chegam 5 segundos depois à outra extremidade da corda,
situada a 10 m de distância.
6
3. Uma quantidade 0,1 mol de um gás ideal monoatómico é sujeito ao ciclo
termodinâmico do diagrama PV abaixo. No trajecto BC, o gás obedece à
equação PV γ = cte e no trajecto CA à equação PV= cte . Nota: a figura não
está à escala; é meramente ilustrativa.
P
3.3. O quadro acima resume as trocas de energia do gás com o exterior, em joule.
Usando as propriedades dos processos acima indicados e a 1ª Lei da
Termodinâmica, preencha-a;
3.4. Calcule o rendimento que teria uma máquina térmica actuando neste ciclo.
FIM
7
FÍSICA GERAL
PARTE I
1. Para resolver, basta usar a lei do decaimento radioativo. Para tal, precisamos primeiro da constante
de decaimento, a qual pode ser obtida do período de semidesintegração:
Note-se que estamos a usar a hora como unidade de tempo, pelo que há que transformar o dia em
horas: 1 dia = 24 horas. Substituindo λ na lei do decaimento, temos:
h−1 )×(24 h )
N = N0 e − λt ⇔ N = N0 e −(0,052432 ≈ 0,2841× N0 = 28,41% de N0 .
Ou seja, ao fim de 1 dia, resta-nos 28,41% da quantidade inicial, N0. Note-se que a exponencial é
adimensional: se as unidades no expoente não cancelassem (como aqui cancelam), teria havido
erro.
2. Quando um raio de luz atinge uma superfície de separação entre dois meios, ocorrem, em geral,
dois fenómenos: a reflexão e a refração (livro de texo, p.69). No caso da reflexão, o ângulo que o
raio refletido faz com a normal à superfície de separação é igual ao ângulo de incidência, o que
elimina à partida as hipóteses B e D. O ângulo do raio refratado com a normal à superfície dir-nos-
á qual escolha certa. Este ângulo pode ser calculado pela lei de Snell:
ni sin(θ i ) = nr sin(θ r ) ⇔ nar sin(θincidente ) = nágua sin(θrefratado )
⇔ 1× sin(60o ) = 1,333 × sin(θrefratado )
⇔ sin(θrefratado ) = (1/1,333) × 0,866025
⇔ θrefratado = arcsin(0,649681)
⇔ θrefratado ≈ 40,52o
Nota: se usar calculadora, deve ter o cuidado de verificar se a mesma está a operar em graus.
Se porventura os cálculos tivessem indicado um ângulo refratado com seno maior que 1, p.ex.
θrefratado = arcsin(1,2) , dado que tal ângulo não existe (um seno está sempre entre -1 e 1), isso
quereria simplesmente dizer que não existe raio refratado. Estaríamos perante uma situação de
reflexão total.
1
1000 m
200 km/h = 200 ⋅ ( ) ≈ 55,56 m/s .
3600 s
Seguidamente, há que identificar o tipo de movimento. A bola de golfe comporta-se como um
projétil, i.e. o seu movimento desenha uma parábola no plano xy. No entanto, o que nos é pedido é
a altura máxima, pelo que podemos cingir-nos apenas ao movimento segundo o eixo vertical (yy).
Segundo o eixo vertical, a bola sofre um movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV,
livro de texto, p.2) com aceleração g = 9,8 m/s2, no sentido ‘para baixo’, que aqui definimos como
sentido negativo do eixo dos yy.
A componente vertical da velocidade inicial é (recordemos-nos que a rapidez instantânea é a
magnitude do vetor velocidade instantânea)
2
v 0,y = v 0 sin(45º ) = 55,56 × ≈ 39,28 m/s .
2
A altura máxima será então a distância que a bola percorre na direção vertical até parar de subir.
As leis do MRUV permitem-nos calcular essa distância recorrendo a:
1 2
h = h0 + v 0,y t − gt ,
2
com h0 a altura inicial, que podemos fazer igual a zero, e t o tempo até a bola parar de subir, i.e. até
que vy = 0. (Nota: o sinal menos aparece porque a aceleração da gravidade aponta no sentido
negativo do eixo dos yy.) Novamente, as leis do MRUV permitem-nos calcular esse tempo usando:
v y = v 0,y − gt ⇔ 0 = 55,56 − 9,8 ⋅ t ⇔ t ≈ 4,01 s .
4. Colisão ‘frontal’ significa que não há mudanças na direção das trajetórias. Neste problema isso
quer dizer que basta considerarmos as magnitudes das velocidades. Colisão ‘elástica’ significa que
a energia cinética se conserva. Como a quantidade de movimento também se conserva, podemos
conjugar o dito acima em duas equações:
mAv A,inicial + mBv B,inicial = mAv A,final + mBv B,final ← (conservação da quantidade de movimento)
1
2 mAv A,inicial + 2 mBv B,inicial = 2 mAv A,final + 2 mBv B,final ← (conservação da energia cinética)
2 1 2 1 2 1 2
2
Substituindo os valores iniciais das velocidades, v A,inicial = 3 m/s e v B,inicial = 0 m/s , e usando
mA = mB = m temos
3 = v A,f + v B,f 3 = (v A,f + v B,f ) 9 = v A,f + v B,f + 2(v A,f ⋅ v B,f )
2 2 2 2
⇔ ⇔ ⇔
9 = v A,f + v B,f 9 = v A,f + v B,f
2 2 2 2
− − −
Ora v B,f = 0 é o que por vezes se designa por “solução não física”, pois corresponde à situação em
que a bola A passa pela B sem lhe bater. A solução “física” é pois v A,f = 0 e, substituindo na
equação de baixo, temos v A,f = 0 e v B,f = 3 m/s .
5. O problema é uma aplicação da conservação de momento angular (livro de texto, secção 3.7). O
momento angular antes do desprender deve ser o mesmo que o momento angular depois.
Escrevendo as expressões explicitamente, vem
Linicial = Lfinal ⇔ ω1I1 + ω2I2 = ωf If
6. A resposta certa é C. À medida que o condutor é puxado, o fluxo através deste varia (na verdade
diminui, dado que o campo fica mais fraco à medida que nos afastamos do íman). Ora pelo
princípio de indução eletromagnética (lei de Faraday), uma variação de fluxo magnético causa o
aparecimento de uma força eletromotriz no circuito, a qual por sua vez leva ao aparecimento de
uma corrente elétrica.
7. Uma bússola alinha-se com o campo magnético no ponto em que se encontra. Como o campo
magnético é uma quantidade vetorial e aditiva, basta-nos fazer a soma vetorial de todas as
contribuições para o mesmo. No nosso caso temos duas contribuições: o campo gerado pelo
solenóide e o campo gerado pela Terra. O campo da Terra é dado; o do solenóide pode ser obtido
calculando a densidade de espiras (n = N/l) e aplicando a lei de Ampére (livro de texto, p.290-
291):
3
30
Bsolenóide = Bsolenóide = µ0 nI = (4π × 10 −7 N.A −2 ) ⋅ −1
⋅ (0,01 A) = 37,7 × 10 −6 T ,
(0,01 m )
onde usámos 1 T = 1 N.A-1.m-1 (livro de texto, p.295). Vemos que a magnitude do campo do
solenóide é igual à do campo da Terra. Do enunciado sabemos que o campo oriundo do solenóide
toma a direção do eixo dos xx, ao passo que o campo da Terra se dirige segundo o eixo dos yy.
Desenhando o campo dentro do solenóide e fazendo a soma vetorial das duas contribuições, temos
y
BTOTAL
BTerra
Bsoln. x
A bússola orientar-se-á pois segundo o vetor BTOTAL . O ângulo θ é o desvio em relação ao Norte
magnético, i.e. a direção para onde a bússola apontaria se não houvesse campo do solenóide. Como
as magnitudes dos dois vetores, Bsoln. e BTerra , são iguais, segue de imediato que o ângulo θ é de
45º.
8. Há várias formas de resolver este problema. Aqui apresentamos apenas uma, deixando ao estudante
encontrar outras resoluções. Vamos chamar I1, I2 e I3 às intensidades de corrente que passam nas
resistências R1, R2 e R3, respetivamente. As resistências R1 e R2 estão sujeitas à mesma diferença de
potencial. Aplicando a lei de Ohm, essa diferença de potencial é R1 × I1 = R2 × I2. Sabemos
também, da lei dos nodos, que I3 = I1 + I2. Portanto, se soubermos I3 conseguiremos calcular I1. Ora
I3 pode ser obtido calculando a resistência equivalente de todo o circuito e aplicando a lei de Ohm.
As resistências R1 e R2 estão associadas em paralelo, pelo que a resistência equivalente desta
associação é
−1
1 1 1 1 1 20
= + ⇔ R = + = Ω.
R R1 R2 10 20 3
As resistências R1 e R2 estão em série com R3. Como tal podemos calcular a resistência equivalente
de todo o circuito e achar I3:
20 50 V 24
Req = R + R3 = + 10 = Ω ⇔ I3 = = = 1,44 A .
3 3 Req 50 / 3
20
10I1 = 20I2
⇔
I1 = (1,44 − I1 ) ⇔ 3I1 = 2 × 1,44 ⇔ I1 = 0,96 A .
10
1,44 = I1 + I2 − − −
4
9. Com o aumento de temperatura, a gasolina vai dilatar. Como a gasolina está num cilindro, a
dilatação só pode acontecer na direção vertical, sendo por isso uma dilatação linear. O aumento de
volume vai ser dado por (livro de texto, p.392)
∆L
= α ∆T ⇔ ∆L = α L ∆T .
L
Substituindo valores, temos
Ou seja, a altura passa de 67 cm para 67,64 cm e não há qualquer risco de transbordo do depósito.
Na verdade, seria necessário aquecer o depósito até qualquer coisa como 161 ºC para que isso
acontecesse (o leitor pode tentar obter esta temperatura de transbordo).
10. Este problema, aparentemente simples, é muito interessante e bem ilustrativo de alguns dos
conceitos elementares da Termodinâmica. Vejamos.
Um processo adiabático é, por definição, um processo onde não há trocas de calor. No nosso
caso, isso significa que o gás não expele nem absorve calor do exterior durante toda a
compressão. Sabemos também que o processo é reversível, pelo que se aplica a equação de troca
de calor elementar (livro de texto, p.424)
δ Q = TdS ,
a qual é válida durante toda a compressão. Ora, sendo o processo adiabático δ Q = 0 , pelo que
temos
TdS = 0 ⇔ dS = 0 ⇔ S = constante .
Ou seja, a entropia mantém-se constante numa troca elementar adiabática e reversível. Como o
processo total é uma soma de processos elementares, a entropia manter-se-á constante durante
todo o processo.
=0
Quanto à temperatura, da 1ª lei da Termodinâmica temos ∆U = Q − W = −W , com W o trabalho
realizado pelo gás no processo. Como neste caso o gás realiza trabalho negativo, i.e. recebe
trabalho do exterior, ∆U é positivo. Ou seja, a energia interna do gás aumenta. Ora para um gás
ideal monoatómico podemos relacionar a energia interna com a sua temperatura:
3
U= nRT .
2
Se no processo U aumenta, então T tem também que aumentar. Resumindo: a entropia mantém-
se inalterada e a temperatura aumenta. A conclusão seria a mesma para outros gases ideais, que
não o monoatómico. A única coisa que mudaria seria a expressão que relaciona a energia interna
com a temperatura.
Note-se que estas conclusões podem parecer um tanto ou quanto estranhas... afinal, o gás
aumenta de temperatura sem lhe termos fornecido calor. Mas tal não é tão estranho se nos
lembrarmos da equivalência entre calor e trabalho: (livro de texto, p.386) pode-se aquecer algo
fornecendo-lhe calor, ou trabalho. No nosso caso fornecemos trabalho.
5
Uma pequena descrição do que acontece fisicamente pode ajudar a compreender. Uma
compressão adiabática é uma compressão brusca. Assim, o gás não tem tempo para expelir como
calor o trabalho sobre ele realizado. Finda a compressão, a temperatura do gás sobe mas o
reservatório permanece à temperatura ambiente. Quem comprimir bruscamente, p.ex., uma
seringa tapada, não vai notar de imediato o aumento de temperatura. Ou seja, vai ficar com a
sensação (errada) de que a temperatura do gás se mantém constante. Mas se esperar alguns
segundos, as paredes da seringa vão acabar por aquecer, do contacto com o gás quente.
Experimente! (Se necessário, deixe sair o ar comprimido e repita várias vezes.)
Quanto à entropia, numa compressão diminuímos o volume. Ora como a entropia é uma medida
da desordem, ao diminuirmos o volume diminuímos também a desordem e consequentemente
poderia parecer que a entropia baixa. No entanto, essa diminuição de entropia por perda de
volume é compensada pelo aumento de temperatura do gás, o qual causa maior agitação das suas
moléculas e consequente aumento de entropia. Do que vimos acima, como no global a entropia
acaba por não se alterar, vemos que estas duas contribuições se anulam uma à outra exatamente.
Finalmente, um comentário sobre o que aconteceria se a compressão fosse irreversível. Nesse
caso, a troca elementar de calor teria a forma
TdS ≥ δ Q .
Ou seja, mesmo que tenhamos δ Q = 0 (processo adiabático), podemos ter TdS > 0 , pelo que a
entropia do gás pode aumentar. E em geral aumenta.
6
PARTE II
1.1 Pela conservação de energia temos Wd = ∆Em , em que Wd é o trabalho das forças dissipativas,
neste caso apenas o atrito. Usando a definição de trabalho Watrito = Fatrito ⋅ ∆r , a forma da força de
atrito cinético Fatrito = µc N e trigonometria elementar ( 10 / ∆r = sin(θ ) ⇔ ∆r = 20 m ) temos
com α o ângulo entre a força de atrito e o deslocamento ao longo da encosta. A força de atrito
opõe-se ao movimento, pelo que tem a mesma direção do deslocamento ao longo da encosta, mas
sentido oposto. Assim, o ângulo α é de 180º e temos
1.2. Dado que em A e C o bloco está parado, ele tem nestes pontos apenas energia potencial
gravítica. Assim, temos
Note-se que não foram precisos nem o valor específico da massa do corpo, m, nem o da aceleração
da gravidade, g.
7
2. Se considerarmos a corda esticada horizontalmente, as oscilações dão-se segundo o eixo dos yy,
propagando-se para lá da extremidade esquerda segundo o eixo dos xx. A figura abaixo ajuda a
compreender os conceitos em jogo.
λ v
10 m
2.2. A distância entre cristas é o comprimento de onda, λ. Este pode ser obtido de λ = vT, com v a
velocidade de propagação da onda e T o seu período. A velocidade de propagação é simples de
obter: como as perturbações chegam à outra extremidade da corda, situada a 10 m, ao fim de 5 s, a
velocidade é simplesmente v = 10/5 = 2 m/s. O período é o inverso da frequência (T = 1/f = 0,5 s),
pelo que temos λ = 2 × 0,5 = 1 m de distância entre cristas.
Quanto à equação da onda progressiva, ela é, no geral,
y ( x, t ) = A sin(ω t − kx + δ ) ,
2.3. A onda é transversal porque as oscilações em torno da posição de equilíbrio (dão-se ao longo
dos yy) são perpendiculares à direção de propagação da onda (xx). Se fossem paralelas, a onda seria
longitudinal. Um exemplo deste último caso é as ondas sonoras.
8
3. (Ciclo termodinâmico)
3.1. No processo AB o volume mantém-se constante. Trata-se pois de um processo isocórico, ou
isovolumétrico.
γ
No processo BC temos PV = cte, o que identifica um processo adiabático (livro de texto,
p.430-431).
Para identificar o processo CA, recorremos à eq. de estado dos gases ideais, PV = nRT. Do
enunciado sabemos que PV = cte. Logo, como n e R são constantes, T também tem que ser, e o
processo é então isotérmico.
3.2. Basta novamente recorrer à equação dos gases ideais. Há, no entanto, que ter o cuidado de
passar a pressão e volume ao sistema de unidades SI, visto que é nesse sistema que temos o valor
da constante R e que nele a unidade de temperatura é o ºK. Assim, vem
PAVA
PAVA = nRTA ⇔ TA =
nR
(1 atm) ⋅ (3,2 dm3 )
⇔ TA =
(0,1 mol) ⋅ (8,3144 J.mol-1.ºK -1 )
(101300 Pa ) ⋅ (0,0032 m3 )
⇔ TA =
(0,1 mol ) ⋅ (8,3144 J .mol-1 .ºK -1 )
⇔ TA = 389,9 ºK
onde usámos a igualdade 1 J = 1 Pa.m3 (ver p.ex. p.423 do livro de texto). Para o estado
termodinâmico B, temos
PBVB = nRTB
(1,5874 atm) ⋅ (3,2 dm3 )
⇔ TB =
(0,1 mol) ⋅ (8,3144 J.mol-1.ºK -1 )
(160803,6 Pa ) ⋅ (0,0032 m3 )
⇔ TB =
(0,1 mol ) ⋅ (8,3144 J .mol-1 .º K -1 )
⇔ TB = 618,9 ºK
No processo AB o gás não altera o seu volume. Como W = ∫ P dV (livro de texto, p.423), se o
volume não varia dV = 0 e portanto W = 0 . Temos então ∆U = Q e a variação de energia interna
pode ser calculada facilmente:
3
∆U A →B = UB − U A = nR (TB − TA )
2
3
= × 0,1× 8,3144 × (618,9 − 389,9) = 285,6 J.
2
O processo BC é adiabático, portanto não há trocas de calor com o exterior, i.e. Q = 0.
Consequentemente, da 1ª lei, ∆U = −W . Como notado acima, a temperatura do ponto C é a
mesma do ponto A e podemos calcular ∆UB→C da mesma maneira que acima:
3 3
∆UB → C = U C − UB = nR (TC − TB ) = nR (TC − TA )
2 2
3
= × 0,1× 8,3144 × (389,9 − 618,9) = −285,6 J.
2
Note-se que o gás perdeu energia, i.e. arrefeceu à medida que se expandia, realizando durante essa
expansão um trabalho de W = −∆U = −( −285,6) J = +285,6 J .
Finalmente, no processo CA o gás manteve a sua temperatura constante, logo também a sua
energia interna se manteve constante. Ou seja, ∆U = 0 e temos ∆U = Q − W ⇔ Q = W . O gás
recebeu trabalho do exterior, trabalho esse que o comprimiu de volta ao seu volume inicial. Por seu
turno, a energia que recebeu sob a forma de trabalho foi toda ela expelida de volta para o exterior,
sob a forma de calor. Resta-nos apenas saber quanta energia está envolvida nesta troca-por-troca. O
trabalho num processo isotérmico pode ser calculado (livro de texto, p.434), obtendo-se
VA VA
nRT
VA
dV V
WC→ A = ∫ P dV = ∫ dV = nRT ∫ = nRT ln A
VC VC
V VC
V VC
= 0,1× 8,3144 × 389,9 × ln(1/ 2) = −224,7 J.
Note-se que no cálculo acima as simplificações no integral só podem ser feitas porque a
temperatura é constante em todo o processo. Num caso mais geral isso não seria verdade e não se
poderia tirar a temperatura para fora do sinal de integral. Note-se que o trabalho tem o sinal certo:
ele é negativo porque o gás recebeu energia. Como Q = W também o calor tem aqui sinal
negativo; o que está correto porque o gás cedeu energia para o exterior. É importante compreender
estas subtilezas com os sinais.
Juntando os cálculos acima na tabela, temos
3.4. O rendimento, ou eficiência, de uma máquina térmica define-se (livro de texto, p.434) como
W
η= .
QFQ
em que W é a soma do trabalho realizado (não só o realizado pelo gás, mas também o realizado
sobre ele) e QFQ o calor que recebeu da fonte quente (e apenas esse!). No nosso caso, o gás realiza
trabalho na expansão BC e recebe trabalho na compressão CA. Temos então um trabalho total
de W = 285,6 − 224,7 = 60,9 J . Quanto ao calor, o gás apenas recebe calor da fonte quente
durante o processo AB, logo QFQ = QA →B = 285,6 J (no processo BC não há troca de calor, e
no processo CA o gás cede calor para a fonte fria). Juntando tudo, temos
60,9
η= ≈ 0,2132 = 21,32% .
285,6
Comparando com o rendimento de uma máquina de Carnot funcionando entre TA e TB, temos
TFF T 389,9
ηCarnot = 1 − = 1− B = 1− ≈ 0,37 = 37% .
TFQ TA 618,9
Vemos que o ciclo proposto tem um rendimento inferior ao do ciclo de Carnot, em cerca de
metade. Isto era esperado porque o ciclo de Carnot é o ciclo térmico mais eficiente entre duas
temperaturas: nenhum outro ciclo pode sequer ter um rendimento tão grande quanto o de Carnot,
aqui 37%.
11
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
CAPÍTULO 1 - MEDIÇÃO
01. O micrômetro (1 m) também é chamado mícron. (a) Quantos mícrons tem 1,0 km? (b) Que
fração do centímetro é igual a 1,0 m? (c) Quantos mícrons tem uma jarda?
(Pág. 9)
Solução.
(a) Para efetuar a conversão, basta lembrar que 1 km = 10 3 m e que 1 m = 106 m. Isso implica em:
103 m 106 m
1 e 1
1 km 1m
Multiplicar 1 km pelas razões acima equivale a multiplicar por 1. Portanto:
103 m 106 m
1 km 1 km 1 1 1 km 1 10 m
9
1 km 1 m
1 km 1109 m
(b) Queremos determinar a fração f de um centímetro que equivale a 1,0 m. Em termos
matemáticos, teremos:
f 1 cm 1 m
Agora é preciso converter o centímetro em mícrons.
1 m 102 cm 1 m 4
f 10
1 cm 1m 106 m
f 104
(c) Para esta conversão, é preciso lembrar que 1 jarda = 3 pés e que 1 pé = 30,48 cm. Logo:
30, 48 cm 1m 10 m
6
1 jarda 3 pés 2 1 m 9,144 10 m
5
1 pé
10 cm
1 jarda 9 105 m
05. A Terra tem a forma aproximada de uma esfera com 6,37 × 106 m. Determine (a) a
circunferência da Terra em km, (b) a área da superfície da Terra em quilômetros quadrados e (c)
o volume da Terra em quilômetros cúbicos.
(Pág. 9)
Solução.
Seja o raio da Terra R = 6,37 × 103 km.
L 4,00 104 km
2
A 4 R 2 4 6,37 103 km 5, 09904 108 km 2
10. A planta de crescimento mais rápido de que se tem notícia é uma Hesperoyucca whipplei, que
cresceu 3,7 m em 14 dias. Qual foi a velocidade de crescimento da planta em micrômetros por
segundo?
(Pág. 10)
Solução.
O problema resume-se em converter m/dia em m/s. Sendo v a velocidade de crescimento, teremos:
3, 7 m 106 m 1 d 1 h
v 3, 05886 m/s
14 d 1 m 24 h 3.600 s
v 3,1 m/s
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
CAPÍTULO 1 - MEDIÇÃO
05. Uma substituição conveniente para o número de segundos em um ano é π 107. Dentro de que
percentagem de erro isso está correto
(Pág. 11)
Solução.
Seja Nestim o número de segundos estimado para um ano, que é π 107. O número verdadeiro de
segundos em um ano, Nverd, vale:
dia h s s
Nverd 365, 25 24 3.600 31.557.600
ano dia h ano
O erro percentual é calculado da seguinte forma:
7 s s
N estim N verd 10 31.557.600
ano ano
erro 100% 100% 0, 4489 %
N verd s
31.557.600
ano
erro 0,45%
38. (a) Calcule 37,76 + 0,132 com o número correto de algarismos significativos. (a) Calcule
16,264 16,26325 com o número correto de algarismos significativos.
(Pág. 12)
Solução.
(a) Vamos efetuar a primeira operação:
37, 76
+ 0,132
37,892
O algarismo sublinhado não é significativo, pois não pôde ser somado com o algarismo equivalente
no número 37,76. O algarismo correspondente ao milésimo deste número não foi avaliado e,
portanto, é desconhecido. Logo, o resultado deve ser fornecido ao centésimo.
R 37,89
(b) Vamos agora efetuar a segunda operação:
16,264
16,26325
0,00075
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
Os algarismos sublinhados não são significativos, pois não puderam ser somados com os algarismos
equivalentes no número 16,264. Portanto, o resultado deve ser fornecido ao milésimo. Como o
algarismo referente ao décimo de milésimo é maior ou igual a 5, ou seja, é 7, o algarismo referente
ao milésimo deve ser aproximado para mais 1. Logo:
R 0,001
40. Uma formação rochosa porosa dentro da qual a água pode se deslocar constitui um aqüífero. O
volume V de água que passa pela seção reta de área A dessa formação rochosa, no tempo t, é
dado por
V H
KA
t L
onde H é a queda vertical da rocha, em relação à distância horizontal L: ver Fig. 10. Essa
relação é chamada de Lei de Darcy. A grandeza K é a condutividade hidráulica da rocha. Quais
são as unidades SI de K
(Pág. 13)
Solução.
Para encontrar a resposta, vamos substituir os símbolos das grandezas envolvidas, exceto K, pelas
respectivas unidades SI:
V H
KA
t L
m3 m
Km2 Km2
s m
Como o membro da esquerda deve ter a mesma unidade do da direita, K deve ter unidade m/s.
m3 m 2 m 3
m
s s s
Logo:
m
K
s
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
Hesperoyucca whipplei
28. Os grãos de areia das praias da Califórnia são aproximadamente esféricos, com um raio de 50
m, e são feitos de dióxido de silício, que tem uma massa específica de 2.600kg/m3. Que massa
de grãos de areia possui uma área superficial total (soma das áreas de todas as esferas) igual à
área da superfície de um cubo de 1,00 m de aresta?
(Pág. 11)
Solução.
Como a área superficial de um cubo de 1,00 m de aresta é igual a 6,00 m2, teremos a área total da
superfície dos grãos de areia como sendo A = 6,00 m2. A massa total M dos grãos é igual ao número
de grãos N multiplicado pela massa m de cada grão.
M Nm (1)
A massa de cada grão pode ser determinada com base na densidade da areia e no volume v de
cada grão:
4
m v r3 (2)
3
O número de grãos é a razão entre a área total A dos grãos e a área a de cada grão.
A A
N (3)
a 4 r 2
Substituindo-se (2) e (3) em (1), teremos:
rA
2.600 kg/m 50 m 101 mm 6, 00 m
3
6
2
M
A 4
r3
4 r 2
3 3 3
M 0, 26 kg
57. A unidade astronômica (UA) é a distância média entre a Terra e o Sol, cerca de 92,9 × 106
milhas. O parsec (pc) é a distância para a qual uma distância de 1 UA subtende um ângulo de
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
exatamente 1 segundo de arco (Fig. 1-8). O ano-luz é a distância que a luz, viajando no vácuo
com uma velocidade de 186.000 milhas por segundo, percorre em 1,0 ano. Expresse a distância
entre a Terra e o Sol (a) em parsecs e (b) em anos-luz.
De acordo com o esquema, teremos a seguinte relação para o triângulo retângulob ABC:
0,5 UA 1 UA
sen 0,5''
1 pc 2 pc
1 UA sen 0,5'' 2 pc 4,84813 106 pc
1 UA 4,8 106 pc
(b) O ano luz é matematicamente definido como sendo o produto da velocidade da luz pelo
intervalo de tempo de 1,0 ano. Ou seja:
mi 24 h 3.600 s
1 ano-luz c t 186.000 365 dias
s 1 dia 1 h
1 ano-luz 5,86569 1012 mi
Agora resta apenas efetuar a conversão de milhas para anos-luz no valor da UA:
1 ano-luz
1 UA 92,9 106 mi 1,58378 105 ano-luz
5,86569 10 mi
12
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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FÍSICA 1
CAPÍTULO 3 – VETORES
16. Na soma A + B = C, o vetor A tem um módulo de 12,0 m e um ângulo de 40,0o no sentido anti-
horário em relação ao semi-eixo x positivo, e o vetor C tem um módulo de 15,0 m e um ângulo
de 20,0o no sentido anti-horário em relação ao semi-eixo x negativo. Determine (a) o módulo de
B e (b) o ângulo de B em relação ao semi-eixo x positivo.
(Pág. 59)
Solução.
Considere o esquema abaixo, que mostra os vetores A e C:
y
A
Ay
Cx A
C Ax x
Cy
C
(a) O módulo de B é calculado por meio da seguinte relação:
B Bx2 By2 (1)
Portanto, precisamos agora calcular Bx e By para, em seguida, substituí-los em (1). Esse cálculo
pode ser feito por meio das duas equações escalares contidas na equação vetorial A + B = C. A
primeira delas é:
Ax Bx Cx
A cos A Bx C cos C
Bx A cos A C cos C
By A sen A C sen C
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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1
By 1 12,8437 m
B tan tan 28,8776
Bx 23, 2879 m
Embora a calculadora forneça como resultado para B o valor 28,9o, podemos ver na figura abaixo
que devemos acrescentar 180o a esse resultado para obter a resposta correta.
B
y
28,9o
A
B
x
C
Logo:
B 180 28,8776 208,8776
B 209
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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y
5 D
C
4
3
2
1
3 2 1 0 1 2 3 4 5 x
1
B b
32. Na Fig. 3-33, um vetor a com um módulo de 17,0 m faz um ângulo = 56,0o no sentido anti-
horário com o semi-eixo x positivo. Quais são as componentes (a) ax e (b) ay do vetor? Um
segundo sistema de coordenadas está inclinado de um ângulo ’ = 18o em relação ao primeiro.
Quais são as componentes (c) a’x e (b) a’y neste novo sistema de coordenadas?
Logo:
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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(c)
ax' ax cos '
ay sen '
9,5062 m cos 18 14,0936 m sen 18 13,3961 m
ax' 13m
(d)
a'y ay cos '
ax sen '
14,0936 m cos 18 9,5062 m sen 18 10, 4662 m
ax' 10 m
43. Os três vetores na Fig. 3-35 têm módulos a = 3,00 m, b = 4,00 m e c = 10,0 m; = 30,0o.
Determine (a) a componente x e (b) a componente y de a; (c) a componente x e (d) a
componente y de b; (e) a componente x e (f) a componente y de c. Se c = p a + q b, quais são os
valores de (g) p e (h) q?
cx pa x
q (1)
bx
Da segunda, teremos:
c y pa y
q (2)
by
Igualando-se (1) e (2):
cx pax c y pa y
bx by
Resolvendo a equação acima para p, teremos:
c y bx cxby 8, 6602 m 3, 4641 m 5, 00 m 2, 00 m
p 6, 6666
a y bx axby 0, 00 m 3, 4641 m 3, 00 m 2, 00 m
p 6,67
Agora podemos obter q a partir de (1):
cx pax 5, 00 m 6, 6666 3, 00 m
q 4,3301
bx 3, 4641 m
q 4,33
51. Um barco a vela parte do lado americano do lago Erie para um ponto no lado canadense, 90,0
km ao norte. O navegante, contudo, termina 50,0 km a leste do ponto de partida. (a) Que
distância e (b) em que sentido deve navegar para chegar ao ponto desejado?
