CONFLITOS ÁRABE- ISRAELENSE -I
Prof: CARVALHO / Sandro. Ribeiro Frente: 01
1. Origens Históricas
A região conhecida como Oriente Médio é o lar de três das
maiores religiões do mundo. Em ordem de idade, há o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo.
No início da Era cristã, a região da Palestina estava sob o
domínio dos judeus que foram expulsos da região pelos Romanos
dispersando-se pelo mundo inteiro, atingindo a Europa. No entanto,
os judeus sempre alimentaram o desejo de retornar à sua terra, o
que levou à organização do movimento sionista (retorno).
O conflito ganha materialidade pelo fato de que após longa
ocupação romana, no século VII a Palestina foi ocupada pelos
árabes que não aceitaram sair da região quando da volta dos judeus.
Há anos palestinos e israelenses tentam conviver pacificamente uns
com os outros. Mas a maioria dos israelenses são judeus e a maioria
dos palestinos são muçulmanos ou cristãos. Além de praticarem
religiões diferentes, eles possuem línguas e costumes distintos.
Com tantos contrastes, é difícil colocar de lado os
desentendimentos e partilhar pacificamente uma região que ambos
consideram seu lar.
TEMPOS DE PAZ
G Península Ibérica, Idade Média
Nesse período judeus e árabes tiveram, especialmente no
sul da Espanha, um dos períodos de melhor convivência. Parte
dessa época (900 -1200) ficou historicamente conhecida como Idade
de ouro, devido á rica produção científica e cultural dos dois povos
na região.
TEMPOS DE GUERRA
G Palestina, século 20
No final do século XIX, surge o movimento sionista. Sua
idéia central era levar os judeus espalhados pelo mundo à Palestina
para formar um Estado judeu (o que ocorreu em 1948).
A disputa pela terra com os palestinos que ali viviam cria as
raízes do ódio - de contornos políticos e religiosos – existentes hoje
entre grupos árabes e judeus mais extremistas.
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Aula: 09 GE180507
(PE/SF/AC/CN)
Um Olhar Sobre o Oriente Médio MONOTEÍSTAS:
A diversidade étnica, religiosa e cultural dos povos da
região e os ódios seculares.
As três grandes religiões monoteístas da atualidade – o
cristianismo, o judaísmo e o islamismo – nasceram no Oriente Médio.
A região abriga um dos grandes focos de conflito religioso:
as disputas entre judeus e árabes, cada um procurando consolidar
sua presença territorial.
O islamismo é a religião predominante no Oriente Médio e
uma das que mais crescem no mundo. Atualmente conta com mais
de 1,3 bilhão de fiéis espalhados por todos os continentes.
Além da religião islâmica o Oriente Médio representa a
origem do cristianismo por possuir na Cidade de Jerusalém a Igreja
do Santo Sepulcro, assim como para os judeus a representação da
fé está materializada no Muro das Lamentações.
O Oriente Médio apresenta muitas tensões e conflitos –
religiosos, sociais e fronteiriços – que, costumam periodicamente dar
origem a guerras locais ou até mesmo a movimentos terroristas
internacionais.
Deve-se destacar a difícil questão de por em prática os
termos do acordo entre os termos do acordo entre Israel e a OLP
(Organização para Libertação da Palestina), que, em 1993, depois
de 46 anos de terríveis conflitos, ações terroristas, guerras e milhões
de mortes, levaram ao reconhecimento recíproco de amos os povos.
Esse reconhecimento político – diplomático é o primeiro passo para
resolver a complicada questão do povo palestino, desprovido de
território desde a criação do Estado de Israel (1948).
Outras questões importantes são a difícil convivência da
religião muçulmana, que predomina nessa região de forma absoluta,
com outras religiões (judaísmo, catolicismo, cristianismo ortodoxo
oriental) e os conflitos internos do próprio islamismo, entre os xiitas,
os mais radicais, que predominam no Irã, no Iraque e Iêmen, e os
sunitas, mais moderados, que constituem a maioria nos demais
países islâmicos.
