Você está na página 1de 8
Tubulacdo de Concreto Protendido EDUARDO GOMES DOS REIS Engenheiro da Secgdo de Obras Novas da R.A. E, Para a ligagdo da Nova Estacio de Tratamento do Alto da Boa Vista a Estacdo Elevatoria do Jardim Paulista, a Repartigéo de Aguas e Esgotos de S40 Paulo contratou em 11 de Maio de 1948 com a Sociedade Anénima Indus- trial de Tubos (Situbos) a fabricacio e 0 assentamento da tubulagio neces- saria. Aquela adutora consta de duas linhas de gravidade em concreto protendido, com 10 km de comprimento cada uma e 50 m de diferenca de nivel, aproxi- madamente. Essas tinhas com 1,10 m de didmetro interno deverao aduzir 3 m cibicos de Agua por segundo. Quando fomos designados para fis- calizar a fabricagio daqueles tubos, fize- mos uma revisio dos cdleulos de tensdes sofridas pelos mesmos em face das exi- génclas contratuais, Foram assim in- troduzidos 0s melhoramentos que adian- te apresentamos, taes como o reforco do cintamento e a pintura impermea- billsante. Os esforgos que atuam stbre a tu- bulac&o podem ser classificados nas duas seguintes categorias: I — Cargas diversas Il — Pressig interna Trataremos a seguir de cada uma delas isoladamente para depois super- por os seus efeitos. I — Cargas diversas: Essas cargas compreendem o peso proprio da tubulagio, a agua contida, o prisma de terra de cobertura é€ as sobrecargas normais, além da pavimen- tag&o comum. No presente estudo foram fixadas as seguintes condicées para o assen- tamento da linha: a) A tubulacdo sera assentada sem- pre em vala, com recobrimento minimo de 1,50 m acima da geratriz mais alta. b) A maxima largura admitida para a vala sera 2,30 m, ou 1 metro além do didmetro externo da tubulacdo. ¢) Quando o terreno dispensar ber- gos em concreto armado o reaterro sera feito em camadas de 0,20 m de espessu- ya com aplloamento intenso até a al- tura do diametro horizontal, de modo a permitir a concepgao de bergo conti- nuo de 90°, @) Quando sébre bergos em concre- to armado o encunhamento sera feito apés o assentamento da tubulacdo. ) Mesmo nas condigées do item d, st 0 terreno possuir alguma consistén- cia, sera feito 9 apiloamento indicado no item ¢. A pavimentagio foi admitida como sendo constituida por um lastro de con- ereto de 15 cm de espessura e de uma eamada de concreto asfaltice de 3 cm de altura, A sobrecarga admitida foi aquéla proveniente de um compressor “tipo” de 16 toneladas. Determinadas as condigées de as- sentamento e as carges diversas, passa~ remos a calcular 0 momento fletor na secgo transversal da tubulac&o. Para 0 cileulo da carga proveniente apenas do solo usaremos os elementos fornecidas pelo “Boletim n.° 87 de Obras Sanitatias de La Nacion” de Setembro de 1944. No IV caso, pag. 183, para materiais argilosos saturados sob as vondigées mais desfavordvels em que y = 2,080 T/m‘, fem-se: 180 He = 30 2 065 Para essas condigdes 0 abaco for- nece 9 seguinte resultado por metro quadrado de projecéo de tubo: 360 2,30 & 297 Tm? TUBULAGAO DE CONCRETO PROTENDIDO Para o calculo da carga proveniente do compressor “tipo” de 16 toneladas usaremos os elementos da revista “Con- creto”, n° 117, de Maio de 1950, Admitiremos que nas zonas da maior presséo a tubulagao esteja sob ruas pavimentadas como indica a fig. 1 ¢ como foi deserito anteriormente. Para simplicidade de calculo admi- tiremos as espessuras de 15 em de con- ereto e de 3 cm de concreto asfaltica a7 como equivalentes a