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Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pré-Vestibular, Curso Técnico em Meio Ambiente.
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Professor (a): Carlos / Sociologia – 2ª série do Ensino Médio
1.1. ANTROPOLOGIA
A antropologia é uma ciência social que surgiu no século XVIII. Porém, foi somente no século
XIX que se organizou como disciplina científica. A palavra tem o seguinte significado, cuja
origem etimológica deriva do grego anthropos/antropo (homem, pessoa) e logos/logia (razão,
pensamento ou estudo). Esta ciência estuda, principalmente, os costumes, as crenças, os
hábitos e aspectos físicos dos diferentes povos e a evolução da espécie humana.
A antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma
destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento antropológico, geralmente a
antropologia é organizada em áreas especializadas com o objetivo de estudar detalhadamente
os aspectos culturais do ser humano, por isso, ela divide-se em:
Qualquer que seja a definição é possível entender a antropologia como uma forma de
conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos o
que somos a partir do espelho fornecido pelo “outro” – aquilo que representa o diferente, o
estranho, no que nos deixa perplexo. Assim ficamos vulneráveis sem o saber da certeza,
expelimos nossa ignorância quando julgamos e avaliamos o que não conhecemos, caindo nos
erros da generalização e do preconceito.
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1ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – O que significa a palavra antropologia?
b) – O que a antropologia estuda?
c) – O que é antropologia?
d) – Qual o objetivo do conhecimento antropológico?
e) – Cite e explique as divisões da antropologia.
f) – O que a antropologia utiliza como fontes de pesquisa?
g) – Segundo a perspectiva antropológica, como a compreensão do “outro” pode contribuir para
nossa vida em sociedade?
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A palavra cultura vem do latim, significa colere, que definia inicialmente o cultivo das plantas,
cuidado com os animais e a terra (por isso, agricultura). Define ainda o cuidado com as
crianças e sua educação, cuidado com os deuses (por isso, culto). Neste sentido o termo
cultura seria colere = cultivar ou instruir
Com a antropologia, o termo cultura passou a ter outro sentido, definido pelo pesquisador
inglês Edward Taylor que diz: “a cultura é todo complexo que inclui conhecimentos, crenças,
arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade o hábito adquirido pelo homem como
membro de uma sociedade”.
Tudo começa com a natureza (tudo aquilo não criado pelo homem como água, vento, terra,
etc) e, depois o ser humano, agindo sobre ela com seu trabalho (toda atividade física e mental
que o homem realiza criando ou inventando bens e serviços) passa criar instrumentos e
relações sociais com os outros. Desde os primórdios sempre procuramos viver melhor, facilitar
nosso modo de vida, isso faz parte da nossa natureza humana – isso acontece graças a tudo
aquilo que nos diferencia dos outros animais como: a linguagem comunicativa simbólica,
capacidade de invenção e criação intencional e planejada; tudo isso favorecida pelas nossas
vantagens fisiológicas: como um cérebro desenvolvido, posição ereta e liberação das mãos.
Assim, o homem primitivo criou o arco, a flecha, para facilitar a caça, criou a agricultura para
sempre ter alimentos, criou roupas, para se proteger do frio, casas para se abrigar das
tempestades (foi se criando a cultura material que são objetos e utensílios que facilitam a vida
das pessoas) etc.
O homem primitivo percebeu que junto com outros seres humanos podia organizar uma vida
social (sociedade) onde se protegeria dos grandes animais ferozes e de seus inimigos rivais,
bem como conseguir mais alimentos, percebeu também que para perpetuar-se em grupos
precisava de regras sociais que conduzisse as novas gerações (surgiu a cultura imaterial que
são os costumes, as regras, os valores).
O mundo que resulta do pensar e do agir humano não pode ser chamado de natural, pois se
encontra transformado e ampliado por nós. Portanto, as diferenças entre pessoa e animal não
são apenas de grau, porque enquanto o animal permanece adaptado a natureza, nós somos
capazes de transforma-la através do trabalho, tornando possível a cultura.
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2ª – ATIVIDADE – Responda em seu caderno:
a) – O que significa a palavra cultura?
b) – O que é cultura para a antropologia?
c) – Conceitue natureza e trabalho.
d) – O que é cultural material e cultura imaterial.
e) – Explique o que diferencia o homem de outros animais?
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2.1. MULTICULTURALISMO
O relativismo cultural é um movimento que considera as culturas de modo geral, diferente uma
das outras em relação aos postulados básicos, embora tenham características comuns.
Todos os povos formulam juízos em relação aos modos de vida diferentes dos seus. Por isso,
o relativismo cultural não concorda com a idéia de normas e valores absolutos e defende o
pressuposto de que as avaliações devem ser sempre relativas à própria cultura onde surgem.
Os padrões ou valores de certo ou errado, dos usos e costumes das sociedades em geral,
estão relacionados com a cultura da qual fazem parte. Dessa maneira, um costume pode ser
válido em relação a um ambiente cultural e não a outro.
O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a
propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e natural. Tal tendência,
denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de
numerosos conflitos sociais. Estas tendências contem o germe do racismo, da intolerância, e
frequentemente, são utilizados para justificar a violência contra outros. Entretanto o
etnocentrismo apresenta um aspecto positivo, ao ser agente de valorização do próprio grupo.
