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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Avaliação Ergonômica de Postos de Trabalho – LABORATÓRIO UFCG

Professor: Ivanildo Fernandes Araujo

Disciplina: Ergonomia

Maria do Bom Conselho Vitorino

Pedro Henrique C. de Lima

Campina Grande – PB

MAIO/2016
Sumário

1- INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
2- REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................ 4
3- UFCG – LABORTÓRIO ENGENHARIA DE MATERIAIS ............................................ 6
4- ANÁLISE DAS ATIVIDADES E RESULTADOS ............................................................... 7
5- CONCLUSÕES .................................................................................................................... 11
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 12
Avaliação Ergonômica de Postos de Trabalho – LABORATÓRIO UFCG

1- INTRODUÇÃO

O laboratório Nanopol, surgiu na UFCG em meados de 2008, com a


finalidade aprimorar as pesquisas na área de liberação de fármacos e seus
variantes. O laboratório fica localizado na UFCG, campus Campina Grande –
Pb. No laboratório trabalham: alunos de iniciação científica, mestrandos,
doutorandos, pós-doutorado e um técnico.

1.1 Objetivo Geral

Realizar uma analise ergonômica do trabalho realizado pelo técnico.


Identificar riscos e propor melhorias.

1.2 Objetivos Específicos

 Analisar o ambiente do posto de trabalho;


 Descrever as atividades realizadas pelo técnico;
 Identificar riscos;
 Propor melhorias.

1.3 Justificativas

O trabalho ergonômico realizado no Laboratório Nanopol, tem


como justificativa trazer melhorias para o técnico e para os outros
alunos que transitam pelo laboratório.
1.4 Delimitações de Estudo

Os trabalhos realizados no laboratório, são realizados através do


Shaker, Ika®; do Uv\vis PerkinElner e de um computador de mesa.

1.5 Metodologia

Inicialmente foi solicitada uma visita ao laboratório. Com a primeira visita


foi possível conhecer as instalações físicas do laboratório. Em seguida, iniciou-
se a análise ergonômica, para a realização da análise, foi utilizado o Check
List, que avalia as condições ergonômicas gerais em atividades industriais e
uma entrevista com o técnico, com o objetivo de coletar dados que auxilie o
desenvolvimento do trabalho e indiquem as condições ergonômicas em que o
técnico se encontra.

2- REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Ergonomia

A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. O trabalho


tem uma acepção bastante ampla, abrangendo não apenas aqueles
executados com maquinas e equipamentos, utilizados para transformar os
materiais, mas também toda a situação em que ocorre o relacionamento entre
o homem e uma atividade produtiva.

Antigamente as aplicações da ergonomia restringiram-se á indústria e ao


setor militar e aeroespacial. Recentemente, expandiram-se para a agricultura,
ao setor de serviços e a vida diária do cidadão comum. Isso exigiu
conhecimentos novos conhecimentos, como as características de trabalho de
mulheres, pessoas idosas e portadores de deficiências físicas.

Na indústria a ergonomia contribui para melhorar a eficiência, a


confiabilidade e a qualidade das operações industriais. A ergonomia contribui
para melhoria da vida cotidiana, tomando os meios de transporte mais
cômodos e seguros, a mobília domestica mais confortável e os aparelhos mais
eficientes e seguros.

2.2 Sistema homem-máquina-ambiente

O sistema homem-máquina é basicamente a interação de um homem e


uma máquina que interagem para a realização de um trabalho; isso pode ser
entre um, ou mais homens e maquinas. Existem basicamente dois tipos de
máquinas: as tradicionais e as cognitivas. As máquinas tradicionais ajudam a
realizar trabalhos físicos, já as cognitivas operam sobre informações.

No sistema homem-maquina-ambiente, o homem recebe informações da


máquina do trabalho, ambientes internos e externos e de instruções sobre o
trabalho.

2.3 Antropometria – Aplicações – O espaço de trabalho

 Postura - Posição de Pé --- A posição de pé apresenta vantagens de


proporcionar grande mobilidade corporal. Os braços e pernas podem
alcançar os controles das maquinas. Também grandes distancias podem
ser alcançadas andando. A posição parada em pé é altamente fatigante
porque existe muito trabalho estático da musculatura envolvida para
manter nessa posição.

 Inclinação da cabeça para frente --- Muitas vezes é necessário inclinar a


cabeça pra frente para se ter uma melhor visão. Essa postura causa
fadiga rápida dos músculos do pescoço e do ombro, devido
principalmente ao momento provocado pela cabeça que tem um peso
relativamente alto.

 Bancada para trabalho em pé --- A altura da bancada para trabalho em


pé depende da altura do cotovelo e do tipo de trabalho que se executa.
Em geral a altura da bancada deve ficar 5 a 10 cm abaixo da altura do
cotovelo.
3- UFCG – LABORTÓRIO ENGENHARIA DE MATERIAIS

3.1 Universidade Federal de Campina Grande

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é


uma instituição brasileira de ensino superior, pública e federal, criada pela Lei
nº. 10.419 de 9 de abril de 2002. Sua sede localiza-se na cidade de Campina
Grande no estado da Paraíba. Além da sede a universidade estende-se por
mais seis campi localizados nas cidades de Pombal, Patos,
Sousa, Cajazeiras, Cuité e Sumé.

