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Cultura na
cional no início da fase de expansão do poder
português e islâmico no arquipélago oriental;
descreve, em seguida, a emergência das comu-
nidades crioulas criadas pelo contacto com os
portugueses, na ilha de Timor e no conjunto do
construção da
arquipélago; em terceiro lugar, examina os resul-
tados da influência portuguesa na longa dura-
ção, contrastando com as consequências de
vinte e quatro anos de ocupação indonésia na
identidade timorense, muito presente ainda na
Identidade de
geração mais nova que luta por dar sentido ao
seu futuro como parte de um estado-nação inde-
pendente.
15
Tecelã de tais, Bobonaro.
Fotografia de Luís F. R. Thomaz.
da China ou de ilhas e portos a ocidente, não -se mais agressiva em 1640 com a expulsão dos
trouxeram influências civilizacionais identificá- portugueses, especialmente porque tentava
veis nas sociedades animistas e profundamente entrar pela força no comércio de sândalo das
segmentadas destas ilhas orientais. Na verdade, ilhas do sul. Larantuca foi atacada, o que levou à
este facto é algo surpreendente, especialmente transferência das actividades da missão portu-
porque Timor esteve, desde cedo, integrada nas guesa para Timor.
redes de comércio regional. O único exemplo de um ataque islâmico a
Mas com a conversão de Makassar (Talo e Timor nesta época, embora com características
Goa) ao Islão em 1605, as missões dominicanas de pirataria, parece ter sido a acção do Sultão
de Solor e de Larantuca nas Flores, enfrentaram Karrilikio (Camiliquio) de Tolo, em Sulawesi,
um novo elemento de contestação. Mesmo que, por volta de 1640 invadiu Timor com uma
assim, quando as comunidades islâmicas de armada de 150 prauh ou navios e uma força de
Solor foram fundadas, presumivelmente sob a 7000 homens em armas, devastando a costa
influência dos Sultões de Ternate e Makassar, e norte da ilha durante três meses3. Também é ver-
numa altura em que os dominicanos estavam a dade que mercadores de Makassar visitavam fre-
iniciar a evangelização da ilha de Timor quentemente Timor durante o período do
(Kupang, Mena, etc.), não houve contestação comércio de sândalo, embora não haja registo de
por parte de rivais islâmicos. Makassar tornou- uma presença permanente ou de proselitismo 16
islâmico na ilha durante a «fase crítica» do de vista linguístico, recentes investigações con-
encontro de civilizações. Veremos mais adiante firmaram que as línguas indígenas em Timor-
que após a ocupação indonésia de Timor Leste -Leste pertencem, quer aos grupos linguísticos
em 1975, novos elementos de contestação civili- Austronésios, pré-austronésios ou não-austro-
zacional testaram os timorenses até ao limite, nésios. Esta investigação sugere que há dezas-
apesar de, ao aprenderem a linguagem dos inva- seis unidades em todo Timor, sendo que treze
sores, os jovens timorenses aprenderam tam- dessas línguas são faladas em Timor-Leste. Hoje
bém a linguagem global dos direitos humanos e em dia o Tétum é a língua franca mais divulgada,
a luta pela democracia, tal como esta acabaria embora não seja corrente no enclave de Oe-
por triunfar no seio da própria Indonésia com o cússi ou entre os falantes Fataluku, no leste6.
colapso da ditadura de Suharto em 1998. Mas aqui temos o paradoxo. A antropologia
Mas é, ou pode, Timor-Leste ser concebido e a cultura relacionam os Timorenses com a
como parte do mundo Indonésio e Malaio? É região, tal como os timorenses de leste e de oeste
interessante verificar que Samuel Huntington4 tem origem em raízes comuns. Porém foram a
divide a civilização islâmica em três «sub-divi- experiência e os contactos coloniais e as influên-
sões»: Árabe, Turca e Malaia. Neste sentido cias civilizacionais que dividiram as duas meta-
muito lato, Malaia abarca todos os povos do des da ilha e distinguem a sociedade de Timor-
mundo Indonésio/Malaio que são muçulma- Leste de outras sociedades indonésias vizinhas.
