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MCC Ii 23-04-10 PDF
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MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL II
NOTAS DE AULA
ITAJUBÁ - 2010
Estas Notas de Aula têm por finalidade exclusiva
servir de material de apoio da
disciplina Materiais de Construção Civil II,
no Curso de Engenharia Civil
do Instituto de Ciências Exatas
do Universitas - Centro Universitário de Itajubá,
não tendo valor comercial e
não sendo autorizado seu uso com outras finalidades.
UNIDADE 1 – CONCRETO
Págua
x=
Pcimento
Indica, portanto, a umidade da pasta. Este fator influi nas resistências
mecânicas em virtude de estar relacionado com a porosidade do material. A
água adicionada ao concreto desempenhará duas funções básicas: a de
hidratar os grãos de cimento e a de conferir ao concreto a consistência
desejada. Para a hidratação do cimento, a quantidade de água necessária é
da ordem de 22% a 32% em relação ao peso de cimento. Esta quantidade
de água, conduz, entretanto, a concretos de consistência excessivamente
seca e, portanto, sem trabalhabilidade para as aplicações usuais. É,
portanto, necessária a adição de uma maior quantidade de água ao
concreto para conferir-lhe trabalhabilidade adequada aos processos de
adensamento disponíveis na maioria das obras. A água adicional lançada
ao concreto irá evaporar-se ou não com o tempo, mas a sua presença
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1.1.2 TRAÇO
Pagregado
m=
Pcimento
Quando o valor m for elevado temos os chamados traços pobres ou traços
de baixo consumo (usados principalmente nos concretos massa). Para
valores de m muito baixos temos os traços ricos.
Ag × 100
A% =
C + Agr
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Págua × 100
A% =
Pcimento + PAgr
Esta relação indica a umidade dos concretos e argamassas e dela depende a
consistência destes materiais.
ou
Págua × 100
Pcimento
A% =
Pcimento + PAgr
Pcimento
Assim:
x × 100
A% =
1+ m
Analisando a expressão observa-se que as três variáveis são
interdependentes, a saber:
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1.2.1 CONSISTÊNCIA
É a propriedade que determina o grau de mobilidade da massa de concreto
sem perda de sua homogeneidade, mantendo-se coesos todos os seus
elementos constituintes. A consistência está relacionada com a umidade do
concreto, podendo, portanto, apresentar-se com diversos graus, a saber:
• consistência seca;
• consistência plástica;
• ou consistência fluida.
Volume da água
O volume de água presente no concreto é o principal fator que influi na
consistência. O maior problema encontrado na execução de concretos é
a fiscalização da adição suplementar de água, no intuito de tornar o
concreto mais plástico, que se constitui na providência mais comum
adotada por mestres de obras descuidados ou despreparados.
A evaporação da água motivada por forte calor ou vento, modifica a
consistência do concreto, tornando o material impróprio para uso.
Nestes casos, desde que convenientemente controlado, pode-se dar ao
concreto uma quantidade inicial de água por ocasião da mistura que
será evaporada durante o transporte, tendo-se no local de lançamento
um concreto com a consistência requerida.
Forma do agregado
Os agregados com formas arredondadas facilitam a mobilidade da
massa, ao passo que agregados britados dificultam esta mobilidade.
Desta forma, em igualdade de água unitária, A%, os concretos com
agregados arredondados apresentam consistência mais plástica que os
concretos com agregados britados.
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Aditivos
Os aditivos plastificadores e incorporadores de ar devido à sua ação
dispersante e tenso ativa modificam a consistência do concreto,
tornando-os mais plásticos sem modificar a água unitária.
Condições ambientes
As condições ambientes influem na velocidade de evaporação da água
e, portanto, na constância do concreto. Estas condições são: a
temperatura, a umidade relativa do ar e a velocidade do vento. Quando
a temperatura e a velocidade do vento são altas e a umidade do ar é
baixa, a evaporação é muito grande.
1.2.2 TRABALHABILIDADE
O concreto deve manter-se coeso e uniforme desde o momento da mistura até
o final do adensamento, quando deverá apresentar-se com o máximo de
compacidade. Nas diversas etapas que envolvem a execução do concreto
poderão ocorrer situações que provocam a quebra da uniformidade e coesão
do material, dando origem à segregação, que é a separação dos diversos
elementos que compõem o concreto. Para que o concreto não segregue e
mantenha-se uniforme, homogêneo e compacto será necessário que ele seja
trabalhável, isto é, que a sua composição e características sejam adequadas
às condições específicas dos processos executivos a ele aplicados e à
conformação e dimensões das estruturas nas quais ele é lançado.
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Quanto maior o tempo Vebe, mais seca será a consistência e mais baixa a
trabalhabilidade, ou seja, maior a energia necessária para manipular o
concreto.