Cada povo tem uma cultura própria, cada sociedade elabora sua própria cultura e recebe
influencia de outras culturas; dessa forma, todas as sociedades, desde as simples até as mais
complexas, possuem cultura. Não há sociedade sem cultura, assim como não existe ser
humano destituído de cultura.
A combinação dos traços culturais forma um complexo cultural, como exemplo tem o carnaval
no Brasil onde se encontra um grupo de traços culturais – relacionados uns com os outros:
carro alegórico, música, dança, instrumentos musicais, fantasias e etc. o futebol também é um
complexo cultural que está decomposto em vários traços culturais: o campo, a bola, o juiz, os
jogadores, a torcida, as regras do jogo e etc.
Dentro de todas as sociedades existe um padrão cultural, que é uma norma estabelecida pela
sociedade, os indivíduos normalmente agem de acordo com os padrões estabelecidos pela
sociedade em que vivem. No Brasil, por exemplo, o casamento monogâmico é um padrão de
nossa cultura. Se existem sociedades diferentes, é porque existem culturas diferentes, e na
maioria das vezes contatos entre essas culturas. Exemplo disso é a formação sócio-cultural
brasileira.
O contato entre cultura pode provocar além da aculturação, uma série de conflitos mentais
entre os indivíduos pertencentes a essas culturas. Esses conflitos têm origem na insegurança
que as pessoas sentem diante de uma cultura diferente da sua: aqueles que não conseguem
se integrar completamente em nenhuma das culturas que os rodeiam ficam a margem da
sociedade. A esse fenômeno dar-se o nome de marginalidade cultural. Como exemplo temos,
no interior de São Paulo caingangue descaracterizados culturalmente, eles não conhecem mais
nada do seu passado, não se lembram de sua língua, de seus cantos, de sua dança e de suas
antigas praticas de trabalho. Também não estão incorporados à cultura que os cerca. Eles são
mansos e tristes.
“Raças são populações mais ou menos isoladas, que diferem das outras populações da
mesma espécie pela frequência de características hereditárias”. Não existe raça humana pura,
pois o isolamento entre os grupos humanos sempre foi relativo, nunca absoluto, graças às
migrações de áreas para outra e nesses contatos sempre ocorriam a miscigenação.
O conceito raça é biológico e não deve ser confundido com noções culturais, sociais ou
psicológicas. No ser humano, ao contrário de que ocorre nos outros animais, os elementos
biológicos, embora exerçam influência, não determinam a vida do indivíduo.
A personalidade humana não é determinada apenas por fatores hereditários: vai ser
constituído ao longo da vida e recebe influência do meio social, da educação e das
experiências poder apresentar importantes mudanças com o tempo. “A pesar dessa
complexidade podemos classificar, para níveis de estudo didáticos, três “troncos raciais” ou
raças maiores”: mongolóides (amarela), caucasóides (branca) e negróide (negra).
Tendo em vista todas as dificuldades que existem para aplicar o termo raça à espécie humana,
vários cientistas resolveram substituí-lo por etnia, que se refere a vários grupos diferentes, mas
que possuem traços comuns (físicos ou culturais) e um sentimento de identificação de
pertencer a um mesmo grupo. Tornemos como exemplo a população brasileira, que é formado
por várias etnias: os negros, os indígenas, os descendentes de portugueses, de italianos, de
japoneses e outros. O termo raça não é adequado, pois tanto uma raça pode estar presente
em vários desses grupos como em alguns casos um grupo pode abranger várias raças.
A cultura material e imaterial dos seres humanos se inova ou evolui ao longo dos tempos, isso
acontece devido acumulação e a transmissão de conhecimentos, é o que denominamos
genericamente de educação. A educação é feita no interior da família, no convívio social. Nós
dependemos dos outros para que eles nos ensinem coisas que ajudem a viver melhor. Assim,
dependemos da cultura acumulada pelas gerações passadas para viver no presente e ter
esperança de viver melhor ainda no futuro.
O processo de aquisição cultural é acumulativo e seletivo e ocorre através da comunicação.
Mais explicitamente, a linguagem humana é um produto da cultura, graças à linguagem e à
comunicação ora que o homem preserva e desenvolver sua cultura.
A cultura não é estática, ela é dinâmica e, esta sujeita a transformações; as culturas mudam
continuamente, assimilam novos traços ou abandonam os antigos, através de diferentes
formas: crescimento, transmissão, difusão, estagnação, declínio, fusão; são aspectos aos quais
as culturas estão sujeitas.
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A cultura brasileira reflete os vários povos que constituem a demografia desse país sul-
americano: indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes, etc. como resultado da intensa
miscigenação e convivência dos povos que participaram da formação do Brasil surgiu uma
realidade cultural peculiar, que inclui aspectos das várias culturas.
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4ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Explique como ocorreu a formação da cultura brasileira?
b) – Cite alguns povos que contribuíram na formação cultural brasileira.
c) – Em que período da história do Brasil se iniciou o substrato básico de nossa cultura?
d) – Quais são as culturas fundamentais que influenciaram e alicerçam basicamente a cultura
brasileira?
e) – O que aconteceu a partir do século XIX na formação cultural brasileira?
f) – Que países mais influenciam atualmente na cultura brasileira?
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3.2. OS PORTUGUESES
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que exerceram
maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de origem portuguesa.
Durante século XV o território foi colonizado por Portugal, o que implicou a transplantação tanto
de pessoas quanto da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. O número de
colonos portugueses aumentou muito no século XVIII, na época do ciclo do ouro. Em 1808, a
própria corte de D. João VI mudou-se para o Brasil, um evento com grandes implicações
políticas, econômicas e culturais.
