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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como principal integrar as atividades acadêmico-


científico às competências necessárias aos objetivos gerais dos conteúdos
programáticos, fazendo uma integração entre a matéria Teoria psicanalítica,
definindo os conceitos da Psicanálise segundo o dicionário de Roudinesco e o
vocabulário de Laplanche com o filme Clube de compras Dallas.
Estabelecer uma única conceituação sobre algum termo é algo delicado, visto a
coexistirem conceitos por vezes inconciliáveis. Alguns conceitos descrevem as
classes de eventos que configuram sua natureza ou essência, apontam-lhes tanto
suas causas e variações. Sendo assim, importantes distinções existem acerca dos
conceitos e, por isso, mais do que o conceito a importância de sua compreensão.
DEFINIÇÕES
Estado Hipnóide: Expressão introduzida por J. Breuer: estado de consciência
análogo ao criado pela hipnose; este estado é tal que os conteúdos de consciência
que nele aparecem entram pouco ou nada em ligação associativa com o restante da
vida mental; teria como efeito a formação de grupos de associações separados.

O estado de Hipnóide e um certo vazio na consciência que corresponde ao


primeiro estimulo que chegar na consciência, e eles tem duas condições: um estado
de devaneio e o aparecimento de um afeto. Em alguns dos casos o estado de
devaneio ou a emoção viva que paralisa o curso das associações, são a causa do
estado de hipnóide.

Histeria: Classe de neuroses que apresentam quadros clínicos muito variados. As


duas formas sintomáticas mais bem identificadas são a histeria de conversão, em
que o conflito psíquico vem simbolizar se nos sintomas corporais mais diversos,
paroxísticos (exemplo: crise emocional com teatralidade) ou mais duradouros
(exemplo: anestesias, paralisias histéricas, sensação de “bola” faríngica, etc.), e a
histeria de angústia, em que a angústia é fixada de modo mais ou menos estável
neste ou naquele objeto exterior (fobias).

Foi na medida em que Freud descobriu no caso da histeria de conversão traços


etiopatogênicos importantes, que a psicanálise pôde referir a uma mesma estrutura
histérica quadros clínicos variados que se traduzem na organização da
personalidade e no modo de existência, mesmo na ausência de sintomas fóbicos e
de conversões patentes.

Pretende se encontrar a especificidade da histeria na predominância de certo


tipo de identificação e de certos mecanismos ( particularmente o recalque, muitas
vezes manifesto), e no aflorar do conflito edipiano que se desenrola principalmente
nos registros libidinais fálico e oral .

A histeria pertence a uma classe de neuroses da sua própria mente que são
ligadas a algum medo, trauma, fobia, ou alguma crise emocional muito forte que
você teve, e ela requer todo um cuidado especifico, para distinguir com qual tipo de
histeria você vai lidar.
Repressão: Em sentido amplo: operação psíquica que tende a fazer desaparecer da
consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno: idéia, afeto, etc. Neste
sentido, o recalque seria uma modalidade especial de repressão.

Em sentido mais restrito: designa certas operações do sentido A diferentes do


recalque: Ou pelo caráter consciente da operação e pelo fato de o conteúdo
reprimido se tornar simplesmente pré consciente e não inconsciente; ou, no caso da
repressão de um afeto, porque este não é transposto para o inconsciente mas
inibido, ou mesmo suprimido.

Em certos textos franceses [e brasileiros] traduzidos do inglês, equivalente


errado de verdrangung(recalque).

A repressão e um mecanismo de defesa, que consegue pegar informações do


seu consciente e simplesmente passar para seu inconsciente sem você perceber,
como por exemplo: Um sonho que você teve certo dia e assim que acorda vira para
o lado e vai contar para a pessoa que esta ao seu lado e em fração de milésimos
você esquece o sonho, por que houve uma repressão com a informação que você
tinha sobre seu sonho.

Método Catártico: Método de psicoterapia em que o efeito terapêutico visado é


uma “purgação”, uma descarga adequada dos afetos patogênicos. O tratamento
permite ao sujeito evocar e até reviver os acontecimentos traumáticos a que esses
afetos estão ligados, e abreagi los.

