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É provavelmente o Rei mais conhecido pelas suas relações extraconjugais.

E de todas as
amantes, a mais famosa terá sido a madre Paula Silva, uma jovem morena, freira do
Convento de Odivelas, para quem D. João V mandou construir aposentos sumptuosos, com
tectos em talha dourada, onde era servida por nove criadas
Ao longo dos 10 anos que durou esta relação, o Rei deu-lhe um rendimento anual de
1708$000 réis, segundo o livro As Amantes de D. João V, de Alberto Pimentel. Mas apenas
podia ir para Odivelas ter relações com a freira quando o médico do paço o autorizava.

Em 1720, quando a madre Paula tinha 19 anos, deu à luz Gaspar, que era já o quarto filho
bastardo do Monarca. O primeiro tinha nascido já após o casamento com D. Maria Ana de
Áustria e era filho da sua primeira namorada, D. Filipa de Noronha, irmã do marquês de
Cascais, seduzida quando D. João tinha apenas 15 anos.

"Deixar de amar-te é que eu não deixo"


Seguiram-se os três bastardos de D. João V que ficaram conhecidos como os Meninos de
Palhavã (por terem vivido num palácio nessa zona de Lisboa). Antes da madre Paula, nas
suas primeiras visitas ao Convento de Odivelas, o Rei foi íntimo de uma freira francesa, que
deu à luz D. António, e de outra religiosa portuguesa, mãe de D. Gaspar, que chegou a ser
arcebispo de Braga. O Rei reconheceu estes seus três filhos ilegítimos numa declaração
assinada em 1742.

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