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a revista do engenheiro civil , A PM SCC kone techne s:: Tl nas obras re ee Le eo) aed at 1} acrilicas eee Albert rats iia y S y yd 4 (OMe (UW -w =) 1 4 Sistemas baseados no conceito de Building Information Modeling permitem projetar em 3D e integrar as especificagdes técnicas numa Unica base de dados WD f ACQUA SYSTEM LIDERA A EVOLUCAO. A tecnologia de conducao de Agua vern evoluindo gradativamente, desde as tubulacées de metal aos materiais plasticos mais comuns até chegar ao avancado sistema em Polipropileno Copolimero Random, com unigo por Termofusao. Termofusao:a Unido Perfeita Os tubos e conexées ‘Acqua System aquecem ese funder, resultando uma tubulagao continua, sem roscas e soldas. Maxima Pressao e Temperatura Acqua System suporta, pressdes constantes de até 20 quilos e temperaturas constantes de 80°C, com picos de mais de 100°C. A Maior Resisténcia Acqua System oferece maxima resisténcia & corrosao. Epor seu alto grau de elasticidade ¢ altamente resistente a impactos,som correro risco de quebrar-se assay Sm "EF ce ES Cee cece Wi) yy} Hill a MILHARES DE OBRAS, MILHOES DE UNIOES, NENHUM VAZAMENTO. Ha mais de 15 anos, Acqua System lidera 0 avango Orr fy PO at tecnoligico na conducao de dgua quentee fria,através de sua experiéncia em mais de 10 milimportantes obras j6instaladas em todo o Brasil” Instale Acqua System em sua obra, e conte com o Certificado de Garantia de 50 anos @a com uma equipe de profissionais especializados no sistema que esté revolucionando a historia das instalagées de Squa quente e fra, Porque enquanto as outras empresas conquistam experiéncia, vocé pode continuar confiando na nossa! at SERRE i A evolucao tecnolégica. "Aeincemmantonicetancnruiscnnesson ME Badll “> | ENTREVISTA Informagses integracas PrcquisatorLucieSoibelman, da Camogie Malin University fala das citeuldads dese apiicar 2s tecnclogzs de Informayaona eonstugao 32 CONGRESSO Deserivowimento concreto Tbracon destaca trabalhos nacionals e estrangeiros com uso de coneretos especials SUMARIO 36 CONTENCOES Superparede Hospital Albert Einsten, em Sa Paulo, tem uma das paredes de contengio mais ata: ji exocutadas 40 OBRA Ambientes selados Nova fibrica da Fundagio do Romédio Popular demandou projeto de ‘alas limps 50 REVESTIMENTOS Efeito acrilico mo aspecificar ezpicar rvestimenios textures do base aertica 56 ISOLAMENTO TERMICO Conforto ambiental As propriedades eaplicacbes das telhas e paindisisolantes CAPA Construgae integrada Por que Building Information Modating vaimudar a manaira de projetar e constr 60 ARTIGO Revestimentos de argamassa com fibres de polipropiteno Como alterar as propriedades ddorevestimento e garantir melhor aderéncia 79 COMO CONSTRUIR Impermeabilizagao com manta asféltica Veja como exeortar a impermeabilzago do ajes Obra Aberta Agenda capa Arte e aycul: Sergio Co!owto Imagens e piantas cetides por Gui Matios |ECHNE 127 | OUTUBRO DE 2007 Lembra de como vocé se sentia Seguro no tempo em que mor numa casa totalmente protegida? De ee ae ene et ea eae ee cd tum espace va alm de um grande projeto.£ por isso que na hora de constuirvoc® no pode abrir mo do it Te een era mec er ey dentro de sua linha de prcdutos. Além disso, os clientes da Lwart Proasfar Quimica podem contar com a ori eee ee en OR ee re ee tor ee eee Oe ec ee erica! Deer ee eee te ree aac ee ee eee eee ee ee peeeerents EDITORIAL Trés dimensées para projetar, coordenar e orgar projetista de estruturas Charles H. Thorton possui escritérios ‘em 12 cidades do mundo, dentre as quais se destacam, Londres, Hong Kong; Xangai eMoscou. Entrevistado de Téchne n® 120,em margo deste ano, o norte-americano esteve no Brasil para uma conferéncia na feira Revestir,em Sao Paulo.A despeito deabordaro colapso das torres gemeas de Nova York, fer questo de discorrer sobre um conceito que tem defendido com veemeéncia e que ainda nao encontra grande ressonéncia em todo co planeta. Trata-se do BIM, sigla para building information ‘modeling