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NATAL | RN
2014
DAPHNE CHRISTINA LEÃO DE MORAES CERVEZÃO GODOY
NATAL | RN
2014
Catalogação da Publicação na Fonte. Universidade Federal do Rio Grande
do Norte / Biblioteca Setorial de Arquitetura.
RN/UF/BSE15 CDU
725.1:619
DAPHNE CHRISTINA LEÃO DE MORAES CERVEZÃO GODOY
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Professor: Fernando Costa
_________________________________________________
Professora: Luciana Medeiros
_________________________________________________
Convidado: Camila Furukava
Dedicatória
Dedico este trabalho a todos os meus amigos “animais não humanos”, pela
companhia silenciosa mas sempre presente, sem eles a inspiração para o seu
desenvolvimento jamais teria sido a mesma. Dessa forma, dedico-o também a todos
os animais que merecem reconhecimento das vidas ceifadas pelos olhos desatentos
dos animais humanos.
Agradeço em especial a minha mãe Liege Godoy que esteve ao meu lado durante
todo o percurso para me tornar arquiteta.
Resumo
VOLUME 1
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 7
2. METODOLOGIA....................................................................................................................... 9
3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 10
3.1 O Ser Humano e os Animais ......................................................................................... 10
3.2 Bem estar e sanidade animal ........................................................................................ 13
4. ESTUDOS DE REFERÊNCIA .............................................................................................. 15
4.1 Estudos Diretos ................................................................................................................ 15
4.1.1 Centro de Controle Zoonose (CCZ) – Natal/RN ................................................ 15
4.1.2 Hospital Veterinário e Pet Shop – Amigo Bicho .............................................. 17
4.1.3 Animal Shelter Amsterdam .................................................................................... 19
4.2 Estudos Indiretos ............................................................................................................. 22
4.2.1 Friends for Life - Don Sanders Adoption Center ............................................. 22
4.2.2 South Los Angeles Animal Service Center ....................................................... 25
4.3 Quadro Síntese das Referências.................................................................................. 29
5. CONDICIONANTES .............................................................................................................. 30
5.1 Localização e Entorno do Terreno............................................................................... 30
5.2 Condicionantes Físico-Ambientais ............................................................................. 33
5.3 Condicionantes Legais ................................................................................................... 37
5.3.1 Plano Diretor De Natal - Lei complementar nº 082 .......................................... 37
5.3.2 Código de Obras (2004) .......................................................................................... 38
5.3.3 Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndios e Pânico .................. 40
5.3.4 ABNT - NBR 9050 (2004) ......................................................................................... 41
5.3.5 ANVISA - RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004 ......................................... 46
5.3.6 CFMV - Resolução nº 1015, de 9 de novembro de 2012 ................................. 48
6. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA ............................................................................ 51
6.1 Programa De Necessidades e Pré-Dimensionamento ........................................... 51
6.2 Definição do Partido Arquitetônico ............................................................................. 53
6.3 Pré-Zoneamento e Evolução da Forma ...................................................................... 54
6.4 A Proposta Final ............................................................................................................... 58
7. MEMORIAL DESCRITIVO.................................................................................................... 60
7.1 Estrutura ................................................................................................................................. 60
7.2 Calculo da Caixa d’água ..................................................................................................... 60
7.3 Especificações de Materiais .............................................................................................. 60
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 63
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 64
ANEXO I
VOLUME 2
PRANCHA 04 - CORTES
PRANCHA 05 - ELEVAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
CONDICIONANTES
FISICO-AMBIENTAIS E LEGAIS
DESENVOLVIMENTO
DA PROPOSTA
3. REFERENCIAL TEÓRICO
No presente capítulo, será abordado, de forma cronológica, como ocorreu a relação
entre os seres humanos e os animais domésticos, tanto no âmbito social quanto
jurídico, as políticas públicas que existem ou estão sendo implantas no Brasil para o
controle de animais abandonados, questões práticas de controle da população animal
e por fim, uma breve exposição de informações a respeito do bem estar animal em
locais de confinamento.
Em relação aos direitos dos animais, na obra, Libertação Animal, o filósofo Peter
Singer introduz uma nova denominação para diferenciar humanos e animais. Passa a
chamar o primeiro de “animais humanos" e o segundo, de "animais não-humanos"
(SINGER, 2010). Nesse contexto Singer procura evidenciar as semelhanças entre
eles, afirmando que ambos são animais e que a igualdade reside nessa semelhança.