A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente
falado por virtualmente todos os habitantes do País. A religião católica, credo da maioria da
população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profundamente arraigando
em Portugal, legou ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões.
As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas, foram introduzidos
pelos portugueses. Além destas, vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-
meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore
brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca, o bicho-
papão e o lobisomem, além de muitas lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos
portugueses às condições da colônia. Um exemplo é a feijoada brasileira, resultado da
adaptação dos cozidos portugueses. Também a cachaça foi criada nos engenhos como
substituto para a bagaceira portuguesa, aguardente e derivada do bagaço da uva. Alguns
pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e
outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de
plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsável pela introdução no Brasil colônia dos
grandes movimentos artísticos europeus: renascimento, maneirismo, barroco, rococó e
neoclassicismo. Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes decorativas
no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa, por exemplo nos escritos dos
jesuítas luso-brasileiro padre Antônio Vieira ou na decoração exuberante de tália dourada e
pinturas de muitas igrejas coloniais. Essa influência seguiu após a independência, tanto, na
arte popular como na arte erudita.
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3.3. OS INDIGENAS
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3.4. OS AFRICANOS
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o
longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África
refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas
diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos,
nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás
e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura
africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o
português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.
Os bantos, nagôs jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada
no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é
a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o
espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
Na música a cultura africana contribui com os ritmos que são a base de boa parte da musica
popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram
dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais
atuais. Também a alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o
agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que
acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no
Brasil colonial.
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3.5. OS IMIGRANTES
A maior parte da população brasileira no século XIX era composta por negros e mestiços. Para
povoar o território, suprir o fim da mão-de- obra escrava mas também para “branquear” a
população e cultura brasileiras, foi incentivada a imigração da Europa para o Brasil durante os
séculos XIX e XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil, foram os
italianos que chegaram em maior número, quando considerada a faixa de tempo entre 1870 e
1950. Eles se espalharam desde o Sul de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo a
maior parte na região de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses, com quase o mesmo
número que os italianos. Destacaram-se também os alemães, que chegaram em um fluxo
continuo desde 1824. Esses se fixaram primariamente na região sul do Brasil, onde diversas
regiões herdaram influências germânicas desses colonos.
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Ao analisar o “Renascimento”, movimento cultural surgido no norte da Itália, nos séculos XIV e
XV, percebemos que ele estava ligado a uma determinada parcela da população da Europa: a
burguesia.
A burguesia era formada por comerciantes que tinham como objetivo principal o lucro, através
do comércio de especiarias vindas do oriente. Esse segmento da sociedade conquistou não
apenas novos espaços sociais e econômicos, mas também procurou resgatar ou fazer
renascer antigos conhecimentos da cultura greco-romana. Daí o nome Renascimento.
A burguesia não só assimilou esses conhecimentos como, ainda, acrescentou outro, ampliando
o seu universo cultural. Por exemplo, ao tentar reviver o teatro de Sófocles e Euripedes (que
viveram na Grécia antiga), os poetas italianos do século XVI substituíram a simples declaração
pela recitação contada dos textos acompanhada por instrumentos musicais. Dessa forma,
acabaram por criar um novo gênero a “ópera”.
Desde a sua origem, a burguesia preocupou-se com a transmissão desse conhecimento a seus
pares. A partir daí, então, foram surgindo instituições como as universidades, as academias e
as ordens profissionais (advogados, médicos, engenheiros e outros). Com o passar dos
séculos e com o processo de escolarização, a cultura dessa elite burguesa tomou corpo,
desenvolveu-se com base em técnicas racionalistas e científicas. Surgiu assim a cultura
erudita.
A cultura popular, por sua vez, mais próxima do senso comum e mais identificada com ele, é
produzida e consumida pela própria população, sem necessitar de técnicas racionalizadas e
científicas. É uma cultura em geral transmitida oralmente, registrando as tradições e os
costumes de um determinado grupo social. Da mesma forma que a cultura erudita, a cultura
popular alcança formas artísticas expressivas e significativas.
Vale ressaltar que, ao afirmar que os produtores da cultura erudita fazem parte de uma elite
não significa dizer que essa cultura seja homogênea, é impossível definir cultura erudita,
porque não podem ser homogeneizados os elementos culturais produzidos por intelectuais,
fazendeiros, empresários, burocratas, etc. porém, é igualmente impossível definir cultura
popular, dada as populações culturais diferenciadas de camponeses, operários, classe média
baixa, etc.
De qualquer forma, não podemos perder de vista que o espaço reservado na sociedade para
cada uma das duas culturas é bastante diferenciado, este é um dos aspectos que diferencia
essas duas culturas: enquanto a cultura erudita é transmitida pela escola e confirmada pelas
instituições (governo, religião, economia), a cultura popular não é oficial, é a do povo comum,
ela expressa sua forma simples de conceber a realidade.
Não devemos esquecer que a cultura é dinâmica, por isso, tanto a cultura popular quanto a
cultura erudita estão sempre, com maior ou menor intensidade, incorporando e reconstruindo
novos elementos culturais sem perder a sua essência expressiva.
