2. Perguntas:
2.1 Discussão do teste da presença de fenol:
Observa-se uma diferença nas colorações ao adicionar o FeCl3, como mostra a figura 1:
O baixo rendimento obtido pode ser explicado por perdas de transferência durante o
experimento, incluindo testes de fenol e de ponto de fusão; e também pela formação de
polímeros: o ácido acetilsalicílico pode se polimerizar devido a um grupo carboxílico e
um grupo hidroxila em sua molécula; em presença de bicarbonato de sódio, o acido
acetilsalicílico que não se polimerizou reage formando acetilsaliciato de sódio uma base
forte solúvel em água, enquanto que os polímeros não reagem com o bicarbonato de
sódio, mantendo-se insolúveis em água.
Devido a essa diferença de solubilidade, adiciona-se bicarbonato de sódio na amostra e
através de uma filtração à pressão reduzida foi possível separar os polímeros formados da
solução. Por tanto, os polímeros que são formados de ácido acetilsalicílico foram
removidos, gerando uma considerável perda de produto final.
Reações:
C 9 H 8 O 4 + NaHCO 3 = Na + (C 9 H 7 O 4 ) - + HCO 3 + H +
HCO 3 - + H + = H 2 CO 3 = CO 2 + H 2 O
Acido acetilsalicílico reagindo com bicarbonato de sódio e formando acetilsaliciato de
sódio.
Na + (C 9 H 7 O 4 ) - + HCl = C 9 H 8 O 4 + NaCl
Acetilsaliciato de sódio reagindo com ácido clorídrico (ácido forte) e formando ácido
acetilsalicílico e cloreto de sódio.
2.4 Determinação e discussão dos pontos de fusão da aspirina bruta e recristalizada,
indicando as condições de determinação do p.f.
O ponto de fusão foi determinado utilizando um equipamento próprio para a sua medição
(MQAPF-302).
O ponto de fusão do ácido acetilsalicílico encontrado na literatura é de: 135ºC.
Podemos concluir que com o ponto de fusão obtido experimentalmente, a aspirina
preparada contém alguma impureza já que o ponto de fusão foi menor que o ponto de
fusão real.
O intervalo de fusão de uma amostra pura tem uma variação baixa entre 0,5º - 1ºC; o
intervalo de fusão medido experimentalmente foi de 20,2ºC para a amostra bruta e de
9,5ºC para a amostra recristalizada. Era esperado que na amostra bruta houvesse uma
diferença do ponto de fusão e do intervalo de fusão para o valor literal, já que essa
amostra poderia conter impurezas em seu reticulo cristalino; para a amostra pura
(recristalizada), esperava-se atingir um ponto de fusão próximo da literatura e um pequeno
intervalo de fusão, já que essa amostra passou por um processo de recristalização que gera
um produto final puro. Assim com os valores obtidos, pode-se concluir que a aspirina
preparada contém impurezas mesmo após a recristalização, mostrando que esse processo
não foi efetivo para a remoção das impurezas no reticulo cristalino da amostra. O
resfriamento e recristalização da amostra deve ocorrer de maneira lenta sob repouso, o que
pudemos observar após solubilizar a amostra com etanol à quente e adicionar água na
temperatura ambiente, foi uma rápida turvação e início imediato de cristalização antes
mesmo de levar a amostra para a geladeira. Por tanto, a amostra pode ter sido
recristalizada rapidamente através desse processo, impedindo uma alta pureza no final.
O equipamento de medição utilizado também pode ter interferido nos resultados obtidos,
já que a dissipação de calor no aparelho pode não ter sido de forma uniforme.