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CURSO DE PSICOLOGIA
Aracaju
2007
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CURSO DE PSICOLOGIA
Aracaju
2007
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SUMÁRIO
1 – Introdução.................................................................................................................4
1.1 – Objetivos e Aplicações Clínicas............................................................................4
2 – Administração...........................................................................................................5
2.1 – Local......................................................................................................................5
2.2 – População e Usuário de Teste................................................................................6
2.3 – Material..................................................................................................................6
2.4 – Procedimentos........................................................................................................6
2.5 – Instruções...............................................................................................................6
3 – Precisão e Validade...................................................................................................7
3.1 – Precisão..................................................................................................................7
3.2 – Validade.................................................................................................................7
4 – Interpretação..............................................................................................................8
4.1 – Atitude....................................................................................................................8
4.2 – Tempo, Latência, Pausa.........................................................................................8
4.3 – Capacidade Crítica – rasuras..................................................................................8
4.4 – Comentários...........................................................................................................9
5 – Características Gerais do Desenho............................................................................9
5.1 – Proporção...............................................................................................................9
5.2 – Perspectiva.............................................................................................................9
6 – Características do Desenho.....................................................................................11
6.1 – Características do Desenho Específicas da Figura: CASA..................................11
6.2 – Características específicas da figura: ÁRVORE..................................................12
6.3 – Características específicas da figura: PESSOA...................................................13
7 – Considerações Finais...............................................................................................15
8 – Referências Bibliográficas......................................................................................16
9 – Anexos....................................................................................................................17
9.1 – Anexo 1................................................................................................................18
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1. Introdução
Toda produção humana é impregnada pela marca subjetiva do seu criador. A hipótese
projetiva subtende a possibilidade da compreensão psicológica de quem escreve um romance,
pinta um quadro ou modela um objeto, pois “a obra reflete a pessoa” (Klepsch & Logie,
1984). Constitui-se, portanto, na sua resposta a uma realidade percebida sob a ótica individual
que lhe empresta uma configuração única na impressão de sua maneira própria de sentir, viver
e interagir com o mundo e consigo mesmo. Por tal razão, Hammer (1991) afirmou: “mostra-
me o que desenhas e eu te direi quem és”.
Idealizado por John N. Buck, em 1948, o HTP (House-Tree-Person) é o teste de
desenho da Casa-Árvore-Pessoa. Partiu do princípio de que estes temas são bastante
familiares a todas as pessoas, mesmo em idades avançadas, o que facilita a projeção de suas
experiências internas.
Segundo Hammer (1981), “o HTP investiga o fluxo da personalidade à medida que ela
invade a área da criatividade artística”... e, mesmo que haja uma infinidade de possibilidades
nos tipos de figuras desenhadas, é possível se fazer uma avaliação quantitativa e qualitativa,
utilizando-se das simbologias, que torna a técnica fidedigna.
Suas vantagens relacionam-se ao fato de que é um teste de aplicação muito econômica
(lápis e papel), de aplicação simples, individual ou coletiva, além de implicar numa avaliação
relativamente rápida. Pode ser aplicado somente com lápis preto ou ainda incluir os coloridos.
A partir de sua criação surgiram algumas “variações”, como por exemplo, além de desenhar a
casa, árvore e pessoa, pode-se pedir também que desenhe uma figura do sexo oposto a
anteriormente feita, bem como o desenho da família.
Os clínicos têm usado, há mais de 50 anos, a técnica projetiva de
desenho da Casa-Árvore-Pessoa, para obter informações acerca da
maneira como uma pessoa experiencia sua singularidade em relação aos
outros e ao ambiente do lar. Assim como as demais técnicas projetivas, o
HTP estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de
conflito inseridas na situação terapêutica, permitindo que eles sejam
identificados com o propósito de avaliação e utilizados para o
estabelecimento de uma comunicação terapêutica efetiva.
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2. Administração
Durante a administração do teste, o sujeito recebe três folhas de papel em branco, lápis
e borracha, e é solicitado a este que desenhe uma casa, uma árvore e uma pessoa. Hammer
(1991) defendia a utilização de uma folha por desenho, sendo que a folha para o desenho da
casa seria entregue horizontalmente enquanto que as restantes seriam entregues verticalmente.
Hammer faz a complementação dos desenhos acromáticos com a fase cromática que constitui
um recurso pra explorar “características mais profundas da personalidade”.
Uma outra versão, sugerida por Burns e Kaufman, em 1970, em que o sujeito faz os
três desenhos em uma única folha de papel, é sugerida por Groth-Marnat (1999). Essa outra
forma de realização do teste é de extrema importância na analise das inter-relações dos três
desenhos.
Alem destas versões, existe outra, proposta por Topper e Boring (1969), no qual há
uma utilização de sete folhas: uma com linhas incompletas a fim de que o sujeito complete-as,
e as demais para que este desenhe uma casa, uma árvore, uma pessoa, outra pessoa do sexo
oposto, ele mesmo e qualquer outra coisa que queira. Anexo a esse teste, segue-se um
questionário de quinze perguntas numa base de faz-de-conta.
2.1 Local:
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2.3 Material:
Protocolo de Inquérito Posterior ao Desenho, papel branco A4, lápis grafite e borracha.
2.4 Procedimento:
Apresentar o papel com a palavra CASA escrita no topo da folha que deve ser
entregue na posição horizontal. Quanto à apresentação da folha relativa à pessoa e à árvore
deve ser feita no mesmo modelo, trocando somente a posição da folha para a vertical.
2.5 Instruções:
“Eu quero que você desenhe uma casa. Você pode desenhar o tipo de casa que você
quiser. Faça o melhor que você puder. Você apagar quanto quiser e pode levar o tempo que
precisar. Apenas faça o melhor possível.”