Historicamente o “método catártico” pertence ao período (1880 – 1895) em que


a terapia psicanalítica se defina progressivamente a partir de tratamentos efetuados
sob hipnose.

Muitos ainda confundem o método catártico com a hipnose, porque no começo


que o método catártico começa a ser utilizado por Freud ele era muito ligado ao
hipnotismo, e passou a ser um instrumento a ser utilizado na psicoterapia para as
pessoas conseguirem desencadear seus sentimentos que estava recalcados e
estavam desencadeando doenças.

Conversão: Mecanismo de formação de sintomas que opera na histeria e mais


especificamente na histeria de conversão.
Consiste numa transposição de um conflito psíquico e numa tentativa de
resolvê lo em termos de sintomas somáticos, motores (paralisias, por exemplo) ou
sensitivos (anestesia ou dores localizadas, por exemplo).

O termo “conversão” é, para Freud, correlativo de uma concepção econômica;


a libido desligada da representação recalcada é transformada em energia de
inervação. Mas o que especifica os sintomas de conversão e a sua significação
simbólica: eles exprimem, pelo corpo, representações recalcadas.

O termo conversão e muito usado na psicopatologia, por ser o nome dado a


função que ocorre quando um sentimento recalcado que você tem aparece através
do seu corpo.

Transferência: Designa em psicanálise o processo pelo qual os desejos


inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo
de relação estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da relação analítica.

Trata se aqui de uma repetição de protótipos infantis vivida com um sentimento


de atualidade acentuada.

É à transferência no tratamento que os psicanalistas chamam maior parte das


vezes transferência, sem qualquer outro qualificativo.

A transferência é classicamente reconhecida como o terreno em que se dá a


problemática de um tratamento psicanalítico, pois são a sua instalação, as suas
modalidades, a sua interpretação e a sua resolução que caracterizam este.

O termo “transferência” não pertence somente ao vocabulário psicanalítico,


possui um sentido geral, próximo do de transporte, que significa mais um
deslocamento de valores, de direito, de entidades, mais do que um deslocamento
material de objetos.

Resistência: Chama se resistência a tudo o que nos atos e palavras do analisando,


durante o tratamento psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao seu inconsciente.
Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise para designar uma atitude de
oposição às suas descobertas na medida em que elas revelavam os desejos
inconscientes e infligiam ao homem um “vexame psicológico”.
Todo mecanismo de defesa que seu consciente usa para não deixar com que o
analista chegue ao seu inconsciente com facilidade, e que não consiga tratar as
informações que estão recalcadas no seu inconsciente.

Auto Erotismo: Em sentido amplo, característica de um comportamento sexual em


que o sujeito obtém a satisfação recorrendo unicamente ao seu próprio corpo, sem
objeto exterior: neste sentido, a masturbação é considerada como comportamento
auto erótico.

De um modo mais especifico, característica de um comportamento sexual


infantil precoce pela qual uma pulsão parcial, ligada ao funcionamento de um órgão
ou á excitação de uma zona erógena, encontra a sua satisfação no local, isto é:

1. Sem recorrer a um objeto exterior;


2. Sem referencia a uma imagem do corpo unificada, a um primeiro esboço do
ego, tal como ele caracteriza o narcisismo.

Perversão: Desvio em relação ao ato sexual “normal”, definido este como coito que
vista a obtenção do orgasmo por penetração genital, com uma pessoa do sexo
oposto.
Diz se que existe perversão quando o orgasmo é obtido com outros objetos
sexuais (homossexualidade, pedofilia, bestialidade, etc.), ou por outras zonas
corporais (coito anal, por exemplo) e quando o orgasmo é subordinado de forma
imperiosa a certas condições extrínsecas (fetichismo, travestismo, voyeurismo e
exibicionismo, sadomasoquismo); estas podem mesmo proporcionar, por si sós, o
prazer sexual.
De forma mais englobante, designa se por perversão o conjunto do
comportamento psicossexual que acompanha tais atipias na obtenção do prazer
sexual.
Perversão é um termo usado para designar desvios do instinto, como por
exemplo perversão na sexualidade que o prazer e obtido de outros modos, no uso
de objetos, a masturbação de si só se da como uma perversão, e também quando
obtido com outros tipos de penetrações. Na psicanálise ela e mais usado como um
termo para se tratar de sexualidade.
Pulsão: Processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética,
fator de motricidade) que faz o organismo tender para um objetivo. Segundo Freud,
uma pulsão tem a sua fonte numa excitação corporal (estado de tensão); o seu
objetivo ou meta é suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional; é no
objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir a sua meta.
E toda força, toda energia que seu corpo produz para chegar em um objetivo
se da o nome de pulsão, e também em alguns países pulsão também tem o nome
de instinto.

