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TERRAPLENAGEM: PROJETO E EXECUÇÃO

Prof. Mauricio Renato Pina Moreira, M. Sc.


Engenheiro Civil, Professor das disciplinas Estradas e Transportes
dos cursos de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco
e da Universidade Católica de Pernambuco

Recife
Maio/2016

TERRAPLENAGEM: PROJETO E CONSTRUÇÃO


Prof. MAURICIO PINA
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SUMÁRIO

1. DEFINIÇÃO 3
2. ESCAVAÇÃO 4
3. CARGA 8
4. TRANSPORTE 8
5. DESCARGA 10
6. COMPACTAÇÃO 10
7. ACABAMENTO 15
8. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS VOLUMES DA TERRAPLENAGEM 16
9. CÁLCULO DE VOLUMES DA TERRAPLENAGEM 17
10. DIAGRAMA DE BRÜCKNER 18
11. CONTROLE DA COMPACTAÇÃO 20
12. DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM 22
QUESTÕES DE CONCURSOS 30
BIBLIOGRAFIA 34

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1. DEFINIÇÃO

Define-se terraplenagem como sendo um conjunto de operações, a saber, escavação, carga,


transporte, descarga, espalhamento, compactação e acabamento, com o objetivo de
remover a terra de onde ela se encontra em excesso para onde ela se encontra em falta. O
dicionário da língua portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira dá a seguinte
definição de terraplenagem: “conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e
compactação de terras, necessárias à realização de uma obra”. Ou seja, a terraplenagem é
uma atividade de Engenharia necessária para se passar da situação do terreno natural para
as cotas definidas em projeto. A terraplenagem também é chamada movimento de terras.
Usa-se também a fórmula popular terraplanagem.

Quanto à forma de execução, a terraplenagem pode ser manual ou mecanizada, abrangendo


o já citado conjunto de operações.

A terraplenagem manual utiliza a energia muscular do homem, mediante o uso de


ferramentas apropriadas. É usada desde tempos imemoriais. Na Antiguidade, registra-se a
realização de grandes obras de terraplenagem, em especial pelos egípcios, babilônios e
romanos.

A terraplenagem mecanizada surgiu na segunda metade do século XIX, com o advento da


máquina a vapor e foi impulsionada com o desenvolvimento dos motores de combustão
interna, já no início do século XX. Assim, em 1920, foi lançado o trator movido a gasolina, ao
qual foi adaptada a lâmina. Nas décadas de 20 e 30, foi criado o primeiro “scraper”
propelido, rebocado por trator. Em 1938, surgiu o primeiro “motoscraper”. A partir daí,
foram desenvolvidos e aperfeiçoados cada vez mais os equipamentos de terraplenagem.
Hoje em dia, há equipamentos sofisticados com eletrônica embarcada, dispondo de cabine
climatizada e controle por meio de “joysticks”, substituindo os de embreagem pesada e que
exigiam força muscular considerável para a sua operação.

A diferença da terraplenagem manual para a mecanizada é uma questão de escala. Por


exemplo, para se obter uma produção de 50 m³/h de escavação, são necessários 100
operários na terraplenagem manual ou apenas um operador de escavadeira na
terraplenagem mecanizada.

As máquinas usadas em terraplenagem podem ser classificadas em motrizes e operatrizes.


As máquinas motrizes são aquelas que produzem a energia mecânica necessária à produção
de trabalho, como os tratores, compressores de ar e geradores. As máquinas operatrizes são
as que realizam efetivamente os serviços de terraplenagem, possuindo tração própria ou
sendo tracionadas, rebocadas ou acionadas pelas máquinas motrizes. Entre as máquinas

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operatrizes, pode-se citar os equipamentos de escavação (unidades escavo-empurradoras,


escavo-transportadoras e escavo-carregadoras), as unidades aplainadoras, as unidades de
transporte e as unidades compactadoras.

2. ESCAVAÇÃO

A escavação é a operação necessária para desmontar ou desagregar o material.

A escavação manual é feita com a utilização de ferramentas apropriadas, como pá, enxada,
enxadeco ou picareta.

A escavação mecanizada é realizada com o uso de equipamentos adequados a essa


finalidade, que utilizam ferramentas cortantes, tais como a faca da lâmina ou os dentes da
caçamba de uma carregadeira. Os equipamentos de escavação podem ser classificados em
unidades escavo-empurradoras, unidades escavo-transportadoras e unidades escavo-
carregadoras.

As unidades escavo-empurradoras são aquelas capazes de escavar e empurrar a terra, tais


como o trator de esteira ou de pneus com lâmina (chamado trator de lâmina ou
“bulldozer”).

TRATOR DE ESTEIRA

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As unidades escavo-transportadoras são as que escavam o material e em seguida os


carregam e os transportam, tais como o “scraper” (forma aportuguesada: escreiper)
rebocado e o “scraper” automotriz ou “motoscraper” (forma aportuguesada:
“motoescreiper”).

MOTOESCREIPER

As unidades escavo-carregadoras escavam e em seguida carregam o material sobre um


equipamento de transporte (normalmente, um caminhão), compreendendo as carregadeiras
e as escavadeiras. As carregadeiras são também denominadas pás-carregadeiras e
normalmente utilizam caçamba frontal, podendo ser montadas sobre esteiras ou sobre
pneus.

TRATOR ESCAVO-CARREGADOR

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PÁ-CARREGADEIRA

As escavadeiras, também chamadas pás-mecânicas, são equipamentos que trabalham


estacionados, podendo ser montadas sobre esteiras, pneus ou trilhos. As escavadeiras são
providas de lanças, destinadas a efetuar certos tipos de escavação.

ESCAVADEIRA HIDRÁULICA SOBRE ESTEIRAS

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Existem vários tipos de escavadeira: as que possuem lança com pá frontal ou “shovel”, as
com caçamba de arrasto ou “drag-line”, as com caçamba de mandíbulas ou “clam-shell” e as
com lança retroescavadora, “back-shovel” ou “hoe”. As escavadeiras do tipo “shovel” são
destinadas a escavar em taludes situados acima do nível do terreno em que a máquina está
instalada. As escavadeiras do tipo “drag-line” são utilizadas para escavar em níveis situados
abaixo do terreno no qual estão apoiadas, sendo aplicadas no corte de materiais pouco
compactos ou moles. As escavadeiras “drag-line” apresentam ainda duas características
importantes: 1) constituem-se no único tipo de equipamento convencional de
terraplenagem que executa escavação dentro d’água, podendo ser utilizadas nos serviços de
dragagem de canais e rios de pequena largura; 2) são os equipamentos que possuem o
maior raio de alcance, de até cerca de 20 metros. Esse raio de alcance máximo da caçamba
depende de vários fatores, entre os quais as condições locais, a habilidade do operador, o
uso de extensão da lança e do ângulo formado entre a lança e a horizontal. As escavadeiras
do tipo “clam-shell” são utilizadas na escavação para a abertura de valas de pequenas
dimensões, em especial quando há obstáculos como escoramentos ou tubulações
subterrâneas. As escavadeiras com lança retroescavadora são indicadas para escavações
abaixo do nível em que se encontram e quando se deseja precisão nas dimensões da vala.
Os materiais de escavação são classificados em 1ª, 2ª ou 3ª categoria, em função da menor
ou maior dificuldade que oferecem ao desmonte.

