SUMÁRIO PÁGINA
Lista de Questões 02 – 34
Gabarito 35 – 36
Questões Comentadas 37 – 171
Sintaxe: um pouco de teoria 172 - 204
Sei que, cada vez, os assuntos estão mais densos e exigem de você
maior dedicação e atenção. Entretanto, acredite, todo o esforço será
compensado diante da sua aprovação! Então, vamos iniciar?
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LISTA DE QUESTÕES
(Adaptada)
Até meados do século XX, prevalecia, entre os antropólogos, a ideia de que a família
nuclear era uma instituição apenas cultural. Hoje se acredita que a família
nuclear tenha-se estabelecido por trazer vantagens evolutivas. Várias hipóteses
apontam nesse sentido. A relação estável também ganhou espaço porque, entre
humanos, criar um filho não é fácil. O bebê exige cuidados especiais por mais tempo
que outros primatas. Sob a ótica do pai, estar por perto, para arranjar comida,
manter as onças afastadas e garantir a sobrevivência da prole, representava uma
superioridade evolutiva. Estima-se que a consolidação da família nuclear tenha
deixado marcas até mesmo na anatomia e na fisiologia humanas.
(Adaptada)
realizado pelo estagiário. Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma relação
de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego.
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue o item
a seguir.
(Adaptada)
(Adaptada)
(Adaptada)
No trecho “é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu pai como é
hoje”, o conectivo “que” inicia oração que complementa o sentido do adjetivo
“possível”.
Período 2 - Não conhecia futebol nem equitação, não sabia jogar baralho, não
guardava nomes de artistas de cinema, ignorava os escândalos da sociedade.
Aníbal Machado. Viagem aos seios de Duília. In: Os cem melhores contos
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 111 (com adaptações).
Pavio do destino
Sérgio Sampaio
O bandido e o mocinho
São os dois do mesmo ninho
Correm nos estreitos trilhos
Lá no morro dos aflitos
Na Favela do Esqueleto
São filhos do primo pobre
A parcela do silêncio
Que encobre todos os gritos
E vão caminhando juntos
O mocinho e o bandido
De revólver de brinquedo
Porque ainda são meninos
Nos versos sublinhados, os termos “Do medo”, “do desatino” e “do destino”
exercem a mesma função sintática.
Juliana Braga. A casa de cada um. In: Revista Darcy, ago.-set./ 2011 (com adaptações).
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A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes
cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos
e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor
que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor. “Graças a
Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo assim, ela fica mais perto de nós. E
para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto,
mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da composição solta, do ar de coisa
sem necessidade que costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo dia.
Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de
ser mais natural. Na sua despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permite,
como compensação sorrateira, recuperar com a outra mão certa profundidade de
significado e certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma
inesperada, embora discreta, candidata à perfeição.
Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São Paulo: Companhia das Letras,
1993, p. 23 (com adaptações).
Ao vender Sochi como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, o presidente
russo Vladimir Putin prometeu uma experiência única: turistas e atletas poderiam
esquiar nas montanhas, onde é muito frio, e mergulhar em piscinas abertas de
hotéis, onde o clima é mais ameno, no mesmo dia. Sochi é famosa como estância
de veraneio de milionários russos. Pelo fato de o clima na região ser subtropical, a
temperatura prevista para a Olimpíada já estava no limite do aceitável para a
prática de esportes na neve: no inverno, é esperada a média de 6 oC na altura do
mar Negro, que banha o litoral. O que atletas e turistas encontraram ao chegar a
Sochi, porém, foi um cenário muito mais inusitado. O calor na altura do mar atinge
20 oC e, nas montanhas, 15 oC. O calor intenso derreteu a neve nas pistas, forçou o
cancelamento de treinos e prejudicou competições. Por trás dessa surpresa, um
velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças
climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século e que pôde ser
notado em anomalias frequentes nessa última temporada de inverno no Hemisfério
Norte e de verão, no Sul.
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Alexandre Salvador e Raquel Beer. Cadê o frio? In: Veja, fev./2014 (com adaptações)
maior calçadão da Europa, com um quilômetro de extensão, a Strøget era uma rua
comercial dominada por automóveis, assim como todo o centro da cidade. O
arquiteto por trás da iniciativa, Jan Gehl, acreditava que os espaços urbanos
deveriam servir para a interação social. Na época, foi criticado pela imprensa e por
comerciantes, que ponderavam que as pessoas não passariam muito tempo ao ar
livre em uma capital gélida. Erraram. As vendas triplicaram, e a rua de pedestres foi
ocupada pelos moradores. A experiência reforçou as convicções de Gehl, que
defende o planejamento das cidades para o usufruto e o conforto das pessoas.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
Em 640 d.C., o califa Omar ordenou que fossem queimados todos os livros da
Biblioteca, utilizando o seguinte o argumento: “ou os livros contêm o que está no
Alcorão e são desnecessários ou contêm o oposto e não devemos lê-los.”
Constantemente, você precisa provar e comprovar que é quem diz ser. Embora
pareça, essa não é uma questão filosófica. A tarefa é prática e corriqueira: cartões
de crédito, RG, CPF, crachás corporativos e carteirinhas de mil e uma entidades,
que engordam a carteira de todo cidadão, são exigidos, a toda hora, para identificar
uma pessoa no mundo físico. No ambiente virtual, combinações de usuário e senha
funcionam para dar acesso a emails, celulares, redes sociais e cadastros em lojas
online. Lidamos com tantas combinações desse tipo, que já se fala de uma nova
categoria de estresse: a “fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o
reconhecimento biométrico — afinal, cada pessoa é única, e a tecnologia já pode
nos reconhecer por isso. Em questão de segundos, dispositivos modernos são
capazes de ler as características de partes do nosso corpo, comparar o que veem
com a base de dados que possuem, e atestar a identidade das pessoas previamente
cadastradas no sistema.
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações)
Gilberto Lacerda Santos. Formação para o trabalho e alfabetização informática. In: Linhas
Críticas, v. 6, n.º 11, jul/dez, 2000 (com adaptações).
(Adaptada)
Idem, ibidem.
c) O período sintático iniciado por “São eles” (sublinhado no texto) tem a função de
justificar ou explicar as ideias do período anterior.