Latência: Período que vai do declínio da sexualidade infantil (aos cinco ou seis
anos) até o inicio da puberdade, e que marca uma pausa na evolução da
sexualidade. Observa se nele, deste ponto de vista, uma diminuição das atividades
sexuais, a dessexualização das relações de objeto e dos sentimentos (e,
especialmente, a predominância da ternura sobre os desejos sexuais), o
aparecimento de sentimentos como o pudor ou a repugnância e de aspirações
morais e estéticas. Segundo a teoria psicanalítica, o período de latência tem origem
no declínio do complexo de Édipo; corresponde a uma intensificação do recalque –
que tem como efeito uma amnésia que cobre os primeiros anos -, a uma
transformação dos investimentos de objetos em identificações com os pais e a um
desenvolvimento das sublimações.
E uma fase que todos passam, no qual ocorre transformações no seu corpo e
também mudança de alguns pensamento e instintos e seu corpo começa a
demonstrar outros significado para algumas representações que você já tinha sobre
alguns conceitos.

ID: Uma das três instâncias diferenciadas por Freud na sua segunda teoria do
aparelho psíquico. O id constitui o pólo pulsional da personalidade. Os seus
conteúdos, expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado
hereditários e inatos e, por outro, recalcados e adquiridos.
Do ponto de vista econômico, o id é, para Freud, o reservatório inicial da
energia psíquica; do ponto de vista dinâmico, entra em conflito com o ego e o
superego que, do ponto de vista genético, são as suas diferenciações.
O id se localiza no seu inconsciente e seria uma força no qual ele não respeita
conceitos que existe no seu consciente e age involuntariamente sem você ter algum
tipo de controle sobre tal.

Ego: A teoria psicanalítica procura explicar a gênese do ego em dois registros


relativamente heterogêneos, quer vendo nele um aparelho adaptativo, diferenciado a
partir do id em contato com a realidade exterior, quer definido o como o produto de
identificações que levam à formação no seio da pessoa de um objeto de amor
investido pelo id.
Relativamente à primeira teoria do aparelho psíquico, o ego é mais vasto do
que o sistema pré- consciente – consciente, na medida em que as suas operações
defensivas são em grande parte inconscientes.
De um ponto de vista histórico, o conceito tópico do ego é o resultado de uma
noção constantemente presente em Freud desde as origens do seu pensamento.

O ego serve como um mediador entre o id e o superego, ele é o que equilibra


essas funções e também e chamado de o eu de cada um, ele e o defensor da sua
personalidade por que ele tem o dever de impedir com que os conteúdos
inconscientes passem para o campo da consciência e ele também e responsável
pela diferenciação que o individuo é capaz de realizar, entre seus próprios
processos interiores e a realidade que se lhe apresenta.

Superego: Uma das instâncias da personalidade tal como Freud a descreveu no


quadro da sua segunda teoria do aparelho psíquico: o seu papel é assimilável ao de
um juiz ou de um censor relativamente ao ego. Freud vê na consciência moral, na
auto observação, na formação de ideais, funções do superego.
Classicamente, o superego é definido como o herdeiro do complexo de Édipo;
constitui se por interiorização das exigências e das interdições parentais.
Certos psicanalistas recuam para mais cedo à formação do superego, vendo
esta instância em ação desde as fases pré edipianas (Melanie Klein) ou pelo menos
procurando comportamentos e mecanismos psicológicos muito precoces que seriam
precursores do superego (Glover, Spitz, por exemplo).
A formação do superego é correlativa do declínio do complexo de Édipo, como
a criança, renunciando à satisfação dos seus desejos edipianos marcados de
interdição, transforma o seu investimento nos pais em identificação com os pais,
interioriza a interdição. O superego seria uma força que controla o ideal do ego, que
surge principalmente como uma instância que encarna uma lei e proíbe a sua
transgressão.

