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t. IMRODUøo
Em2002,foipromulgadaaLeinolO''138/2002'frutodaconversão{¡
e uniformizou os critério3
Esta lel alterou
Medida provisória no]:,+/ZOO1.
deenquadramentodosconsumidoresdeenergiaelétricadasubclasse¿.
consumidoresdebaixarendaparafinsdeaplicaçãoda.,TarifaSocialdr
descontos incidentes sobn
pela aplicação de
Energia Elétrica", caracterizada
. i"nf" cobrada da classe residencial'
de motivos da Medida Provisória'o¿1¡
conforme constou da exposição
preservar os consumidores de baixa renda
foi ediAdo com a inænção de
quanto da inclusão' na tarifa de energ¡
tanto da recomposição arifária'
de energia e capacidade emerge&
elétrica, de novos.n.,,go, de aquisição
ciais,quepassaramaserrateadosentretodososconsumidoresdoSisteme
Elétrico Nacional.
AssiméqueaLeino10.438/2002unificouoscritériosatéentãoprati
o país, queadotavam parâmetrose
regru
cados pelas distribuidoras detodo
baixa renda'
próprias para caracterizar os consumidores de
dos consu.
ocorre que a alteração dos critérios para enquadramenþ
do nrlmero de usuários hne
midores na Tarih social gerou a modiñcação
vez, refletiu diretamenÞn¡
ficiados com tarifas reduzidas, o que, por sua
houve aumento do núnen
receita de tárias distribuidoras. Em diversos casos,
lenando, com isso, à perdl
de consum idores hvorecidos com tarifas reduzidas,
de conceSao
do equilíbrio econômico e financeiro previsto nos contratos
2.AMUDAi{çADEslsrEt\^ATlcADEcLAs$rrcAçAo
DOS COI'ISUMIDORES DE BAIXA RENDA'
REDUçÃO DO PREçO DA ENERGIA
pelo Poder Público
No Brasil, a tarifa de energia elétrica é o preço deñnido
ñnais'
para o serviço de fornecimento de energiâ elétrica aos consumidores
14' inciso I' da
nos moldes ao artigo t;. Lei no g.gõl /ßq5 e do artigo
Lei no 9.427 /L996.1
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An. 14. O regime eco
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ptuço, nos termos
(
tet"¡io p"lo
uaseadas nã
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32 A COSRANçA DE ICMS Sosne ¡ Sus\Gr{çÃo Reprss¡o¡ ptt¡ UNr¡to
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do surgimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEI)
Antes
o preço era definido pelas
concessionárias, observando diversos critérios
pelo Poder Concedente, nos terrn.s
leiais e, ao final, ele era homologado
¿a-l,ei nc 8.631/L993 e
do Decreto ne 774/L993'
contudo, o setor elétrico passou Poruha
Ao longo da década de 1990,
a criação não apenas da ANEEL, como tambérn
ampla reestruturação, com
Energia (MAE) e do operador Nacional do Siste¡¡
do Mercado Aucadisb de
(ONS), com a alteração substancial
da forma de precificação da ener$a g
que os
Esse modelo era sustentado através de um "subsldio cruzfudo",em
consumidoresde baixa renda eram beneficiados com descontos em
relação
I DANN!, Luciano dos Santos. etal. Anóllse dos critérios legats de enquodmm?ryo y.
subclosse restdenciol batxa rcndo.Brasflla, Revista do TCU. v' 35, n' 101' p'2Ç32'iul/
set.,2004.
_r_
AC OSRANçA DE ICMS Sogne ¡ Rep¡ssto¡ ptr¡ UNrÂo ¡s...
34
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i:if,9ilï;ïiil$ '¡îr1i{;i:da *tseenersédco bmsreim.Ambtene soc. 2000,
Onno¡o Serrlp¡¡o Bumou¡ Scnnun e [¡or.rARDo F¡nn SorrNr
35
t de energia
D.E sousA, prancisco á subvençõo econômico aos. consumtdores
et¿t¡ca
losé Rocha.
¿liài;;;;;i;.c";ruir¡r r,eglsrát¡ua da cåmara dos Deputad-ol
E:q{i'
abr¡l ¿eióõã.ï,rpä"p"¡ <http: Acesso em:31iul' 2017
em: //bd.camangov.br/>'
3ó A CosRANçe oe ICMS Sosne e SusveNçÃo Rep¡ss¡or PEIA
(...)
O ponto nodal que surge a partir das regras tiradas do art. 34, $ 90, do
ADCT, e do arL 90, $ 10, inciso ll, da LC nc87 /L996, é saber o que vem a ser
o "preço praticado na operação final'i
"'u..i.i:'.îîi:i.'åî:î:lîffi :iî,""',:,ïiï::1*pansãodosister¡¡
;;;; da geração, rrib ição -
d is u
iåÏîl; l" " "o ;1ry
"ll,T,ì.i:rii;
Para ficar em um exemplo, a Lei nc g.63L/ 1993previu
no seu aftigs
2e, ss 2a e 3e, que os nfveis das pode.
tarifas homorogadas pero con.u¿*e
além de corresponder aos r¡alores necessários
para cobertt¡ra oo arrto¿o
serviço de cada concessionária, incruirão,
obrigatoriamente, os r¡arores rera.
tivos às quotas anuais da Reserua Grobar
de Rãversão e das compensaçoes
financeiras pela utilização de recursos
hfdricos.
