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O algodoeiro herbáceo (Gossypium hisutum) é uma planta de grande

complexidade morfológica, possuindo particularidades importantes utilizadas,


inclusive, na identificação da espécie dentro do gênero Gossypium e da família
Malvacea, da qual ele faz parte. A planta de algodoeiro herbáceo possui uma
estrutura organográfica singular com dois tipos de ramificação, apresentando
ramos frutíferos e vegetativos, dois tipos de macrofilo (frutíferos e vegetativos)
flores completas possuindo um terceiro verticilo floral, as brácteas, que faz uma
proteção extra e pode possuir, na base interna e externamente, glândulas de
secreção, além de apresentar prófilos, folhas sem bainha com duas estípulas,
dois tipos de glândulas e pelo menos duas gemas na base de cada folha
(BELTRÃO, 1999)

A semente de algodão contém de 14 a 25% em média de óleo


(BLETRÃO, 1999), o qual 1-2% é de ácido graxo mirístico, 18-25% de
palmítico, 1-25% de esteárico, 1-2 de palmitoléico, 17-38% de oléico e 45-55%
de linoléico (SOLOMONS, 2002)

A tabela 2.1, apresenta a produção de algodão herbáceo na Paraíba,


Nordeste e Brasil no ano de 1990 a 2001.

De acordo com autor (BOCCARDO, 2004), o rendimento em óleo de


algodão varia de 0,1-02(t/ha), com 3 meses de colheita e com ciclo de máximo
de eficiência anual.
(SILVA, 2015)

O óleo de algodão é extraído da amêndoa (semente/caroço do algodão). Esse óleo é refinado e


apresenta um leve sabor de castanha, com coloração dourada claro ao amarelo avermelhado,
que pode variar de acordo com o grau de refinamento. É utilizado na indústria alimentícia,
farmacêutica e cosmética.

BELTRÃO, N. E. M.; O Agronegócio do Algodão no Brasil, 1 a edição,


EMBRAPA, Campina Grande –PB, 1999, V. 1.

A espécie de algodoeiro G. hirsutum L.r. latifolium Hutch., mais plantada no mundo, com 33,31
milhões de hectares e que produz sementes com línter, é responsável por 90% da produção
mundial de algodão em caroço ou algodão em rama, bastante usada pela humanidade. Devido
às inúmerasaplicações dessa malvácea, é consideranda “o boi vegetal” e, ainda, por ser
totalmente aproveitada pelo homem.

Logo após a separação da fibra, seu principal produto, é em escala deimportância o óleo
comestível. No processamento de extração do óleo obtém-se os subprodutos primários, que
são: o línter, a casca e a amêndoa; os secundários, farinha integral, óleo bruto, torta e farelo;
os terciários, óleo refinado, borra, farinha desengordurada

O processo de obtenção do óleo consiste na abertura do caroço de algodão para obtenção do


grão, esmagamento do grão e extração do óleo por prensa hidráulica ou extração química; a
coloração escura leva à necessidade de refino térmico; a clarificação é a fase de maior
importância na determinação da qualidade e estabilidade do produto final, onde é submetido
a três etapas para a total clarificação.
http://amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/forum_ambiental/article/viewFile/336
/339

A produção brasileira de algodão se apoia na perspectiva de melhora dos preços no âmbito


dos mercados interno e externo. Também se relaciona a outras variáveis, como a adoção de
novas tecnologias, diminuição dos custos de produção, remoção de barreiras ao comércio
internacional, crescimento econômico e populacional (todo o sujeito às oscilações dos
mercados interna e externo).

Destaca-se assim, segundo a CONAB em 2007, a participação dos Estados do Mato Grosso,
Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, onde as lavouras apresentam perspectivas promissoras
para a colheita, com clima favorável e manejo altamente tecnificado. Nos Estados de São Paulo
e Paraná, ocorreu diminuição de área de algodão, em função do cultivo de cana-de-açúcar. No
Distrito Federal a área cultivada foi reduzida, dando lugar à soja.
3.5.2 Óleo

Após a remoção da pluma, o caroço do algodão é quebrado, liberando o grão, que é esmagado
para a extração do óleo, processo feito por prensagem hidráulica ou usando extratores
químicos. O óleo obtido das sementes de algodão é de coloração escura, provocada por
pigmentos que acompanham o gossipol no interior das glândulas distribuídas nos cotilédones
e hipocótilo. A presença desses compostos leva à necessidade de se proceder ao refinamento
do óleo para eliminação através do calor, uma vez que os mesmos são termolábeis e durante o
refino são destruídos. Trata-se do óleo vegetal mais antigo produzido industrialmente, tendo
sido consumido em larga escala no Brasil, e reduzido com o aumento da produção de soja.

3.5.3 Óleos refinados

Durante o processo de refino dos óleos comestíveis, a clarificação é a etapa de maior


importância na determinação da qualidade e estabilidade do produto final. O óleo bruto é
submetido a três etapas do processo de clarificação. Após o refino, pode-se obter um óleo
comestível utilizado em tempero e frituras de excelente qualidade nutricional. O óleo de
algodão é rico em vitamina E que é um antioxidante natural, o que lhe confere maior “vida-de-
prateleira”, apresentando melhor estado de conservação, com menor probabilidade de
rancificação e sofrendo menos alteração que os óleos de milho e de soja; uma colher de óleo
de algodão, pesando 11g, pode satisfazer nove vezes as necessidades diárias do organismo em
vitamina E, dados constatados pela EMBRAPA.

http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/viewFile/737/626

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