Os materiais de 1ª categoria são os de fácil escavação e compreendem os solos de um modo


geral. A sua escavação pode ser feita de forma manual ou mecanizada, nesta empregando
equipamentos como a escavadeira, o trator de lâmina, a pá-carregadeira ou o “moto-
scraper”. O antigo DNER (atual DNIT) define os materiais de 1ª categoria da seguinte
maneira: ”terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado de decomposição,
seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior de 15 cm, qualquer que seja o teor de
umidade, compatíveis com a utilização de “dozer”, “scraper”rebocado ou motorizado.”

Os materiais de 2ª categoria são os que oferecem média dificuldade de escavação, ou seja,


não são tão fáceis de escavar quanto os de 1ª nem tão difíceis quanto os de 3ª. Enquadram-
se nessa classificação os solos com elevado grau de compacidade e as rochas alteradas. Os
materiais de 2ª categoria são desagregados com o uso de equipamentos de escavação,
porém com um desmonte prévio feito com escarificador ou emprego descontínuo de
explosivos de baixa potência. O escarificador ou “ripper” é um dispositivo utilizado nas
motoniveladoras ou um implemento adaptado aos tratores de esteiras, que consta de um ou
mais dentes metálicos reforçados, providos de pontas cortantes, funcionando como um
arado. A eficiência do escarificador é aumentada com a ação de pistões hidráulicos que
forçam os dentes sobre o solo. O antigo DNER (atual DNIT) define os materiais de 2ª
categoria da seguinte maneira: “rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao

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granito, blocos de pedra de volume inferior a 1 m³, matacões e pedras de diâmetro médio
superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego de explosivos ou uso combinado
de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais comuns.”

Os materiais de 3ª categoria compreendem as rochas sãs e são aqueles cujo desmonte é


realizado com o emprego contínuo e exclusivo de explosivos de média e alta potência. Trata-
se de materiais que não são penetrados por escarificador, abrangendo, entre outros tipos de
rocha, os gnaisses, os granitos, os basaltos, ou seja, rochas compactas e de grande dureza. O
antigo DNER (atual DNIT) define os materiais de 3ª categoria da seguinte maneira: “rocha
com resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito e blocos de rocha de
volume igual ou superior a 1 m³, cuja extração e redução, para tornar possível o
carregamento, se processa com o emprego contínuo de explosivo.”

Essa classificação utilizada em terraplenagem tem uma importância econômica, pois


influencia os preços unitários de escavação. A relação aproximada dos custos de escavação
dos materiais de 1ª, 2ª e 3ª categorias é de aproximadamente 1:2:6. Ou seja, o custo da
escavação de 1 m³ de material de 2ª categoria é em torno do dobro do custo da escavação
de 1 m³ de material de 1ª categoria, enquanto a escavação de 1 m³ de material de 3ª
categoria custa cerca de 6 vezes mais que a escavação de 1 m³ de material de 1ª categoria.
Deve-se evitar a escavação de materiais de 1ª e 2ª categorias durante os períodos chuvosos.

3. CARGA

A operação de carga da caçamba também pode ser feita de forma manual ou mecanizada. A
carga manual consiste na utilização de pá, tornando-se tanto mais incômoda ou impraticável
quando o nível da caçamba do equipamento de transporte está em cota muito acima do
nível do terreno. A carga mecanizada é feita com equipamentos do tipo escavadeira, trator
escavo-carregador ou pá-carregadeira.

4. TRANSPORTE

Na terraplenagem manual, a operação de transporte pode ser realizada diretamente pelo


próprio operário ou com a utilização de carroças de tração humana ou animal.

Na terraplenagem mecanizada, são usados os seguintes tipos de equipamento:


a) “scraper” rebocado ou “motoscraper”, quando a distância de transporte é de até em
torno de 600 m. Acima dessa distância, o transporte com esses equipamentos se torna
antieconômico;

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b) unidades transportadoras, que abrangem:


b1) caminhão basculante comum. No transporte de material escavado, não é adequado o
uso de caminhão de caçamba fixa, pelo custo decorrente da operação de descarga. Os
caminhões comuns usados em terraplenagem possuem capacidade para transportar de 4,5 a
6,0 m³ e a descarga do material é feita por basculagem da caçamba.
b2) vagão. Os vagões são unidades de grande capacidade, carregadas por unidades escavo-
carregadoras. Executam apenas as operações de transporte e descarga e são geralmente
rebocados por tratores de pneus. A descarga do material pode ser feita de três maneiras, o
que diferencia o tipo de vagão: fundo móvel (“bottom-dump”), traseira, por basculagem da
caçamba (“rear-dump”) ou lateral (“side-dump”). O volume da caçamba é em torno de 40
m³.
b3) “dumper”. Os “dumpers” são unidades transportadoras assemelhadas aos caminhões
basculantes comuns, porém são mais robustos e apresentam uma característica para
eliminar manobras na carga e na descarga. É que eles podem se deslocar tanto para frente
quanto para trás sem executar movimentos de ré, pois dispõem de comandos duplos e o
assento do motorista e o volante de direção são giratórios, com ângulo de 180°. A descarga
do material é feita por basculagem da caçamba, que possui capacidade da ordem de 4 a 6
m³.
b4) caminhão “fora-de-estrada”. Os caminhões denominados “fora-de-estrada” são veículos
utilizados na execução de serviços pesados de construção. As suas dimensões são muito
superiores às dos caminhões convencionais, o que os impede de circular nas estradas de
tráfego normal. A sua utilização fica, portanto, restrita aos canteiros de obras. Os volumes
das caçambas dos caminhões “fora-de-estrada” são superiores a 10 m3. Pelo seu elevado
custo de aquisição, o seu emprego só é justificado em trabalhos de terraplenagem com
grandes volumes.

CAMINHÃO FORA-DE-ESTRADA (este modelo apresenta capacidade rasa de 41,28 m3 e capacidade


coroada de 63,43 m3)

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5. DESCARGA

Se manual, a operação de descarga é realizada com a utilização de pá, visando fazer tombar
o material transportado, do equipamento de transporte ao terreno no local de destino.
Nesse caso, é necessário incluir no orçamento o custo da operação de descarga.