Apostando na leitura
Se a chamada leitura do mundo se aprende por aí, na tal escola da vida, a leitura de
livros carece de aprendizado mais regular, que geralmente acontece na escola. Mas
leitura, quer do mundo, quer de livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena,
coletivamente, em troca contínua de experiências com os outros. É nesse
intercâmbio de leituras que se refinam, se reajustam e se redimensionam hipóteses
de significado, ampliando constantemente a nossa compreensão dos outros, do
mundo e de nós mesmos. Da proibição de certos livros (cuja posse poderia ser
punida com a fogueira) ao prestígio da Bíblia, sobre a qual juram as testemunhas
em júris de filmes norte-americanos, o livro, símbolo da leitura, ocupa lugar
importante em nossa sociedade. Foi o texto escrito, mais que o desenho, a
oralidade ou o gesto, que o mundo ocidental elegeu como linguagem que cimenta a
cidadania, a sensibilidade, o imaginário. É ao texto escrito que se confiam as
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bancarrota das belas letras! Basta dizer que Quintiliano, mestre-escola romano,
acrescentou a seu livro uma pequena antologia de textos literários, para garantir
um mínimo de leitura aos estudantes de retórica. No século I da era cristã!
Estamos, portanto, em boa companhia. E temos, de troco, uma boa sugestão: se
cada leitor preocupado com a leitura do próximo, sobretudo leitores-professores,
montar sua própria biblioteca e sua antologia e contagiar por elas outros leitores,
sobretudo leitores-alunos, por certo a prática de leitura na comunidade
representada por tal círculo de pessoas terá um sentido mais vivo. E a vida será
melhor, iluminada pela leitura solidária de histórias, de contos, de poemas, de
romances, de crônicas e do que mais falar a nossos corações de leitores que, em
tarefa de amor e paciência, apostam no aprendizado social da leitura.
A estrutura “lhe permite” (sublinhada no texto) equivale a permite a ele, pois “lhe”
funciona como objeto indireto.
Poeminha Dodói
Em “Eu olho eles, espeto eles,/Corto eles” (sublinhado no texto), o pronome pessoal
“eles” ocupa a função de objeto direto, estrutura própria da linguagem oral informal
e coloquial. Na linguagem culta escrita, essa estrutura seria inaceitável.
Marilena Chaui. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995. In: Internet: (com adaptações)
Você sai para jantar sem a carteira. Para pagar a conta, diz: “Meu nome é [insira o
seu aqui]”. O garçom clica no visor do tablet dele. Um alerta em seu celular avisa
sobre a cobrança. É assim que funciona o Square, sistema de pagamentos em uso
nos Estados Unidos da América. Ele, hoje, é uma das maiores referências em
pagamentos por celular. É aceito em 200 mil estabelecimentos, entre restaurantes,
bares, cafés, salões de beleza, spas, lojas e até agências funerárias. Para usá-lo, o
cliente precisa instalar um programa no celular, criar uma conta e inserir dados
pessoais e financeiros. O sistema GPS do telefone identifica quando o cliente chega
a uma loja conveniada, e seu perfil aparece automaticamente na tela do tablet do
caixa da loja. Ao cobrar, o funcionário verifica se a foto associada à conta
corresponde à pessoa à frente.
Essa é uma das formas de usar o telefone como meio de pagamento. O serviço
começará a se popularizar no Brasil a partir do próximo ano, quando todas as
operadoras de telefonia deverão estar autorizadas a fazer do smartphone uma
carteira digital. Se essa alternativa vingar, será a maior mudança na forma como
pagamos por produtos e serviços desde a chegada dos cartões, nos anos 50 do
século passado.
Rafael Barifouse. Débito, crédito ou celular? In: Época, n.º 759, 3/12/2012, p.119-21 (com
adaptações).
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o
próximo item.
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O governo federal assentou 381.419 famílias nos últimos quatro anos, em um total
de quase 31,7 milhões de hectares. Os números mostram o melhor desempenho do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) nos 36 anos de
existência do órgão, considerando-se a área destinada à reforma agrária e o
número de famílias assentadas.
trabalhador rural é assentada, recebe um lote de terra para morar e produzir dentro
do chamado assentamento rural. A partir da sua instalação na terra, essa família
passa a ser beneficiária da reforma agrária, recebendo créditos de apoio (para
compra de maquinários e sementes) e melhorias na infra-estrutura (energia
elétrica, moradia, água etc.), para se estabelecer e iniciar a produção. O valor dos
créditos para apoio à instalação dos assentados aumentou. Os montantes investidos
passaram de R$ 191 milhões em 2003 para R$ 871,6 milhões, empenhados em
2006.
João Guimarães Rosa. O Espelho. primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 15.ª ed.,
2001, p. 119-21
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a) causal
b) condicional
c) conformativo
d) conclusivo
e) constrativo
A Alemanha vai enfrentar a pior recessão desde a 2.ª Guerra Mundial e já planeja,
para 2009, um novo pacote de estímulo à economia. As medidas serão anunciadas
assim que o novo presidente norte-americano, Barack Obama, tomar posse, no final
de janeiro. Há menos de um mês, o governo alemão anunciou um pacote de
medidas de US$ 63 bilhões para fortalecer a economia. Agora, a oposição quer que
outros 25 bilhões sejam usados no pacote. A crise está obrigando governos, como o
da Alemanha, a atuarem em meio a uma tormenta, o que políticos na Europa já
haviam esquecido. “Não temos muita experiência com esse estado de choque”,
admitiu a chanceler alemã Angela Merkel.
O emprego de vírgula logo após “Agora” (em negrito no texto) justifica-se para
isolar adjunto adverbial de tempo.
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem
conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o
carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie
de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros,
mas para distribuir seu dinheiro. Já na compra do carro, você contribui para uma
infinidade de setores produtivos, que podemos encolher, ao máximo, nos seguintes
itens: a indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis;
a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as
fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras
autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de
seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas.
Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos
você. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem,
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você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá
relações com outras pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no
seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas
imprudentes; com as crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando
o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os
barbeiros de qualidades diversas; com a juventude desviada; com parentes e
amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua
subserviência à necessidade deles; com ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre
o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar
um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não está pronto. De
qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser
pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que
você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males
do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.
