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Autovalores e Autovetores

() Autovalores e Autovetores 1 / 15
6.1 — Autovetor e Autovalor de um Operador Linear

Definição
Seja T : V → V um operador linear. Um vetor v ∈ V , v 6= 0, é dito um
autovetor de T se existe um número real λ tal que

T (v ) = λv .

O número real λ acima é denominado autovalor de T associado ao


autovetor v .

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6.1 — Autovetor e Autovalor de um Operador Linear

Exemplo 1
T : R2 → R2 , T (x, y ) = (4x + 5y , 2x + y ).
T (5, 2) = (30, 12) = 6 · (5, 2).
∴ 6 é um autovalor associado ao autovetor (5, 2) do operador T .

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6.1 — Autovetor e Autovalor de um Operador Linear

Exemplo 1
T : R2 → R2 , T (x, y ) = (4x + 5y , 2x + y ).
T (5, 2) = (30, 12) = 6 · (5, 2).
∴ 6 é um autovalor associado ao autovetor (5, 2) do operador T .

Exemplo 2
T : R3 → R3 , T (x, y , z) = (x, y , 0).
T (x, y , 0) = 1 · (x, y , 0).
∴ qualquer vetor (x, y , 0) é um autovetor de T e seu autovalor associado é
1.

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores
Determinação dos Autovalores
Seja T : R2 → R2 dada por T (x, y ) = (ax + by , cx + dy ).

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores
Determinação dos Autovalores
Seja T : R2 → R2 dada por T (x, y ) = (ax + by , cx + dy ).
Queremos encontrar λ ∈ R tal que exista (x, y ) 6= (0, 0) com

T (x, y ) = λ · (x, y ).

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores
Determinação dos Autovalores
Seja T : R2 → R2 dada por T (x, y ) = (ax + by , cx + dy ).
Queremos encontrar λ ∈ R tal que exista (x, y ) 6= (0, 0) com

T (x, y ) = λ · (x, y ).

Isto é o mesmo que encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que


 
ax + by = λx (a − λ)x + by = 0
⇔ .
cx + dy = λy cx + (d − λ)y = 0

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores
Determinação dos Autovalores
Seja T : R2 → R2 dada por T (x, y ) = (ax + by , cx + dy ).
Queremos encontrar λ ∈ R tal que exista (x, y ) 6= (0, 0) com

T (x, y ) = λ · (x, y ).

Isto é o mesmo que encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que


 
ax + by = λx (a − λ)x + by = 0
⇔ .
cx + dy = λy cx + (d − λ)y = 0

O sistema linear homogêno acima possui solução não-nula se, e só se,
 
(a − λ) b
det = 0.
c (d − λ)

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores
Determinação dos Autovalores
Seja T : R2 → R2 dada por T (x, y ) = (ax + by , cx + dy ).
Queremos encontrar λ ∈ R tal que exista (x, y ) 6= (0, 0) com

T (x, y ) = λ · (x, y ).

Isto é o mesmo que encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que


 
ax + by = λx (a − λ)x + by = 0
⇔ .
cx + dy = λy cx + (d − λ)y = 0

O sistema linear homogêno acima possui solução não-nula se, e só se,
 
(a − λ) b
det = 0.
c (d − λ)

Os autovalores de T são as soluções da equação acima, se existirem.


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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovetores


Queremos agora encontrar os autovetores de T associados a um
determinado autovalor λ.

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovetores


Queremos agora encontrar os autovetores de T associados a um
determinado autovalor λ.
Isto é, queremos encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que T (x, y ) = λ · (x, y ).

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovetores


Queremos agora encontrar os autovetores de T associados a um
determinado autovalor λ.
Isto é, queremos encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que T (x, y ) = λ · (x, y ).
Isto é o mesmo que encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que
 
ax + by = λx (a − λ)x + by = 0
⇔ .
cx + dy = λy cx + (d − λ)y = 0

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovetores


Queremos agora encontrar os autovetores de T associados a um
determinado autovalor λ.
Isto é, queremos encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que T (x, y ) = λ · (x, y ).
Isto é o mesmo que encontrar (x, y ) 6= (0, 0) tal que
 
ax + by = λx (a − λ)x + by = 0
⇔ .
cx + dy = λy cx + (d − λ)y = 0

Os autovetores de T associados a λ são as soluções não-nulas do


sistema linear homogêneo acima.
Obs.: Obrigatoriamente há tais soluções pois o λ foi calculado para
que isto aconteça.