Como já mencionado, a descarga do material transportado costuma ser realizada por meio
da operação de basculagem da caçamba do caminhão. Assim sendo, a descarga não acarreta
custos. É usual, nos orçamentos de terraplenagem, que constem itens com a seguinte
descrição, a título de exemplo: “Escavação, carga e transporte de material de 1ª categoria,
com DMT até 50 m”. Observa-se que a descarga não é explicitada na descrição por não
apresentar custos, embora faça parte do conjunto de operações que serão realizadas no
campo.

6. COMPACTAÇÃO

Compactação é a operação que visa reduzir os vazios do solo e, em consequência, aumentar


a sua resistência. O aumento da densidade de um solo, por efeito de compactação, depende
do teor de umidade do solo e da energia despendida. Em laboratório, é realizado o ensaio de
compactação ou o ensaio AASHTO (American Association of State Highway and
Transportation Officials) ou Proctor, assim chamado em homenagem ao engenheiro norte-
americano que o concebeu em 1933. Em função da energia empregada, são utilizados os
ensaios AASHTO Normal ou Proctor Normal, AASHTO Intermediário e o AASHTO Modificado
ou Proctor Modificado.

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A energia de compactação empregada no AASHTO ou Proctor Modificado corresponde a


cerca de 4,5 vezes a energia do AASHTO ou Proctor Normal. Esses ensaios são realizados
com a utilização da seguinte aparelhagem: cilindro pequeno ou cilindro Proctor, cilindro
grande ou cilindro CBR, soquete pequeno ou soquete Proctor, soquete grande ou soquete
CBR, disco espaçador de 2” e disco espaçador de 2½”. As características desses aparelhos
são as seguintes:

CILINDRO PEQUENO OU PROCTOR GRANDE OU CBR


ALTURA 12,7 cm ou 5” 17,8 cm ou 7”
DIÂMETRO INTERNO 10,6 cm ou 4” 15,2 cm ou 6”
VOLUME 1.000 cm³ -
VOLUME DO CORPO DE PROVA - 2.315 cm³
COM DISCO ESPAÇADOR DE 2”
VOLUME DO CORPO DE PROVA - 2.085 cm³
COM DISCO ESPAÇADOR DE 2½”

SOQUETE PEQUENO OU PROCTOR GRANDE OU CBR


ALTURA DE QUEDA 30,5 cm ou 12” 45,7 cm ou 18”
PESO 2.495 g ou 5,5 lb 4.536 g ou 10 lb

Os ensaios de compactação são realizados de acordo com a tabela que se segue.


ENSAIO CILINDRO SOQUETE DISCO NÚMERO DE NÚMERO DE
ESPAÇADOR CAMADAS GOLPES POR
CAMADA
AASHTO OU PEQUENO PEQUENO - 3 25
PROCTOR PEQUENO GRANDE - 3 9
NORMAL GRANDE GRANDE 2” 5 13
GRANDE GRANDE 2½” 5 12
AASHTO PEQUENO PEQUENO - 5 34
INTERMEDIÁRIO PEQUENO GRANDE - 5 12
GRANDE GRANDE 2” 5 29
GRANDE GRANDE 2½” 5 26
AASHTO OU PEQUENO PEQUENO - 5 68
PROCTOR PEQUENO GRANDE - 5 25
MODIFICADO GRANDE GRANDE 2” 5 58
GRANDE GRANDE 2½” 5 52

Sendo P o peso do soquete, h a altura de queda, N o número de golpes por camada, n o


número de camadas e V o volume do corpo de prova, a energia de compactação por unidade
de volume (E) é calculada pela seguinte expressão:
E= P.h.N.n/V

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Seja, por exemplo, calcular a energia de compactação do ensaio AASHTO ou Proctor Normal,
utilizando cilindro e soquete grandes e disco espaçador de 2½”. Sendo P= 4,536 kg; h= 0,457
m; N= 12, n= 5 e V= 2,085 dm³, tem-se:
E= 4,536 x 0,457 x 12 x 5/2,085= 59,7 kg.m/dm³.

Define-se o Grau de Compactação (GC) como sendo a relação entre a densidade do material
compactado e a densidade máxima obtida em laboratório para a energia de compactação
especificada. Ou seja, sendo γa a densidade do material no aterro compactado e γm a
densidade máxima obtida em laboratório, tem-se que: GC=

Assim como as demais operações de terraplenagem, a compactação também pode ser


realizada manual ou mecanicamente. Na compactação manual, são utilizados pilões,
soquetes ou até mesmo o compactador tipo “sapo”. Na compactação mecanizada, são
utilizadas as unidades compactadoras, que abrangem os rolos lisos vibratórios, os rolos “pé-
de-carneiro”, os rolos pneumáticos, os rolos combinados e os rolos especiais.

Os rolos lisos vibratórios são indicados para a compactação de solos arenosos. Possuem
tambor(es) de aço liso e um dispositivo vibratório que provoca a aproximação das partículas
dos solos não-coesivos.

ROLO COMPACTADOR VIBRATÓRIO LISO

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Os rolos “pé-de-carneiro” (em espanhol, rodillos de pata de cabra) possuem como


elementos ativos um cilindro metálico contornado de protuberâncias fixas (em geral,
troncos de pirâmide) chamadas “pés-de-carneiro”. Segundo Arquié, a ação do compactador
é semelhante às pegadas de um rebanho, cujas inúmeras patas penetram no solo e o
compactam. Diz a lenda que a ação devida às pegadas do gado já foi utilizada para
compactar terraplenos. Os antigos rolos “pé-de-carneiro” eram rebocados por tratores de
pneus, porém os atuais modelos são autopropelidos. Os rolos “pé-de-carneiro” são
recomendados para a compactação de solos coesivos, ou seja, os que apresentam uma
razoável percentagem de finos (argila e silte). Não são indicados para a compactação de
solos arenosos, pois apenas revolvem o material sem compactá-lo.

ROLO COMPACTADOR “PÉ-DE-CARNEIRO”

O tambor do rolo possui diâmetro de 1,0 a 2,0 m e pode ser enchido com água, areia ou pó-
de-pedra, visando aumentar o seu peso e, consequentemente, a pressão de contato e a
energia de compactação transmitida.

Quando se faz a compactação com rolo “pé-de-carneiro”, aparecem inicialmente sulcos


profundos e, com as passadas sucessivas, a profundidade desses sulcos vai diminuindo.

Os rolos pneumáticos são formados por uma plataforma metálica apoiada em dois eixos que
possuem de três a até mais de seis pneumáticos, cada. No caso, a compactação dos solos

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depende da pressão de contato entre os pneus e o terreno. Os rolos pneumáticos são muito
utilizados, tanto em serviços de acabamento quanto na compactação de maciços terrosos.