(Pág. 61)
Solução.
Considere o seguinte esquema vetorial da situação, em que r0 é a posição almejada pelo velejador,
r1 é a posição alcançada pelo barco e r é o deslocamento que o barco deve sofrer para alcançar seu
objetivo inicial.
Lago Erie
y
r
90 km x
r0
r1
’
50 km
(a) De acordo com o esquema acima, temos a seguinte relação vetorial:
r0 r1 r
r r0 r1 90, 0 km j 50, 0 km i 50, 0 km i 90, 0 km j
O módulo de r é:
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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2 2
r rx2 ry2 50,0 km 90,0 km 102,9563 km
r 103 km
(b) A direção de r é dada pelo ângulo 2:
'
ry 90, 0 km
2 tan 1 tan 1 60,9453
rx 50, 0 km
Logo:
'
2 2 180 60,9453 119,0546
2 119
54. São dados três deslocamentos em metros: d1 = 4,0 i + 5,0 j 6,0 k, d2 = 1,0 i + 2,0 j + 3,0 k e
d3 = 4,0 i + 3,0 j + 2,0 k. (a) Determine r = d1 d2 + d3. (b) Determine o ângulo entre r e o
semi-eixo z positivo. (c) Determine a componente de d1 em relação a d2. (d) Qual é a
componente de d1 que é perpendicular a d2 e está no plano de d1 e d2? (Sugestão: Para resolver
o item (c), considere a Eq. 3-20 e a Fig. 3-20; para resolver o item (d), considere a Eq. 3-27.)
a b ab cos (3-20)
Fig. 3-20
c ab sen (3-27)
(Pág. 61)
Solução.
(a)
r d1 d2 d3
r 4, 0i 5, 0 j 6, 0k 1, 0i 2, 0 j 3, 0k 4, 0i 3, 0 j 2, 0k
(b) O ângulo entre r e o eixo z pode ser obtido por meio do produto escalar entre r e o vetor unitário
k:
r k r k cos rz r 1 cos rz
r k
cos rz (1)
r
Agora precisamos calcular r.k e r. Cálculo de r.k:
r k 9, 0i 6, 0 j 7, 0k k 0 0 7, 0
r k 7,0
Cálculo de r:
2 2 2
r rx2 ry2 rz2 9,0 6,0 7,0
r 12,8840
Substituindo-se esses valores em (1), teremos:
7, 0
cos rz 0,5433
12,8840
1
rz cos 0,5433 122,9089
rz 123
(c) A componente de d1 em relação a d2, que chamaremos d12, é d1 cos 12. Esse termo aparece no
produto escalar dos dois vetores:
d1 d2 d1d2 cos 12
d1 d2
d1 cos 12
d2
Ou seja:
d1 d 2
d12 (2)
d2
Agora precisamos calcular d1 d2 e o módulo de d2. O produto escalar vale:
d1 d 2 4, 0i 5, 0 j 6, 0k 1, 0i 2, 0 j 3, 0k 4, 0 10 18 12 m 2
O módulo de d2 vale:
2 2 2
d2 d22x d22y d22z 1,0 2,0 3,0 3,7416 m
Substituindo-se os valores de d1 d2 e d2 em (2), teremos:
12 m2
d12 3, 2071 m
3, 7416 m
d12 3, 2 m
(d) A componente de d1 que é perpendicular a d2 e está no plano de d1 e d2, que chamaremos d12 , é
d1 sen 12. Esse termo aparece no módulo do produto vetorial dos dois vetores:
d1 d 2 d1d 2 sen 12 d12 d 2
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
d1 d 2
d12 (3)
d2
Agora só precisamos calcular |d1×d2|. O produto vetorial vale:
d1 d 2 4, 0i 5, 0 j 6, 0k 1, 0i 2, 0 j 3, 0k 27i 6, 0 j 13k
O módulo de d1×d2 é:
2 2 2
d1 d2 27 6,0 13 30,5614 m2
Substituindo-se os valores de |d1×d2| e d2 em (3), teremos:
d1 d 2 30,5614 m2
d12 8,1678 m
d2 3, 7416 m
d12 8, 2 m
58. Um jogador de golfe precisa de três tacadas para colocar a bola no buraco. A primeira tacada
lança a bola a 3,66 m para o norte, a segunda 1,83 m para o sudeste e a terceira 0,91 m para o
sudoeste. Determine (a) o módulo e (b) a direção do deslocamento necessário para colocar a
bola no buraco na primeira tacada.
(Pág. 61)
Solução.
As direções associadas aos termos nordeste (NE), sudeste (SE), sudoeste (SW) e noroeste (NW),
podem ser conferidas na figura abaixo, que costuma ser chamada de “rosa dos ventos”:
Considere o seguinte gráfico que mostra os três deslocamentos sucessivos sofridos pela bola:
y
o
315 b o
225
a
c
x
De acordo com o enunciado, os vetores a, b e c são definidos por:
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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a 3, 66 m j
d 0, 6505 m i 1, 7225 m j
(a) O módulo de d vale:
2 2
d d x2 d y2 0,6505 m 1,7225 m 1,8412 m
d 1,84 m
(b) O ângulo que d faz em relação ao semi-eixo x positivo é dado por:
1
dy 1 1, 7225 m
d tan tan 69,3102
dx 0, 6505 m
d 69
O vetor d pode ser visto no esquema abaixo:
y
b
a
c
d
69o
x
69. Um manifestante, com sua placa de protesto, parte da origem de um sistema de coordenadas xyz,
com o plano xy na horizontal. Ele se desloca 40 m no sentido negativo do eixo x, faz uma curva
de 90o à esquerda, caminha mais 20 m e sobe até o alto de uma torre de 25 m de altura. (a) Em
termos de vetores unitários, qual é o deslocamento da placa do início ao fim? (b) O manifestante
deixa cair a placa, que vai parar na base da torre. Qual á o módulo do deslocamento total, do
início até este novo fim?
(Pág. 62)
Solução.
Considere o seguinte gráfico que mostra os deslocamentos sofridos pela placa:
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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z
c
d
b
x
y
(a) O deslocamento total d é dado por:
d a b c
d 40 m i 20 m j 25 m k
O vetor d pode ser visto na figura abaixo.
z
c
d
b
x
y
(b) Quando a placa cai no chão, sofre um deslocamento igual a c. Logo, seu novo deslocamento
total e vale:
e a b c c a b
e 40 m i 20 m j
O módulo de e vale:
2 2
e 40 m 20 m 44,7213 m
e 45 m
O esquema vetorial para essa situação será:
z
c c
b
e
x
y
B A 6,0i 1,0j
A B 4,0i 7,0j
O resultado da soma é:
2A 2,0i 8,0j
Ou:
A 1,0i 4,0j
O módulo de A vale:
A Ax2 Ay2 1, 02 4, 02 17 4,1231
A 4,1
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
CAPÍTULO 3 – VETORES
16. Uma roda com raio de 45 cm rola sem deslizar ao longo de uma superfície horizontal, como
mostra a Fig. 25. P é um ponto pintado no aro da roda. No instante t1, P é o ponto de contato
entre a roda e o chão. No instante t2 posterior, a roda girou de meia revolução. Qual é o
deslocamento de P nesse intervalo de tempo?
(Pág. 46)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
P
r
y y
x
O deslocamento do ponto P corresponde ao vetor r, que é dado por:
r xi yj
Analisando-se o esquema acima, podemos concluir que x é corresponde a meia volta da
circunferência da roda ( R) e y é igual a 2R. Logo, o vetor deslocamento vale:
r Ri 2 Rj 1, 4137 m i 0,90 m j
r 1, 4 m i 0,90 m j
O módulo do deslocamento vale:
r x2 y2 2, 2237 m
r 2, 2 m
24. Uma estação de radar detecta um míssil que se aproxima do leste. Ao primeiro contacto, a
distância do míssil é 3.200 m, a 40,0o acima do horizonte. O míssil é seguido por 123o no plano
leste-oeste, e a distância no contacto final era de 7.800 m; veja a Fig. 27. Ache o deslocamento
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 3 – Vetores
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
(Pág. 46)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
r
r0
r
y
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 3 – Vetores
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
01. Um automóvel viaja em uma estrada retilínea por 40 km a 30 km/h. Em seguida, continuando
no mesmo sentido, percorre outros 40 km a 60 km/h. (a) Qual é a velocidade média do carro
durante este percurso de 80 km? (Suponha que o carro se move no sentido positivo de x.) (b)
Qual é a velocidade escalar média? (c) Trace o gráfico de x em função de t e mostre como
calcular a velocidade média a partir do gráfico.
(Pág. 33)
Solução.
(a) A velocidade média (vm) no percurso total corresponde à razão entre o deslocamento total ( x12)
e o intervalo de tempo total ( t):
x12 x1 x2 2 x
vm (1)
t t1 t2 t1 t2
Na Eq. (1), as grandezas com índice 1 referem-se à primeira etapa da viagem e as com índice 2 à
segunda etapa da viagem, como descrito no enunciado. O termo 2 x é devido à igualdade entre x1
e x2. Em relação às etapas da viagem, suas velocidades médias valem:
x
vm1
t1
x
vm 2
t2
Explicitando o tempo de cada etapa, teremos:
x
t1 (2)
vm1
x
t2 (3)
vm 2
Substituindo (2) e (3) em (1):
2 x 2vm1vm 2 2 30 km/h 60 km/h
vm
x x vm 2 vm1 60 km/h 30 km/h
vm1 vm 2
vm 40 km/h
O estudante deve ter percebido que o cálculo da velocidade média é função apenas das velocidades
médias de cada uma das etapas. Isso é conseqüência da igualdade entre os deslocamentos
envolvidos nessas etapas.
(b) A velocidade escalar média (vem) é a razão entre a distância total percorrida (s) e o intervalo de
tempo ( t). No presente caso, temos s = x12. Portanto:
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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s x12
vem vm
t t
vem 40 km/h
(c) No gráfico a seguir são mostrados os deslocamentos e intervalos de tempo parciais e totais. A
linha I corresponde à primeira etapa da viagem e a II à segunda etapa. A linha tracejada III
corresponde ao trajeto total. As declividades dessas correspondem às velocidades médias dos
trajetos correspondentes.
x (km)
t12
t1 t2
80
x2
III II
40 x12
I x1
1 2 t (h)
02. Um carro sobe uma ladeira com uma velocidade constante de 40 km/h e desce a ladeira com
uma velocidade constante de 60 km/h. Calcule a velocidade escalar média da viagem de ida e
volta.
(Pág. 33)
Solução.
Como os deslocamentos envolvidos na subida e descida têm o mesmo módulo, a situação é
semelhante à do Probl. 1. Usaremos os índices S para subida e D para descida.
sSD sS sD 2s
vem (1)
tSD tS tD tS tD
Na equação acima, s é o comprimento da ladeira. Explicitando o tempo de cada etapa, teremos:
s
tS (2)
vS
s
tD (3)
vD
Substituindo (2) e (3) em (1):
2s 2vS vD 2 40 km/h 60 km/h
vem
s s vD vS 60 km/h 40 km/h
vS vD
vem 48 km/h
17. A posição de uma partícula que se move ao longo do eixo x é dada em centímetros por x = 9,75
+ 1,50 t3, onde t está em segundos. Calcule (a) a velocidade média durante o intervalo de tempo
de t = 2,00 s a t = 3,00 s; (b) a velocidade instantânea em t = 2,00 s; (c) a velocidade instantânea
em t = 3,00 s; (d) a velocidade instantânea em t = 2,50 s; (e) a velocidade instantânea quando a
partícula está na metade da distância entre suas posições em t = 2,00 s e t = 3,00 s. (f) Plote o
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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36 9,75
t3 3 2,5962 s
1,50
Logo, a velocidade v3 da partícula no instante t3 será:
2
v3 4,50 2,5962 30,3322 cm/s
v3 30,3 cm/s
(f)
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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x (cm) Declividade = v1
Declividade = v3
x1
Declividade = v0
x3
x0
Declividade = vm01
1 2 3 t (s)
t0 t1
t3
41. A Fig. 2-28 mostra um carro vermelho e um carro verde que se movem um em direção ao outro.
A Fig. 2-29 é um gráfico do movimento dos dois carros que mostra suas posições x0verde = 270
m e x0vermelho = 35,0 m no instante t = 0. O carro verde tem uma velocidade constante de 20,0
m/s e o carro vermelho parte do repouso. Qual é o módulo da aceleração do carro vermelho?
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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1 2
x1 xr 0 0 ar t1
2
2 x1 xr 0
ar
t12
Substituindo-se o valor de x1 calculado anteriormente:
2 30 m 35 m
aR 2
0,90277 m/s 2
12 s
aR 0,90 m/s 2
Observação: Você deve ter notado que os sinais negativos de xr0 e de vg não foram dados no
enunciado. Essas informações foram obtidas a partir do gráfico fornecido.
70. Duas partículas se movem ao longo do eixo x. A posição da partícula 1 é dada por x = 6,00 t2 +
3,00 t + 2,00, onde x está em metros e t em segundos; a aceleração da partícula 2 é dada por a =
8,00 t, onde a está em metros por segundo ao quadrado e t em segundos. No instante t = 0 a
velocidade é de 20 m/s. Em que instante as duas partículas têm a mesma velocidade?
(Pág. 38)
Solução.
Sendo a posição da partícula 1 dada por:
x1 6, 00t 2 3, 00t 2, 00
Sua velocidade em função do tempo será:
dx
v1 12, 0t 3, 00 (1)
dt
Sendo a aceleração da partícula 2 dada por:
a2 8, 00t
Sua velocidade em função do tempo será:
dv
a2 8, 00t
dt
dv 8,00t dt
v2 t
dv 8, 00 t dt
v0 t0
t 2 t02
v2 v0 8, 00
2
Foi mencionado que em t0 = 0 a velocidade da partícula 2 é v0 = 20 m/s. Logo
t2 0
v2 20 m/s 8, 00
2
v2 20 4, 00t 2 (2)
Igualando-se (1) e (2), teremos:
12, 0t 3, 00 20 4, 00t 2
4,00t 2 12,0t 17 0
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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As raízes dessa equação são 1,0495...s e 4,0495...s. O instante de tempo positivo corresponde à
solução do problema. Portanto:
t 1,1 s
88. Uma pedra é lançada verticalmente para cima a partir da borda do terraço de um edifício. A
pedra atinge a altura máxima 1,60 s após ter sido lançada. Em seguida, após quase se chocar
com o edifício, a pedra chega ao solo 6,00 s após ter sido lançada. Em unidades SI: (a) com que
velocidade a pedra foi lançada? (b) Qual a altura máxima atingida pela pedra em relação ao
terraço? (c) Qual a altura do edifício?
(Pág. 39)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
v1 = 0 y1 = h (t1 = 1,60 s)
v0
y0 = H (t0 = 0,00 s )
Trajetória da pedra
a
y2 = 0 (t2 = 6,00 s )
v2
(c) A altura do edifício corresponde a H. Para determiná-la, vamos analisar o percurso entre os
instantes de tempo t0 e t2:
1 2
y2 y0 v0t gt2
2
1 2
0 H v0t2 gt2
2
1 2 1 2
H v0t2 gt2 15, 68 m/s 6, 00 s 9,8 m/s 2 6, 00 s 82,32 m
2 2
H 82 m
99. Um certo malabarista normalmente arremessa bolas verticalmente até uma altura H. A que
altura as bolas devem ser arremessadas para passarem o dobro de tempo no ar?
(Pág. 40)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
Sit. B
HB
tB= 2 tA
Sit. A
HA
tA
y0 = 0
Vamos utilizar a seguinte equação na coordenada y para analisar o movimento de subida das bolas
nas situações A e B:
1 2
y y0 vt gt
2
Na situação A, teremos:
1
HA 0 0 g t A2
2
1
HA g t A2 (1)
2
Na situação B, teremos:
1 1 2
HB 0 0 g tB2 g 2 tA
2 2
2
H B 2g tA (2)
Dividindo-se (2) por (1), teremos:
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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HB 2 g t A2
HA 1
g t A2
2
HB 4H A
106. Deixa-se cair uma pedra, sem velocidade inicial, do alto de um edifício de 60 m. A que
distância do solo está a pedra 1,2 s antes de chegar ao solo?
(Pág. 40)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
y0 = H (t0)
y1 = h (t1 = t2 1,2 s)
y2 = 0 (t2)
Primeiro vamos analisar o movimento de queda da pedra do alto do edifício (índice 0) até o solo
(índice 2). A equação geral do movimento é:
1 2
y y0 v0t gt
2
Aplicando-se os índices corretos, teremos:
1 2
y2 y0 0 gt2
2
1 2
0 H gt2
2
2H
t2 3, 4992 s
g
O valor de t1 é igual a t2 1,2 s. Logo:
t1 2, 2992 s
Agora podemos analisar o movimento de queda da pedra desde o alto do edifício até a coordenada
y1:
1 2
y y0 v0t gt
2
Aplicando-se os índices corretos, teremos:
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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1 2
y1 y0 0 gt1
2
1 2
h H gt1
2
1 2 1
h H gt1 60 m 9,8 m/s 2 2, 2992 s 34, 0954 m
2 2
h 34 m
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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FÍSICA 1
01. Que distância seu carro percorre, a 88 km/h, durante 1 s em que você olha um acidente à
margem da estrada?
(Pág. 28)
Solução.
Como o problema trata de um movimento que ocorre com velocidade constante, deve-se utilizar a
Eq. (1).
x x0 v x t (1)
A distância procurada corresponde ao deslocamento x = x x0.
x x0 x vx t
1 m/s
x (88 km/h) (0,50 s) 12, 222 m
3, 6 km/h
A resposta deve ser expressa com apenas um algarismo significativo:
x 10 m
02. Um jogador de beisebol consegue lançar a bola com velocidade horizontal de 160 km/h, medida
por um radar portátil. Em quanto tempo a bola atingirá o alvo, situado a 18,4 m?
(Pág. 28)
Solução.
Apesar do movimento da bola ser bidimensional (ao mesmo tempo em que a bola viaja até a base
horizontalmente, ela sofre ação da gravidade e cai verticalmente) só precisamos nos preocupar com
o seu movimento horizontal. Isto é devido a esse movimento ser o responsável pela situação exposta
no enunciado. O movimento horizontal da bola não está sujeito à aceleração da gravidade ou a
qualquer outra aceleração (exceto, é claro, à aceleração causada pela força de resistência do ar, que
é desprezada) e deve ser tratado como movimento com velocidade constante.
x x0 vt
x x0 x (18, 4 m)
t
v v 1 m/s
(160 km/h)
3, 6 km/h
t 0,414 s
08. Um avião a jato pratica manobras para evitar detecção pelo radar e está 35 m acima do solo
plano (veja Fig. 24). Repentinamente ele encontra uma rampa levemente inclinada de 4,3 o, o
que é difícil de detetar. De que tempo dispõe o piloto para efetuar uma correção que evite um
choque com o solo? A velocidade em relação ao ar é de 1.300 km/h.
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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(Pág. 28)
Solução.
O avião desloca-se em movimento retilíneo com velocidade constante. Considere o esquema abaixo
para a resolução do problema.
v
0 h x
d
Analisando o movimento do avião no eixo x, temos:
x x0 vt
0 d vt
d
t
v (1)
Como o valor de d não foi dado, é preciso calculá-lo.
h
tan
d
h
d
tan (2)
Substituindo-se (2) em (1):
h (35 m)
t 1, 289035... s
v tan 1.300
km/h tan 4,3o
3, 6
t 1,3 s
11. Calcule sua velocidade escalar média nos dois casos seguintes. (a) Você caminha 72 m à razão
de 1,2 m/s e depois corre 72 m a 3,0 m/s numa reta. (b) Você caminha durante 1,0 min a 1,2 m/s
e depois corre durante 1,0 min a 3,0 m/s numa reta.
(Pág. 28)
Solução.
(a) Precisamos lembrar que a velocidade escalar média é a razão entre a distância percorrida (não o
deslocamento) e o intervalo de tempo decorrido no percurso.
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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s1 s2 s1 s2 72 m 72 m 2
vem 1, 714 m/s
t1 t2 s1 s1 72 m 72 m 1 1
v1 v1 1, 2 m/s 3, 0 m/s 1, 2 m/s 3, 0 m/s
12. Dois trens, cada um com a velocidade escalar de 34 km/h, aproximam-se um do outro na mesma
linha. Um pássaro que pode voar a 58 km/h parte de um dos trens quando eles estão distantes
102 km e dirige-se diretamente ao outro. Ao alcançá-lo, o pássaro retorna diretamente para o
primeiro trem e assim sucessivamente. (a) Quantas viagens o pássaro pode fazer de um trem ao
outro antes de eles se chocarem? (b) Qual a distância total que o pássaro percorre?
(Pág. 28)
Solução.
Neste problema vamos resolver primeiro o item (b) e em seguida o item (a).
Trem A Trem B
2o Encontro 1o Encontro
vA vP vB
4d/9 2d/3
0 x
d/2 d/2
d
(b) Como os trens viajam à mesma velocidade, porém em sentidos contrários, o choque dar-se-á na
coordenada d/2. O tempo ( t) do percurso de cada trem será igual ao tempo de vôo do pássaro.
Logo, para o trem A:
x d /2
vA
t t
d
t
2v A
Para o pássaro:
s
vp
t
d
s 2v A
2v A
s d
Portanto, o pássaro percorre uma distância igual à separação inicial dos trens, ou seja:
s 102 km
(a) Em primeiro lugar, vamos calcular a coordenada x do primeiro encontro (x1).
x1 x0P vPt (1)
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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x1 x0 B vB t (2)
Nestas equações, x0p = 0 e x0B = d são as posições do pássaro e do trem B no instante zero e vP = 2
vB e vB são as velocidades do pássaro e do trem B. Como no momento do primeiro encontro o
pássaro e o trem B estarão na mesma coordenada (x1), podemos igualar (1) e (2).
x0 B vBt x0 P vPt
d vB t 0 ( 2vB )t
d
t (3)
3v B
Substituindo-se (3) em (1):
d
x1 x0 P vP 0 ( 2vB )
3vB
2d
x1
3
De maneira semelhante, pode-se demonstrar que o segundo encontro se dará na coordenada 4d/9.
Como conseqüência, do primeiro para o segundo encontro o pássaro percorre uma distância igual a
2d/3 4d/9 = 2d/9, que é igual a 2/3 de d/3. Também pode ser demonstrado que do segundo para o
terceiro encontro ele percorre uma distância igual a 2/3 de 1/3 de d/3, e assim por diante. Em
resumo:
Viagem do pássaro Distância percorrida
1 2/3 d = 2/3 d
2 2/3 . 1/3 . d = 2/32 d
3 2/3 . 1/3. 1/3 . d = 2/33 d
… … …
n
n 2/3 . 1/3 . …. 1/3 . d = 2/3 d
A soma das distâncias percorridas em cada trecho de ida e vinda do pássaro deve ser igual a d
(resposta do item b):
2 2 2 2
d 2
d 3
d nd d
3 3 3 3
Ou seja:
1 1 1 1 1
2 3
n
3 3 3 3 2
n
1 1
i
(4)
i 1 3 2
Pode-se demonstrar que (4) somente será verdadeira se n = (Utilize sua calculadora para verificar
esta afirmação). Portanto, em teoria, o pássaro fará um número infinito de viagens.
14. Que distância percorre em 16 s um corredor cujo gráfico velocidade-tempo é o da Fig. 25?
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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(Pág. 28)
Solução.
Conhecendo-se a função x(t) que descreve a posição x de um objeto em qualquer instante de tempo t,
pode-se calcular sua velocidade em qualquer instante a partir da derivada de x(t) em relação a t.
dx(t )
v(t )
dt
No caso inverso, conhecendo-se a velocidade v(t) de um objeto em qualquer instante t, pode-se
determinar sua posição x em qualquer instante, bem como seu deslocamento, no intervalo de tempo
considerado.
dx(t ) v(t ) dt
x v
dx(t ) v( t ) dt
x0 v0
v
x x0 v(t ) dt
v0
De acordo com esta, o deslocamento x x0 corresponde à área sob a curva do gráfico v(t) = f(t). Cada
quadrado mostrado no gráfico possui área equivalente a (2 m/s) (2 s) = 4 m. Portanto,
contabilizando toda a área sob a curva mostrada no gráfico, chegaremos ao seguinte resultado:
t (s) x (m)
0 2 8
2 10 64
10 12 12
12 16 16
Total 100
Portanto:
x(16) x(0) 100 m
29. Para decolar, um avião a jato necessita alcançar no final da pista a velocidade de 360 km/h.
Supondo que a aceleração seja constante e a pista tenha 1,8 km, qual a aceleração mínima
necessária, a partir do repouso?
(Pág. 29)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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Trata-se de movimento retilíneo com aceleração constante. O cálculo pode ser feito por meio da Eq.
(1).
v2 v02 2a x (1)
2
1 m/s
2 2
360 km/h 02
v v 3, 6 km/h
a 0
2, 7777 m/s 2
2 x 2 (1,80 103 m)
a 2,78 m/s 2
31. A cabeça de uma cascavel pode acelerar 50 m/s2 ao atacar uma vítima. Se um carro pudesse
fazer o mesmo, em quanto tempo ele alcançaria a velocidade escalar de 100 km/h a partir do
repouso?
(Pág. 29)
Solução.
Trata-se, naturalmente, de movimento retilíneo com aceleração constante. A velocidade inicial, v0, é
igual a zero. O cálculo do tempo (t) é feito através da Eq. 1.
v v0 at (1)
1 m/s
(100 km/h) 0
v v0 3, 6 km/h
t 0,55556 s
a (50 m/s 2 )
t 0,56 s
33. Um elétron, com velocidade inicial v0 = 1,5 105 m/s, entra numa região com 1,2 cm de
comprimento, onde ele é eletricamente acelerado (veja Fig. 29). O elétron emerge com
velocidade de 5,8 106 m/s. Qual a sua aceleração, suposta constante? (Tal processo ocorre no
canhão de elétrons de um tubo de raios catódicos, utilizado em receptores de televisão e
terminais de vídeo.)
(Pág. 30)
Solução.
Trata-se de movimento retilíneo com aceleração constante. O cálculo pode ser feito através da Eq.
(1).
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
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v2 v02 2a x (1)
v 2 v02 (5,8 106 m/s)2 -(1,5 105 m/s) 2
a 1, 4007 1015 m/s2
2 x 2(1,2 10-2 m)
a 1, 4 1015 m/s 2
34. A maior velocidade em terra já registrada foi de 1.020 km/h, alcançado pelo coronel John P.
Stapp em 19 de março de 1954, tripulando um assento jato-propulsado. Ele e o veículo foram
parados em 1,4 s; veja a Fig. 30. Que aceleração ele experimentou? Exprima sua resposta em
termos da aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2. (Note que o corpo do militar atua como um
acelerômetro, não como um velocímetro.)
(Pág. 30)
Solução.
Trata-se de movimento retilíneo com aceleração (negativa ou desaceleração) constante. O cálculo
pode ser feito através da Eq. (1).
v v0 at (1)
1 m/s
0 (1.020 km/h)
v v0 3, 6 km/h
a 202,38095 m/s 2
t (1,4 s)
Para obter a aceleração em termos de unidades g, basta dividir a aceleração obtida pelo valor da
aceleração da gravidade.
a ( 202,38095 m/s 2 )
20,6511
g (9,8 m/s2 )
a 21 g
41. Um trem de metrô acelera a partir do repouso a 1,20 m/s2 em uma estação para percorrer a
primeira metade da distância até a estação seguinte e depois desacelera a 1,20 m/s2 na segunda
metade da distância de 1,10 km entre as estações. Determine: (a) o tempo de viagem entre as
estações e (b) a velocidade escalar máxima do trem.
(Pág. 30)
Solução.
Considere o esquema abaixo para auxiliar a resolução:
________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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a -a
x0 = 0 x1 = d/2 x2 = d x
(a) Sabendo-se que o tempo gasto na primeira metade do caminho (acelerado) é igual ao tempo
gasto para percorrer a segunda metade do caminho (desacelerado), o tempo de viagem entre as
estações pode ser calculado da seguinte forma (trecho x0 x1):
1 2 1 2
x x0 v0t at v0t1 at1
2 2
2
d 1 t
0 0 a
2 2 2
4d 4(1,10 103 m)
t 60,553... s
a (1, 2 m/s 2 )
t 60,6 s
(b) A velocidade escalar máxima do trem (v1), que é atingida em x1 = d/2, pode ser calculada da
seguinte forma (trecho x0 x1):
v2 v0 2 2a( x x0 )
v12 v0 2 2a( x1 x0 )
d
v12 0 2a ( 0)
2
v1 ad (1, 20 m/s2 )(1,10 103 m) 36,331... m/s
v1 36,3 m/s
45. No momento em que a luz de um semáforo fica verde, um automóvel arranca com aceleração de
2,2 m/s2. No mesmo instante um caminhão, movendo-se à velocidade constante de 9,5 m/s,
alcança e ultrapassa o automóvel. (a) A que distância, além do ponto de partida, o automóvel
alcança o caminhão? (b) Qual será a velocidade do carro nesse instante? (É instrutivo desenhar
um gráfico qualitativo de x(t) para cada veículo.).
(Pág. 31)
Solução.
Considere o esquema abaixo para a resolução do problema. Observe que tanto o caminhão quanto o
automóvel percorrem a mesma distância em tempos iguais.
d
vC vC
a
v0A = 0 vA = ?
x0 = 0 x=d=? x
(a) O movimento do caminhão (C) ocorre com velocidade constante.
x x0 vt
________________________________________________________________________________________________________ 17
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
x x0 vC t
x vC t (1)
O movimento do automóvel ocorre com aceleração constante, partindo do repouso em x0 = 0.
1 2
x x0 v0t at
2
1 2
x x0 v0C t at
2
1 2
d 0 at
2
1 2
d at (2)
2
Substituindo-se o valor de t de (1) em (2):
2
1 d a d2
d a
2 vc 2 vc 2
2vc 2 2(9,5 m/s)2
d 82,045045... m
a (2, 2 m/s 2 )
d 82 m
(a) A velocidade com que o automóvel alcança o caminhão (vA) vale:
v2 v0 2 2a( x x0 )
vA2 v0 A2 2a( x x0 )
vA2 0 2ad
49. No manual de motorista diz que um automóvel com bons freios e movendo-se a 80 km/h pode
parar na distância de 56 m. Para a velocidade de 48 km/h a distância correspondente é 24
m.Suponha que sejam iguais, nas duas velocidades, tanto o tempo de reação do motorista,
durante o qual a aceleração é nula, como a aceleração quando aplicados os freios. Calcule (a) o
tempo de reação do motorista e (b) a aceleração.