11
A luta contra o abandono animal pode ser considerada com um verdadeiro fato social
urbano, devido à constância e permanência dos problemas das cidades com os
animais de rua na história (SORDI, 2011).
Em algumas regiões do Brasil podemos citar grandes avanços nas Políticas Públicas
voltada para animais, como castrações e vacinações gratuitas, colocação de chips
para identificação além da organização de eventos em prol dos animais.
Como bons exemplos disso, podemos citar a cidade de São Paulo, que em 2009, criou
o Programa Proteção e Bem Estar de Cães e Gatos (PROBEM) e tem como finalidade
13
Porto Alegre pode ser considerado como um dos municípios que mais avançou em
implementar políticas públicas voltadas a defesa do animal. Em 2011, com a criação
da Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA), passou a executar políticas
públicas voltadas proteção e bem-estar animal, como ações voltadas a
conscientização da população, além de promover fiscalização a ONGs e a sociedade.
Outro serviço oferecido é por meio de uma unidade móvel responsável em buscar
animais em áreas de maior vulnerabilidade, para efetuar a castração e a colocação
de microchips nos animais (SEDA, 2011).
O bem estar animal é uma temática que surgiu devido a questionamentos ao sistema
industrializado de produção animal em relação às condições de vida e saúde dos
animais (PORCHER, 2004).
Segundo Fraser (2004 apud IMPROTA, 2007, p. 33) a sociedade tem se norteado
sobre três perspectivas ao estabelecer o que é importante para o bem estar animal,
14
Uma das formas de verificar o bem estar animal é através da relação do indivíduo ao
tentar se adaptar ao ambiente. Essas tentativas de adaptação podem ser às vezes
alcançadas rapidamente sem muito esforço ou gastos de energia, neste caso o bem
estar animal é satisfatório, contudo quando este ambiente necessita de muito esforço
para esta adaptação a qualidade do bem estar é baixa (BROMM, 1986).
4. ESTUDOS DE REFERÊNCIA
O CCZ de Natal fica localizado na Zona Norte, no Conjunto Santa Catarina. A parte
destinada a animais possui um terreno de 7569 m² foi fundado em 1983 e é
subordinado a secretária Municipal de Saúde (SMS). Com aproximadamente 700
funcionários e 7 veterinários englobando todos os setores, a administração possui
apenas 380 m² e divide seu pouco espaço com a área para descanso dos funcionários,
inapropriada para este fim (Figura 2). Segundo a administração, a maior reclamação
é a inexistência de um espaço grande o suficiente para reuniões, sendo necessário
fazer estas separadamente.
O setor visitado destinado aos animais foi o do programa de raiva, que possui área de
500 m² e compreende sala de vacinação, sala de investigação, sala de medicamentos
com geladeira para vacinas, banheiros, canis coletivos (Figura 3), canis individuais,
área para eutanásia e câmara de refrigeração para resíduos de tecidos e animais
16
mortos (Figura 4), entretanto, segundo o veterinário que acompanhou a visita este
nunca chegou a funcionar.
O destino do lixo hospitalar e restos de tecidos e animais mortos é feito por uma
empresa contratada de São Gonçalo, sendo no caso, depositado em outra cidade.
O destino do lixo hospitalar e restos de tecidos e animais mortos é feito por uma
empresa contratada.
Embora a edificação tenha pouco área útil, é possível abrigar grande parte do
programa de necessidades, com exceção de alguns ambientes que se tornam
obrigatórios em 2015 e que poderá acarretar grandes modificações internas para
comtemplar todas as obrigatoriedades.
O “modelo de pente” utilizado pelos arquitetos é usual para edifícios dessa tipologia e
consiste de um corredor de serviço que serve uma série de canis colocados
perpendicularmente (Figura 12). Unindo o corredor de serviço com os canis cria-se
uma “fita edificada” e que margeia todo o terreno, produzindo dois grandes espaços
de lazer para os animais dentro dela (Figura 13).
APOIO TÉCNICO
CANIL
CENTRO VETERINÁRIO/
ADMINISTRAÇÃO E SUSTENTAÇÃO
CANIL NO TÉRREO E
GATIL NO 1º PAVIMENTO
Fonte: Archdaily1
1
Disponível em: < http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten/>.
Acesso em set. 2014.
21
As faces do edifício estão voltadas para dentro a fim de reduzir os níveis de ruído
excessivos de latidos para os vizinhos. Na parte mais alta encontra-se o alojamento
para os gatos logo acima dos canis (Figura 14 e 15), servindo também com um
isolamento extra do som para a área exterior.