ROLOS PNEUMÁTICOS

Os rolos combinados são aqueles obtidos pela combinação dos tipos básicos, objetivando os
fabricantes atender à maior faixa possível de solos, dos argilosos aos arenosos. Assim, os
rolos “pés-de-carneiro” com dispositivo vibratório são exemplos desse tipo de unidade
compactadora.

7. ACABAMENTO

O acabamento final da terraplenagem é realizada pelas unidades aplainadoras, que


compreendem as motoniveladoras. Esse tipo de equipamento é provido de lâmina e permite
conformar o terreno às cotas finais do greide de projeto, sendo também conhecido
vulgarmente pela denominação de “patrol”.

Entre a lâmina e o eixo dianteiro da motoniveladora, está situado o escarificador (“ripper”),


já comentado e utilizado para o desmonte de material de 2ª categoria.

As motoniveladoras são consideradas a máquina mais versátil utilizada em terraplenagem de


rodovias e ferrovias. São empregadas na conservação das estradas de terra de um modo
geral e dos caminhos de serviço percorridos pelos caminhões, “scrapers” e “motoscrapers”
durante uma obra de terraplenagem e ainda na operação de acabamento de superfícies e no
taludamento de cortes.

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MOTONIVELADORA

8. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS VOLUMES DA TERRAPLENAGEM

O volume do material depende do seu peso específico. Quando ele se encontra no seu
estado natural (corte ou empréstimo), apresenta um volume V n e um peso específico γn. Ao
ser escavado, o material sofre uma expansão volumétrica, passando a apresentar um
volume Vs (volume solto) e um peso específico γs. Após ser compactado, o mesmo material
apresentará um volume Va (volume no aterro) e um peso específico γa. Pode-se, portanto,
escrever que o peso P do material é dado por:
P= γnVn= γsVs= γaVa.
De um modo geral, tem-se: Vs > Vn > Va e, por conseguinte, γs < γn < γa.

Conhecendo-se, por exemplo, o volume do material solto (Vs) e os pesos específicos do


material solto (γs) e no seu estado natural (γn), pode-se calcular o volume do material no
corte ou no empréstimo, ou seja, no seu estado natural, por meio da seguinte equação:
Vn= Vs.γs/γn. A relação γs/γn é denominada fator de empolamento (ф). Ou seja, ф= γs/γn < 1.
Como γs= P/Vs e γn= P/Vn, então ф= Vn/Vs, ou seja, Vn= ф.Vs.

A percentagem de empolamento (f) é obtida pela equação: f= [(1/ф) – 1].100. De um modo


geral, quanto mais fino for o solo, maior será o empolamento. A tabela a seguir, extraída de
Ricardo & Catalani, mostra o empolamento para alguns tipos de solos.

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PERCENTAGEM DE FATOR DE EMPOLAMENTO


MATERIAL
EMPOLAMENTO f (%) (ф)
Solos argilosos 40 0,71
Terra comum seca (solos
25 0,80
argilo-siltosos com areia)
Terra comum úmida 25 0,80
Solo arenoso seco 12 0,89

Por sua vez, o solo, ao ser compactado, sofre uma redução volumétrica, dada por:
[1 – (γa/γn)].100.

Exemplos de aplicação:
Determine o volume necessário a ser escavado em um empréstimo para a execução de um
aterro, sabendo-se que o volume compactado (Va) é de 10.000 m3, que o peso específico no
material no empréstimo (γn) é de 1.600 kg/m3, que a densidade máxima de laboratório
obtida pelo ensaio Proctor Normal (γm) é de 2.000 kg/m3 e que o Grau de Compactação (GC)
é de 95%.

Resolução:
γa= GC.γm, ou seja, γa= 0,95 x 2.000 kg/m3= 1.900 kg/m3
Vn= Va.γa/γn. Portanto, Vn= 10.000 m3 x 1.900/1.600= 11.875 m3.

9. CÁLCULO DE VOLUMES DA TERRAPLENAGEM

O cálculo de volumes da terraplenagem também é denominado cubação ou cubagem.

O método usual de cálculo consiste em assimilar o volume (tanto de corte como de aterro) a
uma série de prismoides. Assim, sendo conhecidas as áreas Si e Si-1 de duas seções
transversais consecutivas e sendo d a distância que as separa, utiliza-se o método da semi-
soma das áreas para fins da determinação do volume. Sendo Vi, i-1 o volume entre as duas
seções transversais, pode-se escrever: Vi,i-1= d.(Si + Si-1)/2 (vide figura abaixo).

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Figura extraída de Senço, 1975

Um método um pouco mais preciso consistiria em calcular o volume entre as duas seções
transversais pela equação:
Vi, i-1= d.(Si + 4Sm + Si-1)/6, onde Sm seria a área da seção transversal equidistante das seções i
e i-1.
Porém, se Sm= (Si + Si-1)/2, as duas equações levam exatamente ao mesmo resultado.
Além disso, o pequeno ganho de precisão não é compensado pelo trabalho adicional de
calcular a área de mais uma seção transversal (Sm).

Por tais motivos, utiliza-se na prática o método da semi-soma das áreas acima descrito.

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Exemplo de cálculo de uma planilha de cubação


Determine os volumes de corte e de aterro de um trecho de rodovia compreendido entre as
estacas 0 e 15 + 18,40, sendo conhecidas as correspondentes áreas de corte e de aterro.

SOMA DAS ÁREAS VOLUME (m³)


ÁREA (m²) DISTÂNCIA
ESTACA (m²)
(m)
CORTE ATERRO CORTE ATERRO CORTE ATERRO
0 0 0 - - - - -
1 88 0 20 88 0 880 0
2 192 0 20 280 0 2.800 0
3 327 0 20 519 0 5.190 0
4 549 0 20 876 0 8.760 0
5 295 0 20 844 0 8.440 0
6 132 0 20 427 0 4.270 0
7 57 33 20 189 33 1.890 330
8 0 247 20 57 280 570 2.800
9 0 479 20 0 726 0 7.260
10 0 598 20 0 1.077 0 10.770
11 0 395 20 0 993 0 9.930
12 0 111 20 0 506 0 5.060
13 0 42 20 0 153 0 1.530
14 58 0 20 58 42 580 420
15 149 0 20 207 0 2.070 0
15 + 18,40 311 0 18,40 460 0 4.232 0
TOTAL 39.682 38.100

10. DIAGRAMA DE BRÜCKNER

O diagrama de Brückner é muito utilizado no Brasil para a distribuição do material escavado.