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A partir do final do século XX, a industrialização em larga escala atingiu, também, os elementos
da cultura erudita (pertence a uma elite que pode ter acesso ao saber associado à escrita, aos
livros, ao estudo) e da cultura popular (aquela de senso comum produzida e consumida pela
própria população, sem necessita de técnicas racionalizadas e científicas, transmitida
oralmente, registrando as tradições e os costumes de um determinado grupo social), dando
inicio à “indústria cultural”.
Ao contrário das culturas erudita e popular, a cultura de massa não está ligada a nenhum grupo
social especifico, pois é transmitida de maneira industrializada, para um público generalizado,
de diferentes camadas socioeconômicas. O que temos, então, é a formação de um enorme
mercado de consumidores em potencial, atraídos pelos produtos oferecidos pela indústria
cultural. Esse mercado constitui, no que chamamos de “sociedade de consumo”.
Com a industrialização dos elementos da cultura erudita e da popular, o produto cultural irá se
apresentar de uma forma esteticamente nova e diferente. Podemos tomar como exemplo a
gravação de uma sinfonia de Beethoven executada com o auxilio de sintetizadores e outros
aparelhos de alta tecnologia, cujo ritmo e som diferentes, quase original uma nova obra.
A indústria cultural, utilizando-se dos meios de comunicação, primeiramente lança seu produto
em grande quantidade (milhares, milhões de discos, por exemplo) e depois induz as pessoas a
consumirem esse produto, apelando para outras razões além de seu valor artístico.
A cultura de massa, ao divulgar através dos MDCM produtos culturais de diferentes origens
(erudita ou popular), possibilita o seu conhecimento por diferentes camadas sociais, criando
também um campo estético próprio e atraente voltado para o consumo generalizado da
sociedade.
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Vivemos nessa era interligada em que pessoas de todo o planeta participam de uma única
ordem informacional uma situação que é, em grande parte, resultado do alcance internacional
das comunicações modernas. As transformações na mídia ou nas comunicações de massa
contribuem radicalmente na alteração da vida das pessoas e suas relações no meio sócio-
cultural.
Quando se fala em mídia de massa ou comunicação de massa está se referindo a uma ampla
variedade de formas de meios de comunicação que abrange um volume de audiência enorme
e que envolve milhões de pessoas em toda uma sociedade moderna e globalizada como a
nossa. São m.d.c.m.: a televisão, os jornais, o cinema, as revistas, o rádio, a publicidade,
vídeos games, CDs, internet, celulares e etc.
A mídia de massa não pode mais ser vista como um simples meio de entretenimento, como se
fosse algo que não interferisse na vida das pessoas; as comunicações de massa são
instrumentos de informação que influência em nossa forma de pensar e agir, atingindo o
comportamento individual, social, cultural e institucional; como o caso da alteração de valores
sociais dos jovens, as banalidades de questões sociais (pobreza, desemprego, violência,
corrupção) e a opinião pública (posicionamento reflexivo e prático das pessoas em
determinadas situações especificas sobre questões socioeconômicas, política-jurídico e
cultural-ideológica).
Os donos dos M.D.C.M. são os novos donos de um poder moderno e tecnológico, pois eles
têm em suas mãos instrumentos que podem influenciar, controlar, manipular ou interferir nas
estruturas sociais, seja nas instituições sociais, econômicas ou políticas; a mídia de massa tem
dono, são grupos de pessoas que vivem de lucro, logo suas empresas estão a serviço de seus
interesses, que com certeza não é o da sociedade como um todo. Os mdcm são os parceiros
número um do capitalismo. A mídia exerce seu poder de uma forma ideológica, camuflando
suas intenções através de várias apresentações de marketing sistematicamente e
intensivamente até “inculca” na cabeça das pessoas perspectivas alheias aos seus próprios
interesses isso acontece dentro de comerciais, novelas, filmes, desenhos, programas, séries,
telejornais ou jornais escritos, revistas, rádios e etc. Quase imperceptível, principalmente aos
olhos e ouvidos de pessoas sem instrução intelectual.
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11ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
*A veiculação que eles realizam de uma cultura homogênea (que não considera as diferenças
culturais e padroniza o público);
Entre os motivos que estariam para elogiar os mdcm, apontados pelos “integrados”, estariam:
*Serem os mdcm a única fonte informação possível a uma parcela da população que sempre
esteve distante das informações;
*As informações veiculadas por eles podem contribuir para a própria formação intelectual do
público;
*A padronização de gosto gerada por eles funciona como um elemento unificador das
sensibilidades dos diferentes grupos.
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12ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
Tanto o conceito de cultura como o de ideologia tem como questão explicita ou implícita pensar
a relação “idéias versus contexto”, isto é, como se relaciona o campo das idéias e das
representações que os homens constroem sobre a sociedade (o chamado universo simbólico)
e o campo da produção e reprodução material dessa sociedade.
Existe uma distinção e complexa relação entre a cultura e ideologia. De maneira geral, a critica
que se faz ao conceito de cultura é a de que ele não trabalha satisfatoriamente com a questão
da política, do poder. Com a relação ao conceito de ideologia, o que se contesta nele é a
submissão que estabelece do simbólico ao econômico, como se o simbólico fosse uma mera
reprodução jurídica, moral, ética, estética, dos preceitos econômicos de uma dada sociedade.
A cultura e a ideologia são dois elementos essenciais que estão relacionados à aspectos
políticos e econômicos. Podemos encontrar em nossa sociedade modos de agir, pensar e
sentir influenciados por determinações ideológicas, bem como, alterações ideológicas por
influencias culturais.
