Manual Pedagógico
50 Horas
Data: 10/10/2014
Duração: 50 Horas
INTRODUÇÃO 4
ÂMBITO DO MANUAL 5
OBJETIVOS 5
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 5
CARGA HORÁRIA 5
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA 33
A maioria de nós concluiria que as organizações invadem tanto a sociedade como nossa
vida particular. Diariamente estamos em contato com as organizações. De fato, talvez a
maioria das pessoas gaste a maior parte da vida em organizações. Se não gastam a
maior parte do tempo como membros (no trabalho, escola, vida social e cívica, na igreja,
etc.), são pelo menos afetadas como clientes, pacientes, consumidoras ou cidadãs. As
Nossas experiências dentro das organizações ou em contato com elas pode ser boas
ou más, às vezes as organizações podem parecer suficientemente ajustadas ou
responsivas às nossas necessidades e, outras vezes, o nosso contrato com elas pode
provocar irritação e frustração.
Estas experiências pessoais dentro das organizações ou em contato com elas dão-nos
uma compreensão vulgar do que significa "estar organizado".
Como as nossas atitudes para com as organizações podem ser positivas ou negativas,
este tipo de compreensão mediante o senso-comum pode, pelo menos, dar-nos uma
boa base para o exame mais sistemático das organizações.
Mas as organizações são muito mais que meros instrumentos para produção de bens e
serviços.
Objetivos
Conteúdos programáticos
Carga horária
50 horas
Estas operações, que vão originando sucessivos valores acrescentados aos produtos,
são desenvolvidas pelas empresas comerciais e pelos departamentos comerciais das
empresas industriais de formas diversas, em função:
São também diferentes os percursos em função das várias estratégias das empresas ao
longo do canal de distribuição.
Esta é uma das formas possíveis de dar legibilidade às várias fases da atividade
comercial explicitando as funções comerciais/distributivas do grosso e do retalho,
cabendo tradicionalmente ao comércio por grosso a procura de novos produtos
progressivamente mais aptos à preparação de sortidos e a logística do seu
encaminhamento para o retalho e, a este, a venda ao consumidor final com uma
componente variável de serviço.
Com efeito, alguns produtores compraram posições no comércio por grosso e retalho,
acedendo ao consumidor, enquanto outros obtiveram resultados semelhantes, através
do franchising, outros ainda encarregaram-se de funções de merchandising nos pontos
de venda dos retalhistas.
Parte do retalho assumiu funções de grosso, ganhando dimensão para o seu negócio.
Outros retalhistas, para aumentarem a eficácia das suas empresas tomaram a seu cargo
atividades de distribuição física, por vezes subcontratando tais atividades a empresas
da especialidade.
Função Marketing
Esta área consiste, essencialmente, na conceção, desenvolvimento e coordenação das
atividades que visam adequar a atuação da empresa de grosso ou de retalho ao
mercado, com vista ao aumento das vendas.
A função Merchandising
O merchandising é uma subárea do marketing, normalmente definida como o marketing
no ponto de venda. Ocupa-se, essencialmente, das tarefas do layout, da gestão do
espaço de venda, da gestão dos lineares e das políticas de promoção e publicidade.
Esta função exige, no entanto, uma atividade muito maior nas empresas que funcionam
em regime de livre serviço, onde as tarefas relacionadas com a organização, gestão e
reposição do linear ocupam um peso significativo na atividade do ponto de venda.
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O desenvolvimento destas atividades é tanto mais importante quanto a sua execução
está associada a uma ausência de intervenção do Vendedor: o espaço da venda é um
"espaço-vendedor" que incorpora em si, ainda que de uma forma implícita, algumas das
atividades nucleares do Vendedor (apresentação e promoção de produtos, ...).
Assim, existem empresas em que essas tarefas são orientadas pelo proprietário, outras
em que contratam tal atividade em regime de outsourcing e ainda outras, mais raras, em
que a empresa já dispõe de um quadro com perfil especializado para desenvolver essa
atividade.
Com efeito, para os produtores não é já suficiente vender os seus produtos aos
distribuidores; torna-se necessário acompanhar o seu "escoamento" nos pontos de
venda. Por outro lado, as reações da concorrência, dos consumidores e a atitude dos
distribuidores são indicadores importantes para a redefinição da sua política comercial.