Encontra similar na Europa, principalmente na França, no diagrama de Lalanne, utilizado
com o mesmo objetivo.

Muito pouco se conhece da pessoa de Brückner, engenheiro da empresa Bavarian State


Railways. A primeira divulgação do método da curva de Brückner data de 1847. Em sua tese
de doutorado, sob o título “Die Graphische Statik”, publicada em 1868, Cullmann,
considerado um pioneiro de métodos gráficos em engenharia, fez citação ao método da
curva de Brückner.

Pode-se definir que, em uma estaca i qualquer, a ordenada Bi do Brückner é obtida pela
seguinte expressão: Bi= . Nessa expressão, representa o somatório
acumulado dos volumes dos cortes até a estaca i e representa o somatório acumulado

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dos volumes dos aterros corrigidos até a mesma estaca i, ou seja, o somatório acumulado
dos volumes dos aterros considerando-os com a densidade dos cortes.

Para exemplificar inicialmente o processo de cálculo das ordenadas do diagrama de


Brückner, considere-se o mesmo problema da planilha de cubação apresentado no capítulo
anterior. Admita-se que a densidade do material no corte e a densidade máxima obtida em
laboratório sejam respectivamente γn= 1,6 e γm= 2,0 e ainda que o Grau de Compactação
(GC) exigido seja de, no mínimo, 95%. Assim, a densidade mínima do material compactado é
γa= 95% de 2,0= 1,9 e a relação γa/γn= 1,9/1,6= 1,1875. Essa relação, multiplicada pelo
volume do aterro, fornece o volume do aterro corrigido.

A ordenada inicial do Brückner é arbitrária, sendo neste exemplo considerada igual a 0


(zero).

VOLUME (m³)
ESTACA ATERRO COMPENSAÇÃO
CORTE ATERRO BRÜCKNER
CORRIGIDO LATERAL
0 - - - 0 -
1 880 0 0 880 -
2 2.800 0 0 3.680 -
3 5.190 0 0 8.870 -
4 8.760 0 0 17.630 -
5 8.440 0 0 26.070 -
6 4.270 0 0 30.340 -
7 1.890 330 392 31.838 392
8 570 2.800 3.325 29.083 570
9 0 7.260 8.621 20.462 -
10 0 10.770 12.789 7.673 -
11 0 9.930 11.792 – 4.119 -
12 0 5.060 6.009 – 10.128 -
13 0 1.530 1.817 – 11.945 -
14 580 420 499 – 11.864 499
15 2.070 0 0 – 9.794 -
15 + 18,40 4.232 0 0 – 5.562 -
TOTAL 39.682 38.100 45.244 1.461

O diagrama de Brückner apresenta as seguintes propriedades:


a) Ordenadas crescentes significam corte. Ordenadas decrescentes significam aterro.
b) Pontos de máximo significam passagem de corte para aterro. Pontos de mínimo significam
passagem de aterro para corte.
c) Qualquer horizontal traçada no diagrama e que intercepte a curva de Brückner indica trecho de
compensação de volumes. Essa horizontal é chamada linha de compensação ou linha de terra.

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20

d) As ordenadas máximas de cada ramo (ascendente ou descendente) representam os volumes


totais de corte ou aterro, respectivamente. As ordenadas máximas de cada segmento
compensado representam os volumes totais da respectiva compensação.
e) As interseções da linha de compensação ou linha de terra com o diagrama determinam as
distâncias máximas de transporte para cada segmento compensado.
f) A diferença de ordenadas entre dois pontos da curva de Brückner representa o volume de terra
entre esses mesmos pontos.
g) Quando mais inclinada a curva de Brückner, maior é o volume da terraplenagem (corte ou aterro,
conforme o caso).
h) Ondas positivas de Brückner significam compensação para frente, ou seja, o corte precede o
aterro no sentido crescente do estaqueamento. Ondas negativas de Brückner significam
compensação para trás, ou seja, o aterro precede o corte no sentido crescente do
estaqueamento.
i) A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação representa o momento
de transporte daquela distribuição.

Figura extraída de Senço, 1975

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21

11. CONTROLE DA COMPACTAÇÃO

Executada a compactação, deverá ser determinada a densidade obtida. Para esse fim, o
procedimento mais comumente empregado consiste em: 1) fazer um furo na camada compactada; 2)
pesar o material extraído do furo (Ph); 3) obter a umidade do material (h); 4) obter o peso do
material seco por meio da equação Ps= 100.Ph/(100 + h); 5) obter o volume do furo.

A maior dificuldade reside na determinação do volume do furo. Segundo o Road Research Laboraty,
o método mais preciso para a determinação desse volume é o conhecido como o do frasco de areia.
Esse método consiste no preenchimento do furo por uma areia bem seca e de densidade conhecida.
Determina-se o peso da areia que preencheu o furo pesando-se o frasco antes e depois da operação.
O volume do furo corresponde ao volume da areia que o preencheu, este último sendo a relação
entre o peso e a densidade da areia. A vantagem desse método é que a areia se amolda bem às
paredes do furo.

UTILIZAÇÃO DO FRASCO DE AREIA PARA DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE “IN SITU”

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22

Outros métodos podem ser utilizados com a mesma finalidade, tais como o método do óleo, que
consiste em substituir a areia por um líquido que se adapte à forma do furo. Nesse caso, deve-se
considerar que o mesmo seja bastante viscoso para que não se infiltre pelos vazios do solo ao longo
das paredes do furo. Utiliza-se, então, um óleo de viscosidade adequada.

Ainda podem ser utilizados os métodos do cilindro biselado e o do densitômetro de membrana.

Mais recentemente, tem sido usado o equipamento FWD (Falling Weight Deflectometer) para fins do
controle da compactação.

12. DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM

A determinação da quantidade necessária de equipamentos para a realização de um serviço de


terraplenagem depende de alguns fatores, tais como a produtividade de cada equipamento e o
cronograma de execução.

Como já visto, a terraplenagem envolve um conjunto de operações, a saber, escavação,


carga, transporte, descarga, espalhamento, compactação e acabamento. Essas operações
podem ser realizadas em sequência ou com simultaneidade.

Uma unidade escavo-carregadora (carregadeira ou escavadeira), como o próprio nome


sugere, executa as duas primeiras operações (escavação e carga), exigindo, em sequência,
uma unidade transportadora (por exemplo, um caminhão basculante comum ou um
caminhão “fora-de-estrada”). Já um trator de esteiras é capaz de executar as cinco primeiras
operações.

Qualquer que seja o tipo de equipamento e o conjunto de operações que ele seja capaz de
executar, o trabalho é repetido ao longo do tempo de forma cíclica, ou seja, ao ser
terminada uma sequência de operações, inicia-se a seguinte na mesma ordem anterior.

