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ESTADO, EDUCAÇÃO
E SOCIEDADE CAPITALISTA
EDUNIOESTE
CASCAVEL - PR
2008
Capa:
Ana Paula Silva
Catalogação:
Marilene de Fátima Donadel - CRB 9/924
Unioeste - Programa de Pós-Graduação em Educação
http://www.unioeste.br/pos/educacao/
Vários autores
ISBN: 978-85-7644-176-2
Impressão e Acabamento
Editora e Gráfica Universitária - Edunioeste
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EDUNIOESTE
CASCAVEL - PR
2008
REITOR
Alcibiades Luiz Orlando
VICE-REITOR
Benedito Martins Gomes
PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO
Eurides Küster Macedo Júnior
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PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
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CONSELHO EDITORIAL
Alfredo Aparecido Batista
Ana Alix Mendes de Almeida Oliveira
Angelita Pereira Batista
Antonio Donizeti da Cruz
Clarice Aoki Osaku
Eurides Kuster Macedo Júnior
Fabiana Scarparo Naufel
Fernando dos Santos Sampaio
José Carlos dos Santos
Lourdes Kaminski Alves
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Miguel Ângelo Lazzaretti
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Neide Tiemi Murofuse
Paulo Cezar Konzen
Reinaldo Aparecido Bariccatti
Renata Camacho Bezerra
Rosana Katia Nazzari
Silvio César Sampaio
Udo Strassburg
Wilson João Zonin
Apresentação ......................................................................... 7
APRESENTAÇÃO
NOTAS
* Este texto foi produzido no final da década de 1980, e publicado, em 1993, nos Cadernos da Escola
Pública. Brasília. SINPRO, nº1, pp. 5-23.
(**) Início da década de 1990.
(***) Referência à década de 1980.
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
2 Como consumação e avanço de sua tese conservadora, onde o binômio capitalismo e liberdade
são tomados como base originária do livre mercado, recebeu, em 1976, o Prêmio Nobel de
Economia, exatamente no auge de um processo de crise do capitalismo. Para Miguel Colasuonno,
apresentador de Capitalismo e Liberdade, na tradução para o público brasileiro, a obra
Capitalismo e Liberdade (publicada em 1962) pode ser considerada o livro-síntese do pensa-
mento de Milton Friedman.
sempre poucos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Alvaro Bianchi
política.
O impacto desses livros pode ser avaliado pela reação que
provocaram no mainstream da political science estadunidense. O
impacto é ainda mais revelador porque a repulsa que este demonstrou
pelo marxismo esteve geralmente sustentada pelo desconhecimento
ou por uma imagem caricatural deste, e foi marcada sempre por uma
indiferença olímpica. Mas o próprio Easton (1981) foi obrigado a
reconhecer que o “sistema político” encontrava-se “sitiado pelo [conceito
de] Estado” e a atribuir principalmente a Poulantzas essa nova relação
de forças. Já não bastava a olímpica indiferença e Easton foi obrigado
a lutar em defesa de sua análise sistêmica no campo do adversário,
abandonando a atitude perante à teoria marxista que havia caracterizado
o mainstream até então.
A resposta de Easton tinha razão de ser. Não apenas Poulantzas
e Miliband haviam desenvolvido de modo original a teoria marxista do
Estado, como o haviam feito por meio de uma crítica explícita às teorias
hegemônicas na ciência política. Citando Runciman, o autor de Pouvoir
Politique et Classes Sociales, afirmava que o funcionalismo “não só
diretamente se filia ao historicismo, como também se apresenta –
através da importância que assume – como a ‘alternativa’ ao marxismo”
(Poulantzas, 1977, p. 38).1 Daí a importância do marxismo acertar as
1 Segundo Runciman, “na ciência política só há na verdade um único candidato sério a essa
teoria [geral] – usando teoria em seu sentido não prescritivo – à parte o marxismo. (...) Essa
abordagem alternativa ao marxismo é a [teoria] funcionalista” (Runciman, 1966, p. 111).
2 A recepção da obra de Poulantzas e Miliband não segue o mesmo ritmo devido ao fato do
primeiro ter publicado seu livro originalmente em francês e apenas cinco anos depois ele ter sido
traduzido para o inglês. Essa é uma das razões, juntamente com o estilo literário, para que a
difusão de Miliband tenha sido maior no contexto anglo-saxão. Uma vez que a publicação pela
New Left Review dos primeiros artigos da polêmica Miliband-Poulantzas, que será discutida neste
artigo, antecedem a tradução de Pouvoir Politique et Classes Sociales, não é exagero afirmar
que foi por meio destes artigos que Poulantzas se tornou primeiramente conhecido na Inglaterra
e nos Estados Unidos. Vale ressaltar, entretanto, que desde 1969 o público latino-americano
tinha acesso à edição mexicana do livro de Poulantzas, publicada pela editora Siglo XXI e que
a mesma editoria publicou o livro de Miliband no ano seguinte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Graal, 2000.
