O documentário “Obsolescência Programada - The Light bulb
Conspiracy”, produzido por Cosima Dannoritzer em 2011, relata a história da obsolescência programada, que é basicamente uma ferramenta usada pelas indústrias desde 1920, onde o produtor intencionalmente projeta e desenvolve os seus produtos de forma que se torne ultrapassado e com uma duração cada vez menor, para assim forçar os consumidores a adquirir um novo produto e garantir um lucro crescente para os seus produtores. Antigamente, os produtos tinham uma durabilidade maior, com o crescente consumo, o produto vem tendo uma duração cada vez menor, assim, atualmente a Obsolescência programada está em nossas vidas, onde todos são afetados por esse sistema que prejudica de forma direta o meio ambiente. A obsolescência programada ou planejada está em diversificados ramos, a pratica desse sistema vem sendo utilizada a muito tempo, e teve seu começou com as lâmpadas, onde inicialmente a expectativa de duração era de 2.500 horas, até que fabricantes mundiais definirem que sua duração deveria ser no máximo 1.000 horas, sendo isso considerado uma ótima ideia para o setor industrial de lâmpadas. Existem, outros casos em que o sistema da obsolescência programada ganha destaque no documentário, que são os da impressora da marca Epson, onde existe um chip que contabiliza as páginas impressas, quando certo número de impressões é feito a impressora não funciona mais, ao levar a impressora para o concerto o custo que é cobrado não compensa o concerto, fazendo com que o consumidor descarte a impressora e obtenha uma nova. Na Indústria Têxtil, a Dupont criou uma fibra que é sintética e muito forte, o nylon, em 1935 quando foi criado eram comercializadas meias-calças de nylon, porem com o tempo, não se comprava novas pois não estragavam nem desfiavam, os engenheiros tiveram que desenvolver uma variação na fibra sintética para que fosse mais fraca para estimular as vendas. Outro exemplo é o do caso das primeiras linhas do iPod, onde as baterias tinham uma duração máxima de 18 meses, incentivando a compra de outro aparelho. Na atualidade, ainda se considerado pouco o que é discutido com relação ao altíssimo consumo e à obsolescência programada e os impactos ambientais que esses causam, desde a exploração dos recursos naturais, o uso da matéria- prima, água, energia, e outros insumos no processo de fabricação, seguindo com a comercialização até o descarte e as embalagens dos produtos. Devido aos avanços tecnológicos, a indústria eletrônica possui um grande crescimento na fabricação, e com previsão de vida útil cada vez menor, sendo esses trocados com maior frequência, no fluxo contínuo e aumentado a produção de lixo tecnológico, na maioria das vezes os produtos eletrônicos não possuem um descarte adequado, sendo que os fabricantes, comerciantes, e os próprios consumidores, são todos responsáveis pela destinação do lixo eletrônico. A maior parte dos resíduos tecnológicos é oriunda dos países da América do Norte e os europeus, esse material é intitulado como sendo material de segunda mão que podem ser reutilizados, mais na verdade são materiais que não estão mais em funcionamento, todo esse lixo tecnológico acaba sendo enviado para os países mais pobres, causando um aumento expressivo na quantidade de lixo desses países, com isso devastando ecossistemas e servindo como meio de “sobrevivência” para a população mais carente, que buscam nesse resíduo eletrônico metais para serem vendidos. No documentário existe a preocupação de algumas empresas, que se sobressaem pela aplicação de propostas de engenharia que debatem sobre o ciclo vicioso da obsolescência programada, se adequando de fundamentos que produzem bens mais duráveis, um exemplo é a empresa de lâmpadas de led mais econômica e duráveis da Philips, considerando os aspectos ambientais. É indispensável que as empresas realizem atividades para reduzir os danos causados em todas as etapas de seus processos, e diminuir o ciclo vicioso da obsolescência programada para isso é necessária uma avaliação do desempenho ambiental na empresa, pode ser feito por meio da abordagem da prevenção da poluição, que prioriza a redução dos resíduos na fonte para preservar os recursos e minimizar o desperdício de materiais, e pela abordagem convencional, que se baseia no gerenciamento das tecnologias de controle e tratamento de resíduos. Aplicando essas abordagens é possível obter benefícios ambientais e econômicos, mais esses instrumentos das práticas de prevenção à poluição tem uma disseminação muito lenta nos setores industriais com relação aos seus benefícios, para que essas práticas sejam aplicadas em de forma eficaz é necessário uma conscientização e conhecimento dos benefícios possíveis por meio da abordagem de prevenção à poluição. Uma das ferramentas de gestão mais conhecida e utilizada é o 5W2H, a sua metodologia tem como finalidade o desenvolvimento de planos de ação para transformar ideias e conceitos em algo executável na prática. As siglas do 5W2H, representam palavras, que significam: What? (O que?), Why? (Por que?), Who? (Quem?), Where? (Onde?), When? (Quando?), How? (Como?), How much? (Quanto custa?), é um planejamento de cunho administrativo que pode ser aplicado em qualquer empresa que existe um objetivo, a ser alcançado. Além disso, pode ser realizada uma interação ambiental nos processos produtivos e ser avaliado em quais espações e etapas de produção é necessário trabalhar para obter resultados mais sustentáveis na empresa. Uma estratégia para minimizar o impacto da produção e dos produtos ao meio ambiente é a produção mais limpa, que é a aplicação de forma continua de uma estratégia econômica, tecnológica e ambiental nos processos de produção, com o intuito de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não-geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um processo produtivo. Diante do quadro para o consumismo da atual sociedade, a sua solução certamente está dando pequenos passos para caminhos mais sustentáveis, o que indica que está longe de resultados realmente significativos, se faz necessário uma conscientização mais eficaz da atual situação planetária, que envolve aspectos sociais, ambientais, culturais, econômicos e políticos para assim haver mudanças mais “radicais” para que possa obter um decrescimento no consumismo, e que haja um fim nesses ciclo de consumo considerado infinito, para de fato garantam um meio ambiente ecologicamente equilibrado.