Ricardo & Catalani definem ciclo como sendo o conjunto das operações que um
equipamento executa num certo lapso de tempo, voltando, em seguida, à posição inicial
para recomeçá-las. Os mesmos autores definem tempo de ciclo como sendo o intervalo de
tempo decorrido entre duas passagens consecutivas da máquina por qualquer ponto do
ciclo.

Por sua vez, o tempo de ciclo mínimo ou teórico (tc mín) é o somatório de todos os tempos
elementares em que o ciclo pode ser decomposto. Esses tempos elementares podem ser
divididos em tempos fixos (tf) e tempos variáveis (tv). Os tempos fixos são aqueles que se

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mantêm aproximadamente constantes para um determinado tipo de equipamento e os


tempos variáveis são os que dependem diretamente das distâncias percorridas.

Imagine-se, por exemplo, o transporte realizado por um caminhão basculante comum. O


ciclo desse serviço compreende, na ordem sequencial, as seguintes operações elementares:
a carga da unidade (ou seja, o carregamento do caminhão), o transporte propriamente dito
(ou seja, o deslocamento com o caminhão carregado desde a origem até o destino do
material), a manobra e a descarga, o retorno vazio do caminhão para a origem e o
posicionamento do veículo para a carga seguinte. Essas operações elementares se repetem
na mesma sequência nos ciclos seguintes. O tempo de ciclo mínimo (tc mín) é dado por: tc mín=
Σtf + Σtv. No caso exemplificado, os tempos fixos correspondem ao tempo de carga da
unidade, ao tempo de manobra e descarga e ao tempo de posicionamento para a carga. São
considerados tempos variáveis os referentes ao transporte com o caminhão carregado e o
retorno vazio, posto que dependem das distâncias percorridas.

Define-se tempo de ciclo efetivo (tc ef) como sendo aquele gasto pelo equipamento para
executar o ciclo de operação, incluídos os tempos de parada (tp) que costumam ocorrer no
transcorrer de alguns ciclos. Deve-se procurar eliminar ou minimizar esses tempos de
parada, tendo em vista que os mesmos aumentam o tempo de ciclo efetivo e reduzem, em
consequência, a produtividade. Tem-se, pois:
tc ef= tc mín + Σtp= Σtf + Σtv + Σtp.

Exemplos de aplicação

1) (Adaptado de Senço, 1970) Foi realizado um ensaio de compactação com a energia do


Proctor Normal de um solo a ser utilizado na execução de um aterro cujo volume
compactado (V) é de 200.000 m3, tendo sido obtidos os seguintes resultados:
Umidade (%) Densidade (kg/m3)
3,0 1.600
7,0 1.830
10,0 2.000
14,0 1.980
19,0 1.730
Sabendo-se que a umidade natural (hn) desse solo é de 4,0%, dimensione a quantidade
necessária de irrigadeiras de 8.000 litros cada, de modo que esse aterro seja executado em
um prazo de 90 dias corridos. Considere a jornada diária de trabalho de 8 horas, o tempo de
ciclo efetivo da irrigadeira de 1 hora e 20 minutos e admita uma perda de água por
evaporação (he) de 2,0%.

Solução:

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a) Determinação da umidade ótima (ho) e da densidade máxima do solo seco (γm)


Pelo gráfico abaixo, obtem-se: ho= 12,0% e γm= 2.030 kg/m3.

b) Determinação da quantidade de água necessária (Δh) para se obter a umidade ótima


Δh= ho – hn + he= (12,0 – 4,0 + 2,0)%= 10,0%

c) Determinação do peso do solo seco a ser compactado (P)


P= V x γm= 200.000 m3 x 2.030 kg/m3= 406.000 t

d) Determinação do volume necessário de água (Va)


Pa (peso necessário de água)= Δh x P= 0,10 x 406.000 t= 40.600 t
Va= 40.600.000 litros (densidade da água=1)

e) Determinação do número diário de viagens por irrigadeira


nv= 8 x 60 minutos / 80 minutos= 6 viagens/dia

f) Quantidade necessária de irrigadeiras de 8.000 litros (Qi)


Qi= Va / (8.000 x 6 x 90)≈ 9,4, ou seja, 10 irrigadeiras.

2) (Adaptado de Senço, 1970) Para o mesmo aterro indicado no exemplo anterior, foram
medidas as densidades de campo em um pequeno trecho experimental após as
passagens de um rolo pé-de-carneiro , tendo sido obtidos os seguintes resultados:

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Número de passagens (n) Densidade (kg/m3)


0 1.550
5 1.730
10 1.810
15 1.875
20 1.910
25 1.950
30 1.970

Sabendo-se que o Grau de Compactação exigido é de, no mínimo, 95%, pede-se


determinar o número de passagens desse rolo para se atingir a correspondente
densidade mínima.

Solução:

a) Determinação da densidade mínima exigida


γa= GC x γm= 0,95 x 2.030 kg/m3= 1.928,5 kg/m3

b) Determinação do número de passagens do rolo para se obter a densidade mínima exigida


Interpolando linearmente no gráfico abaixo, tem-se:
(1.950 – 1.910) / (25 – 20) = (1.928,5 – 1.910) / (x – 20)
Obtém-se x≈ 22,3, ou seja, 23 passagens.

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3) (Adaptado de Melo, 1977) Para a execução de um aterro com altura uniforme e extensão
de 4 km, são conhecidas as seguintes informações:
a) Volume compactado do aterro a executar= 250.000 m3;
b) Posição do empréstimo (E1) e da fonte de água (FA)

E1

FA 1 km
0 km
km
1 2 3 4

c) Características do material do empréstimo: γm= 2.000 kg/m3; hot= 15,0%; γe= 1.500 kg/m3;
hn= 5,0%
(γm é a densidade máxima de laboratório, obtida pelo ensaio Proctor Normal; hot é a
umidade ótima; γe é a densidade do material no empréstimo; hn é a umidade natural);

d) Acréscimo de umidade para compensar as perdas por evaporação= 3,0%;

e) Grau de compactação mínimo exigido= 90%;

f) Rendimento do equipamento, tendo em vista as chuvas= 0,8;

g) Horas de trabalho por mês= 200 h;

h) Tipo e produtividade do equipamento para execução de cada fase do serviço: vide


Quadro I;

i) Custo horário do equipamento: vide Quadro I;

j) Cronograma para execução: vide Quadro I.