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Concreto Laje 20 25 35 45
armado Viga/pilar 25 30 40 50
Concreto
Todos 30 35 45 55
protendido
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Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
Marinha
III Forte Grande
Industrial
Industrial
IV Muito forte Respingos de Elevado
maré
Teor de argamassa
Quanto menos enérgico for o teor de adensamento e quanto mais
esbeltas forem as peças estruturais maior deverá ser o teor de
argamassa de um concreto para que se possa obter um material
compacto após o adensamento. Os ninhos de abelha e outros defeitos
de concretagem poderão ser decorrentes de um teor deficiente de
argamassa no concreto, desde que se tenha, logicamente, adotado um
processo de adensamento adequado. O teor da argamassa assume
particular importância na execução de estruturas que não receberão
revestimentos (concreto aparente)
1.2.3 SEGREGAÇÃO
A segregação é uma propriedade contrária à trabalhabilidade e deve ser
reduzida ao mínimo. É a separação dos materiais constituintes do concreto, em
qualquer etapa da produção, desde a mistura até o adensamento.
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Adensamento inadequado
Nos concretos de consistência muito plástica, quando a vibração for
executada por um período de tempo longo, os grãos maiores e mais
pesados serão impulsionadas para longe do local de aplicação do
vibrador, permanecendo neste local apenas argamassa.
1. 2. 4 EXSUDAÇÃO
A exsudação é a segregação da água, quando não é retida nos poros durante
a fase plástica do concreto, subindo até a sua superfície livre.
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P
fc =
S
Onde:
P = carga aplicada no corpo de prova;
S = seção transversal do corpo de prova.
2P
ft =
πDL
Onde:
P = carga aplicada no corpo de prova;
D = diâmetro do corpo de prova;
L = altura do corpo de prova.
PL
MR =
bd 2
Onde:
P = carga aplicada no corpo de prova;
L = distância entre os apoios;
b = largura do corpo de prova;
d = altura do corpo de prova.
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P - carga máxima
L - comprimento do vão
b - largura do corpo de prova
d - altura do corpo de prova
L/3 L/3 L/3
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Relação água/cimento
A resistência do concreto depende principalmente da relação
água/cimento e a curva de correlação é denominada curva de Abrams,
determinada para as idades clássicas do concreto (3, 7 e 28 dias ). Para
facilitar o traçado e o uso destas curvas lança-se mão de gráficos
semi-logarítmicos, onde essas curvas são transformadas em retas.
A resistência é inversamente proporcional à relação água/cimento até o
valor 0,32. Para relações menores que 0,32 a resistência decresce
significativamente por hidratação incompleta do cimento. A Fig. 6
apresenta as curvas de Abrams para cimento CP-25, CP-32 e CP-40.
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Idade
A resistência cresce com a idade atingindo o máximo em 1 ano. Aos 28
dias, que é a idade considerada no cálculo estrutural, temos,
provavelmente, 80% da resistência total. O crescimento da resistência
em função da idade, depende do cimento e da dosagem do concreto.
Concretos mal dosados quase não apresentam acréscimo de
resistência. A Fig. 7 apresenta a relação entre as resistências à
compressão na idade de 28 dias e na idade de 7 dias, em função da
relação água/cimento.
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Compacidade
A resistência aos reforços mecânicos é proporcional à compacidade.
Maior compacidade, maiores resistências. Os poros no concreto podem
ser do tipo micro poros, resultantes de adensamento inadequado ou
quantidade deficiente de argamassa.
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Aditivos e temperatura
Exemplo:
Para se determinar o tempo necessário de cura a vapor na temperatura
de 70° C para se obter a resistência do concreto aos 28 dias, curando
na temperatura ambiente de 26° C, temos:
Cura
Entende-se como cura as operações executadas após a pega e por
ocasião do inicio do endurecimento do concreto, e que tem por
finalidade manter o grau higrométrico na superfície do concreto, evitando
a fuga da água por evaporação. Quando as condições de evaporação,
ventilação e insolação forem muito rigorosas, provocarão uma fuga de
água de hidratação que reduzirá a resistência.
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E = 5600 × f ck
Onde :
E = módulo de deformação longitudinal (MPa);
fck = resistência à compressão do concreto na idade de 28 dias (MPa).
n× E
G=
2 × (1 + n)
Onde:
G = módulo de deformação transversal;
n = número de vezes que G é menor que E;
E = módulo de deformação longitudinal.
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Até cerca de 24 horas após a aplicação da carga, o concreto irá sofrer uma
deformação plástica irreversível.
Mantendo-se constante a tensão f, o concreto irá apresentar um aumento de
deformação com o tempo, designado por FLUÊNCIA, que cresce com o tempo.
Se a tensão for removida num dado instante, haverá uma redução instantânea.
A deformação irá se reduzindo com o tempo, redução designada como
RECUPERAÇÃO DE FLUÊNCIA, ficando o concreto com uma deformação
plástica final, designada como deformação residual.
Quanto mais cedo uma estrutura for carregada, maior será o valor da fluência,
da deformação rápida e da deformação residual.
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f =ε ×E
Onde :
ε = deformação;
E = módulo de deformação do concreto na idade da aplicação da deformação.
