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Sistema de drenagem pluvial.

Prescrições Técnicas de Serviços.

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PRESCRIÇÕES TÉCNICAS PARA EXECUÇÃO DE OBRAS DE
DRENAGEM PLUVIAL.

RELAÇÃO SEQUENCIAL DE SERVIÇOS

0 – Localização

1 – Serviços técnicos.
1.1 – Locação e nivelamento de rede coletora pelo processo da cruzeta.
1.2 - Acompanhamento topográfico para redes.
1.3 - Teste de estanqueidade.

2 – Movimento de terra.
2.1 – Escavação.
2.2 - Regularização do fundo de valas ou cavas.
2.3 - Reaterro com apiloamento manual.
2.4 - Reaterro compactado de valas.
2.5 - Aterro com areia ou pó de pedra com apiloamento manual.
2.6 - Bota-fora de materiais.

3 – Escoramento.
3.1 – Escoramento descontínuo.
3.2 - Escoramento contínuo.

4 – Fundações e estruturas.
4.1 – Forma plana de madeira não aparelhada.
4.2 - Forma curva em chapa compensada.
4.3 - Armadura.
4.4 - Concreto simples.
4.5 - Concreto magro.
4.6 - Concreto “grout”.

5 – Assentamentos.
5.1 – Assentamento de tubos de concreto com juntas argamassadas.

PRESCRIÇÕES TÉCNICAS

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0 – LOCALIZAÇÃO.

As redes de drenagem pluvial deverão ser construídas preferencialmente na


parte central das vias de tráfego.

1 – SERVIÇOS TÉCNICOS
(A seguir será fornecida a prescrição técnica para realização dos principais
serviços, mesmo que alguns não planilhados).

1.1 – LOCAÇÃO E NIVELAMENTO DE REDE COLETORA PELO


PROCESSO DA CRUZETA.

São os serviços relativos à determinação do “grade” de assentamento da


tubulação, a partir da vala escavada.

Inicia-se com o nivelamento do trecho de tubulação a ser construído,


promovendo-se o piqueteamento a cada vinte metros, ou fração, onde cada
piquete determinará a cota do terreno de acordo com o fornecido pelo
projeto.

Instalar-se-á a cada 20,00 (vinte) metros no máximo, uma régua


perfeitamente nivelada, transversal ao eixo da linha de tubulação e no
mesmo plano vertical de dois pontaletes verticais cravados no solo, um de
cada lado da vala.

Essa régua será confeccionada com madeira de lei, aparelhada, e conterá


furos para evitar empenos, e sua seção transversal será de 0,025 m x 0,15 m,
sendo que os pontaletes também em madeira de lei apresentarão seções
transversais de 0,08 m x 0,08 m.

O plano que contém as superfícies superiores de duas ou mais réguas


consecutivas, deverá ser paralelo à geratriz interna da tubulação a ser
assentada num trecho de mesma declividade, por elas compreendido.

A cruzeta, executada em madeira de lei, tem a forma de um “T”, e as peças


que a compõe têm seções transversais de 0,025 m x 0,10 m, e comprimento
compatível com a profundidade da vala onde será assentada a tubulação.

ROTEIRO PARA LOCAÇÃO DA TUBULAÇÃO:


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 Verificar e providenciar a implantação de réguas, no mínimo de quatro, à
distância de 20,00 metros ou fração uma da outra, e pinta-las em cores
contrastantes para permitir melhor visada , e conferir se as suas alturas
estão corretas .

 Colocar o pé da cruzeta sobre a geratriz externa superior do tubo , junto à


bolsa , e apruma-la com auxílio de um nível de pedreiro , para conseguir
sua verticalidade .

 O encarregado da locação faz a visada procurando com seu raio visual,


tangenciar as duas réguas consecutivas instaladas e a parte superior da
cruzeta, que estará apoiada sobre o tubo a nivelar.

 Caso ocorra a tangência, a tubulação estará pronta para receber o devido


recobrimento.