Fonte: Archdaily2.
2
Disponível em: < http://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten/>.
Acesso em set. 2014.
22
3
Disponível em: < http://www.moderncat.net/wp-content/uploads/2012/07/FriendsForLife8.jpg>. Acesso em set.
2014.
23
O piso térreo é dedicado aos animais e inclui espaço para utilitários, armazenamento,
salas de exame e recepção. O mezanino do piso superior fornece um espaço de
escritório para a equipe e voluntários do abrigo (Figura 17).
Para os gatos, foram projetados uma espaçosa sala de atividades sem gaiolas, com
pé direito de 5,8 m, fornecendo muito espaço para brincar e perambular com conforto
e luz solar (Figura 18). Cada sala está equipada com mobiliários integrados que
permitem aos gatos subirem nas prateleiras com conforto e um sistema de parede
com ripas que possibilita a colocação e rearranjo de prateleiras e poleiros conforme o
necessário. Separadamente ao dos gatos adultos, foram dedicados também espaços
para gatos idosos, filhotes com leucemia, e filhotes.
4
Disponível em: <http://issuu.com/taartdir/docs/ta13_11.12_web/106#>. Acesso em set. 2014.
24
Já na área voltada para os cachorros, além dos canis, foi criado um espaço de sala
de estar (Figura 19), possuindo um ambiente acolhedor, inclui sofás, cadeiras, tapetes
e janelas panorâmicas. Neste local, potenciais adotantes têm a oportunidade de
conhecer os nossos cães em um ambiente como a sua própria casa e os cães são
capazes de aprender como se comportar em um ambiente doméstico.
5
Disponível em: < http://www.moderncat.net/2012/07/14/more-green-shelter-design-friends-for-life-in-houston-
opens-leed-certified-no-kill-animal-shelter/>. Acesso em set. 2014.
66
Disponível em: < http://www.adoptfriends4life.org/images/uploads/>. Acesso em set. 2014.
25
Para desenvolver o projeto do South Los Angeles Animal Service Center (Figura 20),
o escritório de arquitetura RA-DA tinha como objetivo final criar um ambiente
acolhedor aos visitantes possibilitando também o envolvimento da comunidade de
uma forma positiva.
Fonte:Archdaily7. Fonte:Archdaily⁷.
7
Disponível em: http://www.archdaily.com/?p=407296. Acesso em set 2014.
26
Fonte: Archdaily⁷.
O volume do edifício possui 2230 m² e é dividido em duas partes (Figura 22), criando
uma galeria central que conecta o estacionamento público com a área do canil ao ar
livre (Figura 23). Essa conexão permite que os visitantes ao passearem por ela vejam
diversos animais considerados menos difíceis de adotar “expostos” por janelas em
seus abrigos. Esse arranjo procura aumentar as possibilidades de adoção para estes
animais, enquanto que os filhotes que são geralmente mais fáceis de serem adotados
ficam aos fundos.
27
Fonte:Archdaily⁷.
A área dos canis (Figura 24) que fica na parte externa, possui 3250m². Os canis são
orientados de uma forma que minimiza o número de canis voltados uns para os outros,
num esforço para reduzir os níveis de ruído e desencorajar latidos. Os canis possuem
muita arborização, assim como o entorno do terreno. Estes esforços de mitigação de
ruído em combinação com paisagismo e áreas de descanso, incentiva os visitantes a
ficarem mais tempo no jardim do canil. O ambiente mais calmo melhora a interação
entre os visitantes e os animais e ajuda a promover a adoção.
28
Fonte: Archdaily⁷.
Este edifício busca a certificação LEED, e para isso adotou medidas para regular a
iluminação e controle de temperatura. Foram utilizados no interior e exterior do edifício
materiais reciclados ou regionalmente acessíveis, painéis solares no telhado, entradas
de luz natural em todos os lugares ocupadas por pessoas ou animais e todo o
paisagismo foi pensado para necessitar de pouca manutenção e baixo consumo de
água.
29
5. CONDICIONANTES
O terreno escolhido é uma quadra junto à divisa entre dois bairros da Região
Administrativa Sul de Natal, localizado entre as vias, Historiador Francisco Fausto de
Souza, Maria Lamas Farache e Ilo Fernandes Costa em Capim Macio e Avenida Praia
de Genipabu em Ponta Negra, conforme indicado na figura a seguir (Figura 26).