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovalores e Autovetores — Resumo


1 Dada T : Rn → Rn determine a matriz canônica A = [T ].

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovalores e Autovetores — Resumo


1 Dada T : Rn → Rn determine a matriz canônica A = [T ].
2 Calcule a matriz A − λI , onde I é a matriz identidade n × n.

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovalores e Autovetores — Resumo


1 Dada T : Rn → Rn determine a matriz canônica A = [T ].
2 Calcule a matriz A − λI , onde I é a matriz identidade n × n.
3 Calcule p(λ) = det(A − λI ).
Obs.: p(λ) é denominado polinômio caracterı́stico de T .

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovalores e Autovetores — Resumo


1 Dada T : Rn → Rn determine a matriz canônica A = [T ].
2 Calcule a matriz A − λI , onde I é a matriz identidade n × n.
3 Calcule p(λ) = det(A − λI ).
Obs.: p(λ) é denominado polinômio caracterı́stico de T .
4 Resolva a equação p(λ) = 0. As raı́zes desta equação são os
autovalores de T .
Obs.: A equação p(λ) = 0 é denominada equação caracterı́stica de
T.

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Determinação dos Autovalores e Autovetores — Resumo


1 Dada T : Rn → Rn determine a matriz canônica A = [T ].
2 Calcule a matriz A − λI , onde I é a matriz identidade n × n.
3 Calcule p(λ) = det(A − λI ).
Obs.: p(λ) é denominado polinômio caracterı́stico de T .
4 Resolva a equação p(λ) = 0. As raı́zes desta equação são os
autovalores de T .
Obs.: A equação p(λ) = 0 é denominada equação caracterı́stica de
T.
5 Para cada autovalor λ encontrado, resolva o sistema linear
homogêneo cuja matriz dos coeficientes é A − λI .

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Exemplo 1
Determine os autovetores e os autovalores de T : R2 → R2 dado por
T (x, y ) = (x + 2y , −x + 4y ).

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Exemplo 1
Determine os autovetores e os autovalores de T : R2 → R2 dado por
T (x, y ) = (x + 2y , −x + 4y ).

Exemplo 2
Determine os autovetores e os autovalores de T : R2 → R2 dado por
T (x, y ) = (−y , x).

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6.2 — Determinação dos Autovalores e Autovetores

Exemplo 1
Determine os autovetores e os autovalores de T : R2 → R2 dado por
T (x, y ) = (x + 2y , −x + 4y ).

Exemplo 2
Determine os autovetores e os autovalores de T : R2 → R2 dado por
T (x, y ) = (−y , x).

Exemplo 3
Determine os autovetores e os autovalores de T : R3 → R3 dado por
T (x, y , z) = (4x + 2y , −x + y , y + 2z).

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6.3 — Propriedades

Teorema
Seja λ um autovalor do operador T : V → V . O conjunto

Sλ = {v ∈ V ; T (v ) = λv }

(Sλ é o conjunto dos autovetores de T associados a λ e o vetor nulo) é


um subespaço vetorial de V denominado autoespaço associado a λ.

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6.3 — Propriedades

Teorema
Seja λ um autovalor do operador T : V → V . O conjunto

Sλ = {v ∈ V ; T (v ) = λv }

(Sλ é o conjunto dos autovetores de T associados a λ e o vetor nulo) é


um subespaço vetorial de V denominado autoespaço associado a λ.

Prova
T (0) = 0 = λ0. Logo, 0 ∈ Sλ e Sλ 6= ∅.

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6.3 — Propriedades

Teorema
Seja λ um autovalor do operador T : V → V . O conjunto

Sλ = {v ∈ V ; T (v ) = λv }

(Sλ é o conjunto dos autovetores de T associados a λ e o vetor nulo) é


um subespaço vetorial de V denominado autoespaço associado a λ.