Esses varores, dos encargos
somados aos custos das concessioná-
rias, compõem a base de cárcuro
do ICMs. trro ,ignifica que o ICMS
incide apenas sobre a circuração não
da energia elétrica. Ere
também, sobre as fontes de custeio acaba por incidir
do sistema Interligado Nacional edos
seus agentes, a exemplo do
ONS e da ANEEL, güe
o serviço prestado pelas n"nhurn" relação têm com
concessionárias,
do ICMS.
o professor da Escora de Direito "onOiUuìntes
da Fundação Gettilio vargas
Paulo, Mario G. schapiro, de são
ur*ãà especi'co sobre a legaridade
encargos lntegrantes "^
da tarifa (a conta de Desenvorvimento
de um dos
cDE)' esclarece que Econômico.
as hrifas de energia
elétrica acabam embutindo cust's
AT)(ANOßE OnrtoÀo S¡,upnp Bu¡noue Scnrurn e ko¡lmoo F¡nn Scnexx 43
Daí decorre que não parece ser a melhor a lógica adotada pelos fiscos
dos Estados e pelo srf, no sentido de que a subvenção corresponde à retri-
buição pelo serviço prestado, uma vez que o valor cobrado do consumidor
final não se trata apenas da "retribuição totål que a empresa aufere pela
energia que está fornecendo".
? SCHÁPIRO,
Mario. Dæajustes regulatórios no financlamento do seørlr elétrlco: uma
a.ná-lise
da conta de desenvolvimeito enetgético.Revlsta de Dlrelto Administradvo, Rlo
de faneiro, 2016. v. 272, p.
l4l-l1/g
44 A Cosn¡Nça or ICMS Sosne ¡ SusveNÇÃo REPASSADA PEIA
custos operaci
ao consumidor; inctuindo, mas não se limitando, aos - -'onais
de geração, d¡stribuição e comercia lizaçãoda
energia:s
as fases anterioresque
O ICMS-Energia Elétrica levará em conta !od?:
elétrica' Estas fases ante.
tornaram possível o consumo de energia
de autonomla apta a enseiar incì.
riores, enretanto, não sãodoþdas
dências isoladas, t" uma' tendo por único suieito passivoo
"ptnãs
consumidor final.
e elnpresa distribuidora não
o elo existente entre a usina geradora de circulação de energh
tipifica, para fins ñscais' opãt"iao 1!9Ï:ii
necessário- à prestação de um único
elétrica. É, na verdade, o meió
ñnal, abrindo espaço à cobrança'iunto
serviço público, ao consumiàor
a esté, dì um tlnico ICMS'
oautorosvaldoNunesAngelim,emlinhasimilar,colocouqueabase
ICMS inclui todos os custos
do fornecimento de energia alcan'
de cálculo do
çados pela tarih de
energia elétrica:e
Abasedecálculodoimpostoseráovalordaúltimaoperaçãonele
inclufdosovalordevido'cobradooupagopelaenergiaelétricaos
responsáveis pela
urtor.r'ã-"n.rrgo, cobrados pel_as ämprèsat à qual estiver conec'
op"raçal ¿ã-iuaã o" da linha ¿-e distriuuição encargos inerentes
valores e
tado o destinaÉrio e quaisquer outros
que devidos a terceiros'
.o ronruää¿.."ãrg¡å elétrica, ainda
Outro ponto que merece eshrdo diz respeito à tese encampada pelo STf no
sentido de que a subvenção da Lei ne t0.60412002 teria como finalidade
complementar o preço da tarih de energia elétrica.
r0
scHAPlRo, Mario. DesaJustes regulatórlos no financíomelfo do sebr elétrico: uma
anólise tlu conta de desenvotv¡menø energético.Redsra de Dlrelto Administrativo, Rio
tle f aneiro, 2016. v. 27 2, p. L4S-L73,
46 A CoanrNç¡ or ICMS Sos¡e ¡ SuaveNçÃO RepnSS¡on ruu
,$.
ê
De acordo com Célia Cunha Mello, a subvençäo uma técnica de
geral' Ela decorre de uh
fomento que visa arealização de fins de interesse
poder discricionário da Administração, que pode, de acordo com criëriol
de oportunidade e conveniência, escolher uma dentre duas ou mais
's¡u.
çöes para alcançar determinado
resultado econômico ou social'rr
Também aqui nos valemos das lições de Roque Antonio Carrazza, que
em trecho especlfico da sua obra, defendeu que não pode o ICMS incidir
sobre a subvenção repassada pela União Federal diretamente às conces-
sionárias de energia:rz
o último fundamento dado pelo sTl para acolher a tese do fisco paulista foi
que a União não poderia interferir na relação iurfdico-tributária dos Estados
com a Concessionária, o que conñguraria hipótese similar à isenção hete-
rônoma, que interferiria na incidência do ICMS.
8. coNctusÃo
Ao longo desse aftigo,
buscamos Fazer o registro
a subvençäo econômica de como foi imprem eñada
de energia e a sua
em u.*ri.to das
concessionárias distribuidoras
repercussão para a
tributação do ICMS, apresentando
ATÉXANDRE OnrroÃo S¡mpruo BuAnouE Scnruen r Leo¡¡¡noo F¡nr¡ ScHGNT 49
Por fim, como vimos, não há que se hlar em isenção heterônoma porque,
ao prever o repasse da subvenção, a União não está concedendo isenção de
um tributo estadual. A alteração da tarih decorre de uma relação contratual
stncto sensu. Não há nenhuma interferência na esfera de atuação dos EsAdos.
REFERÊNqAS
SCHAPIRO, M. Desaf ustes regulatórios no ffnanciamento dosetor elétrlco: uma análise da o¡u
de desenvolvimeno eneryédco Revlsta de Dtreito Admlnlstnativo ,v.272. Rlo de laneim,20tC
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