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A análise sintática tem seu campo de ação assim delimitado: período, oração e termos da
oração.
A análise sintática tem seu campo de ação assim delimitado: período, oração e termos da
oração.
Frase nominal – exprime uma visão estática. Aparece sem verbo ou com verbo de ligação.
Exemplo:
O ATLÉTICO VENCEU.
Tanto na frase quanto na oração, as palavras obedecem a uma ordem, a uma disposição, para
que haja uma clara transmissão da mensagem. Observe:
Quadrinhos aluno em o sala na lê revista uma.
O entendimento da mensagem fica impossível, porque as palavras estão dispostas numa ordem
anormal. Se colocadas numa ordem lingüística compatível com a nossa língua, entende-se facilmente a
mensagem:
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Existe, portanto, uma ordem lingüística que devemos seguir na elaboração de uma frase ou
oração. A essa ordem dá-se o nome de sintaxe.
Quanto à ordem, as orações podem ser diretas ou indiretas.
Orações diretas – são as que apresentam os termos em sua ordem natural (sujeito, verbo,
complementos).
Exemplo:
A maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou expressões
verbais.
TERMOS DA ORAÇÃO
Sujeito
I. Essenciais
Predicado
Adjunto adnominal
III. Acessórios Adjunto adverbial
Aposto
I. Sujeito simples
composto
indeterminado
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nominal
II. Predicado verbal
verbo-nominal
– Predicativo do sujeito – PS
– Predicativo do objeto – PO
SUJEITO
É o ser de quem se diz alguma coisa. Como termo da maior hierarquia dentro da oração,
jamais vem regido por preposição.
MODO DE ENCONTRÁ-LO: fazem-se as perguntas:
O que é que
+ verbo?
Quem é que
Núcleo do sujeito
Simples
Composto
Indeterminado
Observação:
A indeterminação do sujeito também pode ocorrer com VTD + SE, desde que o OD esteja
preposicionado.
Atenção:
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Ocorre quando o fato enunciado não se refere a elemento algum. Essas orações se
constroem com os verbos impessoais, isto é, usados apenas na 3.ª pessoa do singular.
Há programas para todas as idades nas estações de férias.
Observações:
1. Além dos casos anteriores, há outras construções que ocorrem sem sujeito:
Onde lhe dói?
2. Com sentido figurado, os verbos impessoais tornam-se pessoais, portanto, com
sujeito:
Choveram piadas sobre a atuação do presidente. (suj.: piadas)
Amanheci mal-humorado. (suj.: eu – implícito)
PREDICADO
Predicado é o que se declara do sujeito. Portanto, retirado o sujeito, o que restar será o
predicado. Pode ser: nominal, verbal e verbo-nominal.
Nominal
Verbal
Exemplo:
O aluno fez as provas calmamente.
Suj. VTD (núcleo=fez)
Verbo-nominal
É constituído de:
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e) “Homens e mulheres mantêm-se quietos ante o enorme chicote de Abelardo II.” (O. de
Andrade)
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k) Admiram-se os alunos.
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Objeto direto
Complementos verbais
Objeto indireto
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Complemento nominal
Agente da passiva
Objeto direto
o quê?
Verbo
quem?
Exemplo:
O aluno fez excelente redação. (O aluno fez o quê?)
Resposta – Excelente redação. (OD)
Quanto à relação: vem sempre associado a um verbo transitivo.
Quanto à forma: liga-se ao verbo sem preposição.
Quanto ao valor: indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ação verbal.
Excepcionalmente, o objeto direto vem precedido de preposição (a, de, com...). Tal
preposição, porém, ocorre por razões várias e não pela exigência obrigatória do verbo.
Exemplo:
Nesse exemplo, a preposição de não é exigida pelo verbo – até poderia ser excluída.
Outros exemplos de objeto direto preposicionado:
Amemos a Deus.
Castigaram a José.
Beberam do vinho.
Puxaram da arma.
Estimamos a V. Exª.
Objeto indireto
É o termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo indireto (VTI), e que vem
precedido de uma preposição exigida pelo verbo.
de quê(m)?
em quê(m)?
para quê(m)?
Outras
Exemplo:
Obedecemos aos nossos pais. (Obedecemos a quem?)
Resposta – Aos nossos pais. (OI)
Quanto à relação: vem sempre associado a um verbo transitivo.
Quanto à forma: liga-se ao verbo através de preposição obrigatória exigida por ele.
Quanto ao valor: indica o paciente ou o destinatário da ação verbal.
As preposições
Como o objeto indireto costuma vir regido de preposição, convém não esquecê-las.