on, em portugnés, modelagem de informagoes para constracao.A mesma énfase ao assunto foi dada por especialstas brasileizos, incluindo Lucio Soibelman, entrevistado desta edigdo durante o III Encontro Tecnologia da Informagao e Comunicacao na Construgio Civil, promovido em Porto Alegre pela Antac (Associagao Nacional de Tecnclogia do Ambiente Construido). ‘Mas por que tanto interesse pelo tema? A reportager de capa desta edicao procura responder a questao. Deixa claro que,além dapossbilidade de projetar em trés dimensées, a grande sacada do BIM é integrar as especificagoes técnicas ¢ elementos oriundos de diferentes projetos em um tinico arquivo. Qualquer alteraga0 éatualizada de forma automatica, indusive nos arquivos bidimensionais. Em projetos complexos, de farta documentagao, tal fancionalidade constitui alivio paraas equipes e libera os profissionais para o que interessa: trabalhar no projeto de fato ‘endo emsua representagio gréfica. A riqueza de informagées proporcionada pelo BIMimpressiona. Ao desenhar uma parede, por exemplo, o projetista atribui propriedades como dimensoes, tipo de bloco, revestimento, fabricante etc. Como se sabe, nos CADs tradiciomais,tais caracteristicas sao indicadas manualmente no texto legenda do projeto. Outro diferencial refere-se facilidade de integraco das etapas de projeto com as de ‘orcamento e planejamento de obras. Trata-se deum passo indispensdvel, porém, ainda distante. Para chegar li, garantem os especialistas, os profissionais precisam aprendera desenhar em sistemas BIM e, em uma segunda fase, a trocar arquivos entre os projetistas. O caminho é longo, mas Thorton, Soibelman e virios especialistas garantem: vamos trilhé-lo, A leitura da reportage de Téchne pode serum bom comeco nesse sentido. VEJAEM AU = Hotel Maraba w= Joon Faria Lima = Casa Contemporanea & Cadeitas de esctitorio VEJAEM CONSTRUGAO MERCADO = Sustentabilidade 8 Gestao de escitsrios w= Reciclagem = Venda virtual VEJA.EM EQUIPE DE OBRA f= Amarra¢aor alvenaria-pilar = Calenlo de blocos = Descarte de embalagens = Como instalar caixa d'agna TECHNE 127 | OUTUBRO DE 2007 Ligue pera 41 3317-1144e _Aogisticagarante seu proculo _O.ativoem pOé misturado ao Aaa plaslcidade do concreto solicte oconcretofuide. ahora e local que vecé precisa. __concreto somente na obra, persion torn Ue TRU OR RU ei ty 0 SERVIGO QUE VAI MUDAR A SUA FORMA DE CONSTRUIR. RIDE PORT OLIGIur GHemrnopEo CLEeiOC TEE DC MMT CE concrebras Vendas de suisturn, aneah tenis, TORO e steadmeat 0 ulaanie Segunda asec dis 9 Th 4001-5400 principals cadet (9800 596 6400 demi meneps (11) 2173-2445 veainswes www-LojaPINL.combe Aezdimeato we: www pine. com/leoonosso ‘custo delgagi local ms pieipts exes vers om were plninch conc, infet ‘mal: eyponeporal@pinicombr rbd fae (1) 2173-208 fe (uiy2i7s-2362 e-mill pbledide@pln.com.sr ‘Trifego(antacios fey 2173-236 c-mall talego@piaicombe Bigaurh eC fone (1) 2173-2378 e-mil engenbara@pia.com.br Reins edtocee Pata olla relmpresoes de reporagens ow artigos pebleados: fone (11) 2173.2308 e-null publiedsdeepn.com.r PINIrevistas Bae Gn) 2173-30 facet 2173-2307 ‘i eoasrueto@platom br PINimanuais técnicos fae Gn) 2173-28 etm maneas@plahcombe PINIsistemas Soporte fae (1) 2173-200 roll epore@pinted.com Venda foe Gv 2173-2434 Grande Si Fal) ee oss ea paid) -moll yeadus@plabrib.com PINIservicos de engenharia fone cn) 2173-268 ‘e-mail engenbara@pocom. br Pandadera Roberts LPia (1927-1966), auto Pin (1841967 «Sega Pa (1928.208) ‘Ader ane Distr edie heCone eisplnicorste Btior Palo Kis publispinioomte Bltor atu Cust ence apbtenfnsne Lotz Fant Fas (predtr eur Retuor urea oc: Goodeandorde ate Lica Lipes Lich Menoval eric Lulz Aires, ets E (ries) Duseado Sergi Cleo Produce coral juan Coca Bg rc ciao CossdbeAdsinlentiva Oxo Fito Mots (a ema), Clini Mier, Bo Thome, raal Rss neCom etnlecarog itera Coatdio BousPal eros ber Tau, Els lhe Rrando Hf Ald Prancuc A deVconcly Nata Praneo Palo Gnauna Guzen, Jost Cuos de Pigs Fere(in meer) Jot Mas de Czago