Tanto a fluência como a relaxação são fenômenos que podem ser benéficos ou
não para estrutura. Quando a fluência ocasionar excessivas deformações nas
estruturas ela deverá ser minimizada. No caso da fluência ocasionar relaxação
das tensões, como no caso de tensões de origem térmica, ela é benéfica. Nas
estruturas protendidas os fenômenos de relaxação e fluência são muito
importantes e influirão de modo significativo na segurança e desempenho
dessas estruturas.
a) Retração Autógena
Esta retração tem a sua origem no fato de que o volume ocupado pelo
grão hidratado de cimento é menor que a soma do volume do grão de
cimento anidro e da água que o hidratou. Isto é:
b) Retração Hidráulica
Este tipo de retração, que também recebe as denominações de retração
por perda de água ou retração de secagem se deve a evaporação da
água no interior do concreto. Ela atua no concreto em dois períodos, a
saber:
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c) Retração térmica
As reações do cimento com a água são exotérmicas, gerando uma
quantidade de calor variável de 60 cal/g na idade de 28 dias. Se o calor
gerado no interior do concreto não for dissipado, a temperatura irá se
elevar até um valor máximo e depois a estrutura irá se esfriar lentamente
até atingir a temperatura do ambiente.
Se a diferença entre a temperatura máxima e a temperatura ambiente
for significativa, esta queda provocará no concreto uma redução de
volume denominada retração térmica, cujo valor será igual a:
ε = α × ∆θ
Onde:
ε = deformação volumétrica;
α = coeficiente de dilatação térmica;
∆θ = variação da temperatura.
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CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO
TIPO Ao ar ou
DE Em contato com Em contato com
intempéries
ESTRUTURA fluidos ou solos fluidos ou solos
(concreto sem
não agressivos agressivos
revestimento)
Seções delgadas 0,53 0,49 0,40
Seções espessas Adotar o valor
tais como muro de necessário para
arrimo, laje de obter-se a
fundação, tubulões, resistência de 0,53 0,44
etc. dosagem
Estes valores poderão ser aumentados de 10% no caso de ser usar cimento
Portland pozolânico, de alto forno ou resistentes aos sulfatos;
Classe de agressividade
Concreto TIPO
I II III IV
Água/cimento CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
em massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45
Classes de CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
concreto CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40
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1.4 DOSAGEM
1.4.1 FUNDAMENTOS
Dosar um concreto significa fixar as quantidades de diversos materiais que o
compõe para se obter um material estrutural que atenda às condições de
trabalho a que será submetido, dentro do máximo de economia possível, e que
apresente uma durabilidade compatível com o investimento aplicado.
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ADENSAMENTO ADENSAMENTO
ADENSAMENTO
DIÂMETRO VIBRATÓRIO VIBRATÓRIO
MANUAL
MÁXIMO MODERADO ENÉRGICO
(mm) Slump provável Slump provável Slump provável
10 – 15 cm 5 – 10 cm 0 – 5 cm
9,5 11,0 10,0 9,0
19 10,0 9,0 8,0
25 9,5 8,5 7,5
38 9,0 8,0 7,0
50 8,5 7,5 6,5
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x × 100
A% =
1+ m
x × 100
m= −1
A%
O traço total será expresso do modo que segue:
1:m
Considerando:
Pc... Peso do concreto no recipiente (descontando o peso do recipiente);
Vc... Volume do recipiente (e do concreto);
ci... Massa específica do cimento (em kg/dm³);
a... Massa específica dos agregados (em kg/dm³).
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Temos:
Vc = Vci + Vagr + Vágua
Pci Pagr
Vc = + + Vágua
γ ci γ agr
Vc
Pci =
1 m
+ +x
γ ci γ agr
Se considerarmos Vc igual a 1m³ ou 1000 L, o valor de Pci será o consumo de
cimento por m³ de concreto, que é designado por C. Temos, então:
1000
C=
1 m
+ +x
γ ci γ agr
Onde:
C = consumo de cimento por m3 de concreto (kg/m3);
γci = peso específico do cimento (kg/l);
γagr = peso específico do agregado (kg/l);
m = traço total ou global;
x = relação água/cimento.
1.4.7 GRANULOMETRIA
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x × 100
Analisando a expressão A% = , podemos concluir:
1+ m
• à medida que substitui-se a areia por pedra, diminui-se a superfície
específica da mistura e necessita-se menos água para a mesma
consistência. O fator A% irá, portanto, decrescer à medida que torna-se
a mistura mais grossa. Assim, de todos os desmembramentos possíveis
o melhor deles será aquele que resulte no menor A% e,
conseqüentemente, o menor valor de x, já que m é constante. Se o valor
de x é menor, conseqüentemente, a resistência será a maior delas;
b) A linha que preconiza que uma melhor mistura é obtida quando é feita
com matérias somente de alguns tamanhos, criando-se
descontinuidades granulométricas entre eles.
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d
y = 90 − 90
Dmáx
Onde:
y = Porcentagem retida e acumulada da mistura (cimento + agregado) na
peneira de abertura d;
Dmáx.= Diâmetro máximo do agregado.