Sugestão: Mencionada pelo médico James Braid a propósito da hipnose, depois


por Ambroise-Auguste Liébeault, a sugestão foi sobretudo definida e colocada no
centro do processo psicoterápico por Hippolyte Bernheim Em 1884, Bernheim
definiu-a como Citação: ato pelo qual uma idéia é introduzida no cérebro e por ele
aceita. Segundo Bernheim,Joseph Delbœuf, e os outros membros da Escola de
psicologia de Nancy, (também chamada Escola da sugestão), é a sugestão que
explica a hipnose, e não um fenômeno fisiológico qualquer.
Eles opuseram-se assim a Jean-Martin Charcot e Pierre Janet da Escola
da Salpêtrière Nesta polêmica opondo as duas escolas, Janet declarou em 1889 : ‘’
não estou disposto a acreditar que a sugestão possa explicar tudo e,
particularmente, que ela mesma possa se explicar’’.
Porém Janet e Bernheim estavam de acordo com a idéia segundo a qual a
sugestão não era obrigatoriamente ligada à hipnose. Janet escreveu no seu livro « O
Automatismo psicológico » que « a sugestão podia ser total fora do sonambulismo; e
talvez pudesse estar completamente ausente num estado de sonambulismo
completo.» Então, Bernheim deduziu em 1891 que a psicoterapia sugestiva atuava
tão bem , senão até mesmo melhor, sem hipnose. Encontramos uma idéia análoga
em Milton Erickson, para quem a hipnose podia muito bem ocorrer sem ritual
hipnótico.
DESEVOLVIMENTO
Clube de Compras Dallas é um longa sutil que merece créditos em especial
por conseguir transitar entre uma trama com aspectos políticos e sociais e ainda ser
um belo estudo de personagem, equilibrando-se numa abordagem sóbria e honesta
promovida pelo diretor canadense Jean-Marc Vallée e presenteado com uma
performance fascinante de Matthew McConaughey.
O roteiro de Craig Borten e Melisa Wallack conta a história real
do cowboy Ronald Woodproof (personagem de McConaughey), que descobriu ser
portador do vírus HIV, e aos poucos foi se engajando numa luta em que podemos
disser que seria uma pulsão, em busca do seu objetivo, a cura e para conseguir
tratamentos eficazes para sua condição. Percebendo os malefícios da droga que
tomava (AZT), Woodproof se dedicou aos medicamentos alternativos de um médico
sem licença, e logo depois começou a contrabandear esses medicamentos para os
EUA.
A direção discreta é eficaz principalmente por fugir de arroubos emocionais, O
que seria uma repressão, um mecanismo de defesa que o próprio psíquico cria.
Buscando registrar de maneira quase documental (a câmera na mão, a
fotografia granulada e a praticamente ausente trilha sonora) os eventos que busca
contar, conseguindo assim transitar com tranquilidade e até certa suavidade entre as
batalhas emocionais de Woodproof e todo o contexto envolvendo a comercialização
de drogas para tratamento da AIDS. Ainda é importante ressaltar como o diretor
nunca é mesquinho o suficiente para trabalhar a transformação psicológica de
Woodproof de maneira óbvia, e assim o processo emocional que passa durante a
projeção se dá de maneira lenta e gradual (sucesso também devido à
McConaughey, como comentarei logo em seguida), e mesmo no fim do filme
podemos ver traços da personalidade mais ignorante do protagonista, muito embora
este tenha sofrido uma enorme mudança e amadurecimento.
Falar de Woodproof é falar mesmo de Matthew McConaughey. Em uma etapa
excelente de sua carreira, McConaughey aqui demonstra uma disciplina e dedicação
até então desconhecida em sua carreira, ao passa por uma notável transformação
física, se tornando uma criatura raquítica que rivaliza com as metamorfoses que
Christian Bale tanto gosta de fazer. Mais impressionante, no entanto, é observar a
transformação emocional de Woodproof, algo que o ator não apenas explora com
entrega como ainda demonstra inteligência e coragem ao investir numa performance
que em momento algum ameaça suavizar o protagonista, este trecho relata então o
trabalho do super ego. Pois Woodproof não é uma figura de toda agradável, e no
início da obra o sentimento que mais desperta é o de puro nojo, devido às suas
