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A contagem do prazo inicial no processo administrativo federal

em dia não útil ou em véspera de dia não útil: superação da


lacuna da Lei n.º 9.784/99
» Cid Arruda Aragão

RESUMO: Processo administrativo. Contagem de prazo. Situação


em que a cientificação oficial ocorre em dia não útil ou em véspera de
dia não útil. Esfera de aplicação da Lei n.º 9.784/99. Lacuna da Lei n.º
9.784/99. Aplicação subsidiária do Código de Processo Civil.
ABSTRACT: Administrative procedure. Procedural deadline
counting. Scenario in which the official scientization occurs on non-
working day or on eve nonworking day. Sphere of application of Law
no. 9.784/99. Gap of Law no. 9.784/99. Subsidiary application of the
Code of Civil Procedure.
PALAVRAS-CHAVES: Processo administrativo. Cientificação
oficial. Dia não útil. Termo inicial. Lei n.º 9.784/99. Código de processo
civil.

INTRODUÇÃO
1. O presente artigo traz estudo sobre o termo inicial para contagem
de prazo no processo administrativo federal, especialmente na
situação em que a cientificação oficial ocorrer em dia não útil ou em
véspera de dia não útil.
2. A Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999 – Lei do Processo
Administrativo Federal –, dispõe sobre a contagem de prazo no âmbito
do processo administrativo federal, mas, ao fazê-lo, não trata do termo
inicial nas circunstâncias especiais acima.
3. Assim, aqui se apresentará as normas que circundam a matéria,
definindo a norma aplicável em face da lacuna da Lei n.º 9.784, de
1999.
DA ESFERA DE APLICAÇÃO DA LEI N.º 9.784, DE 1999
4. A Lei n.º 9.784, de 1999, regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública Federal. Contudo, é importante
destacar que referido diploma também pode ser aplicado em outras
esferas federativas, na ausência de legislação sobre a matéria, no
âmbito do ente federado. O Superior Tribunal de Justiça dá lastro a
essa interpretação, como se observa no Recurso Especial n.º
655.551/RS:
RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. FILHA
SOLTEIRA DE EX-SERVIDOR DO IPERGS. PENSÃO
POR MORTE. CANCELAMENTO. DECADÊNCIA
AFASTADA. APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI Nº
9.784/99. PRECEDENTES.
1. De acordo com a jurisprudência firmada nesta
Corte Superior de Justiça, na ausência de lei estadual
específica, pode a Administração Estadual rever seus
próprios atos no prazo decadencial previsto na Lei
Federal nº 9.784, de 1º/2/99.
2. A colenda Corte Especial, no julgamento do MS
9.112/DF, firmou entendimento no sentido de que os
atos administrativos praticados anteriormente ao
advento da mencionada Lei estão sujeitos ao prazo
decadencial qüinqüenal contado da sua entrada em
vigor. In casu, cancelada a pensão da autora em 2002,
resta afastada a decadência.
3. Recurso especial provido. (6ª Turma, Relatora
Maria Thereza de Assis Moura, DJ 30/10/2006)
5. Dessa forma, na hipótese de a matéria de processo administrativo
e, especialmente, de contagem de prazos processuais, no âmbito do
determinado ente federado, não possuir regulamentação específica,
poderão ser aplicadas as disposições da Lei n.º 9.784, de 1999, assim
como, em princípio, poderá igualmente servir o estudo aqui
pretendido.
DA LACUNA DA LEI N.º 9.784, DE 1999, REFERENTE AO
TERMO INICIAL PARA CONTAGEM DE PRAZO NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO E DA INTEPRETAÇÃO ADEQUADA À
CORRETA INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO
6. A Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999, em seu art. 66, traz
regramento sobre a contagem de prazo no processo administrativo:

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da


cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento.

§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia


útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver
expediente ou este for encerrado antes da hora normal.

§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo


contínuo.

