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DIREITO CIVIL – TRF 5ª REGIÃO (AJAJ) PÓS-EDITAL
Teoria e Questões
Aula 07 – Profa Aline Baptista Santiago
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função
social do contrato.
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Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
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Sem esquecer, no entanto, que para determinados contratos (para que sejam válidos) há a
exigência de certas formalidades legais.
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O contrato paritário é do tipo tradicional. Nele as partes estão em situação de igualdade, pois
discutem as condições do contrato.
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A proposta constitui uma declaração inicial de vontade e cuja finalidade é a
realização de um contrato. A oferta de contrato, em regra, obriga o proponente.
➢ A proposta.
Pode-se dizer que a proposta é uma declaração receptícia de vontade, que
se dirige de uma pessoa para a outra e na qual se manifesta a intenção de se
considerar vinculada se a outra parte aceitar.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos
termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
É importante destacar que este não é um preceito absoluto, uma vez que
existem situações em que a proposta não obrigará o proponente, quais
sejam: ¹quando tratar-se apenas de um convite a contratar (lá na fase das
negociações preliminares); ²quando na própria proposta contiver uma cláusula
afirmando que a proposta não é obrigatória; ou ³quando o contrário não resultar
da natureza do negócio ou das circunstâncias do caso.
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➢ A aceitação.
A aceitação vem a ser a manifestação da vontade, expressa ou tácita, por
parte do destinatário (ou oblato). A aceitação deve ser feita dentro do prazo
proposta, chegando oportunamente ao conhecimento do ofertante. Ao aceitar a
proposta o aceitante adere a todos os seus termos.
Segundo Mosset13: “A aceitação é uma declaração unilateral de vontade,
receptícia, destinada ao proponente e dirigida a celebração do contrato.”
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará
nova proposta.
13
Mosset, Contratos, p 105. Em Nelson Nery Júnior, Código Civil Comentado, Revista dos
Tribunais, 8ª ed., pág. 566.
14
CC Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao
credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
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Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
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Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, 2ª ed.
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Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 3, ed. Saraiva, 9ª ed.
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Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é
permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele
anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Assim, o beneficiário substituído perderá todo e qualquer direito que lhe fora
conferido, não cabendo nenhuma indenização.
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos,
quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do
promitente, ¹dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e ²desde que, pelo
regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Assim, se o terceiro não efetuar a obrigação pretendida pelas partes o
promitente responderá com uma indenização por perdas e danos. O parágrafo
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único traz a exceção de tal responsabilidade, no caso de o terceiro ser o
cônjuge do promitente.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este,
depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor.
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Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, 2ª ed.
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Contrato comutativo é aquele contrato oneroso em que a prestação corresponde a uma
contraprestação, que é certa e determinada.
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Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Deste modo, a pessoa que adquire uma coisa que contenha um vício ou
defeito oculto, que a tornem imprópria para o uso ou lhe diminuam o valor,
poderá ajuizar uma ação redibitória para a rejeição da coisa e a devolução do
valor pago, com a devolução da coisa a seu antigo dono.
Poderá também propor uma ação estimatória, para o caso de o defeito oculto
diminuir o valor da coisa, onde pedirá a devolução de parte do valor que pagou
como abatimento.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente
reclamar abatimento no preço.
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Estes dois prazos volta e meia aparecem nas provas, vamos utilizar esta
dica para memorização:
Logo após passar no concurso, com seu primeiro vencimento você resolve
comprar um carro (bem móvel) e um apartamento (bem imóvel). Caso existam
defeitos ocultos, você terá 30 dias para reclamar com relação ao carro e um ano
para reclamar com relação ao apartamento. E um detalhe, digamos que você já
estava de posse destes bens, neste caso os prazos contam da alienação e são
reduzidos pela metade.
§ 1º. Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o
prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de
cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2º. Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão
os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o
disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta
garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
21
Carlos Roberto Gonçalves Direito Civil Esquematizado, 2ª ed.
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alienante, se a coisa sofreu depreciação poderá o alienante pagar um valor menor
ao evicto.
Quando a evicção for parcial o valor a ser restituído também será o da
época que se deu a evicção, e a indenização será proporcional à parte que se
perdeu.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja
deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver
sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe
houver de dar o alienante.
Imaginemos que João era dono de uma casa, e que resolveu transformá-
la. E durante esta transformação vendeu portas e janelas que não iria mais usar.
Aqui vamos ter duas situações: se João – que obteve vantagens com a venda,
for condenado por sentença judicial a indenizar o evictor por conta da
transformação da casa, terá ele direito de receber do alienante o valor total da
casa perdida por evicção. Porém, se João que obteve vantagens com a venda das
portas e janelas, e não foi condenado a restituir este valor ao evictor, o valor a
ser ressarcido pelo alienante sofrerá um abatimento.
Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção,
serão pagas pelo alienante.
Este artigo nos traz uma situação diferente. Onde o evicto será indenizado
pelo evictor pelas benfeitorias necessárias ou úteis que fez na coisa e que não
foram abonadas22. Este valor entrará na conta de indenização que será paga
pelo alienante, que por sua vez poderá ingressar com uma ação regressiva contra
o evictor.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo
alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
22
Quer dizer que não foram reembolsadas na sentença.
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Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a
rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque
sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
Se a evicção for parcial, mas a perda for considerável, o evicto poderá optar
pela rescisão contratual, e neste caso deverá devolver a coisa ao alienante, no
mesmo estado que a recebeu, e o alienante restituirá o preço pago. Se o evicto
optar pela restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido, este
valor será calculado proporcionalmente ao valor da coisa no tempo da evicção.
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará
do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe
determinarem as leis do processo.
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a
procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de
recursos.
Este artigo foi revogado pela Lei nº 13.105/15.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia
ou litigiosa.
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Art. 459. Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e
o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas
expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a
todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
O caso deste artigo é aquele em que o contrato tem por objeto coisas já
existentes, mas que estão expostas a riscos. Se mesmo assim o adquirente quiser
a coisa, com a incerteza da existência da coisa no dia do contrato, o alienante
terá direito a receber o preço integral.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada
como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a
consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
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Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a
faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações
dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias
da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da
mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Este artigo reforça o conteúdo do art. 467, a aceitação tem efeito ex tunc
– ou seja, retroage ao início do contrato, ao momento da celebração.
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II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no
momento da indicação.
Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
De acordo com o artigo 472, temos, por exemplo, que se para a formação
do contrato era exigida a escritura pública, para o distrato também haverá a
mesma exigência. O distrato seguirá a forma do contrato.
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente
o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver
feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só
produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos
investimentos.
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Resilição unilateral é meio de extinção do contrato por vontade de uma das partes.
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um contratante não poderá exigir o implemento de obriga- ção do outro
contratante sem antes cumprir a sua.
Gabarito correto.
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação
pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que
aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Este artigo autoriza a uma das partes, mediante a incerteza de que a outra
parte cumprirá com sua obrigação, que suspenda o adimplemento de sua
parte na obrigação, até que a outra cumpra com a sua obrigação, ou que preste
garantia bastante de que vai satisfazê-la.
Este artigo apresenta outra forma de se acabar com um contrato, ela ocorre
quando, em um contrato, a prestação se torna muito onerosa para uma das
partes, sem a contrapartida da outra. Esta onerosidade deve ser em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, consagrando a chamada
teoria da imprevisão. Não basta que ocorra um evento extraordinário ele
precisa ser imprevisível25.
Assim, diante desses acontecimentos, poderá o devedor pedir a resolução
contratual por onerosidade excessiva. Este pedido será analisado pelo juiz, que,
tomando por base a situação, decidirá se existem ou não os requisitos da
onerosidade excessiva.
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A inflação por ser considerada “previsível” não é motivo para revisão dos contratos.
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Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá
ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim
de evitar a onerosidade excessiva.
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, ¹um dos contratantes se obriga a transferir
o domínio de certa coisa, e ²o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
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Caio Mario da Silva Pereira, Instituições de direito Civil, volume I, 25 ed.
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reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate,
se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias
necessárias.
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor,
para exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente.
Parágrafo único. Verificada a insuficiência do depósito judicial, não será o vendedor
restituído no domínio da coisa, até e enquanto não for integralmente pago o comprador.
32
Propriedade resolúvel é aquela que está na pendência de uma condição resolutiva.
CC Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo,
entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário,
em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou
detenha.
Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver
adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à
pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu
para haver a própria coisa ou o seu valor.
33
Terceiro adquirente é a pessoa que comprou o imóvel do comprador original que havia feito o
contrato com a cláusula de retrovenda.
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Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel,
e só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem,
prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja
integral.
➢ Venda a contento.
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva
de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim
a que se destina.
A venda sujeita a prova também dá ao contrato de compra e venda efeito
suspensivo. Mas difere da venda a contento, porque a coisa será entregue para
que o adquirente verifique se possui certas características e qualidades face à
sua utilidade e eficiência. A recusa neste caso precisa ser justificada. Assim como
ocorre na venda a contento, deve haver previsão de prazo para a resposta no
contrato.
Art. 511. Em ambos os casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição
suspensiva, a coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste
aceitá-la.
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Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor
terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo
improrrogável.
➢ Da preempção ou preferência.
Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer
ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use
de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a
cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
Art. 514. O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, intimando o
comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa.
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Art. 515. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a
pagar, em condições iguais, o preço encontrado, ou o ajustado.
Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais
indivíduos em comum, só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma
das pessoas, a quem ele toque, perder ou não exercer o seu direito, poderão as demais
utilizá-lo na forma sobredita.
Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter
dado ao vendedor ciência do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem.
Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé.
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em
obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual
da coisa.
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da expropriação. Esta é a chamada retrocessão. Se o poder público desrespeitar
a preferência, pode o expropriado pedir perdas e danos.
Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende
de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de
caracterização perfeita, para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a
favor do terceiro adquirente de boa-fé.
Art. 526. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor ¹mover contra ele a
competente ação de cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for
devido; ou ²poderá recuperar a posse da coisa vendida.
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Art. 530. Não havendo estipulação em contrário, o pagamento deve ser efetuado na
data e no lugar da entrega dos documentos.
Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar apólice de seguro que
cubra os riscos do transporte, correm estes à conta do comprador, salvo se, ao ser
concluído o contrato, tivesse o vendedor ciência da perda ou avaria da coisa.
Art. 532. Estipulado o pagamento por intermédio de estabelecimento bancário, caberá a
este efetuá-lo contra a entrega dos documentos, sem obrigação de verificar a coisa
vendida, pela qual não responde.
Parágrafo único. Nesse caso, somente após a recusa do estabelecimento bancário a
efetuar o pagamento, poderá o vendedor pretendê-lo, diretamente do comprador.
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O banco não terá nenhuma responsabilidade de verificação da existência e
integralidade do bem vendido. Apenas fará o pagamento recebendo os
documentos referentes à transação. E, havendo este acordo entre o banco e o
comprador, deverá o vendedor cumprir o acordo perante o banco, e só depois
poderá exigir diretamente do comprador.
➢ Da prestação de serviço.
De acordo com Caio Mário da Silva Pereira34, o contrato de prestação de
serviço é o contrato em que uma das partes - o prestador, se obriga para com
a outra – o tomador, a fornecer-lhe a prestação de uma atividade, mediante
remuneração. Desta explicação podemos extrair suas características:
34
Caio Mario da Silva Pereira, Instituições de direito Civil, volume I, 25 ed.
35
Observância às regras gerais de cada espécie contratual, como também as limitações à
proteção do trabalho do menor, da mulher, do estagiário.
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visto que goza de uma série de proteções tanto no campo trabalhista como no
campo civil.
Ao mencionar “não havendo prazo estipulado”, não quer dizer que está
permitida a prestação de serviço por prazo indeterminado. Apenas está se
fazendo reverência ao silêncio do contrato, quando se presumirá de quatro anos
o prazo para seu término, se não puder se determinar o prazo em razão de sua
natureza ou costume.
Então, quando não previsto o prazo, qualquer uma das partes, a seu arbítrio,
mediante aviso prévio e notificação judicial ou extrajudicial, poderá resolver o
contrato, obedecendo aos prazos estipulados nos incisos do parágrafo único do
artigo em estudo.
De acordo com o art. 600, não será computado no prazo do contrato o tempo
em que o prestador, por sua culpa, deixou de servir.
Art. 600. Não se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador de serviço, por
culpa sua, deixou de servir.
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Deste modo, podemos perceber que o prestador poderá ser contratado por
tempo certo ou por obra determinada, e deste modo, é defeso a qualquer das
partes dispensa unilateral sem justa causa.
A conduta do prestador contrária ao disposto no caput do artigo possibilita
aplicação de seu § único. Quando a dispensa por justa causa for de iniciativa
do tomador de serviço, o prestador também terá direito as verbas vencidas,
contudo, sujeitando-se este às perdas e danos.
O prestador pode, também, ser contratado sem que seja especificado seu
trabalho (art. 601):
Art. 601. Não sendo o prestador de serviço contratado para certo e determinado
trabalho, entender-se-á que se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com as
suas forças e condições.
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Art. 607. O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das
partes. Termina, ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela
rescisão do contrato mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer das
partes ou pela impossibilidade da continuação do contrato, motivada por força
maior.
Art. 605. Nem aquele a quem os serviços são prestados, poderá transferir a outrem
o direito aos serviços ajustados, nem o prestador de serviços, sem aprazimento da
outra parte, dar substituto que os preste.
Art. 606. Se o serviço for prestado por quem não possua título de habilitação,
ou não satisfaça requisitos outros estabelecidos em lei, não poderá quem os
prestou cobrar a retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado. Mas
se deste resultar benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma
compensação razoável, desde que tenha agido com boa-fé.
Este artigo tem por objetivo a proteção da pessoa tomadora do serviço, que
nem sempre tem condições de verificar as qualificações do prestador. Assim,
verificando qualquer destes impedimentos, não poderá o prestador cobrar por
seus serviços. Somente se houver benefício para o contratante e boa-fé do
contratado, poderá o órgão judicante arbitrar uma remuneração proporcional
para os serviços prestados.
Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a
outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito,
houvesse de caber durante dois anos.
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receber a título de indenização, uma contribuição calculada com base no valor
que seria pago por este ao prestador no prazo de dois anos pelo serviço a ser
prestado.
Art. 609. A alienação do prédio agrícola, onde a prestação dos serviços se opera, não
importa a rescisão do contrato, salvo ao prestador opção entre continuá-lo com o
adquirente da propriedade ou com o primitivo contratante.
Parágrafo único. Não se aplica a segunda parte deste artigo, quando a proibição da
prestação de serviço resultar de lei de ordem pública.
➢ Da empreitada.
No contrato de empreitada o objeto é a obra e não o trabalho,
caracteriza-se também por ser um contrato de resultado, ou seja, aquele que
contrata a obra (dono da obra ou comitente) visa a sua conclusão e não o trabalho
do empreiteiro (quem irá realizar a obra). O pagamento também será realizado
em função da obra.
Neste contrato o serviço será realizado sem subordinação do empreiteiro
em relação ao contratante, ou seja, o empreiteiro poderá realizar a obra como
achar melhor, inclusive contratando terceiros pagos por ele.
O contrato de empreitada tem como características: a bilateralidade, a
comutatividade, onerosidade e a consensualidade.
Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou
com ele e os materiais.
§ 1º. A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade
das partes.
§ 2º. O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de
executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução.
De acordo com o art. 610 a empreitada poderá ser só de trabalho ou, então,
mista, quando o empreiteiro se obriga por lei ou contrato ao fornecimento dos
materiais necessários para a execução da obra.
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Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos
até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não
estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos.
Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não
tiver culpa correrão por conta do dono.
Art. 613. Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer
antes de entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a
retribuição, se não provar que a perda resultou de defeito dos materiais e que em tempo
reclamara contra a sua quantidade ou qualidade.
Art. 614. Se a obra constar de partes distintas, ou for de natureza das que se determinam
por medida, o empreiteiro terá direito a que também se verifique por medida, ou segundo
as partes em que se dividir, podendo exigir o pagamento na proporção da obra
executada.
§ 1º. Tudo o que se pagou presume-se verificado.
§ 2º. O que se mediu presume-se verificado se, em trinta dias, a contar da medição, não
forem denunciados os vícios ou defeitos pelo dono da obra ou por quem estiver
incumbido da sua fiscalização.
Art. 615. Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é
obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das
instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas em trabalhos de tal
natureza.
Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a
obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço.
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Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a
ser praticado. Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado
por escrito.
Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada
retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata
por ofício ou profissão lucrativa.
Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário a retribuição prevista
em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, será ela determinada pelos usos do lugar,
ou, na falta destes, por arbitramento.
Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução.
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Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem
poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram
praticados, salvo se este os ratificar.
Parágrafo único. A ratificação há de ser ¹expressa, ou ²resultar de ato inequívoco, e
retroagirá à data do ato.
Os efeitos da ratificação são ex tunc (retroagem à data do ato) e veja que a ratificação
até pode ser tácita, mas precisará resultar de ato inequívoco.
Somente quando age em seu próprio nome (mandato sem representação) é que
o mandatário fica pessoalmente obrigado. No art. 663 estamos diante da
possibilidade de mandato sem representação.
Art. 664. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação que lhe foi
cometida, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for devido em consequência do
mandato.
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Art. 674. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de estado do mandante, deve
o mandatário concluir o negócio já começado, se houver perigo na demora.
Art. 680. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio
comum, cada uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por todos os
compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas quantias que
pagar, contra os outros mandantes.
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de um contrato de mandato. A outra hipótese extintiva é a da conclusão do
negócio quando o mandato foi outorgado para a realização de um contrato
específico e ele é concluído.
Art. 683. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o mandante o
revogar, pagará perdas e danos.
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação
não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o
mandatário dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis
ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
Art. 687. Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de outro, para o mesmo
negócio, considerar-se-á revogado o mandato anterior.
36
Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 514.
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substituição do procurador, será indenizado pelo mandatário, salvo se este provar
que não podia continuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era dado
substabelecer.
Art. 689. São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os atos com estes
ajustados em nome do mandante pelo mandatário, enquanto este ignorar a morte
daquele ou a extinção do mandato, por qualquer outra causa.
Art. 690. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele cometido, os herdeiros,
tendo ciência do mandato, avisarão o mandante, e providenciarão a bem dele, como as
circunstâncias exigirem.
Assim, para que uma pessoa venha a ser advogado de outra, ou seja, para
que uma pessoa venha a representar outra judicialmente, há uma série de
requisitos a serem cumpridos com a finalidade de legitimar esta representação.