Bare, Maur Linn Se, ‘Osmir Mumia, Usa E=pnal Leese Sour e Vea Concaclo Facich NGBUIANIA RCDETOS, Remar Cara ts Pape ePerecedorn liane via Nine snaotadategn ies Pepn hel ne se ‘pala ets Bie Cuca Pe ahaa eran Tides caton nite cata Does Compearoee Cater Nn sCineaPrnee smnv1g0s DEDNGENUAARL is fins is Pre Incrtho Macs Sig ah PUBLICIDADE las Caro Fc Orin hiro Aaa ee Es Basra dcontat Alcs bro, Sars en, oie Slernl atone Reade Cre [MABKEENG fat Mase EVERTON Vor toi gues VENDAS Cas Pre INSEITUCIONALS N31 ERIANGAS Dd Ben GRCULAGKO: fides Fun SEAS J Pus nae Peo Palo sad ‘MaiTuaisTBcNI00s BGULSOS Hi C3 NDINITO STELIFONES ‘us Amat, 954 ~CBP 0113-500 ~ So Pu SP Braid PUNT Palade, agen, Admiral e Relate foe (1) 2173-2360 IMT Siseras sipstee pre Pid ~ one) 2175-200~ fa (1) 2173-205 “Ate somo ate wmplaweacom Represetasten a Pliner Pasta Cauca (4) 9241-18261 11-512 ‘Mina Goris (1) 311-7385 Ria dbl (51) 5853-2755 op daa (2) 247-0407 054-656 Ba!) 347-4400 aprantante de Lot ¢ Asda Agar (02) 3836-25 asap (2) 364-15 Be (71) 341-250 Gam (8) 78-1631 Bip faa (27) 5212355 Marana 5 3086518 ‘Mato Grom da Sl (67 395154 Fak (31) 546552 Paab (8) 322-1105 ‘essa (21) 2125757 Palo) 20235336 lod Jao (71) 255-799 Ro Grande do Note) 3515-1222 io Grande do a (51) 347-5050 to Pale Maris (14) 341730 ‘Sle Tot doe Cams (12) 3919-7739 Sorecab (15) 97184387 tide 6 vets ‘Aina ama £$27600 (2 exomare) ‘esntinSenal 245520024 era) ‘Osamgosasmadsesto dereporibitade alu do arorento espesam essen, splat we WE ine DOIEIDA A REPRODUGAODE A TRANSCEICAO PARCIL CU TOTAL T0005 0S DIKEMTOS RESERVADOS TECHNE 127 | OUTUBRO UE 2007 revistatechne ee MOC e eto Salas limpas Confira outras duasreportagons da cobras incustrias com alas lim publicalas na ich: a abwica da Lists Farmardutica, em Embu cas Artas (SP); Cietec (Centra de Excoléncia om Tecnctogia Fletrnicadvancada) om Porta Alagre. 0 material esta Aispontvel com o extra ta repartagem sobre. Fup (Fundacao para o Remedio Popular, obra com salas limes classe 100 mil, Ou seia, com até 100 mil gartculas por pé citico de a Comunica¢ao entre softwares BIM Confira outros trechos da entrevista do pesquistor do Uninova Institute de Desenvolvimento de Hevas Tecnologia, de Portugal, Pedro M6. Fonte da Feportagem de copa desta eign, ele folasobre os preblomas do comunicagio onto 0 sftwars BIM Builing Information Modeling) oda wlizagio do IFC(Infrmation for Constuction), uma linguagom que permite a comunicacso ene todos os tines desistomas IM Entrevista com Charles Thornton Opeojtista de estuturas Chatles Thorton, quepossul escrtérios nas rnapats czoitas mundi, @ um dos defensores de peso dos softwares BIN. Contra nos exras dareportagem de capa desta eaican.a entrevista concedida por rnton & Téchne 120, na qual ele fla, entre ouros assuntos, dos impactos que oBIM pode trazer 8 10a de projet. Forum Téchne Confira algumas opinides dos itimos fruns do site da Fiche Qual é 2 sua opiniao sobre uma eventual privatizagao de companhias paulistas como a CDHU, IPT, CPOS, Dersa, Metro e Cesp? O modelo privatista nao dou certo, @ querem exrandi4o contra vontade da soctedade. Por que nao fazem consulta bibica antes de continuarem com esse brocesso nefasto? Nao podemes Densar que os emp esaios 0a ‘Sohgao do Pas & SolUgaO-SOMOS {odes coletamente, @aquilo que comstrufnos de bom! 0s engenheiros civis, a exempio dos arcuitetos, deveriem revindicar um conselho proprio para deixar o sistema Confea/Crea? A segregagio divide, conseqtientemente enfraquece: categorize. Por isso, sugiroa permanéncia das das categoria para traneformare reivindicay juntoao CConfea Cra, melhores ccndigées sdlaisis emanoros taxa de znidade 0 ARTs, Ofeoback entre as catogor importante para 0 desamponio 63s nossas obras, 0 que voc# acha da''distor¢a0 topografica’ dos taneis da Linha ‘Amarata do Metr6, em Sao Paulo? O erroesta mats para grossato.do que para grave, Porém, nds, bresiloas reosamos render a oonviver melhor com noesos errs Come cz. citado, “36 erra quem a. Se houve erro, conserta se