A Função Compras
A função compras consiste, essencialmente, na aquisição de todos os artigos ou
materiais que uma empresa necessita para desenvolver a sua atividade, quer se trate
de produtos a consumir pela própria empresa, quer se destinem aos seus clientes. As
compras para revenda constituem, no entanto, o objeto central da sua atuação.
As compras são uma das áreas em que se registam maiores alterações no sentido de
uma maior responsabilidade, exigência e aprofundamento de competências.
Com efeito, para além das tradicionais competências no domínio do produto e do seu
mercado fornecedor, exige-se hoje um conhecimento aprofundado da procura a nível
qualitativo e quantitativo, o que implica exigências acrescidas em marketing, bem como,
capacidade de acompanhamento dos produtos, desde a sua produção até à fase de pós-
venda.
Com efeito, para implementar o mix de uma gestão por categorias de produtos que
deverá ter em conta, para além da compra, parâmetros logísticos, de marketing e
merchandising, são necessários gestores de produtos/compradores que pilotem tanto
os peritos nos domínios a montante, como os "chefe de secção", a jusante.
A função compras requer, numa parte das empresas (sempre que a dimensão o justifica
ou permita) uma unidade organizacional autónoma.
distribuição);
5. Realização do pedido.
A função Logística
Outra das áreas onde se registam transformações muito significativas é a da logística.
A função logística consiste na utilização de um conjunto de técnicas operacionais e de
informação que permitem rentabilizar a gestão dos fluxos de mercadorias desde a sua
produção ao ponto de venda, numa relação custo/eficácia otimizada.
Por outro lado, está-se a verificar uma concentração cada vez maior, ao nível da
logística, originando e permitindo em muitos casos, uma grande especialização e
desagregação de funções, nomeadamente na área das compras, uma das mais
sensíveis no sucesso desta atividade.
A função logística, no caso de pequenas empresas, tem tendência para ser realizada
em regime de outsourcing, isto é, está cada vez mais a cargo de empresas
independentes que se especializam nesta área ou de centrais de compras. Uma das
tendências será a criação de um franchising de logística que permitiria ao retalhista
preocupar-se, essencialmente, com as funções do marketing e da venda.
1.2.Circuitos formais
Os canais de comunicação formal são aqueles que fluem dentro da cadeia de comando
ou responsabilidade da tarefa definida pela organização. Existem três tipos de canais
formais: as comunicações descendentes, as ascendentes e as horizontais.
Comunicações Descendentes
São os canais mais familiares que fluem comunicação dentro das organizações.
Comunicações descendentes referem-se às mensagens e informações enviadas
do topo para os subordinados, isto é, de cima para baixo, numa direção
descendente.
Comunicações Ascendentes
As comunicações formais ascendentes referem-se às mensagens que fluem dos níveis
mais baixos para os níveis mais elevados da hierarquia organizacional.
Comunicações Horizontais
A comunicação horizontal é o intercâmbio lateral ou diagonal de mensagens entre pares
ou colegas. Pode ocorrer dentro ou ao longo das unidades organizacionais.
1.3.Circuitos informais
Mas, uma outra estrutura existe, paralela e para além da estrutura formal, que consiste
num conjunto de relações informais e que é criada pelos vários membros da organização
independentemente dos níveis da hierarquia formal. É a organização informal.
Comunicação em Equipas
O trabalho em equipa envolve intensa comunicação. Os membros da equipa trabalham
juntos para cumprir tarefas, e a estrutura de comunicação da equipa influencia o seu
desempenho e a satisfação das pessoas envolvidas.
Reuniões
As reuniões constituem um importante meio de comunicação organizacional. Uma
reunião é um encontro de pessoas para discutir algum assunto ou resolver algum
problema.
1.1.3.Objectivos
A empresa é uma organização que vai criar uma utilidade (bem ou serviço útil) que tem
como principal objetivo obter lucro.
Numa atividade empresarial o que se pretende é que os custos dessa atividade sejam
inferiores aos seus proveitos, para que se possam gerar lucros (mesmo tendo em conta
os riscos a que todas as atividades empresariais se sujeitam).
Neste sentido, o objetivo último das empresas é: garantir a sua continuidade através da
criação de riqueza. Só as empresas que conseguem criar riqueza estão em condições
de contribuir para o desenvolvimento da sociedade, quer do ponto de vista económico,
quer social.