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QUADRO I
CRONOGRAMA EQUIPAMENTOS
(MÊS)
SERVIÇO
TIPO PRODUÇÃO CUSTO (R$/h)
F M A M J
HORÁRIA
1 trator sobre
Escavação de solo 3
pneus e 1 120 m 300,00
no empréstimo carregadeira frontal
P= 200 /(8x + 4)
1 caminhão de 145
Transporte de x= DMT em km
HP com capacidade 15,00
solo 3
P= produção em m3/h
de 4 m

Transporte de P= 300 /(8x + 4)


1 caminhão de
água x= DMT em km 20,00
6.000 litros
P= produção em m3/h

Compactação 1 motoniveladora
3
de 115 HP e 1 rolo 125 m 150,00
vibratório liso

Determine o custo total da execução do aterro e o custo por m 3 compactado.

Solução:

 Volume do solo a ser escavado:


Ve= 250.000 m3x (0,90 x 2.000)/1.500= 300.000 m3

 DMT para o solo:


DMT= c + [(a2 + b2)/2(a + b)]= 1 + [(22 + 22)/2 x 4]= 2 km
ou DMT= c + (a + b)/4 (pois o empréstimo está localizado no ponto médio da
extensão do aterro, cuja espessura é uniforme)= 1 + 4/4= 2 km

 Quantidade de água a transportar:


Pa= 250.000 m3 x 0,9 x 2.000 kg/m3 x (15 – 5 + 3)/100= 58.500.000 kg= 58.500 t
Va= 58.500 m3 (densidade da água= 1)

 DMT para a água:


DMT= c + (a + b)/2= 0 + 4/2= 2 km

 Produção do equipamento de transporte de solo:


P= 200/(8x + 4)= 200/(8 x 2 + 4)= 10 m3/h

 Produção do equipamento de transporte de água:

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P= 300/(8x + 4)= 300/(8 x 2 + 4)= 15 m3/h

 Quantidade de equipamentos de escavação de solo:


Prazo= 4 meses (fevereiro a maio)= 4 meses x 200 h/mês= 800 h
Rendimento efetivo= 120 m3/h x 0,8= 96 m3/h
Tempo de execução= 300.000 m3/96 m3/h= 3.125 h
Quantidade de equipamentos (trator e carregadeira frontal)= 3.125
h/800h/conjunto≈ 3,9 conjuntos
Adotar 4 conjuntos (4 tratores e 4 carregadeiras frontais).

 Quantidade de equipamentos de transporte de solo:


Prazo= 4 meses (fevereiro a maio)= 4 meses x 200 h/mês= 800 h
Rendimento efetivo= 10 m3/h x 0,8= 8 m3/h
Tempo de execução= 300.000 m3/8 m3/h= 37.500 h
Quantidade de equipamentos (caminhão de 4 m3)= 37.500 h/800h/caminhão≈ 46,9
caminhões
Adotar 47 caminhões.

 Quantidade de equipamentos de transporte de água:


Prazo= 3,5 meses (início de fevereiro a meados de maio)= 3,5 meses x 200 h/mês=
700 h
Rendimento efetivo= 15 m3/h x 0,8= 12 m3/h
Tempo de execução= 58.500 m3/12 m3/h= 4.875 h
Quantidade de equipamentos (caminhão de 6.000 litros)= 4.875 h/700h/caminhão≈
6,96 caminhões
Adotar 7 caminhões.

 Quantidade de equipamentos de compactação:


Prazo= 3,5 meses (início de fevereiro a meados de maio)= 3,5 meses x 200 h/mês=
700 h
Rendimento efetivo= 125 m3/h x 0,8= 100 m3/h
Tempo de execução= 250.000 m3/100 m3/h= 2.500 h
Quantidade de equipamentos (motoniveladora e rolo vibratório liso)= 2.500
h/700h/conjunto≈ 3,6 conjuntos
Adotar 4 conjuntos (4 motoniveladoras e 4 rolos vibratórios lisos).

 Custo da escavação:
800 h/conjunto x 4 conjuntos x R$ 300,00/h= R$ 960.000,00

 Custo do transporte de solo:

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800 h/caminhão x 47 caminhões x R$ 15,00/h= R$ 564.000,00

 Custo do transporte de água:


700 h/caminhão x 7 caminhões x R$ 20,00/h= R$ 98.000,00

 Custo da compactação:
700 h/conjunto x 4 conjuntos x R$ 150,00/h= R$ 420.000,00

 Custo total:
R$ (960.000,00 + 564.000,00 + 98.000,00 + 420.000,00)= R$ 2.042.000,00

 Custo por m3 compactado:


R$ 2.042.000,00/250.000 m3≈ R$ 8,17/m3

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QUESTÕES DE CONCURSOS

Prof. Mauricio Pina

1. (CONCURSO DNER)

Num corte feito em material argiloso, foram obtidas três seções transversais, distantes uma da outra 20 metros.
Calculadas as áreas, obteve-se, respectivamente, S1= 125 m², S2= 257 m² e S3= 80 m². O volume de material
escavado nestas seções é:
a) 4.799,33 m³; b) 7.190 m³; c) 9.240 m³; d) 14.380 m³

2. (CONCURSO DNER)
Ao invés de recuperar uma camada de base da rodovia DF-025, o engenheiro fiscal, depois de consultar o
projetista, decidiu substituir toda a camada, usando o cascalho laterítico. Após a estabilização desse cascalho,
mediu-se um volume de 2.000 m³. O transporte do cascalho foi feito por caminhão basculante com capacidade
de 5 m³. Sabendo-se que a densidade do cascalho compactado é de 2,035 t/m³, a densidade natural é de 1,430
t/m³ e a densidade solta é e 1,10 t/m³, calcular o total de viagens necessárias para transportar todo o volume de
cascalho.

3. (CONCURSO DNIT/2006)
O scraper rebocado e o scraper automotriz são considerados unidades:
a) de tração (tratores);
b) escavo-empurradoras;
c) escavo-transportadoras;
d) escavo-carregadoras;
e) aplainadoras.

4. (CONCURSO ELETROBRÁS/CONESUL)
No serviço de terraplenagem para a implantação de um canteiro de obras, define-se ciclo como
a) o tempo necessário para descarregar o material e voltar ao lugar original.
b) o tempo necessário para carregar, transportar e voltar ao lugar inicial.
c) o tempo necessário para carregar e descarregar o material.
d) o tempo consumido pela máquina nas vias públicas.
e) o número de viagens que é feito no período de um dia.

5. (EXAME NACIONAL DE CURSOS – 1997)


Para a realização do projeto detalhado de terraplenagem no intervalo entre as estacas 0 e 75 de um trecho da
rodovia BR-101,lançou-se mão do Diagrama de Brückner abaixo esquematizado. Com base nesse diagrama,
indique:
a) o volume do empréstimo, em m³;
b) o volume do bota-fora, em m³;
c) o volume do maior corte, em m³;

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d) o volume do maior aterro, em m³;


e) as estacas de cota vermelha nula.