O gabarito das edificações (Figura 27) no entorno do terreno é em sua maioria está
entre um ou dois pavimentos, entretanto no entorno imediato pode-se observar a
presença de edificações de três e quatro pavimentos. Isso foi levado em conta no
posicionamento dos canis, já que estes poderiam produzir mais ruídos para
edificações com maior gabarito.
31
Outro fator que influenciou a escolha foi a facilidade de acesso. Situado entre duas
vias coletoras II (Figura 29), o terreno é muito visível, além de possuir fácil acesso
também ao transporte público. Outro fator potencializador do local é a proximidade
com o Praia Shopping, situado no início da Av. Praia de Genipabu, serve como ponto
de referência e atração ao Centro Veterinário.
33
A quadra do terreno escolhido apresenta 4596 m² de área (Figura 30), que permite
além do edifício proposto, a possibilidade de ampliações e a criação de uma praça
para animais onde fosse possível o desenvolvimento de eventos como feira de
adoções.
34
Em relação a topografia, o terreno escolhido possui pouco desnível, sendo este menor
que um metro (Figura 32).
A cidade de Natal por ser uma cidade litorânea localizada próxima à linha do Equador,
possui um clima tropical quente e úmido, com uma temperatura média anual de 26,2°
C e taxas de radiação solar muito elevadas, o que aumenta a necessidade de
36
Outro aspecto importante a ser levado em conta é a direção predominante dos ventos,
que é na direção sudeste, podendo haver variações entre sul e leste, como pode ser
observado na Figura 33. Dessa forma sombreamento e a ventilação natural são as
principais estratégias que podem ser utilizadas para resolver questões de conforto
ambiental no clima quente e úmido de Natal.
VENTOS
DOMINANTES
Ainda segundo o Plano Diretor, a taxa de impermeabilização dos terrenos exigida nos
terrenos do município de Natal não pode exceder 80 %, tal índice é obtido por meio
da divisão entre a área impermeável (que não permite absorção de água pluvial) e a
área total do lote. Já a taxa de ocupação máxima permitida, ou seja, o índice que se
obtém através da divisão entre a área correspondente à projeção horizontal da
construção e a área total do lote ou gleba (sem considerar a projeções de beirais e
marquises), não deve ultrapassar 80 % no subsolo, térreo e 2º pavimento; acima do
2º pavimento, a taxa de ocupação será em função da área resultante da aplicação dos
recuos previstos pelo Plano Diretor. Os recuos exigidos para Zonas não Adensáveis,
aplicáveis ao terreno escolhido, estão expostos da tabela a seguir:
38
Dessa forma para o terreno de 3886m² podemos considerar que a área máxima
construída poderá ser até de 4663,2m².
É necessário toda a calçada possuir faixa de, no mínimo, 1,20 metros de largura para
pedestres, com piso contínuo e regular. Em vias coletoras e locais é permitida, junto
ao meio-fio, a execução de faixa gramada nas calçadas, desde que a largura da faixa
pavimentada não seja inferior a 1,20 metros. A calçada pode conter arborização,
observadas as orientações do órgão competente do Município. Toda edificação deve
ser projetada em conformidade com a orientação dos pontos cardeais de modo a
atender, sempre que possível, aos critérios mais favoráveis de ventilação, insolação
e iluminação. Todos os logradouros públicos e edificações públicas ou privadas de
uso coletivo devem garantir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras
de deficiências ou com mobilidade reduzida, de acordo com as normas da ABNT. O
Código afirma que são dispensados de iluminação e ventilação direta e natural os
ambientes que se destinam a: corredores e halls de área inferior a cinco metros
quadrados (5,00 m), compartimentos que pela sua utilização justifiquem a ausência
dos mesmos, conforme legislação, própria, mas que disponham de iluminação e
ventilação artificiais; depósitos de utensílios e despensa. E também não são
considerados ventilados ou iluminados os compartimentos cuja profundidade, a partir
do local de onde provem a iluminação, seja superior a três (3) vezes o seu pé direito.
8
Exigências para clínicas em vias coletores conforme Anexo 1 do código de obras de Natal (2004).
40
Em caso de edificações com altura inferior a seis metros e área construída inferior a
750 m², há a exigência de:
• Sinalização;
• Escada convencional.
No caso de edificações com altura inferior a seis metros e com área construída
superior a 750 m², a exigência é de:
• Sinalização;
• Escada convencional;
41
Deve ser garantido o posicionamento frontal ou lateral da área definida pelo M.R. em
relação ao objeto, avançando sob este entre 0,25 m e 0,55 m, em função da atividade
a ser desenvolvida.