Cada tubo será locado individualmente, e o seu alinhamento será


perfeitamente paralelo à linha que une as duas réguas do trecho que contém
o tubo considerado. Essa linha retrata a declividade de projeto para o citado
trecho.

1.2 – ACOMPANHAMENTO TOPOGRÁFICO PARA REDES.

Consiste na realização de serviço que auxilia o perfeito assentamento das


tubulações, e dá condições para a implantação fiel dos projetos, com base
nos projetos elaborados e reproduzidos nas Ordens de Serviço.

Esses serviços serão realizados por equipes de topografia, cuja principal


função será executar o nivelamento de toda a tubulação, como também
auxiliar na construção dos Poços de Visita e outros acessórios da rede.

E de fundamental importância que os equipamentos a serem utilizados nos


serviços, apresentem boas condições para uso e perfeitamente aferidos.

Nenhum trecho de rede assentado nas valas poderá ser liberado para os
serviços de aterro ou reaterro, sem que não tenham sido já executados os
serviços de nivelamento e conferencia de todos os níveis expressos no
projeto e representados nas Ordens de Serviços.

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Como produto desses serviços deverão ser emitidos Relatórios onde estejam
expressa a fiel observância dos níveis do projeto, bem como a extensão de
rede implantada.

1.3 – TESTE DE ESTANQUEIDADE.

Consiste no procedimento para verificação da qualidade das juntas, e


aceitação ou não dos serviços realizados de assentamento das tubulações.

Depois de assentada a tubulação e anterior aos serviços de reaterro ou aterro


das valas, deverá ser executado os testes de estanqueidade, que para o caso
de tubulações de concreto não trabalhando sob pressão, poderá ser realizado
com fumaça, conhecido como “teste da fumaça”.

Esse teste, preferencialmente deve ser executado no trecho compreendido


entre dois PV’s, com estes já construídos, ou em menores comprimentos a
critério do Engenheiro encarregado pela obra.

Para que o teste surta o efeito desejado é necessário que todas as juntas do
trecho a ser testado estejam descobertas.

O teste em si consiste em vedarmos as extremidades da tubulação, e por


meio de equipamentos mecânicos insuflarmos fumaça em seu interior sob
alguma pressão com valor superior à pressão atmosférica local, e verificar se
ocorreu qualquer escapamento.

Havendo ocorrência de vazamento de fumaça nas juntas, essas deverão ser


refeitas após o que, os testes deverão ser novamente realizados, de modo que
se tenha plena certeza de que a tubulação assentada esteja perfeita e apta a
trabalhar na condução de líquidos sem qualquer vazamento.

Este tipo de teste, apesar da simplicidade em sua realização, é perfeitamente


indicado para redes que trabalham por gravidade, e pode ser realizado tão
logo as juntas tenham sido executadas, não necessitando de tempo para a
cura da argamassa empregada.

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2 – MOVIMENTO DE TERRA.

2.1 – ESCAVAÇÃO.

Abrange todos os serviços a serem executados em qualquer tipo de solo,


quer de 1ª ou 2ª categorias, com o intuito de produzir vala ou cava para
fundação de alguma edificação.

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Os serviços poderão ser executados através de processos manuais ou
mecânicos, sendo sempre que possível à adoção desse último.

As valas que receberão redes coletoras serão escavadas obedecendo às


profundidades estabelecidas em projeto, sendo que as larguras limites a
serem utilizadas para o cálculo do volume de escavação reaterro ou aterro,
estão expressas a seguir:

DIAMETRO LARGURA PARA PROFUNDIDADE DE:


DOS Até 2,01 a 3,01 a 4,01 a 5,01 a > 6,01m
TUBOS 2,00 m 3,00 m 4,00 m 5,00 m 6,00 m
300 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40
400 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40 1,50
600 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70
800 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90
1000 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10
1200 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30

Em casos especiais devidamente justificados, tais como terrenos


acidentados, obstáculos superficiais ou mesmo subterrâneos, as dimensões
das valas expressas no quadro acima poderão sofrer alterações desde que
resulte em benefício para o Contratante dos serviços.