90
PORCENTAGEM FRETIDA E ACUMULADA
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 ,1 0,15 0,30 0,60 1 1,2 2,4 4,8 9,510 19 25 38 50 10 0
ABERTURA DAS PENEIRAS EM m m
25mm 19mm 38mm 50mm
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%b1
b1 = (1 + m )
100
%b0
b0 = (1 + m )
100
a = m − (b0 + b1 + b2 )
1c : a : b0 : b1 : b2
1000
C=
1 a b
+ + +x
γc γa γb
Onde:
C = consumo de cimento por m3 de concreto (kg/m3);
γc = peso específico do cimento (kg/l);
γa = peso específico da areia (kg/l);
γb = peso específico da pedra (kg/l);
x = relação água/cimento.
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CURVAS GRANULOMÉTRICAS IDEAIS DA MISTURA CIMENTO E AGREGADO
100
90
80
70
60
50
35
40
30
20
Materiais de Construção Civil II
10
0
0,1 0,15 0,30 0,60 1 1,2 2,4 4,8 9,5 10 19 25 38 50 100
CORREÇÃO DO TRAÇO
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Vágua
C=
x
Determina-se o volume absoluto de cimento por m³ de concreto, dividindo o
seu consumo pelo peso específico, cujo valor é 3,15 kg/litro;
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1.4.9 CONTROLE
Quando se projeta e executa uma estrutura de concreto pretende-se que a
mesma apresente um nível de segurança compatível com a sua
responsabilidade.
Para atingir este objetivo são estabelecidos parâmetros de qualidade nas
especificações e projetos que devem ser controlados durante a após a
execução das estruturas. Esses parâmetros são vários, dependendo do tipo da
estrutura, das solicitações a que será submetida e do meio que sobre ela irá
atuar.
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∑( f ci − f cj )
2
s=
(n − 1)
Onde:
fci = valores individuais de resistência;
fcj = valor médio da resistência;
n = número de amostras.
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Onde:
fcj = Resistência média ou de dosagem;
fck = Resistência característica ou de projeto;
sd = Desvio padrão de canteiro.
Curva de Gauss
Onde:
Y% = densidade de probabilidade
fcj = resistência média à compressão dos C.P. na idade de j dias
fci = resistência individual à compressão.
fc = resistência à compressão do concreto.
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Y% 20 15 10 5 1
t 0,842 1,036 1,282 1,645 2,326
fcj =
fck + 1,645 Sd
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Qualquer que seja o tipo de controle, devem ser formados lotes para
amostragem do concreto, seguindo o estabelecido pela NBR 12655,
apresentado no quadro a seguir.
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VALORES DE ψ6
Cálculo para n ≤ 20
fckest = f1
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2.1.1 MISTURA
Operação na qual os materiais (cimento, pozolanas, agregados, aditivos e
água) são misturados entre si, dando origem ao concreto.
2.1.2 TRANSPORTE
Operação onde o concreto é levado do local de mistura até o local de aplicação
(estrutura).
2.1.3 LANÇAMENTO
Operação na qual o concreto é colocado nas formas da estrutura.
2.1.4 ADENSAMENTO
Operação na qual o concreto é espalhado e adensado dentro da forma, de tal
modo que penetre nela em todos os locais, sem deixar vazios internos.
2.1.5 CURA
Operação com a qual se procura evitar a evaporação da água de
amassamento do concreto, nas primeiras idades, para minimizar os efeitos
danosos dessa evaporação no concreto ainda jovem.
2.2 MISTURA
Para que se tenha concretos de qualidade é fundamental que os materiais
constituintes sejam bem misturados entre si, isto é, que a pasta de cimento
envolva plenamente todos os agregados. Se isto for feito haverá uma boa
ligação entre eles e o concreto terá maior resistência, durabilidade e menor
permeabilidade. Para que se tenha uma mistura mais perfeita e homogênea os
materiais devem ser de preferência misturados mecanicamente, em
equipamentos denominados “betoneiras”. Em concretos sem muita
responsabilidade esta mistura pode ser feita manualmente, sabendo-se de
antemão ser muito difícil obter neste processo uma mistura perfeita.
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2.2.2.1 Betoneiras
CLASSIFICAÇÃO
As betoneiras podem ser classificadas em:
• Intermitentes
o Queda livre:
Eixo inclinado (Fig. 10);
Eixo horizontal (Fig. 11).
o Forçadas:
Cuba fixa (Fig. 12);
Contra-corrente.
• Contínuas
o Queda livre (Fig. 13);
o Forçadas (Fig. 14);
o Pug. Mill (Fig. 15).
CAPACIDADE
Um dado importante nas betoneiras é a sua capacidade, isto é, a máxima
quantidade que pode misturar com eficiência de uma só vez e a quantidade
final do concreto produzido em cada mistura ou amassada ou como também se
diz, em cada “betonada”. Nas betoneiras são indicadas as seguintes
capacidades:
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Capacidade da
betoneira Consumo mínimo de
em litros cimento utilizável
(kg/m³)
CM CP
VELOCIDADE DE ROTAÇÃO
Quando uma betoneira gira com baixa velocidade (cerca de 2 a 4 rpm), ela não
mistura o concreto, mas somente provoca sua agitação. Por outro lado, quando
esta velocidade é excessiva ocorre uma centrifugação com a perda da
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Sendo:
D = Diâmetro do tambor em metros;
N = Velocidade de rotação em rpm;
A = Constante igual a:
300 – 350 (betoneira eixo horizontal)
350 – 450 (betoneira eixo inclinado)
300 – 250 (betoneira eixo vertical)
TEMPO DE MISTURA
Quando o concreto é misturado em um período de tempo muito curto a mistura
fica imperfeita. Quando a mistura é feita por um tempo excessivo, além de ser
anti-econômico pode provocar a evaporação da água e alteração no slump. O
tempo ideal para a mistura do concreto na betoneira é dado pela expressão:
t = BD
Sendo:
t = tempo em segundos;
D = diâmetro do tambor em metros;
B= constante igual a:
120 - Betoneira com eixo inclinado
90 - Betoneira com eixo horizontal
30 - Betoneira com eixo vertical
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• PRODUÇÃO MÉDIA
É o volume total de concreto dividido pelo tempo total de duração da obra.