O desenho deve ser à mão livre, sem o uso de régua. O tempo deve ser cronometrado
assim que o examinador acabar de relatar as instruções, e considerar que o indivíduo entendeu
bem a tarefa.
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3. Precisão e Validade
3.1 Precisão:
A precisão do avaliador torna-se uma consideração importante nos testes projetivos,
devido a não padronização dos processos de avaliação e as deficiências dos dados normativos.
No caso das técnicas projetivas, as medidas de precisão deveriam ser mais criteriosas não
incluindo apenas a avaliação preliminar mais objetiva, mas também os estágios finais de
integração e interpretação. A precisão de interpretação do avaliador consiste na analise e
interpretação da avaliação por diferentes examinadores chegando a resultados de valor
equivalente.
Os poucos estudos realizados sobre a precisão de avaliadores nos testes projetivos,
verificaram diferenças marcantes nas interpretações dadas por aplicadores razoavelmente bem
qualificados. Uma ambigüidade fundamental, nesses resultados, decorre de uma contribuição
desconhecida da habilidade do avaliador. Não se pode generalizar, diretamente, nem precisão
elevada nem precisão baixa para outros avaliadores que apresentam diferença considerável
com relação aos avaliadores utilizados em determinada pesquisa.
A precisão de reteste também apresenta problemas especiais. Com intervalos longos,
poderiam ocorrer mudanças reais de personalidade, e tais mudanças poderiam ser
identificadas pelo teste. Com intervalos curtos, o reteste talvez apresente apenas recordação
das respostas originais. É também significativo notar que muitos resultados derivados de
técnicas projetivas se baseiam em amostras muito inadequadas de respostas. Em tais
circunstancias, devemos esperar grandes variações de acaso.
3.2 Validade:
Questão fundamental. Quase todos os estudos de validação dos testes projetivos se
referem à validade simultânea. Entre esses estudos, muitos compararam a realização de
grupos contrastantes, tais como grupos profissionais e de diagnósticos. No entanto, esses
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grupos são, muitas vezes, diferentes quanto a outros aspectos, como idade e educação. Existe,
atualmente, uma tendência cada vez maior para investigar a validade de conceito de
instrumentos projetivos, testando-se hipóteses especificas, subjacentes ao uso e à
interpretação de cada teste.
Quase todos os estudos publicados sobre validação de técnicas projetivas deixam de
apresentar conclusões decisivas, por causa de deficiências de processo, seja nos controles
experimentais, seja na análise estatística ou em ambos.
A forma mais sutil de erros é apresentada pela correção de estereótipos.
4. Interpretação
4.1 Atitude
a)rejeição completa do HTP:
- sentimentos de impotência frente à tarefa de indivíduos com distúrbios
orgânicos;
- hostilidade.
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4.4 Comentários:
Comentários em excesso sobre o desenho enquanto a pessoa o realiza pode trazer
conteúdos reprimidos e indicar desajustamento da personalidade ou problema orgânico.
5.1 Proporção:
a)desenhos ocupam geralmente de 1 a 2/3 da área da folha;
b)desenhos muito pequenos: rejeição do tema principal do desenho, tendência a se
afastar do ambiente;
c)desenho muito grande, sem espaço suficiente no papel: sentimento de frustração,
sentem hostilidade para com determinado ambiente.
5.2 Perspectiva
Localização Horizontal:
a)Ponto médio da figura situado mais ao lado esquerdo em relação ao ponto médio da
folha: comportamento impulsivo, satisfação emocional imediata e direta. Forte
interesse no passado e interesse em si mesmo;
b)Ponto médio do desenho mais afastado para a direita do ponto médio da folha:
comportamento estável, rigidamente controlado, de estar propenso a adiar a
satisfação de seus impulsos, preferência por satisfações intelectuais e emocionais.
Preocupações com o futuro.
Localização Vertical:
Localização Central:
Quadrantes:
Margens da página:
a)desenho “cortado pelo papel” na margem inferior: indivíduos com forte potencial
para ações explosivas;
b)desenho “cortado pelo papel” na margem direita: desejo de escapar para o futuro;
a)desenho que utiliza a margem superior da folha como limite: fixação no pensamento
e na fantasia como fonte de satisfação;
b)desenho que utiliza as margens laterais da folha como limite: insegurança e
constrição;
c)desenho que utiliza a margem inferior da folha como limite: depressão e tendência a
se comportar de uma maneira concreta e desprovida de imaginação.
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a)desenho distante, situado numa colina ao longe, com grande número de detalhes
localizados entre o observador e o objeto. Essa distância implica em manter o self
afastado e inacessível.
Posição
Transparências:
Linhas
6. Características do Desenho
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Detalhes essenciais: no mínimo uma porta, uma janela, uma parede e um telhado.
Árvore muito pequena sugere falta de adequação parar lidar com o ambiente.
Árvore muito grande representa uma busca de compensação, fantasia.
Galhos grossos e curtos cortados próximo ao tronco podem indicar tendência
suicida.
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Detalhes essenciais: cabeça, tronco, 2 pernas 2 braços. O traço facial deve incluir
dois olhos, um nariz, uma boca e 2 orelhas. Dependendo da posição da figura, as orelhas
podem ficar omitidas.
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7. Considerações Finais
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8. Referências Bibliográficas.
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ANEXOS
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9.1 Anexo 1
O teste acima especificado não atende aos requisitos mínimos estabelecidos pela
Resolução CFP n.º 002/2003, estando caracterizado como um teste psicológico sem
condições de uso, pelos motivos a seguir:
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