—. Poder político e classes sociais
sociais. São Paulo: Martins Fon-
http://www.unioeste.br/pos/educacao/
tes,1977.
—-. The capitalist state: a reply to Miliband and Laclau. New Left
Review, n. 95, p. 63-83, 1976.
Review
—. The problem of the capitalist state. New Left Review
Review, n. 58,
p.67-78, 1969.
RUNCIMAN, W. G.. Ciência social e teoria política
política. Rio de Janei-
ro: Zahar, 1966.
SAES, Décio. A questão da autonomia relativa do Estado em Poulantzas.
Marxista São Paulo, n. 7, p. 46-66, 1998.
Crítica Marxista,
1 Estou considerando neste artigo como sinônimos de agentes econômicos tanto os produtores dos
meios de produção ou capitalistas, como os produtores diretos ou trabalhadores.
REFERÊNCIAS
trata-se da: “[...] velha crítica liberal à política e ao Estado, como sendo
os fatores perversos, que nunca permitiram aos mercados
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pesquisa cientifica), não há razão para serem privados. Por outro lado,
uma vez que não implicam o exercício do poder do Estado, não há
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REFERÊNCIAS
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A REFORMA DO ESTADO E A
DESCENTRALIZAÇÃO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO
1 Este texto é resultado de parte das reflexões sistematizadas para comprovação da tese de
doutorado defendida na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP – SP. Área de Concentração: História, Filosofia e Educação. Orientação: Profa. Dra.
Maria Elizabete Sampaio Prado Xavier.
2 Dos seis projetos, dois continuaram para a região do Nordeste, com abrangência para todos os
estados: “Educação Básica no Nordeste II” (Maranhão, Ceará, Pernambuco e Sergipe) e
“Educação Básica no Nordeste III” (Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Bahia). Os
demais projetos foram para os estados de Minas Gerais - “Projeto de Melhoria da Qualidade da
Educação Básica em Minas Gerais”; São Paulo - “Projeto Inovações na Educação Básica em São
Paulo” (INOVAÇÕES); Espírito Santo - “State of Espírito Santo Basic Education Project”; e
Paraná - “Projeto Qualidade no Ensino Público do Paraná” – PQE.
(PDE). O PDE era preparado pela escola, sob liderança do seu diretor,
juntamente com o Colegiado, o qual deveria aprová-lo. Nessa direção,
a escola seria responsável pela elaboração do seu orçamento, de acordo
com suas necessidades. O PDE teve como objetivo o Fortalecimento
do Planejamento Escolar, do subprojeto Melhoria da Infra-Estrutura e
Gestão da Escola (BANCO MUNDIAL, 1994).
No estado do Paraná, a estratégia de descentralização
desenvolveu-se através do componente Desenvolvimento Institucional,
do Projeto Qualidade no Ensino Público do Paraná (PQE) que, dentre
outros objetivos, visou à promoção de condições fundamentais para
garantir o suporte necessário ao aperfeiçoamento do modelo de gestão
do sistema educacional no Estado, a partir da descentralização das
ações educacionais e da parceria entre Estados e municípios para o
desenvolvimento do Ensino Fundamental (PARANÁ, SEED, 1994).
O componente Desenvolvimento Institucional do PQE/PR visou
ao aperfeiçoamento gerencial, através da reorganização administrativa
da SEED, objetivando instituir uma estrutura organizacional capacitada
a cumprir com efetividade as metas definidas para o ensino público,
segundo a proposta pedagógica e modelo de gestão compatível com
esta proposta (PARANÁ, SEED, 1994).
Nessa direção, o Banco Mundial destacou que todos os
componentes do projeto foram implementados satisfatoriamente e,
acrescentou, que as realizações mais importantes do projeto talvez
tenham acontecido na área do desenvolvimento institucional. Salientou,
ainda, que a SEED foi reorganizada, bem como foram
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
3 Segundo José Paulo Netto (1996, p.15-16), “[...] a idade do monopólio altera significativamen-
te a dinâmica inteira da sociedade burguesa: ao mesmo tempo em que potencia as contradi-
ções fundamentais do capitalismo já explicitadas no estágio concorrencial e as combina com
novas contradições e antagonismos, deflagra complexos processos que jogam no sentido de
contrarrestar a ponderação dos vetores negativos e críticos que detona.”