Pode ser expressa em m³/mês ou m³/hora.
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Qual deve ser a capacidade nominal da central a ser instalada nessa obra?
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2.3 TRANSPORTE
2.3.1 Generalidades
Logo após a sua mistura, o concreto deve ser transportado rapidamente para o
local do lançamento. Esse transporte deve ser realizado nas seguintes
condições:
O transporte pode ser feito na horizontal ou na vertical, como mostra a Fig. 18.
2.4 LANÇAMENTO
No local de lançamento na estrutura, o concreto deve ser lançado dentro das
formas de maneira a não segregar nem perder propriedades.
a) Evitar a segregação:
• Altura máxima de queda: 2,0m;
• Colocar aberturas laterais nas formas;
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c) Redosagem
Denomina-se redosagem a colocação de água no concreto para
compensar a perda por evaporação e, conseqüentemente, fazê-lo
readquirir a consistência adequada. A redosagem é permitida desde que
adotados os cuidados especiais definidos na NBR 7212. Para evitar a
evaporação, desde que sejam feitos ensaios prévios, pode-se aumentar
a água de amassamento desde que a evaporação durante o transporte
não modifque nem a relação água-cimento e nem o slump do concreto
por ocasião do lançamento. Pode-se também, se isto for possível,
colocar aditivo plastificante no concreto, por ocasião do lançamento para
obter o slump desejado.
d) Plano de Concretagem
Antes de se realizar uma concretagem, a mesma deve ser planejada. Os
principais aspectos a serem considerados são:
e) Espalhamento do Concreto
Após o concreto ser lançado deve ser ele espalhado na peça para ser
adensado. Para se ter maior compacidade e homogeneidade do
concreto na estrutura, o seu espalhamento deve ser em camadas com
espessura de no máximo 0,50 m, que é a espessura adequada para ele
ser vibrado. Alturas menores são anti-econômicas e nas maiores, não se
consegue um adensamento eficiente. Em grandes blocos, para evitar
problemas térmicos o concreto deve ser lançado em camadas de no
máximo 1,50 m. Sendo adensado em subcamadas de no máximo
0,50m. Quando o concreto for refrigerado, a altura das camadas de
concretagem pode ser maior, não sendo ultrapassado o limite de 2,50m.
f) Temperatura Ambiente
Em locais de clima quente ou de clima muito frio devem ser tomados
cuidados nas concretagens. Em locais onde a temperatura ambiente for
em torno de 40ºC ou mais, a evaporação da água é muito alta, além da
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Para o concreto ser auto adensável ele deve ter as seguintes características:
• Slump elevado (acima de 12 cm);
• Teor elevado de argamassa;
• Dosagem criteriosa para evitar a segregação provocada pela
sedimentação do agregado graúdo.
2.5 ADENSAMENTO
2.5.1 Processos
A finalidade é tornar o concreto compacto. Os processos de adensamento são:
2.5.2 Freqüência
A freqüência de um vibrador é um dado muito importante. Altas freqüências
vibram apenas os grãos de menores tamanho, ao passo que, baixas
freqüências vibram apenas os grãos mais graúdos. Como no processo de
vibração o adensamento se faz pela liquefação da argamassa e,
conseqüentemente, sedimentação do agregado graúdo, os vibradores devem
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2.6 CURA
A finalidade da cura é evitar a prematura evaporação rápida da água no
concreto, que causará a retração denominada de “secagem”. A cura pode ser
dividida em duas etapas.
a) PRÉ-CURA
É o período decorrido desde o lançamento do concreto até a idade de 12
horas, quando ele está totalmente endurecido. Neste período as
providências para evitar a evaporação são:
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3.1.1 PROJETO
No projeto e execução das formas devem ser considerados os esforços:
• peso próprio;
• peso do concreto;
• sobrecargas acidentais, resultantes da ação de homens e
equipamentos;
• pressões internas desenvolvidas no concreto durante a operação de
adensamento;
• ação dos ventos.
Existem diversas expressões para calcular esta pressão lateral sendo uma
delas a do ACI-347 ( American Concrete Institute) apresentada a seguir, na
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48400 2800 R
p = 150 + +
T T
Pressão máxima = 2000 psf ou 150h
para R > 7 ft/h
• formas deslizantes
6000 R
p = 100 +
T
Onde:
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Nos edifícios as formas dos pilares são constituídas de quatro tábuas laterais
estribadas com cintas (ou gravatas) para evitar o seu abaulamento no ato de
concretagem, como mostram as fig. 27 e 28. São deixadas portinholas nos pés
dos pilares para permitir a ligação dos ferros de um para outro pavimento.