uma unica espes- sura de 18 ¢m de conereto. © raio de rigidez da placa assim admitida sera; -/_fh xeon Admitindo-se 4 = 85 k/em?, v = 1/6,e E = 280,000 k/om2, L = 63,60 om tem-se: OLAGRANA DE PRESSOES Fig. 2 38 BOLETIM DA REPARTICAO DE AGUAS £ ESGOTOS A distancia de centro a centro das rodas trazeiras do compressor é de 1,60 m. Admitiremos como situagio mais desfavoravel aquela provocada por essas rodas, como indica a figura 2. Nessas condigées, usando os ele~ mentos contidos naquela revista, temos: zo 160 T = 636 = ou 2 = 2,51L Para: ¥ _ 19 T= as = 78 usaremos os elementos contidos na ta- bela IV, na linha correspondente ao valor de: Y > para evitar o trabalho de interpolacao. A carga a ser multiplicada por esses coeficientes 6: __P 6.300.000 P= To00 L? ~ 1000 x 4.085 = 1,55 g/em* Com esses elementos poderemos com- por o quadro de variacgéo do diagrama de pressées sobre o tubo, como segue: x L Ponts | 0 Jo4] 08 tals coeficiente [| oo | 65 | 59 | 52 gicm® 11} 107] 100 | 91 | 29 Assim sendo, podemos entéo admi- tir que a pressdo proveniente das rodas trazeiras do compressor seja q’ = 1,110 ‘T/m2, com distribuigdo uniforme. A roda dianteira do compressor dis- tando 3,00 m das rodas trazelras provo- ca um aumento de carga sobre a tubu- Jag&o como segue: paTx14=08T A tabela I da mesma revista da para os valores de: X _ 3,00 Xap. S23 L L 1,60 a seguinte carga sobre a tubulagio: 9.8000.00 x 26 000 x 4045 eq” = 0,630 Tym2 pt & 63 g/cm* A pavimentagao admitida como in- definida provoca a seguinte sobrecarga: q” = 018 x 24 ~ 0430 T/m? A soma dessas quatro cargas atin- ge a: Q=a+a4ar4a” ou Q = 2,8704-1,110+0,6804-0,430 = = 5.040 T/m? Obtidas as cargas diversas que atuam sObre a tubulagio passaremos & deter- minacgéo do momento fletor na sua sec- cao transversal. © maximo momento fletor manifesta-se na soleira onde pro- voca tracio na parte interna da tubu- lagdo. Para a sua determinagéo usare- mos as formulas apresentadas pelo Eng. Adhemar C. Fonseca no livro de sua autoria, “Os Tubos de Concreto Arma- do na Construgao da Adutora do Ri- beirfo das Lages”. Para o caso de apoio em bergd con- tinuo de 90° temos os seguintes momen- tos por metro de tubo: a) devido ao peso préprio: M, = 0525 A e 3? sendo A o peso especifico do concreto, e a espessura de tubo e r o seu raio médio. Entéo: Ma = 0,525 X 2,4 X 0,09 x 0,51 = 0,04014 Tm/m b) devido a0 peso da agua: M, = 0,2625 w rt Mv = 0,2625 1,000 0,605" = 0,05529 Tin/m c) devido 4s cargas externas ao tubo: M, = 0277 qr? + 0,0511 A’ Sendo q a carga uniformemente dis- tribuida por metro de tubo e A’ 0 peso especifico do solo. TUBULAGAO DE CONCRETO PROTENDIDO 39 Substituindo-se temos: Me = 0.277 X 5,040 x 1,28 x 0,508" + +0,0511 x 2,080 x 0,595" = 0,65502 Tm/m © momento fletor total na soleira sera: Mt = Ma + Mb + Mc = 0,75045 Tm/m Antes de passarmos 4 determinagao do momento de inéreia da seco longi- tudinal da tubulagio, faremos uma ré- pida descricio da mesma. Cada tubo, do tipo ponta e bolsa, com 5,00 m de comprimento util e pesando aproxima- damente 5 toneladas, consta das se- guintes partes principals: a) Tubo nucleo — centrifugado, com ligeira armagao longitudinal e trans- versal, 6,8 cm de espessura e 625 quilos de cimento por metro cubico. Os corpos de prova romperam em media com 450 k/cm2 aos 28 dias de idade. b) Armadura de protensio — felta com arame de alta resisténcia ¢ 5 mm, enrolado @ frlo por sistema de contra- pesos, com