Como exemplo podemos dizer que a pessoa legitimada deverá ser advogado,
integrante dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, e também não poderá
estar sujeito a pena de suspensão do exercício de sua atividade profissional.
Art. 692. O mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito,
constantes da legislação processual, e, supletivamente, às estabelecidas neste Código.
37
Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 517.
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§ 3º. Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em relação
aos codevedores.
Art. 845. Dada a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por ele
transferida à outra parte, não revive a obrigação extinta pela transação; mas ao evicto
cabe o direito de reclamar perdas e danos.
Parágrafo único. Se um dos transigentes adquirir, depois da transação, novo direito sobre
a coisa renunciada ou transferida, a transação feita não o inibirá de exercê-lo.
Art. 846. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não extingue a
ação penal pública.
Art. 848. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.
Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados,
independentes entre si, o fato de não prevalecer em relação a um não prejudicará os
demais.
A transação que versar sobre vários direitos deve ser tratada como uma
unidade para cada direito, e não como um todo.
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa
ou coisa controversa.
Parágrafo único. A transação não se anula por erro de direito a respeito das questões
que foram objeto de controvérsia entre as partes.
Art. 850. É nula a transação a respeito do litígio decidido por sentença passada em
julgado, se dela não tinha ciência algum dos transatores, ou quando, por título
ulteriormente descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito sobre o objeto da
transação.
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As cláusulas elencadas no artigo 850 de nulidade da transação são
absolutas e serão declaradas judicialmente por meio de uma ação própria.
Considerações Finais
Bons estudos!
Aline Baptista Santiago.
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Resumo da Matéria
Dê uma atenção especial à aula de disposições gerais dos contratos!
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social
do contrato.
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais
fixadas neste Código.
Assim, contratos atípicos são aqueles que não estão disciplinados pelo Código
Civil, nem por leis extravagantes.
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transferir a outrem o direito aos serviços ajustados e não poderá dar substituto
que os preste”.
Art. 605. Nem aquele a quem os serviços são prestados, poderá transferir a outrem o
direito aos serviços ajustados, nem o prestador de serviços, sem aprazimento da outra
parte, dar substituto que os preste.
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode
ser contratada mediante retribuição.
“No contrato de prestação de serviços regido pelo Código Civil brasileiro, não
havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou
do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso,
pode resolver o contrato. Dar-se-á o aviso com antecedência de 8 (oito) dias, se
o salário se houver fixado por tempo de um mês, ou mais”.
Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato,
ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode
resolver o contrato.
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso:
I - com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo de um mês,
ou mais;
II - com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por semana, ou
quinzena;
III - de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias.
38
Observância às regras gerais de cada espécie contratual, como também as limitações à
proteção do trabalho do menor, da mulher, do estagiário.
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“
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Lista de Questões
1. FCC 2016/PGE-MT/Analista – Bacharel em Direito. Em relação ao
mandato, considere:
I. Tanto as pessoas capazes, bem como as relativa ou absolutamente incapazes,
são aptas para outorgar procuração mediante instrumento particular.
II. Não se pode substabelecer mediante instrumento particular, se o mandato foi
outorgado mediante instrumento público.
III. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada
retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário
trata por ofício ou profissão lucrativa.
IV. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação que lhe foi
cometida, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for devido em
consequência do mandato.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
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3. FCC 2016/ DPE-BA/Defensor Público. Lauro é casado com Vânia. O casal
teve um filho, já falecido, que lhes deu dois netos, Roberto e Renato, todos
maiores e capazes. Lauro deseja transferir um de seus imóveis ao seu neto
Renato, entretanto, Roberto e Vânia não concordam com referida transferência.
Diante desses fatos, é correto afirmar que o contrato de venda e compra entre
Lauro e seu neto Renato sem o consentimento de Roberto é
a) Anulável, mas a falta do consentimento de Vânia, pode afetar ou não a
validade do ato, a depender do regime de bens adotado; ainda, o
consentimento de Roberto é necessário para que Lauro faça doação em
favor de Renato.
b) Anulável, assim como o é em razão da falta do consentimento de Vânia,
independentemente do regime de bens adotado; ainda, o consentimento
de Roberto não é necessário para que Lauro faça doação em favor de
Renato.
c) Nulo, mas a falta do consentimento de Vânia pode afetar a validade do ato
ou não, a depender do regime de bens adotado; por fim, ainda, o
consentimento de Roberto não é necessário para que Lauro faça doação em
favor de Renato.
d) Anulável, mas a falta do consentimento de Vânia pode afetar a validade do
ato ou não, a depender do regime de bens adotado; ainda, o consentimento
de Roberto não é necessário para que Lauro faça a doação em favor de
Renato.
e) Válido, pois a lei apenas exige o consentimento nos contratos de compra e
venda entre pai e filhos, não se estendendo às hipóteses de contratos entre
avôs e netos; ainda, o consentimento de Roberto não é necessário para
que Lauro faça doação em favor de Renato.
