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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA

AFRO-BRASILEIRA

INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

LABORATÓRIO DE FÍSICA III

ELIEZER TIMÓTEO DA SILVA SANHÁ


SOZINHO DOMINGOS USSIVANE

RELATÓRIO DE PRÁTICA IV

ACARAPE-CE
2016
ELIEZER TIMÓTEO DA SILVA SANHÁ
SOZINHO DOMINGOS USSIVANE

RELATÓRIO DE PRÁTICA IV

Relatório da primeira aula prática do Laboratório de Física III,


do Instituto de Engenharias e Desenvolvimento Sustentável da
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira, apresentado como parte de requisito parcial de
avaliação da disciplina ministrada pelo Professor Dr. Cleiton
da Silva Silveira.

ACARAPE-CE
2016
RESUMO

Este trabalho é o fruto da prática realizada na terceira aula prática de Física III, ou seja, prática 04,
da disciplina de Laboratório de Física III, o assunto abordado nessa aula foi a Lei de Hooke e
associação de molas, onde se fez a verificação dessa lei através da utilização de experimentos para
a determinação das molas sob efeito de uma força, da determinação da constante elástica da mola
helicoidal e das suas associações e também a determinação de um peso desconhecido. Este trabalho
traz sob a forma de relatório acadêmico os dados experimentais, resultados e conclusão extraída da
discussão dos experimentos e procedimentos realizados pelo grupo da prática em questão.

Palavras-Chave: Equilíbrio. Sistema de Equilíbrio. Estático. Corpo Rígido.


SUMÁRIO

1. OBJETIVO ...................................................................................................... 4
2. MATERIAL ....................................................................................................... 4
3. INTRODUÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAIS E RESULTADOS ......................... 5
5. QUESTIONÁRIO ............................................................................................. 10
6. CONCLUSÃO ................................................................................................... 12
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 13
1. OBJETIVOS

 Verificar a lei de Hooke


 Determinar a constante elástica de uma mola helicoidal
 Determinar o valor de um peso desconhecido
 Determinar a constante elástica de uma associação de molas.
2. MATERIAL

 Molas cilíndricas em espiral (molas helicoidais)


 Massas aferidas
 Base com suporte
 Régua

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Segundo Robert Hooke (1635-1703), a intensidade da força aplicada à mola é


diretamente proporcional à sua deformação (x). De fato, quanto mais deformada (comprimida
ou alongada) a mola estiver, maior é a força sobre ela aplicada. Tendo a deformação como a
variação do comprimento inicial e final. Desta forma, a Lei de Hooke, oferece uma maneira de
calcular a força elástica: F = - Kx, O sinal negativo acima significa que e têm sentidos
contrários.
A constante elástica (k) de uma mola é dada pela fórmula:

𝜌𝑑 4
𝑘=
nD

Onde:
R = módulo de rigidez do material; d = diâmetro do arame;
n = número de espirais da mola; D = diâmetro interno da espiral.

A região onde é válida a Lei de Hooke é chamada de região elástica da mola que quer
dizer que a mola sempre voltará ao seu comprimento original para as deformações
compreendidas nesse intervalo. Se continuarmos a deformar a mola, poderemos passar para
uma região na qual ela não retornará ao seu tamanho original, deformando-se permanentemente
e se a força for excessiva, a mola poderá até mesmo se romper.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAIS E RESULTADOS

Inicialmente submeteu-se 4 molas dadas como 1, 2ª, 2b e 3 a diferentes forças (pesos) e mediu-se
os alongamentos correspondentes. Lançaram-se os resultados obtidos na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1: Resultados experimentais

Mola 1 Mola 2a Mola 2b Mola 3


Força Alongamento Força Alongamento Força Alongamento Força Alongamento
(gf) (cm) (gf) (cm) (gf) (cm) (gf) (cm)
20 4 20 2,7 20 2,6 200 3,8
40 8 40 5,5 40 5,2 400 7,2
60 12,2 60 8,3 60 8 600 10,8
80 16,2 80 11 80 10,6 800 14,3
100 20,2 100 13,9 100 13,2 1000 17,9
Fonte: Elaborado pelo autor.

Para cada mola, construiu-se um gráfico de força (F) em função de alongamento (X) conforme a
seguir:

Gráfico para a mola 1.

Gráfico para mola 1 de F versos X


120
100
Força em (gf)

80
60
Força (gf)
40
20
0
4 8 12,2 16,2 20,2
Alongamento X em (cm)

Fonte: Elaborado pelo autor.

Gráfico para mola 2a

5
Gráfico gerado pela mola 2a

120
Força em (gf)
100
80
60
40 Força…
20
0
2,7 5,5 8,3 11 13,9
Alongamento X em (cm)

Fonte: Elaborado pelo autor.


