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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO E.R.

TELLECHEA – HISTÓRIA – 7º ANO – PROF JULIO

A CRISE E A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO

Após efetuar longas conquistas territoriais, construir um vasto império e atingir o seu período áureo (de grandeza,
glória e prosperidade), Roma entrou num longo período de crise, que terminou com a sua queda no século V d. C.
O que terá provocado à crise de um tão poderoso império? Que causas provocaram a decadência do Império
Romano?

Causas:

Anarquia militar - provocada pela disputa pelo poder entre os chefes militares, fortalecidos pelas guerras de conquista.
Ocorreram vários golpes políticos e assassinatos de imperadores. Ninguém conseguia ficar no poder por muito tempo.

Enorme extensão territorial - no reinado de Trajano (98 a 117), o império atinge sua extensão máxima, conquistando
quase todo o mundo ocidental conhecido, o que acaba por dificultar a administração territorial e militar.

Longa crise económica – provocada pela escassez de escravos, que originou a queda na produção, diminuição do
comércio e aumento da inflação. A crise afetou a estrutura política, económica e social do Império.

Aumento de conflitos sociais - disputas entre patrícios e plebeus, acaba gerando grande instabilidade política.

Crescimento do Cristianismo - os ideais cristãos fortaleciam a resistência das camadas menos favorecidas, o que
impulsionou a perseguição aos cristãos e sua religião.

Êxodo urbano – causado pela crise económica e clima de insegurança reinante nas cidades. As pessoas foram para o
campo à procura de sustento e segurança.

Migrações Bárbaras - bárbaros eram todos os povos que não falavam latim ou grego. Oriundos do norte da Europa e Ásia
deslocaram-se para os limites do império. De início, de maneira pacífica, na maioria de origem Germânica (suevos,
lombardos, teutônicos e francos, godos, visigodos, vândalos e burgúndios), muitos viviam como colonos e chegaram a
prestar serviço militar e a participaram da administração civil. Porém a partir do século V, as penetrações dos germânicos
adquiriram caráter mais violento, principalmente em decorrência do deslocamento dos hunos, originários da Mongólia.

Divisão definitiva o Império – em 395 d. C. dividiu-se o Império definitivamente em duas partes: Império Romano do
Ocidente, com sede em Roma (que ficou com Honório) e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (que
ficou sob o comando de Arcádio).

TODOS ESSES FATORES JUNTOS, VÃO CULMINAR COM A DESFRAGMENTAÇÃO DO IMPÉRIO.

Embora no final do século III as dificuldades foram relativamente superadas, o imperador Diocleciano assume o
poder nesse contexto, e para facilitar a administração, ele dividiu o império em duas partes, administradas por quatro
imperadores (Tetrarquia). Porém com a morte de Diocleciano, seus generais passaram a disputar o poder.
Constantino assumiu em 312, nesse quadro de evidente adversidade, e manteve-se como único imperador até 337.
As crescentes dificuldades financeiras e a crise do sistema escravista enfraqueciam seu governo, e as fronteiras tornavam-
se cada vez mais vulneráveis aos bárbaros.
Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império entre seus dois filhos: Honório ficou com o Império Romano do
Ocidente, e Arcádio, que ficou com o Império Romano do Oriente.
Em 476, os Hérulos, através do seu rei Odoacro, derrubaram o último imperador de Roma Rômulo Augusto. Este
facto marcou o fim do Império Romano do Ocidente e o início da Idade Média.

Nota: O Império Romano do Oriente que passou a ser chamado de Império Bizantino durou até 1453, ano em que os
muçulmanos liderados por Maomé II conquistaram a Cidade de Constantinopla.

Bárbaros – eram povos que viviam fora das fronteiras do Império Romano. Eram considerados bárbaros por não falarem
o latim e não terem os mesmos hábitos e costumes que os romanos. De entre os bárbaros, destacam-se os germanos.
Dividiam-se em Visigodos, Ostrogodos, Francos, Vândalos, Hêrulos, Eslavos, Lambardos, Algos e Saxões.

Vale lembrar, no entanto, que embora Roma tenha caído nas mãos dos bárbaros, a parte oriental do império permanecia
intocada, com sua capital em Constantinopla.

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