nos. A definição de Malaio como muçulmano na
Malásia/Singapura/Brunei (Darussalam) mo-
dernas é ainda mais estreita. Não é este o lugar Comunidades Crioulas
para discutir o sentido de Malaio, mas, como Podemos argumentar que uma das questões
recentes investigações demonstraram, mesmo a mais importantes para a definição da identidade
categoria «Malaio» foi uma invenção colonial timorense foi a criação, ao longo do tempo, de
britânica. A condição de Malaio na Malaia e Bru- comunidades crioulas, não apenas em Timor,
nei pós-coloniais sofreu um processo de recons- mas por todo o arquipélago. O maior legado civi-
trução em torno de uma nova e correcta defini- lizacional dos Portugueses – e Dominicanos – no
ção política (e religiosa). Apesar disso, há inú- arquipélago foi, sem dúvida a criação de nume-
meros povos no mundo malaio que não são rosas comunidades crioulas, especialmente nas
muçulmanos, dos indígenas de Bornéu, Sula- Flores, Solor e em Timor. Como seria de esperar
wesi e Papua às ilhas de Lesser Sunda, incluindo estas comunidades são católicas; os nomes e
Timor. O arquipélago malaio é também a área apelidos foram aportuguesados e a língua por-
geográfica na qual o naturalista britânico Alfred tuguesa pode ter sido falada.
Russel Wallace5, situou Timor no seu clássico Em algumas definições o conceito de
estudo de 1969. crioulo implica um ascendente europeu. Mas,
De um ponto de vista antropológico, é a este na generalidade, as comunidades crioulas
mundo, ou pelo menos a estas sociedades seg- reflectem uma cultura híbrida que vão da cozi-
mentadas e divididas em numerosos clãs do nha ao vestuário, religião, transferências linguís-
arquipélago oriental, que os timorenses perten- ticas e musicais. Por exemplo, mesmo para além
cem, embora também seja verdade que os pri- do nível comunitário, as melodias keroncong de
meiros povos a chegarem a Timor-Leste eram forte influência portuguesa, foram objecto de
17 originários da Melanésia e de Papua. Do ponto apropriação pelos indonésios como forma
musical nacional. Centenas de comunidades Osório de Castro, autor de A Ilha Verde e Verme-
deste tipo existem ainda na Indonésia, das lha de Timor. Assim escreveu ele sobre a comu-
Molucas a Menado, às Flores e até a Jacarta, em nidade crioula de Bidau, em Díli (bairro subur-
torno do histórico distrito de Tugu. Malaca faz bano no extremo ocidental de Díli), que existiu
parte desse legado, assim como outras comuni- organicamente, pelo menos até à Segunda
dades católicas de forte influência cultural por- Guerra Mundial: «… e habitado pelas famílias
tuguesa nas modernas Malásia e Singapura. dos soldados e oficiais de segunda linha da Com-
Nestas comunidades, foi-se desenvolvendo, ao panhia de Bidau, é falado um dialecto crioulo-
longo do tempo, uma forma típica de hibri- -português como língua própria. Será a popula-
dismo entre o Malaio e o Português. Na China, ção o resto dos cristãos, foragidos da nossa pri-
Macau é um caso claramente especial. Mas irei meira e abandonada capital de Lifau, no enclave
mais longe na minha argumentação, defen- de Oe-cússi, misto de portugueses, goeses,
dendo que existem duas nações crioulas na Ásia moluqueses, malaqueses e de conversos de
do Sudeste, as Filipinas e Timor-Leste. Larantuca»10.
