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Mudança de paradigma
Da Burocracia ao Gerencialismo
Burocrático
(modelo
Patrimonialista Gerencial
racional-legal
ou Weberiano)
Patrimonialismo
• Modelo vigente antes do desenvolvimento do Capitalismo
• No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como
uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares,
servidores, possuem status de nobreza real.
• A res pública não é diferenciada da privada.
• A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de
Gestão.
• Não se contestava a palavra do rei
• Casos iguais eram julgados de forma diferente a depender dos
laços existentes entre os envolvidos e o rei.
Burocracia
• A gestão pública burocrática foi implantada nos principais países
europeus e nos Estados Unidos, no século XIX, na época do Estado
liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo
patrimonialista.
• Para Weber (1944), a burocracia foi uma evolução positiva da Gestão
pública, cujos atores passaram a ser regidos por regras, regimentos e
regulamentos.
• A documentação, a hierarquia funcional, a busca da especialização
funcional, a profissionalização e a submissão a normas de conduta e de
procedimentos, são avanços apropriados ao estado democrático de
direito.
• É pautada em controles rígidos dos processos, como por exemplo na
admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas.
Disfunções da Burocracia
• O controle - a garantia do poder do Estado - transforma-se na
própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado
volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica,
que é servir à sociedade.
• Excesso de Regras;
• Formalismo exagerado;
• Individualismo;
• Excesso de hierarquia;
• Foco nos processos e não nos resultados;
• Gestão voltada para si própria;
• Mecanicismo;
• Burocracias são mais adequadas a contextos estáveis; são menos
adequadas em ambientes em constante mutação.
Contexto do Estado: rumo à mudança
• Precursores
– Governos neoliberais
• Reino Unido (Thatcher)
• USA (Reagen)
• Austrália
• Nova Zelândia
Pacheco, 2010
O início de um movimento
• Conforme Kettl (2005), “praticamente todos os governos têm
empreendido esforços para modernizar e agilizar a administração
pública”, com desdobramentos em 2 eixos principais:
Pacheco, 2010
Novo
Burocracia
Paradigma
descentralização dos
controles gerenciais
centralizado, no sentido de
maior autonomia,
• Características:
– aumento dos controles financeiros
– “administração hierarquizada”, calcada num estilo de trabalho
do tipo “comando e controle” enfatizando o “estabelecimento
de objetivos e monitoramento de desempenho
– desregulamentação do mercado de trabalho e aumento do
ritmo de trabalho
– delegação de um certo grau de poder para uma administração
menos burocrática
Modelo 2: downsizing e descentralização
• Características:
– grande preocupação com a qualidade do serviço: TQM
– ênfase na garantia da participação e responsabilidade
como preocupações legítimas no setor público
O movimento “reiventando o governo”:
reforma gerencialista americana
• Nos anos 1990, o movimento gerencialista e a cultura do
management foram transportados do setor privado para o
setor público, engendrando o movimento “reiventando o
governo”.
Pacheco, 2010
PDRE – instrumentos de intervenção
• Institucionalização: considera que a reforma só pode ser
concretizada com a alteração da base legal (CF)
• Racionalização: busca aumentar a eficiência, por meio de cortes de
gastos, sem perda de produção
• Flexibilização: pretende oferecer maior autonomia aos gestores
públicos na administração dos recursos, estabelecendo o controle e
cobrança a posteriori dos resultados
• Publicização: transferência para organizações públicas não estatais
de atividades não exclusivas do Estado
• Desestatização: privatização, terceirização e desregulamentação
Costa (2010)
Reforma gerencial no Brasil
Diagnóstico Institucional
Centralização
Controles Formais
Falta de indicadores
Ausência de informações
Ausência de Controle Social
Objetivos da Reforma
Aumentar a governança do Estado
Limitar as funções do Estado
Transferir da União para estados e municípios as ações de
caráter local
Reverter a crise de eficiência e confiabilidade
Voltar a AP para o cidadão
Fazer melhor e custar menos
Reforma gerencial no Brasil
AÇÕES DE MELHORIA DA GESTÃO PÚBLICA
Fortalecimento do Núcleo Estratégico
Revisão de Estruturas/Competências
Profissionalização do Servidor
Reforma gerencial no Brasil –
Redesenho institucional
Contrato
de decide
gestão opera
• Contratualização de resultados
• Mensuração de desempenho
• Duas orientações distintas
– Make managers manage: teoria da escolha racional e
teoria da agência; incentivos para influenciar
comportamentos; mecanismos de punição e recompensa;
– Let managers manage: aprendizado organizacional;
experimentação; aprendizado baseado em relações de
confiança;
Pacheco, 2010
Contratualização de resultados
Pacheco, 2010
O que mensurar?
• Outputs (produtos)
– Ex: número de vacina contra difteria aplicadas
Costa, 2010
Trabalho em grupo
para aula dia 23/03
• Seminário sobre o Livro: “Reinventando o governo”
– OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito
empreendedor está transformando o setor público. 9 ed. Brasília, DF:
MH Comunicação, 1997.
• Grupos de 5 a 6 pessoas
• Cada grupo discorrerá sobre um dos princípios (capítulos)
• Ferlie, Ewan et al. A nova administração pública em ação. Brasília: Editora Universidade de Brasília:
ENAP, 1999, p. 13-52
• HOOD, C. The “New Public Management” in the 1980s: variations on a theme. Accounting,
Organization and Society, Oxford, v. 20, n. 2-3, p.93-109, 1995.
• Kettl, D. F. A revolução global: reforma da administração do setor público. In: Pereira, Luiz Carlos
Bresser; Spink, Peter (orgs.). Reforma do Estado e administração pública gerencial. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2005, p. 75-122
• Pacheco, Regina S. A agenda da nova gestão pública. In: Loureiro, Maria R.; Abrúcio, Fernando L.;
Pacheco, Regina S. (orgs.). Burocracia e política no Brasil: desafios para o Estado democrático no
século XXI. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2010, p. 183-218.