Prova
T (0) = 0 = λ0. Logo, 0 ∈ Sλ e Sλ 6= ∅.
u, v ∈ Sλ ⇒ T (u + v ) = T (u) + T (v ) = λu + λv = λ(u + v ). Logo,
u + v ∈ Sλ .

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6.3 — Propriedades

Teorema
Seja λ um autovalor do operador T : V → V . O conjunto

Sλ = {v ∈ V ; T (v ) = λv }

(Sλ é o conjunto dos autovetores de T associados a λ e o vetor nulo) é


um subespaço vetorial de V denominado autoespaço associado a λ.

Prova
T (0) = 0 = λ0. Logo, 0 ∈ Sλ e Sλ 6= ∅.
u, v ∈ Sλ ⇒ T (u + v ) = T (u) + T (v ) = λu + λv = λ(u + v ). Logo,
u + v ∈ Sλ .
u ∈ Sλ , α ∈ R ⇒ T (αu) = α(T (u)) = α(λu) = λ(αu). Logo,
αu ∈ Sλ .

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6.3 — Propriedades

Teorema
Seja λ um autovalor do operador T : V → V . O conjunto

Sλ = {v ∈ V ; T (v ) = λv }

(Sλ é o conjunto dos autovetores de T associados a λ e o vetor nulo) é


um subespaço vetorial de V denominado autoespaço associado a λ.

Prova
T (0) = 0 = λ0. Logo, 0 ∈ Sλ e Sλ 6= ∅.
u, v ∈ Sλ ⇒ T (u + v ) = T (u) + T (v ) = λu + λv = λ(u + v ). Logo,
u + v ∈ Sλ .
u ∈ Sλ , α ∈ R ⇒ T (αu) = α(T (u)) = α(λu) = λ(αu). Logo,
αu ∈ Sλ .
Pelo visto acima, Sλ é um subespaço vetorial de V .
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6.4 — Diagonalização de Operadores
Teorema
Autovetores associados a autovalores distintos de um operador linear
T : V → V são linearmente independentes.

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Teorema
Autovetores associados a autovalores distintos de um operador linear
T : V → V são linearmente independentes.

Prova
Faremos a demonstração para o caso de λ1 , λ2 e λ3 distintos.

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Teorema
Autovetores associados a autovalores distintos de um operador linear
T : V → V são linearmente independentes.

Prova
Faremos a demonstração para o caso de λ1 , λ2 e λ3 distintos.
Suponha vi 6= 0 tal que T (vi ) = λi vi , para i = 1, 2, 3.

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Teorema
Autovetores associados a autovalores distintos de um operador linear
T : V → V são linearmente independentes.

Prova
Faremos a demonstração para o caso de λ1 , λ2 e λ3 distintos.
Suponha vi 6= 0 tal que T (vi ) = λi vi , para i = 1, 2, 3.
Tomemos ai tais que

a1 v1 + a2 v2 + a3 v3 = 0. (1)

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Teorema
Autovetores associados a autovalores distintos de um operador linear
T : V → V são linearmente independentes.

Prova
Faremos a demonstração para o caso de λ1 , λ2 e λ3 distintos.
Suponha vi 6= 0 tal que T (vi ) = λi vi , para i = 1, 2, 3.
Tomemos ai tais que

a1 v1 + a2 v2 + a3 v3 = 0. (1)

Aplicando T em ambos os lados da equação acima, obtemos, pela


linearidade de T , e pela definição de autovetores

a1 T (v1 ) + a2 T (v2 ) + a3 T (v3 ) = 0


a1 λ1 v1 + a2 λ2 v2 + a3 λ3 v3 = 0. (2)
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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Multiplicando ambos os membros da equação (1) por λ1 , obtemos

a1 λ1 v1 + a2 λ1 v2 + a3 λ1 v3 = 0. (3)

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Multiplicando ambos os membros da equação (1) por λ1 , obtemos

a1 λ1 v1 + a2 λ1 v2 + a3 λ1 v3 = 0. (3)

Subtraindo (3) de (2):

a2 (λ2 − λ1 )v2 + a3 (λ3 − λ1 )v3 = 0. (4)

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Multiplicando ambos os membros da equação (1) por λ1 , obtemos

a1 λ1 v1 + a2 λ1 v2 + a3 λ1 v3 = 0. (3)