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despesas com escritura e registro do imóvel, nem com as da tradição do veículo.
Neste caso, de acordo com o Código Civil,
a) Jorge arcará com as despesas com escritura e registro do imóvel e também
com as da tradição do veículo.
b) Plínio arcará com as despesas com escritura e registro do imóvel e Jorge
com as da tradição do veículo.
c) Plínio arcará com as despesas com escritura e registro do imóvel e também
com as da tradição do veículo.
d) Jorge arcará com as despesas com escritura e registro do imóvel e Plínio
com as da tradição do veículo.
e) Plínio e Jorge arcarão, em parte iguais, com as despesas com escritura e
registro do imóvel e com as da tradição do veículo.
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e) Concluída entre o credor e o devedor desobrigará o fiador.
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10. FCC 2016/PGE-MT/Procurador do Estado. Isac vendeu seu veículo a
Juliano, por preço bem inferior ao de mercado, fazendo constar, no contrato de
compra e venda, que o bem estava mal conservado e poderia apresentar vícios
diversos e graves. Passados quarenta dias da realização do negócio, o veículo
parou de funcionar. Juliano ajuizou ação redibitória contra Isac, requerendo a
restituição do valor pago, mais perdas e danos. A pretensão de Juliano
a) Improcede, porque, embora a coisa possa ser enjeitada, em razão de vício
redibitório, as perdas e danos apenas seriam devidas se Isac houvesse
procedido de má-fé.
b) Procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode
ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso
a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
c) Improcede, porque firmou contrato comutativo, assumindo o risco de que
o bem viesse a apresentar avarias.
d) Improcede, porque não configurados os elementos definidores do vício
redibitório e o comprador assumiu o risco de que o bem viesse a apresentar
avarias.
e) Procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode
ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso
a que é destinada, ou lhe diminuam o valor, mas está prescrita, porque se
passaram mais de 30 dias da realização do negócio.
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12. FCC 2016/TRT - 14ª Região (RO e AC)/ Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal. Analise as seguintes assertivas sobre o contrato
de mandato, de acordo com o que estabelece o Código Civil:
I. A ratificação de atos praticados por quem não tenha o mandato, ou o tenha
sem poderes suficientes, deverá ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e
produzirá efeitos a partir da data da ratificação.
II. Para administração ordinária e para transigir o mandatário dependerá de
procuração com poderes especiais ou expressos.
III. O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com os
proveitos que, por outro lado, tenha obtido com esforço ao seu constituinte.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) I, apenas.
13. FCC 2016/TRT - 14ª Região (RO e AC)/ Analista Judiciário - Área
Judiciária. Sobre a transação, na esteira do que estabelece o Código Civil, é
correto afirmar:
a) A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa
ou coisa controversa.
b) É inadmissível a pena convencional na transação.
c) A transação concernente a obrigações resultantes de delito extingue, em
regra, a ação penal pública.
d) A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem,
salvo se disser respeito a coisa indivisível.
e) A transação não é interpretada restritivamente, e por ela se transmitem,
declaram ou reconhecem direitos.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e V.
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) I, IV e V.
e) I, II e IV.
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c) Não pode o cônjuge, na constância do casamento, alienar um bem a outro,
ainda que particular.
d) A entrega da coisa é pressuposto de existência do contrato.
e) O vendedor sempre responde pelos débitos, até o momento da tradição.
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20. FCC 2015/TRT - 15ª Região/Juiz do Trabalho Substituto. Sobre a
eficácia dos contratos em relação a terceiros, afirma Miguel Maria de Serpa Lopes:
Finalmente, é princípio assente a responsabilidade do terceiro pela inexecução de
um contrato se, com a sua ação culposa, foi o cúmplice do seu inadimplemento.
É o que a jurisprudência francesa já firmou, embora colocando a questão fora do
terreno da culpa contratual, para situá-la no da culpa extracontratual. (Curso de
Direito Civil − vol. III − p. 123 − 3ª edição – Livraria Freitas Bastos S/A, 1960).
No Direito brasileiro, essa figura do terceiro cúmplice
a) Só é identificada, em disposição do Código Civil, estabelecendo que aquele
que aliciar pessoas obrigadas em contrato a prestar serviço a outrem
pagará a este indenização por danos emergentes e lucros cessantes, que
será arbitrada pelo juiz.
b) Não é identificada em nenhuma disposição legal.
c) É identificada apenas em disposição do Código Civil estabelecendo que
aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito e desde que por
prazo determinado a prestar serviços agrícolas a outrem pagará a este a
importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de
caber durante dois anos.
d) É identificada apenas em disposição legal estabelecendo que aquele que
aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito e por prazo determinado a
prestar serviços de publicidade ou artísticos a outrem pagará a este uma
indenização equitativa arbitrada pelo juiz.
e) Pode ser reconhecida em disposição do Código Civil estabelecendo que
aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço
a outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo
ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos.