Embora seja provável que as primeiras Ao mesmo tempo que pintava o retrato de
comunidades de forte influência cultural portu- uma sociedade crioulizada de linguagens híbri-
guesa em Timor, eram igualmente obrigadas a das e influências civilizacionais, Castro também
aprender malaio, o idioma mais difundido no observou nos Olán Timor (filhos de Timor) a dis-
comércio do arquipélago, este idioma também tinção ou a rivalidade cultural entre os Firako (a
perdeu a sua posição, especialmente após a maioria falantes de Fataluku), e os Kaladi (na sua
mudança da capital de Lifau, em Oé-Cússi, para maioria falantes de Mambae), sugerindo uma
Díli, em 1769. Como Governador de Timor, divisão mais primitiva dos timorenses, fora das
Afonso de Castro7 observou, a meados do século categorias convencionais11.
XIX, em Díli, que a maioria dos chefes indígenas O que eu sugiro é que o modo como os timo-
falava crioulo. Segundo foi descrito por Raphael renses concebiam os seus respectivos mundos
das Dores (1907)8 e outros lexicógrafos, a mea- não era, obviamente, coincidente com os desejos
dos do século XIX, muitas centenas de palavras e os desígnios dos seus administradores coloniais.
portuguesas entraram no Tétum-Praça, a lín-
gua-franca de Díli. O Governador Castro9 expli-
cou que as palavras portuguesas eram usadas na A forte influência colonial
ausência de termos para objectos inexistentes portuguesa em Timor
antes da conquista. Mas Timor também ficou de e a constituição da Identidade
fora em relação às antigas colónias portuguesas, Timorense
na medida em que os Portugueses apenas puse- Assim como a identidade malaia é uma
ram termo ao domínio restrito sobre o Tétum de construção, será edificante recordar como foi
forte influência portuguesa e outros dialectos, construída a identidade de Timor através dos
pelo menos fora dos centros urbanos, onde uma tempos coloniais, com especial referência à lin-
certa crioulização linguística foi desenvolvida. guagem e à cultura.
Recuando no tempo para as primeiras déca- Escusado será referir que os primeiros etnó-
das do último século, uma pessoa reconhecida- grafos de Timor foram as missões, impondo
mente capaz de fazer comparações civilizacio- fronteiras e designações. Um dos mais nítidos
nais com facilidade, foi o poeta e juiz Alberto sinais distintivos impostos aos timorenses pelos 18
Futus, sistema de tingir os panos tais. Fotografia de etnógrafos das missões, do meu ponto de vista, de 1905). Também foram terminados outros
Luís F. R. Thomaz. são os que dizem respeito à linguagem e ao dia- livros de orações e evangelhos traduzidos em
lecto. Assim se pode deduzir após leitura de Tétum, Galoli, Makassai, Midiki e línguas Mam-
dicionários e repertórios produzidos a partir de bai12.
1890. É sem surpresa que se constata que o A Coroa, pelo menos o Estado da Índia tam-
Tétum é posto em evidência, mas os outros dia- bém integrou o quadro, especialmente na
lectos são igualmente descritos. (p. ex., o Cate- medida em que foram feitas notáveis alianças
cismo da Doutrina Cristã, em Tétum, de Sebas- com o reino ou governantes tradicionais. Este ou
tião da Silva – Macau, 1885; e o seu Dicionário aquele reino era, ou leal a Portugal ou, ipso facto
Português-Tétum publicado em Macau em em revolta ou em conflito com os colonizadores
1889; o Dicionário Tétum-Português, de Manuel rivais, nomeadamente os holandeses. Parece-
Patrício Mendes (1935); a gramática de Galoli de me que o factor étnico ou a afiliação linguística
19 Manuel da Silva (1900) e o respectivo dicionário a este ou aquele reino era menos importante do
Homem tocando flauta. Fotografia de Elaine Brière. que a sua lealdade. No que diz respeito aos qua- Timor do Bispo Medeiros e da sua equipa de
Fundação Austronésia Borja da Costa. trocentos e tal anos de luta entre a Coroa e o missionários, vindos de Macau em 1877, que a
reino, podemos dizer que os portugueses fica- presença da igreja na educação e no trabalho
ram a dever a posição conquistada à sua habili- pastoral assumiu uma maior importância.