Paulo Mendes Campos. Automóvel: sociedade anônima. In: Supermercado. Rio de Janeiro,
Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).
O começo foi lá atrás e não foi fácil. A profissão que hoje dá orgulho a Tião, aos 32
anos de idade, já foi motivo de vergonha. Ele começou a catar lixo com onze anos,
com a família. “Para mim, catar lixo era natural”, diz. Para os outros, não. Sua mãe
deu uma entrevista e ele passou a ser perseguido pelos colegas da escola. No dia
seguinte ao da entrevista, chegou à sala de aula e viu escrito na lousa: “Tião, filho
da xepeira”, uma referência à xepa, prática de pegar os restos de feiras para levar
para casa. Em uma festa da escola, Tião dançava com a namoradinha, quando um
menino anunciou pelo microfone: “Olha, ela está dançando com o filho da xepeira.”
Humilhado, Tião saiu da festa correndo. Saiu também da escola. Ficou cinco anos
sem estudar. Agora cursa o segundo ano do ensino médio. Seu sonho é cursar
sociologia. No documentário Lixo Extraordinário, Tião diz que gosta de Nietzsche e
Maquiavel. Ele encontrou um exemplar de O Príncipe, de Maquiavel, no meio do
chorume do aterro. Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por
Maquiavel com líderes do tráfico. Ele conta que a obra foi fundamental quando
estava começando sua própria liderança. Depois da indicação ao Oscar, ele acha
que sua voz vai chegar muito mais longe que os trezentos metros quadrados do
galpão sufocante da associação dos catadores. “Quem nunca teve voz agora vai ter,
agora vão nos ouvir”, diz ele.
Sebastião Carlos dos Santos. Do lixo ao Oscar. In: Época, 31/1/2011, p. 12 (com
adaptações).
O trecho "prática de pegar os restos de feiras para levar para casa" (sublinhado no
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texto) é uma expressão apositiva empregada para explicar o termo "xepa" (em
negrito no texto).
Maior oferta de biocombustíveis e alta dos preços dos alimentos é uma relação que
tende a prosperar automaticamente até que algum elementar bom senso tome
conta do assunto. Nesse quadro, é até compreensível que políticos ameaçados por
perda de popularidade, em qualquer canto do mundo, enveredem por caminhos e
discursos bem simplistas e batam seguidamente na tecla dos vínculos entre etanol e
fome. Mais preocupante, no entanto, é a situação criada pelo relator da ONU para o
direito à alimentação, Jean Ziegler, que classificou os biocombustíveis como “um
crime contra a humanidade”, garantindo que o mundo teria milhões e milhões de
novos famintos pela escalada nos preços dos alimentos que seriam usados para
fazer funcionar os motores dos automóveis do mundo rico. Ainda pior é a repetição
desse sofisma em ambientes como o da Conferência Regional da Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para América Latina e Caribe,
realizada no Itamaraty, em Brasília. A diplomacia brasileira reagiu com firmeza,
apresentando números da redução do impacto ambiental e da produtividade da
agricultura nacional em áreas não destinadas à cana-de-açúcar.
O nome “Jean Ziegler” (sublinhado no texto) está entre vírgulas por constituir um
vocativo.
(Adaptada)
É tudo tão rápido e avassalador que se torna recomendável uma pausa para
respirar, refletir e jogar no caminho algumas perguntas incômodas. A primeira: é
realmente possível aprender pela Internet? Os introdutores do e-learning e alguns
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alunos dizem que sim. Mas os cursos são tão novos que não existem parâmetros
confiáveis para medir a qualidade desse tipo de ensino. Como ensinar direito, se
ainda não foi criado um modelo pedagógico voltado para a Web? Sem isso, esses
cursos correm o risco de servir apenas para informação e não para formação.
Urgente, nesse momento em que esses cursos são novidade no mundo todo, é a
discussão que leve a uma pedagogia própria para esse veículo baseada em estudos
e pesquisas. Assim, esse recurso pode se tornar uma efetiva ajuda na enorme
tarefa de disseminar a educação entre os brasileiros, e não apenas um modismo
que vai gerar diplomas rápidos e sem credibilidade.
José Luiz Bichuetti. Gestão de pessoas não é com o RH! In: Harvard Business Review Brasil.
(com adaptações).Francisco Alves Filho. Istoé. Internet: (com adaptações)
No trecho “Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema que
envolve seus subordinados” (sublinhado no texto), há duas orações de natureza
restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a “um tema”.
Constantemente, você precisa provar e comprovar que é quem diz ser. Embora
pareça, essa não é uma questão filosófica. A tarefa é prática e corriqueira: cartões
de crédito, RG, CPF, crachás corporativos e carteirinhas de mil e uma entidades,
que engordam a carteira de todo cidadão, são exigidos, a toda hora, para identificar
uma pessoa no mundo físico. No ambiente virtual, combinações de usuário e senha
funcionam para dar acesso a emails, celulares, redes sociais e cadastros em lojas
online. Lidamos com tantas combinações desse tipo, que já se fala de uma nova
categoria de estresse: a “fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o
reconhecimento biométrico — afinal, cada pessoa é única, e a tecnologia já pode
nos reconhecer por isso. Em questão de segundos, dispositivos modernos são
capazes de ler as características de partes do nosso corpo, comparar o que veem
com a base de dados que possuem, e atestar a identidade das pessoas previamente
cadastradas no sistema.
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações)
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32
(com adaptações)
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Segundo teorização do filósofo McLuhan, a palavra falada era o meio mais completo
de comunicação, porque, embora se destinasse a ser escutada, envolvia também a
participação de outros sentidos, como o tátil (gestos) e o visual (expressões faciais).
As culturas orais são integrais, porquanto seus membros agem e reagem ao mesmo
tempo. Os indivíduos são bem informados, constituem pessoas completas,
formadoras de uma irmandade total.
Francisco Rüdiger. As teorias da comunicação. Porto Alegre: Penso, 2011, p. 122-3 (com
adaptações).