Os meios de comunicação veiculam uma vida ideal – prazer, dinheiro, saúde, felicidade
familiar, aventura, riqueza, juventude bonita e etc – a um público que, em sua grande maioria,
não pode conquista-la. Por outro lado, as mensagens veiculadas parecem ter efeito de
conformar a população a se satisfazer com imagens.
Como o consumo alienado não é um meio, mas um fim em si torna-se um poço sem fundo,
desejo nunca satisfeito, um sempre querer mais. A ânsia do consumo perde toda relação com
as necessidades reais do homem, o que faz com que as pessoas gastem sempre mais do que
têm. Os m.d.c.m. contribuem para a estimulação artificial do consumo, que é a aquisição de
objetos sem necessidades úteis: compra-se livro e você não lê, compra-se roupas que nem
veste, etc.
O próprio comércio facilita tudo isso com as prestações, cartões de crédito, liquidações e
ofertas de ocasião, “dia das mães”, “dia dos pais”, “dia das crianças”, etc. O mercado usa a
obsolescência programada para que o consumidor faça o rodízio de substituição de seus
produtos, isto é, os produtos já tem um durabilidade programada e devem ser substituídos
porque já quebrou ou porque seu design é antiquado.
A existência de grande parcela da população com baixo poder aquisitivo, reduzida apenas ao
desejo de consumir, é conformada por um mecanismo da própria sociedade que impedem a
tomada de consciência: as pessoas têm a ilusão de que vivem numa sociedade de mobilidade
social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há possibilidade de mudança, ou seja,
“um dia eu chego lá...”, e se não chegam, “é por que não tiveram sorte ou competência”.
Por outro lado, uma série de escapismos na literatura e nas telenovelas fazem com que as
pessoas realizem suas fantasias de forma imaginária, isto sem falar na esperança semanal da
Loto, Sena, jogo do bicho, rifas, bingos e demais loterias. Além disso, há sempre o recurso ao
ersatz, ou seja, a imitação barata da roupa, da jóia, etc.
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a) – Tanto o conceito de cultura quanto o de ideologia tem uma questão explicita ou implícita.
Explique esta questão.
b) – De maneira geral, qual a crítica que se faz ao conceito de cultura?
c) – O que se contesta ao conceito de ideologia?
d) – Explique a relação entre cultura, ideologia, política e economia.
e) – O que é consumo alienado?
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O termo gênero tem sido desde a década de 1970, o termo usado para teorizar a questão da
diferença sexual. Foi inicialmente utilizado pelas feministas americanas que queriam insistir no
caráter fundamentalmente social das distinções baseadas no sexo. A palavra indica uma
rejeição ao determinismo biológico implícito no uso de termos como sexo ou diferença sexual.
A expressão gênero representa as relações sociais entre seres de sexo diferentes sem
enfatizar um preconceito desigual relacionado com a diferença de anatomia ou fisiológica que
caracterizam homens e mulheres. Dentro desse novo conceito busca romper-se com a
ideologia de papéis pré-definidos enraizados na cultura estrutural da moderna sociedade
humana.
Na Pré-História, a mulher tinha um enorme peso nas sociedades de todo o mundo. Não eram
sociedades matriarcais, e sim matricêntricas, pois a mulher não dominava, mas as sociedades
eram centradas nela por causa da fertilidade. Assim, pela sua inexplicável habilidade de
procriar, as mulheres eram elevadas à categoria de divindades.
Na antiguidade, o homem era absoluto e a mulher equiparada a um escravo, pois ela não
considerada uma cidadã, elas não tinham acesso ao saber, vistas apenas como receptoras da
semente masculina.
Na Idade Média, a Igreja Católica medieval considerava a mulher como causa e objeto do
pecado, pois tinha como referência a ideia do pecado original, cometido por Eva. Assim, sendo,
era considerada a porta de entrada para o demônio. Só não eram consideradas assim quando
eram virgens, mães, esposas, ou quando viviam no convento.
Atualmente, esta luta social se expressa por múltiplas ações comuns e em grande parte de
formas de organização e movimentos. A luta feminista (“sistema dos que preconizam a
igualdade dos direitos do homem e da mulher”); cujo objetivo desta luta diversificada das
mulheres é a sua aspiração à emancipação e à mudança para um respeito social mais
dignificante.
Ainda assim, não desapareceram de súbito os preconceitos sobre a mulher, pois esses
preconceitos têm na maior parte uma raiz histórica que não reside na essência do sistema
socioeconômico.
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Desde o início a história social, a civilização ocidental, foi moldada dentro de uma estrutura
social patriarcalista, onde o poder decisivo da família, da fazenda, do comércio, do governo,
estava nas mãos do pai, do senhor, do chefe, do rei. Mas com o desenvolvimento
socioeconômico das sociedades modernas, essa estrutura social patriarcalista passa a sofrer
modificações.
Com o resultado da transferência dos meios de produção da família patriarcal aos donos das
fábricas, as mulheres e os escravos passaram a ser desnecessários para a produção
doméstica. Assim inicia-se uma desvalorização da mão-de-obra feminina, passando a se tornar
concorrentes no mercado de trabalho, passaram a ser vítimas de diversos preconceitos e de
uma ideologia machista.
O declínio do patriarcalismo que vemos na nossa sociedade, apesar de sua persistência é fruto
das lutas das mulheres. Não é uma simples evolução da natureza ou uma concessão dos
homens.