atitudes racistas, homofóbicas, sexistas e estupidamente arrogantes, o trecho acima
é uma característica comum de resistência .
O descobrimento de sua condição é o estopim para Woodproof mudar, já que,
como a AIDS naquela época era algo visto pela população como uma doença
exclusiva para homossexuais, o protagonista logo é rechaçado pelo seu grupo de
amigos, tão homofóbicos quanto ele mesmo. E é num longo processo em que ele vai
percebendo que, gostando ou não, ele mesmo passa a ter muito mais a ver com o
travesti Rayon (Jared Leto) do que com seus antigos camaradas, e um claro sinal de
amadurecimento fica evidente quando se indigna com o desrespeito demonstrado
pelo seu amigo policial (Steve Zahn) frente à Rayon. A metamorfose que Woodproof
vive se dá num nível extremamente profundo, e isso fica bem evidente pelo fato de,
se continua fazendo piadas homofóbicas, ele passa a demonstrar carinho e cuidado
por Rayon, e em certo momento demonstra uma profunda emoção pelo amigo,
quando, em um determinado abraço, enche seus olhos de lágrimas. A performance
de McConaughey, aliás, está repleta de nuances como esta, e é notável o quanto
nos tornamos íntimos de sua figura, e assim compreendemos as complexas e
resignadas emoções que surgem no terceiro ato.
O longa ainda é beneficiado pelo belo trabalho de Jared Leto como Rayon,
numa complexa composição na qual podemos perceber claramente como toda sua
pose um tanto arrogante é na verdade uma intrincada forma de defender uma
personalidade delicada e quebradiça,que nada mais é do que resistência a sua
verdadeira personalidade, as tais companhias que ele tinha fizeram com que ele
reprimisse seu verdadeiro ego e seus sentimentos. Já Jennifer Garner acerta ao
transformar a Dra. Eve numa figura tridimensional em seu claro sofrimento pela
impotência de suas ações visando a melhoria de vida de seus pacientes (e assim é
curioso que o figurino dela seja basicamente o jaleco branco, e quando não,
geralmente é uma roupa que lembra o jaleco, reforçando assim sua dedicação). Já
Steve Zahn tem uma performance totalmente ignorada pela crítica onde consegue
transformar o policial Tucker numa figura extremamente ambígua em seus
sentimentos de amizade e desprezo por Woodproof.
Sendo assim, Clube de Compras Dallas pode não ser um grande filme que
promova discussões e reflexões demasiado profundas sobre seus personagens ou
mesmo seu universo. Mas é sim uma obra cuja completa naturalidade com que trata
de seus temas e pessoas permite que nos aproximemos de seus dilemas, e assim
somos envolvidos nas duas horas de duração e torcemos por aquelas figuras tão
reais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que o papel do inconsciente, a importância das experiências da
infância e a operação dos mecanismos de defesa são alguns exemplos das noções
psicanalíticas consolidadas que fazem parte da psicologia contemporânea. A teoria
baseia-se em conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida
psíquica, caracterizando leis gerais sobre a psique humana.
A psicanálise utiliza-se da interpretação para buscar o significado oculto das
coisas. Seu método de investigação consiste em buscar o significado inconsciente
das palavras, ações e produções imaginárias de um indivíduo. Este método é
baseado em associações livres do indivíduo, que dão validade às interpretações,
dado ai a importância de aprender os seus conceitos/definições.
“… É aqui que tem lugar a incidência política. Trata-se em ato desta pergunta
– de que saber se faz a lei? Quando se descobre isso, pode ser que mude. O saber
cai na categoria de sintoma, visto com outro olhar. E ali, vem a verdade” - LACAN
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ROUDINESCO, Elisabeth e PLON, Michel. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro:


Jorge Zahar, 1998.

LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand. Vocabulário da psicanálise. São


Paulo: Martins Fontes, 1991.

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