Os serviços de escavação só serão iniciados após a conclusão das atividades


de retirada da pavimentação, se houver, bem como da pesquisa de
interferências, além da disponibilidade de todos os materiais para a execução
dos serviços no local da obra.

Cuidados especiais deverão ser tomados no sentido de que as águas pluviais


sejam encaminhadas devidamente para fora da área das obras, assim
garantindo a estabilidade dos solos no local da escavação.

Na ocorrência de afloramento de água do subsolo no interior das valas ou


cavas durante a escavação, deverão ser providenciados drenagens e
esgotamento afim de que não haja interrupção dos serviços com conseqüente
quebra de produtividade.

Sempre que a profundidade exigir, e obedecendo as Normas de Segurança


do Trabalho, as paredes das valas ou cavas deverão ser escoradas, garantindo
assim a segurança dos operários que ali trabalham e a segurança de terceiros.

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Em caso de solo de pouca coesão, o Construtor poderá optar por executar
taludes inclinados a partir da base com largura de 0,70 m, no plano da
geratriz externa inferior da tubulação. Para efeito de medição será
considerado um volume igual ao da vala com a mesma base considerada e
altura de escavação, mesmo que o volume real escavado seja superior a esse.

O comprimento máximo de vala escavada não poderá ser superior a 100


metros, medidos a partir da última seção aterrada, e as valas deverão ser
abertas e fechadas no mesmo dia, principalmente em locais de grande
movimentação de pessoas e veículos.

Ao final da escavação e antes do início do assentamento das tubulações, o


fundo das valas deverá apresentar superfície regularizada quer seja por
processos manuais ou mecanizados.

Todo o material oriundo da escavação, e que deverá ser reaproveitado para


reaterro, será depositado de um só lado da vala à distância mínima de 1,00
m. da borda, de modo a evitar o seu retorno para o interior da mesma.

O material escavado e não sujeito a reaproveitamento, será removido do


local e dirigido a área de bota-fora.

Quando os serviços de escavação forem realizados em Vias Públicas, fica o


Construtor obrigado a providenciar a devida sinalização de tráfego, de modo
que sejam preservadas a segurança do local e cercanias, sob pena de não o
fazendo responsabilizar-se plena e exclusivamente por quaisquer danos que
venha causar ao Contratante e outros.

Qualquer sinalização que venha a ser posta em Vias Públicas, devem ser
autorizadas pelo Órgão Competente, Municipal, Estadual ou Federal.

2.2 – REGULARIZAÇÃO DO FUNDO DE VALAS OU CAVAS.

Compreende o serviço de fornecimento, espalhamento e apiloamento do


lastro de areia ou pó de pedra, associado ou não à brita, no fundo das valas
ou cavas nos “grades” estabelecidos em projeto, podendo ainda ser
executado com o próprio material escavado.

Os serviços de espalhamento do material serão executados por processos


manuais após o que, proceder-se-á ao apiloamento de modo que a espessura
final da camada seja no mínimo igual a 0,10 m.
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Quando o lastro for composto de areia ou pó de pedra associada à brita,
primeiramente far-se-á o lançamento da brita que após o devido apiloamento
deverá obter-se camada não inferior a 0,10 m. Em seguida lançar-se-á o
material granular fino representado por areia ou pó de pedra, até que os
vazios entre britas sejam preenchidos e que se produza uma sobre-camada
desse material, de modo que a espessura total do lastro atinja no mínimo
0,15 m.

A camada regularizadora composta de material fino e brita, é normalmente


utilizado sobre fundos de valas ou cavas que apresentem camada suporte
satisfatória, mas situados abaixo do nível do lençol freático.

A finalidade de qualquer regularização será propiciar um berço de apoio às


tubulações de esgoto, de maneira que se possa garantir para as mesmas a
declividade estabelecida em projeto.