(Pág. 31)
Solução.
Considere o seguinte esquema para a resolução do problema:
________________________________________________________________________________________________________ 18
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
v0 A2
a 6,17284... m/s 2
2( x2 A v0 AtR )
a 6, 2 m/s2
54. Uma rocha despenca de um penhasco de 100 m de altura. Quanto tempo leva para cair (a) os
primeiros 50 m e (b) os 50 m restantes?
(Pág. 31)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema para a situação:
y0 = 0
g y1 = 50 m
y2 = 100 m
y
Trata-se de movimento retilíneo (vertical) com aceleração constante. O cálculo do tempo de queda
nos primeiros 50 m pode ser feito através da Eq. (1). De acordo com o esquema ao lado, a
aceleração da gravidade tem o mesmo sentido do referencial adotado e, portanto, possui sinal
positivo.
1
y1 y 0 v0 y t a y t12 (1)
2
Como v0y = 0:
2( y1 y0 ) 2( y1 y0 )
t1
ay g
2[(50 m) 0)
t1 10, 20408 s 2 3,19438 s
(9,81 m/s 2 )
t1 3,2 s
(b) Para calcular o tempo de queda dos 50 m seguintes (y1 = 50 m a y2 = 100m), primeiramente
vamos calcular o tempo de queda de y0 = 0 a y2 = 100m.
1
y 2 y 0 v0 y t a y t 22
2
2( y2 y0 )
t2
g
________________________________________________________________________________________________________ 20
a
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2[(100 m) 0)
t2 20,40816 s 2 4,51753 s
(9,81 m/s 2 )
O cálculo do tempo de queda y1 a y2 (t12) é feito por diferença:
t12 t 2 t1 (4,51753 s) (3,19438 s) 1,32315 s
t12 1,3 s
59. Enquanto pensava em Isaac Newton, uma pessoa em pé sobre uma passarela inadvertidamente
deixa cair uma maçã por cima do parapeito justamente quando a frente de um caminhão passa
exatamente por baixo dele. O veículo move-se a 55 km/h e tem 12 m de comprimento. A que
altura, acima do caminhão, está o parapeito, se a maçã passa rente à traseira do caminhão?
(Pág. 31)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y v0 = 0
y0 = h
h Inicial
x0 = 0 x1= l
y1 = 0
vC x
Final
vC
v1
A solução deste problema consiste em analisar as equações do movimento horizontal do caminhão e
vertical da maçã e combiná-las, pois são sincronizadas no tempo. Movimento do caminhãoem x:
x x0 vxt
l 0 vC t
l
t (1)
vC
Movimento da maçã em y:
1 2
y y0 v0t at
2
1
0 h 0 ( g )t 2
2
1 2
h gt (2)
2
________________________________________________________________________________________________________ 21
a
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2
1 l 1 12 m
h g 9,81 m/s 2 3, 026 m
2 vC 2 m/s
55 km/h 3, 6
km/h
h 3,0 m
a = -g
yB = yF B F
15 cm mais
A G baixos
yA = yG = 0
Como a aceleração é a mesma na subida e na descida, temos que:
t
t AB tFG t15 B 2t AB t AB 15 B
2
t
tCD tDE t15 A 2tCD tCD 15 A
2
onde tAB é o tempo para ir de do ponto A ao ponto B e t15A e t15B são os tempos em que o jogador
passa nos 15 cm mais altos e mais baixos, respectivamente.
A velocidade inicial do jogador (vA) pode ser calculada pela análise do movimento no trecho AD.
v2 v0 2 2a ( y y0 )
vD 2 vA2 2( g )( yD y A ) 1)
0 vA2 2 g ( yD 0)
________________________________________________________________________________________________________ 22
a
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8(0,15 m)
t15 A 0,3497... s
(9,81 m/s 2 )
t15 A 0,35 s
(b) Análise do movimento no trecho AB.
1 2
y y0 v0t at
2
1
yB y A vAt AB ( g )t AB 2
2
2
t 1 t
(0,15 m) v A 15 B g 15 B
2 2 2
(9,81 m/s 2 ) (3,8615022... m/s)
t15 B t15 B (0,15 m) 0 (1)
8 2
A Eq. (1) é uma equação do segundo grau cujas raízes são:
t15 B ' 1, 492560... s
t15 B '' 0, 081955... s
Como t15B deve ser menor do que t15A:
t15 B 0,082 s
64. O laboratório de pesquisa da gravidade nula do Centro de Pesquisa Lewis da NASA (EUA) tem
uma torre de queda de 145 m. Trata-se de um dispositivo vertical onde se fez vácuo e que, entre
outras possibilidades, permite estudar a queda de uma esfera com diâmetro de 1 m, que contém
equipamentos. (a) Qual o tempo de queda do equipamento? Qual sua velocidade ao pé da torre?
(c) Ao pé da torre a esfera tem uma aceleração média de 25 g quando sua velocidade é reduzida
a zero. Que distância ela percorre até parar?
(Pág. 32)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:
y0 = 0
Acel. g
y1 = 145 m
Desacel.
y2
y
________________________________________________________________________________________________________ 23
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
Trata-se de movimento retilíneo (vertical) com aceleração constante. O cálculo do tempo de queda
livre pode ser feito através da Eq. (1). De acordo com o esquema, a aceleração da gravidade tem o
mesmo sentido do referencial adotado e, portanto, possui sinal positivo.
1
y1 y 0 v0 y t a y t12 (1)
2
Como v0y = 0:
2( y1 y0 )
t1
ay
2( y1 y0 )
t1
g
2[(145 m) 0)
t1 5, 43706 s
(9,81 m/s 2 )
t1 5,44 s
(b) O cálculo da velocidade de chegada da esfera à base da torre também é direto.
v1 y v0 y a y t1
v1 y 0 (9,81 m/s 2 )(5, 43706 s) 53,337604 m/s
v1y 53,3 m/s
(c) A desaceleração ocorre entre as posições y1 e y2.
v 22 y v12y 2a y ( y y y1 )
v22 y v12y v22 y v12y 02 (53,337604 m/s) 2
y 5,8 m
2a y 2 25 g 2 (25 9,81 m/s 2 )
y 5,8 m
Obs.: O diâmetro da esfera não tem utilidade na resolução dos itens pedidos. Ele só foi dado para
ilustrar a situação.
70. Um balão está subindo a 12,4 m/s à altura de 81,3 m acima do solo quando larga um pacote. (a)
Qual a velocidade do pacote ao atingir o solo? (b) Quanto tempo ele leva para chegar ao solo?
(Pág. 32)
Solução.
O balão desloca-se em movimento retilíneo para cima, com velocidade constante. Considere o
esquema abaixo para a resolução do problema. Como o balão está em movimento, a velocidade
inicial do pacote é a mesma do balão.
________________________________________________________________________________________________________ 24
a
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y v0 = vB
y0 = h
a = -g
y=0
(a) A velocidade (v) do pacote ao atingir o chão pode ser calculada da seguinte forma:
v2 v0 2 2a ( y y0 )
v2 vB 2 2( g )(0 h)
v2 vB 2 2 gh
v2 (12, 4 m/s)2 2(9,81 m/s 2 )(81,3 m)
v 41,819445... m
v 41,8 m
(a) O tempo (t) gasto para o pacote atingir o chão pode ser calculado da seguinte forma:
1
y y0 (v0 v)t
2
1
0 h (vB v)t
2
2h
t
vB v
2(81,3 m)
t 5,5269567... s
(12, 4 m/s) (41,819445... m/s)
t 5,53 s
________________________________________________________________________________________________________ 25
a
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(Pág. 32)
Solução.
Considere o seguinte esquema para a resolução do problema.
y
C
yC
yB B
yA A
74. Uma bola de aço de rolamento é largada do teto de um edifício com velocidade inicial nula. Um
observador em pé diante de uma janela com 120 cm de altura nota que a bola gasta 0,125 s para
ir do topo da janela ao parapeito. A bola continua a cair, chocando-se elasticamente com uma
________________________________________________________________________________________________________ 26
a
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calçada horizontal e reaparece no parapeito da janela 2,0 s após passar por ela ao descer. Qual a
altura do edifício? (Após uma colisão elástica, a velocidade escalar da bola em dado ponto é a
mesma ao subir e ao descer.)
(Pág. 33)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
v0 = 0
y0 = H
t1 v4 = v 3
y1
t2 h v1
y2 = y4
a = gj v2
H
t3
v3
y3 = 0
v3
Vamos analisar o movimento de queda livre da esfera entre os pontos 0 (topo do edifício) e 2
(parapeito da janela):
v2 v02 2a y y0
v22 v02 2 g y2 H
v22 0 2 g y2 H
v22
H y2 (1)
2g
Agora vamos analisar o movimento da esfera entre os pontos 1 (topo da janela) e 2 (parapeito da
janela):
1 2
y y0 vt at
2
1
y2 y1 v2 t2 g t22
2
1
h v2 t2 g t22
2
h 1 1, 20 m 1 m
v2 g t2 9,81 2 0,125 s
t2 2 0,125 s 2 s
v2 10, 213125 m/s
________________________________________________________________________________________________________ 27
a
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Finalmente, vamos analisar o movimento da esfera entre os pontos 2 (parapeito da janela) e 3 (solo).
Note que o tempo requerido para a esfera ir do parapeito ao solo e retornar ao parapeito é de 2,0 s.
Logo, o tempo para ir do parapeito ao solo é de t3 = 1,0 s.
1 2
y y0 v0t at
2
1
y3 y2 v2 t3 g t32
2
1
0 y2 v2 t3 g t32
2
1 1 m 2 2
y2 g t32 v2 t3 9,81 2 1,0 s 10, 213125 m/s 1,0 s
2 2 s
y2 15,118125 m
Substituindo-se os valores de v2 e y2 em (1), teremos a resposta do problema:
2
10, 213125 m/s
H 15,118125 m 20, 434532 m
2 9,81 m/s 2
H 20 m
75. Um cachorro avista um pote de flores passar subindo e a seguir descendo por uma janela com
1,1 m de altura. O tempo total durante o qual o pote é visto é de 0,74 s. Determine a altura
alcançada pelo pote acima do topo da janela.
(Pág. 33)
Solução.
O tempo no qual o vaso é visto subindo (tS) é igual ao tempo no qual ele é visto descendo (tD).
Portanto:
tS tD 2tS t
t
tS 0,34 s
2
Considere o esquema abaixo para a resolução do problema.
y
y2
y1
a = -g
y0 = 0
________________________________________________________________________________________________________ 28
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
1 2
y y0 vt at
2
1
y1 y0 v1tS ( g )tS 2
2
1 2
y1 y0 gtS
v1 2
tS
1
(1,1 m) 0 (9,81 m/s 2 )(0,37 s) 2
v1 2
(0,37 s)
v1 1,15812297... m/s
Cálculo da distância acima da janela atingida pelo vaso (y2 y1):
v2 v0 2 2a ( y y0 )
v2 2 v12 2( g )( y2 y1 )
v12 v2 2
y2 y1
2g
(1,15812297... m/s)2 0
y2 y1 0,068361... m
2(9,81 m/s 2 )
y2 y1 6,8 cm
________________________________________________________________________________________________________ 29
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 2 – Movimento Unidimensional
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
02. A posição de uma partícula que se move em um plano xy é dada por r = (2t3 5t)i + (6 7t4)j,
com r em metros e t em segundos. Calcule (a) r, (b) v e (c) a quando t = 2 s.
(Pág. 64)
Solução.
(a) Em t = 2,00 s a posição (r) da partícula vale:
r [2 (2)3 5 (2)]i [6 7 (2) 4 ]j
r (16 10)i (6 112) j
r (6i 106j) m
(b) A velocidade instantânea v é derivada primeira de r em relação ao tempo:
dr d
v [(2t 3 5t )i (6 7t 4 ) j]
dt dt
v (6t 2 5)i 28t 3 j
Substituindo-se o valor de t = 2 s:
v [6 (2)2 5]i [28 (2)3 ]j
v (21i 224j) m/s
(c) A aceleração instantânea a é derivada primeira de v em relação ao tempo:
dv d
a [(6t 2 5)i 28t 3 j]
dt dt
a 12ti 84t 2 j
Substituindo-se o valor de t = 2 s:
a 12 (2)i 84 (2)2 j
a (24i 336 j) m/s 2
44. Um canhão é posicionado para atirar projéteis com velocidade inicial v0 diretamente acima de
uma elevação de ângulo , como mostrado na Fig. 33. Que ângulo o canhão deve fazer com a
horizontal de forma a ter o alcance máximo possível acima da elevação?
________________________________________________________________________________________________________
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 4 – Movimento Bi e Tridimensional
(Pág. 67)
Solução.
Análise do movimento no eixo horizontal (x), onde é o ângulo de inclinação do canhão em relação
à horizontal:
x x0 vxt
R cos 0 v0 cos t
R cos
t (1)
v0 cos
Análise do movimento no eixo vertical (y):
1 2
y y0 v y 0t at
2
1 2
R sin 0 v0 sin t gt (2)
2
Substituindo-se (1) em (2):
R cos 1 R 2 cos 2
R sin v0 sin g
v0 cos 2 v0 2 cos 2
cos 1 R cos 2
sin sin g
cos 2 v0 2 cos 2
gR cos 2
sin tan cos
2v0 2 cos 2
2v0 2 cos2
R tan cos sin (3)
g cos2
Como R( ) é uma função cujo ponto de máximo deve ser localizado, devemos identificar o valor de
tal que dR/d = 0.
dR 2v0 2 cos( 2 )sec2
0 (4)
d g
Resolvendo-se (4) para encontramos duas possíveis soluções:
1
(2 )
4
1
(2 )
4
Como 0 /2 (ver figura), a resposta mais coerente é:
________________________________________________________________________________________________________ 2
Seção dedicada ao aluno de graduação
1
(2 )
4
É claro que resta demonstrar que d2R/d 2 0, equação (3), pois como se trata de um ponto de
máximo, a concavidade da curva nesse ponto deve ser voltada para baixo.
48. Um foguete é lançado do repouso e se move em uma linha reta inclinada de 70,0o acima da
horizontal, com aceleração de 46,0 m/s2. Depois de 30,0 s de vôo com o empuxo máximo, os
motores são desligados e o foguete segue uma trajetória parabólica de volta à Terra; veja a Fig.
36. (a) Ache o tempo de vôo desde o lançamento ao impacto. (b) Qual é a altitude máxima
alcançada? (c) Qual é a distância da plataforma de lançamento ao ponto de impacto? (Ignore as
variações de g com a altitude.)
(Pág. 68)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
v2
y2 = H
v1
0
H
y1
a = gj
a0
0
v0 = 0
y0 = y3 = 0
x
x0 = 0 x1 x2 x3
v3
R
(a) O cálculo do tempo total de vôo, t03, é a soma do tempo de aceleração em linha reta com os
foguetes, t01 = 30,0 s, e o tempo de queda livre, t13, que precisa ser calculado.
t03 t01 t13 (1)
Para o cálculo de t13, precisamos de y1 e v1. Cálculo de y1:
________________________________________________________________________________________________________ 3
Seção dedicada ao aluno de graduação
1 2
y y0 v y 0t a yt
2
1 2
y1 y0 v0 y t01 a0 y t01
2
1 2
y1 0 0 a0 sen 0 t01
2
1 2 1 2
y1 a0 sen 0 t01 46, 0 m/s 2 sen 70, 0o 30, 0 s
2 2
y1 19.451,63 m (2)
Cálculo de v1:
v y v0 y ayt
v1 y v0 y a0 y t01
v1 sen 0 0 a0 sen 0 t01
v1 a0 t01 46,0 m/s2 30,0 s
v1 1.380 m/s (3)
Agora podemos determinar t13, com a ajuda dos valores obtidos em (2) e (3):
1 2
y y0 v y 0t a yt
2
1
y3 y1 v1 y t13 g t132
2
1 2
0 y1 v1 sen 0 t13 g t132
2 g
2v1 sen 2 y1
t132 0
t13 0
g g
2
2 1.380 m/s sen 70, 0o 2 19.451, 63 m
t 13 t13 0
9,81 m/s 2 9,81 m/s 2
49. Um canhão antitanque está localizado na borda de um platô a 60,0 m acima de uma planície,
conforme a Fig. 37. A equipe do canhão avista um tanque inimigo parado na planície à distância
de 2,20 km do canhão. No mesmo instante a equipe do tanque avista o canhão e começa a se
mover em linha reta para longe deste, com aceleração de 0,900 m/s 2. Se o canhão antitanque
dispara um obus com velocidade de disparo de 240 m/s e com elevação de 10,0o acima da
horizontal, quanto tempo a equipe do canhão teria de esperar antes de atirar, se quiser acertar o
tanque?
(Pág. 68)
Solução.
A estratégia que vamos adotar consiste em calcular o tempo que o obus leva para atingir o solo da
planície (tb) e o tempo que o tanque leva para chegar ao local onde o obus cai (tt), que fica a uma
distância horizontal R do canhão. O tempo de espera será:
t tb tt (1)
Em primeiro lugar vamos analisar o movimento do obus. Em x o movimento se dá com velocidade
constante:
________________________________________________________________________________________________________ 5
Seção dedicada ao aluno de graduação
x x0 vxt
R 0 v0 cos tb
R
tb (2)
v0 cos
Movimento do obus em y:
1 2
y y0 v y 0t a yt
2
1 2
0 h v0 sen t gtb (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):
2
R 1 R
h v0 sen g
v0 cos 2 v0 cos
g
R2 tan R h 0
2v cos2
2
0
Daqui para adiante não há vantagem em continuar a solucionar o problema literalmente. As raízes
desta equação do 2o grau são:
R1 2.306, 775 m
R2 296,5345 m
Como R corresponde a uma coordenada positiva no eixo x, temos:
R 2.306,775 m (4)
Substituindo-se (4) em (2):
tb 9, 7598 s (5)
Agora vamos analisar o movimento do tanque, que se dá com aceleração constante:
1 2
x x0 vx 0t ax t
2
1 2
R d0 0 at tt
2
2 R d0
tt 15, 4038 s (6)
at
Substituindo-se (5) e (6) em (1):
t 5,6440 s
t 5,64 s
60. Uma criança gira uma pedra em um círculo horizontal a 1,9 m acima do chão, por meio de uma
corda de 1,4 m de comprimento. A corda arrebenta e a pedra sai horizontalmente, caindo no
chão a 11 m de distância. Qual era a aceleração centrípeta enquanto estava em movimento
circular?
(Pág. 68)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 6
Seção dedicada ao aluno de graduação
r
y
v
x
d
A aceleração centrípeta procurada é dada por:
v2
ac (1)
r
Análise do movimento no eixo horizontal (x):
x x0 vxt
d 0 vt
d
t (2)
v
Análise do movimento no eixo vertical (y):
1 2
y y0 v y 0t at
2
1 2
0 h 0 gt
2
1 2
h gt (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):
2
1 d
h g
2 v2
2
gd
2
v (4)
2h
Substituindo-se (4) em (1):
2
gd
ac
2rh
2
(9,81 m/s 2 )(11 m)
ac 223,1221... m/s 2
2(1, 4 m)(1,9 m)
ac 2, 2 103 m/s 2
70. A neve está caindo verticalmente à velocidade escalar constante de 7,8 m/s. (a) A que ângulo
com a vertical e (b) com qual velocidade os flocos de neve parecem estar caindo para o
motorista de um carro que viaja numa estrada reta à velocidade escalar de 55 km/h?
(Pág. 69)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 7
Seção dedicada ao aluno de graduação
Considere o seguinte esquema vetorial de velocidades, onde vC é a velocidade do carro em relação
ao solo, vN é a velocidade da neve em relação ao solo e vNC é a velocidade da neve em relação ao
carro:
vNC
y
vN
x
vC
(a) O ângulo que a neve faz com a vertical vale:
vC
tan
vN
1 vC
tan 27, 0463
vN
27
(b) A velocidade escalar da neve é dada por:
vNC vC2 vN2 61,7534 km/h
vNC 62 km/h
Obs. Apenas como curiosidade, vamos mostrar o vetor vNC. Os vetores vN e vC são definidos como:
vC vC i
vN vN j
De acordo com o esquema, temos:
vN vC v NC
v NC vN vC
Logo:
v NC vC i vN j
71. Um trem viaja para o Sul a 28 m/s (relativamente ao chão), sob uma chuva que está sendo
soprada para o sul pelo vento. A trajetória de cada gota de chuva faz um ângulo de 64 o com a
vertical, medida por um observador parado em relação à Terra. Um observador no trem,
entretanto, observa traços perfeitamente verticais das gotas na janela do trem. Determine a
velocidade das gotas em relação à Terra.
(Pág. 69)
Solução.
Considere o seguinte esquema vetorial de velocidades, onde vT é a velocidade do trem em relação à
Terra, vG é a velocidade das gotas de chuva em relação à Terra e vGT é a velocidade das gotas de
chuva em relação aotrem:
vGT
y
vG
x
vT
Os vetores vT e vGT são definidos como:
vT vT i (1)
________________________________________________________________________________________________________ 8
Seção dedicada ao aluno de graduação
vGT vG cos j (2)
De acordo com o esquema, temos:
vG vT vGT (3)
Substituindo-se (1) e (2) em (3):
vG vT i vG cos j (4)
O esquema mostra que vG é definido por:
vG vG sen i vG cos j (5)
Comparando-se (4 e (5), conclui-se que:
vG sen vT
vT
vG (6)
sen
Substituindo-se (6) em (4):
vT
vG vT i j
tan
O módulo de vG é dado por:
2
vT
vNC vT2 31,1528 m/s
tan
vNC 31 m/s
81. Um homem quer atravessar um rio de 500 m de largura. A velocidade escalar com que consegue
remar (relativamente à água) é de 3,0 km/h. O rio desce à velocidade de 2,0 km/h. A velocidade
com que o homem caminha em terra é de 5,0 km/h. (a) Ache o trajeto (combinando andar e
remar) que ele deve tomar para chegar ao ponto diretamente oposto ao seu ponto de partida no
menor tempo. (b) Quanto tempo ele gasta?
(Pág. 70)
Solução.
(a) O trajeto procurado é definido pelo ângulo que o remador deve adotar para direcionar o barco
durante a travessia, de forma que a soma dos tempos gastos remando (t1) e andando (t2) deve ser o
menor possível. Logo, a solução deste item consiste em construir uma função matemática t1 + t2 =
f( ) e, em seguida, achar o valor de onde t1 + t2 tem seu valor mínimo, ou seja, d(t1 + t2)/d = 0.
Considere o seguinte esquema para a situação:
v
C t2 ,d2 B
vA
y t1 ,d1
l
vHA vH
A x
________________________________________________________________________________________________________ 9
Seção dedicada ao aluno de graduação
A velocidade do homem em relação à água (vHA) deve fazer um ângulo em relação à margem. A
velocidade da água (vA) fará com que o barco percorra a trajetória retilínea AB, que faz um ângulo
em relação à margem. O trajeto AB mede d1 e será percorrido num tempo t1. Ao chegar ao ponto
B, o homem irá caminhando até C num tempo t2 através de uma distância d2. Seja o esquema
vetorial de velocidades:
vA
vHA vH
1 v HA
cos
v vA
(3,0 km)
cos 1
115,3769 o
[(5,0 km) (2,0 km)]
115 o
(b) Da equação (10):
o
(0,500 km)[(5,0 km/h) (2,0 km/h) (3,0 km/h) cos115,3769 )
t1 t2
(5,0 km/h)(3,0 km/h)sen115,3769 o
t1 t 2 0,2108 h
t1 t 2 0,21 h
82. Um navio de guerra navega para leste a 24 km/h. Um submarino a 4,0 km de distância atira um
torpedo que tem a velocidade escalar de 50 km/h. Se a posição do navio, visto do submarino,
está 20o a nordeste (a) em qual direção o torpedo deve ser lançado para acertar o navio, e (b)
________________________________________________________________________________________________________ 11
Seção dedicada ao aluno de graduação
que tempo decorrerá até o torpedo alcançar o navio?
(Pág. 70)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:
vN
y
v TN
vT
x
Pelo esquema acima, temos:
vT v N vTN
vTN vT vN
onde vTN é o vetor velocidade do torpedo em relação ao navio. Os vetores vN e vT são assim
definidos:
v N vN i (1)
vT vT sin i vT cos j (2)
onde é o ângulo procurado no item (b) do enunciado.
vTN vT sin i vT cos j vN i vT sin vN i vT cos j (3)
Mas:
vTN vTN sin i vTN cos j (4)
Como os vetores (3) e (4) são iguais, suas componentes também são iguais.
vT sin vN vTN sin (5)
vT cos vTN cos (6)
Dividindo-se (5) por (6):
vT sin vN
tan (7)
vT cos
Resolvendo-se (7) :
________________________________________________________________________________________________________ 13
Seção dedicada ao aluno de graduação
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
10. Um corpo com massa m sofre a ação de duas forças F1 e F2, como mostra a Fig. 27. Se m = 5,2
kg, F1= 3,7 N e F2= 4,3 N, ache o vetor aceleração do corpo.
x
(Pág. 90)
Solução.
Em termos vetoriais, as forças F1 e F2 valem:
F1 3, 7 N j
F2 4,3 N i
De acordo com a segunda lei de Newton:
F F1 F2 ma
F1 F2 3,7 N j 4,3 N i
a
m (5, 2 kg)
a 0,8269 m/s2 i 0,71153 m/s2 j
12. Uma certa força dá ao objeto m1 a aceleração 12,0 m/s2. A mesma força dá ao objeto m2 a
aceleração 3,30 m/s2. Que aceleração daria a um objeto cuja massa fosse (a) a diferença entre m1
e m2 e (b) a soma de m1 e m2.
(Pág. 90)
Solução.
(a) De acordo com a segunda lei de Newton (na coordenada x):
F m1a1 (1)
F m2 a2 (2)
Igualando-se (1) e (2):
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
m1a1
m2 (3)
a2
Mas:
F m2 m1 a3 (4)
F
a3 (5)
m2 m1
Substituindo-se (1) e (3) em (5):
F
a3
m2 m1
m1a1 a1a2
a3 4,5517 m/s 2
a1 a1 a2
m1 m1
a2
a3 4,55 m/s 2
(b) Procedendo de maneira semelhante ao item (a), porém usando-se (m1 + m2) em (4) ao invés de
(m2 m1), obtém-se:
a1a2
a4 2,5882 m/s 2
a1 a2
a4 2,59 m/s 2
33. Um bloco de 5,1 kg é puxado ao longo de uma superfície sem atrito por uma corda que exerce
uma força P = 12 N e faz o ângulo = 25o acima da horizontal, como mostra a Fig. 30. (a) Qual
é a aceleração do bloco? (b) A força P é lentamente aumentada. Qual é o valor de P logo antes
de o bloco ser levantado da superfície? (c) Qual é a aceleração do bloco no exato momento em
que ele é levantado e perde contato com a superfície?
x
(Pág. 92)
Solução.
Sempre que houver uma força inclinada para acima que atua sobre um corpo no solo devemos
considerar a possibilidade de o corpo ser levantado do chão. Isso ocorrerá caso a componente
vertical dessa força seja igual (iminência de levantar) ou maior do que o peso. Na situação inicial, a
componente y da força (Py) vale P sen 25o 5 N, enquanto que o peso vale 5,1 kg 9,81 m/s2 50
N. Logo, a força inicial não é capaz de levantar o corpo do chão.
(a) Cálculo da aceleração em x:
Fx max
Px ma
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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P cos
a 2,1324 m/s 2
m
a 2,1 m/s2
(b) No instante em que o bloco perde o contato com o solo, temos em y:
Fy 0
P' sen mg 0
mg
P' 118,3834 N
sen
P' 0,12 kN
(b) No instante em que o bloco perde o contato com o solo, temos em x:
Fx max
Px' ma '
P ' cos
a' 21, 0376 m/s 2
m
a' 21 m/s2
34. Como um objeto de 450 N poderia ser baixado de um teto utilizando-se uma corda que suporta
somente 390 N sem se romper?
(Pág. 92)
Solução.
O objeto de peso P deve ser abaixado com uma aceleração a tal que a tensão na corda não
ultrapasse seu valor limite (TMAX). Considere o seguinte esquema da situação:
Tmax y
a
x
P
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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43. Um caixote de 110 kg é empurrado com velocidade constante para cima de uma rampa sem
atrito, inclinada de 34o, como na Fig. 34. (a) Qual a força horizontal F requerida? (b) Qual a
força exercida pela rampa sobre o caixote?
(Pág. 93)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
N
F
m x
P
Forças em x:
Fy 0
N cos θ mg 0
mg
N (1)
cos θ
Forças em y:
Fx 0
F N sen θ 0
F N sen θ (2)
Substituindo-se (1) em (2):
F mg tan θ
F 727,8621 N
2
F 7,3 10 N
(b) De (1):
mg
N
cos θ
N 1.301,6297 N
N 1,3 10 3 N
44. Um novo jato da Marinha, de 22 toneladas métricas, requer para decolar uma velocidade em
relação ao ar de 90 m/s. Seu próprio motor desenvolve um empuxo de 110.000 N. O jato tem de
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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alçar vôo de um porta-aviões com pista de 100 m. Que força deve ser exercida pela catapulta do
porta-aviões? Suponha que tanto a catapulta como o motor do avião exerçam uma força
constante ao longo de toda a pista de decolagem.
(Pág. 93)
Solução.
Neste problema, será desprezado o atrito do avião com o ar e com a pista. Considere o seguinte
esquema do movimento do avião:
a
x0 = 0 x=d x
Cálculo da aceleração do avião (movimento no eixo x):
v x2 v x20 2a ( x x0 )
v2 0 2ad
v2
a (1)
2d
A força exercida pela catapulta será calculada por meio da segunda lei de Newton. Considere o
seguinte esquema de forças, onde P é o peso do avião, N é a força normal, FM é a força exercida
pelo motor do avião e FC é a força exercida pela catapulta:
N
FM FC y
o x
P
Fx ma x
FC FM ma (2)
Substituindo-se (1) em (2):
mv 2
FC FM
2d
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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A massa do avião foi dada em toneladas métricas, que pertence ao sistema inglês de unidades. O
fator de conversão é 1 ton = 907,2 kg. Logo, m = 19.958,4 kg, com apenas dois algarismos
significativos. Logo:
2
19.958, 4 kg 90 m/s
F 110.000 N 698.315, 2 N
2 100 m
F 7,0 105 N
46. Antigamente, cavalos puxavam barcaças por canais, como mostra a Fig. 37. Suponha que o
cavalo exerça uma força de 7.900 N num ângulo de 18o com a direção de movimento da
barcaça, que se desloca ao longo do eixo do canal. A massa da barcaça é 9.500 kg e sua
aceleração é 0,12 m/s2. Calcule a força exercida pela água sobre a barcaça.
(Pág. 93)
Solução.