O comércio é responsável por uma série de serviços que permitem o ajuste tão
adequado, quanto possível, entre a oferta e a procura dos clientes. Para melhor entender
a importância destas atividades comerciais será interessante levar um pouco mais fundo
a sua análise.
Espacial
Ultrapassa a separação física entre as zonas de produção e os locais de consumo, isto
ao englobar as compras, a reunião da oferta e o transporte das mercadorias.
Temporal
Ultrapassa a separação que, no tempo, ocorre entre o momento da produção e os
consumos diversificados, ocasionando a necessidade de armazenamento.
Isto implica que tem que armazenar os produtos, isto é, criar espaços onde os guardar,
instalar e manter, em condições adequadas, nomeadamente em termos de segurança
do consumidor.
Quantitativo
Ultrapassa a discrepância de sortido que obriga a reagrupar a oferta em lotes
progressivamente mais úteis ao comprador final.
Como os produtos não são rigorosamente iguais deve, obviamente, fazer-se lotes por
forma a poder vender os produtos em condições que permitam uma escolha fácil do
consumidor.
Informação
Ultrapassa as dificuldades de conhecimento das qualidades e vantagens dos produtos.
Um serviço cada vez mais útil é a informação sobre o produto.
Igualmente o comércio presta um outro importante serviço que passa pela publicidade
dos produtos, criando condições para um conhecimento ajustado das qualidades destes
e das razões que podem justificar a sua escolha.
Financeiro
Ultrapassa, pelo encurtamento do ciclo de exploração, os problemas de financiamento
e de risco da atividade da produção, quando permite que esta possa recuperar o
investimento realizado, sem esperar pela compra dos produtos pelo consumidor.
Para além de todos estes ajustes o comércio tem uma função social muito importante
que é a criação de uma animação e de uma segurança que se vai alargando o que
permite igualmente a estruturação das cidades e das rotas do comércio.
São estas razões que, de forma clara e dificilmente discutível, marcam a utilidade da
atividade comercial. Através de todas estas funções o comércio vai adequando o ato de
venda ao ato de compra respondendo, caso a caso, aos interesses do consumidor.
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2.Organização e métodos de trabalho
Nível intermédio
É o nível administrativo que articula internamente o nível institucional com o nível
operacional da organização.
Recebe o nome de nível tático, pois recebe as decisões globais tomadas no nível
institucional e transforma-as em programas de ação para o nível operacional. Interpreta
a missão e os objetivos fundamentais do negócio, traduzindo-os em meios de ação para
que o nível operacional possa transformá-los em execução. Neste nível, o administrador
deve possuir uma visão tática.
Nível Operacional
É o nível administrativo mais baixo. É o nível mais íntimo da organização e constitui a
base inferior do organograma. É o nível que administra a execução e a realização das
tarefas e atividades quotidianas.
Neste nível, o administrador deve possuir uma visão operacional, pois tem contacto
direto com a execução, que é realizada pelos funcionários e operários que se incumbem
da realização das tarefas e atividades do dia-a-dia da organização.
O trabalho torna-se cada vez mais imaterial, vocacionado para a conceção e decisão
em tempo real, alicerçado na capacidade de analisar e gerir informação e fortemente
dependente da tecnologia e da interação com outros profissionais.
Esquematicamente:
Organização
Processo de gestão que atribui as atividades e tarefas identificadas aquando do
planeamento, aos indivíduos e grupos dentro da organização, no sentido de garantir a
consecução dos objetivos fixados aquando do planeamento.
Liderança/ Direção
Esta função dos gestores pode ser definida como o processo através do qual os gestores
dirigem e motivam os membros da organização, orientando-os para o desempenho das
suas atividades de uma forma que assegure o cumprimento dos objetivos definidos.
Controlo
Como o próprio nome indica, trata-se da função de gestão que se destina a assegurar
que o desempenho real da organização seja conforme com o respetivo planeamento.
Como grande parte do trabalho do líder pode ser feito com grupos e equipas de trabalho,
é importante que este desenvolva e treine algumas capacidades que lhe permitam ter
mais facilidade de interação com os grupos.
Os benefícios de uma boa previsão de vendas são múltiplos ao nível dos resultados de
uma empresa, nomeadamente:
Otimização de recursos;
Estar preparada para responder às crescentes necessidades de
mercado;
Colaboradores organizados entre si e com objetivos bem
definidos;
Evitar ocorrência de stocks excessivos (reduzir custos);
Ações de Marketing mais eficientes;
Maior controlo e acompanhamento das ações de venda.