A sinalização tátil no piso pode ser do tipo de alerta ou direcional. Ambas devem ter
cor contrastante com a do piso adjacente.
Em que:
i e a inclinação, em porcentagem;
h e a altura do desnível;
Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos
patamares, a cada 50 m de percurso. Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis
devem estar associados a rampa ou ao equipamento de transporte vertical.
A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas,
conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima recomendável para escadas fixas em
rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m.
Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das
escadas fixas e das rampas. Devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas
vivas, e com espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão.
• 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m e 1,50 m
para corredores com extensão superior a 10,00 m;
As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura
mínima de 2,10 m.
Calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres devem incorporar faixa livre com
largura mínima recomendável de 1,50 m, sendo a mínimo admissível de 1,20 m e
altura livre mínima de 2,10 m. As calcadas devem ser rebaixadas junto às travessias
de pedestres sinalizadas com ou sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que
houver foco de pedestres.
Os boxes para bacia sanitária devem garantir as áreas para transferência diagonal,
lateral e perpendicular, bem como área de manobra para rotação de 180º, conforme
Figura 39.
46
15.3- O abrigo referido no item 15.2 deste Regulamento deve ter porta provida
de tela de proteção contra roedores e vetores, de largura compatível com as
dimensões dos recipientes de coleta externa, pontos de iluminação e de
água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas
direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo sifonado com
tampa que permita a sua vedação.
47
• Ter localização tal que não abra diretamente para área de permanência de
pessoas e, circulação de público, dando-se preferência a locais de fácil
acesso à coleta externa e próxima a áreas de guarda de material de limpeza
ou expurgo.
48
I - setor de atendimento:
a) sala de recepção;
b) consultório;
e) sala cirúrgica:
mecânicos;
5. foco cirúrgico;
7. aspirador cirúrgico;
8. mesa auxiliar;
IV - setor de sustentação:
a) lavanderia;
b) depósito/almoxarifado;
6. DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA
DESCANÇO E
ALIMENTAÇÃO DOS
FUNCIONÁRIOS
1 1 30m² 27,20m²
BWC PARA
FUNCIONÁRIOS 2 2 12m² 13,25m²
INTERNAÇÃO 2 2 12m² 18,11m²
ISOLAMENTO 2 3 5m² 11,9m²
GATIS INDIVIDUAIS 20 18 2m² 2,3m²
CANIS INDIVIDUAIS
10 10 4m² 3,6m²
GATIS COLETIVOS 2 2 20m² 20,18²
ABRIGO
SALA DE PALESTRAS
1 1 40m² 24,41m²
SALA DE ADOÇÃO/
ENCONTRO 1 1 15m² 9,83m²
BWC PÚBLICO 2 2 13m² 11,90m²
DIRETORIA 1 1 15m² 15,86m²
WC DIRETORIA 1 1 4m² 3,71m²
ADMINISTRAÇÃO
WC FUNCIONÁRIOS
2 2 4m² 3,71m²
Pensando nas possibilidades para atrair pessoas ao local, a edificação deverá ter
elementos marcantes que a destaquem no entorno além de espaços que permitam
feiras de adoção.
Figura 40 - Funcionograma.
Desde o início definiu-se que a entrada para a edificação seria pela Av. Praia de
Genipabu e que antes do acesso da edificação teria um espaço que permitisse
eventos como feiras de adoção e vacinação. Aos fundos do terreno, devido a
existência de vegetações de médio e grande porte optou-se por destinar a área para
a recreação de cachorros, equipando o espaço com mobiliários voltados ao uso deles.
Este mesmo espaço posteriormente poderia ser utilizado ainda para uma possível
ampliação. Dessa forma a implantação da edificação seria mais centralizada,
permitindo a expansão da edificação para os fundos e reservando o espaço na frente
do terreno para as feiras de adoção(Figura 43).
56
de adoção
Para a elaboração da proposta, foi considerado que o centro funcionaria apenas para
o controle populacional, dessa forma os consultórios servem apenas para a consulta
inicial antes da castração, para vacinação ou para consultas de animais dentro dos
abrigos, não exercendo consultas para animais externos. A proposta é que o Centro
seja um local que promova campanhas de castração gratuitas para animais
domiciliados afim de diminuir o número de crias indesejáveis.