Existem muitas maneiras de se enxergar uma empresa. Uma delas é vê-la como
uma máquina. E não se trata de uma analogia nova. A era industrial foi construída
com base nesse paradigma, sustentado pelas teorias dos cientistas Taylor e Fayol,
que acreditavam (e isso fazia sentido para a época em que viveram) que uma
empresa tinha de funcionar como um infalível relógio ou como uma locomotiva,
programada para cumprir, rigorosamente, seus tempos de parada e locomoção, de
maneira a garantir o andamento do sistema ferroviário, sem atrasos nem acidentes.
Para isso, colocaram a produtividade como principal meta, assegurada por um
sistema técnico de alta eficiência.
Uma empresa até pode se parecer com uma máquina, quando existe uma tarefa
contínua a ser desempenhada. Nesse caso, a mecanização da tarefa, de maneira
integralmente repetitiva, pode diminuir a quantidade de erros. O mesmo raciocínio
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Tornar as tarefas repetitivas para eliminar erros é, talvez, o maior equívoco em que
se pode incorrer. Afinal, os erros acontecem justamente quando o indivíduo liga o
piloto automático. E o piloto automático é acionado quando o trabalho a ser feito
não traz significado algum para aquele que o executa. Destituído de sentido, o
trabalho se transforma em tarefa enfadonha, que traz apenas aborrecimento, o que,
por sua vez, gera a pressa de acabar logo com aquela tortura, na ânsia de
reencontrar a alma deixada na porta de entrada da empresa, ao lado do marcador
de ponto.
Mas até que ponto é relevante incluir a sociedade de massa na esfera de discussão
de um grupo seleto de estudiosos? A promoção da informação científica contribui
para o processo de construção da cidadania, quando possibilita a ampliação do
conhecimento e da compreensão do público leigo a respeito do processo científico e
de sua lógica, no momento em que constrói uma opinião pública informada sobre os
impactos do desenvolvimento científico e tecnológico sobre a sociedade e quando
permite a ampliação da possibilidade e da qualidade de participação da sociedade
na formulação de políticas públicas e na escolha de opções tecnológicas,
especialmente em um país onde a grande maioria dos investimentos na área são
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públicos.
Luiz Fernando Dal Pian Nobre. Do jornal para o livro: ensaios curtos de cientistas. Internet:
(com adaptações).
A vírgula imediatamente após “aberta” (em negrito no texto) foi empregada para
separar dois termos de mesma função sintática, uma vez que tanto “aberta” quanto
“principal veículo condutor de conteúdos culturais” (sublinhado no texto) exercem a
função de adjunto adnominal do nome “televisão” (em negrito no texto).
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida.
São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu
nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe
emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura
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Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele,
comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que
eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas
ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
A oração introduzida pelo pronome “que” (em negrito no texto) tem caráter
restritivo, visto que especifica a ação expressa pela locução “andar pulando”.
Polêmicas à parte, Cristóvão Colombo jamais se deu conta de que havia descoberto
um novo continente. A leitura de suas anotações de bordo ou de suas cartas deixa
claro que ele acreditou até a morte que tinha chegado à China ou ao Japão, ou seja,
às “Índias”. É o que o navegador escreveu, por exemplo, em uma carta de março de
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1493.
Suas certezas foram parcialmente abaladas nas viagens seguintes, mas o navegador
nunca chegou a pensar que aportara em um novo continente. Sua quarta viagem o
teria levado, segundo escreveu, à província de “Mago”, “fronteiriça à de Catayo”,
ambas na China.
Somente nos últimos anos de sua vida o genovês considerou a possibilidade de ter
descoberto terras realmente virgens. Mas foi necessário certo tempo para que a
existência de um novo continente começasse a ser aceita pelos europeus. Américo
Vespúcio foi um dos primeiros a apresentar um mapa com quatro continentes. Mais
tarde, em 1507, a nova terra seria batizada em homenagem ao explorador italiano.
Um ano depois da morte de Colombo, que passou a vida sem entender bem o que
havia encontrado.
A diferença na linguagem
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130
“Não é difícil governar a Itália. É inútil.” O ditador Benito Mussolini cunhou essa
frase com a pretensão de jogar sobre o povo italiano todas as mazelas do país.
Contudo, a história vem mostrando que a famosa frase embute uma verdade, só
que em um sentido invertido. Inúteis são governantes como Mussolini e Silvio
Berlusconi, o bufão de 75 anos que foi primeiro-ministro por três vezes e agora cai
por absoluta incapacidade de apresentar soluções para a brutal crise econômica da
Itália. O último mandato de Berlusconi começou em 2008 e, desde então, ele
parecia viver uma realidade paralela. Passou o tempo administrando denúncias —
de fraude fiscal a sexo pago com belas garotas. Mas foi a economia que acabou com
a sua condição de primeiro-ministro com mais tempo no poder italiano depois da
Segunda Guerra Mundial. Sem respaldo político para adotar medidas de austeridade
essenciais para impedir a quebradeira da Itália, a terceira maior economia da zona
do euro, Berlusconi anunciou, no dia 8 de novembro, sua intenção de renúncia. Só
não marcou a data. Como condicionou a saída à aprovação de um pacote de
reformas econômicas, ele acabou provocando mais incertezas quanto ao futuro da
economia italiana.
O período ‘Não é difícil governar a Itália’ (sublinhado no texto) é composto por duas
orações, ambas sem sujeito.
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1. E
2. C
3. C
4. C
5. E
6. E
7. C
8. E
9. C
10. C
11. C
12. C
13. E
14. C
15. E
16. C
17. C
18. E
19. C
20. C
21. 62456350391
E
22. C
23. E
24. C
25. D
26. C
27. C
28. C
29. C
30. C
31. C
32. B
33. E
34. C
35. C
36. C
37. E
38. E
39. C
40. E
41. C
42. E
43. E
44. E
45. E
46. E
47. E
48. E
49. C
50. E
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QUESTÕES COMENTADAS
(Adaptada)
Comentários
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
OBSERVAÇÃO:
Atenção!
Explicado acima.
Atenção!
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
GABARITO: ERRADO
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Comentários
Ele não teve consideração por mim. / Ele não me teve consideração.
SUBSTANTIVO C. NOMINAL C. NOMINAL SUBSTANTIVO
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Dormir cedo era saudável para ele. / Dormir cedo lhe era saudável.