As preposições simples são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, perante, por (pelo), sem, sob, sobre, trás.
Costuma-se repetir o objeto, quando se quer chamar a atenção para ele; são os objetos
pleonásticos, que aparecem sob a forma de pronome átono.
Exemplos:
Objeto direto
Objeto indireto
Funções Objeto indireto Objeto direto
Adjunto adnominal
Adjunto adnominal
1.ª me – –
2.ª te – –
Sing.
o, a (lo, la, no, = a ele(a) – OI
3.ª se lhe
na) = seu, sua(s) – A. adn.
1.ª nos – –
2.ª vos – –
Plur.
os, as (los,
3.ª se lhes = a eles(as) – OI
las, nos, nas)
Exemplos:
Exercícios:
COMPLEMENTO NOMINAL
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Assim como os verbos transitivos precisam de um termo que lhes complete o sentido,
existem alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) que também necessitam de um
complemento.
Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de um nome com o
auxílio de uma preposição.
a quê(m)?
de quê(m)?
Nome
por quê(m)?
outras
Exemplos:
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AGENTE DA PASSIVA
É o termo da oração que pratica a ação do verbo na voz passiva, auxiliado de preposição
por ou de.
A forma verbal está na voz passiva, pois o sujeito (A mãe) é paciente (sofre a ação verbal).
O termo pelo filho pratica a ação verbal (ama a mãe). Na voz passiva, o termo que pratica a
ação verbal é o agente da passiva – AP ( = pelo filho).
Quanto à relação: vem sempre associado a um verbo transitivo na voz passiva.
Quanto à forma: liga-se ao verbo sempre através de preposição (por, per, de)
Quanto ao valor: indica o elemento que executa a ação verbal.
Outros exemplos:
As matas são destruídas pelo homem.
A palestra foi dada por especialista.
A atriz foi cercada de fãs fanáticos. (por...)
A usina é movida a vapor. (por...)
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
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Aposto
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
Vocativo
É o termo que serve apenas para chamar, invocar ou nomear um ser, podendo vir
precedido de interjeição e caracterizando-se pela entoação exclamativa. (= ó...)
CHAMAMENTO!
É um termo à parte, não mantendo qualquer relação sintática com outro termo da oração.
Exemplo: “Não quero ser preso, Jesus, ó meu santo.” (C. D. A.)
Quanto à relação: vem sempre isolado, isto é, não se liga sintaticamente a outro
elemento da frase.
Quanto à forma: vem sempre marcado por pausa (na escrita, vírgula).
Quanto ao valor: indica, na frase, a pessoa ou a coisa com que(m) falamos, ou a
que(m) nos referimos, fazendo um chamado.
Exercícios
( 2 ) Adjunto adnominal
( 3 ) Adjunto adverbial
( 4 ) Aposto
( 5 ) Vocativo
a) ( ) “O estômago acompanhava a dor do coração.” (M. A.)
b) ( ) “Segure o garfo direito.” (F. Sabino)
c) ( ) “Sua leitura é rigorosamente especializada: livros coloridos sobre bichos.” (P. M. Campos)
d) ( ) “Pescadores, onde está Ariana?” (V. de Moraes)
e) ( ) “Sentiu um grande desgosto de si mesmo.” (I. de Souza)
f) ( ) “Passava-se isto na Rua da Lapa, em 1870.” (M. A.)
g) ( ) “O inquiridor despediu-se com um muxoxo.” (C. D. A.)
h) ( ) “Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola.” (C.D.A.)
i) ( ) “O povo, Doroteu, é como as moscas.” (T. A. Gonzaga)
j) ( ) “Você teve saudade de mim?” (F. Sabino)
3. Observe as frases abaixo. Entre elas há diferença na função sintática das palavras Fabrício
e pedreiro.
Explique essa diferença.
• Quando Fabrício, o pedreiro, voltou de um serviço...
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Exercícios
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d) A notícia de que mais gostei foi sobre o novo estilo de redação no vestibular.
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12. No segundo parágrafo, os segmentos iniciados por as riquezas (...), as honrarias (...) e
os prazeres (...) deixam subentendida a forma verbal:
(A) aspiram.
(B) contêm.
(C) obtêm.
(D) suscitam.
(E) existem.
17. Os outros privilégios da vida a que as pessoas aspiram só existem em função de uma
única forma de utilização (...).
No período acima, são exemplos de uma mesma função sintática:
(A) vida e pessoas.
(B) privilégios e utilização.
(C) privilégios e pessoas.
(D) existem e utilização.
(E) a que e única.
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