Sendo parte importante nos serviços preparatórios para o assentamento das


tubulações, os materiais utilizados devem ser de boa procedência e estarem
isentos de elementos estranhos, principalmente orgânicos.

A largura da camada de regularização a ser considerada será idêntica à


largura em que a vala ou cava foi executada.

2.3 – REATERRO COM APILOAMENTO MANUAL.

Compreende todos os serviços relativos ao preenchimento de valas, com


material proveniente da própria escavação, devidamente selecionado e
estocado para essa finalidade, e executados através de processos manuais.

Esses serviços serão executados com auxílio de soquetes de madeira ou


metálicos de diâmetro 0,15 m e peso total de 10 a 15 Kg.

Os serviços de reaterro com apiloamento manual serão executados a partir


do fundo das valas e até que toda tubulação esteja envolta com material de
reaterro, sendo que a partir daí o restante da vala poderá ser preenchido
utilizando-se compactação mecânica.

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O apiloamento deverá ser executado sobre material selecionado da
escavação, isentos de pedras, madeira, ou qualquer outro material estranho, e
em camadas sucessivas de 0,15 m, a partir do fundo das valas.

Especial atenção deverá ser dada ao processo de enchimento, onde as


camadas deverão ser lançadas e apiloadas simultaneamente der ambos os
lados da tubulação de forma que os vazios sejam compensados, e se evite o
deslocamento lateral das tubulações.

O reaterro deverá ser iniciado tão logo os serviços de assentamento das


tubulações estejam concluídos e a linha devidamente testada.

O apiloamento deverá ser executado de forma a atingir-se o máximo grau de


densidade possível, compatível com o tipo de material empregado.

2.4 – REATERRO COMPACTADO DE VALAS.

Esse serviço será executado sobre a camada de aterro apiloado de


cobrimento da tubulação, sendo vedado a sua execução sem que antes esse
aterro tenha sido realizado.

O reaterro consiste na execução de todos os serviços relativos ao fechamento


das valas ou cavas, com o material proveniente da própria escavação, sendo
que para essa atividade o material a ser reutilizado deverá sofrer uma seleção
para retirada daqueles que não possuam granulação fina, como restos de
madeira, pedras, tocos raízes, restos vegetais e outros que possam por em
risco a integridade das tubulações, bem como prejudicar a qualidade da
compactação.

Os serviços de lançamento do material nas valas, deverá ser sempre


executado por processos manuais, utilizando-se pás e enxadas, em camadas
sucessivas de espessuras máximas de 0,20 m, que sofrerão a devida
compactação por processos mecânicos.

Para o caso de cavas onde foram executadas estruturas de concreto, o


reaterro só poderá ser realizado após a desforma e no prazo mínimo de 3
dias após sua execução, desde a sua base até a superfície do terreno, em
camadas sucessivas e compactadas.

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A compactação deverá sempre ser executada com a finalidade de atingir-se o
máximo de densidade possível para alcançar o mesmo grau de compactação
do solo adjacente.

O reaterro deverá ser iniciado tão logo seja executado o aterro de cobrimento
das tubulações, de maneira que se evite permanecer com as valas abertas
mais tempo que o necessário.

Caso o fechamento das valas não possa ser realizado no mesmo dia, e que as
mesmas tenham que permanecer abertas de um dia para o outro, deverá ser
providenciada a devida sinalização com vistas a prevenir acidentes.

2.5 – ATERRO COM AREIA OU PÓ DE PEDRA COM


APILOAMENTO MANUAL.

Esse tipo de serviço é normalmente utilizado para envolver a tubulação, e


realizado imediatamente após o assentamento dos tubos, seu teste e
aceitação pela Fiscalização, e o pessoal responsável pela sua execução
deverá tomar o máximo cuidado para que não haja deslocamento dos tubos
no interior das valas.

Cuidado especial deverá ser tomado quando na execução do aterro da faixa


envolvente da tubulação, que deverá ser lançada em camadas simultâneas de
ambos os lados dos tubos de forma a serem compensados os espaços vazios,
e não propiciar o deslocamento da linha assentada.