3.2 Laboratorial

O laboratório de estudo está situado dentro da UFCG, referente à


Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais e apresenta uma área de 30
m².

3.3 Liberação Controlada de Fármaco

A liberação controlada de fármacos é um procedimento realizado por um


técnico, habilitado para o uso de equipamentos, que necessita de atenção e
cuidados.

A análise se utiliza o espectrofotômetro UV/Vis. São feitas leituras das


amostras, através da retirada das alíquotas. São geralmente três amostras
cujas alíquotas são retiradas conforme a tabela abaixo.
Intervalo de duração Intervalo de retiradas
1ª HORA 5 minutos
2ª HORA 5 minutos
3ª HORA 30 minutos
4ª HORA 30 minutos
5ª HORA 60 minutos
6ª HORA 60 minutos
7ª HORA 60 minutos
8ª HORA 60 minutos

4- ANÁLISE DAS ATIVIDADES E RESULTADOS

4.1- Questionário aplicado e resultados

Foi-se aplicado o questionário sobre a adequação do trabalho às


características fisiológicas e psicossociais dos trabalhadores ao técnico, que
tem uma carga semanal de 40 horas por semana, aonde os principais pontos
analisados foram:

- Qualidade das instalações prediais

- Disposição do Ambiente

- Disposição do Equipamento

- Dores nas Pernas e Pé

Em relação à qualidade das instalações prediais, observou-se que o


prédio apresenta instalações antigas com infiltrações que levam a queda de
parte da pintura do teto, podendo causar dano a alguém que passe. Já no
laboratório essas infiltrações são visíveis, mas em pouca quantidade, também
há uma fissura de comprimento razoável, 2,10m, mas com o diâmetro
pequeno.

A disposição do ambiente como foi observado não é adequada, há


muitos equipamentos em uma só bancada, limitando o espaço de trabalho, já
que o mesmo local não é usado só pelo técnico.
O equipamento UV/Vis se encontra no canto do laboratório, há um
armário que impede com que o operador tenha espaço para manuseá-lo
corretamente, além de atrapalhar na colocação de uma cadeira para que o
técnico não trabalhe todo o tempo em pé. Além disso, a bancada não é
ergonomicamente correta para os pés e pernas, caso haja a remoção do
armário. E está adequada para serviços mais grosseiros que exijam pressão
para baixo, não condizendo com o trabalho realizado.

Quando se pautou a parte de dores durante ou depois da realização do


trabalho, o técnico alegou sentir dores nas pernas e pés, consequentes às
horas que passa em pé realizando o trabalho. Mas nada que prejudicasse a
saúde.

4.1.1- Check List

TIPO DE AVALIAÇÃO RESULTADOS CONCLUSÃO


MEMBROS 7 PONTOS ALTA EXIGÊNCIA
SUPERIOS
CONDIÇÕES 5 PONTOS RUIM
BIOMECÂNICAS
ADEQUAÇÃO 31%-50% RUIM
BIOMECÂNICA
LOMBALGIA 11 PONTOS BAIXISSIMO RISCO
DORT 17 PONTOS MODERADO
ORGANIZAÇÃO 20 PONTOS BOA
MÉTODO DE 11 PONTOS RUIM
TRABALHO
LINHA DE 31%-50% RUIM
PRODUÇÃO
ANÁLISE TVC 51%-70% RAZOÁVEL
CONDIÇÕES DO 71%-90% BOA
ESCRITORIO
4.2 - Análise ergonômica das atividades

Para que fosse feita a análise ergonômica, foram tiradas imagens do


local de trabalho, com o objetivo de facilitar a compreensão e também foram
retirados dados do questionário e do técnico.

Figura 1- Entrada do Laboratório

A figura 1 apresenta a entrada do laboratório, observa-se o equipamento


UV/Vis ao canto com um armário ao lado obstruindo a área livre, interferindo
assim, a facilitação do uso do equipamento. Além disso, pode-se observar a
infiltração em cima do equipamento, podendo causar assim, dano ao aparelho.
Figura 2- Equipamentos de trabalho.

Na figura 2 pode se observar a esquerda o Shaker com as três amostras


inseridas no processo de liberação e a direita o UV/Vis, pode-se ver que
embaixo da bancada não há apoio adequado para os pés, caso houvesse uma
cadeira e que a altura da bancada não segue as normas para a tarefa
proposta.

Figura 3 – Técnico no equipamento.


Na Figura 3 pode-se ver o técnico operando o computador com uma limitação
de espaço por causa do armário e com uma postura incorreta, que pode trazer
danos futuros.

5- CONCLUSÕES

Ao realizarmos a análise ergonômica do laboratório Nanopol,


observamos alguns erros que podem ser prejudiciais à saúde e a estrutura
física do local. Concluímos que seria de grande valia uma reparação no teto ou
na infraestrutura do prédio. Assim como a retirada do armário e locomoção dos
aparelhos para uma bancada mais adequada. Com essas mudanças, o
laboratório ficaria mais adequado e assim haveria melhorias tanto para o
técnico, quanto para o resultado das análises.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 4º.


ed. Porto Alegre: Bookman, 1998.

Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. – 2 ed. –Brasília: TEM,


SIT, 2002.

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