A luta feminista não é contra os homens, mas contra as relações sociais patriarcais, das quais
os homens também são vítimas. É uma luta que inclui também homens insatisfeitos com a
dominação machista patriarcal – porque o homem não consegue encontrar a companheira que
complemente, mas somente subalterna: companheirismo só pode ocorrer numa relação onde
os diferentes se reconhecem como diferentes, mas não estabelecem hierarquias, isto é,
companheirismo sé é possível numa relação de igualdade entre os diferentes.
A nova mulher busca a conquista no ramo do trabalho, passando dessa forma a exigir mais nas
qualidades de um homem, pois hoje não são submissas, nem inferiores a eles. Elas
conquistaram a licença a maternidade, leis sérias contra o assédio sexual. Ressaltando com
destaque a Lei número 11.340 de 07 de agosto de 2006, conhecida como lei Maria da Penha,
que significou o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando
ocorridas no âmbito doméstico ou familiar.
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5.4. SEXUALIDADE
O comportamento sexual difere em cada ser humano. Os valores sociais tendem a dividir em
blocos determinados padrões de conduta sexual. As principais variações do comportamento
observadas são:
Bissexualidade – é um comportamento sexual onde o indivíduo sente atração tanto pelo sexo
masculino como feminino. Há uma combinação de heterossexualidade com homossexualidade.
Que pode tanto ocorrer em paralelo, em relacionamentos extraconjugais, ou por fases, onde há
momentos de homossexualismos e alternados com momentos de heterossexualismo.
Monogâmico – é aquele que a pessoa busca apenas um único parceiro para toda a vida ou
parte dela. Nunca um indivíduo está com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. A fidelidade é
um componente principal no relacionamento. O monogâmico pode ter mais de um parceiro
sexual nos seguintes casos: em caso de morte do parceiro vir a ter compromisso com outro ou
no caso de separação definitiva também encontrar outro parceiro para ter um relacionamento
fixo. O monogâmico não admite o sexo livre ou o sexo com outros parceiros ao mesmo tempo.
Pode ter comportamento heterossexual, homossexual ou bissexual, mas neste último caso
nunca está com dois relacionamentos no mesmo período.
Assexual – é aquele que possui uma indiferença ao sexo pela falta de libido natural ou por
aversão ao sexo. Este comportamento está mais associado a problemas hormonais do que um
fator de convicção ideológica ou filosófica. O assexual se sente um ser completo e não busca
em si mesmo, no sexo oposto e nem no próprio sexo formas de satisfazer o desejo, já que este
não se manifesta.
Metrossexual – é aquele que o indivíduo forma uma postura de preocupação excessiva com a
aparência e pratica relações sexuais com o sexo oposto. Embora o termo tenha sido usado
inicialmente apenas para os homens heterossexuais ele pode ser aplicado também para as
mulheres. O objeto de desejo sexual é a própria pessoa que deve se cuidar bem para se
destacar em sociedade.
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Esses povos são culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem
formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando
conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Muitos desses projetos são direcionados para a capacitação das comunidades para que
possam gerir e dar continuidade aos trabalhos. São exemplos de projetos sustentáveis: cursos
de novas técnicas de plantio, cultivo e criação de animais e capacitação para a fabricação de
objetos artesanais, biojóias e ecoturismo.
A importância desses povos está no fato de: se as populações tradicionais são beneficiadas
com os produtos provenientes da floresta, as riquezas biológicas encontradas na Amazônia
são preservadas por essas comunidades que atuam como guardiãs da natureza, reduzindo
gradativamente a exploração dos recursos naturais pelos grileiros, sojeiros, pecuaristas e
demais criminosos ambientais interessados em destruir a biossociodiversidade da maior
floresta tropical do Planeta. A preservação dos valores e da cultura das populações tradicionais
contribuirá para o avanço de um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia,
garantindo o fortalecimento da cidadania dos povos da floresta.
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17ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
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O termo estrutura fundiária corresponde à forma como está organizada a distribuição de terras,
neste caso a Amazônia apresenta características peculiares ao seu processo histórico de
colonização e ocupação.
Desde o início da colonização do Brasil, até 1821, as terras eram doadas como sesmaria, após
o requerente comprovar o uso da terra há pelo menos 3 anos. . Depois se criou o sistema de
capitanias hereditárias onde as terras eram oferecidas aos nobres e comerciantes portugueses.
Em 1850 foi criada a primeira Lei de terras, a criação desta Lei garantiu os interesses dos
grandes proprietários do Nordeste e do Sudeste que estavam iniciando a promissora produção
do café. A Lei definia que: as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do
Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento à
vista, e não mais através de posse, e quanto às terras já ocupadas, estas podiam ser
regularizadas como propriedade privada.
Em 1964 os militares criam o estatuto da terra, que ainda está em vigor, apesar de garantir a
reforma agrária, se criou várias formas de inibir tal processo, como o código civil brasileiro.