O resultado foi um projeto que o principal foco está no controle da população animal
e por isso possui uma grande sala de cirurgias para castração, onde pode ser feitas
até três cirurgias simultâneas. A ideia de fazer uma única sala, em vez de separa-las
foi decidida durante a visita ao Hospital Amigo Bicho, o veterinário responsável que
acompanhou a visita sugeriu essa configuração que se assemelha as utilizadas em
faculdades de veterinária.
60
7. MEMORIAL DESCRITIVO
7.1 Estrutura
Para o cálculo da caixa d’água foi considerado o centro com a capacidade máxima de
alojamento e internação para os animais.
Para o reservatório superior será destinado 2/5 = 7700+ reserva de incêndio = 11550
SALA DE PALESTRAS
GRANILITE EPÓXI FORRO EM GESSO
SALA DE ADOÇÃO/
ENCONTRO GRANILITE EPÓXI X
BWC PÚBLICO CERÂMICA CERÂMICA FORRO EM GESSO
DIRETORIA GRANILITE EPÓXI FORRO EM GESSO
WC DIRETORIA GRANILITE EPÓXI FORRO EM GESSO
ADMINISTRAÇÃO
As janelas serão de alumínio na cor preta assim como as portas externas. As portas
internas serão de compensado revestidas com fórmica. O piso da área externa será
de intertravados e nas paredes externas será utilizado pintura acrílica e revestimento
texturizado.
63
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensou-se neste TFG como forma de trabalhar em uma área de grande interesse
pessoal e com um tema pouco usual mas que possui grande potencial futuro para
desenvolvimento no meio profissional.
Para este projeto, foi de imensa importância os estudos de referência realizados que
proporcionaram o conhecimento da tipologia abordada e embasaram a definição do
programa de necessidades e a adoção de diversas soluções projetuais para enfatizar
a adoção de animais. Estes estudos permitiram uma nova visão das ações possíveis
para o controle populacional com ênfase ao bem-estar animal.
Por fim, ressalta-se a que é com muita satisfação que chego a esta etapa final do
curso, além da oportunidade de realizar este trabalho, que concentra muitos de meus
interesses e preocupações.
64
REFERÊNCIAS
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caninas. Disnponível em: < http://antropologias.descentro.org/seminarioppgas/files/2011/10/
ANTUNES_guilherme_trabalhocompletoDEFINITIVO.pdf >. Acessado em: 29 abril 2013.
ARONS EN GELAUFF. 5 star shelter, 2013. Disponivel em: <http://aronsengelauff.nl/other/5-star-
shelter>. Acesso em: 5 setembro 2014.
BENTHAM, J. Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação. 3ª. ed. São Paulo: Abril
Cultural, 1984.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil 1988, Brasília, 2012.
Disponivel em:
<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1366/constituicao_federal_35ed.pdf?seq
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BRASIL. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Diretrizes para projetos físicos de unidades de controle de
zoonoses e fatores biológicos de risco. – Brasília:Funasa, 2003.
BROMM, D. M. (1986, Novembro) Indicators of poor welfare. British Veterinary Journal,v142 ,pp.524-
526. Disponivel em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0007193586901090>. Acesso
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CHIEPPA, F. Interrelazione uomo animali: le origini della Pet Therapy. Verdiardesia, 2002. Disponivel
em: <http://www.verdiardesia.com/redazionale_origini_pet_therapy.asp>. Acesso em: 25 agosto
2014.
DOMINGUES, Lídice Rodrigues. Posse Responsável De Cães E Gatos Na Área Urbana Do Município
De Pelotas, Rs, Brasil . Disponível em: <http://www.epidemio-
ufpel.org.br/uploads/teses/DISSERT%20Lidice.pdf>. Acessado em: 22 abril 2013
DOTTI, J. Terapia e Animais. São Paulo: Livrus, 2014.
NATAL. Lei nº 5.601, de 29 de dezembro de 2004. Diário Oficial do Município, 2004. Disponivel em:
<http://www.meioambiente.ufrn.br/wp-content/themes/pma/leis-procz/Mun_5.601_2004.pdf>.
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NATAL. Feira de Adoção de Animais superou expectativas. Prefeitura Municipal do Natal, 2011.
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NATAL. Lei nº. 6.235, de 28 de abril de 2011. Prefeitura Municipal do Natal, 2011. Disponivel em:
<http://portal.natal.rn.gov.br/_anexos/publicacao/legislacao/LeiOrdinaria__6235_.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2014.
NATAL. Lei nº. 6.320 ,de 01 de dezembro de 2011. Prefeitura Municipal do Natal, 2011. Disponivel
em:
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