tensio de 9.000 k/em?. Ini- cialmente estavam sendo colocados 8 em? por metro de tubo, mas pelo pre- sente estudo foram aumentados para 10 em2/m. Essa operagio também chamada percintagem se faz no minimo 21 dias apés a fabricagio do tubo nicleo e res- pectiva cura em camara de vapor. ¢) Capa protetora — aplicada depois da percintagem, por processo meca- nico. Possue 2,2 cm de espessura e 520 ik de cimento por metro cubico. @) Pintura — fol mandado fazer uma pintura interna e externa com inertol para prote¢éo do concreto con- tra a eventual agressividade do terre- no e da agua aduzida. ‘A determinagio do médulo de clas- ticidade do concreto foi feita pelo sis- tema “Strain Gage", medindo-se as deformagdes do tubo provocadas pela aplicagdo de presséio interna, O médulo encontrado para esse concreto foi: B, = 486.000 k/em? Entre as tensdes de 7.000 k/em2 e 9.000 kyem2 o ago da protensio tem modulo aproximadamente igual a: E, = 1.500.000 k/em? 4,00 40 Nessas condigdes a relagio entre o médulo do ago e 9 do concreto tem 0 seguinte valor: 1.500.000 a 486.000 = 3,08 Para 0 calculo do momento de iner- cia da seeéo longitudinal com relagio A soleira do tubo levaremos em conta a capa protetora, o que justificaremos mais adiante. Na fig. 3, a distancia da linha neu- tra a base da figura é: a — 9% 100% 4,5-+ 103,08 1,95 9 x 100 -F 10 x 3.08 4,4lem e 0 momento de inéreia em relagao & linha neutra: 300 x +900 x 6,05"-+10 x 3,08 x 2,46" == 4268 cm‘ oa BOLETIM DA REPARTICAO DE AGUAS & ESGOTOS na da soleira deyido a0 momento fletor sera: 75045 2 yy TEES: fem? "on “iygge 8497 kevom € a compressao na sua parte externa pelo mesmo motivo: 75045 we “Tage = 528) Kiem? No dimetro horizontal haveré com- pressio na parte interna da tubulagio e tragao na externa; como tal ndo po- detemos levar em conta a colaboragdo da capa protetora. © momento fletor nessa regiio e aproximadamente 10% inferior aquele da soleira. Para se verifiear a tensio de ciza- thamento entre a capa e o niicleo de maneira aproximada, admitiremos que a zona de influéneia do momento fletor na soleira seja igual a 1/4 do perimetro médio do tubo mais 10%. Fig. 4 Os momentos resistentes serao: a) parte interna da tubulacdo: _ 6268 3 W. = Fyq 7 1365 om: b) idem da parte externa: = 1421 em? A trag&io provocada na parte inter- © comprimento dessa zona influen- 1,00 m A carga uniformemente distribuida que provocaria esse momento fletor na viga simplesmente apoiada de compri- mento igual a zona de influéncia, se- gundo a figura 4, seria: 8X 075085 4 og9 op TUBULACAO OE cujo maximo esforgo cortante seria: Q= ab = 9008 X 1,00 3099 7 2 © maximo cizalhamento é dado pela formula: @ ony Para 0 nosso caso: ONT = 22 x 100 x 3,31 SY 728 em? ‘Logo: 6000 x 728 50 x 6268 a & 14 k/om* Como a ruptura é causada por toda @ carga do diagrama e nao pela tensio maxima, o valor que devemos admitir para o cizalhamento sera: = = 7 k/emt Smax 2 Em varias verificagdes de resisten- cia da capa por cizalhamento os resul- tados sempre foram superiores a 20 k/em2. Nessas condig6es com relagéo & soleira, supomos poder leva-la em conta no caéleulo do momento de inércia da seco longitudinal. Juigamos terminada a exposigdo sObre as cargas diversas que atuam sdbre a tubulagdo e assim sendo passa- Temos a tratar dos efeitos da pressio interna, 1 — Pressao interna: A percintagem ou enrolamento do tubo micleo é feita no mfinimo 21 dias pos a sua fabricagio. O