etrase aligao como ett. ano tva27/09/2007 195 |ECHINE TUBRO DE 2007 j y los melhores momentos da vida an acontecem entre 4 paredes. DRYWALL para o morador, Gypsum Drywall capar de acolher, ENTREVISTA exemple, informa o tempo necessatio para cada tarefa, masé uma média que depende de virios fatores. Um bor en genheiro de cbra maltiplicaesse mime to deacordo com sna experiencia, Esse tipo de ferramenta visbilizarsuuma and. lie menosbaseadanaexperiénciade ge rentes,mes fundamentada no histsrico deconstructo, D custo 6 0 maior obsticulo a ampia adogao de tecnologia da informagzo? iste problemas maiores, como a falta de pesqnisae de validacio das ferramentas, esse 0 maior obstacnlo,ea dificuldade de medir ganhos financei- tos, Como ha diversos elementos en- volvidos,¢ dificil provar que a tealo- gia foi responsavel pelo barateamento on nao de mma obra, Pode ter sido projeto arquitetonico ou o gerencia- ‘mento, pois nao € possivel fazer 50 pro- jetos iguais, sob as mesimas condicoes e com amestna equipe.A tinica forma de analisar é por meio de estamos de caso ainda assim, fi incrédulos que dirao que um projeto€ diferente de out. O que determina aadogéo ou fim de uma tecnologia? ‘Tem que haver muita pesquisa, mas a adocao depende muito de al- guém pasar a inovagio e comecar a ganhar dinheiro. Depois outros vem atrés, De qualquer forma, o Brasil de- veria pesquisar mais, que € a vnica forma de desenvolver. E com relagéo a tecnologia, quais os obstéiculos? ‘No caso do escaneamento a laser, possivel fizer 0 modelo externo, mas hi elementos que nao sd0 controliveis por meio de scanner, como pintura, acabamento, limpeza on produtivida- de. Otro aspecto importante & ai terpretacao, qne ainda nao ¢ feita au- tomaticamente, Como o computador into sabe o que ¢ coluna on o que & vviga, estamos pesqaisando formas de extrair antomaticamente os abjetos @ compari-loscomo projeto, Quais as dificuldedes de absorgao de conceitos de supply chain ‘management (gerenciamento da “A fotografia digital também esta revolucionando a documentacao, pois fica facil provar que uma impermeabilizagao, por exemplo, foi feita” cadeia de suprimentos) ra inoustria da construceo? © qne precisa ser resolvido com pesquisa antes da pritica éa padroni- zacao e aontolegia, ou a forma como as palavras se relacionam entre si. E necessério criar uma drvore com ter- ‘mos, para que cada fabricante rotale 0s produtos en umafolha nessaarvo- re, Padronizados, os softwares conse- gguem pesquisar ¢ encontrar 0 rétalo adequado ¢ se relacionar com siste- mas de orcamentagdo antomiética, buscando precos na internet. hf problemas com a padronizagio? (© ser hamano interpreta as infor- ‘magses obtidas,o software ndo, © pro- blema é que alan fabricantes acham que a descticio pode ser um limitante dousodo produto eacabam mentindo ‘um pouco para aparecer em mais fo- thas, © IAT é um primeiro passo ¢ dai pode nascer algo mais avangado. Como émedico o potencial de aplicagao pratica des solucoes pesquisadas e deserwolvidas? Ou seja, como caleuiar se uma solucao .Gtile compensa o investimento? Se uma tinica obra foi bem, vao dizar que outros elementos foram res- ponsiveis. Quando ha am volume grande, com 200 estudos decasoe me- digo isenta, pode-se afitmar se finco- nae oscéticos comecam aacreditar que ngo ¢ coinidéncia. At que entraani- Versidade e grupos como 0 Norie (Nt- cleo Orientadoparaa Tnovacaoda Eii- ficagio), da Universidade Federal do Rio Grandedo Sul. Aque se deve adificuldade em conciliarlinhas de pesquisa com a realidade de obra? Exbte distancia entre obrae pesqui sadores, com falta de entendimento iituo,eiss0 nfo ¢s6 no Brasil. Hagru- pos que trabalham diretamente com empresas, como o Norie, que trabalha muito com o Sinduscon (Sindicato da Indiistria da Constra0). Para mett mestrato,emPorto Alegre, tinhaacess A contabilidade de cinco escritérios. Medias notasfiscaisde tdo oqne havia sido comprato e do que foi ntiizado para determinar petdas. Precisamos mais dese tipo de pesquisa. Aqui, as