4 Sobre o processo de industrialização brasileira ver, dentre outros, Paul Singer (1984) e Octávio
Ianni (1991).
5 Sobre globalização ver, dentre outros: François Chesnais (1998); István Mèszáros (2006); José
Luís Fiori e Maria da Conceição Tavares (1997) e Roberto Leher (1998).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
2 Termo utilizado por François Chesnais, na obra A mundialização financeira: gênese, custos e
riscos (1998).
3 Conceito adaptado pelos liberais que julgam que o serviço privado quando atende ao público
em geral passa a compor o serviço público não estatal, então ele é publicizado. Desta forma,
o Estado controla e oferece incentivos às instituições que promovem o serviço.
4 Em 1955, haviam 6 IES privadas no Brasil; já em 1976, haviam 663, correspondendo a 75% da
rede. (VAHL, 1980, p. 49). No ano de 1998, haviam 209 IES estatais e 764 privadas; em 2003,
as estatais reduziram para 207 e as privadas aumentaram para 1.652, correspondendo a mais
de 88% da rede. (INEP/MEC, 2006).
5 Neste encontro foram tratados assuntos como disciplina fiscal, priorização dos gastos públicos,
reforma tributária, liberalização financeira, regime cambial, liberalização comercial, investi-
mento direto estrangeiro, privatização, desregulação e propriedade intelectual, não tendo sido
tratados assuntos como educação, saúde, distribuição de renda e pobreza (Cf. AMARAL, 2003,
p. 47).
6 Embora na interpretação de Bresser Pereira o neoliberalismo seja acusado de conservador.
Pereira condena o Estado mínimo e o apresenta como necessário à regulação e provimento dos
serviços sociais.
(os países periféricos). O fato é que assim como Thomas Hobbes não
conseguiu com que o Leviatã fosse respeitado e mantido eternamente,
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7 Paulino José Orso, na obra Liberalismo e educação em debate, esclarece que não há motivos que
justifiquem chamar o período que se passa a partir dos anos 70 de neoliberalismo. Na verdade, ali
trata se do ultraliberalismo, definição que sintetiza e articula o liberalismo clássico (tese) com o liberal-
intervencionismo (antítese). Se houve algo de neo, ou de novo no liberalismo, se deu no momento das
políticas Keynesianas, ou no intervencionismo do Estado de Bem-Estar Social (ORSO, 2007, p.
175).
9 Para se ter uma idéia do volume de recursos movimentados pelo Banco e de sua abrangência,
ele fez empréstimos que passaram de 500 milhões de dólares no ano de 1947, para cerca de 24
bilhões, em 1993; contando, em 1996, com 176 países-membros. De sua fundação até o ano
de 1994, o Banco acumulou um total de 250 bilhões em empréstimos, em 3.660 projetos.
(TOMMASI; WARDE; HADDAD, 1996, p. 15).
10 A partir de 1961, essa assistência técnica passou a ser administrada pela USAID (Agência para
o Desenvolvimento Internacional, do Departamento de Estado Norte-Americano), criada no
quadro da Aliança para o Progresso, que visava prover assistência técnica ao desenvolvimento do
Terceiro Mundo” (TOMMASI; WARDE; HADDAD, 1996, p. 230).
11 Sobre o Banco Mundial, cabe considerar que “por trás do aparato técnico-discursivo economicista
existe uma grande ignorância sobre o processo educativo e as necessidades futuras de nossas
sociedades, visto que boa parte do que está se propondo como política correta não passa de um
conjunto de hipóteses, que merece ser levado em conta, sim, mas não como um conhecimento
seguro já comprovado” (TOMMASI; WARDE; HADDAD, 1996, p. 110).
12 “Até 1980, os juros dos empréstimos do BIRD eram de 8% a.a. A partir dos anos 80, foi criado
um fundo comum de moedas que integram o mercado comercial. O Banco ainda cobra taxa
de 0,5% relativa aos custos médios dos empréstimos, cobra taxa de compromisso se o país não
conseguir gastar no prazo estipulado os recursos destinados, juros e taxas cambiais” [...] “O
Banco exige ainda organização de equipes especiais, deslocamento ou contratação de funcio-
nários, consultores locais e estrangeiros”. Muitas vezes o contratante do projeto tem que arcar
com essas despesas (GENTILI, 2001, p. 177).