tratamento a vapor envelhece o conereto cerca de 5 dias. © ago da percintagem ¢ 5 mm ¢ en- rolado a frio sébre o tubo nicleo, sendo mantida a tensdo por um sistema de contrapeso, A média de 35 amostras deu © seguinte resultado: 20,2 = 11.800 k/cm? 3, =" 14.600 k/em? Para o caleulo da protenséo usare- mos as formulas apresentadas pela So- CONCRETO PROTENDIDO a ciedade Anonima Industrial de Tubos, depois de enalisadas. Para evitar exces- siva, extenséio da presente noticia dei- xaremos de apresentar a sua dedugdo. Chamando: Ra = Tensdo de enrolamento da per- cinta, ou 9000 k/em2. Sa = Seco do ago da percinta por metro linear de tubo, ou 10 cm2. Segéio de conereto do tubo nucleo por metro linear, ou 680 cm2, Ea = Médulo de elasticidade do ago de percinta, que sob essa tensio é da ordem de 1.500.000 k/cem2. Eb = Médulo de elasticidade do con- creto, ou 486.000 k/cm2 segundo os dados obtidos no segundo ensaio de retirada da percinta. Fazendo: — Ea _ 1.600.000 _ M= b> 286.000 = 3,08 e chamado g av a tensio do aco da cinta logo apés a percintagem (tubo vazio) temos: Ra 9.000 10 1+ 3,08 x LM = 8.610 k/om* e chamando ¢ bv a tenséo no conereto (parede delgada) nessa mesma ocasifio teremos: — 8610 x 10 680 = 126,62 krem* Entretanto no segundo ensaio de retirada do aco da cnita (logo apés a pereintagem) encontrou-se no conereto (parede delgada) uma compressao de 141,75 k/em?; portanto 15,13 k/em? maior do que a calculada. Essa diferenga para mais foi constatada também nos outros ensaios e parece ser influéncia do siste- ma de enrolamento do tubo ntcleo. Com a pressio estdtica de 5 k/em? e uma sobrecarga de seguranga de 1,5 k/em?, logo apés a percintagem a ten- sio da percinta sobe para: 42 FE. Se + 080. pad a= So & +r 9000 = 308, x 680 + 50 x 6,5x 110 = 8768k/om* A descompressao provocada no con- ereto por essa pressio interna sera: 0,50_pd_ 50x 6,5 x 110 >= S,-faSa 680 + 3,08%10 == 50,28k/em? restando no mesmo uma compressio residual de: a) calculada ob = 126,62 — 50,28 = 76,34 kiem? b) real % = 141,75 — 50,28 = 91,47 k/om® A tensio do fio é constante e dada Por contrapeso, tendo sido testemu- nhada por dinamémetro aferido. Sob a agdo da pereinta o concreto entra em deformagao lenta, fungio do meio de cura etc. Adotaremos o ¢oefi- ciente 10x10 para cura em ambiente seco. A retrag&o restante segundo os dia- gramas é da ordem de 2x10-. Chamando 2,, @ tensio do concreto (tubo vasio) apés a deformagio lenta e retragéo realisadas, temos: con (SE ~ rer) ~ mone oy = Na férmula acima usaremos 0 oy, real e nfo aquéle dado pelo eéleulo. 1.600.000 ~ 2 x 10 1.500.000 Bx 10e = 109,61 k/om2 680 ey Chamando ¢,, @ tensio da getcinta nessa ocasiio, temos: . Se 10081 x” 680 aol Jem? acd 7458. kom BOLETIM DA REPARTICXO DE AGUAS E ESGOTOS Sob a pressio interna de 6,5 k/cm? @ compresséo do concreto cairé para: 3 = 109,61 — 50,28 = 9,33 k/em? e a tensio da percinta subird talvez de uns 200 k/em2, sendo desnecessério © seu cdlculo rigoroso. A aplicagio da capa de revestimen- to de 22 cm de espessura se faz no minimo 30 dias apés fabricagéo do niieleo. Na ocasiéo em que se houver realizado toda a retragao da capa pode- remos admitir uma diferenga desta para a do nucleo de 4x10+. ‘Um exame cuidadoso nos revelou a ausencla de trincas na capa de tubos de todas as idades, mesmo sob os en- salos de pressio interna e de flexao longitudinal. Para se conhecer de manelra apro- ximada o estado de tensio existente