§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de


data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia
equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o
último dia do mês.
7. Interessa observar o seguinte: o dispositivo prescreve que o termo
final de um prazo deve ser prorrogado até o primeiro dia útil seguinte
se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este
for encerrado antes da hora normal. Contudo, nada fala sobre o termo
início de contagem de prazo, quando o dia posterior à data da
cientificação oficial cair em dia em que não houver expediente ou este
for encerrado antes da hora normal.
8. No âmbito dos processos administrativos sancionatórios de
apuração de uma infração administrativo-ambiental, por exemplo, é
possível que a cientificação oficial ocorra em dia não útil (sábado,
domingo ou feriado) ou em dia que precede dia não útil (numa sexta-
feira ou na véspera de feriado). A questão é saber como definir a
contagem do dia inicial do prazo nessas circunstâncias.
9. No caso de a cientificação oficial preceder dia não útil, a doutrina
administrativa ensina que a exegese correta do art. 66 é aquela que,
combinando seu caput com o §1º, entende que o prazo processual
administrativo começa a contar no primeiro dia útil. Vejamos:
Portanto, combinado o caput do art. 66 e o § 1º,
podemos concluir que a contagem do prazo despreza o
dia da cientificação e começa a contar no dia seguinte,
desde que o dia seguinte seja dia útil, ou seja, não se
começa contagem de prazo em fim de semana,
feriado e dia que não haja expediente, inclusive se o
expediente for encerrado mais cedo.[i](g.n.)
10. Ademais, é plausível que, no que diz respeito à contagem de
prazos, na omissão da Lei n.º 9.784/99, se aplique subsidiariamente
aos processos administrativos as regras do Código de Processo Civil
– a mais completa lei procedimental brasileira em matéria não-penal.
Nesse sentido, destaca-se o seguinte precedente:
LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA.
NATUREZA INTERLOCUTÓRIA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CABIMENTO. APLICAÇÃO
SUBSIDIÁRIA DA SISTEMÁTICA RECURSAL
PREVISTA NO CPC.
1. A sistemática recursal prevista no CPC é aplicável
subsidiariamente a todo o ordenamento jurídico,
inclusive aos processos regidos por Leis especiais,
sempre que não houver disposição especial em
contrário.
2. Cabe Agravo de Instrumento contra decisão
concessiva ou indeferitória em liminar de Mandado de.
Segurança.
3. REcurso especial parcialmente conhecido e, nessa
parte, provido.
(STJ, REsp 1.204.087, 2ª Turma, Rel. Min. Herman
Benjamin; DJE de 03/02/2011)(g.n.).
11. Ademais, as regras de contagem do CPC – diferentemente
daquelas do Código de Processo Penal – seguem a mesma
sistemática de exclusão do dia do começo e inclusão do dia do
vencimento, apenas trazendo normas complementares das quais a Lei
n.º 9.784/99 não tratou.
12.O Código de Processo Civil traz solução expressa para as duas
circunstâncias referidas no ponto 8 acima. A regra art. 184, §2º, dispõe
que os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a
intimação. Assim, se a cientificação oficial ocorrer numa sexta-feira, o
termo inicial do prazo será na segunda-feira. Igualmente, se a
cientificação ocorrer em véspera de feriado, conta-se o prazo a partir
do primeiro dia útil seguinte ao feriado.
13. A mesma regra do art. 184, §2º, combinada com aquela disposta
no art. 240, caput e parágrafo único, traz a solução para a situação em
que a cientificação se dá em dia não útil. In verbis:

Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão


os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do
vencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia


útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em
que: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)

I - for determinado o fechamento do fórum;

II - o expediente forense for encerrado antes da hora


normal.

§ 2o Os prazos somente começam a correr do primeiro


dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo
único). (Redação dada pela Lei nº 8.079, de 1990)

Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para


as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público
contar-se-ão da intimação.