Compreende todos os serviços relativos ao preenchimento de valas com


areia ou pó de pedra proveniente de britagem de rocha, devidamente
selecionados para esta finalidade e isentos de pedras, tocos, raízes, ou
quaisquer elementos estranhos quer de origem mineral ou orgânica.

Na execução do apiloamento serão utilizados soquetes de madeira ou


metálico, de peso entre 10 e 15 Kg e diâmetro de 0,15 m, por profissional
habilitado, que ao acioná-lo deverá evitar choques com a tubulação já
assentada.

Esse aterro será fortemente apiloado até o nível da geratriz superior da


tubulação, e executado em camadas com espessura máxima de 0,10 m,
lançadas sucessivamente, tendo-se o cuidado de só lançar nova camada
quando a anterior apresentar-se devidamente apiloada, e aceita pela
Fiscalização.
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A partir do plano da geratriz superior dos tubos, haverá continuidade do
aterro com areia ou pó de pedra por mais 0,30 m, sendo que essa parcela
sofrerá apenas apiloamento leve em duas camadas de 0,15m cada. A partir
desse plano tanto aterro como reaterro deverá sofrer compactação
mecanizada.

2.6 – BOTA-FORA DE MATERIAIS.

Uma vez verificado que os materiais provenientes de escavações, ou


demolições, ou mesmo limpeza de áreas, não tenham qualidade necessária
para serem utilizados em reaterros ou que materiais remanescentes de
escavações sejam excedentes sem condições de aplicação, esses serão
retirados para áreas afastadas e alheias à obra.

Esses serviços poderão ser realizados com utilização ou não de caminhões,


dependendo das distancias de deslocamento.

Quando no bota-fora forem utilizados caminhões para o transporte, os preços


considerados devem incluir a carga, deslocamento, descarga e espalhamento
do material.

3 – ESCORAMENTOS.

3.1 – ESCORAMENTO CONTÍNUO.

Consiste em promover a contenção do solo das laterais das cavas ou valas,


por intermédio de tábuas de madeira de lei de 0,025 m x 0,30 m dispostas
verticalmente de modo a cobrir toda a área das paredes, contidas por
longarinas de 0,05 m x 0,15 m colocadas horizontalmente com
espaçamentos verticais de 1,00 m e travadas por estroncas de eucalipto de
0,20 m de acordo com a ABNT.

As estroncas mais inferiores deverão situar-se a distancia de 0,50 m acima


do fundo das valas, e as superiores a uma distancia de 0,20 m abaixo do
plano da superfície do solo, podendo ou não haver estroncas intermediárias,
dependendo da profundidade das valas.

Esse tipo de escoramento poderá ser utilizado em qualquer tipo de solo, mas
obrigatoriamente sempre que houver possibilidade de acomodação do
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terreno e de possíveis danos nos imóveis próximos, com exceções de
terrenos arenosos e/ou em presença de água.

Esse tipo de escoramento e normalmente indicado para valas ou cavas com


profundidade até 4,00 m.

4- FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS.

4.1 – FORMA PLANA DE MADEIRA NÃO APARELHADA.

Será executada com tábuas de espessura 0,025 m, preferencialmente de


farinha seca, oiticica, barriga d’água, e de acordo com as dimensões
estabelecidas em projeto, procurando-se na sua montagem não deixar fendas
capazes de provocar a fuga da argamassa e água do concreto.

As fendas que não forem possíveis de eliminar durante a montagem, serão


vedadas com chumaços de papel produzidos com partes de sacos de cimento
vazios e umedecidos com água.

As formas serão assentadas nas posições estabelecidas pelo projeto e aí


mantidas através de escoras de madeira com espaçamentos adequados, e
somente serão removidas após o endurecimento satisfatório do concreto.

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A remoção das formas deverá ser executada cuidadosamente afim de que
não haja danificação na peça concretada, e respeitando-se sempre as demais
recomendações das Normas da ABNT.