Este problema pode ser facilmente resolvido através de cálculo vetorial. Considere o seguinte
esquema da situação.
y
F
m
P E
a x
A força exercida pelo cavalo (F) e a aceleração da barcaça (a) são definidos por:
F F cos i F sen j (1)
a ai (2)
Aplicação da Segunda Lei de Newton:
F ma
F Fa P E ma
onde P é o peso do barco, E é o empuxo da água, sendo que P + E = 0 e Fa é a força exercida pela
água na barcaça.
Fa ma F (3)
Substituindo-se (1) e (2) em (3):
Fa m(a i) ( F cos i F sen j)
Fa (ma F cos ) i F sen j (4)
Substituindo-se os valores numéricos em (4):
Fa [(9.500 kg )(0,12 m/s 2 ) (7.900 N) cos(18 o )] i (7.900 N) sen(18 o ) j
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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Fa ( 6.373,3464 N) i (2.441,2342 N) j
O módulo da força exercida pela água vale:
Fa 6824 ,8934 N
Fa 6,8 10 3 N
49. Um balão de pesquisas de massa total M desce verticalmente com aceleração a para baixo (veja
Fig. 39). Quanto de lastro deve ser atirado para fora da gôndola para dar ao balão a mesma
aceleração a para cima, supondo que não varie a força de flutuação para cima exercida pelo ar
sobre o balão?
(Pág. 93)
Solução.
Balão acelerado para baixo:
E
y M
x a
P1
Fy ma y
E P1 Ma
E M ( g a) (1)
Balão acelerado para cima:
E
y M- m
x a
P2
Fy ma y
E P2 (M m)a
E (M m) g (M m)a
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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E M ( g a) m( g a)
m( g a) M ( g a) E (2)
Substituindo-se (1) em (2):
m( g a) M ( g a) M ( g a)
2 Ma
m
g a
51. Um bloco de massa m desliza para baixo em um plano inclinado sem atrito que forma um
ângulo com o piso de um elevador. Ache a aceleração do bloco relativa ao plano nos seguintes
casos. (a) O elevador desce com velocidade constante v. (b) O elevador sobe com velocidade
constante v. (c) O elevador desce com aceleração a. (d) O elevador desce com desaceleração a.
(e) O cabo do elevador se rompe. (f) No item (c) acima, qual é a força exercida sobre o bloco
pelo plano inclinado?
(Pág. 93)
Solução.
(a) Estando o elevador com velocidade constante, o comportamento do bloco em relação à rampa é
idêntico ao que seria caso o elevador estivesse em repouso.
y
m m
x
P
v
Segunda lei de Newton em x, onde aB é a aceleração do bloco:
Fx max
mg sen maB
aB g sen
(b) Semelhante ao item (a):
aB g sen
(c) Como o elevador acelera para baixo, existe a componente ax que se soma a gx para acelerar o
bloco rampa abaixo.
y
m m a
x
P
a
Fx max
mg sen ma sen maB
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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aB g a sen
Embora tenham sido somadas duas acelerações em x para o bloco (ax e gx), a aceleração do bloco
em relação à rampa é menor. No caso limite do elevador descer com aceleração igual a g (queda
livre), o bloco também cairia em queda livre. Isso faria com que a aceleração do bloco em relação à
rampa seja zero (veja o item (e) abaixo).
(d) Semelhante ao item (c), diferindo apenas pelo sinal de a:
aB g a sen
(e) Semelhante ao item (c), sendo a = g:
aB 0
(f)
Fy ma y
N mg cos ma cos
N m g a cos
54. Um macaco de 11 kg está subindo por uma corda sem massa, amarrada a um tronco de 15 kg
que passa por um galho (sem atrito) da árvore. (a) Qual a aceleração mínima com que o macaco
deve subir pela corda de modo a levantar do chão o tronco de 15 kg? Se, depois de o troco ter
sido levantado do chão, o macaco parar de subir e somente se segurar à corda, quais serão agora
(b) a aceleração do macaco e (c) a tração na corda?
(Pág. 94)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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Tronco Macaco
y
T T
mT
mM a
PT PM
A condição mínima para que o tronco seja levantado do solo é que sua força normal e sua
aceleração sejam nulas. As forças que agem no tronco nessas condições são a tensão na corda (T) e
o peso do tronco (PT):
Fy T PT 0
T mT g (1)
Forças no macaco:
Fy ma y
T PM mM a
T mM g
a (2)
mM
Substituindo-se (1) em (2):
mT g mM g mT
a 1 g 3,5672 m/s 2
mM mM
a 3, 6 m/s 2
(b) Agora a situação é a seguinte:
Tronco Macaco
y
T’
T’
-a’ a’
mT
mM
PM
PT
Forças no tronco:
T' PT mT ( a ' )
T' mT g mT a ' (3)
Forças no macaco:
T' PM mM a '
T' mM g mM a ' (4)
Substituindo-se (3) em (4):
mT g mT a ' mM g mM a '
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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mT mM
a' g 1,5092 m/s2
mT mM
a ' 1,5 m/s 2
(c) De (3):
T ' 124,511 N
T' 0,12 kN
55. Três blocos são ligados como mostra a Fig. 40, sobre uma mesa horizontal sem atrito e puxados
para a direita com uma força T3 = 6,5 N. Se m1 = 1,2 kg, m2 = 2,4 kg e m3 = 3,1 kg, calcule (a) a
aceleração do sistema e (b) as trações T1 e T2. Faça uma analogia com corpos que são puxados
em fila, tais como uma locomotiva ao puxar um trem de vagões engatados.
(Pág. 94)
Solução.
Diagrama de forças dos blocos:
N2 N3
N1 m2 m3
m1
y
T1 -T1 T2 -T2 T3
x
a
P1
P2 P3
(a) Forças de todo o sistema em x:
Fx Max
T1 T1 T2 T2 T3 m1 m2 m3 a
T3
a 0,970149 m/s2
m1 m2 m3
a 0,97 m/s2
(b) Forças no corpo 3:
T3 T2 m3a
T2 T3 m3a 3, 4925 N
T2 3,5 N
Forças no corpo 1:
T1 m1a 1,1641 N
T1 1, 2 N
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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57. A Fig. 42 mostra três caixotes com massa m1 = 45,2 kg, m2 = 22,8 kg e m3 = 34,3 kg apoiados
sobre uma superfície horizontal sem atrito. (a) Qual a força horizontal F necessária para
empurrar os caixotes para a direita, como se fossem um só, com a aceleração de 1,32 m/s 2 ? (b)
Ache a força exercida, por m2 em m3; (c) por m1 em m2.
(Pág. 94)
Solução.
(a) Neste caso, pode-se imaginar o sistema como sendo constituído por uma massa compacta m1 +
m2 + m3:
N
m1+m2+m3 y
F
x
a
P
Fx ma x
F (m1 m2 m3 )a
F 135,036 N
F 135 N
(b) Forças sobre m3:
m3
N3
F23 y
x
a
P3
Fx ma x
F23 m3 a
F23 45,276 N
F 45,3 N
(c) Forças sobre m2:
N 2
m 2 y
F32 F12
x
a
P2
Fx ma x
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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F12 F32 m2 a
F12 m2 a F32
F23 75,372 N
F 75,4 N
59. Um bloco de massa m1 = 3,70 kg está sobre um plano inclinado sem atrito de ângulo = 28o e é
ligado por uma corda que passa em uma polia pequena e sem atrito a um segundo bloco de
massa m2 = 1,86 kg, que pende verticalmente (veja a Fig. 44). (a) Qual é a aceleração de cada
bloco? (b) Ache a tração na corda.
(Pág. 94)
Solução.
y
a1
N1 T1
m1 x
P1
F1 m1a1
N1 T1 P1 m1a1
N1 sen θ i N1 cos θ j T cos θ i T sen θ j m1 g j m1 (a cos θ i a sen θ j)
(T cos θ N1 sen θ) i ( N1 cos θ T sen θ m1 g ) j m1a cos θ i m1a sen θ j (1)
A equação (1) somente é verdadeira se e somente se:
T cos θ N1 sen θ m1a cos θ (2)
e
N1 cos θ T sen θ m1 g m1a sen θ (3)
De (2):
T cos θ N1 sen θ 1
a (T N1 tan θ) (4)
m1 cos θ m1
De (3):
m1a sen θ T sen θ m1 g m1 g
N1 (m1 a T ) tan θ (5)
cos θ cos θ
Substituindo-se (5) em (4) e simplificando:
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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T
a g sen θ (6)
m1
Bloco 2:
y
T2
m2 x
P2 a2
F2 m2 a 2
T2 P2 m2 a 2
Como as forças que agem no bloco 2 e seu movimento ocorrem apenas na coordenada y:
T m2 g m2 a
T m2 ( g a) (7)
Substituindo-se (7) em (6) e simplificando:
g (m2 m1 sen θ)
a
m1 m2
a 0,216940 m/s 2
a 0,22 m/s 2
(b) De (6):
T m1 (a g sen θ)
T 17,8430 N
T 18 N
60. Uma pessoa de 77 kg salta de pára-quedas e adquire aceleração para baixo de 2,5 m/s2 logo
depois da abertura do pára-quedas. A massa do pára-quedas é 5,2 kg. (a) Ache a força para cima
exercida pelo ar sobre o pára-quedas. (b) Calcule a força para baixo exercida pela pessoa no
pára-quedas.
(Pág. 94)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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FAr
PPQ
y
a x
PH
Seja m a massa do pára-quedas e M a massa do homem. Para descobrir a força que o ar exerce sobre
o pára-quedas (FAr) vamos considerar o homem e o pára-quedas como um só conjunto de massa (m
+ M):
Fy ma y
FAr m M g m M a
FAr m M g a 600,882 N
FAr 0, 60 kN
(b) Para descobrir a força que o pára-quedas exerce sobre o homem, vamos aplicar a segunda lei de
Newton apenas ao homem, de acordo com o seguinte esquema de forças:
FPQ y
a
x
PH
Fy ma y
FPQ Mg Ma
FPQ M g a 562,87 N
FPQ 0,56 kN
61. Um elevador consiste em uma cabine (A), um contrapeso (B), um motor (C) e o cabo e polias
mostrados na Fig. 45. A massa da cabine é 1.000 kg e a massa do contrapeso é 1.400 kg.
Despreze o atrito, as massas do cabo e das polias. O elevador acelera para cima a 2,30 m/s 2 e o
contrapeso acelera para baixo à mesma taxa. Quais são os valores das trações (a) T1 e (b) T2?
Qual a força exercida no cabo pelo motor?
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
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(Pág. 94)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
Motor
T2’ T1’
T2 T1
y
aCP aE
x
PCP PE
________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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T2 10,5 kN
(c) A força resultante que o cabo exerce sobre o motor (FMC) sobre o motor vale:
FMC Fx T1' T2' 1.596 N
O sinal positivo mostra que o cabo força o motor para a direita. Como o problema pede a força no
cabo pelo motor, basta aplicar a terceira lei de Newton, uma vez que essas forças formam um par
ação-reação. Logo, a força que o motor exerce sobre o cabo (FCM) vale:
FCM FMC 1,60 kN
O sinal negativo mostra que o motor força o cabo para a esquerda de acordo com o referencial
adotado. Isso faz com que o elevador suba.
62. Um helicóptero de 15.000 kg está levantando um carro de 4.500 kg com aceleração para cima
de 1,4 m/s2. Calcule (a) a força vertical que o ar exerce nas pás das hélices do helicóptero e (b) a
tração na parte superior do cabo de sustentação; veja a Fig. 46.
(Pág. 95)
Solução.
(a) Forças nas pás das hélices:
F ar
a y
Hélices
P
Fy ma y
FAr ( PH PC ) (mH mC )a y
FAr (mH mC ) g (mH mC )a (mH mC )(a g ) 218.595 N
________________________________________________________________________________________________________ 17
a
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FAr 2, 2 105 N
(b) Forças no ponto de junção dos cabos:
T
a y
Junção
dos cabos
PC
Fy ma y
T PC mC a
T mC a mC g mC (a g ) 50.445 N
T 5, 0 104 N
64. Duas partículas, cada uma de massa m, estão conectadas por uma corda leve de comprimento
2L, como mostra a Fig. 48. Uma força F constante é aplicada no ponto médio da corda (x = 0) e
faz um ângulo reto com a posição inicial desta. Mostre que a aceleração de cada massa na
direção perpendicular a F é dada por
F x
ax 1/ 2
2m L x 2
2
(Pág. 95)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 18
a
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2L
m O m
x
y
x
ax
a2 ay
a1
O
L
a0
F
Seja a o módulo da aceleração de cada massa (a1 e a2, no esquema).
x
ax a cos a (1)
L
Aceleração do ponto O em y, que está sujeito apenas à força F:
F 2ma0 (2)
O esquema mostra que:
1/ 2
2 1/ 2 x2
a0 ay a sen a 1 cos a 1 2
L
1/ 2
L2 x2
a0 a (3)
L2
Substituindo-se (3) em (2):
1/ 2
L2 x2
F 2ma
L2
F L
a 1/ 2
(4)
2m L2 x 2
65. Um bloco de massa M é puxado ao longo de uma superfície horizontal sem atrito por uma corda
de massa m, como mostra a Fig. 49. Uma força horizontal P é aplicada a uma das extremidades
da corda. (a) Mostre que a corda tem de se curvar, mesmo que seja de uma quantidade
imperceptível. Então, supondo que o encurvamento seja desprezível, ache (b) a aceleração da
corda e do bloco, (c) a força que a corda exerce no bloco, e (d) a tração no ponto médio da
corda.
________________________________________________________________________________________________________ 19
a
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(Pág. 95)
Solução.
(a) Considere um elemento da corda cuja massa é m e, da mesma forma que o conjunto M +m,
possui aceleração a.
y a
Te T d
m
g
Como o elemento de massa m tem aceleração apenas no eixo x:
Fy 0
Td sen Te sen mg 0
mg
sen (1)
Td Te
Para a corda ficar esticada, é preciso que = 0, ou seja que sen = 0. De acordo (1), isso implica
em m = 0 ou Td + Te = . Como nenhumas dessas alternativas é fisicamente possível, conclui-se
que 0.
(b) Supondo que = 0 e analisando o conjunto M + m:
Fx ma x
P (M m)a
P
a (2)
M m
(c)
N y
F
M cb
x
a
P
Fx ma x
Fcb Ma (3)
Substituindo-se (2) em (3):
M
Fcb P
M m
(d)
________________________________________________________________________________________________________ 20
a
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m
/
2 T
m
M
a
Fx ma x
m
Tm M a (4)
2
Substituindo-se (2) em (4):
m P
Tm M
2 M m
(m 2M ) P
Tm
2( M m )
67. O homem na Fig. 51 pesa 800 N; a plataforma e a polia sem atrito têm peso total de 190 N.
Ignore o peso da corda. Com que força o homem tem de puxar a corda de forma a se levantar
junto com a plataforma a 0,37 m/s2?
(Pág. 95)
Solução.
Forças no homem:
y
a
PH
T’
N
Fy ma y
PH
N T' PH a
g
T’ = T:
a
N T PH 1 (1)
g
________________________________________________________________________________________________________ 21
a
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Forças na plataforma:
y
T T a
PP N’
Fy ma y
PP
2T N' PP a
g
N’ = N:
a
2T N PP 1 (2)
g
Substituindo-se (1) em (2):
a a
2T T PH 1 PP 1
g g
a
T PH PP 1 1.027,3394 N
g
T 1,0 kN
68. Uma cunha em forma de um triângulo retângulo de massa M e ângulo suporta um pequeno
bloco de massa m e está em repouso numa mesa horizontal, como mostra a Fig. 52. (a) Que
aceleração horizontal a deve ter M em relação à mesa, de forma a manter m estacionário em
relação à cunha supondo-se os contatos sem atrito? (b) Que força horizontal F deve ser aplicada
ao sistema para atingir este resultado, supondo-se o topo da mesa sem atrito? (c) Suponha que
nenhuma força seja fornecida a M e ambas as superfícies sejam sem atrito. Descreva o
movimento resultante.
(Pág. 95)
Solução.
(a) A aceleração a de M deve ser tal que a aceleração de m também seja a (horizontal). Diagrama de
forças em m:
y
Nm
a
m x
Pm
________________________________________________________________________________________________________ 22
a
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Forças em y:
Fy Nm cos mg 0
mg
Nm (1)
cos
Forças em x:
Fx max
Nm sen ma (2)
Substituindo-se (1) em (2):
mg
sen ma
cos
a g tan (3)
(b) Forças em x no sistema cunha-bloco:
Fx max
F m M a (4)
Substituindo-se (3) em (4):
F m M g tan
As componentes horizontais das forças normais da cunha sobre o bloco (Nm) e do bloco sobre a
cunha não precisam ser computados pois formam um par ação-reação e cancelam-se mutuamente.
(c) A cunha irá se mover para a esquerda com aceleração constante. O bloco irá descer pela
superfície inclinada da cunha com aceleração g sen em relação à cunha, porém com aceleração
menor e constante em relação à mesa. As forças que aceleram o bloco em relação à mesa são o seu
peso e a normal da cunha. O peso do bloco não varia nessas circunstâncias. Porém, quando a cunha
acelera para a esquerda, a normal que esta gera no bloco fica menor, o que diminui a aceleração do
bloco em relação à mesa quando comparada à situação em que a cunha permanece imóvel.
________________________________________________________________________________________________________ 23
a
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FÍSICA 1
09. Uma força horizontal F de 53 N empurra um bloco que pesa 22 N contra uma parede vertical
(Fig. 26). O coeficiente de atrito estático entre a parede e o bloco é 0,60 e o coeficiente de atrito
cinético é 0,40. Considere o bloco inicialmente em repouso. (a) O bloco começará a se mover?
Qual é a força exercida no bloco pela parede?
(Pág. 116)
Solução.
Forças no bloco:
fe ou fc
N F y
P
(a) A condição para que o bloco escorregue é que o seu peso (P) seja maior do que a força de atrito
estático (fe). Forças em x:
Fx 0
F N 0
F N (1)
Força de atrito estático:
fe eN (2)
Substituindo-se (1) em (2):
fe eF 0,60.(53 N)
fe 31,8 N
Este resultado significa que fe pode suportar um bloco de até 31,8 N de peso. Como o peso do bloco
é menor do que esse limite máximo, o bloco não desliza.
(b) A força exercida pela parede (FP) sobre o bloco tem duas componentes. A componente
horizontal é a força normal e a vertical é a força de atrito. Ou seja:
FP Ni fe j
De acordo com o esquema acima e os valores dados no enunciado, temos:
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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12. Um estudante quer determinar os coeficientes de atrito estático e atrito cinético entre uma caixa
e uma prancha. Ele coloca a caixa sobre a prancha e gradualmente levanta um dos extremos da
prancha. Quando o ângulo de inclinação com a horizontal alcança 28,0o, a caixa começa a
deslizar, descendo 2,53 m ao longo da prancha em 3,92 s. Ache os coeficientes de atrito.
(Pág. 116)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
N x
f
a v0 = 0
v
r
No momento em que a prancha está na iminência de deslizar, a caixa ainda está em equilíbrio.
Nessas condições age sobre a caixa, além do peso (P) e da normal (N), a força de atrito estática (fs).
Forças em y:
Fy 0
N P cos 0
N P cos (1)
Forças em x:
Fx 0
fs P sen 0
s N P sen (2)
Substituindo-se (1) em (2):
s P cos P sen
s 0,532
No momento em que o corpo desliza sobre a prancha, a força de atrito é do tipo cinético (fk). Forças
em x:
Fx max
fk P sen ma
k N mg sen ma (3)
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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k 0, 494
13. Um trabalhador quer empilhar areia em uma área circular em seu quintal. O raio do círculo é R.
Nenhuma areia deve sair para fora da área determinada; veja a Fig. 28. Mostre que o volume
máximo de areia que pode ser estocado dessa maneira é eR3/3, onde e é é o coeficiente de
atrito estático da areia com a areia. (O volume do cone é Ah/3, onde A é a área da base e h é a
altura.)
(Pág. 116)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
f
N
h y x
R
O volume do monte cônico é dado por:
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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Ah R2h
V (1)
3 3
Pelo esquema acima, vemos que:
h R tan (2)
Substituindo-se (1) em (2):
R 3 tan
V (3)
3
Vamos analisar a dinâmica de um grão de areia em particular. Forças em x:
Fx 0
N P cos 0
N mg cos (4)
Forças em y:
Fy 0
f P sen 0
e N mg sen (5)
Substituindo-se (4) em (5):
e tan (6)
Substituindo-se (6) em (3):
R3 e
V
3
20. O cabo de um escovão de massa m faz um ângulo com a vertical; veja a Fig. 31. Seja c o
coeficiente de atrito cinético entre o escovão e o assoalho e e o coeficiente de atrito estático.
Despreze a massa do cabo. (a) Ache o módulo da força F, dirigida ao longo do cabo, necessária
para fazer com que o escovão deslize com velocidade uniforme sobre o assoalho. (b) Mostre
que se for menor do que um certo ângulo, 0, o escovão não poderá deslizar sobre o assoalho,
por maior que seja a força aplicada ao longo do cabo. Qual é o ângulo 0?
(Pág. 117)
Solução.
Forças no escovão:
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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y
m
f
x
F
P
(a) No movimento com velocidade constante, a força resultante sobre o escovão é nula. Forças em
y:
Fy 0
N P F cos 0
N mg F cos (1)
Forças em x:
Fx 0
F sen fc F sen c N 0 (2)
Substituindo-se (1) em (2):
F sen c mg c F cos 0
c mg
F
sen c cos
(b) Na situação de repouso do escovão, a força de atrito é estática. A força que age no escovão é
idêntica à do item (a), substituindo-se c por e.
e mg
F
sen e cos
A condição para que a força F seja infinita e ainda assim o sistema permanecer em repouso é:
sen e cos 0
tan 0 e
1
0 tan e
24. O bloco B na Fig. 33 pesa 712 N. O coeficiente de atrito estático entre o bloco B e a mesa é
0,25. Encontre o peso máximo do bloco A para o qual o sistema permanecerá em equilíbrio.
(Pág. 117)
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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Solução.
Como o sistema está em equilíbrio, o ponto onde os três cabos se encontram (ponto O) também está
em equilíbrio. Diagrama das forças nesse ponto:
TA
TB’ O y
x
PA
Forças em y no ponto O:
Fy 0
TA sen PA 0
PA
TA (1)
sen
Forças em x no ponto O:
Fx 0
TA cos TB ' 0
Como TB’ = TB (par ação-reação):
TB TA cos (2)
Substituindo-se (1) em (2):
PA
TB (3)
tan
Forças no bloco B:
NB
fe TB y
PB
Forças em y no bloco B:
N B PB 0
NB PB (4)
Forças em x no bloco B:
TB fe 0
TB fe e NB (5)
Substituindo-se (4) em (5):
TB e PB (6)
Substituindo-se (3) em (6):
PA e PB tan 154,733 N
PA 1,5 102 N
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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27. Um bloco desliza para baixo de uma calha de ângulo reto inclinada, como na Fig. 36. O
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o material da calha é c. Ache a aceleração do
bloco.
(Pág. 118)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
Forças em z:
Fz 0
N P cos 0
N mg cos (1)
Devemos considerar a força de atrito cinética total (fk) como sendo a soma de duas forças de atrito
(fk’ e fk’’), cada uma surgindo a partir da interação entre a caixa e a calha na direção x.
z
N
N’
45o N’’
P
'
fk f k f k'' k N' k N '' 2 k N cos 45
fk 2 k N (2)
Substituindo-se (1) em (2):
fk 2 k mg cos (3)
Forças em x:
Fx max
P sen fk ma (4)
Substituindo-se (3) em (4):
mg sen 2 k mg cos ma
a g sen 2 k cos
Este resultado indica que a aceleração será zero (condição de equilíbrio estático, na iminência de
deslizar na calha) quando:
sen 2 s cos
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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1
s tan
2
Este resultado difere da situação de uma caixa na iminência de deslizar sobre uma superfície
inclinada:
s tan
28. Os dois blocos, m = 16 kg e M = 88 kg, mostrados na Fig. 37 estão livres para se moverem. O
coeficiente de atrito estático entre os blocos é e = 0,38, mas a superfície abaixo de M é lisa,
sem atrito. Qual é a força mínima horizontal F necessária para segurar m contra M?
(Pág. 118)
Solução.
Para segurar m contra M, a condição necessária é que o módulo da força de atrito que M exerce em
m para cima seja igual ao módulo do peso de m. Forças no bloco m:
m fe
Nm F y
x
a
Pm
Forças em x no bloco m:
Fx max
F Nm ma
F ma Nm (1)
Forças em y no bloco m:
Fy 0
Pm fe mg e Nm 0
mg
Nm (2)
e
Forças no bloco M:
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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NM
M
N’ y
fe’ x
a
PM
Forças em x no bloco M:
N 'm Ma
Como N = N’ (par ação-reação):
N
a (3)
M
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
mg mg mg m
F m 1 488,15311 N
M e e e M
F 4,9 102 N
31. Uma laje de 42 kg repousa sobre um assoalho sem atrito. Um bloco de 9,7 kg repousa sobre a
laje, como na Fig. 40. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a laje é 0,53, enquanto o
coeficiente de atrito cinético é 0,38. O bloco de 9,7 kg sofre a ação de uma força horizontal de
110 N. Qual é a aceleração resultante (a) do bloco e (b) da laje?
(Pág. 118)
Solução.
Em primeiro lugar temos que verificar se haverá deslizamento entre o bloco e a laje. Isso ocorrerá
se o módulo da força horizontal que atua no bloco (F) for maior do que o módulo da força de atrito
estática entre o bloco e a laje (fs). Verificação:
fs s Nm s Pm s mg 50 N
Como F = 110 N, o bloco deslizará sobre a laje, sendo f a força de atrito cinético. Forças sobre o
bloco:
m Nm
F f y
x
am
Pm
Forças em y sobre o bloco:
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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Fy 0
Nm Pm 0
Nm mg (1)
Forças em x sobre o bloco:
Fx 0
f F mam
c Nm F mam (2)
Substituindo-se (1) em (2) e resolvendo-se para am:
F
am cg 7, 6124 m/s2
m
am 7, 6 m/s 2
Forças sobre a laje:
Nm’
NM
M
f’ y
x
aM
PM
Forças em x sobre a laje:
f ' MaM
Como f = f’ (par ação-reação):
f c Nm mg
aM c
0,86094 m/s2
M M M
aM 0,86 m/s 2
40. Um disco de massa m sobre uma mesa sem atrito está ligado a um cilindro de massa M suspenso
por uma corda que passa através de um orifício da mesa (veja a Fig. 42). Encontre a velocidade
com a qual o disco deve se mover em um círculo de raio r para que o cilindro permaneça em
repouso.
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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(Pág. 119)
Solução.
O cilindro permanecerá em repouso se a tensão na corda que o sustenta for igual ao seu peso.
Forças no cilindro:
T
M
y
PM
Fy 0
T PM 0
T Mg (1)
Forças no disco:
Nm
m T’
Pm
Fx max
T ' Fc (2)
Na Eq. (2) Fc é a força centrípeta responsável pelo movimento circular do disco e T’ = T (par ação-
reação).
mv 2
T (3)
r
Substituindo-se (1) em (3):
mv 2
Mg
r
Mgr
v
m
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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47. Um avião está voando em uma trajetória circular horizontal à velocidade de 482 km/h. As asas
do avião estão inclinadas de 38,2o com a horizontal; veja a Fig,. 44. Encontre o raio do círculo
no qual o avião está voando. Suponha que a força centrípeta seja totalmente fornecida pela força
de sustentação perpendicular à superfície da asa.
(Pág. 119)
Solução.
Como o avião descreve uma trajetória circular, está sujeito a uma força centrípeta (Fc). Esta é a
componente radial da força de sustentação do ar (Fs). A força peso do avião (P) não contribui para
Fc pois é ortogonal à direção radial. Considere o seguinte esquema:
Vista de cima
y y
Fs
v x
R
x
v
P
Forças em x:
Fx max
mv 2
Fs sen Fc
R
mv 2
R (1)
Fs sen
Forças em y:
Fy 0
Fs cos P 0
mg
Fs (2)
cos
Substituindo-se (2) em (1):
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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mv 2 v2
R 2.322,1387 m
mg g tan
sen
cos
R 2,32 km
52. Uma bola de 1,34 kg está presa a uma haste rígida vertical por meio de dois fios sem massa, de
1,70 m de comprimento cada. Os fios estão presos à haste em pontos separados de 1,70 m. O
conjunto está girando em volta do eixo da haste, com os dois fios esticados formando um
triângulo eqüilátero com a haste, como mostra a Fig. 45. A tensão no fio superior é 35,0 N. (a)
Encontre a tensão no fio inferior. (b) Calcule a força resultante na bola, no instante mostrado na
figura. (c) Qual é a velocidade da bola?
(Pág. 120)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
l T1
m
m
r
l v x
a
T2 P
l
R T1 T2 P
R T1 sen i T1 cos j T2 sen i T2 cos j mgj
53. Um cubo muito pequeno de massa m é colocado dentro de um funil (veja a Fig. 46) que gira em
torno de um eixo vertical à taxa constante de v revoluções por segundo. A parede do funil forma
um ângulo com a horizontal. O coeficiente de atrito estático entre o cubo e o funil é c e o
centro do cubo está à distância r do eixo de rotação. Encontre (a) o maior valor e (b) o menor
valor de v para o qual o cubo não se moverá em relação ao funil.
(Pág. 120)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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(a) Na situação em que o corpo está na iminência de subir a parede do funil observa-se o seguinte
esquema de forças sobre o bloco:
y
N
m
x
fs
P
Embora tenhamos fs sN, na condição limite de o bloco subir pela parede do funil isso implica em:
fs s N
Forças sobre o bloco que atuam na coordenada y:
Fy 0
Ny Py f sy 0
Embora a força de atrito cinética seja definida como fs sN, na condição de iminência de o bloco
subir pela parede do funil isso implica em:
fs s N
Logo:
N cos mg s N sen 0
mg
N (1)
cos s sen
Forças sobre o bloco que atuam na direção radial (coordenada x), onde Fc é a força centrípeta (força
resultante na direção radial):
Fx mac
Px Nx f sx Fc
mv 2
0 N sen s N cos
r
r
v2 N sen s cos (2)
m
Substituindo-se (1) em (2):
r mg
v2 sen s cos
m cos s sen
sen cos
v2 rg s
(3)
cos s sen
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
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tan
4 2 r 2vrps
2
rg s
tan s
1 g tan s
vrps
2 r tan s
(b) Quando o bloco está na iminência de descer a parede do funil, vale o seguinte esquema de
forças:
y
fs N
x
m
P
O desenvolvimento da solução é idêntico ao do item (a).