Parágrafo único. As intimações consideram-se


realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido
em dia em que não tenha havido expediente
forense. (Incluído pela Lei nº 8.079, de 1990) (g.n.)
14. Tome-se por hipótese que a cientificação oficial tenha ocorrido
num sábado. Pela regra do art. 184, §2º, o prazo deve começar a
correr do primeiro dia útil após a intimação. Ademais, por não haver
expediente normal dos entes públicos nos sábados, a intimação,
nessa hipótese, considera-se realizada no primeiro dia útil seguinte,
segundo a norma do art. 240, parágrafo único. Assim, tem-se que,
quando a cientificação oficial (intimação) ocorrer no sábado,
considera-se que foi realizada na segunda-feira, e, começando o
prazo do primeiro útil seguinte, tem-se que o termo inicial da contagem
do prazo se dá apenas na terça-feira seguinte ao sábado.
15.Corroborando a tese de aplicação subsidiária das regras do Código
de Processo Civil referentes à contagem de prazo, aos processos
administrativos, quando for omissa a Lei n.º 9.784/1999, confira-se o
seguinte precedente da 6ª Turma do Egrégrio Tribunal Regional
Federal da 2ª Região:
ADMINISTRATIVO – PROCESSUAL CIVIL –
MANDADO DE SEGURANÇA – APLICAÇÃO DE
PENALIDADE – CONSELHO REGIONAL DE
MEDICINA – CERCEAMENTO DE DEFESA – NÃO
RECEBIMENTO DE RECURSO TEMPESTIVO –
INTIMAÇÃO NO SÁBADO – PRORROGAÇÃO PARA
SEGUNDA-FEIRA – INÍCIO DA CONTAGEM DO
PRAZO RECURSAL NA TERÇA-FEIRA –
MODIFICAÇÃO DA FUNDAMENTAÇÃO DA
SENTENÇA I – Não é razoável considerar que as
decisões administrativas permaneçam indefinidamente
sujeitas a impugnação, em que pese a inércia da parte
interessada. Assim, a interposição de
recurso administrativo fora do prazo legalmente
estabelecido acarreta seu não conhecimento, eis que
ocorrente, na hipótese, o fenômeno da preclusão. II –
Se a parte interessada foi intimada num sábado de
decisão proferida em
procedimento administrativo, aplica-se, por
analogia, o disposto no art. 240, § único, do CPC,
considerando-se a intimação efetuada no primeiro
dia útil posterior, qual seja, na segunda-feira, data
que deve ser excluída da contagem do prazo
recursal, tendo em vista o disposto no art. 125 do
Código Civil, bem como no art. 184, §2º, do CPC. III -
A modificação da fundamentação da sentença pelo
Tribunal é medida lícita e comportada no efeito
devolutivo da apelação, desde que inalterados os fatos
articulados na inicial e na resposta do réu (STF, 1ª T.,
Ag 71473-1-AgRg-SP; STF, 2ª T., Ag 72588-1-AgRg-
SP) (g.n.) (TRF2, 6ª Turma, MAS 19777, Rel. Sergio
Schwaitzer, DJU 18.2.2003)
16. Registre-se que, quanto aos procedimentos administrativos fiscais,
também há entendimento pela aplicação subsidiária do Código
Tributário Nacional[ii], que, em seu art. 210, parágrafo único,
dispõe, da mesma forma do Código de Processo Civil, que os prazos
só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição
em que corra o processo ou deva ser praticado o ato[iii].
CONCLUSÃO
17. No que diz respeito ao termo inicial para contagem dos prazos no
âmbito dos processos administrativos federais, portanto, aplicam-se as
seguintes regras:
a) quando a cientificação oficial ocorrer na véspera de dia
não útil, o termo inicial para contagem do prazo se dá no
primeiro dia útil seguinte;
b) a cientificação oficial que ocorra em dia não útil é
considerada realizada no primeiro dia útil seguinte, e o
termo inicial para contagem do prazo se dá no primeiro
dia útil seguinte à data em que se considera realizada a
cientificação.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o


Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário
aplicáveis à União, Estados e Municípios.. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acesso
em: 28 mai.2014.