dade para cimentar alianças e para impor um Embora a educação dificilmente se estendesse
sentido de aliança partilhada entre aliados para além do nível primário, emergia, no
inconstantes. As recompensas e a concessão de entanto, um quadro de falantes de português
graus honoríficos contribuíram para criar uma nas cidades da colónia, a vanguarda de uma elite
identidade lusitana imaginária, talvez funcio- que se constituía. Detectava-se, entretanto, um
nando em reciprocidade com a exibição de ban- imenso sincretismo ou mesmo uma tensão
deiras lulics (objectos sagrados), pelo menos no entre a ortodoxia da igreja e práticas pré-cristãs
caso dos aliados. No caso dos adversários, a na formação da identidade timorense.
revolta contra os malai (estrangeiros) voltou a A etnografia pré-guerra colonial, em Timor,
legitimar, nos espíritos dos seguidores, a força o que é discutível, preocupou-se durante muito
da tradição e da cultura dos lulic e da religião tra- tempo com as origens dos Timorenses. Uma tal
dicional. pesquisa concentrou-se na antropologia física,
Com exemplo de um reino leal, observemos mas também procurou estabelecer as origens
o que ficou gravado numa inscrição quase ilegí- dos mitos e das lendas. Após a guerra, a ênfase
vel, no pórtico da igreja Motael, em Díli: «À mudou para a classificação étnica, talvez
Memória do / Rei de Motael, / Brigaderio Gre- fazendo eco de obsessões similares entre os bri-
gorio / Rodrigues Pereira / Pelos Valioças / Ser- tânicos, franceses, holandeses e outros etnógra-
vicos Que / Prestou à Nação / 1800-1820». fos coloniais da época.
Podemos dizer que a identidade timorense Notável é o trabalho efectuado pelo Dr.
foi altamente controversa durante quase todo o António de Almeida14, que foi, a partir de 1953,
início da permanência portuguesa. Não era con- o chefe da Missão Antropológica de Timor, que
traditório, para um timorense, pagar regular- foi a mais ampla plataforma de uma investiga-
mente as fintas (bens em espécies), impostos ção antropológica em Timor, durante mais de
importantes, e tudo o que devesse ser feito como uma década. Almeida conduziu uma série de
acto de lealdade em relação à Coroa Portuguesa investigações que tiveram por resultado a classi-
e aos seus agentes, e, ao mesmo tempo, reafir- ficação de 31 grupos etno-linguísticos na coló-
mar a sua lealdade ao clã, linhagem ou ao luirai nia. Os referidos dialectos foram então reduzi-
(senhor das terras). Em todo o caso, como dos a sete grupos linguísticos principais, Vai-
defendi anteriormente13, durante muitos anos queno, Makua, Fataluku, Makassai, Tétum-
Timor foi tratado, mais como um protectorado -Galoli-Waimaha e Mambai-Tokodede-Kemak.
do que como uma colónia, apesar dos pressu- Embora este estudo só tivesse sido publicado em
postos legais. 1982, representou um enquadramento impor-
Enquanto o poder das armas se inclinava tante para a perspectiva etnológica.