Gráfico para mola 2b.

Gráfico de da mola 2b

120
Força em (gf)

100
80
60
Força…
40
20
0
2,6 5,2 8 10,6 13,2
Alongamento X em (cm)

Fonte: Elaborado pelo autor.


Gráfico para mola 3:

Gráfico da mola 3
1200
1000
Força em (gf)

800
600
400 Força (gf)
200
0
3,8 7,2 10,8 14,3 17,9
Alongamento X em (cm)

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Conforme os gráficos acima, pode se observar que a dependência é linear. Portanto o coeficiente
ΔF
angular é igual a constante da mola 𝜇 = 𝐾 = Δ𝑥. Desta forma calculou-se a constante elástica para

cada mola conforme a seguir:

Para mola 1

Δ𝐹 100−20 80
𝐾1 = Δ𝑥 = = 15,8 = 5,06𝑔𝑓/𝑐𝑚.
20,2−4

Para a mola 2a

Δ𝐹 100−20 80
𝐾2𝑎 = = = = 7,14𝑔𝑓/𝑐𝑚.
Δ𝑥 13,9−2,7 11,2

Para mola 2b

Δ𝐹 100−20 80
𝐾2𝑏 = Δ𝑥 = 13,2−2,6 = 10,6 = 7,55𝑔𝑓/𝑐𝑚.

Para a mola 3

Δ𝐹 1000−200 800
𝐾3 = Δ𝑥 = = 14,1 = 63,83𝑔𝑓/𝑐𝑚.
17,9−3,8

Submeteu-se as molas 1, 2a e 3 a um peso desconhecido e mediu-se os alongamentos


correspondentes e lançou-se os resultados obtidos na tabela 2 a seguir.

Tabela 2: Alongamentos para o peso desconhecido

Molas 1 2a 3
Alongamentos (cm) 12,5 8,5 1,2
Fonte: Elaborado pelo autor.

Associaram-se duas molas nº 2 em série, conforme mostra a figura abaixo

Figura 1: Associação de 2 molas em série

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Foram submetidas várias forças a esta associação, mediu-se os alongamentos correspondentes e
preencheu-se a tabela 3 conforme abaixo ilustra.

Tabela 3: Resultados experimentais para 2 molas em série

Molas Nº 2em Série


Força (gf) 20 30 40 50 60
Alongamento (m) 4,6 7 9,9 12,7 15,3
Fonte: Elaborado pelo autor.

Determinou-se experimentalmente o valor da constante elástica dessa associação pelo gráfico F


versus X, conforme mostrado abaixo.
Cálculo da constante elástica em série:

Δ𝐹 60−20 40
𝐾𝑠 = Δ𝑥 = 15,3−4,6 = 10,7 = 3,7𝑔𝑓/𝑐𝑚.

Gráfico de associação em série de 2 molas nº 2


70
60
Força F em (gf)

50
40
30
Força…
20
10
0
4,6 7 9,9 12,7 15,3
Alongamento X em (cm)

Fonte: Elaborado pelo autor.

Associaram-se duas molas nº 2 em paralelo conforme a figura 2 abaixo ilustra, preencheu-se a


tabela 4 e determinou-se a constante elástica Kp desta associação pelo gráfico F versus X abaixo
traçado.
Figura 2: Figura ilustrativo de associação duas molas em paralelo

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 4: Resultados experimentais para 2 molas em paralelo

Molas Nº 2 em Paralelo
Força (gf) 30 60 90 120 150
Alongamento (cm) 2 4,1 6,1 8,1 10,1
Fonte: Elaborado pelo autor.

Cálculo da constante elástica em paralelo Kp:

Δ𝐹 150−30 120
𝐾𝑝 = Δ𝑥 = = = 14,814𝑔𝑓/𝑐𝑚.
10,1−2 8,1

Gráfico de associção de duas molas nº 2 em paralelo

160
140
120
Força em (gf)

100
80
60 Força…
40
20
0
2 4,1 6,1 8,1 10,1
Alongamento em (cm)

Fonte: Elaborado pelo autor.

Associou-se em série uma mola n º 1 a uma mola nº 2, preencheu-se a tabela 5 e determinou-se a


constante elástica K1-2 pelo gráfico força F versos alongamento X.

Tabela 5: Resultados experimentais para associação em série

Mola Nº 1em Série com Mola N º 2


Força 30 40 50 60 70
Alongamento (cm) 10,1 13,6 16,9 20,2 23,14
Fonte: Elaborado pelo autor.

Cálculo da constante elástica K1-2:

Δ𝐹 70−30 40
𝐾1−2 = Δ𝑥 = 23,4−10,1 = 13,3 = 3 𝑔𝑓/𝑚.