Quando os pilares são de secção circular as tábuas são substituídas por
sarrafos de 1” x 2” para permitir a curvatura e as cintas são cortadas de
retalhos de tábuas mais largas, já em forma circular. As formas de pilares com
altura superior a 3 m necessitam de contraventamento, também mostrado na
fig. 27.
As vigas têm formas semelhantes às dos pilares, com exceção da face superior
que é livre (sem tábua), como mostram as fig. 29 e 30. Elas devem ser
escoradas de 0,8 a 0,8 m por pontaletes verticais. Estes pontaletes verticais
devem ter dimensão mínima de 5 cm, quando a madeira for dura e de 7 cm
quando a madeira for mole.
Estes pontaletes somente poderão ter 1 emenda que não deverá ser feita em
seu terço médio. Para facilidade da desforma, o soalho de laje deve apenas
encostar na forma lateral da viga, como mostra a fig. 34.
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O espaçamento das gravatas, também deve ser de 0,80 m. Nas lajes a forma é
constituída por tábuas de 1”, ou chapas de madeira compensada, que são
apoiadas em uma malha de caibros horizontal de 3” x 3” de secção,
espaçados de 1,00 m no sentido transversal. Estes caibros são apoiados em
outros caibros, também de 3” x 3” de secção, espaçados de 1,0 m, estando o
conjunto apoiado em pontaletes verticais, também de 3” x 3” de secção, como
mostram as fig. 31 e 32.
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O pinho de terceira é uma madeira imprópria para usos mais delicados como
os de carpintaria e marcenaria e são, portanto, de uso comum para confecção
de formas. Deve-se, entretanto, recusar tábuas com excesso de nós, pois
racham facilmente, dando baixo rendimento devido a poderem ser usadas
apenas uma vez.
DIMENSÕES
NOME polegadas centímetros
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Nas formas das lajes onde foram empregadas chapas, o espaçamento entre os
pontaletes dever ser 0,55 m ou 0,73 m para serem submúltiplos de 2,20 m.
Para chapas de 17 ou 20 mm e para lajes de até 10 cm de espessura, este
espaçamento poderá ser de 1,10 m.
Cada chapa é pregada apenas nos quatro cantos, trazendo grande economia
de pregos e facilidade de desmontagem.
Quando a largura da viga for inferior a 30 cm, deve-se dar preferência à tábua
de pinho de 1” para facilitar a pregagem das folhas laterais. Quando a largura
for superior deve-se empregar chapa, porém de 20 mm de espessura.
Quando o comprimento das vigas for superior à 2,2 m, as emendas laterais não
devem coincidir na mesma secção da viga para evitar o enfraquecimento do
conjunto, como mostra a fig. 5.
As gravatas ou cintas devem ser espaçadas, tanto nas vigas como nos pilares,
das seguintes distâncias:
Além da madeira podem ser utilizados como materiais para forma os aços e
plásticos, sendo estes materiais empregados em obras onde a grande
utilização de formas e sua reutilização compensem seus altos custos.
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• Nas vigas cujo vão seja maior que 6 m, deverá ser dada uma contra-
flecha no meio do vão de 2 mm/m de vão.
• Limpeza geral.
• Molhar a forma quando ela não for de chapa tratada. Quando for
metálica, é necessário untá-la com óleo.
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3.1.5 ESCORAMENTOS
Os escoramentos são feitos com peças de madeira, geralmente de 3” x 3” de
secção, ou então, mediante pontaletes metálicos, que são ajustados por
parafusos na sua parte inferior. Usam-se também escoramentos tubulares
metálicos de diversos tipos e que são alugados por firmas especializadas, que
se responsabilizam pelo projeto do escoramento. Em estruturas especiais é
necessário o cálculo deste escoramento.
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3.2 DESFORMA
A desforma é uma operação que deve ser entregue a operários cuidadosos
para que não seja estragada muita madeira ainda em boas condições de uso.
As formas também não devem ser retiradas de uma maneira que possa
prejudicar o concreto que ainda apresenta baixa resistência, isto é, nesta
retirada não deverá haver choques nem impactos.
Esta operação deve, portanto, ser executada por carpinteiros e ajudantes que
usarão para tanto os pés de cabra e martelos. Isto é importante observar, pois
a madeira das formas representa cerca de 30% do custo do concreto.
Os prazos de desforma irão depender do tipo de cimento usado, da resistência
do concreto e da temperatura ambiente. Em condições normais são estipulados
os seguintes prazos para a desforma:
O uso de cimento de alta resistência inicial e cura térmica são expedientes que
se lança mão para realizar-se desformas em prazos mais curtos. A utilização
de concretos em idade menores de 28 dias pode trazer como conseqüência
uma maior deformabilidade de estrutura, devido à fluência do concreto, com
aumento da flecha.