54. Devido à rotação da Terra, um fio de prumo pode não pender exatamente ao longo da direção da
força gravitacional que a Terra exerce no próprio fio, mas pode desviar ligeiramente dessa
direção. (a) Mostre que o ângulo de desvio (em radianos), em um ponto de latitude L, é dado
por
2 2R
sen 2 L ,
gT 2
onde R é o raio e T é o período de rotação da Terra. (b) Em que latitude esse desvio é máximo?
De quanto é esse desvio? (c) Qual é o desvio nos pólos? E no equador?
(Pág. 120)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
Fio de prumo
Terra y T
x
r Fc Direção radial
L
L
P Peso do prumo
R
À medida que a Terra gira em torno de seu eixo o peso do prumo descreve uma trajetória circular de
raio r = R cos L e, portanto, está sujeito a uma força centrípeta (Fc) que é a resultante das forças
peso do prumo (P) e tensão no fio do prumo (T) na direção radial. Vamos aplicar a segunda lei de
Newton ao prumo. Em x:
Fx max
________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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2L
2
________________________________________________________________________________________________________ 17
a
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L 45
4
Verificação da concavidade da função em L = /4:
d2 4 2R 8 2R
( 2)sen 2 L sen 2 L
dL2 gT 2 gT 2
Para L = /4, sen (2L) = sen ( /2)=1. Logo:
d2 8 2R
0
dL2 gT 2
Como d2 /dL2 0 implica em concavidade para baixo, L = /4 é um ponto de máximo da função
= f(L).
(c) Nos pólos temos L = 90o = rad. Logo, de acordo com (6) = 0. No equador temos L = 0o = 0
rad. Logo, de acordo com (6) = 0.
55. A posição de uma partícula de massa 2,17 kg que desloca em linha reta é dada por
onde x é dado em metros e t em segundos. Encontre (a) a velocidade, (b) a aceleração e (c) a
força na partícula no instante t = 7,18 s.
(Pág. 120)
Solução.
(a)
dx( t )
v(t ) 4at 3 2bt
dx
Para t = 7,18 s:
v(7,18 s) 235,1559 m/s
v(7,18 s) 235 m/s
(b)
dv(t )
a(t ) 12at 2 2b
dx
Para t = 7,18 s:
a(7,18 s) 106,5745 m/s 2
65. Uma barcaça de canal, de massa m, está viajando com velocidade vi quando seu motor pára. A
força de arrasto D com a água é dada por D = bv. (a) Encontre uma expressão para o tempo
________________________________________________________________________________________________________ 18
a
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necessário para que a barcaça reduza a sua velocidade até vf. (b) Calcule numericamente o
tempo para que uma barcaça de 970 kg, navegando inicialmente a 32 km/h, reduza a sua
velocidade para 8,3 km/h; o valor de b é 68 N.s/m.
(Pág. 121)
Solução.
Considere o esquema da situação a seguir:
y
x
D m vi D m vf
a a
(a) O movimento da barcaça é retardado por uma aceleração variável, pois a força de arrasto da
água de pende da velocidade do barco. Aplicando-se a segunda lei de Newton ao barco, na
coordenada x:
Fx max
dv
bv m
dx
dv b
dt
v m
v f dv b t
dt
vi v m 0
vf b
ln t
vi m
m vf
t ln (1)
b vi
(b) Substituindo-se os valores numéricos em (1) obtém-se:
t 19, 2499 s
t 19 s
________________________________________________________________________________________________________ 19
a
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FÍSICA 1
10. Um bloco de 5,0 kg se move em linha reta sobre uma superfície horizontal sem atrito sob
influência de uma força que varia com a posição, como mostra a Fig. 15. Qual é o trabalho
realizado pela força quando o bloco se move desde a origem até x = 8,0 m?
(Pág. 136)
Solução.
O trabalho de uma força unidimensional é dado por:
x
W F( x ) dx
x0
Isso significa que num gráfico de F(x) x o trabalho é a área entre a curva e a coordenada zero do
eixo da força, sendo que as áreas acima da coordenada zero (Asuperior) são positivas e as que ficam
abaixo (Ainferior)são negativas. O cálculo da área deve ser feito utilizando-se as escalas da ordenada e
da abscissa. Vale notar que cada célula da malha do gráfico corresponde a um trabalho equivalente
a 10 J. Portanto:
W Asuperior Ainferior 30 J 5 J
W 25 J
17. Um objeto de massa 0,675 kg está em uma mesa sem atrito e ligado a um fio que passa através
de um buraco da mesa, no centro de um círculo horizontal no qual o objeto se move com
velocidade constante. (a) Se o raio do círculo for 0,500 m e a velocidade da massa for 10,0 m/s,
calcule a tensão no fio. (b) Verifica-se que se puxarmos o fio para baixo mais 0,200 m,
reduzindo assim o raio do círculo para 0,300 m obtém-se o mesmo efeito que se multiplicarmos
a tração do fio original por 4,63. Calcule o trabalho total realizado pelo fio sobre o objeto
girante durante a redução do raio.
(Pág. 137)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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m m
R0 T R
T0
v0 v
(a) A força centrípeta do movimento circular do objeto vale:
mv 2
Fc
r
Como Fc = T0:
mv02
T0 (1)
R0
T0 135 N
(b)
mv 2
T 4, 63T0 (2)
R
Dividindo-se (1) por (2):
R0v 2
4, 63
Rv02
Rv02
v2 4, 63 (3)
R0
Aplicando-se o teorema do trabalho-energia cinética:
1
W K K K0 m v 2 vo2 (4)
2
Substituindo-se (3) em (4):
1 2 R
W mv0 4, 63 1 60, 007 J
2 R0
W 60,0 J
26. A Terra circula o Sol uma vez por ano. Qual é o trabalho que deveria ser feito sobre a Terra para
trazê-la ao repouso em relação ao Sol?
(Pág. 138)
Solução.
O trabalho que uma força externa deveria fazer para parar a Terra pode ser calculado por meio do
teorema do trabalho-energia cinética. Como há duas forças agindo sobre a Terra, força do agente
externo que vai parar a Terra e a força gravitacional do Sol, o trabalho total é a soma dos trabalhos
realizados por estas forças. Supondo que a força gravitacional é sempre perpendicular ao
movimento da Terra, seu trabalho será nulo. Logo:
1
Wtotal Wext Wg Wext 0 K K f Ki m v 2f vi2
2
Como a Terra será imobilizada, sua velocidade final será zero.
1 1 2
Wext m 0 vi2 mvi (1)
2 2
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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A velocidade inicial da Terra é a velocidade com a qual ela viaja através do espaço em torno do Sol.
Sendo dTS a distância Terra-Sol e T o período de translação da Terra, sua velocidade vale:
2 dTS 2 150 109 m
vi 29.865, m/s
T 365, 25 d 86.400 s/d
Ou seja, a velocidade média de translação da Terra é de cerca de 108 mil km/h. Substituindo-se vi
em (1), teremos:
1 2
Wext 5,98 1024 kg 29.865, m/s 2, 66689 1033 J
2
Wext 2, 7 1033 J
O sinal negativo no resultado acima significa que o agente externo deve aplicar a força no sentido
contrário ao deslocamento da Terra.
Só para termos uma idéia de a quanta energia corresponde este resultado, vamos fazer uma pequena
conta, sabendo-se que 1 J = 1 W.h:
1 MW 1h
Wext 2,7 1033 W.h 6
7.5 1023 MW.h
10 W 3.600 s
A usina de Itaipú forneceu em 2007 cerca 91 milhões de MW.h de energia elétrica e isto
representou cerca de 19% da energia elétrica consumida no Brasil. Logo, a energia total consumida
foi de cerca de 480 milhões de MW.h. Logo, a energia requerida para parar a Terra representa a
energia necessária para abastecer o Brasil durante:
7,5 1023 MW.h
6
1,6 1015 anos
480 10 MW.h/ano
Isto representa cerca de 100 mil vezes a idade do universo (15 bilhões de anos).
28. Um projétil de 0,550 kg é lançado da beira de um penhasco com energia cinética inicial de
1.550 J e em seu ponto mais alto está a 140 m acima do ponto de arremesso. (a) Qual é a
componente horizontal de sua velocidade? (b) Qual era a componente vertical de sua velocidade
logo após o lançamento? (c) Em um instante durante o seu vôo encontra-se o valor de 65,0 m/s
para a componente vertical de sua velocidade. Neste instante, qual é a distância a que ele está
acima ou abaixo do seu ponto de lançamento?
(Pág. 138)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y
K0
h
m
x
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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32. Uma bola de borracha deixada cair de uma altura de 1,80 m é rebatida várias vezes pelo chão,
perdendo 10% de sua energia cinética de cada vez. Depois de quantas colisões a bola não
conseguirá se elevar acima de 0,90 m?
(Pág. 138)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y
h0
h1
h2
K0 K1 K2
0
Seja K0 a energia cinética inicial, K1 a energia cinética após a primeira rebatida, K2 a energia
cinética após a segunda rebatida, etc., e KN a energia cinética da bola após a N-ésima rebatida.
Temos que:
K1 0,9 K0
K2 0,9 K1 0,92 K0
K3 0,9 K 2 0,93 K0
Logo:
KN 0,9 K N 1 0,9 N K 0 (1)
Também pode-se usar o trabalho da força gravitacional na subida da bola após cada rebatida para
fazer o cálculo de K1, K2, etc., KN.
W K
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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mgh1 K K0 0 K1
K1 mgh1
Logo:
K2 mgh2
Portanto, após a N-ésima rebatida:
KN mghN (2)
Queremos saber N tal que hN 0,90 m. Igualando-se (1) e (2):
N
0,9 K0 mghN
0,9 N mgh0 mghN
hN 0,90 m
0,9 N 0,5
h0 1,80 m
ln 0,5
N 6,57
ln 0,9
A altura h = 0,90 só deixa de ser atingida após N = 6,57 rebatidas. Logo:
N 7
33. Um bloco de 263 g é deixado cair sobre uma mola vertical de constante elástica k = 2,52 N/cm
(Fig. 20). O bloco adere-se à mola, que ele comprime 11,8 cm antes de parar
momentaneamente. Enquanto a mola está sendo comprimida, qual é o trabalho realizado (a)
pela força da gravidade e (b) pela mola? (c) Qual era a velocidade do bloco exatamente antes de
se chocar com a mola? (d) Se esta velocidade inicial do bloco for duplicada, qual será a
compressão máxima da mola? Ignore o atrito.
(Pág. 138)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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v0 = 0 y
m y0
v1
F
0 y1
v2 = 0
y2
k P
(a)
r
Wg F(r ) dr
r0
y2 y2
Wg Pdy mg dy mg ( y2 y1 ) 0,30444 J
y1 y1
Wg 0,304 J
(b)
y2
y2 y2 y2 k 2
We F( y ) dy ( ky )dy k ( y1 y22 ) 1, 7544 J
y1 y1 2 y1
2
We 1, 75J
(c) Aplicando-se o teorema do trabalho-energia cinética:
W K
1 2
Wg We K 2 K1 0 mv1
2
2
v1 Wg We 3,32058 m/s
m
v1 3,32 m/s j
(d) v1’ = 2 v1
W K
Wg We K2 K1' 0 K1'
k 2 1 '2
mg ( y2' y1 ) ( y1 y2'2 ) mv1
2 2
k '2 1
mgy2' y2 m(2v1 )2
2 2
k '2
y2 mgy2' 2mv12 0
2
A equação do segundo grau correspondente é:
y2'2 0, 020476 y2' 0, 04603 0
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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47. Um bloco de granito de 1.380 kg é arrastado para cima de um plano inclinado por um guincho, à
velocidade constante de 1,34 m/s (Fig. 23). O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o
plano inclinado é 0,41. Qual é a potência que deve ser fornecida pelo guincho?
(Pág. 139)
Solução.
Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o bloco:
y
N T x
m
fc
P
A potência fornecida pelo guincho é dada pela Eq. (1), onde v é a velocidade de elevação do bloco,
F é força responsável pela elevação do bloco e é o ângulo entre F e v. Essa força, que na verdade
é uma tensão (T), é gerada pelo motor do guincho e transmitida ao bloco por meio da corda
mostrada na figura.
P F.v Fv cos Fv Tv (1)
Vamos aplicar a primeira lei de Newton ao bloco, considerando-se apenas as forças em y:
Fy 0
N P cos 0
N mg cos (2)
Agora em x:
Fx 0
T fc P sen 0
T c N mg sen (3)
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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52. Mostre que a velocidade v alcançada por um carro de massa m dirigido com potência constante
P é dada por
1/ 3
3xP
v ,
m
54. Qual é a potência desenvolvida por uma máquina de afiar cuja roda tem raio de 20,7 cm e gira a
2,53 rev/s quando a ferramenta a ser afiada é mantida contra a roda por uma força de 180 N? O
coeficiente de atrito entre a roda e a ferramenta é 0,32.
(Pág. 139)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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fc
r y
N F
x
Em primeiro lugar vamos converter a freqüência angular f (rps) para velocidade angular (rad/s):
2 f
A velocidade tangencial da roda vale:
v r 2 rf (1)
As forças no eixo x são F, a força que a ferramenta que é afiada exerce sobre a roda, e N a força de
reação a F que aparece no eixo da roda. Logo:
Fx 0
N F 0
N F (2)
Cálculo da potência dissipada pela força de atrito (fc):
P fc .v fc v cos fc v cos fcv Nv (3)
Substituindo-se (1) e (2) em (3):
1
P 2 Ffr 2 0,32 180 N 2,53 s 0, 207 m 189,5366 W
P 1,9 102 W
F Fm y
P
A potência do motor P de um automóvel é dada pelo produto escalar da força gerada pelo motor Fm
e a velocidade do automóvel v. Na Eq. (1), é o ângulo entre Fm e v.
P Fm .v Fmv cos Fmv cos 0 Fmv (1)
A força do motor pode ser determinada a partir da segunda lei de Newton, onde F é a força de
resistência ao movimento do carro:
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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Fx max
Fm F ma
P
Fm 300 1,8v 2 a (2)
g
Substituindo-se (2) em (1):
P
P 300 1,8v 2 a v 51.428, 24 W 68,965 hp
g
P 69 hp
58. Um regulador centrífugo consiste em duas esferas de 200 g presas mediante hastes leves e
rígidas de 10 cm a um eixo de rotação vertical. As hastes são articuladas de modo que as esferas
se afastam para longe do eixo enquanto giram com ele. Entretanto, quando o ângulo é 45o, as
esferas encontram a parede do cilindro dentro do qual o regulador está girando; veja a Fig. 24.
(a) Qual é a velocidade mínima de rotação, em revoluções por minuto, necessárias para as
esferas tocarem na parede? (b) Se o coeficiente de atrito cinético entre as esferas e a parede é
0,35, que potência é dissipada como resultado do atrito das esferas contra a parede quando o
mecanismo gira a 300 rev/min?
(Pág. 140)
Solução.
(a) Forças sobre uma das esferas:
y
T
m
x
P
A velocidade mínima de rotação é obtida quando as esferas estão na iminência de tocar nas paredes
do cilindro (N = 0, onde N é a força normal de contato das esferas com a parede.). Forças em y:
Fy 0
T cos mg 0
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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mg
T (1)
cos
Forças em x:
Fx max
v2
T sen mac m (2)
r
Substituindo-se (1) em (2):
mg v2
sen m
cos r
v lg sen tan (3)
Cálculo da velocidade angular , em rpm:
v v
r l sen
Podemos trabalhar diretamente com RPM fazendo a seguinte transformação:
v rad 60 s 1 rot
rpm
l sen s min 2 rad
30v
rpm (4)
l sen
Substituindo-se (3) em (4):
30 g 30 9,81 m/s 2
rpm 112, 4769 rpm
l cos 0,10 m cos 45
P
A equação (1) ainda é válida para esta situação. Forças em x:
Fx max
v2 v2
T sen N mac m m
r l sen
mv 2
N T sen (5)
l sen
Substituindo-se (1) em (5):
mv 2
N mg tan (6)
l sen
A força de atrito cinética vale::
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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fc c N
A potência total dissipada pelo atrito, considerando-se duas esferas, é:
P 2 fc .v 2 c Nv (7)
Substituindo-se (6) em (7):
mv 2
P 2 cv mg tan (8)
l sen
De (4) temos:
rpm l sen
v (9)
30
2 2
rpm
2
l sen 2
v2 (10)
900
Substituindo-se (9) e (10) em (8):
2 2
rpm l sen m l sen 2
rpm
2
P 2 c mg tan
30 l sen 900
2 2 2
c m rpm l sen rpm l g
P (11)
15 900 cos
2
0,35 0, 200 kg 300 rpm 0,10 m sen 45
P
15
2
2
300 rpm 0,10 m 9,81 m/s 2
900 cos 45
P 18,6534 W
P 19 W
De acordo com (11), a potência dissipada será igual a zero se:
2 2
rpm l sen
g tan
900
g30
rpm
l cos
Que é a resposta literal do item (a).
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
02. Alega-se que até 900 kg de água podem ser evaporados diariamente pelas grandes árvores. A
evaporação ocorre nas folhas e para chegar lá a água tem de ser elevada desde as raízes da
árvore. (a) Suponha que em média a água seja elevada de 9,20 m acima do solo; que energia
deve ser fornecida? (b) Qual a potência média envolvida, se admitirmos que a evaporação
ocorra durante 12 horas?
(Pág. 159)
Solução.
(a) A água ao ser transportada para o topo da árvore tem sua energia potencial aumentada de UA = 0
até UB = mgh. Ou seja:
U UB U A
U mgh
O trabalho realizado para elevar a água corresponde à energia que deve ser fornecida:
W U mgh 81.226,8 J
W 81,2 kJ
(b)
W mgh
P 1,88025 W
t t
P 1,88 W
10. Um carro de montanha russa, sem atrito, parte do ponto A (Fig. 25) com velocidade v0. Calcule
a velocidade do carro: (a) no ponto B, (b) no ponto C, (c) no ponto D. Suponha que o carro
possa ser considerado uma partícula e que permaneça o tempo todo no trilho.
(Pág. 159)
Solução.
Como a única força que realiza trabalho (peso do carrinho) é conservativa, o sistema é conservativo.
Portanto é possível aplicar o princípio da conservação da energia mecânica. Vamos supor que na
base da montanha russa Ug = 0.
(a)
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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EA EB
K A U gA K B U gB
1 2 1 2
mv0 mgh mvB mgh
2 2
vB v0
(b)
EA EC
K A U gA KC U gC
1 2 1 2 h
mv0 mgh mvC mg
2 2 2
v02 2 gh vC2 gh
vC v02 gh
(c)
EA ED
K A U gA K D U gD
1 2 1 2
mv0 mgh mvC 0
2 2
v02 2 gh vC2
vC v02 2 gh
13. Uma haste delgada de comprimento L = 2,13 m e de massa desprezível pode girar em um plano
vertical, apoiada num de seus extremos. A haste é afastada de = 35,5o e largada, conforme a
Fig. 28. Qual a velocidade da bola de chumbo presa à extremidade inferior, ao passar pela
posição mais baixa?
(Pág. 160)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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Lcos L
A
vA = 0
h B m
vB Ug = 0
A única força que realiza trabalho neste sistema é o peso da massa m. A tensão na corda, que é
radial, é sempre ortogonal aos deslocamentos tangenciais da massa e, portanto, não realiza trabalho.
Logo, a energia mecânica do sistema é conservada:
EA EB
K A U gA K B U gB
1 2
0 mgh mvB 0
2
2 g ( L L cos ) vB2
vB 2 gL(1 cos ) 2, 749135 m/s
vB 2,75 m/s
A expressão literal da resposta indica que se 1 cos = 0 implica em vB = 0. Isso ocorre quando
cos = 1 ou = 0o.
21. A mola de um revólver de brinquedo tem constante elástica de 7,25 N/cm. O revólver é
inclinado de 36,0o acima da horizontal e dispara uma bola de 78 g à altura de 1,9 m acima da
boca do revólver. (a) Qual a velocidade de saída da bola? (b) De quanto deve ter sido
comprimida inicialmente a bola?
(Pág. 161)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
C
y vC
g
v0
h
B
x
A
m d
k
Como o sistema é conservativo, vamos aplicar o princípio da conservação da energia mecânica aos
pontos B e C.
EB EC
K B U gB KC U gC
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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No ponto C o projétil tem velocidade vertical igual a zero e velocidade horizontal (que é a
velocidade do projétil) igual a v0 cos .
1 2 1 2
mv0 0 m v0 cos mgh
2 2
v02 v02 cos2 2 gh
2 gh
v0 10,3874 m/s
1 cos 2
v0 10 m/s
(b) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos pontos A e B:
EA EB
K A U gA U eA K B U gB U eB
1 2 1 2 2
0 mgd sen kd mv0 0 0
2 2 k
2mg sen mv02
d2 d 0
k k
As raízes desta equação são:
d1 0,108364
d2 0,107123
Como d 0:
d1 0,11 m
23. Uma corrente é mantida sobre uma mesa sem atrito, ficando um quarto do seu comprimento
dependurado na borda (veja Fig. 33). O comprimento da corrente é L e sua massa m; que
trabalho é necessário para puxar para o tampo da mesa a parte dependurada?
(Pág. 161)
Solução.
Considerando-se que a força F irá puxar a corrente para a direita com velocidade constante, seu
módulo será sempre igual ao módulo do peso P(y) da parte suspensa da corrente. Como o peso o
peso da parte suspensa da corrente é variável, F também é variável. Seja a densidade linear de
massa da corrente:
m
L
m L
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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26. Duas crianças brincam de acertar, com uma bolinha lançada por um revólver de brinquedo
situado na mesa, uma caixinha colocada no chão a 2,20 m da borda da mesa (veja a Fig. 35).
Kiko comprime a mola de 1,10 cm, mas a bolinha cai a 27,0 cm antes da caixa. De quanto deve
a mola ser comprimida pela Biba para atingir o alvo?
(Pág. 161)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
v0 = 0
y
x
2
1 v
g
x
d
l
Vamos aplicar o princípio da conservação da energia mecânica no lançamento horizontal da bola
pela mola:
E0 E
K0 U e 0 K Ue
1 2 1 2
0 kx mv 0
2 2
kx2 mv2
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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27. Um pequeno bloco de massa m escorrega ao longo de um aro como mostrado na Fig. 36. O
bloco sai do repouso no ponto P. (a) Qual a força resultante que atua nele quando estiver em Q?
(b) A que altura acima do fundo deve o bloco ser solto para que, ao passar na parte mais alta do
círculo, esteja a ponto de desprender-se dele?
(Pág. 161)
Solução.
(a) No ponto Q as forças que atuam no bloco são:
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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Q
N y
P
P mgj (1)
N Ni (2)
Em Q a força normal (N) é a própria força centrípeta do movimento circular de raio R, uma vez que
o peso do bloco (P) não possui componente radial. Logo:
mvQ2
Fc ,Q N (3)
R
Aplicando-se o princípio da conservação da energia aos pontos P e Q:
EP EQ
K P U gP KQ U gQ
1 2
0 mg 5R mvQ mgR
2
vQ2 8 gR (4)
Substituindo-se (4) em (3):
N 8mg (5)
Substituindo-se (5) em (2):
N 8mgi (6)
Portanto, a força resultante sobre o bloco no ponto Q vale:
R N P
R 8mgi mgj
(b) A condição para que no ponto T (topo da trajetória circular) o bloco esteja na iminência de
desprender-se da superfície é que a força normal exercida pela superfície sobre o bloco (NT) seja
zero. Logo, a força centrípeta do bloco no ponto T será seu próprio peso.
mvT2
Fc ,T P mg
R
vT2 gR (7)
Aplicando-se o princípio da conservação da energia aos pontos S e T, onde S é o novo ponto da
rampa (altura h) de onde será solto o bloco a partir do repouso:
ES ET
K S U gS KT U gT
1 2
0 mgh mvT mg 2 R (8)
2
Substituindo-se (7) em (8):
1
h R 2R
2
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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5R
h
2
32. O fio da Fig. 38 tem comprimento L = 120 cm e a distância d ao pino fixo P é de 75,0 cm.
Quando se larga a bola em repouso na posição mostrada ela oscilará ao longo do arco
pontilhado. Qual será a sua velocidade (a) quando alcançar o ponto mais baixo do movimento?
(b) quando alcançar o ponto mais elevado depois que o fio encostar no pino?
(Pág. 162)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
vA = 0
A
C
d
vC
r
Ug = 0
B vB
Aplicando-se o princípio da conservação da energia aos estados A e B:
EA EB
K A U gA K B U gB
1 2
0 mgL mvB 0
2
vB 2 gL 4,8522 m/s
vB 4,85 m/s
Esta velocidade é a mesma que seria obtida caso o bloco tivesse caído em queda livre da altura d +
r.
(b) De acordo com o resultado do problema 33 (Pág. 162), para que a bola faça um círculo completo
ao redor do ponto P a distância d deve ser maior do que 3L/5. Como 3L/5 = 72 cm e d = 120 cm,
isso implica em d 3L/5. Portanto, a bola faz uma trajetória circular completa ao redor do pino.
Chamando de C o estado do sistema quando a bola está no topo da trajetória circular ao redor do
pino:
EA EC
K A U gA KC U gC
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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1 2
0 mgL mvC mg 2( L d )
2
vC2 2 gL 4 g ( L d )
vC 2 g (2d L) 2, 4261 m/s
vC 2, 43 m/s
A expressão literal da resposta indica que se 2d L = 0 implica em vC = 0. Isso ocorre quando d =
L/2. Isto é verdade pois, neste caso, o ponto C (topo da trajetória circular em torno do pino)
coincidiria com o pino (mesma altura do ponto A).
33. Mostre, ainda em relação à Fig. 38, que, para a bolinha do pêndulo completar uma volta inteira
em redor do pino deve ser d > 3L/5. (Sugestão: A bolinha deve ter velocidade no alto da
trajetória, caso contrário o fio se afrouxa.)
(Pág. 162)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
vA = 0
A
C
d
vC
r
Ug = 0
A condição mínima para que a bola complete uma volta em torno do ponto P é que a tensão na
corda seja zero. Nesta condição a força centrípeta do seu movimento circular será o próprio peso da
bola.
mvC2
Fc P mg
r
vC2 gr g (L d ) (1)
Aplicando-se o princípio da conservação da energia aos estados A e C:
EA EC
K A U gA KC U gC
1 2
0 mgL mvC mg 2( L d ) (2)
2
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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35. Um bloco de 3,22 kg parte do repouso e desliza uma distância d para baixo de uma rampa
inclinada de 28,0o e se choca com uma mola de massa desprezível, conforme a Fig. 32. O bloco
desliza mais 21,4 cm antes de parar momentaneamente ao comprimir a mola, cuja constante
elástica é de 427 N/m. (a) Quanto vale d? (b) A velocidade do bloco continua a aumentar
durante certo tempo depois de chocar-se com a mola. Qual a distância adicional que o bloco
percorre antes de alcançar sua velocidade máxima e começar a diminuir?
(Pág. 162)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema:
(d + l) sen
l
A
Ug = 0
B
Na ausência da força de atrito o sistema é conservativo e a energia mecânica é conservada:
EA EB
K A U gA U eA K B U gB U eB
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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1 2
0 mg (d l )sen 0 0 0 kl
2
kl 2
d l 0, 4453 m
2mg sen
d 0, 45 m
(b) Considere o seguinte esquema da nova situação:
(d + l) sen
l x
A
Ug = 0
v(x) (l - x) sen
C
Para encontrar a velocidade máxima que o bloco atinge após comprimir a mola de uma distância x
vamos construir uma função v(x) = f(x) e em seguida encontrar o valor de x que torna dv(x)/dx = 0.
Para construir v(x), vamos aplicar a conservação da energia mecânica aos pontos A, de onde o bloco
é solto com velocidade nula, e C, o ponto onde a velocidade é máxima.
EA EC
K A U gA U eA KC U gC U eC
1 2 1 2
0 mg (d l )sen 0 mv( x ) mg (l x)sen kx
2 2
1/ 2
kx 2
v( x ) 2 g sen (d x)
m
O valor de x que torna dv(x)/dx = 0 vale:
1/ 2
dv( x ) 1 kx 2 2kx
2 g sen (d x) . 2 g sen 0 (1)
dx 2 m m
A Eq. (1) somente será verdadeira se:
2kx
2 g sen 0
m
mg sen
x 0, 03473 m
k
x 3,5 cm
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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36. Um garoto está assentado no topo de um hemisfério de gelo (Fig. 39). Ele recebe pequeno
empurrão e começa a escorregar para baixo. Mostre que ele perde contato com o gelo num
ponto situado à altura 2R/3, supondo que não haja atrito com o gelo. (Sugestão: A força normal
anula-se quando se rompe o contato com o gelo.)
(Pág. 162)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y
m
A
h R
vB
P
x
Como a única força que realiza trabalho é conservativa (força peso, P), há conservação da energia
mecânica do sistema:
EA EB
K A U gA K B U gB
1 2
0 mgR mvB mgh
2
vB2
h R (1)
2g
Na posição B o garoto está na iminência de perder contato com a superfície esférica. Isto significa
que a força normal (N) que o gelo exerce sobre ele é zero. Logo, a força centrípeta do seu
movimento circular será a componente de P na direção radial (Pr).
Fc Pr
mvB2 h
mg sen mg
R R
vB2 gh (2)
Substituindo-se (2) em (1):
gh h
h R R
2g 2
2R
h
3
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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37. A partícula m da Fig. 40 move-se em um círculo vertical de raio R, no interior de um trilho sem
atrito. Quando m se encontra em sua posição mais baixa sua velocidade é v0. (a) Qual o valor
mínimo vm de v0 para que m percorra completamente o círculo, sem perder contato com o trilho?
(b) Suponha que v0 seja 0,775 vm. A partícula subirá no trilho até um ponto P no qual perde
contato com ele e percorrerá o arco indicado aproximadamente pela linha pontilhada. Determine
a posição angular do ponto P.
(Pág. 162)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema:
B vB
P
T
R
m
v0 Ug = 0
A
A condição mínima para que a partícula complete uma volta sem perder contato com o trilho é que
sua força normal (N) seja zero no ponto mais alto de sua trajetória circular. Nesse ponto sua força
centrípeta será o próprio peso da partícula (P).
Fc P mg
mvB2
mg
R
vB2 gR (1)
Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos estados A e B:
EA EB
K A U gA K B U gB
1 2 1 2
mv0 0 mvB mg 2 R (2)
2 2
Substituindo-se (1) em (2):
v02 gR 4 gR
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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v0 5 gR (3)
(b) Considere o seguinte esquema:
vP
P
Pr
P R
m
Ug = 0
v0 A
No ponto P a partícula perde contato com a superfície, o que torna N nula. Logo, a força centrípeta
do seu movimento circular será a componente de P na direção radial (Pr).