constrntoras permitem qq seentre nas obras, mas dificiimente financiar Pes- quisaé um negocio, e se €ogoverno que financia, tenho que adequar a pesquisa ao govern, Dat pode nao se voltar aos construtores Ent, fica dif fazer pes- quisa para melhorar a produtividade ddas empresas, se elas nao financiarern, porque o governio no terdinteresse De que maneiraa éree de estruturas pode se beneficier dos avencos da tecnologia da informagéo? £ uma érea muito avangada, pois foi um dos primeiros usos de TI na constragio.A base dos sistemas desen- volvidos naquela ¢poca é a mesma até hoje, Emborana execugdo ainda nao esteja muito diftmdida, hd tecnologias se desenvolvendo que dao idéia do comportamento das estruturas. A comparagio com o desempenho espe rado otimiza os projetos, pois se o TECHNE 127 | OUTUBRO DE 2007 © poliuretano @ um dos materiais mais versatels da atualidade © encontra diversas aplicacoes nos mais variados segmentos de mercado. Na construgac civil, os sistemas de polluretano BASF vem sendo utiizados ha décadas facilitando e convertenco idéias em solugdes inovacoras. Confira algumas vantagens que os poliuretanos trazem para a construgao civil: + lsolamento térmico * Economia de energia + Reducao da espessura de painéis e telhas resultando em gantio de espace intemo * Seguranca + Praticidade * Versatilidacle * Otimo custo beneficio Para maie informagdes contato: BASE Polivotanos Lida, ‘Av Papa Joo XXII, 4602-4 00370.904 Maud - SP = Tel 11 4542 7200 E-mail: basfpu@bastcom ENTREVISTA Embora digitalmente seja possival gens. Dal se lica num elemento da prover uma infinidade desituagées, | ex foto parase ter todasas informacées. 6 também possivel transferir todos Padronizados, os aspectos paraoprojetoedeipara OS SOftwares ‘Com tal cuantidade de informagies, acxecugio? i como torné-las produtivas? Nem tudo precisa er passado para. CONSegueM Pesquisar Hd uma infinidade de tipes dein aobra E importante entenderqualéa © encontrar o rétulo formasio, com documentos de ima informagao aser passada para que n20 gm, de texto, de projeto. Trabalho se dogue no mio dos daton-Aquee. adequadoe se com ciéncia da informago, um novo to é apenas de melhorar oconheci- relacionar com campo de pesquisa que aborda como mento em ciéncia da informasio.Por gi corganizar 2 iniormagao, com minera- cicommnicanmiedacien SBS CE ‘glo em dados e busca de conbecimen. cadeiras de biblioteconomia, para OFgamentacao fo nos documentos. On seja, depois aprender a gerenciar a informagio. E sti quehics dados,deve-semodela, criar cemicmeee tas CNC INT asl cpomeaiimar ee renciar asinformacces. precos na internet” maneira que possa tomar a decisio, Teansformar dados em uma tabela e Isso para considerar os documentos ‘verficara produtividade, poresemplo. geratos? de gna, mesmo qneaparegam ontros tunificados no projeto, Sao tiradas cen- registrados, mas nao estao localiza intervalo entre pesauisa, tenas de fotos numa obra, mas nao hd —_veis. Como ninguém tem um fundo- desenvolvimento e adequagao de como pesquisar depois. Uma foto de nario para fazer esse cadastro, pesqui-_ prajetos e processos? Quanto tempo obratem,em media, 46 objetos. Noen- — sarnos uma rea da computacao que —_ leva para que uma pesquisa beneficie lanto, o nome é, por exemplo, ‘cans abalha com identificagao de ima-_efetivamente 0 processe construtivo? > ff / Com ole vooé cri orgamentas com ‘qualquer tipo de temizacao e pode 0. Se a tilzar modelos pré-oxistentes pare G. hae ane ioe © médulo Orcamentos de Obras elabora orgamentos e propostas técnices a partir das informag eo eet Seeker aT Médulo de Orgamento de Obras Por que eu utilizo o Volare. Mais Informacdes: 3 “Com uma média censtante de 40 11) 2173-2423 (Grande Sao Paulo) |) obras, a solugdo encontrada para 707-6085 (derais bocalicdades BE rote ictasss Yo soon Ga00 707-6068 cizaectsstcet) IE Mi, 4) ctapas, materiais © mao de obra BSB roves do Volare” PINI: s fr Dens Room - Marti Sens iA www.piniweb.com fe) am Quer liberdade para criar? Nao perca 