As previsões de venda devem ter uma influência determinante na definição das metas
de venda porque dão uma estimativa para o nível de vendas em determinado horizonte
temporal.
A atividade de previsão tem como objetivo determinar valores rigorosos para as vendas
mas é mais adequado pensar na previsão como um processo, pelo que a terminologia
deve ser clara
Conceitos básicos
Negócio
Para a realização de qualquer negócio é essencial a existência de um produto definido,
de um grupo de clientes (segmento de mercado) interessado na compra desse mesmo
produto e de um âmbito geográfico definido.
Vendas
As vendas de uma empresa, num determinado intervalo de tempo, podem ser postas na
forma:
V = q * M;
Onde:
V – vendas da empresa num período de tempo;
q – quota de mercado da empresa:
M – vendas do mercado total (empresa e concorrentes diretos)
Mercado
Um mercado é um mecanismo que permite às pessoas realizar trocas, normalmente
reguladas pela lei da oferta e da procura.
Crescimento
Nesta fase verifica-se:
• Aumento do mercado potencial devido ao aumento da disponibilidade
de produtos
• Aumento do mercado disponível devido á diminuição de preços. As
causas desta diminuição são o elevado número de vendas e à
estandardização.
• Crescimento do mercado servido se houver a capacidade de satisfazer
a procura crescente e de dar assistência técnica a clientes e distribuidores
• Cash-flows frequentemente negativos devido à elevada necessidade de
grandes investimentos para ajustar a oferta à procura.
• Fidelização de clientes para a fase seguinte (maturidade).
Maturidade
Ocorre um reajustamento das expectativas em relação ao produto.
O mercado disponível encontra-se estável ou variando de modo gradual e
controlado.
Declínio
A redução das vendas que, na prática, define a fase de declínio, pode dever-se
a dois aspetos:
o Entrada de novos produtos substitutos com melhor relação
custo/beneficio.
o Redução da procura, por questões de moda ou culturais.
Nunca se pode esquecer que este ciclo de vida típico não é universalmente aplicável.
Existem muitas formas de ciclos diferentes, assim por exemplo:
A saturação pode nunca ser atingida, como em certos produtos de alta
tecnologia, substituídos por outros antes de se atingir a estabilidade;
O crescimento pode cessar ou mesmo inverter-se, para retomar mais tarde pelo
efeito de condicionantes externos;
Várias fazes de crescimento /Saturação a níveis sucessivamente mais altos
podem ocorrer, por acesso a novas utilizações e/ou clientes.
Fontes de Dados
Ao realizar uma previsão de vendas deve-se explicitar quais as fontes utilizadas, uma
vez que se tem que estimar o mercado total (M) e a respetiva quota de mercado (q).
Para o efeito podem ser utilizados dois tipos de fontes: secundárias e primárias.
Fontes secundárias
Este tipo de fontes é composto por dados já existentes, compilados com outros objetivos.
Apresentam como vantagens a sua disponibilidade e o seu baixo custo em relação às
fontes primárias.
No entanto, para a eficácia da sua utilização deve-se ter em atenção a sua idade,
precisão, fiabilidade e relevância, sendo por vezes necessário o recurso à analogia dos
dados.
Interna:
Dados internos da empresa ou das empresas associadas ao projeto.
Governamental:
Compreende dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do ICEP, da
Direção Geral do Comércio Interno e da União Europeia, sendo também úteis as
informações patentes nos relatórios e publicações do Banco de Portugal, Banco
Mundial e do Banco Europeu de Investimentos.
Comercial:
Conjunto de informações disponibilizadas pelas empresas de informações e
pelos estudos de mercado.
Métodos experimentais
Estes métodos têm como base a aquisição direta de dados através de pesquisas e
testes de mercado, sendo usualmente utilizados aquando a introdução, alteração de
produtos e todas as outras fases no seguimento de mercado.
Métodos causais
Estes métodos utilizam dados históricos para relacionar a variável dependente cujos
valores se tencionem prever com outra(s) variáveis independentes explicativas do
comportamento da primeira com métodos de regressão estatística.
O principal método causal é da regressão linear múltipla, cuja utilização facilitada pelo
uso de um software comercial, possibilita a obtenção de intervalos de confiança
utilizáveis em análise de sensibilidade.
Bibliografia
Documentos eletrónicos
Sites consultados