Fc Pr
mvP2
mg sen
R
vP2 gR sen (4)
Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos estados A e P:
EA EP
K A U gA K P U gP
1 2 1 2
m 0, 775v0 0 mvP mg R R sen
2 2
0, 7752 v02 vP2 2 gR 2 gR sen (5)
Substituindo-se (3) e (4) em (5):
0,7752.5gR gR sen 2 gR 2 gR sen
5.0,7752 2 3sen
1 1
sen 5.0,7752 2 19,5345
3
19,5
56. Um pequeno objeto de massa m = 234 g desliza em um trilho que tem a parte central horizontal
e as extremidades são arcos de círculo (veja Fig. 46). A parte horizontal mede L = 2,16 m e nas
porções curvilíneas não há atrito. O objeto é solto no ponto A, situado à altura h = 1,05 m acima
do trecho horizontal, no qual ele perde 688 mJ de energia mecânica, devido ao atrito. Em que
ponto o objeto irá parar?
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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(Pág. 164)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
A D
h
c
Ug = 0
B C
L
Assim que a partícula é solta, sua energia potencial gravitacional inicial UA é convertida em energia
cinética. Essa energia vale:
UA mgh
Como a parte curva não apresenta atrito, ao chegar ao ponto B sua energia cinética será:
KB UA mgh (1)
Na parte plana o atrito começará a dissipar a energia mecânica da partícula, que está totalmente na
forma de energia cinética. Devemos verificar se a partícula pára antes do ponto C ou se o ultrapassa,
subindo a rampa oposta. Cada vez que a partícula atravessa a parte plana a força de atrito (f) realiza
um trabalho W.
E Wat
KC KB Wat (3)
Substituindo-se (1) em (2):
KC mgh Wat
Como K é sempre positivo, temos que se mgh + Wat 0, o bloco vai subir a rampa oposta. Na
verdade, mgh + Wat = 1,722317 J (lembre-se que Wat 0). Portanto a partícula atravessa a região
central e sobe a rampa oposta. Cada vez que a partícula atravessa a parte plana ela perde Wat. O
número de vezes que ela consegue atravessar a parte plana (n) é dado por:
mgh nWat 0
mgh
n 3,50336
Wat
Ou seja, a partícula atravessa três vezes a parte central plana e pára aproximadamente em L/2 na
quarta vez em que tenta atravessá-la.
57. Dois picos nevados têm altitude de 862 m e 741 m, respectivamente, acima do vale entre eles.
Uma pista de esqui estende-se do cimo do pico mais alto ao do mais baixo, conforme a Fig. 47.
(a) Um esquiador parte do repouso no pico mais elevado. Qual sua velocidade ao chegar ao pico
mais baixo se ele deslizou sem impulsionar-se com os bastões? Suponha que o solo esteja
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
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gelado e por isso não há atrito. (b) Após uma nevada, uma esquiadora de 54,4 kg faz o mesmo
trajeto, também sem utilizar os bastões e por pouco não consegue alcançar o pico mais baixo.
De quanto aumenta a energia interna dos esquis e da neve sobre a qual ela desliza?
(Pág. 164)
Solução.
(a) Supondo que não haja atrito, as únicas forças que agem sobre o esquiador são o peso e a normal.
Como esta é sempre ortogonal ao deslocamento do esquiador, não realiza trabalho. Logo, a força
peso (força conservativa) é a única força que realiza trabalho, o que torna o sistema conservativo.
Podemos aplicar o princípio da conservação da energia mecânica:
E1 E2
K1 U g1 K2 U g 2
1 2
0 mgh1 mv2 mgh2
2
2 gh1 v22 2 gh2
________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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FÍSICA 1
2. Onde está o centro de massa das três partículas mostradas na Fig. 26?
(Pág. 187)
Solução.
A posição do centro de massa (rCM) é definida por:
rCM xCM i yCM j
A componente xCM vale:
1
xCM mi xi
mi
1
xCM m1 x1 m2 x2 m3 x3
m1 m2 m3
xCM 1,0666 m
A componente yCM vale:
1
yCM mi yi
mi
1
yCM m1 y1 m2 y2 m3 y3
m1 m2 m3
yCM 1,3333 m
Logo:
rCM 1m i 1m j
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
mT d Lua
mL
0 xCM x
xT = 0 xL = d TL
dTL
A posição do centro de massa do sistema Terra-Lua é xCM. Como a origem do referencial x está no
centro da Terra, a distância procurada (d) vale:
d xCM
A posição do centro de massa é dada por:
1
xCM mi xi
mi
1
xCM mT xT mL xL
mT mL
1
xCM 24
5,98 10 kg 7,36 1022 kg
xCM d 4, 64 106 m
Como o raio da Terra é 6,37 106 m, conclui-se que xCM encontra-se no interior da Terra, a uma
distância aproximadamente igual a 0,7 RT do centro do planeta.
7. Um homem de massa m segura-se numa escada de corda, que pende de um balão de massa M
(veja a Fig. 27). O balão está estacionário em relação ao chão. (a) Se o homem começar a subir
a escada com velocidade constante v (em relação à escada), em qual direção e a que velocidade
(em relação à Terra) o balão se moverá? (b) Qual será o estado de movimento depois que o
homem parar de subir?
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 9 – Sistema de Partículas
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
(Pág. 187)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema de velocidades:
vb
vhb
y
vh
(Pág. 188)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
nm M
Inicial d
0 x
L d
Final
Como só estão envolvidas forças internas ao sistema durante os disparos, a posição do centro de
massa do sistema não muda.
xCMi xCMf
O sistema é composto por um vagão (V) de massa M e por n balas (B), cada uma de massa m. Logo:
1 1
MxCMVi nmxCMBi MxCMVf nmxCMBf
M nm M nm
L L
M d nmd M nmL
2 2
Md nmd nmL
L
d
M
1
nm
A maior distância d é atingida quando o número de balas tende ao infinito (nm ). Neste caso:
d L
(b) Como as balas não podem sair do vagão e o centro de massa permanece em repouso, o vagão
também deverá permanecer em repouso.
vf 0
12. Uma bomba é lançada de uma arma com velocidade inicial de 466 m/s, num ângulo de 57,4 o
com a horizontal. No topo da trajetória, a bomba explode em dois fragmentos de massas iguais.
Um dos fragmentos, cuja velocidade imediatamente depois da explosão é nula, cai
verticalmente. A que distância da arma cairá o outro, supondo que o terreno seja plano?
(Pág. 188)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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y
g
v0
m m
2
x1 xCM x2 x
R/2
R
Se a bomba não tivesse explodido, seu alcance R seria dado por:
v02 sen 2
R
g
Após a explosão, o centro de massa do sistema, que não sofreu interferência de forças externas,
continua sua trajetória original. Após os pedaços da bomba terem caído no chão, a localização do
centro de massa do sistema será na coordenada xCM = R. Sabendo-se que a localização do pedaço 1
da bomba está localizado em x1 = R/2, vamos usar essas informações para calcular a posição x2 do
pedaço 2.
MxCM m1 x1 m2 x2
R
2mR m mx2
2
3R
x2
2
Ou seja:
3v02 sen 2
x2 30.142,0988 m
2g
x2 30,1 km
13. Uma corrente flexível de comprimento L, com densidade linear , passa por uma polia pequena
e sem atrito (veja a Fig. 30). Ela é abandonada, a partir do repouso, com um comprimento x
pendendo de um lado e L x, do outro. Determine a aceleração a em função de x.
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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(Pág. 188)
Solução.
A força que acelera a corrente é o peso da porção de comprimento 2x L.
Fx max
P(2 x L) m(2 x L) g m( L ) a (1)
Na Eq. (1), m(2x L) é a massa da porção da corrente de comprimento 2x L e m(L) é a massa total da
corrente (comprimento L). Como:
m( L ) m(2 x L )
,
L 2x L
Temos:
L
m( L ) m(2 x L ) (2)
2x L
Substituindo-se (2) em (1):
L
m(2 x L ) g m(2 x L ) a
2x L
2x L
a g
L
2x
a 1 g
L
14. Um cachorro que pesa 5,0 kg está em um barco chato a 6,0 m da margem. Ele caminha 2,5 m no
barco em direção à margem e pára. O barco pesa 20 kg e podemos supor que não haja atrito
entre ele e a água. A que distância ele estará da margem ao fim desse tempo? (Sugestão: O
centro de massa do barco + cachorro não se move. Por que?) A margem está também à esquerda
da Fig. 31.
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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(Pág. 188)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
d0
l0
M m
d
l
l0
0 xb0 xc xb xc0 x
Como não força externa resultante atuando no sistema, a aceleração do centro de massa do sistema
é nula. Como o centro de massa está inicialmente em repouso, ele permanece em repouso durante
todo o tempo independentemente do movimento do cachorro em relação ao barco.
xCM 0 xCM
mb xb 0 mc xc 0 mb xb mc xc
Considerando-se a massa do cachorro mc = m e a massa do barco mb = M e analisando-se o esquema
acima:
M d 0 l0 md 0 M d l l0 md
m M d m M d0 Ml
Ml
d d0
m M
d 4,0 m
17. Três varas finas, cada uma de comprimento L, estão arranjadas na forma de um U invertido,
como mostra a Fig. 32. Cada uma das duas varas que formam os braços do U tem massa M e a
terceira vara tem massa 3M. Onde está localizado o centro de massa do conjunto?
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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(Pág. 189)
Solução.
Como as varas são homogêneas, o centro de massa de cada uma delas está localizado na metade de
seus respectivos comprimentos, como mostra o esquema a seguir:
y
3M
L
L/2
M M
L/2 L x
Logo:
1 1
xCM mi xi m1 x1 m2 x2 m3 x3
mi m1 m2 m3
1 L
xCM M .0 3M ML
5M 2
L
xCM
2
De forma semelhante:
1 L L
yCM M. 3ML M
5M 2 2
4L
xCM
5
18. A Fig. 33 mostra uma placa de dimensões 22,0 cm 13,0 cm 2,80 cm. Metade da placa é feita
de alumínio (densidade = 2,70 g/cm3) e a outra metade de ferro (densidade = 7,85 g/cm3), como
mostrado. Onde está o centro de massa da placa?
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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(Pág. 189)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
D
Fe
y
Al
z H
x
L/2
L/2
Aplicando-se argumentos de simetria, deduz-se que:
D
xCM 6,50 cm
2
H
zCM 1, 40 cm
2
O cálculo de yCM pode ser feito considerando-se que a massa de cada metade da placa esteja
concentrada nos respectivos centros de massa, projetados no eixo y.
mA l mF e
0 L/2 L y
Logo:
1 1
yCM mi yi mAl y Al mFe yFe
mi mAl mFe
1 LDH L LDH 3L
yCM Al Fe (1)
LDH 2 4 2 4
Al Fe
2
Na Eq. (1), AlLDH/2 é a massa da placa de alumínio (densidade volume). Logo:
L Al 3 Fe
yCM 13,6848 cm
4 Al Fe
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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yCM 13,7 cm
19. Uma caixa, na forma de um cubo cuja aresta mede 40 cm, tem o topo aberto e foi construída de
uma placa metálica fina. Encontre as coordenadas do centro de massa da caixa em relação ao
sistema de coordenadas mostrado na Fig. 34.
(Pág. 189)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
z
a
a
1 4
2 3
a
y
5
x
Chamaremos os lados da caixa de 1, 2, 3, 4 e 5. Resolveremos o problema determinando o centro de
massa de cada lado da caixa e em seguida consideraremos a caixa como uma coleção de massas
pontuais, cada uma com massa igual à massa de um lado da caixa. Depois encontraremos o centro
de massa desse conjunto de massas pontuais. O centro de massa de cada lado da caixa é:
a a
r1 i k
2 2
a a
r2 ai j k
2 2
a a
r3 i aj k
2 2
a a
r4 j k
2 2
a a
r5 i j
2 2
O centro de massa da caixa está localizado em:
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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1 1
rCM miri mr1 mr2 mr3 mr4 mr5
mi 5m
1
rCM r1 r2 r3 r4 r5
5
1 a a
rCM 5 i 5 j 2ak
5 2 2
a a 2
rCM i j ak
2 2 5
Logo:
xCM 20 cm
yCM 20 cm
zCM 16 cm
20. Um tanque cilíndrico está inicialmente cheio com gasolina para avião. Drena-se o tanque
através de uma válvula no fundo (veja a Fig. 35). (a) Descreva qualitativamente o movimento
do centro de massa do tanque e de seu conteúdo, à medida que a gasolina escoa. (b) Qual é a
profundidade x do nível de gasolina quando o centro de massa do tanque e de seu conteúdo
estiver em sua posição mais baixa? Expresse sua resposta em termos de H, a altura do tanque;
M, sua massa; e m, a massa da gasolina que ele pode conter.
(Pág. 189)
Solução.
(a) Quando o tanque de gasolina está cheio o centro de massa do sistema tanque+gasolina está no
centro do tanque. À medida que a gasolina é escoada do tanque o centro de massa do sistema
começa a baixar. Como o centro de massa do tanque vazio também se localiza no centro do tanque,
deduz-se que em algum momento do escoamento da gasolina o centro de massa do sistema deve
atingir um nível vertical mínimo e, a partir daí, voltar a subir em direção ao centro do tanque.
(b) Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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H
m
h CM
xCM
Para resolver este problema temos de construir uma função matemática para a posição do centro de
massa (xCM) em função do nível de gasolina no tanque (h). Em seguida devemos encontrar o valor
de h que minimiza xCM (dxCM/dh = 0). A posição do centro de massa é dada por:
1 1
xCM mi xi mt xt mc xc
mi mt mc
1 h H
xCM m( h ) M
m( h ) M 2 2
m( h ) h MH
xCM (1)
2 m( h ) M
Como a massa da gasolina depende do seu nível no tanque m(h), precisamos determinar a função
m(h). Para isso utilizaremos a densidade da gasolina :
m m( h )
V V( h )
Ou seja:
m m
m( h ) V( h ) Ah
V AH
mh
m( h ) (2)
H
Substituindo-se (2) em (1):
mh
h MH
xCM H
mh
2 M
H
mh 2 MH 2
xCM (3)
2 mh MH
Vamos agora encontrar o valor de h que minimiza xCM (dxCM/dh = 0):
dxCM 2mh.2 mh MH mh 2 MH 2 .2m
2
0 (4)
dh 4 mh MH
Como todas as grandezas envolvidas são positivas, (4) somente será verdadeira se:
4mh mh MH 2m mh2 MH 2
mh2 2MHh MH 2 0 (5)
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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21. Encontre a posição do centro de massa de uma placa semicircular homogênea, de raio R.
(Pág. 189)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
M
dm,da
dy
y R
x
Por simetria, deduz-se imediatamente que xCM = 0. O valor de yCM deve ser calculado.
1
yCM ydm (1)
M
A densidade superficial de massa é definida por:
M dm
A da
M
dm da (2)
A
Onde:
R2
A (3)
2
da 2R cos dy (4)
Substituindo-se (3) e (4) em (2):
2M 4M
dm 2
2 R cos dy cos dy (5)
R R
Mas:
2 1/ 2
2 1/ 2 y
cos 1 sen 1 (6)
R
Substituindo-se (6) em (5):
2 1/ 2
4M y
dm 1 dy (7)
R R
Substituindo-se (7) em (1):
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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2 1/ 2
4 R y
yCM y 1 dy (8)
R 0 R
Modificando-se (8) para:
2 1/ 2
2R R 2y y
yCM 1 dy
0 R2 R
Podemos identificar o seguinte padrão no integrando:
2 R R ' 1/ 2
yCM f ( y ) . f ( y ) dy
0
Onde:
2
y df( y ) 2y
f( y ) 1 e f ('y )
R dy R2
A solução da integral acima é:
R
3/ 2 R 2 3/ 2
2R f( y ) 2 2 y 4R
yCM . . 1 13/ 2
3/ 2 0
3 R 3
0
4R
yCM
3
23. Um caminhão de 2.000 kg move-se para o Norte a 40,0 km/h e vira para o Leste; ele acelera até
adquirir a velocidade de 50 km/h. (a) Qual foi a variação da energia cinética do caminhão? (b)
Quais o módulo, a direção e o sentido da variação do momento linear do caminhão?
(Pág. 189)
Solução.
(a)
1
K K K0 m v 2 v02
2
2 2
1 1 m/s 1 m/s
K 2.000 kg 50, 0 km/h 40, 0 km/h
2 3, 6 km/h 3, 6 km/h
K 6,9444 104 J
K 6,94 104 J
(b) Considere o seguinte esquema da situação:
v
v0
y
x
m
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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p p p0 mv mv0
p 2,78 104 kg.m/s i 2, 22 104 kg.m/s j
29. Um homem de 80 kg, em pé numa superfície sem atrito, chuta para a frente uma pedra de 100 g
de modo que ela adquire a velocidade de 4,0 m/s. Qual é a velocidade que o homem adquire?
(Pág. 190)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
m2
m1
v2
v1
Como o somatório das forças externas que agem sobre homem/pedra é zero, o momento linear é
conservado durante todo o evento. Em x:
P0 x Px
p0 x ,1 p0 x ,2 px ,1 px ,2
0 0 m1v1 m2v2
m1v1 0,100 kg 4, 0 m/s
v2
m2 80 kg
3
v2 x 5, 0 10 m/s
30. Um homem de 75,2 kg encontra-se em uma carroça de 38,6 kg que se move à velocidade de
2,33 m/s. Ele salta da carroça de tal maneira que atinge o solo com velocidade horizontal nula.
Qual será a variação na velocidade do veículo?
(Pág. 190)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
m1
v02
m2
x
v1 = 0
v2
Admitindo-se que o efeito do atrito no eixo das rodas e entre as rodas e o solo seja desprezível
durante o evento, o momento linear será conservado na coordenada x.
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
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P0 x Px
p0 x ,1 p0 x ,2 px ,1 px ,2
m1 m2 v01 0 m2 v2
m1 m2
v2 v01 6,8873 m/s
m2
v2 6,89 m/s
Pode-se analisar a situação do ponto de vista do movimento do centro de massa, cuja velocidade
não se altera. Como a maior parte da massa do sistema (homem) fica em repouso após saltar da
carroça, para que a velocidade do centro de massa permaneça constante a carroça, cuja massa é
menor, deve mover-se com velocidade maior.
31. Um vagão de estrada de ferro, de peso W, pode mover-se sem atrito ao longo de um trilho
horizontal reto. Inicialmente, um homem de peso w está em pé no vagão, que se move para a
direita com velocidade v0. Qual será a variação na velocidade do vagão se o homem correr para
a esquerda (Fig. 37), de modo que sua velocidade relativa ao vagão seja vrel, imediatamente
antes de ele pular para fora do vagão na extremidade esquerda?
(Pág. 190)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
w
W
v0
Inicial
vh x
Final v
Considere o seguinte esquema de velocidades:
v vh
vrel
x
A partir do esquema acima, tem-se:
vh v vrel (1)
Admitindo-se que haja conservação do momento linear em x durante todo o evento:
P0 x Px
p0 x ,h p0 x ,v px , h px ,v
mh v0 mv v0 mhvh mv v
________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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w W w W
v0 vh v
g g g g
w W v0 wvh Wv (2)
Substituindo-se (1) em (2):
w W v0 wv wvrel Wv
w W v0 wvrel w W v
w
v v0 vrel
w W
O sinal negativo indica que o vagão sofreu uma variação de velocidade positiva (para a direita),
tendo-se em vista que vrel é negativa.
39. Uma bala de 3,54 g é atirada horizontalmente sobre dois blocos em repouso sobre uma mesa
sem atrito, como mostra a Fig. 38a. A bala passa através do primeiro bloco, de 1,22 kg de
massa, e fica engastada no segundo, de massa de 1,78 kg. Os blocos adquirem as velocidades de
0,630 m/s e 1,48 m/s respectivamente, conforme a Fig. 38b. Desprezando a massa removida do
primeiro bloco pela bala, determine (a) A velocidade da bala imediatamente após emergir do
primeiro bloco e (b) sua velocidade original.
(Pág. 190)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
v1A = 0 v2A = 0
v0 m1 m2
v1B v2B
x
(a) Considerando-se que não há interferência de forças externas sobre o movimento do sistema, há
conservação do momento linear. Seja mb e v0b a massa e a velocidade inicial da bala, m1 a massa do
bloco de 1,22 kg e m2 a massa do bloco de 1,78 kg. Colisão entre a bala e m2:
P0 x Px
p0 x ,b p0 x ,2 p x ,b px ,2
mb vb mb m2 v2
________________________________________________________________________________________________________ 17
a
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mb m2
vb v2 745,6607 m/s (1)
mb
vb 746 m/s
(b) Colisão entre a bala e m1:
P0 x Px
p0 x ,b p0 x ,1 p x ,b px,1
mb v0b mb vb m1v1 (2)
Substituindo-se (1) em (2):
m2 m1
v0b 1 v2 v1 962, 7794 m/s
mb mb
v0b 963 m/s
43. Um bloco de massa m está em repouso sobre uma cunha de massa M que, por sua vez, está
sobre uma mesa horizontal, conforme a Fig. 39. Todas as superfícies são sem atrito. O sistema
parte do repouso, estando o ponto P do bloco à distância h acima da mesa; qual será a
velocidade da cunha no instante em que o ponto P tocar a mesa?
(Pág. 191)
Solução.
Vamos denominar o bloco de corpo 1 e a cunha de corpo 2. As forças externas que atuam sobre o
sistema são a força da gravidade sobre m e M e a força normal sobre M. As forças normal e da
gravidade atuam na vertical e, como a cunha se desloca na horizontal, não executam trabalho.
Portanto, o sistema é conservativo. Logo, a energia mecânica inicial (E0) é igual à energia mecânica
final (E).
E0 E
K0,1 K0,2 U 0,1 U 0,2 K1 K 2 U1 U 2
1 2 1
0 0 mgh MgyCM ,2 mv1 Mv22 0 MgyCM ,2
2 2
2mgh mv12 Mv22
1
v22 2mgh mv12 (1)
M
O momento linear em x também é conservado.
P0 x Px
________________________________________________________________________________________________________ 18
a
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p0 x ,1 p0 x ,2 px ,1 px ,2
0 0 mv1x Mv2 x mv1x Mv2 (2)
O esquema das velocidades que agem no sistema é mostrado a seguir, onde v1 e v2 são as
velocidades de m e M em relação ao solo e v12 é a velocidade de m em relação a M:
v12
v1
x
v2
A partir do esquema acima podemos perceber que:
v1x v12 cos v2 , (3)
E, pela lei dos cossenos:
v12 v22 v122 2v2v12 cos (4)
Substituindo-se (3) em (2):
0 mv12 cos v2 Mv2
m M v2
v12 (5)
m cos
Substituindo-se (5) em (4):
2
2 2 m M v2 m M v2
v1 v2 2v2 cos
m cos m cos
`2
2 2 m M 2 m M
v1 v 1
2 (6)
m2 cos 2 m
Substituindo-se (6) em (1):
`2
2 1 m M 2 m M
v2 2mgh mv22 1 (7)
M m2 cos2 m
Desenvolvendo-se a equação (7), chega-se a:
2m2 gh cos 2
v22
m M M m 1 cos 2
Logo:
1/ 2
2 2
2m gh cos
v2
m M M m 1 cos 2
________________________________________________________________________________________________________ 19
a
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FÍSICA 1
CAPÍTULO 10 – COLISÕES
m v
Durante o curto tempo de duração da colisão a única força externa relevante que atua no carro é a
força do parapeito da ponte (F). Portanto:
dP
Fext F
dt
Suponha que o referencial x aponta no sentido do movimento do carro. Em x:
dPx
F
dt
dPx Fdt (1)
De acordo com a Seção 10.3 (Pág. 195), a Eq. (1) é equivalente a:
Px F t
px p p0 m v v0 m 0 v0
F
t t t0 t 0 t
mv0
F 63.888,88 N
t
F 6, 4 104 N
02. Uma bola de massa m e velocidade v bate perpendicularmente em uma parede e recua sem
perder velocidade. (a) O tempo de colisão é t; qual a força média exercida pela bola na parede?
(b) Avalie numericamente essa força média no caso de uma bola de borracha de massa de 140 g
à velocidade de 7,8 m/s, sendo de 3,9 ms a duração do choque.
(Pág. 209)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
m
-v
32. Uma bola de aço de 0,514 kg está amarrada a um fio de 68,7 cm e é solta quando este está na
horizontal (Fig. 32). No fim do arco de 90o descrito pela bola, ela atinge um bloco de aço de
2,63 kg que está em repouso numa superfície sem atrito: a colisão é elástica. Determine (a) a
velocidade da bola e (b) a velocidade do bloco, ambas imediatamente após o choque. (c)
Suponha agora que na colisão metade da energia cinética mecânica seja convertida em energia
interna e energia sonora. Determine as velocidades finais.
(Pág. 211)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
m1
A
m2
B v1B
v1C v2C
O movimento de A até B é feito com energia mecânica constante (ausência de forças dissipativas),
logo:
EA EB
KA U A KB U B
1
0 m1 gl m1v12B 0
2
v1B 2 gl 3, 67136 m/s
(a) Durante o choque o momento linear é conservado. Vamos chamar de B a situação do sistema
antes do choque e C a situação imediatamente após o choque. Para choques elásticos, v1C é dada
por:
m1 m2
v1C v1B
m1 m2
v1C 2, 4709 m/s
v1C 2, 47 m/s
(b) Para choques elásticos v2C é dada por:
2m1
v2C v1B
m1 m2
v2C 1, 20043 m/s
v2C 1, 20 m/s
(c) Energia cinética:
KB
KC '
2
1 1 1 1 1
m1v12C ' m2v22C ' m1v12B m2v22B
2 2 2 2 2
1
m1v12C ' m2v22C '
m1v12B 0 (1)
2
Conservação do momento linear B C’:
PBx PC ' x
m1v1B m2v2 B m1v1C ' m2v2C '
m1v1B 0 m1v1C ' m2v2C '
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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40. Uma bola de massa m é lançada com velocidade v, no cano de uma espingarda de mola de
massa M, que está inicialmente parada numa superfície sem atrito, conforme a Fig. 34. A bola
fica agarrada ao cano no ponto de máxima compressão da mola e não há perda de energia por
atrito. (a) Qual a velocidade da espingarda depois que a bala pára no cano? (b) Que fração da
energia cinética inicial da bola fica armazenada na mola?
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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M m
vi
Inicial
vf
Final
x
(a) Trata-se de um choque completamente inelástico (v1f = v2f). O momento linear em x é
conservado.
Pxi Pxf
m1v1i m2v2i m1v1 f m2v2 f
mvi 0 mv f Mv f
m
vf vi (1)
m M
(b) A energia armazenada na mola é dada por Ki Kf. Logo, a fração da energia cinética inicial que
fica armazenada na mola é:
1 2 1 2
K i K f 2 mvi 2 m M v f
f (2)
Ki 1 2
mvi
2
Substituindo-se (1) em (2) e simplificando-se:
M
f
m M
41. Um bloco de massa m1 = 1,88 kg desliza ao longo de uma superfície sem atrito com velocidade
de 10,3 m/s. Diretamente em frente dele, e movendo-se no mesmo sentido, há um bloco de
massa m2 = 4,92 kg, cuja velocidade é 3,27 m/s. Uma dada mola de massa desprezível, cuja
constante elástica vale k = 11,2 N/cm está presa à traseira de m2, conforme a Fig. 35. Quando os
blocos se chocam, qual a compressão máxima da mola? (Sugestão: No momento de compressão
máxima da mola, os dois blocos se movem juntos e o choque é completamente inelástico nesse
ponto; calcule então a velocidade comum.)
(Pág. 212)
Solução.
Como foi sugerido no enunciado, no momento da compressão máxima da mola os blocos viajam à
mesma velocidade (colisão inelástica). Aplicando-se a conservação do momento linear:
Pxi Pxf
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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42. Dois trenós de 22,7 kg cada um estão à curta distância um do outro e na mesma reta, conforme a
Fig. 36. Um gato de 3,63 kg, em pé num dos trenós, pula para o outro e imediatamente volta ao
primeiro. Ambos os pulos são feitos à velocidade de 3,05 m/s em relação ao trenó onde está o
gato a pular. Calcule as velocidades finais dos dois trenós.
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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v1A = 0 v2A = 0
A
vgB
v1B v2B = 0
B
PxC PxD
PgC P1C P2C PgD P1D P2 D
Temos que P1C = P1D. Logo:
PgC P2C PgD P2 D
m M v2C mvgD Mv2 D (7)
Substituindo (1) e (6) em (7):
mM
m M v
2 gt
m v2 D vgt Mv2 D
m M
mM
vgt mvgt m M v2 D
m M
m2
v2 D 2
vgt 0,0591785 m/s (8)
m M
v2 D 5,92 cm/s
Estados D e E:
PxD PxE
PgD P1D P2 D PgE P1E P2 E
Temos que P2D = P2E. Logo:
PgD P1D PgE P1E
mvgD Mv1B m M v1E (9)
Substituindo (1) e (3) em (9):
m
m v2 D vgt M vgt m M v1E
m M
mM
mv2 D mvgt vgt m M v1E (10)
m M
Substituindo-se (8) em (10):
m3 mM
2
vgt mvgt vgt m M v1E
m M m M
m2 M
v1E 3
vgt 0,0515484 m/s
m M
v1E 5,15 cm/s
A prova de que esse cálculo está certo pode ser feita somando-se o momento linear final do sistema,
que deve ser igual ao inicial, ou seja, zero:
Pf Pg P1 P2 m M v1E Mv2 D
m2 M m2
Pf m M 3
vgt M 2
vgt
m M m M
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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m2 M m2 M
Pf v
2 gt 2
vgt 0
m M m M
46. Dois veículos A e B que estão viajando respectivamente para o leste e para o sul, chocam-se
num cruzamento e ficam engavetados. Antes do choque, A (massa de 1.360 kg) movia-se a 62,0
km/h e B (massa de 1.820 kg)tinha velocidade de 93,0 km/h. Determine o módulo e o sentido da
velocidade dos veículos engavetados imediatamente após o choque.
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
mB
vB0
vA0
mA
v y
Considerando-se que as forças internas envolvidas na colisão são muito mais intensas que outras
forças externas, admite-se que o momento linear é conservado na colisão. Em x:
P0 x Px
p A0 x pB 0 x pAx pB x
mAvA0 0 mAvA mB vB
mA v A 0 mAv cos mB v cos mA mB v cos (1)
Conservação do momento linear em y:
P0 y Py
p A0 y pB 0 y pAy pB y
0 mB vB 0 mAvA mBvB mAv sen mBv sen
mB vB 0 mA mB v sen (2)
Dividindo-se (1) por (2):
mB vB 0
tan
mAv A0
o
63,5189
O sinal negativo está relacionado ao sentido anti-horário de em relação ao eixo x. Interessa-nos
apenas seu valor absoluto.