No caso da Amazônia, nos anos de 1970 e 1980 (governo militar), a terra pública, habitada
secularmente por colonos, ribeirinhos, índios, caboclos em geral, foi sendo colocada à venda
em lotes de grandes dimensões para os novos investidores, que as adquiriam diretamente dos
órgãos fundiários do governo ou de particulares (que, em grande parte, revendiam a terra
pública como se ela fosse própria). Em ambos os casos, era freqüente que as terras adquiridas
fossem demarcadas pelos novos proprietários numa extensão muito maior do que a dos lotes
que originalmente haviam adquirido, isto ocorria através da grilagem. A Grilagem é um ato que
corresponde a falsificação de documentos para que de forma ilegal uma pessoa tornar-se dono
por direito de terras devolutas ou de terceiros, por meio de documentos fraudados, adulterados
ou falsificados.
O termo grilagem provém da técnica usada para o efeito, que consiste em colocar escrituras
falsas dentro uma caixa com grilos, de modo a deixar os documentos amarelados (devido os
excrementos) e roídos, dando-lhes uma aparência antiga e, por consequência, mais verossímil.
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Sob o olhar conivente e tolerante do Estado empresas e grileiros formaram milícias privadas, a
que chamam de "vigilância" ou "segurança", montadas para garantir a posse e a defesa da
terra nas distantes terras amazônicas. Assim, estabeleceu-se na região um compartilhamento
de objetivos comuns entre fazendeiros interessados nas terras, autoridades que ignoravam a
participação das milícias privadas de defesa das fazendas, políticos beneficiados com terras e
a pistolagem.
Após o governo da ditadura militar de 64, o Estado não conseguiu mais recuperar para si o
poder de polícia que, informalmente, havia antes delegado ou repartido com os fazendeiros da
região para ajudarem a "por ordem" nas questões fundiárias e nos conflitos delas decorrentes.
A origem central da pistolagem na Amazônia, no nosso entendimento, é clara: decorre da
repartição do poder do Estado com os integrantes, defensores e prepostos do novo capital que
se instalou desordenadamente na região desde os anos de 1970.
Sobre a violência no campo, o Estado tolerou durante várias décadas esta divisão do poder de
polícia, ignorando ou à revelia das denúncias da OAB, da Comissão Pastoral da Terra e de
outras organizações sobre a participação de pistoleiros nessas polícias privadas. Esta prática
flagrante de violação dos direitos humanos mais elementares enraizou-se nas relações sociais
e políticas da região. Hoje, o Estado procura retomar o controle desta situação que envergonha
a sociedade brasileira, mas tem dificuldade em dominar esta anomalia que ele próprio deixou
crescer.
Mesmo nos crimes em que houve julgamentos, as ações judiciais só foram possíveis depois
de longos anos de luta, pressão e denúncias das entidades de direitos humanos nacionais e
internacionais. Isto evidencia, claramente, a morosidade da justiça paraense, calcada em
empecilhos nas comarcas do interior e da capital onde, ao que tudo indica, fica sujeita à
pressão do poder político e econômico, que acaba retardando ou influenciando no andamento
dos processos e dos julgamentos.
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7.1. INTRODUÇÃO
O consumo refere-se às mercadorias, aos serviços, à energia e aos recursos que são
esgotados pelas pessoas na vida em sociedade.
As desigualdades de consumo entre os ricos e os pobres são significativos. Os 20% mais ricos
da população mundial são responsáveis por 86% das despesas de consumo privado, ao passo
que os 20% mais pobres respondem por apenas 1,3% desses gastos. Os 10% mais ricos
consomem 58% da energia total, 84% de todo papel, 45% de toda a quantidade de carne e
peixe, e são proprietários de 87% de todos os veículos.
Os atuais padrões de consumo não são apenas extremamente desiguais, mas também estão
produzindo um impacto severo sobre o meio ambiente. Por exemplo, o consumo de água doce
dobrou desde 1960, a queima de combustíveis fósseis praticamente quintuplicou durante os
ultimas 50 anos, e o consumo de madeira subiu até 40% em relação à 25 anos atrás. O
sortimento de peixes está diminuindo, as espécies selvagens estão entrando em extinção, o
fornecimento de água está se tornando mais escasso e as áreas arborizadas estão
encolhendo.
Os padrões de consumo não estão apenas esgotando os elementos naturais existentes, como
também estão contribuindo para sua degradação através dos resíduos e das emissões de
substâncias nocivas.
Por fim, apesar de os ricos serem os principais consumidores mundiais, os impactos mais
violentos dos danos ambientais causados pelo aumento do consumo recaem sobre os pobres.
Os ricos estão em melhores condições para desfrutar dos diversos benefícios do consumo sem
terem que lidar com seus efeitos negativos.
Em um nível local, os grupos abastados geralmente tem dinheiro para abandonarem áreas
difíceis, deixando a maior parte dos custos para os pobres. Usinas químicas, estações de
energia elétrica, grandes estradas, ferrovias e aeroportos, em geral, situam-se próximo a áreas
de baixa renda. Em um nível global, é possível perceber o andamento de um processo
semelhante: a degradação do solo, o desmatamento, a falta de água, as emissões de chumbo
e a poluição do ar são problemas que estão concentrados no mundo em desenvolvimento. A
pobreza também intensifica essas ameaças ambientais. As pessoas que possuem poucos
recursos têm poucas escolhas senão maximizar os recursos disponíveis a elas.
Consequentemente, à medida que a população humana aumenta, é cada vez maior o número
de pressões que se aplicam a uma base de recursos em retração.
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a) – O que é consumo?
b) – Explique diferenciando os impactos positivos e negativos do consumo em nossa
sociedade.
c) – Explique como as desigualdades de consumo entre ricos e pobres são significativos?
d) – Explique exemplificando como os atuais padrões de consumo estão produzindo um
impacto severo sobre o meio ambiente?