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22. FCC 2015/TJ-SC/Juiz Substituto. O princípio da boa fé, no Código Civil
Brasileiro, não foi consagrado, em artigo expresso, como regra geral, ao contrário
do Código Civil Alemão. Mas o nosso Código Comercial incluiu-o como princípio
vigorante no campo obrigacional e relacionou-o também com os usos de tráfico
(23). Contudo, a inexistência, no Código Civil, de artigo semelhante ao § 242 do
BGB não impede que o princípio tenha vigência em nosso direito das obrigações,
pois se trata de proposição jurídica, com significado de regra de conduta. O
mandamento engloba todos os que participam do vínculo obrigacional e
estabelece, entre eles, um elo de cooperação, em face do fim objetivo a que
visam (Clóvis V. do Couto e Silva. A obrigação como processo. José Bushatsky,
Editor, 1976, p. 29-30).
Esse texto foi escrito na vigência do Código Civil de 1916. O Código Civil de 2002
a) Trouxe, porém, mandamento de conduta, tanto ao credor como ao
devedor, estabelecendo entre eles o elo de cooperação referido pelo autor.
b) Trouxe disposição análoga à do Código Civil alemão, mas impondo somente
ao devedor o dever de boa-fé.
c) Também não trouxe qualquer disposição semelhante à do Código Civil
alemão estabelecendo elo de cooperação entre credor e devedor.
d) Trouxe disposição semelhante à do Código Civil alemão, somente na parte
geral e como regra interpretativa dos contratos.
e) Trouxe disposição análoga à do Código civil alemão, mas impondo somente
ao credor o dever de boa-fé.
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25. FCC 2015/MANAUSPREV/Procurador Autárquico. A respeito dos
contratos, é correto afirmar que
a) Dispensam o consenso, quando reais, aperfeiçoando-se com a entrega da
coisa, independentemente da vontade das partes.
b) As partes devem observar, durante sua execução, o princípio da boa-fé
objetiva, assim entendida a ausência de dolo de prejudicar o outro
contratante.
c) O Código Civil atual aboliu o princípio pacta sunt servanda.
d) Não podem ter como objeto a herança de pessoa viva.
e) Operam efeitos erga omnes, como corolário do princípio da relatividade.
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d) Expectativa de direito, porque, até o falecimento, o direito sobre os bens
da futura herança integra o patrimônio de Roberto, que poderá cumprir o
contrato apenas depois da abertura da sucessão.
e) Nem direito adquirido nem expectativa de direito, porque o contrato é nulo.
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Questões Comentadas
1. FCC 2016/PGE-MT/Analista – Bacharel em Direito. Em relação ao
mandato, considere:
I. Tanto as pessoas capazes, bem como as relativa ou absolutamente incapazes,
são aptas para outorgar procuração mediante instrumento particular.
II. Não se pode substabelecer mediante instrumento particular, se o mandato foi
outorgado mediante instrumento público.
III. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada
retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário
trata por ofício ou profissão lucrativa.
IV. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação que lhe foi
cometida, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for devido em
consequência do mandato.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
Comentário:
A afirmativa I está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante
instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
A afirmativa II está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode
substabelecer-se mediante instrumento particular.
A afirmativa III está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada
retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata
por ofício ou profissão lucrativa.
A afirmativa IV está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 664. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação que lhe foi
cometida, quanto baste para pagamento de tudo que lhe for devido em consequência
do mandato.
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Gabarito letra A.
Comentário:
A alternativa “d” está correta.
Questão literal sobre a espécie contratual compra e venda.
De acordo com o Código Civil:
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e
registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição39
Gabarito letra D.
39
Tradição é a entrega da coisa. Assim, ficam a cargo do vendedor as despesas com a entrega
da coisa.
Comentário:
A alternativa “a” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 846. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não extingue a
ação penal pública.
A alternativa “b” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 844. § 2º. Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação
deste para com os outros credores.
A alternativa “c” está errada.
De acordo com o Código Civil:
40
Caio Mario da Silva Pereira, Instituições de direito Civil, volume I, 25 ed.
Comentário:
A alternativa “c” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
...
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé
pública, fazendo prova plena.
§ 1º. Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
Comentário:
A alternativa “e” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço
no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da
entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à
metade.
Gabarito letra E.
Comentário:
A alternativa “d” está correta.
De acordo com Carlos Roberto Gonçalves41: “Vícios redibitórios são os defeitos
ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo42, que a tornam
¹imprópria ao uso a que se destina ou ²lhe diminuem o valor” (grifos
nossos).