BRASIL. Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de


Processo Civil. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm>. Acesso
em: 28 mai.2014.

BRASIL. Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regula o processo


administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9784.htm>. Acesso
em: 28 mai.2014.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça, Sexta Turma. REsp 655.551/RS,


Relator Maria Thereza de Assis Moura. Data da Publicação: DJ 30/10/2006.

BRASIL. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Sexta Turma. MAS


19.777, Relator Sergio Schwaitzer. Data da Publicação: DJU 18/02/2003.
BRASIL. Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Segunda Turma. MAS
289.889, Relator Juiz Convocado Silva Neto. Data da Publicação: e-DJF3
17.12.2009.

CONSULTORIA Fórum. Contagem de prazo administrado


cientificado. Fórum de Contratação e Gestão Pública - FCGP, Belo
Horizonte, ano 2, n. 13, jan. 2003. Disponível em:
<http://www.bidforum.com.br/bid/PDI0006.aspx?pdiCntd=7734>. Acesso
em: 2 agosto 2012.

Notas:

[i] CONSULTORIA Fórum. Contagem de prazo administrado


cientificado. Fórum de Contratação e Gestão Pública - FCGP, Belo
Horizonte, ano 2, n. 13, jan. 2003. Disponível em:
<http://www.bidforum.com.br/bid/PDI0006.aspx?pdiCntd=7734>.
Acesso em: 2 agosto 2012.

[ii] A aplicação subsidiária das regras do CTN aos procedimentos


administrativos fiscais tem fundamento no art. 146, inciso III, da
Constituição Federal.

[iii] Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente do Tribunal


Regional Federal da 3ª Região:

MANDADO DE SEGURANÇA - PROCEDIMENTO


ADMINISTRATIVO FISCAL (PAF) - NOTIFICAÇÃO DA DECISÃO
ADMINISTRATIVA EM UMA QUINTA-FEIRA, FERIADO MUNICIPAL
NA LOCALIDADE DO CONTRIBUINTE, 08/12/05 - INÍCIO DO PRAZO
DISTINTO DO DE INÍCIO DE SUA CONTAGEM, AQUELE NA
SEXTA, 09/12/05, QUE SE EXCLUI, ESTE A PASSAR A CORRER A
PARTIR DOPRIMEIRO DIA ÚTIL DE REGULAR EXPEDIENTE NA
REPARTIÇÃO, SEGUNDA, 12/12/05, CONSOANTE "CAPUT" E
PARÁGRAFO DO ART. 210, CTN, DE CONJUGAÇÃO COGENTE AO
INVOCADO PRECEITO DO ART. 305, DECRETO 3.048 -
PROTOCOLIZAÇÃO DO RECURSO ADMINISTRATIVO EM 10/01/06,
PORTANTO DENTRO DO TRINTÍDIO NORMATIZADO -
CONCESSÃO DA SEGURANÇA, PARA REGULAR
PROCESSAMENTO DO RECURSO. 1.Cenário extremamente
peculiar revela o feito, com o municipal feriado de 08/12/2.005, uma
quinta-feira, a coincidir com a data da notificação ao contribuinte
sobre o julgamento de sua defesa ou impugnação em Primeira
Instância Administrativa, a ensejar toda a celeuma em torno da
tempestividade ou não do administrativo recurso interposto, assim
dentro ou fora do trintídio normatizado segundo tese e anti-tese em
jogo, certo deu-se seu protocolo em 10/01/2.006.

2.Nem em isolado a se depreender a incidir o art. 305, Decreto


3.048, primeiro parágrafo, nem o texto do art. 66, Lei n.º 9.784/99,
segundo parágrafo naquelas folhas, mas sim revelam-se ambos a
merecerem conjugada exegese com a Lei Nacional de Tributação,
o CTN, Lei Complementar a cuidar das normas gerais (nos termos
do inciso III, primeira parte, do art. 146, Lei Maior), cujo art. 210
dispõe, em "caput" e parágrafo, de modo a traduzir também a
recair sobre o caso vertente a clássica distinção entre início do
prazo e início da contagem do prazo.