63,5o
De (1):
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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mAvA0
v 59, 4654 km/h
mA mB cos
v 59,5 km/h
47. Dois objetos A e B se chocam. A massa de A é de 2,0 kg e a de B, 3,0 kg. Suas velocidades antes
da colisão eram respectivamente viA = 15 i + 30 j e viB = 10 i + 5,0 j. Após o choque, vfA =
6,0 i + 30 j; todas as velocidades as~em m/s. (a) Qual a velocidade final de B? (b) Quanta
energia cinética foi ganha ou perdida na colisão?
(Pág. 212)
Solução.
(a) Admitindo-se que haja conservação do momento linear durante a colisão:
Pi Pf
p Ai pBi p Af pBf
mA v Ai mB vBi mA v Af mB vBf
mA
vBf ( v Ai v Af ) v Bi
mB
(2, 0)
v Bf (15i 30 j) ( 6, 0i 30 j) ( 10i 5, 0 j)
(3, 0)
vBf 4,0i 5,0 j
(b)
1 1 1 1
K Kf Ki mAvAf2 mB vBf2 mAvAi2 mB vBi2
2 2 2 2
1 2 2
K mA vAf vAi mB vBf2 vBi2
2
Normalmente calcularíamos vAf2 como sendo igual a vAxf2 + vAyf2. Porém, neste problema não ocorre
variação do momento linear na coordenada y. Portanto, pode-se considerar, para fins do cálculo de
K, vAf2 = vAxf2. Logo:
1 2 2 2 2
K mA vAxf vAxi mB vBxf vBxi
2
1
K (2, 0 kg) ( 6, 0 m/s) 2 (15 m/s) 2 (3, 0 kg) (4, 0 m/s)2 ( 10 m/s)2
2
K 315 J
K 0,32 kJ
A resposta apresentada no livro (+700 J) é incoerente, pois indica ganho de energia cinética pelo
sistema. Desprezando-se a atuação de forças externas durante a colisão e considerando-se que
nenhuma energia potencial elástica eventualmente acumulada no sistema converta-se em energia
cinética, a energia cinética do sistema só pode permanecer como está (colisão elástica) ou diminuir
(colisão inelástica).
51. Um próton (massa atômica 1,01 u) choca-se elasticamente, a 518 m/s, com outro próton parado.
O primeiro próton é desviado 64,0o de sua direção inicial. (a) Qual a direção da velocidade do
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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próton-alvo após o choque? (b) Quais as velocidades dos prótons depois do impacto?
(Pág. 212)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y
v2f
m m
v1i
x
v2i = 0
v1f
Na ausência de força externa resultante o momento linear será conservado em x e em y. Em x:
Pxi Pxf
p1xi p2 xi p1xf p2 xf
mv1i 0 mv1 f cos mv2 f cos
v1i v1 f cos v2 f cos (1)
Em y:
Pyi Pyf
p1 yi p2 yi p1 yf p2 yf
0 0 mv1 f sen mv2 f sen
v1 f sen v2 f sen (2)
As Eqs. (1) e (2) possuem três incógnitas e, por conseguinte, há necessidade de uma terceira
equação para resolver o sistema. A terceira equação vem da informação dada no enunciado do
problema, que disse ser o choque entre os prótons elástico. Logo:
Ki K f
K1i K 2i K1 f K2 f
1 2 1 2 1 2
mv1i 0 mv1 f mv2 f
2 2 2
v12i v12f v22 f (3)
Dentre os vários caminhos que podem ser seguidos para resolver o sistema de equações (1), (2) e
(3), adotaremos o seguinte. Tomemos o quadrado de (1):
v12i 2v1i v1 f cos v12f cos 2 v22 f cos 2 (4)
Tomemos também o quadrado de (2):
v12f sen 2 v22 f sen 2 (5)
Adicionando-se (4) e (5) e reconhecendo-se que sen2 + cos2 = 1 e sen2 + cos2 = 1:
v12i 2v1i v1 f cos v12f v22 f (6)
Substituindo-se v2f2 de (3) em (6):
v12i 2v1i v1 f cos v12f v12i v12f
v1 f v1i cos 227, 076 m/s
________________________________________________________________________________________________________ 11
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v1 f 227 m/s
De (3):
v2 f v12i v12f 465,5753 m/s
v2 f 466 m/s
Finalmente, de (1):
1
v1i v1 f cos
cos
v2 f
26
54. Dois pêndulos de mesmo comprimento L estão situados inicialmente como na Fig. 38. O da
esquerda é solto da altura d e bate no outro. Suponha que a colisão seja completamente
inelástica e despreze a massa dos fios e quaisquer efeitos de atrito. A que altura se eleva o
centro de massa do conjunto após o choque?
(Pág. 213)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
L L L
A
m1 C
v1A = 0 Bi Bf
d m2 h
Ug = 0 v12C = 0
v1B v2B = 0
v12B
Desprezando-se eventuais efeitos de atrito a energia mecânica do sistema é conservada durante a
queda do corpo m1:
EA EB
KA U A KB U B
1
0 m1 gd m1v12B 0
2
v1B 2 gd (1)
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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Na colisão entre m1 e m2 o efeito das forças externas é desprezível. Portanto, o momento linear é
conservado:
PBi PBf
p1Bi p2 Bi p1Bf p2 Bf
m1v1B 0 m1 m2 v12 B (2)
Na Eq. (2), v12B é é a velocidade inicial do conjunto m1-m2 após a colisão. Substituindo-se (1) em
(2):
m1 2 gd
v12 B
m1 m2
Após a colisão, o movimento do conjunto ocorre com energia mecânica constante:
EB EC
KB U B KC U C
1
m1 m2 v122 B 0 0 m1 m2 gh (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):
2
m1
h d
m1 m2
60. (a) Mostre numa colisão elástica unidimensional a velocidade do centro de massa de duas
partículas, de massas m1 e m2, que têm velocidade inicial v1 e v2, respectivamente, é expressa
por
m1 m2
vCM v1i v2i .
m1 m2 m1 m2
(b) Aplique as Eqs. 15 e 16 para v1f e v2f (as velocidades das partículas após o choque), a fim de
deduzir o mesmo resultado para vCM após o impacto.
(Pág. 214)
Solução.
(a) A posição do centro de massa de duas partículas, m1 e m2, cujas posições iniciais são,
respectivamente, x1i e x2i, é dado por:
1
xCM m1 x1i m2 x2i (1)
m1 m2
Derivando-se ambos os membros de (1) em relação ao tempo:
m1 dx1i m2 dx2i
vCM
m1 m2 dt m1 m2 dt
m1 m2
vCM v1i v2i
m1 m2 m1 m2
(b)
m1 m2 2m2
v1 f v1i v2i (15)
m1 m2 m1 m2
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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2m1 m2 m1
v2 f v1i v2i (16)
m1 m2 m1 m2
A velocidade do centro de massa das duas partículas após a colisão é, de acordo o resultado do item
(a):
m1 m2
vCMf v1 f v2 f (2)
m1 m2 m1 m2
Substituindo-se (15) e (16) em (2):
m1 m1 m2 2m2 m2 2m1 m2 m1
vCMf v1i v2i v1i v2i
m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2
m12 m1m2 2m1m2 2m1m2 m22 m1m2
vCMf 2
v1i 2
v1i 2
v2i 2
v2i
m1 m2 m1 m2 m1 m2 m1 m2
m12 m1m2 m22 m1m2
vCMf v
2 1i 2
v2i
m1 m2 m1 m2
m1 m2
vCMf v1i v2i
m1 m2 m1 m2
61. No laboratório, uma partícula de massa 3,16 kg, move-se a 15,6 m/s para a esquerda e se choca
frontalmente com outra partícula de massa 2,84 kg, que tem velocidade de 12,2 m/s para a
direita. Determine a velocidade do centro de massa do sistema de duas partículas após a colisão.
(Pág. 214)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
m1 m2
v1i v2i
x
Como não há forças externas agindo sobre o sistema, o centro de massa não é acelerado.
FExt MaCM 0
Logo:
vCM Constante
vCMi vCMf vCM
Por definição:
1
vCM m1v1 m2 v 2
m1 m2
1
vCMf m1v1i m2 v 2i
m1 m2
Como o choque é unidimensional (coordenada x), temos:
1
vCMf m1v1i m2v2i 2, 44133 m/s
m1 m2
vCMf 2, 44 m/s
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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FÍSICA 1
d 4at 3bt 2 dt
t
3
0 0
0 at 4 bt 3
0 at 4 bt 3
(b) Vamos partir do resultado do item (a):
d
0 at 4 bt 3
dt
d 0 at 4 bt 3 dt
d 0 at 4 bt 3 dt
t
0 0
at 5 bt 4
0 0 t
5 4
at 5 bt 4
0 0t
5 4
05. Qual é a velocidade angular (a) do ponteiro de segundos, (b) do ponteiro de minutos e (c) do
ponteiro de horas de um relógio?
(Pág. 225)
Solução.
(a)
2
0,104719 rad/s
t 60 s
0,105 rad/s
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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(b)
2
1,7453 103 rad/s
t 60 60 s
1, 75 103 rad/s
(c)
2
1, 4544 104 rad/s
t 12 60 60 s
1, 45 104 rad/s
09. Uma roda de 30 cm de raio possui oito raios. Ela está montada em um eixo fixo e gira à razão de
2,5 rev/s. Você deseja atirar uma flecha de 24 cm de comprimento através da roda,
paralelamente ao seu eixo, sem tocar seus raios. Admita que tanto a flecha como os raios são
muito finos; veja a Fig. 14. (a) Qual é a velocidade mínima que a flecha pode ter? (b) É
importante o ponto, entre o eixo e a borda da roda, que você mira? Em caso afirmativo, qual a
melhor localização?
(Pág. 225)
Solução.
(a) A condição mínima para que a flecha consiga passar pela roda é que o tempo para a flecha
percorrer seu próprio comprimento (l), tf, deve ser igual ao tempo requerido para a roda percorrer
1/8 de sua circunferência, tr:
t f tr
l 1/ 8
v
v 8l
v 4,8 m/s
(b) A distância que a flecha passa pela roda medida a partir do centro não é importante. Embora o
espaço disponível para a flecha passar próxima ao centro seja menor, a velocidade tangencial da
roda nessa região também é proporcionalmente menor.
14. Como parte de uma inspeção de manutenção, a turbina de um motor a jato é posta a girar de
acordo com o gráfico mostrado na Fig. 15. Quantas revoluções esta turbina realizou durante o
teste?
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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(Pág. 225)
Solução.
Vamos dividir o intervalo total de 5 s em três subintervalos: A (0 s – 1 s), B (1 s – 3,5 s) e C (3,5 s –
5 s). Em A e C o movimento é acelerado e em B o movimento é com velocidade angular constante.
O número de revoluções pode ser calculado diretamente pela variável , uma vez que se use em
rev/s e em rev/s2. O número total de revoluções será:
A B C
Cálculo de A:
1
0 (0 )t
2
1 1
A (A0 A )t 0 300 rev/s (1 s)
2 2
A 1.500 rev
Cálculo de B:
0 t
B B t 300 rev/s (2,5s)
B 11.250 rev
Cálculo de C:
1
0 (0 )t
2
1 1
C (C 0 C )t 0 3.000 rev/s 0 (1,5 s)
2 2
C 2.250 rev
Logo:
11.250 rev
É evidente que esta mesma resposta pode ser obtida de maneira mais confortável a partir do gráfico
(t) t, que foi dado. Vejamos:
d
(t ) (t )
dt
d(t ) (t ) dt
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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t
(t ) ( t ) dt
t0
29. Um pino rosqueado com 12,0 voltas/cm e diâmetro 1,18 cm é montado horizontalmente. Uma
barra com um furo rosqueado de forma a se ajustar ao pino é aparafusada nele; veja a Fig. 17. A
barra gira a 237 rev/min. Quanto tempo levará para a barra se mover 1,50 cm ao longo do pino?
(Pág. 226)
Solução.
A velocidade (v) com que a barra avança no pino é dada por:
l
v
t
Nesta equação é a velocidade angular da barra, é a densidade linear de voltas da rosca e l é a
distância que a barra avança num tempo t. Logo:
l
t 0, 07594 min
t
t 4,6 s
34. Um método antigo de se medir a velocidade da luz utiliza uma roda dentada girante. Um feixe
de luz passa por uma fenda na borda da roda, como na Fig. 18, propaga-se até um espelho
distante e retorna à roda no tempo exato para passar através da fenda seguinte na roda. Uma
destas rodas dentadas possui raio de 5,0 cm e 500 dentes em sua borda. Medidas tomadas
quando o espelho se encontrava à distância de 500 m da roda indicaram uma velocidade de 3,0
105 km/s. (a) Qual era a velocidade angular (constante) da roda? (b) Qual era o módulo da
velocidade linear de um ponto em sua borda?
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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(Pág. 226)
Solução.
(a) O tempo de ida e volta da luz é igual ao tempo que a roda leva para girar = 2/500 rad. Para
a luz:
s 2 L
vc
t tluz
2L
tluz (1)
c
Para a roda:
2
t 500.troda
2
troda (2)
500
Igualando-se (1) e (2):
2L 2
c 500
c
3.769,911 rad/s
500l
3,8 103 rad/s
(b)
v r 188, 4955 m/s
v 1,9 102 m/s
35. Uma roda A de raio rA = 10,0 cm está acoplada por uma correia B à roda C de raio rC = 25,0 cm,
como mostra a Fig. 19. A roda A aumenta sua velocidade angular à razão uniforme de 1,60
rad/s2. Determine o tempo necessário para que a roda C atinja uma velocidade rotacional de 100
rev/min; suponha que não haja deslizamento da correia. (Dica: Se a correia não desliza, os
módulos das velocidades lineares na borda das duas rodas são iguais.)
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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(Pág. 227)
Solução.
O tempo procurado pode ser obtido a partir da equação de movimento acelerado da roda C:
0 t
C C 0 C t
C
t (1)
C
Embora as acelerações angulares das rodas C (C) e A (A) sejam diferentes, suas acelerações
tangenciais (aC e aA) são iguais, pois é a mesma aceleração da correia B.
a A aC
ArA C rC
A rA
C (2)
rC
Substituindo-se (1) em (2):
r
t C C 16,3624 s
ArA
t 16, 4 s
36. As lâminas de um moinho de vento partem do repouso e giram com aceleração angular de 0,236
rad/s2. Quanto tempo passa até que um ponto da lâmina assuma os mesmos valores para os
módulos da aceleração centrípeta e da aceleração tangencial?
(Pág. 227)
Solução.
A condição para que a aceleração centrípeta e a aceleração tangencial sejam iguais é:
aC aT
2r r
O tempo para atingir essa velocidade partindo do repouso é:
0 t
0 t
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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1
t 2,0584 s
2
t 2,06 s
41. Um objeto se move no plano de xy de forma que x = R cos t e y = R sen t, sendo x e y as
coordenadas do objeto, t o tempo e R e constantes. (a) Elimine t entre estas equações para
encontrar a equação da curva na qual o objeto se move. Que curva é essa? Qual é o significado
da constante ? (b) Derive as equações de x e y em relação ao tempo para encontrar as
componentes x e y da velocidade do corpo, vx e vy. Combine vx e vy para encontrar o módulo, a
direção e o sentido de v. Descreva o movimento do objeto. (c) Derive vx e vy com relação ao
tempo para obter o módulo, a direção e o sentido da aceleração resultante.
(Pág. 227)
Solução.
(a) Vamos elevar ao quadrado a equação de x.
x R cos t
x2 R2 cos2 t
x 2 R2 1 sen 2 t
x2
sen 2 t 1 (1)
R2
Agora vamos fazer o mesmo com a equação de y:
y R sen t
y 2 R 2 sen 2 t (2)
Substituindo-se (1) em (2):
y 2 R2 x2
x2 y 2 R2 (3)
A Eq. (3) corresponde à equação de uma circunferência. A constante ajusta a freqüência dos
ciclos das funções trigonométricas seno e cosseno. Em termos físicos, é a freqüência ou
velocidade angular do objeto que se move ao longo da trajetória circular. Veja o esquema a seguir:
y
y
r
x x
(b)
dx
vx R sen t
dt
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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dy
v y R cos t
dt
Logo, o vetor velocidade vale:
v vx i v y j R sen ti R cos tj
O módulo de v vale:
v R sen t R cos t
2 2
v 2 R 2 sen 2 t 2 R 2 cos 2 t
v R sen 2 t cos 2 t
v R
Sabendo-se que:
r xi yj R cos ti R sen tj
O produto escalar entre r e v vale:
r v R cos ti R sen tj R sen ti R cos tj
r v R cos ti R sen ti R cos ti R cos tj
R sen tj R sen ti R sen tj R cos tj
r v R2 sen t cos t 0 0 R2 sen t cos t
rv 0
Como:
r v Rv cos 0
Onde é o ângulo entre os vetores r e v. Como cos = 0, isso implica em = 90o. Logo, r e v são
ortogonais. Portanto, como r é radial, v deve ser tangencial à trajetória circular. Veja o esquema a
seguir:
y
v
vy
y
vx
r
x x
(c)
dvx
ax 2 R cos t 2 x
dt
dv y
a y 2 R sen t 2 y
dt
Logo:
a ax i a y j 2 xi 2 yj
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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Esta equação mostra que a tem a mesma direção de r, porém com o sentido contrário. Ou seja, a
aponta no sentido radial. O módulo de a vale:
x y
2 2
a 2 2
2 x2 y 2
a 2r
Veja o esquema a seguir:
y
ax
y
ay
r a
x x
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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FÍSICA 1
(Pág. 247)
Solução.
A Fig. 9 mostra que o momento de inércia de um bloco, semelhante ao da Fig. 36, em relação a um
eixo que passa pelo seu centro de massa e paralelo ao eixo mostrado na Fig. 36 é dado por:
M a 2 b2
I CM
12
Para descobrir o momento de inércia do bloco em relação ao eixo que passa pelo vértice basta
aplicar o teorema do eixos paralelos:
I I CM Mh2
Considere o seguinte esquema, em que h, a distância de separação entre os dois eixos, é dada pelo
teorema de Pitágoras:
h a/2
b/2 CM
Logo:
M a 2 b2 a
2
b
2
I M
12 2 2
M a 2 b2
I
3
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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Como esperado, I ICM. Quando o eixo está localizado no vértice do bloco a distribuição geral de
sua massa é mais afastada do eixo quando comparada ao eixo passando pelo centro de massa.
8. Duas partículas, cada uma com massa m, estão unidas uma a outra e a um eixo de rotação por
duas hastes, cada uma com comprimento L e massa M, conforme a Fig. 37. O conjunto gira em
torno do eixo de rotação com velocidade angular . Obtenha uma expressão algébrica para (a) a
inércia rotacional do conjunto em torno de O e (b) a energia cinética de rotação em torno de O.
(Pág. 247)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
D
C m
B
A m
z
(a) O momento de inércia total do conjunto vale:
I I Barra A I Bola B I Barra C I Bola D
Podemos tratar as barras A e C como sendo apenas uma barra E de comprimento 2L e massa 2M:
I I Barra E I Bola B I Bola D (1)
O momento de inércia da barra E é (conferir Fig. 9, pág. 234):
2 M (2 L) 2 8ML2
I Barra E (2)
3 3
Os momentos de inércia devido às bolas valem:
I Bola B mL2 (3)
I Bola D m(2 L) 2 4mL2 (4)
Substituindo-se (2), (3) e (4) em (1):
8ML2
I mL2 4mL2
3
8M 2
I 5m L (5)
3
(b) A energia cinética do sistema vale:
1 2
K I (6)
2
Substituindo-se (5) em (6):
5m 4M 2 2
K L
2 3
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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13. Neste problema desejamos calcular a inércia rotacional de um disco de massa M e raio R em
torno de um eixo que passa através de seu centro, perpendicularmente à sua superfície.
Considere um elemento de massa dm na forma de um anel de raio r e largura dr (veja a Fig. 39).
(a) Qual é a massa dm desse elemento, escrita como fração da massa total M do disco? Qual é a
inércia rotacional dI desse elemento? (c) Integre o resultado da parte (b) para encontrar a inércia
rotacional do disco como um todo.
(Pág. 248)
Solução.
(a) O elemento de massa dm pode ser encontrado partindo-se da densidade superficial de massa ,
supostamente uniforme.
M dm
2
R 2 rdr
Logo:
dm 2rdr
M R2
(b) A inércia rotacional de um anel de raio r e massa dm é dada por:
dI r 2dm
Utilizando-se o resultado do item (a), temos:
2Mrdr
dI r 2
R2
2Mr 3 dr
dI
R2
(c)
R 2Mr 3dr 2M R
3 2M R 4
I dI r dr
0 R2 R2 0 R2 4
MR 2
I
2
14. Neste problema, utilizamos o resultado do problema anterior para a inércia rotacional de um
disco para calcular a inércia rotacional de uma esfera maciça uniforme de massa M e raio R em
torno de um eixo que passe através de seu centro. Considere um elemento dm da esfera na
forma de um disco de espessura dz à altura z do centro (veja a Fig. 40). (a) Quando escrita em
fração da massa total M, qual é a massa dm do elemento? (b) Considerando-se o elemento como
um disco, qual é a sua inércia rotacional dI? (c) Integre o resultado de (b) sobre a esfera toda
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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(Pág. 248)
Solução.
(a) O elemento de massa dm pode ser encontrado partindo-se da densidade volumétrica de massa ,
supostamente uniforme.
M dm
4
R3 r 2 dz
3
Logo:
2 2
dm 3 R z dz
M 4 R3
(b) A inércia rotacional de um disco de raio r e massa dm é dada por:
1 2
dI r dm
2
Utilizando-se o resultado do item (a), temos:
1 2 3Mr 2 dz
dI r
2 4 R3
2
3M R 2 z2 dz
dI
8R3
(c)
2
R 3M R 2 z2 dz 3M R 2
I dI 3
2 R2 z2 dz
R 8R 8R3 0
R
3M 2R2 z3 z5 3M 2R5 R5 3M 8R 5
I 3
2 R4 z 3
R5
8R 3 5 0
4R 3 5 4 R 3 15
2 MR 2
I
5
28. A Fig. 45 mostra dois blocos, cada um de massa m, suspensos nas extremidades de uma haste
rígida e sem massa de comprimento L1 + L2, com L1 = 20,0 cm e L2 = 80,0 cm. A haste é
mantida na posição horizontal mostrada na figura e então liberada. Calcule as acelerações
lineares dos dois blocos quando eles começarem a mover-se.
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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(Pág. 249)
Solução.
Considere o seguinte esquema das forças que atuam sobre a haste:
L1 L2
y
mg mg
O CM
z x
F
Como a haste é rígida as acelerações angulares ( ) de ambos os blocos serão iguais. Suas
acelerações lineares, na coordenada y, serão dadas por:
a1 L1 (1)
a2 L2 (2)
A aceleração angular é calculada por meio da segunda lei de Newton:
τ Iα
Torques em z:
L1mg L2 mg I0
mg L1 L2
(3)
I0
Como a barra possui massa desprezível, o momento de inércia do sistema em relação ao eixo de
suspensão consiste apenas na contribuição das massas m em cada lado desse eixo.
I0 mL12 mL22 m L12 L22 (4)
Substituindo-se (4) em (3):
g L1 L2 9,81 m/s 2 0, 200 m 0,800 m
2 2 2 2
8, 65588 rad/s 2
L1 L2 0, 200 m 0,800 m
O sinal negativo de indica que o sentido da aceleração da barra é horário. Para o cálculo de a1 e
a2, utilizamos as Eqs. (1) e (2):
a1 8,65588 rad/s2 0, 200 m 1,7311 m/s2
a1 1, 73 m/s 2
O sinal positivo de a1 indica que a extremidade esquerda da barra acelera no sentido positivo do
eixo y.
a2 8,65588 rad/s2 0,800 m 6,9247 m/s2
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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a2 6,92 m/s 2
O sinal negativo de a2 indica que a extremidade direita da barra acelera no sentido negativo do eixo
y.
29. Dois blocos idênticos, cada um com massa M, são ligados por uma corda leve que passa sobre
uma polia de raio R e inércia rotacional I (Fig. 46). A corda não escorrega sobre a polia e não se
sabe se existe atrito ou não entre o plano e o bloco que escorrega. Quando esse sistema é solto,
verifica-se que a polia gira do ângulo durante o intervalo de tempo t e a aceleração dos blocos
é constante. (a) Qual a aceleração angular da polia? (b) Qual a aceleração dos dois blocos? (c)
Quais as trações nas porções superior e inferior da corda? Expresse todas as respostas em
termos de M, I, R, , g e t.
z x
(Pág. 249)
Solução.
(a) A polia percorre um ângulo num tempo t, logo:
1 2
0 0t t
2
1 2
0 0 t
2
2
(1)
t2
O sinal negativo de está em acordo com o referencial adotado.
(b) A aceleração do bloco sobre a superfície horizontal vale:
a R (2)
O sinal negativo corrige o sinal da aceleração em x (positiva) em relação ao sinal da aceleração
angular da polia (negativa). Substituindo-se (1) em (2):
2
a R
t2
2 R
a
t2
(c) Esquema de forças sobre o bloco 1 (suspenso pelo fio):
T1
y
M a
x
Mg
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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Forças no bloco 1 em y:
Fy Ma y
2 R
T1 Mg M
t2
2 R
T1 M g (3)
t2
Esquema de forças na polia:
T2
y
z x
T1
Torques na polia em z:
z I z
34. Uma esfera oca uniforme gira em torno de mancais verticais sem atrito (Fig. 47). Uma corda de
massa desprezível passa pelo equador da esfera e sobre uma polia; ela está presa a um pequeno
objeto que pode cair livremente sob a influência da gravidade. Qual será a velocidade do objeto
após este ter caído a distância h a partir do repouso?
(Pág. 250)
Solução.
A variação da energia cinética do bloco m é igual ao trabalho gravitacional:
Wg K K K0
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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1 2
mgh T1h mv
2
T
v2 2h g 1 (1)
m
Forças no corpo m em y:
T1
y
m am
x
mg
Fy Ma y
T1 mg mam
T1
am g (2)
m
Torques na polia em z:
T2
r y
m z
m x
T1
z I z
rT2 rT1 I
I
T2 T1 (3)
r
Substituindo-se (2) em (3) e por am/r::
Iam
T2 mam mg (4)
r2
Torques na casca esférica:
M
y
m x
R z
T2 aM
z I z
RT2 I M
2 a
RT2 MR 2 M
3 R
2
T2 MaM (5)
3
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
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g
v2 2h g g
2M I
1
3m mr 2
2 gh
v
2M I
1
3m mr 2
36. Um corpo rígido é formado por três barras finas idênticas, presas na forma de uma letra H (Fig.
48). O corpo pode girar livremente em torno de um eixo horizontal que passa por uma das
pernas do H. Solta-se esse corpo a partir do repouso, de uma posição na qual o plano do H é
horizontal. Qual é a velocidade angular do corpo quando o plano do H for vertical?
(Pág. 250)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, em que CM indica o centro de massa das duas barras que
efetivamente giram:
________________________________________________________________________________________________________ 9
a
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L L CM
L
0 = 0
h
z
CM
Ug = 0 x y
Pode-se aplicar o princípio da conservação da energia mecânica aos estados inicial (E0) e final (E):
E0 E
K0 U g 0 K Ug
1 2
0 2mgh I 0
2
24mgh
(1)
I
Na Eq. (1), m é a massa de cada barra, I é o momento de inércia das barras que giram, sem contar
com a barra que está no eixo e h é a queda sofrida pelo centro de massa das barras que giram. A
distância que vai do eixo até o centro de massa das barras que giram vale:
MyCm mi yi
L
2myCm m mL
2
3L
yCm h (2)
4
Momento de inércia do conjunto das barras que giram:
mL2
I I1 I 2 mL2
3
4mL2
I (3)
3
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
3L
4mg
2 4 9g
2
4mL 4L
3
3 g
2 L
50. Uma bolinha compacta de massa m e raio r rola sem deslizar ao longo do trilho em curva
mostrado na Fig. 50, tendo sido abandonada em repouso em algum ponto da região reta do
trilho. (a) De que altura mínima, a partir da base do trilho, a bolinha deve ser solta para que
percorra a parte superior da curva? (O raio da curva é R; suponha que R r). (b) Se a bolinha
for solta da altura 6R acima da base do trilho, qual a componente horizontal da força que atua
sobre ela no ponto Q?
________________________________________________________________________________________________________ 10
a
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(Pág. 251)
Solução.
Considere o seguinte esquema das situações (a) e (b):
m, r C
y
A
vC C
6R
vQ
h mg
Q
R N
0
(a) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica aos pontos A e C:
EA EC
K A U gA K C U gC
1 2 1 2
0 mgh mvC I C mg 2R
2 2
Sabendo-se que o momento de inércia de uma esfera sólida de raio r e massa m é 2mr2/5 e
aplicando-se a relação v = r:
1 2 1 2mr 2 vC2
mgh mvC 2mgR
2 2 5 r2
2vC2
2 gh vC2 4 gR
5
7vC2
h 2R (1)
10 g
A condição mínima para que a esfera possa dar a volta em torno do círculo de raio R é que no ponto
C a força centrípeta do movimento circular seja igual ao peso da esfera:
Fc P
mvC2
mg
R
vC2 gR (2)
________________________________________________________________________________________________________ 11
a
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51. Um cilindro maciço de comprimento L e raio R tem peso P. Duas cordas são enroladas em torno
do cilindro, perto de cada borda, e as pontas das cordas são presas a ganchos no teto. O cilindro
é mantido na horizontal com as duas cordas exatamente verticais e então é abandonado (Fig.
51). Ache (a) a tração em cada corda enquanto elas se desenrolam e (b) a aceleração linear do
cilindro enquanto ele cai.
________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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(Pág. 251)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o cilindro:
M 2T
y
R
a
z x
P
Torques em z:
z I z
MR 2 a
R.2T
2 R
Pa
T (1)
4g
Análise da translação do cilindro:
Fy Ma y
P
2T P a
g
g
a 2T P (2)
P
Substituindo-se (1) em (2):
P g
T 2T P
4g P
4T P 2T
P
T (3)
6
(b) Substituindo-se (3) em (2):
g P 1
a 2 P g 1
P 6 3
2g
a
3
________________________________________________________________________________________________________ 13
a
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53. Mostre que um cilindro vai derrapar num plano inclinado com inclinação se o coeficiente de
atrito estático entre o plano e o cilindro for menor do que 1/3 tan .
(Pág. 251)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
y
N
f a
z
P x
mR 2
fR
2
mR 2
mg cos R
2
2 g cos
(6)
R
Substituindo-se (5) e (6) em (1):
2 g cos
g sen cos R
R
________________________________________________________________________________________________________ 14
a
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54. Um corpo rola horizontalmente, sem deslizar, com velocidade v. A seguir ele rola para cima em
uma rampa até a altura máxima h. Se h = 3v2/4g, que corpo deve ser esse?
(Pág. 251)
Solução.