De acordo com o Código Civil:
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor.
Gabarito letra D.
41
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, 2ª ed.
42
Contrato comutativo é aquele contrato oneroso em que a prestação corresponde a uma
contraprestação, que é certa e determinada.
Comentário:
A alternativa “d” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma
das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra,
em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir
a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da
citação.
Gabarito letra D.
12. FCC 2016/TRT - 14ª Região (RO e AC)/ Analista Judiciário - Oficial
de Justiça Avaliador Federal. Analise as seguintes assertivas sobre o contrato
de mandato, de acordo com o que estabelece o Código Civil:
I. A ratificação de atos praticados por quem não tenha o mandato, ou o tenha
sem poderes suficientes, deverá ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e
produzirá efeitos a partir da data da ratificação.
II. Para administração ordinária e para transigir o mandatário dependerá de
procuração com poderes especiais ou expressos.
III. O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com os
proveitos que, por outro lado, tenha obtido com esforço ao seu constituinte.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) I, apenas.
Comentário:
13. FCC 2016/TRT - 14ª Região (RO e AC)/ Analista Judiciário - Área
Judiciária. Sobre a transação, na esteira do que estabelece o Código Civil, é
correto afirmar:
a) A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa
ou coisa controversa.
b) É inadmissível a pena convencional na transação.
c) A transação concernente a obrigações resultantes de delito extingue, em
regra, a ação penal pública.
d) A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem,
salvo se disser respeito a coisa indivisível.
e) A transação não é interpretada restritivamente, e por ela se transmitem,
declaram ou reconhecem direitos.
Comentário:
A alternativa “a” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa
ou coisa controversa.
A alternativa “b” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 847. É admissível, na transação, a pena convencional.
A alternativa “c” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 846. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não extingue a
ação penal pública.
A alternativa “d” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem,
ainda que diga respeito a coisa indivisível.
A alternativa “e” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem,
apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Gabarito letra A.
Comentário:
A firmativa I está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação.
A afirmativa II está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 842. A transação far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a lei o
exige, ou por instrumento particular, nas em que ela o admite; se recair sobre direitos
contestados em juízo, será feita por escritura pública, ou por termo nos autos,
assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.
A afirmativa III está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem,
apenas se declaram ou reconhecem direitos.
A afirmativa IV está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem,
ainda que diga respeito a coisa indivisível.
§ 1º. Se for concluída entre o credor e o devedor, desobrigará o fiador.
Gabarito letra B.
Comentário:
A alternativa “b” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo
risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de
receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha
havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente
a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante
a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa
venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Gabarito letra B.
Comentário:
A alternativa “e” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a
outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito,
houvesse de caber durante dois anos.
Gabarito letra E.
Comentário:
A alternativa “d” está correta.
Comentário:
A alternativa “a” está correta.
43
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, 2ª ed.
44
Contrato comutativo é aquele contrato oneroso em que a prestação corresponde a uma
contraprestação, que é certa e determinada.
A alternativa “a” está errada.
A alternativa “b” está errada.
A alternativa “c” está errada.
A alternativa “d” está correta.
A alternativa “e” está errada.
“inter partes”
“erga omnes”
Comentário:
A alternativa “a” está errada, pois nos contratos reais, além do acordo de
vontades há, também, a exigência da entrega da coisa. Como no contrato de
depósito.
A alternativa “b” está errada.
De acordo com o Código Civil:
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
A alternativa “c” está errada, pois este princípio não foi abolido, mas sim,
relativizado.
A alternativa “d” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
A alternativa “e” está errada.
O contrato tem efeito inter partes (não erga omnes) de acordo com o princípio
da relatividade. Desta forma, o contrato vincula somente as partes que nele
intervêm.
Gabarito letra D.
Comentário:
A alternativa “c” está correta.
Lembre-se do que estudamos quando vimos os contratos sinalagmáticos:
Contratos bilaterais (ou sinalagmáticos) são os contratos com obrigações
recíprocas e correlativas, são aqueles de que nascem obrigações para ambas
as partes.
Combine este conhecimento com o art. 476:
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua
obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Desta forma, a alternativa correta é a “c”, pois a exceptio non adimpleti
contractus só terá cabimento nos contratos com vinculação sinalagmática.
Gabarito letra C.
Comentário:
Comentário:
A alternativa “d” está correta.
De acordo com o Código Civil:
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se
der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube
do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Desta forma, não basta a colocação de cláusula de exclusão da evicção para a
exclusão da responsabilidade. Será necessário acrescentar, também, referência
de que o adquirente sabia de eventual risco de evicção e assumiu esse risco.
Gabarito letra D.
A alternativa “e” está correta.