3.3 ARMAÇÃO
O armador ou ferreiro terá a tarefa de alinhamento, corte e dobramento das
barras indicadas nos desenhos. Após o término das formas, a armação é
colocada dentro delas.
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aço, gerando dúvidas ou suspeitas sobre as suas causas quando elas não são
determinadas “ a priori” .
• Corte e preparo
• Montagem
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Esta amarração não deve ser escassa, para dar maior rigidez ao conjunto e
também por ser este arame relativamente de custo baixo. A fig. 49 ilustra essa
fase.
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Embora alguma ferrugem não seja prejudicial à ligação concreto aço, deverão
ser evitados os efeitos progressivos da corrosão, após a concretagem. A
oxidação aumenta a rugosidade normal da superfície e, conseqüentemente,
tende a aumentar a capacidade de aderência, embora isto possa reduzir a
seção da armadura. De qualquer maneira, toda a oxidação superficial deverá
ser removida.
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Deve se tomar cuidado para que nas operações de concretagem não haja
deslocamentos ou deformações dos ferros por passagem de veículos ou
operários e pela ação do concreto. Para tanto devem ser previstas passarelas
para tráfego durante a concretagem, de modo que as barras não sejam
prejudicadas, por meio de colocação de passarelas sobre o estrado das lajes.
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4.1 FABRICAÇÃO
Os aços empregados nas armaduras das estruturas de concreto armado e
protendido são produzidos sob as formas seguintes:
• Fios ou arames
Apresentam pequeno diâmetro, compreendidos em 3mm e 9mm podendo
chegar excepcionalmente a 12mm, sendo fornecido em rolos ou bobinas.
• Barras
Apresentam diâmetros compreendidos entre 6mm a 32mm e,
excepcionalmente, 40mm sendo fornecidas em segmentos retos ( varas ) com
comprimento entre 10m e 12m.
• Cordoalhas
Agrupamento de fios enrolados, em uma ou mais camadas em torno de um fio
reto mantido no eixo longitudinal do conjunto. São constituídos, geralmente, por
6 fios enrolados em torno de um sétimo fio, existindo também cordoalhas de 2
e 3 fios.
• Feixes
Agrupamentos de fios e cordoalhas, dispostos paralelamente. Nas armaduras
para concreto protendido, às cordoalhas e feixes que constituem uma unidade
de protensão dá-se o nome de “cabos” de protensão.
A fig. 55 mostra barras de aço para concreto armado, feixes e cordoalhas para
concreto protendido. A fig. 56 mostra feixe de aço para protensão. As fig. 57 e
58 mostram equipamento e material para execução de concreto protendido.
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•Torção
As barras, apresentando ou não saliência superficiais, são submetidas a um
esforço de torção.
•Compressão diametral
As barras são passadas entre engrenagens ou rolos que reduzem seu
diâmetro, imprimem mossas, estrias ou corrugações.
•Tração
É o processo denominado de trefilação, que consiste em fazer passar uma
barra através de um furo circular, de diâmetro inferior ao seu. Este processo é
utilizado na fabricação de fios.
No encruamento por tração e torção, um aço com defeito romperia durante este
encruamento, o que torna este processo de fabricação um verdadeiro ensaio
de detenção de defeitos.
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4.2 CLASSIFICAÇÃO
Os aços para as armaduras estruturais de concreto armado recebem a
designação CA e são classificados quanto à tensão de escoamento e quanto
ao processo de fabricação.
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4.3 ADERÊNCIA
Uma das características importantes das barras e fios de aço destinados às
armaduras é a sua aderência ao concreto. Quanto maior for a solicitação do
aço maior deverá ser a sua aderência ao concreto. Esta maior ou menor
aderência é obtida pela conformação geométrica superficial das barras ou fios
que pode ser lisa ou com mossas e saliências, apresentando esta última alta
aderência ao concreto. As mossas ou saliências são geralmente produzidas
durante a laminação a quente, exceto nos aços encruados por compressão,
onde elas são obtidas no processo de encruamento a frio.
As saliências devem ser projetadas de modo a que não haja a rotação da barra
dentro do concreto nem concentrações de tensões que poderão prejudicar a
resistência dos aços à fadiga.
4.4 QUALIFICAÇÃO
Para qualificar os aços para concreto armado dispõe-se da norma NBR 7480.
Uma das exigências desta norma é que os aços devem atender a resistência
característica de escoamento fy ou LE para a categoria a que pertence.
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Nos aços para concreto protendido são fixados limites mínimos para a
resistência à tração e para a tensão no aço correspondente a 1% de
alongamento (que equivale a 85% do limite da resistência).
RELAXAÇÃO MÁXIMA
80% do limite de
5% 2% 7% 2,5%
resistência
4.5 EMENDAS
As emendas nas barras de aço para concreto armado podem ser realizadas,
quando necessário, dos seguintes modos:
• por transpasse;
• com luvas rosqueadas;
• com solda.
A emenda com solda nas barras de aço da categoria B deve ser feita por
etapas com um aquecimento controlado.
• fy = 0,91 fst se a ruptura dos aços tratados a frio situar-se fora da solda.