13 Podemos destacar o exemplo dado por Paulo Freire, enquanto Secretário da Educação no
município de São Paulo, no governo petista de Luiza Erundina: Durante os anos de 1990 a
1992, o FMI enviou uma delegação a São Paulo para convencer Freire a aceitar um financia-
mento para projetos de reforma curricular e formação de professores. Freire não aceitou e
informou a então prefeita que, “se o empréstimo fosse aceito, ele renunciaria ao cargo. Freire
permaneceu no seu posto e, durante a administração educacional do PT em São Paulo,
nenhum empréstimo do Banco para a área de educação foi efetivado” (GENTILI, 2001, p.
131-132).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
PESQUISA
EXTENSÃO
ENSINO
1 Ensinava-se ou ensina-se ainda às crianças que São Pedro tem um caderninho onde anota tudo
o que se faz, bem ou mal, para ser cobrado no Juízo Final. Agora nós saímos em desvantagem,
porque lá era São Pedro quem anotava; aqui somos nós que temos que atualizar o Lattes.
2 Quando eu pensei que já tivesse feito todas as analogias entre o ecclesiasticus e o academicus,
ainda me aparece a coleta que, até então, pensava ser apenas aquela sacolinha que se passa
nas igrejas para arrecadar doações e que atualmente pode ser substituída pelo dízimo.
3 Expressão fornecida por Antonio Álvaro Soares Zuin, colega no Departamento de Educação, ao
ler parte dos originais deste trabalho.
4 Texto disponível na página do Lattes no dia 13 de novembro de 2007.
quem sou eu?) como Tomás de Aquino: “tudo o que fiz não passou de
palha!” Conheci algumas coisas nesta vida e neste mundo, mas
certamente ainda não cumpri o mínimo do homem de sabedoria que
iniciaria pelo “conhece-te a ti mesmo”.
Só agora comecei a atualizar o meu Lattes em benefício do
coletivo do Programa de Pós-Graduação, de meu Departamento e de
minha Universidade. Não o fiz antes porque eu sempre acreditei na
máxima evangélica que diz que a mão direita não deve saber o que faz
a esquerda. Apoio e louvo a iniciativa do CNPQ em estabelecer uma
Plataforma Única, mesmo que ainda imperfeita, para a coleta de
currículos. Confesso aqui que gosto de trabalhar na Universidade:
sou um privilegiado porque faço o que gosto e gosto do que faço.
Gosto e me dedico à graduação, aceitando de bom grado as disciplinas
que me são atribuídas. Dedico-me à pós-graduação também com
prazer. Até o presente eu me dediquei a estudar, sozinho ou em grupo,
a escrever bastante, mas não a publicar. Entendo que “produção” não
é apenas publicação, até porque a publicação pode ser de má qualidade
e repetitiva. Entendo que “produção” é ser também um bom professor
na graduação e pós-graduação, aceitando cargos administrativos em
benefício do coletivo e participar da construção de um departamento e
de uma universidade de qualidade. Embora tenha até o presente poucos
artigos publicados, acho-me altamente produtivo como educador, que
há mais de trinta anos se dedica a essa tarefa. Por pressão e para ser
“produtivo” também quantitativamente, vou entrar com mais afinco
5 É o que se costuma chamar de papers, na língua do atual império. Eu dizia que eram artigos
ou textos, mas como a academia dizia que eram papers eu apelei para scripta, pois assim se
dizia na sacristia.
6 Montaigne, in História da Filosofia, Reale Antiseri, vol II, p. 96.
reitor. Isso se torna tão substancial que o padre reitor não sai de dentro
de muitos seminaristas, mesmo muitos anos depois de mortos. Talvez
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11 Esses ramalhetes, às vezes, eram lidos em público, como forma de emular os colegas. Bem
parecido com as comunicações dos conselheiros nos conselhos departamentais da Universida-
de.
12 Santo do sul da França que, na falta de inteligência, distinguia-se em santidade.
13 Montesquieu, Cartas Persas, 92.
14 Conforme a região, assim a religião. Ou seja, deveria ser seguida a religião do príncipe. Foi o
compromisso assumido no tratado de Habsburgo, em 1555, numa tentativa de pôr fim às
guerras religiosas entre católicos e protestantes.
Sílvio: - A metafísica não existe mais, Sr. Doutor. Se não sabia, saiba.
Coelho: - Não sabia!
Sílvio: - Pois vá estudar e aprender para saber que a Metafísica está morta.
Coelho: - Foi o senhor que a matou?
Sílvio: - Foi o progresso, foi a civilização!16
19 Metafísica, 108.
20 Aristóteles, Física I, 2, 185ª 1-3
21 Galileu, Diálogo, 131. Galileu está falando apenas do telescópio e de outras invenções e
descobertas muito simples. Os séculos XVIII e XIX paralisaram muitos intelectuais que empalharam
as teorias e os pensamentos.