Subtraindo (3) de (2):

a2 (λ2 − λ1 )v2 + a3 (λ3 − λ1 )v3 = 0. (4)

Aplicando T em (4), obtemos

a2 λ2 (λ2 − λ1 )v2 + a3 λ3 (λ3 − λ1 )v3 = 0. (5)

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Multiplicando ambos os membros da equação (1) por λ1 , obtemos

a1 λ1 v1 + a2 λ1 v2 + a3 λ1 v3 = 0. (3)

Subtraindo (3) de (2):

a2 (λ2 − λ1 )v2 + a3 (λ3 − λ1 )v3 = 0. (4)

Aplicando T em (4), obtemos

a2 λ2 (λ2 − λ1 )v2 + a3 λ3 (λ3 − λ1 )v3 = 0. (5)

Multiplicando ambos os membros de (4) por λ2 , vem:

a2 λ2 (λ2 − λ1 )v2 + a3 λ2 (λ3 − λ1 )v3 = 0. (6)

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Subtraindo (6) de (5):

a3 (λ3 − λ2 )(λ3 − λ1 )v3 = 0. (7)

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Subtraindo (6) de (5):

a3 (λ3 − λ2 )(λ3 − λ1 )v3 = 0. (7)

Como λ3 − λ2 6= 0, λ3 − λ1 6= 0 e v3 6= 0, segue que

a3 = 0.

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Subtraindo (6) de (5):

a3 (λ3 − λ2 )(λ3 − λ1 )v3 = 0. (7)

Como λ3 − λ2 6= 0, λ3 − λ1 6= 0 e v3 6= 0, segue que

a3 = 0.

Substituindo a3 = 0 em (4), obtemos

a2 = 0.

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Subtraindo (6) de (5):

a3 (λ3 − λ2 )(λ3 − λ1 )v3 = 0. (7)

Como λ3 − λ2 6= 0, λ3 − λ1 6= 0 e v3 6= 0, segue que

a3 = 0.

Substituindo a3 = 0 em (4), obtemos

a2 = 0.

Substituindo a2 = a3 = 0 em (1) vem

a1 = 0.

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6.4 — Diagonalização de Operadores
Prova — continuação
Subtraindo (6) de (5):

a3 (λ3 − λ2 )(λ3 − λ1 )v3 = 0. (7)

Como λ3 − λ2 6= 0, λ3 − λ1 6= 0 e v3 6= 0, segue que

a3 = 0.

Substituindo a3 = 0 em (4), obtemos

a2 = 0.

Substituindo a2 = a3 = 0 em (1) vem

a1 = 0.

Logo, v1 , v2 , v3 são LI.


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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Se λ1 , λ2 , . . . , λn são autovalores distintos e vi ∈ Sλi para todo
i = 1, . . . , n, então v1 + v2 + · · · + vn = 0 se, e só se, vi = 0 para todo i.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Se λ1 , λ2 , . . . , λn são autovalores distintos e vi ∈ Sλi para todo
i = 1, . . . , n, então v1 + v2 + · · · + vn = 0 se, e só se, vi = 0 para todo i.

Prova
Se fosse possı́vel ter v1 + . . . + vn = 0 sem que todos fossem nulos, seria
uma contradição com o Teorema anterior.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Seja T : V → V um operador linear. Se B1 , B2 , . . . , Bn são bases dos
autoespaços associados ao autovalores distintos λ1 , . . . , λn de T , então,
B = B1 ∪ . . . ∪ Bn é um conjunto LI.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Seja T : V → V um operador linear. Se B1 , B2 , . . . , Bn são bases dos
autoespaços associados ao autovalores distintos λ1 , . . . , λn de T , então,
B = B1 ∪ . . . ∪ Bn é um conjunto LI.

Prova
Faremos a demonstração para dois autovalores distintos λ1 e λ2 com
bases de seus respectivos autoespaços B1 = {v1 , v2 } e B2 = {w }.
Tomemos a1 v1 + a2 v2 + bw = 0.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Seja T : V → V um operador linear. Se B1 , B2 , . . . , Bn são bases dos
autoespaços associados ao autovalores distintos λ1 , . . . , λn de T , então,
B = B1 ∪ . . . ∪ Bn é um conjunto LI.