ADJETIVO C. NOMINAL C. NOMINAL ADJETIVO
GABARITO: CERTO
(Adaptada)
Comentários
APOSTO
Exemplos:
OBSERVAÇÕES:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
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Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
GABARITO: CERTO
Comentários
Assim, note que, ao passar a oração da voz ativa para a voz passiva,
o objeto direto deixará de ser complemento verbal e passará a
ser sujeito da passiva:
Eles fizeram-nas.
OD
OD SUJ.
Eles escreveram as cartas com muito esmero.
SUJ. OD
Atenção!
OBSERVAÇÃO 1:
OBSERVAÇÃO 2:
OBSERVAÇÃO 3:
Para compreender este tipo peculiar de objeto direto, você deve ter
em mente a seguinte informação: será sempre a regência do
verbo (e não a presença da preposição) que ditará se o
complemento é objeto direto ou objeto indireto. Dessa forma,
62456350391
A afirmação acima parece óbvia, mas você verá que não é bem assim.
Isso porque, em alguns casos, o objeto direto pode vir
acompanhado de preposição. Assim, embora o verbo seja
transitivo direto, você poderá (ou até deverá) utilizar a preposição,
em alguns casos, para dar ênfase ou conferir clareza à frase.
Ofereceram-lhe um presente.
OI
Outros exemplos:
Ex: Ninguém nos contou a verdade. (objeto indireto, pois equivale a dizer
“Ninguém contou a verdade para Maria”, com uso de preposição)
Ex: Todos te abandonaram. (objeto direto, pois equivale a dizer “Todos
abandonaram Maria”, sem uso de preposição)
62456350391
OBSERVAÇÃO 1:
OBSERVAÇÃO 2:
As formas tônicas “MIM, TI, NÓS, VÓS” não aceitam ser precedidas
da preposição “COM” (não existe, portanto, “com mim”, “com ti”,
“com nós” e “com vós”). Assim, quando o verbo transitivo indireto
exigir o uso da preposição “COM”, correto será dizer “COMIGO,
CONTIGO, CONOSCO e CONVOSCO”. Observe:
GABARITO: CERTO
(Adaptada)
Comentários
VOCATIVO
Exemplos:
Atenção!
Você deve ter muito cuidado com a pontuação, porque ela pode
modificar a função sintática do termo.
62456350391
Exemplo:
Observação
Exemplo:
Ana Maria, minha filha, esteve em Belo Horizonte? (“Ana Maria, minha filha”
é vocativo e “minha filha” é aposto)
GABARITO: ERRADO
(Adaptada)
Comentários
sujeito
objeto direto
objeto indireto
complemento nominal
62456350391
aposto
predicativo
agente da passiva
sujeito subjetiva
objeto direto objetiva direta
objeto indireto objetiva indireta
complemento nominal completiva nominal
predicativo predicativa
aposto apositiva
agente da passiva
agente da passiva
Observe:
Exemplos:
Substantivas Subjetivas
SUBJETIVA
“Quem muito quer nada tem.”
SUBJETIVA
Note, ainda, que não há sujeito nos períodos acima, pois o sujeito
da oração principal será a própria oração subordinada
(subjetiva).
OBSERVAÇÃO:
Atenção!
Após a conversão, ficou mais fácil perceber que o termo “ISSO” está
funcionando como sujeito das orações acima (tanto na voz passiva
sintética quanto na voz passiva analítica).
Veja:
Veja:
Veja: 62456350391
Substantivas Predicativas
Veja:
Substantivas Apositivas
62456350391
Observe:
GABARITO: ERRADO
62456350391
(Adaptada)
Comentários
62456350391
Exemplos:
CLASSIFICAÇÃO
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Observe que nem todos os homens são justos. Portanto, não são
todos os homens que fazem o bem ao próximo. Veja que essa ação é
necessariamente restritiva.
Exemplos:
62456350391
Amanhã encontrarei com minha prima que mora em Minas Gerais e (que) é
minha madrinha.
GABARITO: CERTO
Comentários
GABARITO: ERRADO
Comentários
Atenção!
CLASSIFICAÇÕES 62456350391
Causal
Exemplos:
Atenção!
Exemplos:
Exemplo:
Exemplos:
Exemplos:
Comparativa
Exemplos:
que Maria é.
OBSERVAÇÃO 1:
Exemplo:
OBSERVAÇÃO 2:
Exemplo:
As pessoas dizem que André beneficia mais sua filha caçula que à sua filha
mais velha.
Consecutiva
Exemplos:
OBSERVAÇÃO 1:
Exemplo:
OBSERVAÇÃO 2:
Exemplo:
Atenção!
Exemplos:
62456350391
Atenção!
Exemplos:
Concessiva
Exemplos:
62456350391
“Posto que” é totalmente diferente de “já que, visto que”. “Posto que”
equivale a “embora”, “apesar de que”. Por sua vez, “já que, visto que”
introduzem orações com sentido de causa. As bancas também
costumam cobrar essa diferença, tenha cuidado.
Condicional
Exemplos:
Conformativa
Exemplos:
Final
Exemplos:
Ana comprou muitas apostilas a fim de que sua irmã passasse no concurso
desejado.
Marina comprou uma roupa nova para que pudesse estar bonita no seu
aniversário.
Proporcional
Exemplos:
Temporal
Exemplos:
62456350391
Exemplos:
GABARITO: CERTO
Aníbal Machado. Viagem aos seios de Duília. In: Os cem melhores contos
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 111 (com adaptações).
Comentários
período abaixo:
Parecia-lhe isso.
Isso lhe parecia.
Agora, fica mais fácil perceber que a oração exerce função sintática de
sujeito. Trata-se da oração subordinada substantiva subjetiva,
também denominada sujeito oracional.
GABARITO: CERTO
Comentários
GABARITO: CERTO
Comentários
Gabarito: CERTO
Pavio do destino
Sérgio Sampaio
O bandido e o mocinho
São os dois do mesmo ninho
Correm nos estreitos trilhos
Lá no morro dos aflitos
Na Favela do Esqueleto
São filhos do primo pobre
A parcela do silêncio
Que encobre todos os gritos
E vão caminhando juntos
O mocinho e o bandido
De revólver de brinquedo
Porque ainda são meninos
Comentários
Por sua vez, “do destino” está ligado ao nome “pavio”, então tem
função diferente dos outros dois termos, pois é um adjunto
adnominal.
entendimento da frase.