0 lancamento do Archicad \\ Arquiteto, venha assistir 8 ap Je langamento do Archicad GRAPHISOFT. N } at Para mais informaroes ligue 11.2173-2624 aVirual Building Sottion = (_-~ Distribuidor Exclusive ENTREVISTA Depende da pesquisa, Trata-se de tum investimento de altfssimo risco, Maso resultado obtido por duas ou trés 6 que fazem 0s Estados Unidos idera remn omercado, Quanto maisimprové. velaidéia, maior podeser o ganho, ¢ 0 sep érelativo. Quando algo maito bor. @ descoberto, usado rapidamente. © fato de amgo-de-obrano ser qualificadapode ser um gergalo para 0 uso da tecnologia da informagao? A computacto facilita algamas cvi- 28.20 operitio menos qualificado. Se ‘ee tem dificnltade em interpretar um ‘modelo 2D, rama planta, pode visaali- zar melhor um estratara em 3D.Sod esse ponto de vista, o computador, a realidade virtnal e melhores sisternas de medigao resolver problemas e cciam interfaces. Computador tam- bérn é uma boa ferramenta de trein mento, Entao, aperganta tern resposta paraos dots lados.Se iver que interagi ‘com softwaresavancados ¢ nao houver ‘qualificagao, vai ter dificuldade. Por ‘outro lato, pode ajadar muito, ealye- mas temnologias, como @ RFID, 140 dependem da qualificagdo, ‘Como a tecrologia pode minim iter 0 desperdicio de materiais? (Os recursos jé sdo vigweis técnica eeconomicemente? Hé diversas causas para desperdi- cio. O maior problema no Brasil é roubo, o que diminti muito com uso de cimeras, sistemas eletronicos de detecgio de intrusos, RFID e rastrea- mento em GPS para componentes ¢ ‘equipamentos caros. Ele também se relaciona com a perda incorporada, ‘como numa laje mal escorada, Para no ficar com uma espessura maior do que aesperada, fertamentas como ‘scanner laser jndam a controlar 0 posicionamento das formas. As cen- trais de concreto j4 tisam sistemas para controlar a mistora e todas essas ferramentas ajudam no processo de controle. A intagracao é questan de tempo, cada empresa vai implemen tar onde aperta mais Coletados, na programas que interpretem adequacamente tais “0 problema do Big Dig nao é corrup¢ao, pelo menos nao da maneira como € encarada no Brasil. O problemaé operacional, pois a obra € muito grande, com uma verba 50% maior do que ade todaa Secretaria deTransportes do Estado” dados? A retrcalimentacéo do rocesso com relacao a rodutividade, consumo e desempenho, por exemplo, €efetiva? ‘A transformagao dos datos em in- formagéo ¢ sua utilizacio na tomada de decisdo € uma questo complexa jo apenas pata a construcdo. Estou pesquisando para uma empresa de ro- botica que inspeciona canos de esgoto. A-empresa tem um rob6 que adquite imagens intemas do esgotoe identifica 1 problemas encontrados. Com da- dos em mnios, quer saber o que resolver primeiro. Ou soja, nao quer saber se hi rachadura, mas quando ela vai dar problemas e quanto tempo pode espe- rarpararesoWvero problema, Entaéo, nao 6 um problema especitico da consirucéo? Issoacantece em todas as reas. Os dados sio adqniridos, mas ha proble- ‘masa fomada de decisio,Fssaéa area ‘mais quente em pesquisa atwalmente Estamos morrendo de fore por co- nnhecimento a0 mesmo tempo em que nos afoyamos em dados. f uma frase tipica de diversas areas, incisive das empresas de cartao de crédito, que sabem como 0 cliente consome, mas nao consegnem verificar casos de so frandulento, por exeruplo, Podemos afirmer que, por aumenter 0 controle sobre a obra, a tecnologia Permitiriareduzi,além de Aesperdicis, corrungao.e desvios financeiros? Em caso positivo, por ‘que grandes obras, como o Big Di ‘em Boston, possivelmente amaior obra dos Estados Unidos, ainda softem com dentincias de corrup¢ao? © problema do Big Dig nao é cor- rup¢io, pelo menos nao da maneira como ¢ encarada no Brasil. © proble- ‘maé operacional, pois a obra ¢ muito grande, com ma verba 50% maior ‘do que adetodaa Secretaria de Trans- portes do Estado, Isso exigiria dupli- caro tamanho da secretatia. Depois de dez. anos, quando 2 obra estivesse pronta, 0 que fazer com os fanciona- rosé