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TEXTO ARGUMENTATIVO DE PORTUGUÊS

TEMA: “O andar muito solto é uma falsa conquista de liberdade.” – Gonçalo


Waddington

Segundo Gonçalo Waddington, “O andar muito solto é uma falsa conquista de liberdade”,
ou seja, a ideia de que podemos fazer tudo tal como queremos e quando nos apetece (“O
andar muito solto [...]”) é incorretamente associada à expressão “liberdade”, visto que este
termo, na realidade, é usado existindo, pertencentes a ele, direitos e deveres que o
condicionam(“[...]é uma falsa conquista de liberdade.”). Após interpretada a frase dada,
concluo que partilho da mesma opinião do ator e encenador português.

Antes de mais, deve-se ter a noção do verdadeiro significado de liberdade, podemos


admitir assim que é o direito de agir de acordo com a própria vontade, desde que não
prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém, e ainda um
conjunto dos direitos de cada cidadão, sem esquecer as suas devidas restrições, denominadas
“deveres”. Logo por esta definição, podemos retirar que apenas se pode agir consoante a
nossa própria vontade, caso não prejudique outra pessoa, tendo aqui o direito da liberdade, em
parte, presente, pois existe a sua respetiva restrição dando assim a sensação de “falsa
conquista de liberdade”, por exemplo, o automobilista tem o direito de conduzir a sua viatura
ao longo de uma estrada e seguir por esta livremente, mas na hipótese de surgir um
cruzamento, já não há inteira liberdade de seguir pela estrada fora tal como é necessário parar
ao sinal vermelho e deixar passar as outras viaturas, para desta maneira não existirem
acidentes e não violar assim os direitos de outras pessoas, não tendo desta maneira total
liberdade.

Além disso, existem vários tipos de liberdade, é o caso da religiosa, de expressão, de


pensamento, de associação e de reunião. No caso da liberdade de reunião que consiste no
direito que o cidadão possui de reunir em qualquer grupo, encontros, clube, manifestação,
desfile, comícios entre outros tipos de reuniões que são realizadas, existe também a limitação
de que não seja para fins ilícitos, porque caso isso aconteça os indivíduos são punidos,
portanto não existe, mais uma vez, “o andar muito solto” ou, de outro modo, a liberdade
integral.

Há quem diga que caso as suas atitudes não influenciem o outro, então há plena
liberdade, mas, não é o caso, visto que como acontece quando cada um é livre de decidir se
usa ou não o cinto de segurança (quem não o usa, não desrespeita o direito de ninguém) mas
a lei exige a sua utilização e pune severamente os infratores, além de que também permite
acautelar certos interesses pessoais. Se uma pessoa não usar o cinto de segurança e sofrer um
acidente, pode ficar seriamente ferida e assim estará a afetar os direitos próprios de cada um,
no sentido em que estará a infringir uma regra que serve para o bem geral da comunidade.

Por fim, deixo lembrada a limitação da liberdade, através da indicação de Nei


Fernando, que diz que “a liberdade é algo que foi conquistada com muito esforço e que
agora é de direito do cidadão, por isso usufrua de seus direitos, mas não se esqueça de que
também possui deveres. Toda liberdade exige responsabilidade.”

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