22 O Xavante explicou que o mundo é presidido por dois princípios, Bem e Mal, Sol e Lua;
quando nascem gêmeos, um é o bem, outro o mal e, por não saber quem é quem, sacrificam-
se os dois.
25 Que, num rompante de arrogância, um professor muito bem informado, ironizou um colega
que atribuía a expressão a Saviani, dizendo: Essa expressão é do Lênin e não do Saviani.
Primeiro, meu caro professor, a fonte última que conhecemos dessa expressão não é Lênin, mas
um ditado Chinês. Segundo, quem nos garante a certeza em relação ao primeiro que pronun-
ciou tal ditado? Navegar é preciso, viver não é preciso. É uma música de Caetano Veloso! Oh,
seu ignorante, essa frase é de Camões ou de Fernando Pessoa?! Não, meu caro bem informa-
do: segundo Plutarco, em Vida de Pompeu, foi o General romano (106-48 a.C.) quem disse aos
seus marinheiros, que, amedrontados se recusavam a viajar durante a guerra, que Navigare
necesse, vivere non necesse est. E o Auri sacra fames? Foi o padre Vieira, ou foi Virgílio, em
Eneida, ou o próprio Enéias? [p.54 “Oh, maldita fome de ouro”, diz Virgílio ao comentar a
atitude do rei da Trácia que mata Polidoro, outro filho de Príamo, para apoderar-se do seu
ouro]. Ou foi o Pai de Virgílio, Anquises, filho de uma deusa, quem ensinou isto a Enéias? E a
expressão A verdade é filha do tempo e não da autoridade, atribuída a Galileu, que havia sido
dita antes por Bacon, mas que, na verdade já é conhecida no autor de Noctes Atticae, Aulio
Gelio (Aulus Gelius, 120-180 d.C). Eu poderia aumentar esta lista mas me contento em finalizar
por aqui, lembrando que são ridículos aqueles que corrigem seus colegas, mesmo tendo eles
mesmos pouca cultura.
26 O script diz que agora você deve me chamar de eclético, havia se esquecido? Há um bom e
um mau ecletismo; mas não vamos discutir isto, pois este capítulo não teria fim. Para quem teve
formação em internato e aprendeu o que é coerência e o que é hipocrisia, há também um
ecletismo entre o dizer e o fazer.
27 Bacon, Novum Organum, 30 – LXI.
feio e sem jeito. Embora não sejam de ouro, esses pomos se parecem
com os estafantes relatórios que mais servem para impedir o
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33 Na verdade trata-se apenas de uma profissão de fé, de uma substituição da doutrina cristã que
diz que tudo é fruto da providência divina. Eu lembro sempre aos alunos que há mundo além
das críticas ao neoliberalismo, ao taylorismo, fordismo, toyotismo etc.
34 Se disserem que sou surrealista, eu ficarei feliz na companhia de Dali, Picasso, Magritte,
Degas, Monet, Manet, Van Gogh, embora, é claro, não mereça tal honra. Não há conhecimen-
to no surrealismo? Ah, sim, o conhecimento está no seu texto insosso, repetitivo, auto-elogioso,
dentro das regras da academia?
35 Lembrando que ele representa Copérnico neste diálogo.
distantes! Você acha que o Papa vai ouvir a sua verdade, quando você
disser que ele errou, e que não vão ouvir que ele errou? Você acha
simplesmente que ele abre o diário e escreve uma nota: 10 de janeiro de
1610 – aboliu-se o céu?... Não vá para Florença, Galileu! (Vida de
Galileu, 85)
Texto muito belo que pode levar à tentação de dizer a todos que
só eu tenho razão, mesmo que me chamem de louco. Talvez eu esteja
mais para Papa do que para Galileu.
Ouço o barulho do mar
Não ouço cada onda que se quebra na praia;
Mas sem essa onda
Não haverá barulho do mar.36
Unioeste - Programa de Pós-Graduação em Educação
39 Na década de 1930 Claude Lévi-Strauss conhece o mundo dos índios Bororo e por causa disso,
ao voltar para Paris pode dizer que conhece melhor o seu próprio mundo.