Para iar com o problema, 0 Bs- tado fez algo arriscado, que foi sub- contratar ogerenciamento. As empre- sas representariam a posicao do Esta- do, que nunca se sentia confortavel ein passar totalmente o controle, Dat designow algumas pessoas para ficar acima dessa joint venture, numa es- ‘ratura complicada qve resultou num ‘mau gerenciamento, Entéo, nao foi corrupgao como conhecemos. No Brasil a corrupgao € tao grande que com a TI ganharia mais alguns agen- tes: 0 progtamador e o gerente de in- formagao, £ possivel criar 0 controle, ‘mas ha interesse? © problema no Bra- sil é cultural ¢ nao vai mudar com 0 sso do computador. Considerando-se aspecios financeires e tecnol6gicos, qual a diferenciagao no uso das tecrologias ‘em obras pablicas e privadas? Nao se pode teranilises de produ. tividade sem haver andlise de produ §20.Os dois sio clientes, etém caracte- risticas diferentes de controle, mas o sistema pode se adaptar. O problema maior é qnando ha tipos diferentes de obra, com caracteristicas diferentes de ‘medicio, Lima obra repetitiva, como uma estrada, ¢ diferente de uma casa, por exemplo, Os aspectos da TI dife- renciam-se mais quanto ao tipo de obra, nao havendo diferengas com re- Jagao aocliente, « CC TECHNE 127 | OUTUBRO DE 2007 vw chen > CCOWMECIMENTO A MAIS 0 QUE DIFERENGIA YOCE DOS OUTROS. Fava Pis-Graivag no Mackenzie. f/\f] acl kenzie Na aroa de Engenharia eferacomos cursos de espocializagdo, mastrado zcadémico o mostrado profisiona. _cuuocs menus o: su TECNICA E AMBIENTE Travessia subterranea Questées sécio-ambientais pesaram mais que custo € prazo de entrega na duplicacao do Trecho Norte da BR-101, em Santa Catarina. Solugao semelhante sera adotada em outros trechos xstoimediato foi maior e aerecu- fo ficom mais complexa,além deo praco paraentregater aumentado.Ainda assim, o corpo tenico do DNIT (Depar tamento Nacional de Infra-Estratara de Transportes) optow por executar em binelatravessiado Morro doBoi,no Tre choNortedaBR. 101, emSartaCatarim., Localizado no km 140 da rodovi entre os nmictpios de Balneitio Camborie Itapema, em 1.007 m de comprimento, 13,9 m de largura e 9,45 m de altura, tendo exigidoaretiradade 136 mil mde rocha quando daereengao.Custon RS 29 rmithdes, enqnanto, de acordo com esti- rmatvas.atravessiapor forada rocha cus- taria RS 12,6 mithies Como o tinelé parte daduplicagao fa BR-LO1, existe uma pistaa con aber- te, mais antiga, que realizaa mesa tra- vessia do morro. Caso nap fosse em tunel, a duplicacao seria paraklaa pista Idexistente, que conta 3,3 kan de exten- 80. Comparadas, a pista antiga apre- senta rampa acentaada, em torno de 64%, em ambos os sentidos, enquanto a rampa minima do tinel é 1,54, "oca sionando consideravel redo de es forgo que se traduz em economia de combustivel e menortempo de viagem, a0 nstirio", observa o engenheiro Ce sar Ploces, supervisor de estudos, proje tos e meio ambiente da superintendén. cia do DNIT de Santa Catarina, Dente as questées ambientais di. rotas, a opcao pela travessia em tinal eviton que houvesse interferéncias na ‘mata nativa eristente ¢ com a fauna. Em mimeros iso representa a preser- vagao de wma frea de aproximada- ‘mente 105 mil mA expectativa é que © investimento adicional seja recnpe- rado em até 25 anos, mas "provavel- ‘mente ocorrerd em menos tempo por conta do crescimento no volume de trafego", completmenta Flores, O thine foi escavado a fogo, com us de brocas para perfuragao da rocha em até m de profundidade e aplicarao de dinamite, © avango didio foi de, em ‘media, Sm, pois, apés aexplesia, era ne- cessioretirar os detrtos deracha. Um maximo de das cargas de dinamite eram realizadas por dia, uma ver. que também se f2z necessiio, nessa meto- ddologia, gnardar quearochase accommo de apos cada explosao, "E importante ‘medias deformagoes paraverificar ee segaro avancar’, explica Flores, refe- rindo-se ao abraptoalivi de pressac A afitimativa € especialmente vili- da quando 0 trecho escavado tito € rock sa, mas alteragdo de rocha ou ‘outro tipo desolo mens coeso,"E pe- rigoso encontrar falhas na formacao do macico”, explica Flores, Dai a velo- cidade do avango diminuit, mesmo porque se faz, necessinio reforcar a parte superior paraevitar desmorona- ‘mentose revestiro trecho com cambo- tas de concreto na absbada e, por vezes, nas laterais, Nos segmentos em rocha 58, faz-se apenas uma projeqao de concreto para uniformizacao, ‘A obra foi iniciada em agosto de 1997 e entregae em dezembro de200. Apesarde antiga,os preceitos que pant ram o desenvolvimento do projeto ea execorio témvoltado i tonaparaacon. «ep; de projetos semelhantes, Com o Trecho Sul da BR 101-SC atualmente emerecugio, em pelo menos outros trés «casos ainda em projeto on inicio de execnpio ~2 solncio foi adotada F.ocaso do Morto do Formigio,na cidade de Tobario, aravessado por un tinal de 450m,do Mortodo Agndo, en Panlo Lopes, com 980 m de evtensio,¢ «do Morro dos Cavalos. no municipio de Pathoca. Essa itimatravessia¢ compos- tapor dots tanets de 1.350 m de exten- sao que evitam interfer em rma co- manidade indigenaexistente no lal. ood |ECHNE 127 | OUTUBRO DE 2007 PINIsistomas Com o AutoPower, vocé vai encontrar o caminho certo para elaborar projetos elétricos. © AutoPower ¢ 0 software GAD ca Pini para elaboragao de projetos elétricos, telefonicos, TV, interfone, som, alarme e lgica. 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Destagne do evento, as conferén- cias plenatias trouxeram ISapresenta- goes intermacionais, Entre elas, a do Calcnlista da nova sede da Fondacao Iberé Camargo, a8 margens do rio Guaba, em Porto Alegre, A execacao do edificio, projetado com fechamen- to em concreto branco aparente, sem Destaques do ditimo Congresso Brasileiro do Concreto, apresentagbes técnicas tiveram 15 palestantes nternacionzis, Durante o evento, Ibracon emposscu novo presidente qualquer elemento de vedasio, exigin cuidado permanente dos constratozes qualquer fala, segundo o engenhei 1, exigitiaa demoligio do trecho exe cutado.O professor da Universidade de Berkeley (EUA), Povindar Kumar Mehta, tronze algrimas novidades do qe esta sendo desenvolvido parame- Ihorar o desempeniho do concreto ea durabilidade das estrmtnras. Osseminariotronxeaodebateainda ‘a qualidade dos profisionais de enge- nharia do Pats, com a teiteragao, por parte de algnmas entitades do setor da necessidade de aplicagao de um exame nos moldes do aplicado pela OAB (Ordem dos Advogados do Bras Fundagao Iberé Camargo Dezoorto com oprjeusta esruturalda eticd, opormgués Jorge Nunesda Sia, 0 desenvatiimentodo projet Kt condiceniadopels localzavao do eatin, de rent pata Ho Gualba, em Pore Alegre. “A atborizagio era uma caractesistcaindispenscivel pero projets explca, Olecal ecole fiuma fava de terra estes, entre um trecio.acidentalo do terreno ea venida Pade Caciue. ‘otra fl erguida em concretobranco armadocom ago galenizadoem tole ase extensa, ou Sea, nO possu quaisquer elementos de veéagio, Por isso, 0 otidado coma presenagioda armadur, que nao Poderiaapresentar coro3so, “Apesar de atentermeso tempo todo qualidade do conereto pera eve Resuragies, foes obrigedoca usar 0 ago galanizado, por Concreto de mil anos Asoligiofd apresentatapelo professor cuuporperda de igua;redu, como Porindar Kumar Hfchta:um conareto deaita consogiiénca, a corrosto das tmaduas; pporformance,com grande volume do dnzae 0 diminuir drastcamantea ooonténciada eeeaepeanusang a ‘tanto, Omatotilézpontado pelo roagie Heal-agregito, Usando-semenos — dgua-cimento damistira Be conta professor comouma dis potorciissclugies mento o professeractedta que sors eo materia no apresentafssurazio parao decenvokimento sustontiveldo setor_possivl dminur oimpacto daprodugie do superficial, comum ns supeticies do daconsttugo, Osegredo estino material —_coneretosobre aemissio degncas que coneretotradiconaés:om um e=perimento, atidonado ao mento. Enire outros, 5 prodizem oefeteestufa "Vocs podem nao oprfessor produ fndagbes como

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