O custo considerado no orçamento abrange os serviços de confecção,


escoramento, cimbramento e desforma, inclusive o fornecimento dos
materiais.

4.2 – FORMA CURVA EM CHAPA COMPENSADA.

Serão executadas com chapas compensadas de espessura mínima de 0,010


m, específica para uso na construção civil, e de acordo com as dimensões
estabelecidas em projeto, procurando-se na sua montagem não deixar fendas
capazes de provocar a fuga da argamassa e água do concreto.

As fendas que não forem possíveis de eliminar durante a montagem, serão


vedadas com chumaços de papel produzidos com partes de sacos de cimento
vazios e umedecidos com água.

As formas serão assentadas nas posições estabelecidas pelo projeto e aí


mantidas através de escoras de madeira com espaçamentos adequados, e
somente serão removidas após o endurecimento satisfatório do concreto.

A remoção das formas deverá ser executada cuidadosamente afim de que


não haja danificação na peça concretada, e respeitando-se sempre as demais
recomendações das Normas da ABNT.

O custo considerado no orçamento abrange os serviços de confecção,


escoramento, cimbramento e desforma, inclusive o fornecimento de todos os
materiais.

4.3 – ARMADURA.

Na execução das armaduras deverá ser observado se o dobramento, a


quantidade e os diâmetros dos aços conferem com o estabelecido no projeto.

Antes de sua colocação nas formas, deverá ser verificado se esta se apresenta
limpa e livre de quaisquer detritos, que na ocorrência deverão ser removidos.

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Quanto às condições da própria ferragem deverá ser observado se não existe
excesso de oxidação, que em caso positivo deverá ser refugada.

As armaduras deverão ser colocadas nas formas de modo a permitir um


suficiente recobrimento de concreto, o que será conseguido com utilização
de calços de concreto pré-moldado e dispostos ao longo da armadura em
espaçamentos apropriados.

Esses calços deverão ser confeccionados com resistência suficiente e com


traço de concreto equivalente ao usado na própria estrutura a ser concretada.

O cobrimento das barras de aço deverá obedecer às especificações do


projeto, respeitando-se o limite mínimo de 2,0cm para peças não em contato
com os gases do esgoto e de 4,0cm para aquelas que venham ter contato com
esses gases.

4.4 – CONCRETO SIMPLES

É a mistura confeccionada com cimento portland ou de alto forno, agregado


graúdo, agregado miúdo e água, podendo sofrer complementação de aditivos
com a finalidade de aumentar sua resistência, ou diminuir o tempo de pega,
ou tornar-se impermeável, etc...

O cimento a ser utilizado deverá ser de boa qualidade, novo, e seguir


rigorosamente as disposições contidas nas Normas da ABNT, possuindo
ainda baixo teor de hidratação com o componente C3AL (alumínio tricálcio),
limitado ao máximo de 8 % , e ser do tipo CP 320 ao AF 320.

O agregado graúdo deverá ser proveniente de britagem de rocha sã e isento


de substâncias nocivas ao concreto como argilas, resíduos de diversas
naturezas, materiais pulverulentos e outros.

O agregado miúdo poderá ser areia natural quartzosa ou areia artificial


resultante de britagem de rochas estáveis, com uma granulometria que se
enquadre nas especificações das Normas da ABNT, e deverá apresentar-se
isento de substâncias nocivas ao concreto, tais como mica, materiais friáveis,
madeira, matéria orgânica, argila e outros.
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A água destinada ao amassamento do concreto deverá ser potável e isenta de
teores de prejudiciais de substâncias estranhas.

O concreto simples deverá ser lançado nas formas logo após o seu
amassamento, não sendo permitido entre o fim deste e o início do
lançamento, intervalo de tempo superior a 01 (uma) hora.

Esse tempo poderá ser dilatado quando for incorporado à massa, aditivo
retardador de pega, mas sempre autorizado pelos fiscais da obra.