40 A teoria marxista de que o trabalho explica a realidade estaria superada? A nova explicação
estaria fundamentada no conhecimento? Quando você estiver numa maca, num corredor de
hospital, suplicará por um médico crítico ou por um médico competente? E quem diz isto não
é alguém que despreze o compromisso político, muito menos a capacidade crítica. Mas é
alguém que também critica aqueles que descartam tudo aquilo que seja formação para
habilidades e competências, que os profissionais precisam ter. São questões que esquentam os
debates nas ciências sociais e na educação.
do momento. O Fausto é bem vivo para mim. Não vendo minha alma
à santíssima trindade do qualis lattes capes. Preciso inverter o jogo de
marionettes e fazer a trindade jogar no meu time. Apesar disso, eu me
pergunto: com quantos livros na área de educação tiveram início as
editoras Cortez, Autores Associados, Vozes etc. Saviani, com História
das idéias pedagógicas no Brasil, publicou recentemente o 300º título
do catálogo da Autores Associados. Mas houve um primeiro, que não
estaria na lista qualis. Quem quer publicar hoje numa editora ou num
periódico desqualisficados?
Quem não conseguir conviver com muita idiotice poderá seguir
a receita de Antoine, personagem de Martin Page, em Como me tornei
estúpido, editado pela Rocco em 2005. Cansado de levar uma vida
politicamente correta, o personagem procura de todas as maneiras
tornar-se uma pessoa comum, igualzinha àquelas que não são críticas
e conseguem divertir-se num domingo comendo pipoca e tomando
coca-cola numa sessão da tarde de Homem Aranha, precedido de
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
VENEZUELANO
1 Começou um projeto de 40 anos desenhado para construir uma série de instituições e estabe-
lecer práticas para mudar a economia de extração de origem hispânica e substituir a débil
infraestrutura institucional herdada do passado. (tradução livre).
2 Debilitou a oligarquia, o campesinato e a classe trabalhadora, e os impediu de construir suas
próprias organizações políticas. (tradução livre).
3 Os recursos derivados do petróleo fizeram emergir uma burocracia altamente improdutiva.
(tradução livre)
16 Requer uma aposta em um projeto educativo pensado para médio e longo prazo. Tem que
pensar que os republicanos de amanhã serão os que devem estar armados ética, técnica e
humanisticamente para transformar seu destino e o da república. (tradução livre).
17 Os fios condutores do projeto educativo da revolução. (tradução livre).
18 Impossível pensar em iniciar um novo projeto de país com o modelo educativo de nossas
universidades tradicionais. (tradução livre).
19 Tem a grande missão de preparar a geração de novos cidadãos e novas cidadãs, que incorpo-
rem o espírito republicano, contido no projeto de país, com alto conteúdo ético e de compro-
misso social. (tradução livre).
20 Se pretende o desenvolvimento e a aplicação do projeto bolivariano nos conteúdos e formas
em consonância com as transformações sociais e econômicas que se produzem na vida de nossa
sociedade. (tradução livre).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MÁRQUEZ , P. “Por qué la gente voto por Hugo Chávez?”. In: ELLNER,
S.; HELLINGER, D. (Editores)) La política venezolana em la época de
Chávez:: clases, polarización y conflito. Caracas: Consejo de
Investigación de la Universidad de Oriente/Editorial Nueva Sociedad,
2003.
MAYA, M.L. Del viernes negro al referendo revocatório.. Caracas: Alfadil
Ediciones, 2005.
NORDEN, D.L. “La democracia em uniforme: Chávez y lãs fuerzas
armadas”. In: ELLNER, S.; HELLINGER, D. (Editores)) La política
venezolana em la época de Chávez:: clases, polarización y conflito.
Caracas: Consejo de Investigación de la Universidad de Oriente/Edito-
rial Nueva Sociedad, 2003.
Unioeste - Programa de Pós-Graduação em Educação
INTRODUÇÃO
como sinônimos.
Em princípio, parece que facciosismo é sempre divisão, de
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4 No início do século 20 o russo Moisei Yakolevitch Ostrogorsky se tornou conhecido com o livro
“Democracia e a organização dos partidos políticos”, publicado em Londres, em 1902. No
primeiro volume, ele analisou os partidos políticos americanos e ingleses. O segundo foi dedica-
do ao mais famoso partido europeu, o social-democrata da Alemanha, em que se inspirou o
autor italiano nascido na Alemanha, Robert Michels. Ostrogorsky argumentava que a ordem
social e política do século 19 vinha sendo mantida graças a uma sociedade tradicionalmente
estratificada e que o individualismo a tinha erodido. Por essa razão, a política já não era o
resultado das opções dos cidadãos informados e livres, mas sim o produto da organização
mecânica do sistema político, dominado pelos políticos profissionais e pelos aparatos partidários.
Para ele, organização era a palavra-chave, pois indicava a corrupção essencial das sociedades da
época.
eleitores.