Prova
Faremos a demonstração para dois autovalores distintos λ1 e λ2 com
bases de seus respectivos autoespaços B1 = {v1 , v2 } e B2 = {w }.
Tomemos a1 v1 + a2 v2 + bw = 0.
Como cada Sλi é um subespaço, a1 v1 + a2 v2 ∈ Sλ1 e bw ∈ Sλ2 .

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Seja T : V → V um operador linear. Se B1 , B2 , . . . , Bn são bases dos
autoespaços associados ao autovalores distintos λ1 , . . . , λn de T , então,
B = B1 ∪ . . . ∪ Bn é um conjunto LI.

Prova
Faremos a demonstração para dois autovalores distintos λ1 e λ2 com
bases de seus respectivos autoespaços B1 = {v1 , v2 } e B2 = {w }.
Tomemos a1 v1 + a2 v2 + bw = 0.
Como cada Sλi é um subespaço, a1 v1 + a2 v2 ∈ Sλ1 e bw ∈ Sλ2 .
Pelo Corolário anterior a1 v1 + a2 v2 = 0 e bw = 0.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Corolário
Seja T : V → V um operador linear. Se B1 , B2 , . . . , Bn são bases dos
autoespaços associados ao autovalores distintos λ1 , . . . , λn de T , então,
B = B1 ∪ . . . ∪ Bn é um conjunto LI.

Prova
Faremos a demonstração para dois autovalores distintos λ1 e λ2 com
bases de seus respectivos autoespaços B1 = {v1 , v2 } e B2 = {w }.
Tomemos a1 v1 + a2 v2 + bw = 0.
Como cada Sλi é um subespaço, a1 v1 + a2 v2 ∈ Sλ1 e bw ∈ Sλ2 .
Pelo Corolário anterior a1 v1 + a2 v2 = 0 e bw = 0.
Como cada Bi é LI segue, a1 = a2 = 0 e b = 0.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Teorema
Seja T : V → V um operador linear, com dim V = n. Se B1 , B2 , . . . , Bn
são bases dos autoespaços associados ao autovalores distintos λ1 , . . . , λn
de T , e B = B1 ∪ . . . ∪ Bn possui n vetores, então B é uma base de V .

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Definição
Se T : V → V possui uma base formada por autovetores de T , dizemos
que T é um operador diagonalizável.

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Definição
Se T : V → V possui uma base formada por autovetores de T , dizemos
que T é um operador diagonalizável.

Definição
Sejam T : Rn → Rn um operador diagonalizável e B uma base de Rn
formada por autovetores de T . Então,
(i) D = [T ]B é uma matriz diagonal.
(ii) A matriz P = [I ]B
C de mudança de base de B para a base canônica,
satisfaz D = P −1 [T ]P. Dizemos que a matrix P diagonaliza [T ].

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Exemplo 1
Seja T : R2 → R 2 dada por T (x, y ) = (−5x + 2y , 2x − 2y ).
a) Determine os autovalores e os autoespaços de T .
b) Determine se T é diagonalizável. Em caso, afirmativo, determine uma
base de R2 formada por autovetores de T e determine a matriz de T com
relação a esta base.
c) Se T for diagonalizável determine a matriz diagonalizadora P de T .

() Autovalores e Autovetores 16 / 15
6.4 — Diagonalização de Operadores

Exemplo 2
Seja T : R3 → R 3 dada por
T (x, y ) = (−2x + 2y − 3z, 2x + y − 6z, −x − 2y ).
a) Determine os autovalores e os autoespaços de T .
b) Determine se T é diagonalizável. Em caso, afirmativo, determine uma
base de R3 formada por autovetores de T e determine a matriz de T com
relação a esta base.
c) Se T for diagonalizável determine a matriz diagonalizadora P de T .

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6.4 — Diagonalização de Operadores

Exemplo 3
Seja T : R3 → R 3 dada por T (x, y ) = (4x + 2y , −x + y , y + 2z).
a) Determine os autovalores e os autoespaços de T .
b) Determine se T é diagonalizável. Em caso, afirmativo, determine uma
base de R3 formada por autovetores de T e determine a matriz de T com
relação a esta base.
c) Se T for diagonalizável determine a matriz diagonalizadora P de T .

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