G A questão da Palestina.
Na guerra dos seis em 67, Israel ocupa os territórios
palestinos de Gaza e Cisjordânia passando a colonizá-los daí o
surgimento da OLP - organização da Libertação da Palestina de
Yasser Arafat, que sempre exigiu desocupação dos territórios.
*INTIFADA (Guerra das Pedras) - revolta popular de palestinos
contra a ocupação israelense e seus territórios de 87 a 92.
Em 93 é assinado o acordo de paz, reúnem-se Arafat da OLP e
Rabin de Israel, o ministro israelense compromete-se a devolver
Gaza e Jericó na Cisjordânia, em 95 foi assassinado o ministro de
Israel assumindo o governo em 96 Netanayahu do partido extremista
likud que congelou o processo de paz passando a expandir colônias
judaicas na Cisjordânia.
Em 99 assume em Israel o trabalhista Erud Barax que retomou
o processo de paz com os palestinos, iniciou a desocupação do sul
do Líbano e iniciou negociações com a Síria acerca de Golãn. É
retirado do poder pelo Parlamento em 2001. Ariel Sharon do Likud
assume iniciando-se uma nova Intifada pelos palestinos.
¾ Fatores que dificultam o processo de paz Israel, Árabes e
palestinos:
G Grupos extremistas dos dois lados dos judeus ortodoxos e
territórios palestinos do Hamas (xiitas fundamentalistas islâmicos).
G O A existência de colonos judeus em territórios dos palestinos.
G A questão de Jerusalém reivindicada como capital pelos povos.
NOVO RUMO DE PAZ 1.5. Região de cobiça internacional: devido ao fato de ser uma das áreas
de maior produção de petróleo no mundo e deter investimentos
G Principias pontos do plano de paz. internacionais.
1ª fase - Imediata 2. Fatores internos e externos que influenciam no conflito no
ISRAEL Oriente Médio

• Compromisso com a criação de um 2.1. A disputa entre EUA e URSS: no período da Guerra Fria, essas
superpotências buscavam aumentar o seu poder de influência e cada
Estado palestino Soberano.
uma apoiou uma lado envolvido no conflito. Os EUA apoiaram Israel e a
• Fim das ações militares contra URSS apoiou o movimento pan-arabista
palestinos. liderado pelo Egito.
• Desocupação de áreas sob
2.2. A criação do Estado de Israel: considerado um país estranho à
autoridade palestina reocupadas na
região. Além a insatisfação árabe com a partilha desigual do território
Intifada. (56,5% do território ficou na mãos dos judeus).
• Operações de segurança conjunta
• Desmantelamento de assentamentos construídos a partir 2.3. Surgi mento de Movimentos de resistência: os conflitos são
agravados pelo fato de movimentos de resistência como a OLP que
de março de 2001
proporciona o surgimento de atentados contra alvos judeus. Além disso
• Congelamento da construção de novos A INTIFADA há o aparecimento de grupos extremistas como o Hamas e o Hesbollah.
assentamentos na Cisjordânia e na faixa Mais de 2.000
de Gaza 2.4. A Revolução Islâmica: representou o surgimento do Estado
palestinos e quase 800
teocrático fazendo oposição ao ocidente. Dessa forma o Ira se tornou um
• Relaxamento das restrições tráfego israelenses já
dos maiores inimigos de Israel.
entre cidades palestinas morreram desde o
• Autorização da entrada trabalhadores início da atual Intifada 2.5. A potencialização do Iraque: EUA e URSS visando fazer oposição e
palestinos no país (levante palestino derruba o governo fundamentalista no Ira dotaram o Iraque dos mais
contra a ocupação modernos armamentos, transformando-o numa potência bélica regional
• Libertação de prisioneiros
israelense), inicada em que colocou em xeque a paz no Oriente Médio.