São os seguintes:
- Complementos Verbais: Objeto Direto e Objeto Indireto;
- Complemento Nominal;
- Agente da Passiva.
Observe que “liberdade” não está pedindo nada. Ela é que está
sendo pedida por alguém. É, portanto, o ser recebedor da ação.
c) Não indica posse.
Exemplo: O pedido de liberdade não foi atendido.
Observe que “liberdade” não possui o pedido.
d) Indica cargo.
Exemplos:
O presidente dos EUA foi preso.
O professor de matemática foi preso.
Adjunto adnominal:
a) Refere-se a uma palavra de sentido completo, que pode ser
substantivo (geralmente concreto) ou pronome substantivo.
Exemplo: A plantação do fazendeiro está crescendo.
Observe que “plantação” é um substantivo de sentido completo.
b) Sempre indica o ser ativo (agente da ação).
Exemplo: O pedido do preso não foi atendido.
Observe que “o preso” está pedindo alguma coisa. É, portanto,
o ser agente da ação.
c) Indica posse.
Exemplo: O pedido do preso não foi atendido.
Observe que “o preso” possui o pedido.
Exemplos:
Maria mora longe de você.
Márcio é fiel a ela.
GABARITO: ERRADO
Juliana Braga. A casa de cada um. In: Revista Darcy, ago.-set./ 2011 (com
adaptações).
Comentários
“Quem olha para o Plano Piloto, que impressão tem? Que as quadras
são iguais e que sempre têm o mesmo padrão arquitetônico. E aí
pensa que as pessoas moram do mesmo jeito. Mostrei que não é bem
assim”, conta.
GABARITO: CERTO
Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São Paulo: Companhia das
Letras, 1993, p. 23 (com adaptações).
Comentários
62456350391
Atenção!
O verbo intransitivo, eventualmente, pode aparecer
complementado por objeto direto. Isso ocorre em construções nas
Verbos transitivos
O verbo transitivo não apresenta sentido completo e, assim,
exige complemento (objeto) que integre o sentido do
predicado. Dessa maneira, o verbo não consegue constituir sozinho o
predicado. O verbo transitivo se divide em transitivo direto, transitivo
indireto e transitivo direto e indireto (ou bitransitivo).
Verbos transitivos diretos
O verbo transitivo direto necessita de um complemento sem
preposição obrigatória (objeto direto).
Exemplos:
Marina comprou um apartamento. (objeto direto = ”um
62456350391
Exemplo:
Marina anda rápido. (verbo intransitivo – ação de “andar”)
Marina anda preocupada com a saúde do marido. (verbo de ligação –
estado de preocupação)
GABARITO: ERRADO
Alexandre Salvador e Raquel Beer. Cadê o frio? In: Veja, fev./2014 (com
62456350391
adaptações)
Comentários
Observe:
GABARITO: CERTO
Comentários
Mais uma vez, falo com você: é muito importante fazer a conexão
entre os termos, para descobrir a ligação entre eles e analisar
corretamente a sintaxe da frase.
Observe que o termo “de senhas” está ligado ao termo “roubo”, este é
um substantivo que é complementado por aquele.
GABARITO: CERTO
Comentários
Veja:
Atenção!
Quando ocorre verbo na 3ª pessoa do singular e ele é acompanhado
pelo “se”, podemos ter três possibilidades:
d) Sujeito simples expresso (caso de voz passiva sintética)
Atenção!
Quando aparece verbo na 3ª pessoa do plural, podemos ter três
possibilidades:
c) Sujeito indeterminado (não expresso e não identificável)
Exemplos:
Aconteceram ontem muitas explosões na fábrica. (sujeito
simples = “muitas explosões”)
Aconteceram ontem brigas e discussões na fábrica. (sujeito
composto com dois núcleos = “brigas e discussões”)
Exemplos:
Exemplos:
Faz muitos anos que ele ganhou o prêmio.
Já é tarde.
Está calor em Belo Horizonte.
Exemplos:
Choveu pouco mês passado.
Anoiteceu rapidamente.
OBSERVAÇÃO:
a) Algumas expressões populares não possuem sujeito.
Exemplos:
Já passava de quatro anos.
Vai para dois anos que ele foi embora.
Basta de trabalho.
Exemplos:
São quatro horas. (concorda com a palavra “hora”)
Era uma hora. (concorda com a palavra “hora”)
GABARITO: ERRADO
Comentários
sujeito
objeto direto
objeto indireto
complemento nominal
aposto
predicativo
agente da passiva
GABARITO: CERTO
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
Comentários
62456350391
GABARITO: CERTO
Mas, como toda inovação, a Internet tem potencial cuja dimensão não
deve ser superdimensionada. Seu conteúdo é fragmentado,
desordenado e, além disso, cerca de metade de seus bites é
descartável.
Comentários
GABARITO: ERRADO
62456350391
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com
adaptações)
Comentários
OBSERVAÇÃO 1:
Podemos sempre intercalar, nas orações consecutivas, a expressão
“em consequência” após a conjunção “que”.
Exemplo:
Ana chorou tanto que, em consequência, ficou com o rosto inchado.
OBSERVAÇÃO 2:
Geralmente, o “que” vem precedido das palavras “tanto”, “tamanho”,
“tão”, “tal”. Mas, em muitas construções, podemos omitir essas
palavras.
Exemplo:
Ana chorou que Maria ficou com pena.
Atenção!
É preciso cuidado na diferenciação de uma oração subordinada
adverbial consecutiva de uma oração comparativa. Para tanto,
podemos usar o critério a seguir.
Na oração adverbial consecutiva, o verbo expresso é diferente do
verbo da oração anterior. Dessa forma, o verbo indica a consequência
do fato anterior.
Na oração adverbial comparativa, o verbo não é expresso, pois é o
mesmo verbo da oração anterior. Dessa maneira, o verbo indica a
comparação do elemento expresso na oração principal.
Exemplos: 62456350391
GABARITO: CERTO
Comentários 62456350391
GABARITO: ERRADO
Comentários
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Atenção!
Exemplos:
Exemplos:
Atenção!
Exemplos:
Exemplos:
OBSERVAÇÃO 1:
OBSERVAÇÃO 2:
Exemplos:
GABARITO: CERTO
(Adaptada)
Idem, ibidem.
