Você está na página 1de 2

20/07/2010 - 10h43 / Atualizada 20/07/2010 - 13h19

Pesquisadores identificam planta capaz de neutralizar o


veneno da surucucu
Da Redação
Recomendar Seja o primeiro de seus amigos a recomendar isso.

Uma pesquisa inédita da UFF (Universidade Federal Fluminense) identificou uma


planta capaz de neutralizar o veneno da cobra surucucu, uma das mais letais e a
maior serpente venenosa da América do Sul.

O estudo de Rafael Cisne e André Fuly analisou as propriedades antiofídicas de 12


plantas brasileiras e descobriu que o extrato da S. barbatiman se mostrou totalmente
eficaz contra o veneno da cobra surucucu, inclusive depois de submetido ao
aquecimento de 80°C, oferecendo a mesma proteção.

Popularmente conhecida como 'barbatimão', 'barba-de-timão' ou 'casca da virgindade',


a planta também possui outras atividades terapêuticas como cicatrizante, anti-
hemorrágica e antimicrobiana.

Os acidentes com cobras são hoje combatidos com o soro antiofídico, mas eles
apresentam vários efeitos colaterais, além de custos altos e dificuldades na
distribuição, devido à exigência de conservação em baixas temperaturas.

O estudo, desenvolvido no Laboratório de Venenos e Toxinas de animais e Avaliação


de Inibidores (Lavenotoxi), da UFF, e coordenado pelo professor André Lopes Fuly,
mostra a distribuição dos acidentes ofídicos no Brasil, por Estado, a sazonalidade com
que ocorrem, os efeitos que provocam no organismo humano e porque são
considerados um problema de saúde pública grave.

Embora a maioria dos acidentes ocorra na zona rural, há certas evidências, segundo
a pesquisa, de uma possível adaptação das serpentes às periferias das cidades, pois
as precárias condições de saneamento básico propiciam a proliferação de roedores,
que servem de alimento para as serpentes.

As vítimas são, preferencialmente, do sexo masculino, com idades entre 15 e 49 anos


e, em 70% dos casos, são atingidos os membros inferiores. Os acidentes ocorrerem
com mais freqüência nos meses quentes e chuvosos. Nas regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste esse aumento ocorre entre os meses de setembro a março, enquanto
que na região Nordeste, o aumento é de janeiro a maio e, na região Norte, observa-se
de maneira uniforme durante todo o ano. O Estado com o maior número de registros
de ocorrência é o Pará, seguido de Minas Gerais, Bahia e São Paulo.

Mais notícias

20/07/2010
Giovanna Ewbank é 18h40
capa da Corpo a
Corpo de julho OMS defende tratamento precoce para crianças
com Aids
Mais fotos
18h20
Idioma de juiz interfere na
tendência a ignorar certas faltas
Natália Guimarães é
capa da Dieta Já! de
julho
18h10
Painel da FDA pede mudança de indicação do
Avastin nos EUA

Cientistas 17h54
australianos Cientistas mapeiam altura de
documentam criaturas florestas a partir de dados de
no fundo do mar satélites da Nasa

Você também pode gostar