Numa carta comum, as informações de remetente são escritas por fora do
envelope. No caminho entre o remetente e o destinatário muitas pessoas podem ter acesso às informações de nome e endereço de quem enviou a correspondência e de quem vai recebê-la. Essas informações seguem sendo expostas no ambiente dos correios, durante a coleta, despacho e entrega, bem como na portaria do prédio ou empresa do destinatário.
Portanto, no caso de correspondências convencionais, várias pessoas podem
ter livre acesso a informações cadastrais de remetente e destinatário. Isso significa que, para o caso de uma carta comum ou encomenda transportada pelo serviço convencional de correios, as informações cadastrais não são sigilosas, certo? Por que então as informações cadastrais de uma mensagem de e-mail seriam sigilosas?
Para reforçar o pensamento e formar opinião sobre o tema, sugiro que
relembre dos casos em que uma mensagem de e-mail é o veículo de comunicação utilizado pelo criminoso. Nesses casos, a equipe de investigação já tem acesso ao conteúdo da mensagem (o que seria mais sigiloso) fornecido pela vítima durante o registro da Ocorrência Policial. Por que então a autoridade policial não teria direito a ter acesso a dados cadastrais do remetente?