3.Na lide em questão o início do prazo exprime-se na tal sexta


feira, 09/12/05, afinal não houve expediente ( em 08/12/05, feriado) na
repartição consoante único parágrafo daquele art. 210, cuja exclusão
portanto de rigor nos termos de seu "caput" : ora, de
conseguinte, somente tendo inicio a contagem com a exclusão
daquela sexta e unicamente tal correndo em dia de expediente
normal na repartição, nítido que o inicio da contagem do prazo
em foco a corresponder à segunda-feira, 12/12/05, assim a
protocolização ora infirmada a se revelar objetivamente dentro dos tais
trinta dias, fincados no invocado art. 305, daquele Decreto, pois
praticada em 10/01/06.

4.Respaldado em jurídica plausibilidade o intento


impetrado/aviado, superada se põe a resistência estatal, dessa forma
se impondo a concessão da segurança, com o processamento regular
do recurso em questão, interposto no bojo do processo
Administrativo DEBCAD n.º 35.639.524-3, no tocante a seu tom
tempestivo, como aqui firmado, inciso XXXV do art. 5º, do Texto
Supremo. 5.Provimento à apelação, para reforma da r. sentença,
concedida a segurança, como aqui estabelecido, ausente desfecho
sucumbencial diante da via eleita. (TRF3, 2ª Turma, MAS 289889, Rel.
Juiz Convocado Silva Neto, e-DJF3 17.12.2009)

Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em
periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: ARAGÃO, Cid Arruda. A contagem do prazo inicial no processo
administrativo federal em dia não útil ou em véspera de dia não útil: superação da lacuna da Lei n.º 9.784/99. Conteudo
Juridico, Brasilia-DF: 12 jun. 2014. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.48565&seo=1>.
Acesso em: 04 mar. 2018.
Ao,
Departamento Jurídico IPEM-MG

ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR GERAL DO IPEM-MG

(nome da empresa), inscrita no Cnpj: (número do cnpj) e Insc. Est.: (inscrição estadual), situada à(endereço),
representada pelo sócio administrador (nome do administrador), inscrito sob Cpf: (número do cpf), RG: (número do
rg), vem respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, com fundamento na Leinº. 9.503/97, interpor o presente
recurso contra a aplicação de penalidade por suposta infração de trânsito, conforme notificação anexa, o que faz da
seguinte forma.

De acordo com mencionadanotificação, o veículo de minha propriedade, um (marca), (modelo), (ano), (placas),
(código renavam), encontrava-se em uso, sem ter sido submetido à verificação metrológica periódica pelo
Inmetro.Apontou-se, portanto, violação ao Art. 1º e 5º da Lei nº. 9.933/1999. Entretanto, como se infere dos
documentos anexos, o Art. 8º da Lei 9933/1999 regulamenta que Caberá ao Inmetro e às pessoasjurídicas de direito
público que detiverem delegação de poder de polícia processar e julgar as infrações, bem assim aplicar aos infratores
isolada ou cumulativamente as seguintes penalidades:

I. –Advertência;
II. – Multa;
III. – Interdição;
IV. – Apreensão;
V. – Inutilização.

Diante disso, entendemos que como sendo primeira notificação do veículo, o correto seria aplicarAdvertência, e a
multa seria aplicada somente se o veículo fosse notificado duas vezes pela mesma ocorrência.

Dessa forma, a decisão imposta pela autoridade de trânsito deve ser cancelada por este Órgão,eis que desprovida de
fundamentos sólidos e eivada de nulidades.

Ante o exposto, requer o cancelamento da penalidade imposta com a conseqüente revogação dos pontos de meu
prontuário.

Termosem que,

Pede deferimento.

(local), (dia) de (mês) de 2013.

.................................................................................
Assinatura (responsável)....

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