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•Tipo Q
• Tipo L
•Tipo T
O espaçamento entre os fios das telas poderão variar de 5cm até 30cm,
podendo excepcionalmente ser de 40cm.
Os fios empregados nas telas são das categorias CA-60, com os diâmetros
mínimos variando de 3mm a 12,5mm.
As telas são designadas pela categoria do aço, tipo, área da seção principal,
em mm²/m e dimensão do painel ou rolo, como por exemplo:
Onde:
CA-60 = categoria do aço
L = tipo da tela
138 = área da seção principal
2,45 x 60 = largura e comprimento do rolo
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5.1 DEFINIÇÃO
Entre os materiais de grande emprego na construção civil estão os chamados
materiais betuminosos, como o asfalto, os alcatrões, os óleos graxos. Eles são
materiais de uso preponderante em pavimentações rodoviárias e em
impermeabilizações. Também são usados em pinturas e isolamentos elétricos.
5.2.1 ASFALTO
São materiais em que o betume está misturado com argilas, siltes, areias,
impurezas minerais ou orgânicas, etc. Pode-se dizer que os asfaltos são
misturas de betume de origem mineral com solos. Podem ser obtidos de
jazidas naturais, rochas asfálticas e asfaltos nativos, ou por processos
industriais de destilação do petróleo de base asfáltica ou semi-asfáltica.
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São eles:
CAN 30/40
CAN 40/50
CAN 50/60
CAN 60/70
CAN 70/85
CAN 85/100
CAN 100/120
CAN 120/150
CAN 150/200
Lagos de asfalto
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5.2.2 ALCATRÃO
São produtos obtidos da hulha, madeira, turfa, linhita, graxa, etc., e se
apresentam como líquidos oleosos que podem ser vertidos à temperatura
ambiente. São constituídos predominantemente por betumes. Diferem dos
asfaltos diluídos por terem cheiro característico de creosoto ou creolina,
enquanto o asfalto tem cheiro de óleo queimado. São mais fluidos quando
quentes e mais duros quando frios, se comparados aos asfaltos.
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5.3 QUALIFICAÇÃO
Para qualificação dos materiais betuminosos são levadas em conta as
seguintes propriedades:
Massa específica: varia de 0,9 a 1,4 kg/dm³. Pela massa específica pode-se
avaliar o teor de impurezas e controlar a uniformidade das propriedades.
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ANEXO I
1. OBJETIVO
2. CONCEITO BÁSICO
3. NORMAS APLICÁVEIS
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Penetração
MÉTODO TÍTULO
NBR 6576 Materiais betuminosos Determinação da penetração
ASTM D5 Determinação de penetração de materiais betuminosos (Penetration of
Bituminous Materials)
Ponto de Amolecimento
MÉTODO TÍTULO
NBR 6560 Materiais betuminosos Determinação do ponto de amolecimento
Método do anel e bola
ASTM D 36 Determinação do ponto de amolecimento (método do anel e bola)
(Softening Point of Bitumen (RingandBall Apparatus)
Viscosidade SayboltFurol e Viscosidade Brookfield
MÉTODO TÍTULO
NBR 14950 Materiais betuminosos Determinação da viscosidade Saybolt Furol
ASTM E 102 Determinação da Viscosidade Saybolt Furol de materiais betuminosos a
temperaturas elevadas (Standard Test Method for Saybolt Furol
Viscosity of Bituminous Materials at High Temperatures)
ASTM D 4402 Determinação da viscosidade do asfalto a temperaturas elevadas usando
um viscosímetro rotacional (Viscosity Determination of Asphalt at
Elevated Temperatures Using a Rotational Viscometer)
Ponto de Fulgor
MÉTODO TÍTULO
NBR 11341 Derivados de petróleo Determinação dos pontos de fulgor e de
combustão em vaso aberto Cleveland
ASTM D 92 Determinação dos pontos de fulgor e de combustão em vaso aberto
Cleveland (Flash and Fire Points by Cleveland Open Cup Tester)
Solubilidade em Tricloroetileno
MÉTODO TÍTULO
NBR 14855 Materiais betuminosos Determinação da solubilidade em tricloroetileno
ASTM D 2042 Solubilidade de materiais betuminosos em tricloroetileno (Solubility of
Asphalt Materials in Trichloroethylene)
Ductilidade
MÉTODO TÍTULO
NBR 6293 Materiais betuminosos Determinação da ductilidade
ASTM D 113 Dutilidade de materiais betuminosos (Ductility of Bituminous
Materials)
Variação em Massa
MÉTODO TÍTULO
ASTM D 2872 Efeito do calor e do ar numa película móvel de asfalto (Effect of Heat
and Air on a Moving Film of Asphalt (Rolling ThinFilm Oven Test)
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Especificação
Os Cimentos Asfálticos de Petróleo especificados no presente Regulamento Técnico
deverão possuir as características expressas na Tabela 1 anexa, cuja classificação é
conforme a penetração.
5.4 APLICAÇÕES
A maior aplicação dos materiais betuminosos dentro da indústria da construção
civil está na pavimentação rodoviária. Podendo ser executados os seguintes
tipos.
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Solo asfalto: mistura de asfalto com solo natural, não é apropriado para
tráfego.
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