6. (CONCURSO BRDES/2001-FDRH)
O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem classifica os materiais escavados, para fins de pagamento,
em três categorias. Os materiais que se enquadram na 2ª categoria dessa classificação estão constituídos por:
a) pedras soltas, rochas fraturadas com blocos maciços de volume inferior a 0,5 m³;
b) rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao granito, blocos de pedra com diâmetro inferior a 1
m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego de
explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de terraplenagem e ferramentas manuais comuns;
c) solos consolidados contendo blocos de pedra com diâmetro inferior a 15 cm;
d) rochas brandas, rochas em decomposição compactas e muito compactas, rochas fraturadas com blocos de
volume inferior a 0,5 m³, matacões isolados, pedras soltas cuja extração se faz pelo uso combinado de
escarificadores (rippers) e explosivo;
e) alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se processa pelo emprego de explosivos
combinado com escarificadores pesados (rippers).

7. (CONCURSO PROGUARU-2001-FGV)
Assinale a alternativa que melhor responde à seguinte questão.

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Para a compactação do solo no campo, utiliza(m)-se o(s) seguinte(s) meio(s):


a) Só por pressão ou rolagem;
b) Só por impacto ou percussão;
c) Só por vibração;
d) Por pressão ou rolagem, por impacto ou percussão, por vibração.

8. No ensaio Proctor Normal de uma amostra representativa de um solo, foram obtidos os seguintes resultados:
UMIDADE (%) DENSIDADE (g/cm³)
3 1,550
7 1,830
10 2,000
14 1,980
19 1,730
Foi obtida uma umidade ótima de 12% e uma densidade máxima 1,5% superior àquela obtida com a umidade de
10%. Sabendo-se que o solo natural a ser compactado apresenta umidade natural de 4%, determine o consumo
de água para atingir a umidade ótima de compactação para um volume de aterro de 200.000 m³ e o número de
viagens de um comboio de 3 irrigadores de 8.000 litros cada. Considere 2% de perdas de água por evaporação.

9. Medindo-se a densidade de campo, após as passagens do rolo pé-de-carneiro, foram obtidos os seguintes
resultados:
NÚMERO DE PASSADAS (n) DENSIDADE (g/cm³)
0 1,550
5 1,730
10 1,810
15 1,875
20 1,910
25 1,950
30 1,970
A densidade mínima exigida no caso pelas especificações é de 95% da densidade máxima. Determine o número
mínimo de passadas do rolo para se atingir aquele valor mínimo, sabendo-se que a densidade máxima obtida
em laboratório é de 2,030 g/cm³.

10. Admitindo-se que as massas específicas de um determinado solo sejam de 1,50 g/cm³, 1,125 g/cm³ e 1,80
g/cm³ respectivamente no seu estado natural, no transporte e após a compactação, determine os volumes
correspondentes no caminhão e no aterro, sabendo-se que o volume medido no corte é de 300.000 m³.

11. (CONCURSO INFRAERO 2011 - PCI CONCURSOS)


Será implantada uma via de acesso a uma pista de pouso e decolagem. Este acesso terá o comprimento de 7
estacas (vide figura abaixo).

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33

A partir do diagrama de massas resultante do projeto de terraplenagem mostrado na figura acima, pede-se:

a. Para a linha de compensação A, haverá bota-fora ou empréstimo? Qual o volume?


b. Para a linha de compensação B, haverá bota-fora ou empréstimo? Qual o volume?
c. Considerando o empréstimo a 100 m do eixo na estaca 5 e o bota-fora distando 10 m da estaca 0, indique
qual das linhas de compensação resultará em menor custo. Por que?
d. Calcule o custo do momento de transporte para a linha A, considerando o custo do transporte igual a R$
0,50/m3xkm.
e. Calcule o custo do momento de transporte para a linha B, considerando o custo do transporte igual a R$
0,50/m3xkm.

12. (CONCURSO TCE/RN 2015 – CESPE/CEBRASPE)


Em um projeto de terraplenagem, a distribuição de materiais dos cortes pelos aterros seguiu as ordenadas da
curva de Brückner, apresentada na Tabela 1.
Tabela 1
ESTACA VOLUME (m3) ESTACA VOLUME (m3) ESTACA VOLUME (m3)
0 1.000 70 400 142 700
10 1.400 80 400 149 1.100
20 1.600 90 600 150 1.200
30 1.600 100 700 160 1.450
40 1.400 105 700 170 1.500
50 1.100 110 700 180 1.450
52 1.000 120 500 190 1.300
58 700 130 450 200 1.100
60 600 140 600 - -
Na distribuição de terras, admitiu-se que a DMT máxima é de 1.000 m e que só há local para empréstimo ou
bota-fora no meio do trecho. Com o intuito de se obter o menor custo, a linha de compensação foi dividida em
três segmentos, na forma da distribuição apresentada na Figura 1.

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34

Figura 1

Com base nessas informações, julgue os próximos itens (C= certo; E= errado):

a. A distribuição elaborada, dos materiais escavados, apresentou um volume de empréstimo de 300 m3 e um


volume de bota-fora de 400 m3.

b. A partir do perfil esquemático do terreno, verifica-se que serão executados três cortes e dois aterros.

c. O maior corte, localizado entre as estacas 0 e 52, tem volume de 600 m3 e o maior aterro, entre as estacas
58 e 100, tem volume de 300 m3.

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GABARITO DE RESPOSTAS

QUESTÃO RESPOSTA
1 b
2 740
3 c
4 b
5ª 20.000
5b 15.000
5c 20.000
5d 35.000
5e 10, 20, 30, 45, 60 e 70
6 b
7 d
8 1.692
9 23
10 400.000 e 250.000
a. Bota-fora. Volume= 40 m3
b. Bota-fora. Volume= 40 m3
c. O menor custo corresponde à linha de
compensação B, porque o corte não compensado
11
está mais próximo do local de bota-fora,
acarretando menor momento de transporte.
d. R$ 4,40
e. R$ 2,80
a. C
12 b. E
c. E

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BIBLIOGRAFIA

MELO, A. L. de. Geotécnica Rodoviária (volumes 1 e 2). Recife, 1977.

MESQUITA, M. M. R. de. Distribuição de Terras Usando uma Extensão da Teoria de Brückner.


Dissertação de Mestrado. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal, 2012.

PINA, M. Terraplenagem (notas de aula). Recife, 2010.

RICARDO, H. de S. & CATALANI, Guilherme. Manual prático de escavação: terraplenagem e escavação


de rocha. São Paulo, Pini, 1999.

SENÇO, W. de. Estradas de rodagem: projeto. São Paulo, Grêmio Politécnico, 1975.

SENÇO, W. de. Terraplenagem. São Paulo, Editora Politécnica da USP, 1973.

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