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Gráfico de associação em série da molas nº 1 a uma mola nº 2

80
70
60
Força em (gf)

50
40
30 Força…
20
10
0
10,1 13,6 16,9 20,2 23,4
Alongamento em (cm)

5. QUESTIONÁRIO
5.1. Qual das molas que lhe foram apresentadas é a mais elástica? Justifique.
Nessa prática a mola mais elástica é a Mola 3, pois possui maior constante elástica.
5.2. Qual a relação entre E (elasticidade) e k (constante elástica)?
A relação é que a elasticidade de uma mola depende da sua constante elástica, isto é, quanto
maior for a sua constante elástica, mais elasticidade a mola possuirá.
5.3. Para cada mola do PROCEDIMENTO, item 1, determine o valor de k pela expressão:

∑𝑛 𝐹𝑖
𝑘 = ∑𝑛1
1 𝑋𝑖

Mola 1

(20+40+60+80+100)𝑔𝑓
𝑘 = (4+8+12,2+16,2+20,2)𝑐𝑚 = 4,95 gf/cm

Mola 2a

(20+40+60+80+100)𝑔𝑓
𝑘 = (2,7+5,5+8,3+11+13,9)𝑐𝑚 = 7,25 gf/cm

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Mola 2b

(20+40+60+80+100)𝑔𝑓
𝑘 = (2,6+5,2+8+10,6+13,2)𝑐𝑚 = 7,58 gf/cm

Mola 2b

(200+400+600+800+1000)𝑔𝑓
𝑘= (3,8+7,2+10,8+14,3+17,9)𝑐𝑚
= 55,56 gf/cm

5.4. Compare os valores obtidos na questão anterior com os obtidos a partir dos gráficos.

Molas Valor a partir do gráfico Valores de questão anterior


Mola 1 5,06 gf/cm 4,95 gf/cm
Mola 2a 7,14 gf/cm 7,25 gf/cm
Mola 2b 7,55 gf/cm 7,58 gf/cm
Mola 3 63,83 gf/cm 55,56 gf/cm

5.5. Qual o valor do peso desconhecido obtido em função de cada mola? Qual o valor
médio?
Considerando: F = P = k.x

P1 = 5,06 gf/cm * 12,5 cm = 63,25 gf


P2a = 7,14 gf/cm*8,5cm = 60,69 gf
P3 = 63,83 gf/cm*1,5 cm = 95,75 gf

PMédio = 73,23 gf.


5.6. Duas molas são absolutamente iguais, exceto quanto ao diâmetro do arame. M1 é
fabricada com arame de 0,50 mm de diâmetro e M2 com arame de 1,0 mm de diâmetro.
Qual a relação entre os k’s dessas molas? Demonstre.
A relação é que a constante elástica K, de M2 será muito maior que a de M1,
aproximadamente 15 vezes maior.

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5.7. A partir dos coeficientes angulares das retas obtidas no PROCEDIMENTO, itens 3, 5
e 6, qual a razão ks/k? E kp/k? Compare com a previsão teórica em cada caso.

5.8. Cortando-se uma mola ao meio o k1/2 das duas molas resultante é diferente do k da
mola inicial? Justifique.
Sim, K1/2 é a união de duas molas parte da outra mola que possui constante elástica
diferente pode se colocar, dando diferença no K.

5.9. Verifique se k1 - 2 obtido no item 7 do PROCEDIMENTO, satisfaz a equação para a


constante elástica equivalente de uma associação em série de duas molas com
constantes elásticas diferentes.
Satisfaz sim.

6. CONCLUSÃO
A prática possibilitou a obtenção de alguns resultados com os quais, podemos comprovar que,
quanto maior o peso (F), maior será o comprimento da mola que aumenta proporcionalmente
de acordo com a equação, onde K é a constante de elasticidade da mola e ∆x a deformação
sofrida, de acordo com a Lei de Hooke, e tendo em conta que nos experimentos realizados a

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mola não ultrapassou o seu limite elástico, uma vez que, ao serem retirados os pesos, as molas
retornaram para a posição inicial.
Concluímos que foi um sucesso a prática, a medida que podemos verificar a Lei de Hooke e
também calcular o peso desconhecido através dessa aplicação.

7. REFERÊNCIAS
NUSSENZVEIG, H. Moysés; Curso de Física Básica: Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor. V2.
4.ed. São Paulo: Editora Blucher, 2002.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física: Gravitação,


Ondas e Termodinâmica. V2.. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

TIPLER, Paul Allen. Física para Cientistas e Engenheiros: Mecânico, Oscilações e Ondas. V1.
6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

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