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Alguns teóricos criticam a noção de desenvolvimento sustentável, pois consideram muito vaga
e omissa em relação às necessidades especificas dos países mais pobres. Para eles, a idéia
do desenvolvimento sustentável tende a concentrar sua atenção apenas sobre as
necessidades dos países mais ricos, desprezando os aspectos em que os altos níveis de
consumo nos países mais afluentes são atendidos às custas de outros povos. Por exemplo, as
exigências de que a Indonésia preserve suas florestas tropicais poderiam ser consideradas
injustas, pois a Indonésia necessita bem mais dessa receita da qual deve abrir mão, ao aceitar
a conservação, do que os países industrializados.
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Face à delapidação dos recursos no nosso planeta, teremos que crescer a um ritmo mais lento
e até inverter as tendências de crescimento demográfico, de modo a reduzir as necessidades
de consumo sem prejudicar o processo de desenvolvimento. A sustentabilidade do
desenvolvimento está intimamente relacionada com a dinâmica do crescimento demográfico.
Se for verdade que a redução das taxas atuais de crescimento populacional nos países em
desenvolvimento é um imperativo ao desenvolvimento sustentável, também não é menos
verdade que qualquer indivíduo que viva num país industrializado representa um encargo maior
para a capacidade da Terra do que qualquer cidadão de um país mais pobre.
As ameaças à sustentabilidade dos recursos tanto vêm das desigualdades de acesso a esses
mesmos recursos, como da forma como são usados, ou simplesmente do número de pessoas
que os utilizam. Os padrões de consumo são tão importantes como o número de consumidores
para a conservação dos recursos.
O equilíbrio entre a dimensão da população e os recursos disponíveis, a taxa de crescimento
demográfico e a capacidade da economia em satisfazer as necessidades básicas da
população, sem pôr em risco as gerações futuras serão com certeza o grande desafio das
políticas de desenvolvimento nos próximos anos.
O caminho a percorrer rumo à sustentabilidade não é fácil, pois terá obviamente que passar
por um conjunto de ações diversificadas:
*Limitar o crescimento demográfico;
*Controlar o impacto deste crescimento sobre os recursos;
*Aumentar a eficiência dos recursos (menos desperdício, menor consumo, maior durabilidade);
*Elevar o potencial humano (educação e formação);
*Melhorar os sistemas de segurança social.
Em um sentido amplo podemos dizer que violência é toda atitude ou comportamento que
desrespeita as boas relações de convivência social, causando danos a outras pessoas, seres
vivos ou objetos (meio ambiente, patrimônio público e etc). Exemplo falta de saudações ou atos
socio-educacionais como: bom dia, obrigado, licença, por favor, aperto de mãos, manifestações
de carinho com os entes queridos. Podemos ressaltar também qualquer tipo de preconceito ou
racismo como atos de violência inaceitável.
Violência Física – A violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não
marcas evidentes.
A violência física pode ser agravada quando o agressor está sob o efeito do álcool, ou quando
possui uma Embriagues Patológica ou um Transtorno Explosivo.
Violência verbal – A violência verbal não é uma forma de violência psicológica. A violência
verbal normalmente é utilizada para oportunar e incomodar a vida das outras pessoas. Pode
ser feita através do silêncio, que muitas vezes é muito mais violento que os métodos utilizados
habitualmente, como as ofensas morais (insultos), depreciações e os questionários infindáveis.
Violência sexual – Violência na qual o agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para
obter gratificação sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas
sexuais com ou sem violência física. A violência sexual acaba por englobar o medo, a
vergonha e a culpa sentidos pela vítima, mesmo naquelas que acabam por denunciar o
agressor, por essa razão, a ocorrência destes crimes tende a ser ocultada.
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25ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – O que é violência?
b) – Cite alguns tipos de violência corriqueiros em nosso meio social.
c) – Qual a origem do termo violência?
d) – O que é crime?
e) – Explique os aspectos da violência na: economia, política, ideologia, religião, família, ensino
exército e cultura.
f) – Explique o que se entende por sensação de insegurança e sua causa?
g) – Cite e explique os diversos tipos de violência que existem na sociedade.
ATIVIDADE DE PESQUISA:
a) – Pesquise em todas as fontes possíveis e copie no seu caderno, o que é Bulying e como se
manifesta em nossa realidade social? Como podemos resolver este problema social?
b) – Pesquise em todas as fontes possíveis e copie no seu caderno, o que é Racismo, como se
manifesta e qual a Lei que pune este tipo de violência?
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BIBLIOGRAFIA
BENTO, Mª Aparecida Silva. Cidadania em Preto e Branco. Editora Ática. São Pulo, 2003.
GALLIANO, Alfredo Guilherme. Iniciação à sociologia. São Paulo; Harbra, 1981.
LARAIA, Roque Barros. Cultura – Um conceito antropológico, 17ª Ed. Rio de Janeiro. Editora
VOZ, 2004
SODRÉ, Nelson Werneck; Síntese de História da Cultura Brasileira, São Paulo: Bertrand Brasil,
2003.
BOSI, Alfredo; Cultura Brasileira: Temas e Situações; São Paulo: Editora Ática, 2002.
MOTA, Carlos Guilherme; Ideologia da Cultura Brasileira (1933-1974); São Paulo: Editora
Ática.