Antropologia:
umaintrodução
uma introdução
Prof. Dr. Euler David Siqueira
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
PROJETO GRÁFICO
Annye Cristiny Tessaro
Mariana Lorenzetti
DIAGRAMAÇÃO
Annye Cristiny Tessaro
Victor Emmanuel Carlson
REVISÃO DE PORTUGUÊS
Sérgio Meira (Soma)
UNIDADE
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Introdução
Introdução àà antropologia:
antropologia:
conceito,
conceito, história
história ee objetivos
objetivos
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Módulo 4
Podemos dizer, então, que sempre existiu uma relação com aque-
les outros povos, mas não por isso temos que pensar que essa relação
ao longo dos tempos teve os mesmos efeitos. A forma de se relacionar
com o outro dependia, em cada época, do conhecimento e dos interes-
ses que cada cultura tinha.
Nas páginas anteriores dissemos que sempre existiu o contato
entre os homens. Mesmo antes que a cultura Ocidental se expandisse
pelo mundo, as próprias culturas tradicionais estabeleciam contatos
entre elas. Então, não é meramente o contato que produz antropolo-
gia, não é a relação com o outro, com a alteridade que gerou o conhe-
cimento antropológico. Para que se começasse a falar em antropolo-
gia, foi necessário que se produzisse uma serie de mudanças que leva-
ram ao desenvolvimento de uma disciplina científica.
Num primeiro momento, que poderíamos chamar de Pré-histó-
ria da antropologia, nos Séculos XV e XVI, as notícias sobre os povos
distantes eram produzidas por viajantes ou missionários. Nesse momento,
delinearam-se duas ideologias concorrentes, a primeira se manifestava por
uma recusa pelo estranho e a segunda, por uma fascinação.
A primeira posição se fundamentava na idéia de que os povos
primitivos eram selvagens dominados pela natureza, pelo clima, que
não tinham história, nem hábitos culturais. Eram povos definidos pela
falta. Ou seja, eles não tinham tudo o que nós tínhamos. Os defenso-
res da segunda posição sublinhavam como esses povos tinham conse-
guido desenvolver sistemas políticos e econômicos que eram melho-
res que os nossos; assim como tinham alcançado um grau de harmonia
com a natureza que nós não tínhamos. Alguns desses pensadores do
Século XVI chegaram a se perguntar se os bárbaros não éramos nós;
como diz Françoise Laplantine (2000), eles defendiam e valorizavam
a “ingenuidade original” do estado de natureza.
Podemos perceber como por trás dessas duas posições há uma
visão sobre o Ocidente; porque aqueles que tinham uma visão negati-
va, de recusa do estranho, tinham uma visão positiva sobre nós, sobre
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O que é a antropologia?
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Áreas da antropologia
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