A categoria de “simpatizante”, contrariamente, é vaga e
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CONCLUSÃO
sob controle de uma das frações das classes dominantes. Para eles a
ideologia, o programa partidário e os trabalhadores tinham uma
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importância secundária.
Por outro lado, os partidos socialistas tinham uma estrutura
voltada para as massas populares. Consequentemente, as questões
ideológico-educativas e a ideologia assumiram grande relevância. Tais
partidos valorizavam a filiação dos trabalhadores e a cotização. Os
partidos socialistas queriam multiplicar seus partidários e organizar
as massas populares. O recrutamento de militantes passou a ter um
caráter fundamental, do ponto de vista político e financeiro. A militância
socialista estava junto à base: as decisões eram tomadas em congressos,
apoiadas em comitês, conselhos e secretariados. Ou seja, os socialistas
educam e financiam suas atividades a partir de cotizações e contribuições
de seus militantes e simpatizantes.
Fiquemos um pouco no campo do socialismo. O conceito de
partido de Lênin entende que o partido não deve englobar toda a classe
operária e sim somente a “parte mais consciente”, ou seja, a vanguarda.
Segundo Duverger, a concepção marxista do “partido-classe” levou a
uma estrutura forte de partido, visto que como o partido é entendido
como a expressão de uma classe social, ele tende a buscar organizar
esta classe, a educá-la politicamente, pois dela virão membros para a
direção e administração do partido. Esta organização e educação
permitiria libertar a classe operária da tutela dos partidos burgueses,
inclusive com candidatos operários, financiamento coletivo e difusão
de um jornal.
A propagação das idéias socialistas e o desenvolvimento do
comunismo, com seus métodos revolucionários de luta alertou a
REFERÊNCIAS
UnB.
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INTRODUÇÃO
A QUESTÃO DO PARTIDO
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CONCLUSÃO
economicamente desiguais.
É notório – através dos chamados arautos liberais – o discurso
de que a saída para o desenvolvimento da nação passa pela
“democratização social”. Ou seja, que basta a participação do indivíduo,
através do sufrágio universal, para que a promessa de ampliação do
seu direito em intervir nas políticas ocorra. Entretanto, cabe argumentar
teoricamente sobre as limitações e determinantes da democracia que,
segundo Eric Hobsbawn, em seu artigo “A Falência da Democracia”
(2001), afirma não ser esta, por si só competente e ideal, e que se
opta pela democracia por falta de práticas consideradas mais eficientes.
O entendimento da realidade, em que condições, e como se dá a
construção do discurso democrático, contribuirão na análise e
compreensão do papel do partido.
Importante mencionar que, na segunda metade do século XIX,
verificamos a crítica de Marx ao formalismo democrático liberal, que
tem na social-democracia sua “principal vertente burguesa” de defesa
daquilo que acredita ser o melhor caminho para a realização de uma
representação real da classe trabalhadora no Estado e, a partir dele,
poder construir uma melhor “equalização” da relação trabalho versus
capital (e não de “igualdade econômica”).
Segundo o pensamento de Marx e Engels, a destruição da ordem
capitalista e a criação da sociedade socialista estabelecem um grande e
histórico processo, que exige um novo conteúdo para criar novas
relações.. Segundo eles, o ser humano deveria ser um criador consciente
de seu próprio mundo, um criador de si mesmo. O problema da
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
históricas nas quais nem sempre pode concretizar os ideais mais radicais
de universalização, estatização, laicidade e gratuidade, inscritos nos
movimentos revolucionários burgueses. Nesse sentido, no final do
século XIX, quando Marx formulou sua crítica ao capitalismo, assinalou
que a burguesia não fora capaz de concretizar os ideais que havia
preconizado para a educação. Ele, por sua vez, não rejeitou esses
princípios, mas os incorporou como válidos, estabelecendo a crítica à
burguesia não por tê-los formulado, mas sim por não tê-los cumprido,
e acrescentou-lhes, ainda, uma concepção mais orgânica da união entre
instrução e trabalho na perspectiva da formação integral de todos os
homens. Além disso, deixou claro que para ele e Engels educação
significava três coisas: instrução intelectual, física e tecnológica. Desse
modo, é importante reconstruir os caminhos que a escola de Estado
percorreu na forma de uma síntese explicativa das múltiplas
condicionantes históricas que a perpassaram desde a Antigüidade
Clássica grego-romana.
