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UNIFAMMA

ESPECIALIZAÇÃO EM DANÇA
PROF. MARISA FEIJÓ
DANÇA DE SALÃO I

A DANÇA DE SALÃO NO BRASIL: DIMENSÕES HISTÓRICAS


Vitor Hugo Marani

Para Gomes (s.d), a dança social ou dança de salão surgiu na Europa na


época do Renascimento (Séc. XV e XVI) e tornou-se forma de lazer apreciada
pela nobreza e pelo povo. É chamada de social por proporcionar o estreitamento
de relações humanas. De salão, pela sua prática nos salões das cortes.
A dança de salão veio ao Brasil, de acordo com Gomes (s.d), no séc. XVI,
por meio dos colonizadores portugueses, e mais tarde, a partir de pessoas que
imigraram de outras regiões da Europa. No momento de transferência da Corte
Portuguesa, muitos hábitos vieram inclusive as danças e o costume dos bailes
frequentes. Segundo a autora, muitos professores de dança europeus eram
contratados para virem ao Brasil. Inclusive, após a proclamação da república, o
gosto pelos bailes continuou forte, tornando-se cada vez mais popular.
Na passagem do século XIX para o XX, nos dizeres de Gomes (s.d), as
danças da moda eram a valsa, a polca, o xote e a quadrilha – dança refinada,
apropriada aos salões aristocráticos. O Imperador D. Pedro II, como afirma a
antropóloga, foi um grande apreciador das quadrilhas. Nos bailes, as pessoas
se divertiam, faziam negócios e novos amigos e, muitas vezes, até problemas
de ordem política e econômica, que afetavam o país, eram discutidos em bailes
diplomáticos (GOMES, s.d.).
Num país como o Brasil, com tão fortes e diferentes influências culturais,
não tardaram a se mesclar contribuições dos povos indígenas e africanos, num
processo de inovação e modificação de algumas das danças europeias
importadas, bem como de surgimento de novas danças, bem brasileiras. A dança
de salão é uma das mais tradicionais e fortes características culturais brasileiras.
É uma expressão alegre e espontânea de seu povo, com seus ritmos e formas
de dançar próprios, que despertam a atenção e a admiração das pessoas.

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