Comentários
Alternativa correta.
Alternativa correta.
Alternativa correta.
Alternativa incorreta.
Alternativa correta.
GABARITO: D
Apostando na leitura
Comentários
Você deve observar que as orações estão coordenadas entre si, pois
não há qualquer vínculo de subordinação entre elas.
ORAÇÕES COORDENADAS
- coordenativas aditivas
- coordenativas adversativas
- coordenativas alternativas
- coordenativas conclusivas
- coordenativas explicativas
Exemplos:
Exemplos:
Sua mãe era paciente, mas não tolerava o descaso dos filhos.
João não se exercitava, ao passo que Joana nadava todos os dias.
Mariana treinou muito, não obstante, perdeu a competição.
Não se intrometa na escolha profissional de seus filhos, antes prefira vê-los
felizes.
Os alunos ficaram chateados; em todo caso avaliaram positivamente a
instituição.
Sua mãe era paciente; não tolerava, no entanto, o descaso dos filhos.
62456350391
Perceba que, nesses casos, a conjunção será isolada por meio do uso
de vírgulas.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
GABARITO: CERTO
Comentários
GABARITO: CERTO
Comentários 62456350391
Dessa maneira, vemos que “a ele” significa “ao aluno”, ou seja, tanto
faz usar uma construção ou outra. Observe que é um objeto indireto,
por isso foi necessário colocar a preposição “a” antes de “ele”.
GABARITO: CERTO
Poeminha Dodói
Comentários
GABARITO: CERTO
Marilena Chaui. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995. In: Internet: (com
adaptações)
Comentários
meios.
GABARITO: CERTO
Você sai para jantar sem a carteira. Para pagar a conta, diz: “Meu
nome é [insira o seu aqui]”. O garçom clica no visor do tablet dele.
Rafael Barifouse. Débito, crédito ou celular? In: Época, n.º 759, 3/12/2012, p.119-
21 (com adaptações).
Comentários
GABARITO: CERTO
Comentários
reforma agrária.
Afirmativa correta.
Afirmativa incorreta.
Afirmativa correta.
Afirmativa correta.
Afirmativa correta.
GABARITO: B
INPI/2006
João Guimarães Rosa. O Espelho. primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
15.ª ed., 2001, p. 119-21
a) causal
b) condicional
c) conformativo
62456350391
d) conclusivo
e) constrativo
Comentários
Veja que a oração “mas algo ou alguém de tudo faz para rir-se da
gente” possui uma relação de contraste de ideia com a oração
anterior “a espécie humana peleja para impor ao latejante mundo um
pouco de rotina e lógica”.
GABARITO: E
Comentários
Exemplos:
GABARITO: CERTO
62456350391
Comentários
Observe que o elemento “a” foi usado para que não fosse
necessário repetir a expressão “à suprema descoberta”.
Exemplos:
OBSERVAÇÕES:
Exemplos:
62456350391
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplo:
Exemplo:
62456350391
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
62456350391
GABARITO: CERTO
O começo foi lá atrás e não foi fácil. A profissão que hoje dá orgulho a
Tião, aos 32 anos de idade, já foi motivo de vergonha. Ele começou a
catar lixo com onze anos, com a família. “Para mim, catar lixo era
natural”, diz. Para os outros, não. Sua mãe deu uma entrevista e ele
passou a ser perseguido pelos colegas da escola. No dia seguinte ao
da entrevista, chegou à sala de aula e viu escrito na lousa: “Tião, filho
da xepeira”, uma referência à xepa, prática de pegar os restos de
feiras para levar para casa. Em uma festa da escola, Tião dançava
com a namoradinha, quando um menino anunciou pelo microfone:
“Olha, ela está dançando com o filho da xepeira.” Humilhado, Tião
saiu da festa correndo. Saiu também da escola. Ficou cinco anos sem
estudar. Agora cursa o segundo ano do ensino médio. Seu sonho é
cursar sociologia. No documentário Lixo Extraordinário, Tião diz que
gosta de Nietzsche e Maquiavel. Ele encontrou um exemplar de O
Príncipe, de Maquiavel, no meio do chorume do aterro. Depois de ler,
ficou comparando os príncipes descritos por Maquiavel com líderes do
tráfico. Ele conta que a obra foi fundamental quando estava
começando sua própria liderança. Depois da indicação ao Oscar, ele
acha que sua voz vai chegar muito mais longe que os trezentos
metros quadrados do galpão sufocante da associação dos catadores.
“Quem nunca teve voz agora vai ter, agora vão nos ouvir”, diz ele.
Sebastião Carlos dos Santos. Do lixo ao Oscar. In: Época, 31/1/2011, p. 12 (com
adaptações).
Comentários
62456350391
GABARITO: CERTO
Comentários
62456350391
GABARITO: ERRADO
(Adaptada)
Comentários
GABARITO: ERRADO
José Luiz Bichuetti. Gestão de pessoas não é com o RH! In: Harvard Business
Review Brasil. (com adaptações).Francisco Alves Filho. Istoé. Internet: (com
adaptações)
No trecho “Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um
tema que envolve seus subordinados” (sublinhado no texto), há duas
orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a
“um tema”.
Profª. Ludimila Lamounier www.estrategiaconcursos.com.br Página 155 de 204
Português para o BACEN Analista
Profª Ludimila Lamounier
Comentários
GABARITO: CERTO
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com
adaptações)
Comentários
GABARITO: ERRADO
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe pela democracia. In: Época,
31/1/2011, p. 32 (com adaptações)
Comentários
GABARITO: CERTO
Comentários
GABARITO: ERRADO
62456350391
Uma empresa até pode se parecer com uma máquina, quando existe
uma tarefa contínua a ser desempenhada. Nesse caso, a mecanização
da tarefa, de maneira integralmente repetitiva, pode diminuir a
quantidade de erros. O mesmo raciocínio continua valendo, se a
empresa estiver situada em um ambiente estável, ou seja, onde os
fatores externos pouco ou nada interferem no seu desempenho. Ou
quando a criatividade, produto mais nobre e valioso do sistema
humano, é considerada indesejável.
Comentários 62456350391
GABARITO: ERRADO
Luiz Fernando Dal Pian Nobre. Do jornal para o livro: ensaios curtos de cientistas.