que seria no futuro uma das grandes tarefas a que se proporia a escola
pública: “queremos dar a todos aqueles que nasceram homens uma
instrução geral capaz de educar todas as faculdades humanas”
(COMENIO, p. 425) . Entretanto, quanto ao seu caráter laico, ainda
se travariam grandes batalhas ideológicas. Com certeza, uma das mais
importantes frentes desse campo de luta foi aquele sustentado pelo
Iluminismo francês do século XVIII. Nas famosas “cartas” de Diderot
à czarina Catarina, a Grande, cujo principal tema era a transformação
da Rússia feudal numa sociedade burguesa, o enciclopedista vaticinou
em favor do caráter civil da educação alertando “Vossa Majestade”
para que “a educação em suas escolas públicas” fosse “civil, isto é,
relativa ao bem da sociedade e que convenha, pelo menos até certo
grau, a todas as condições sociais e a todos os indivíduos” (DIDEROT,
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capitalismo urbano-industrial.
A revolução industrial garantiu a vitória do projeto societário
burguês. A burguesia – nas afirmações de Marx e Engels (1848) –
“durante seu domínio de classe, apenas secular, criou forças produtivas
mais numerosas e mais colossais que todas as gerações passadas em
conjunto” (MARX e ENGELS, 1982, p. 111) . Mas, prisioneira da sua
própria lógica de acumulação do capital, a qualquer custo, “a burguesia
– ainda segundo Marx e Engels – só pode existir com a condição de
revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por
conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações
sociais” ((MARX e ENGELS, 1982, p. 109), ou seja, mesmo que o
revolucionamento incessante da sociedade capitalista, no início da
revolução industrial, tenha implicado na destruição da família proletária.
A socióloga brasileira Suzanna Sochaczewski descreveu essa tragédia
social que ocorreu no início do século XIX assim:
[...] na 1ª Revolução Industrial, a burguesia inglesa foi quem propôs o
controle sobre o trabalho infantil. A indústria de ponta era a têxtil, que
empregava batalhões de crianças de 4, 5, 7 anos. E por quê? Porque
tinham habilidade imensa com as mãozinhas nos teares. As crianças
eram alimentadas ali, nas máquinas, enquanto trabalhavam 14, 15 horas.
Alimentadas por pais desempregados. Começaram a morrer, lógico. Então
a burguesia inglesa disse ‘alto lá, estamos matando a galinha dos ovos de
ouro’. Foi uma discussão importante no Parlamento inglês. Chegou-se
a conclusão de que era preciso dispensar as crianças, colocá-las para
comer, dormir, estudar, brincar, se, enfim, a Inglaterra quisesse ter uma
classe operária no futuro”(SOCHACZEWSKI, 2006, p. 5).
mestre-escola que lhe perguntei: Por favor, o senhor sabe ler? Respondeu
ele: Ah! Sei somar. Para justificar-se, acrescentou: Em todo caso, estou
à frente dos meus alunos” (MARX, 1984, p. 456).
Mas, “o trabalhador inglês que mal sabe ler e ainda pior escreve”
(ENGELS, 1985, p. 133), como aludiu Engels, já tinha conquistado
uma consciência de classe, ou seja, sabia a quais interesses políticos
deveria historicamente se filiar. A primeira metade do século XIX foi
marcada por intensas lutas operárias. O famoso movimento cartista,
termo derivado da Carta do Povo (1837-1838), elaborada pelos
sindicatos dos trabalhadores ingleses, passou a reivindicar uma
legislação social tanto de proteção ao trabalho quanto de garantia das
liberdades democráticas. Num processo de ampla mobilização político-
sindical, o movimento operário inglês viu uma série de suas
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1 Título da obra sobre o século XX escrita pelo historiador Eric Hobsbawm (1995).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES. Política
olítica. 2ª ed. Tradução: Mário da Gama Kury.
Brasília: Editora da UnB, 1988.
BEER, Max. História do socialismo e das lutas sociais
Unioeste - Programa de Pós-Graduação em Educação
sociais; da Anti-
güidade aos tempos
http://www.unioeste.br/pos/educacao/
SOBRE OS AUTORES
João V irgílio T
Virgílio agliavini
Tagliavini
É professor adjunto no Departamento de Educação da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar) do qual ocupa atualmente a vice-chefia
e é credenciado no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/
UFSCar), na área de Fundamentos da Educação.
SOBRE OS AUTORES
Marisa Bittar
Possui Graduação em História - Faculdades Unidas Católicas de Mato
Grosso (1978), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de
SOBRE OS AUTORES
Celso Hotz
Graduado em Pedagogia, pós-graduado em História da Educação
Unioeste - Programa de Pós-Graduação em Educação
do Paraná.
Assessoria Especial
do Gabinete da Reitoria Paulo Konzen
Laurenice Veloso
Hélio A. Zenati