na capa apés a deformagdo lenta e retra- cdo realisadas, faremos uma andlise da férmula que d& a tensio do concreto do tubo micleo naquela ocasiao. ‘Vimos que: 2x 108 A primeira parte refere-se & defor- magéo lenta e a segunda a retracio. Caleutando separadamente cada ume dessas partes temos: 680 Oy, = Mute = Soc 08 _ = 680, 1.500.000 10 7 2 x 10° = 113,58 k/em* 1.500.000 ) og ex 020002 1.500.000 __ ‘bib G80, 1.500.000 to * 2X 10 —3,97k/em? — 0,0002 x 1.600.000 A perda de tensiio dada pela defor- magéo lenta foi de: gt = 141,75 — 113,58 = 28,17k/em? TUBULACAO DE CONCRETO PROTENDIDO “a e pela retragéo: the = 3,97 k/em?. » Como sonclusko aproximada pode- mos dizer que, si para ume retragio de 0,0002 do ntieleo houve no mesmo uma perda de tensio de 3,07 k/cm%, para uma retragéo de 0,004 da capa haveré na mesma uma tragdo de 8 k/em? apro- ximadamente. Deduzida a retracdo da capa, apés @ realizagio da deformacao lenta do tubo nicleo, estaré ela em estado de compressio proximo de: op, * 28,17 — 8 = 20 k/em? Segundo nos parece, este racioci- nio se aproxima bastante dos resultados obtidos experimentalmente. Nessas condigdes vamos fazer wma rapide verificagao de tensdes na seccio transversal da tubula¢io quando su- jeita & ago de todas as cargas. * a) Na parte interna da soleira, apés a realisagio da retrago e da-deforma- ‘géo lente: a, = 5883 — 5497 = 4,86 k/om? ‘(compressio) b) Na parte externa da soleira, na superficie da capa na mesma ocaaifio: cy = 5281 — 3844 + 20,00 = 94 k/cm? (compresséo). ¢) Na parte Interna do diémetro ho- rizontal, na mesma ocasiio. Admitire- mos 0 momerito fletor 10% menor do que o da soleira e nado levaremos em conte: a capa protetora por trabalhar a tragéo. op & 50,88 4 87,60 = 147,00 k/om? (compressio) aproximadamente. Em vista da aproximagio dos céleulos desprezaremos ss compresses axines por serem pequenas. d) Na parte externa do di&metro horizontal de tubo micleo, na mesma ocasiio: a = 87,80 — 59,33 a 28 ‘k/em? eageo) aproximadamente. ‘Trata-se de uma tragio eldstica, pois esse conereto rompe sob flexio a 60 k/em? aproximadamente aos 28 ding de idade. © maior perigo que se apresenta & tubulago de concreto protendido 6 0 ataque da armadura de protensio por Aguas internas que atravessarem as pa- redes do tubo. Para evitd-lo tomou-se como norma nao se permitir tragao no concreto em parte alguma do perimetro intermo, como acontece no nosso caso. Ap6s algum tempo em servico a re- trago do tubo nicleo e talvez a da capa sofrerfo uma pequena reversio, da ordem de 75% do seu valor total. Isso ir& proyocar um aumento de compresséo mo concreto de 10 k/em2 aproximadamente, cujo céleulo embora simples delxamos de apresentar. Como dissemos ant nte, fol mandado fazer sobre a tul uma pintura impermeabilisante interna e ex- terna, a base de inertol, para protegiio contra a eventual agressividade do ter- ‘reno e da agua aduzida. Essa pintura impediré temporérla ou definitivamente a reversiio da re- tragio. Quanto ao fenomeno de fiuéncia do ago da percinta, baseados ho resultado dos exames feitos com o mesmo, assim como nos limites de tenséo recomenda- dos para se evitar o fenomeno, chega- mos & concluséio de que poderé ser des- prezado nos clculos que fizemos. © custo da tubulagéio excluido o assentamento foi de Cr§$ 1600,00/m, que agora acrescido do reforgo da pereinta e da pintura impermeabilizante atingtu @ Cr$ 1.760,00/m.

Você também pode gostar