O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de sua posição final
na estrutura, evitando-se assim as incrustações de argamassas nas paredes
das formas e superfícies das armaduras.

Deverão ser tomadas todas as precauções para manter-se a homogeneidade


do concreto, sendo que a altura de queda livre não poderá ultrapassar de 2,00
m, no que para pilares será conseguido através da utilização de janelas
laterais nas formas, ou por meio de funis ou trombas.

Lançado nas formas, o concreto deverá ser adensado por equipamento


mecânico de vibração por imersão, que deverá penetrar na massa em posição
vertical e sob a ação de seu peso próprio, e cuja vibração deverá garantir um
adequado adensamento sem proporcionar qualquer segregação da mistura
fresca.

Toda retirada do vibrador, da massa de concreto, quando do processo de


vibração deverá ser lenta e gradual, de modo a não produzir vazios.

O vibrador não poderá tocar a armadura, quando houver, evitando-se assim


que esta fique envolta somente por argamassa e bolhas de ar, com prejuízo
da aderência necessária ao concreto.

A cura do concreto se processará nos dias subseqüentes ao do lançamento, e


deverá ser realizada durante um período de sete dias consecutivos, irrigando-
se continuamente as superfícies expostas da peça concretada, ou recobrindo-
a com uma camada de areia ou com sacos vazios de cimento, que em
qualquer dos casos deverão ser mantidos sempre úmidos.

Estruturalmente, para uma resistência esperada aos 28 dias de 15 MPa , o


consumo de materiais para cada traço será :

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 50 kg de cimento,
 70 a 90 litros de agregado miúdo,
 108 litros de agregado graúdo (brita 1 e 2) ,
 30,50 litros de água.

O consumo de material para cada m3 de concreto será:

 344 kg ou 6,90 sacos de cimento,


 486 a 622 litros de agregado miúdo,
 364 litros de brita 1,
 364 litros de brita 2,
 210 litros de água.

4.5 – CONCRETO MAGRO.

Estabelece-se como concreto magro, o concreto simples com traço 1: 4: 8,


e Fck < 6 MPa .

O consumo esperado de material para cada traço é:

 50 Kg de cimento,
 60 litros de água,
 142 a 182 litros de agregado miúdo,
 284 litros de agregado graúdo (britas nº 1 e nº 2).

O consumo de material para cada m3 de concreto será:

 161 Kg de cimento ou 3,20 sacos de cimento,


 194 litros de água,
 456 a 584 litros de areia,
 456 litros de brita nº 1,
 456 litros de brita nº 2.

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5 – ASSENTAMENTOS.

5.1 – ASSENTAMENTO DE TUBOS DE CONCRETO COM JUNTA


ARGAMASSADA.

Consiste no assentamento propriamente dito, com auxílio da locação pelo


método da cruzeta ou gabarito, admitindo-se que o fundo da vala esteja
devidamente regularizado.

A tubulação será assentada de jusante para montante, com as bolsas dos


tubos voltadas para montante, após terem sido vistoriadas quanto à limpeza e
defeitos.

O início desse serviço de dará quando os tubos estiverem à borda da vala,


já disponíveis para serem assentados .

Sempre que os serviços de assentamento forem interrompidos, a Construtora


deverá providenciar o tamponamento do último tubo assentado, a fim de
evitar a entrada de elementos estranhos.

A argamassa das juntas será executada com cimento e areia no traço 1:3 em
volume, usando o menor volume possível de água que permita atingir a
plasticidade desejável.

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A junta, formada pelas extremidades de duas peças contíguas, entre as quais
se interpõe a argamassa, deverá apresentar o respaldo externo com uma
inclinação de 45º sobre a superfície do tubo.

O material de enchimento das juntas que extravase para o interior da


tubulação deverá ser retirado.

Em locais alagados, a água deverá ser retirada para a execução das juntas e
deverá permanecer seco até que se conclua o processo de cura da argamassa.

O cobrimento da tubulação só poderá ser executado após a completa cura da


argamassa das juntas.

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