Internet: (com adaptações).
Comentários
GABARITO: ERRADO
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida.
São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
Comentários
Gabarito: ERRADO
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim
uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As
Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo
com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas
posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e
62456350391
Comentários
Observe que a oração “que era o meu modo estranho de andar pelas
ruas de Recife” explica o modo de andar da autora, ou seja, tem
caráter explicativo. Dessa maneira, é uma oração subordinada
adjetiva explicativa.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Veja:
Exemplos:
Comentários
GABARITO: ERRADO
A diferença na linguagem
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130
Comentários
Veja:
"dos quais fazem alguma distinção (para os olhos mas não para os
ouvidos)";
“(muitos dos quais) evitam algum equívoco para os olhos mas não
para os ouvidos";
GABARITO: CERTO
Comentários 62456350391
Vamos inverter a ordem das orações no período, pois fica mais fácil
em casos assim. Sugiro sempre que você faça isso quando tiver
dúvidas.
GABARITO: ERRADO
62456350391
62456350391
FRASE
Ela saiu.
O rapaz foi embora e a moça ficou triste.
Que susto!
Parabéns!
Que prova fácil!
Vá estudar. (afirmativa)
Não me ouse desafiar. (negativa)
Deus te guie.
ORAÇÃO
A frase verbal pode ser classificada também como oração desde que o
enunciado contenha um verbo ou locução verbal e o seu
sentido seja completo. Veja os exemplos:
Dessa forma, nem toda frase é oração, mas toda oração é uma
frase. E, dentro de uma frase, a quantidade de orações será
determinada pelo número de verbos ou locuções verbais.
Atenção!
62456350391
Exemplos:
62456350391
PERÍODO
Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu e Dona Chica admirou-se do
berro que o gato deu. (período composto por quatro orações = quatro
verbos)
Exemplo: 62456350391
Exemplo:
Atenção!
Exemplo:
OBSERVAÇÃO:
DISCURSO
OBSERVAÇÃO:
62456350391
SUJEITO
Núcleo
Classificação do sujeito
Exemplos:
Participaram da reunião todos os condôminos. (sujeito simples = ”todos os
condôminos” – núcleo = ”condôminos”)
Ninguém me procurou. (sujeito simples = ”Ninguém” – núcleo = ”Ninguém”)
Participaram da reunião Pedro e Paulo. (sujeito composto = ”Pedro e Paulo”
– núcleos = ”Pedro” e “Paulo”)
Exemplos:
Exemplos:
OBSERVAÇÃO:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Choveram palavrões na reunião. (sujeito simples = ”palavrões”)
Joana amanhece radiante. (sujeito simples = ”Joana”)
Exemplos:
Deve chover amanhã.
Vai fazer um ano que ele se casou.
Exemplos:
Exemplos:
Sujeito agente é aquele que pratica a ação verbal. Por sua vez, o
sujeito paciente sofre a ação verbal. E, assim, o sujeito que pratica
e recebe a ação, ao mesmo tempo, é denominado sujeito agente e
paciente. Vale nós lembrarmos, aqui, da voz ativa, da passiva e da
reflexiva. Caso você esteja inseguro, estude o assunto “vozes
verbais”.
Exemplos:
PREDICADO
Predicativo
Predicativo do sujeito
Exemplos:
Exemplos:
Predicativo do objeto
Assim, “Pedro achou que seus cabelos são (verbo de ligação implícito)
bonitos.”
Exemplos:
Núcleo
Predicado Nominal
Exemplos:
Exemplos:
Predicado verbal
Exemplos:
Predicado verbo-nominal
Exemplos: 62456350391
Verbos intransitivos
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
José viveu uma vida tranquila. (objeto direto interno = ”uma vida
tranquila”)
Paulo cantou uma canção linda. (objeto direto interno = ”uma canção
linda”)
Exemplos:
Verbos transitivos
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
aos turistas”)
O paciente apresentou ao médico os documentos pessoais. (objeto indireto
= ”ao médico” – objeto direto = ”os documentos pessoais” – predicado
verbal = ”apresentou ao médico os documentos pessoais”).
Exemplo:
João avisou Ana sobre a festa. (objeto direto = ”Ana” – objeto indireto =
”sobre a festa” – predicado verbal = ”avisou Ana sobre a festa”)
João avisou à Ana a festa. (objeto direto = ”a festa” – objeto indireto = ”à
Ana” – predicado verbal = ”avisou à Ana a festa”)
Exemplos:
Verbos de ligação
Exemplo:
OBSERVAÇÃO 1:
OBSERVAÇÃO 2:
OBSERVAÇÃO 3:
Exemplo:
São os seguintes:
- Complemento Nominal;
- Agente da Passiva.
AGENTE DA PASSIVA
Perceba que a frase acima foi convertida da voz ativa para a voz
passiva analítica. Nessa transformação, o sujeito da voz ativa tornou-
se o agente da passiva.
62456350391
Observe:
Perceba que não se pode converter a frase acima para a voz passiva,
62456350391
Por fim, para encerramos o estudo do agente da passiva (e, com ele,
o estudo dos termos integrantes da oração), cabe atentarmos para a
existência do AGENTE DA PASSIVA INDETERMINADO. Ocorre
quando o agente da passiva não está expresso na frase.
ORAÇÕES SUBORDINADAS
QUE
QUEM
ONDE
O QUAL (e variações)
É o pronome que pode ser usado para substituir o “que” e que deve
ser obrigatoriamente usado nas seguintes situações:
62456350391
CUJO (e variações)
QUANDO
QUANTO (e variações)
CORRELAÇÃO
Exemplos:
CONTAGEM DE ORAÇÕES
É necessário (1)
que as pessoas concluam (2)
que o exercício físico é uma questão de saúde (3)
(que) a alimentação balanceada é extremamente importante (4)
e (que) o sono tranquilo é fundamental (5)
Ana prometeu a João que se casaria com ele logo que se formasse e que
começasse a trabalhar.
Exemplos:
Atenção!
Exemplo:
OBSERVAÇÃO:
Exemplos:
As flores mais bonitas (faço aqui um elogio) são aquelas que ganhei de
Márcio.
Abraços, Ludimila.