• Fim das demolições de casas Os conflitos do oriente Médio são acompanhados com atenção pela
militantes palestinos setembro de 2000
após o colapso de comunidade internacional devido à localização estratégica (Europa, Ásia
PALESTINOS negociações de paz e África), a importância histórica e o interesse econômico (petróleo).
entre Israel e G A região é habitada pelos árabes de religião islâmica ou mulçumana
• Admissão do direito de Israel existir em
palestinos. (SUNITAS e XIITAS).
paz G Os israelenses são Judeus, os iranianos são Persas e os turcos
• Fim do incitamento à violência contra também não são árabes.
israelenses G Durante a Idade Antiga os judeus foram expulsos da Palestina pelos
• Combate aos grupos terroristas e a suas atividades ilegais romanos (Diáspora), espalham-se pelo mundo tornando-se o povo sem
• Controle das forças de segurança pelo ministro do Interior território, sendo descriminados em diversos países.
• Eleições livres,abertas e justas G No século XIX os judeus criam o movimento sionista (retomo à terra
• Início do processo de adoção de Constituição prometida), entrando em conflito com os árabes e palestinos.
G Após a II Guerra Mundial a ONU dividiu a Palestina em Israel com os
2ª FASE –Transição judeus em Faixa de Gaza e Cisjordânia para os árabes palestinos
• Avaliação de progresso por EUA, União Europeia, ONU e Rússia provocando reação adversa nos árabes.
• Criação de um Estado palestino com fronteiras provisórias Guerra Israel x Árabes
• Restabelecimento de relações entre Estados árabes e Israel 1º 1948 e 49 Guerra da Independência
• Ação israelense para garantir "o máximo de contiguidade territorial" 2º 1956 Guerra de Suez
aos palestinos 3º 1967 Guerra dos 6 dias*
• Ratificação da Constituição palestina 4º 1973 Guerra do Yonkippur
3ª FASE-Acordo permanente em 2005 Na Guerra dos 6 dias (67) Israel ocupa o Sinai do Egito e Golan
• Conferência de paz (2004) para determinar formalmente como será da Síria o primeiro foi devolvido através dos acordos de Camp David.
o fim do conflito israel-palestina Golan continua ocupada por Israel e possui fontes de água.
• Discussão do status final de Jerusalém e outros temas complexos
• Criação do Estado palestino como fronteiras definitivas Os Irmãos de Sangue
O estudo
• Discussão do acordo entre Israel, Líbano e Síria
Pesquisadores da Universidade de Nova York e de Tucson
PROGRESSOS ... (Arizona, EUA), da Universidade Hebraica de Jerusalém e de
• O premiê israelense, Ariel Sharon, emitiu uma declaração em que instituições europeias analisaram 1.371 homens de várias partes do
aceita o princípio do Estado palestino mundo para observar eventuais semelhanças genéticas.
• Israel desmontou dez assentamentos na Cisjordânia, todos vazios
Grupos analizados
• O premiê palestino, Abu Mazen, denunciou o terror contra os
1. Judeus
israelenses e pediu o fim da Intifada armada. Principais Conclusões
• Mazen tenta convencer o Hamas e outros grupos terroristas a G Judeus e Árabes compartilham genes semelhantes, que indicam
interromper suas ações um ancestral comum.
1. Características gerais G Análise demonstra que foi pequena a miscigenação de judeus
(poucos casamentos inter-religiosos).
1.1. Importância geoestratégica: o oriente médio constitui-se em uma
região estratégica pelo fato de estar na confluência de três
continentes representando dessa forma um importante entreposto
comercial e geopolítico (do ponto de vista militar).
1.2. "Barril de Pólvora": essa região apresenta grandes conflitos que
são agravados pelo poder armamentista de seus países soma-se a
isso o grande número de ataques terroristas de grupos extremistas.
1.3. Diversidade religiosa: o oriente médio historicamente é visto
como o berço das três principais religiões monoteístas do mundo:
Cristianismo, Judaísmo e o Islamismo.
1.4. Região adversa ao povoamento: essa região apresenta um
clima semi-desértico, apresentando por conta disso conflito pela
posse de áreas com reservatórios de água potável.

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