Este é um sistema conservativo e, portanto, a energia mecânica é conservada. A estratégia para
resolver este problema é descobrir o momento de inércia do corpo e compara-lo com o momento de
inércia de corpos conhecidos.
E0 E
Ug0 K0 Ug K
1 2 1 2
0 mv I mgh 0
2 2
Aplicando-se a condição de rolamento v = R:
1 2 1 v2 3v 2
mv I mg
2 2 R2 4g
I 3m
m
R2 2
mR 2
I
2
Com este momento de inércia, o corpo pode ser um disco ou um cilindro de massa m e raio R.
57. Um cilindro maciço de 10,4 cm e massa 11,8 kg parte do repouso e rola sem deslizar uma
distância de 6,12 m para baixo do telhado de uma casa, que é inclinado de 27o. (a) Qual a
velocidade angular do cilindro em torno de seu eixo, quando ele deixa o telhado? (b) A parede
exterior da casa tem 5,16 m de altura. A que distância da parede o cilindro deverá tocar no solo?
Veja a Fig. 54.
(Pág. 251)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
________________________________________________________________________________________________________ 15
a
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y A m, r
d
B h’
vB
l
x
(a) Aplicando-se o princípio da conservação da energia mecânica do sistema aos estados A e B:
EA EB
K A U gA K B U gB
1 2 1 2
0 mg h h ' mvB I B mgh
2 2
2mgh ' mvB2 I 2
B
2 2 mr 2 2
2mgd sen m Br B
2
3r 2 2
2 gd sen B
2
2 4 gd sen
B
3r 2
4
gd sen
3 57,9655 rad/s (1)
B
r
B 58,0 rad/s
(b) Análise do movimento da esfera do momento em que perde contato com o telhado até tocar o
solo. Em x:
x x0 vxt
x 0 vB cos t
x
t (2)
vB cos
Em y:
1 2
y y0 vyt ayt
2
1 2
0 h vB sen t gt (3)
2
Substituindo-se (2) em (3):
________________________________________________________________________________________________________ 16
a
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2
1 x x
h g vB sen
2 vB cos vB cos
gx 2
h x tan
2vB2 cos 2
Como vB = Br, temos:
gx 2
h x tan
2 B2 r 2 cos 2
g
2 2
x2 tan x h 0
2 Br cos 2
As raízes desta equação do segundo grau são:
x1 4, 2108 m
x2 7, 2079 m
De acordo com o referencial adotado, a coordenada x onde a esfera toca o solo é negativa. Logo, a
distância alcançada pela bola na queda do telhado vale:
l 4, 21 m
________________________________________________________________________________________________________ 17
a
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FÍSICA 1
03. Mostre que o momento angular, em relação a um ponto qualquer, de uma partícula que se move
com velocidade uniforme, permanece constante durante o movimento.
(Pág. 268)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
v m
y
d
r
z x
O
O módulo do momento angular do sistema em relação a um ponto genérico O vale:
l r p
Na coordenada z:
l rmv sen
O esquema mostra que:
r sen d
Logo:
l mvd
Como m, v e d são constantes, l também é constante.
05. Duas partículas de massa m e velocidade v deslocam-se, em sentido contrário, ao longo de duas
retas paralelas separadas por uma distância d. Ache a expressão para o momento angular do
sistema em relação a qualquer ponto.
(Pág. 269)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, em que v1 = v2 = v:
________________________________________________________________________________________________________ 18
a
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v1 m
y
d
m z x
r1 v2
r2
O
O módulo do momento angular do sistema em relação a um ponto genérico O vale:
L l1 l 2
Na coordenada z:
L r1mv sen 1 r2 mv sen 2
L mv r1 sen 1 r2 sen 2
L mvd
12. A Fig. 26 mostra duas rodas, A e B, ligadas por uma correia. O raio de B é três vezes maior do
que o de A. Qual seria a razão dos momentos de inércia IA/IB, se (a) ambas tivessem o mesmo
momento angular e (b) ambas tivessem a mesma energia cinética de rotação? Suponha que a
correia não escorregue.
(Pág. 269)
Solução.
(a)
LA LB
IA A IB B
v v
IA IB
RA RB
IA RA RA
IB RB 3RA
IA 1
IB 3
(b)
KRotA KRotB
________________________________________________________________________________________________________ 19
a
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1 2 1 2
IA A IB B
2 2
2 2
v v
IA IB
RA RB
IA RA2 RA2 RA2
2
IB RB2 3RA 9RA2
IA 1
IB 9
14. Ache o momento angular da Terra em sua rotação em torno do próprio eixo, utilizando os dados
dos apêndices. Suponha que a Terra seja uma esfera uniforme.
(Pág. 269)
Solução.
Dentro da aproximação referida no enunciado, o momento angular da Terra vale:
2 2
L Iw MR 2 (1)
5 T
Na Eq. (1), M e R são a massa e o raio da Terra e T é o período de rotação da Terra em torno do seu
próprio eixo.
2
4 MR 2 4 5,98 1024 kg 6,37 106 m
L 7, 0583 1033 kg.m2 /s
5T s
5 24 h 3.600
h
L 7,06 1033 kg.m2 /s
16. A Fig. 27 mostra um corpo rígido simétrico girando em torno de um eixo fixo. Por
conveniência, a origem das coordenadas é colocada no centro de massa. Divida o corpo em
elementos de massa mi e, somando as contribuições destes elementos para o momento angular,
mostre que o momento angular total L = Iw.
(Pág. 269)
Solução.
________________________________________________________________________________________________________ 20
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
Vamos analisar o caso tridimensional, que é mais geral do que o apresentado na Fig. 27.
z
i
ri’
mi
vi
a li
ri
y
riy’ rix’
ri’
x
Seja mi um elemento de massa do corpo M, ri a localização, vi a velocidade linear e li o momento
linear de mi. Logo:
li ri mi vi
li rxi i ryi j rzik mi vxi i vyi j vzik
Como o movimento circular é em torno do eixo z, a velocidade linear tem componentes apenas em x
e y.
li mi rzi vyi i mi rzi vxi j mi rxi v yi ryi vxi k (1)
A velocidade vi do elemento de massa é dada por:
vi ω ri' (2)
Na Eq. (2), é o mesmo para todos os elementos de massa. Multiplicando-se ambos os membros
de (2) por ri’:
ri' v i ri' ω ri'
________________________________________________________________________________________________________ 21
a
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L mi ri '2k mi ri '2k
L I k
19. Para fazer uma bola de bilhar rolar sem escorregar, deve-se bater com o taco exatamente a uma
altura de 2R/5 acima do centro, e não no centro da bola. Prove isso. (Para aprender mais a
respeito da mecânica do bilhar, veja Arnold Sommerfeld, Mechanics, Academic Press, Orlando,
pp. 158-161.)
(Pág. 270)
Solução.
Considere o esquema a seguir:
F M, R
h
CM
Forças em x:
Fx max
F Ma
F
a (1)
M
Torques em relação ao centro de massa da bola na coordenada z:
z I z
2
F .h MR 2 . (2)
5
A condição para que a bola comece a rolar sem deslizar imediatamente após a tacada é:
a
(3)
R
O sinal negativo em (3) corresponde ao fato de em x a aceleração linear a ser positiva e em z a
aceleração angular ser negativa, de acordo com o referencial adotado. Substituindo-se (3) em (2):
2MRa
h (4)
5F
Substituindo-se (1) em (4):
2R
h
5
È interessante notar que a bola irá começar a rolar imediatamente após a tacada independentemente
de haver ou não atrito entre a bola e a mesa.
21. Uma barra de comprimento L e massa M repousa sobre uma mesa horizontal sem atrito. Um
taco de hóquei de massa m movendo-se com velocidade v, como mostra a Fig. 29, colide
elasticamente com a barra. (a) Que grandezas são conservadas na colisão? (b) Qual deve ser a
massa do taco para que ele fique em repouso após a colisão?
________________________________________________________________________________________________________ 22
a
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(Pág. 270)
Solução.
(a) Ocorre conservação da energia cinética (colisão elástica), do momento linear total (ausência de
força externa resultante) e do momento angular total (ausência de torque externo resultante).
(b) Como o taco não colide no centro de massa da barra, após a colisão haverá movimento de
translação do centro de massa da barra (V) associado ao movimento de rotação da barra em torno de
seu centro de massa ( ). Aplicando-se a conservação do momento linear:
P0 P
mv MV
m2v 2
V2 (1)
M2
Aplicando-se a conservação da energia cinética:
K0 K
1 2 1 1
mv MV 2 I 2
2 2 2
ML2 2
mv 2 MV 2 (2)
12
Aplicando-se a conservação do momento angular:
L0 L
mvd I
ML2
mvd
12
122 m 2 v 2 d 2
2
(3)
M 2 L4
Substituindo-se (1) e (3) em (2):
m2v 2 ML2 122 m 2 v 2 d 2
mv 2 M
M2 12 M 2 L4
m 12md 2
1
M ML2
ML2 m L2 12d 2
________________________________________________________________________________________________________ 23
a
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ML2
m
L2 12d 2
23. Um jogador de bilhar dá uma tacada em uma bola inicialmente em repouso. O taco é sustentado
na horizontal à distância h acima da linha do centro, como mostra a Fig. 31. A bola inicia seu
movimento com velocidade v0 e, eventualmente, adquire a velocidade final 9 v0/7, por causa
desse tipo de tacada. Mostre que h = 4R/5, sendo R o raio da bola.
(Pág. 270)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, que está invertido em relação à Fig. 31.
M y
F
h z x
v0
B
f
Deslizamento
v
C
Rolamento
Dividimos o problema em três estados. O estado A refere-se ao instante em que a bola recebe a
tacada, B refere-se ao instante imediatamente após a tacada, em que a bola adquire velocidade v0 e
desliza sobre a mesa e C é quando a bola, após deslizar certa distância sobre a mesa, possui
velocidade v e rola sobre a mesa. O movimento de translação gerado em B é o resultado do impulso
( P, em que P é o momento linear da bola) da força (F) aplicada em A.
P PB PA Mv0 0 F t
F t Mv0 (1)
A mesma análise pode ser feita para o movimento de rotação da bola, em que L é o momento
angular, I é o momento de inércia e 0 é a velocidade angular inicial da bola:
L LB LA I 0 0 t
2 MR 2
0 Fh t
5
2 MR 2 0
F t (2)
5h
________________________________________________________________________________________________________ 24
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O sinal negativo que aparece em (2) refere-se ao sentido do torque que a força F exerce sobre a
bola. Igualando-se (1) e (2):
2MR 2 0
Mv0
5h
5hv0
0 (3)
2R2
Vamos analisar agora a translação da bola desde o estado B até o estado C:
Fx Max
f Ma
f
a (4)
M
Movimento de B a C:
vx vx 0 axt
A velocidade vx foi dada no enunciado do problema e ax é dada pela Eq. (4):
9v0 f
v0 t
7 M
2
ft Mv0 (5)
7
Agora vamos analisar a rotação da bola desde o estado B até o estado C:
z I z
2MR 2
fR
5
5f
2MR
Rotação de B a C:
z z0 z t
9v0 5hv0 5f
2
t
7R 2R 2MR
5 ft 5hv0 9v0
2M 2R 7
h 18
ft Mv0 (6)
R 35
Igualando-se (5) e (6):
2 h 18
Mv0 Mv0
7 R 35
4
h R
5
27. Suponha que o combustível nuclear do Sol se esgote e ele sofra um colapso brusco,
transformando-se numa estrela anã branca com diâmetro igual ao da Terra. Supondo que não
________________________________________________________________________________________________________ 25
a
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haja perda de massa, qual seria o seu novo período de rotação, sabendo-se que o atual é de 25
dias? Suponha que o Sol e a anã branca sejam esferas uniformes.
(Pág. 270)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
Considerando-se que durante no processo de colapso do Sol não há torques externos atuando sobre
ele, o momento angular do sistema é conservado. Logo:
L0 L
I0 0 I
2 2 2 2
MR02 MR2
5 T0 5 T
R02 R2
T0 T
2 2
R 6,37 106 m 3
T T0 25 d 8
2, 09411 10 d
R0 6,96 10 m
T 180 s
A situação descrita no enunciado deste problema deve realmente ocorrer daqui a muitos milhões de
anos.
29. Em uma demonstração de aula, um trem elétrico de brinquedo, de massa m, é montado em seu
trilho em uma roda que pode girar em torno de seu eixo vertical com atrito desprezível (Fig.
32). O sistema está em repouso quando a energia é ligada. O trem atinge a velocidade v em
relação ao trilho. Qual é a velocidade angular da roda, se a sua massa for M e o seu raio, R?
(Despreze a massa das barbatanas da roda.)
(Pág. 270)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 26
a
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z
m T
M
v
TR
Análise da velocidade angular relativa do trem, onde o índice T se refere ao trem, R à roda:
ωT ωTR ωR
ωT TR k R k
ωT R TR k (1)
Nessas equações, T é a velocidade angular do trem (em relação a um referencial inercial externo),
R é a velocidade angular da roda (em relação ao mesmo referencial inercial de T) e TR é a
velocidade angular do trem em relação à roda). Na ausência de torques externos, o momento
angular do sistema é conservado:
L0 L
0 LT L R
0 I T ωT I R ωR
MR 2ω R mR 2ωT (2)
Substituindo-se (1) em (2)
M Rk m Rk m TR k
v
M R m R m
R
mv
R
m M R
31. Uma roda cujo momento de inércia é de 1,27 kg.m2 gira com velocidade angular de 824 rev/min
em torno de um eixo de momento de inércia desprezível. Uma segunda roda, de momento de
inércia de 4,85 kg.m2, inicialmente em repouso, é acoplada bruscamente ao mesmo eixo. (a)
Qual será a velocidade angular da combinação de eixo e rodas? (b) Qual é a fração da energia
cinética original perdida?
(Pág. 271)
Solução.
(a) Como não existem torques externos sobre o sistema, o momento angular em z (ortogonal ao
plano das rodas) é conservado:
Lz 0 Lz
l1,0 l2,0 l1 l2
I
1,0 1 0 I
1 1 I
2 2
________________________________________________________________________________________________________ 27
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
1,0 1I
170,993 rev/min (1)
I1 I 2
171 rev/min
(b)
1 2 1 2
I1 I1 I 2
K0 K 2
1,0
2
f (2)
K 1 2
I1 1,0
2
Substituindo-se (1) em (2):
2 2
2 I
1,0 1 I12
I1 1,0 I1 I 2 2 I1
I1 I 2 I1 I 2 I12 I1I 2 I12 I1I 2
f 2
I1 1,0 I1 I1 I1 I 2 I1 I1 I 2
I2
f 0,79248
I1 I 2
f 0,792
32. Uma roda de bicicleta tem um aro fino de 36,3 cm de raio e 3,66 kg de massa. As massas das
barbatanas e do centro e também o atrito no eixo são desprezíveis. Um homem, de pé em uma
plataforma que gira sem atrito em torno de seu eixo, sustenta a roda acima sua cabeça
segurando o eixo na posição vertical. A plataforma está inicialmente em repouso e a roda, vista
de cima, gira no sentido horário com velocidade angular de 57,7 rad/s. O momento de inércia do
sistema (plataforma + homem + roda) em torno do eixo de rotação comum é de 2,88 kg.m2. (a)
O homem pára subitamente a rotação da roda em relação à plataforma, com a mão. Determine a
nova velocidade angular do sistema (módulo, direção e sentido). (b) A experiência é repetida,
introduzindo-se atrito no eixo da roda (a plataforma continua a girar sem atrito). O homem
segura a roda da mesma maneira e esta, começando com a mesma velocidade angular inicial
(57,7 rad/s), vai gradualmente ao repouso. Descreva o que acontece ao sistema, dando tanta
informação quantitativa quanto os dados permitam.
(Pág. 271)
Solução.
(a) Considere o esquema a seguir:
M, R
0
L0
Como não existe atrito nos eixos de rotação, isto implica em que não haja torques externos no
sistema plataforma + homem + roda. Com isso o momento angular total do sistema é conservado:
L0 L (1)
________________________________________________________________________________________________________ 28
a
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35. Um disco uniforme de massa M e raio R gira com velocidade angular 0 em torno de um eixo
horizontal que passa por seu centro. (a) Determine a energia cinética e o momento angular do
disco. (b) Um pedaço de massa m quebra na beirada do disco e sobre verticalmente acima do
ponto do qual se desprendeu (Fig. 33). Até que altura ele sobe, antes de começar a cair? (c)
Qual a velocidade angular final do disco quebrado?
(Pág. 271)
Solução.
(a) Energia cinética:
1 2 1 MR 2 2
K I 0
2 2 2
________________________________________________________________________________________________________ 29
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
MR 2 02
K
4
Módulo do momento angular:
MR 2
L I 0
2
MR 2 0
L
2
(b) Para que o pedaço de massa m suba verticalmente para cima após desprender-se do disco, o
local da quebra deve ser tal como mostrado no esquema a seguir:
v=0
v0
Ug = 0
O que ocorre com o pedaço de disco a partir da separação não mais interfere no comportamento do
disco.
________________________________________________________________________________________________________ 31
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FÍSICA 1
08. Uma corrente flexível de peso W está suspensa entre dois pontos fixos, A e B, ao mesmo nível,
como mostra a Fig. 21. Encontre (a) a força exercida pela corrente em cada extremidade e (b) a
tensão no ponto mais baixo da corrente.
(Pág. 287)
Solução.
(a) Esquema de forças sobre a corda:
y
T1 z x T2
Forças em y:
Fy 0
T1 sen T2 sen W 0
Como T1 = T2 = T, temos:
2T sen W
W
T (1)
2sen
(b) Forças em x na metade esquerda da corda:
T1 y
z x
T3
W/2
Fx 0
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
T3 T1 cos 0
T3 T cos (2)
Substituindo-se (1) em (2):
W
T3 cos
2sen
W
T3
2 tan
10. Uma esfera uniforme de peso w e raio r está suspensa está suspensa por uma corda presa a uma
parede sem atrito; o ponto de suspensão encontra-se à distância L acima do centro da esfera,
como na Fig. 23. Encontre (a) a tensão na corda e (b) a força exercida na esfera pela parede.
(Pág. 287)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
L l
P r C
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
y
N x
W
Forças em y:
Fy 0
T cos W 0 (3)
Substituindo-se (2) em (3):
W L2 r 2
T (4)
L
(b) Forças em x:
Fx 0
N T sen 0 (5)
Substituindo-se (1) e (4) em (4):
W L2 r 2 r
N
L L2 r2
r
N W
L
13. Um mergulhador que pesa 582 N está de pé sobre um trampolim uniforme de 4,48 m, cujo peso
é de 142 N. O trampolim está preso por dois pedestais distantes 1,55 m, como mostra a Fig. 24.
Encontre a tensão (ou compressão) em cada um dos pedestais.
(Pág. 287)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
________________________________________________________________________________________________________ 3
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
L
l
Mg y
F1
CM
z x
O mg
F2
18. Duas esferas lisas, idênticas e uniformes, cada uma com peso W, estão em repouso no fundo de
um recipiente retangular fixo, como mostra a Fig. 26. A linha que une os centros das esferas faz
um ângulo com a horizontal. Encontre as forças exercidas sobre as esferas (a) pelo fundo do
recipiente, (b) pelas paredes laterais do recipiente, e (c) por uma sobre a outra.
(Pág. 288)
Solução.
Esquema das forças normais:
________________________________________________________________________________________________________ 4
a
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A
N1
N2
B
N3
A FBA
N1 x
W
Em primeiro lugar vamos analisar as forças que agem sobre a esfera A. Forças em y:
Fy 0
FBA sen W 0
W
FBA (1)
sen
Forças em x:
Fx 0
FBA cos N1 0 (2)
Substituindo-se (1) em (2) e resolvendo-se para N1:
W
N1
tan
Agora vamos analisar as forças que agem sobre a esfera B.
y
N3
B
N2
x
FAB W
Forças em x:
Fx 0
N2 FAB cos 0 (3)
Substituindo-se (1) em (3) e resolvendo-se para N2 (FAB = FBA):
W
N2
tan
Forças em y:
Fy 0
________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
19. Qual é a força mínima F aplicada horizontalmente no eixo da roda da Fig. 27, necessária para
levantá-la por sobre o degrau de altura h? Seja r o raio da roda e W o seu peso.
(Pág. 288)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
F
O y
R R-h
W z x
Q x
P
Torques em z em relação ao eixo que passa pelo ponto P:
z 0
xw (R h)F 0
xw
F (1)
R h
A partir do triângulo OPQ tem-se:
2
x R2 R h R 2 R 2 2Rh h2
x 2 Rh h 2 (2)
Substituindo-se (2) em (1):
2Rh h2
F w
R h
21. Uma esfera uniforme de massa w está em repouso limitada por dois planos inclinados em
relação à horizontal de 1 e 2 respectivamente (Fig. 28). (a) Suponha que não haja atrito e
determine as forças (módulos, direções e sentidos) que os planos exercem sobre as esferas. (b)
Que diferença faria, em princípio, se o atrito fosse considerado?
________________________________________________________________________________________________________ 6
a
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(Pág. 288)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
y
N2
x
N1
W
Forças em x:
Fx 0
N1 sen 2 N2 sen 1 0
N2 sen 1
N1 (1)
sen 2
Forças em y:
Fy 0
N2 cos 1 N1 cos 2 w 0 (2)
Substituindo-se (1) em (2):
N2 sen 1
N2 cos 1 cos 2 w
sen 2
sen 2 cos 1 sen 1 cos 2
N2 w
sen 2
sen 2 1
N2 w
sen 2
sen 2
N2 w (3)
sen 2 1
________________________________________________________________________________________________________ 7
a
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25. Uma extremidade de uma barra uniforme que pesa 234 N e tem 0,952 m de comprimento é
ligada a uma parede através de uma dobradiça. A outra extremidade é sustentada por um cabo
que forma ângulos iguais de 27,0o com a barra e a parede (veja a Fig. 31). (a) Encontre a tração
no cabo. (b) Calcule as componentes horizontal e vertical da força sobre a dobradiça.
(Pág. 289)
Solução.
Considere o seguinte esquema de forças que atuam sobre a barra:
FP y
O FN z x
P
(a) Torques em relação ao ponto O na coordenada z:
z 0
l
P cos 2 T cos l 0
2 2 2
P cos 2
2
T 208, 4955 N
2cos
2
T 209 N
(b) Forças em x:
Fx 0
FN T sen 0
________________________________________________________________________________________________________ 8
a
Resnick, Halliday, Krane - Física 1 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Equilíbrio de Corpos Rígidos
Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
FN T sen 94,6549 N
FN 94,7 N
Forças em y:
Fy 0
FP P T cos 0
FP P T cos 48, 2291 N
FP 48, 2 N
28. Uma barra não uniforme, de peso W, está em repouso na posição horizontal, suspensa por duas
cordas leves, como mostra a Fig. 33; os ângulos das cordas com a vertical são e ,
respectivamente. O comprimento da barra é L. Encontre a distância x da extremidade da
esquerda até o centro de gravidade.
(Pág. 289)
Solução.
Considere o seguinte esquema das forças que atuam sobre a barra:
L
T1 x T2
CG
y
z x
W
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a
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
L x W
T1 (2)
L cos
Forças na coordenada x:
Fx 0
T1 sen T2 sen 0
T1 sen T2 sen (3)
Substituindo-se (1) e (2) em (3):
L x W xW
sen sen
L cos L cos
L x tan x tan
L
x
tan
1
tan
46. Uma barra uniforme de massa de 4,7 kg e comprimento de 1,3 m é suspensa pelas extremidades
de dois fios verticais. Um dos fios é de aço e tem diâmetro de 1,2 mm; o outro é de alumínio
com diâmetro igual a 0,84 mm. Antes de a barra ser atada aos fios, ambos tinham 1,7 m de
comprimento. Encontre o ângulo entre a barra e a horizontal; veja a Fig. 44. (Ignore a
diferença de diâmetro dos fios; a barra e os fios estão no mesmo plano.)
(Pág. 291)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
Mg
l0
T1l0 2
l1 2
E1 A1 d1
E1
2
2Mgl0
l1 (3)
E1d12
Procedendo-se de maneira idêntica para o fio de aço (fio da esquerda, 2):
2Mgl0
l2 (4)
E2 d22
Substituindo-se (3) e (4) em (1):
2Mgl0 2Mgl0
1 E1d12 E2 d 22 1 2Mgl0 1 1 5
sen sen 1,10905 10 rad
L L E1d12 E2 d 22
1,1 10 5 rad
Na solução deste problema, desprezou-se o pequeno ângulo que os fios passam a fazer com a
vertical após a colocação da barra.
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a
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FÍSICA 2
CAPÍTULO 18 – ONDAS II
08. A velocidade do som em um certo metal é V. Em uma extremidade de um longo tubo deste
metal, de comprimento L, se produz um som. Um ouvinte do outro lado do tubo ouve dois sons,
um da onda que se propaga pelo tubo e outro da que se propaga pelo ar. (a) Se v é a velocidade
do som no ar, que intervalo de tempo t ocorre entre os dois sons? (b) Supondo que t = 1,00 s e
que o metal é o ferro, encontre o comprimento L.
(Pág. 157)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
L
vmet
var
(a) O ouvinte ouve dois sons devido à propagação do barulho metálico através do ar var e do metal
vmet. O tempo decorrido para o som percorrer a distância L através do ar (tar) é:
L
tar
var
O tempo decorrido para o som percorrer a distância L através da barra metálica (tmet) é:
L
tmet
vmet
O intervalo de tempo entre os dois sons vale:
t tar tmet
1 1
t L
var vmet
(b) Se t = 1,00 s, o comprimento da barra será de:
t 1, 00 s
L 364, 016 m
1 1 1 1
var vmet 343 m/s 5.941 m/s
L 364 m
11. Uma pedra é jogada num poço. O som da pedra se chocando com a água é ouvido 3,0 s depois.
Qual é a profundidade do poço?
(Pág. 158)
Solução.
Considere o esquema abaixo:
________________________________________________________________________________________________________ 1
a
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y
H
vs
0
O tempo t para ouvir o som do impacto após o lançamento corresponde à soma do tempo de queda
livre da pedra tq e do tempo que o som leva para subir do fundo do poço até o ouvido do observador
ts .
t tq t s (1)
O tempo de queda livre da pedra é obtido por meio da análise do movimento acelerado da pedra:
1 2
y y0 v y 0t gt
2
1 2
0 H 0.tq gtq
2
2H
tq (2)
g
O som sobe o poço com velocidade constante, que é a velocidade do som no ar vs:
y y0 vt
H 0 vs ts
H
ts (3)
vs
Substituindo-se (2) em (1):
2H H
t
g vs
2 1
H H t 0
g vs
Chamando-se H h e H = h2, teremos:
1 2 2
h h t 0
vs g
1 2
h2 h 3, 00 s 0
343 m/s 9,81 m/s 2
Resolvendo-se a equação do segundo grau:
h1 161, 254 m1/2
h2 6,3812 m1/2
A resposta coerente é obtida com h = h2:
________________________________________________________________________________________________________ 2
a
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2
H h22 6,3812 m1/2 40, 7202 m
H 40,7 m
Obs.: O uso de h1 resultaria em H 26 km, o que seria um absurdo devido ao curto tempo gasto
para ouvir o som, que foi de 3,00 s. Outra coisa: o tempo ts 0,12 s representa cerca de 4%
do tempo total t.
17. (a) Uma onda senoidal longitudinal contínua é enviada através de determinada mola, por meio
de uma fonte oscilante conectada a ela. A freqüência da fonte é de 25 Hz e a distância entre
pontos sucessivos da máxima expansão da mola é de 24 cm. Encontre a velocidade com que a
onda se propaga na mola. (b) Se o deslocamento longitudinal máximo de uma partícula na mola
é de 0,30 cm e a onda se move no sentido x, escreva a equação da onda. Considere a fonte em
x = 0 e o deslocamento nulo em x = 0 quando t = 0 também é zero.
(Pág. 158)
Solução.
(a) A velocidade de propagação da onda vale:
1
v f 0, 24 m 25 s
v 6,0 m/s
(b) Uma onda longitudinal, s(x,t), que se propaga no sentido negativo de x possui a seguinte equação:
s( x ,t ) sm sen kx t
A amplitude sm foi dada no enunciado (0,30 cm). O número de onda angular k vale:
2 2
k 0, 2617 rad/cm 0, 26 rad/cm
24 cm
A freqüência angular vale:
1
2 f 2 25 s 157,07 rad/s 160 rad/s
O enunciado diz que em x = 0 e t = 0, s(0,0) = 0. Para que isso ocorra, devemos ter:
s(0,0) sm sen k 0 0
0 sm sen
sen 0
Ou seja, = n , n = 0, 1, 2, etc. Tomando-se n =0, = 0. Logo:
s( x,t ) 0,30 cm sen 0, 26 rad/cm x 160 rad/s t
Comparando-se esta expressão com a função de onda fornecida no enunciado, vemos que a
amplitude de pressão vale:
pm 1,5 Pa
(b) A comparação entre as expressões acima revela que a freqüência angular vale = 330 rad/s.
Logo, a freqüência vale:
330 rad/s
f
2 2
f 165 Hz
(c) O comprimento de onda vale:
2 2
k 1, 00 m 1
2,00 m
(d) A velocidade de propagação da onda é:
1
v f 2,00 m 165 s
v 330 m/s
19. Duas ondas sonoras, originárias de duas fontes diferentes e com a mesma freqüência, 540 Hz,
viajam à velocidade de 330 m/s. As fontes estão em fase. Qual a diferença entre as fases das
ondas em um ponto que dista 4,40 m de uma fonte e 4,00 m da outra? As ondas se propagam na
mesma direção.
(Pág. 158)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
P
d1
v d2
v
Para ondas de mesma freqüência, originadas de fontes sonoras em fase, vale a proporção:
d
2
Onde é o comprimento de onda das ondas, d é a diferença entre as distâncias d1 e d2 medidas
entre as fontes 1 e 2 e um dado ponto P e é a diferença de fase entre as ondas observada no ponto
P. Logo:
2 d1 d 2 2 d1 d 2 2 f d1 d 2
v v
f
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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES
1
2 540 s 4, 40 m 4, 00 m
4,1126 rad
330 m/s
4,11 rad
21. Na Fig. 18-25, dois alto-falantes, separados por uma distância de 2,00 m, estão em fase.
Supondo que a amplitude dos sons dos dois seja, de modo aproximado, a mesma na posição do
ouvinte, que está a 3,75 m diretamente à frente de um dos auto-falantes. (a) Para quais
freqüências audíveis (20 - 20.000 Hz) existe um sinal mínimo? (b) Para quais freqüências o som
fica ao máximo?
(Pág. 158)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
O
A B
D
(a) O som chegará com sinal mínimo ao ouvinte quando a diferença entre os percursos AO e BO for
igual a (n +1/2) , n = 0, 1, 2, etc.
1
d AO d BO n
2
1/ 2 1 v
D2 L2 L n
2 f
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