para o lado dos colonizadores europeus, com o No entanto, defendo que a insistência da
advento do canhoneiro a vapor, por volta de administração de Salazar, ao tratar as colónias
1870, ainda custa a imaginar uma identidade portuguesas como províncias metropolitanas
lusitana em Timor sem um debate sobre o papel ultramarinas, enquanto atrasava o processo de
21 da igreja. Diz a fama que foi com a vinda para descolonização, contribuiu para obscurecer e
mistificar a questão da identidade timorense. O enquadramento indonésio da
Comunicações muito incipientes, terreno identidade timorense
escarpado, etc., reforçaram as lealdades pri- É óbvio que os 24 anos de ocupação indo-
mordiais e poucos timorenses, até aos anos 60, nésia constituíram uma ruptura significativa
tiveram o prazer de considerar o seu país sob nos 500 de História de contacto europeu. Temo
uma perspectiva nacional. Aventurar-me-ei a que, a menos que a geração mais jovem de
afirmar que o primeiro corpo de timorenses Timor-Leste comece realmente a estudar esses
que se enquadram nessa definição foi o recru- 500 anos de História, a sua verdadeira impor-
tado nas forças armadas portuguesas. A subse- tância não perdure. Através da linguagem, espe-
quente defecção deste grupo em favor da Freti- cialmente, e em consequência do sistema esco-
lin, em Outubro de 1975, pareceu reforçar esta lar indonésio, os habitantes de Timor-Leste
visão de si próprio. Assim, pode dizer-se que a foram esclarecidos acerca da sua identidade
Fretilin, o primeiro partido político baseado indonésia. Escusado será dizer que a História de
nas massas em Timor--Leste, foi a primeira Timor foi, sem transição, incorporada na Histó-
organização que se assumiu como verdadeira- ria nacional da Indonésia.
mente timorense, identificando-se espiritual- No entanto, também é verdade que pela pri-
mente com o conceito. Os homens mauberes meira vez em 500 anos de organização social, os
da Fretilin eram tão simbólicos quanto a inven- jovens de Timor-Leste alargaram os seus hori-
ção de Timor-Leste. Também pela primeira vez zontes mentais à amplitude do arquipélago.
o Tétum surgiu como uma língua franca indí- Incluo várias centenas de Leste-Timorenses,
gena, primus inter pares, ao mesmo título que refugiados económicos e políticos que traba-
o português, a língua da modernidade. Por lham os campos de verduras do estado monta-
exemplo, o jornal da Fretilin era impresso em nhoso de Sabah, a leste da Malásia, lado a lado
português e, pela primeira vez, em Timor, fora com os pequenos proprietários rurais de Chris-
dos circuitos restritos da igreja, em Tétum tian Kadazan (alguns dos quais foram entrevis-
romanizado. tados pelo autor em 1995). Uma verdadeira diás-
A «comunidade imaginada» constituída pora interna de Timorenses de Leste espalhados
pela elite da Fretilin compartilhou, no entanto, a ao longo do arquipélago indonésio. A maior
sua visão de um futuro Timor-Leste indepen- parte dos Timorenses de Leste desta época, liam
dente e de algum modo, acertando o passo com e ouviam a notícias em baasa indonésio, através
os conflitos dos seus irmãos e irmãs em Moçam- da altamente censurada imprensa de Jacarta.
bique e Angola, cujo apoio era recíproco. Hoje, o A pirâmide educacional fora obviamente
horizonte de solidariedade com Timor-Leste desviada para longe de Portugal para os raros
envolve todos os países lusófonos, incluindo privilegiados, na universidades e mesmo acade-
Macau e o distante Brasil. É notável que a elite mias militares de Java e Bali. O povo de Timor-
da Fretilin não se tenha sentido atraída pelos -Leste viajava com passaportes indonésios. Pela
modelos asiáticos, apesar da propaganda indo- primeira vez aprendia-se em Timor-Leste em
nésia relacionando a Fretilin com a China. De primeira-mão o alcance hegemónico da cultura
todo o modo, a elite da Fretilin não era consti- de Java e Bali. A promoção foi levada a cabo em
tuída por falantes de outras línguas asiáticas, duas fases. A primeira consistia no encontro
nem, sobretudo, algum país asiático terá alguma directo de muitos milhares de Timorenses, espe-
vez sido solidário com a sua causa. cialmente jovens, enquanto estudantes ou via- 22
Homem enrolado em bandeira portuguesa,
enterrada no dia da chegada das tropas invasoras
indonésias ao suco de Liquiçá e lá escondida até à
libertação de Timor. Fotografia de Eduardo Gajeiro.
23
Velho canhão português da linha de defesa de
costa, baía de Díli. Fotografia de Eduardo Gajeiro.