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As leis de Newton são as leis que descrevem o comportamento de corpos em movimento,

formuladas por Isaac Newton. Descrevem a relação entre forças agindo sobre um corpo e seu
movimento causado pelas forças. Essas leis foram expressas nas mais diferentes formas nos
últimos três séculos. intro2 .Os princípios básicos da dinâmica foram formulados por Galileu e
por Newton. Sabemos todos por experiência que o movimento é afetado pela ação do que
costumamos chamar de “forças”. Nossa ideia de força está diretamente ligada ao esforço
muscular, e sabemos que exercendo “forças” deste tipo, somos capazes de colocar objetos em
movimento ou, mais geralmente, alterar seu estado de movimento. A relação que existe entre
uma força e a aceleração produzida por ela foi descoberta por Isaac Newton. O estudo dessa
relação, da forma como foi apresentada por Newton, é chamado de “mecânica newtoniana”.
Essa mecânica não pode ser aplicada em todas as situações. Se as velocidades dos corpos
forem muito altas, comparáveis com a velocidade da luz, a mecânica newtoniana deve ser
substituída pela teoria da relatividade restrita de Einstein, que é valida para qualquer
velocidade. Se as dimensões dos corpos envolvidos são muito pequenas, da ordem das
dimensões atômicas, a mecânica newtoniana deve ser substituída pela mecânica quântica.
Mesmo assim, a mecânica de Newton pode ser aplicada ao

estudo desde corpos muito pequenos até o movimento de galáxias Sir Isaac Newton nasceu
em quatro de janeiro de 1643 na cidade de Londres e foi um cientista inglês, mais reconhecido
como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural
e teólogo. Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das
mais influentes em História da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da
gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.

Primeira Lei de Newton

FÍSICA

A Primeira Lei de Newton, ou lei da Inércia, diz que a tendência dos corpos, quando nenhuma
força é exercida sobre eles, é permanecer em seu estado natural, ou seja, repouso ou
movimento retilíneo e uniforme.

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Na ausência de forças, um corpo em repouso tende a ficar em repouso e um corpo em


movimento tende a permanecer em movimento retilíneo e uniforme

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O estudo da causa do movimento dos corpos é algo que tem fascinado e aguçado a
curiosidade de muitos desde os tempos de Aristóteles. Aristóteles viveu por volta do século IV
a.C e, com base em seus estudos acerca da natureza do movimento dos corpos, concluiu que
um corpo só se movimenta se uma força estiver sendo aplicada sobre ele.

Sendo assim, segundo a proposição aristotélica, para empurrar um caixote de madeira de um


lugar a outro, o movimento prevalece somente se uma força estiver atuando diretamente no
caixote, ou seja, enquanto ele estiver sendo empurrado. Outros cientistas também procuraram
estabelecer leis físicas que descrevessem os movimentos dos corpos, como Galileu Galilei e
Isaac Newton.

• A explicação de Galileu para a Inércia

As interpretações sobre os movimentos feitas por Aristóteles perduraram até o


Renascimento(século XVII), quando Galileu, por meio de um método baseado em
experimentação, propôs ideias que revolucionaram o que se pensava até então sobre a causa
do movimento dos corpos. Realizando uma série de experiências, Galileu observou que,
quando um caixote sobre o solo é empurrado, além da força para deslocar o caixote de uma
posição para outra, existem outras forças atuantes, mas estas se opõem ao movimento do
corpo.

Essas forças contrárias ao movimento ocorrem em razão da resistência encontrada pelo corpo
em contato com o ar que o circunda e do atrito com o solo. Logo, a partir de experimentações
e reflexões sobre o que vinha sendo seu objeto de estudo, Galileu chegou à conclusão de que,
se não houvesse forças contrárias ao movimento do caixote (se fosse possível eliminar a força
de resistência do ar e a força de atrito com o solo), ele não cessaria o movimento, ou seja,
continuaria infinitamente em movimento retilíneo e com velocidade constante após o início do
movimento. Esse fato opunha-se ao que pensava Aristóteles, que dizia que, quando não
existisse força aplicada no objeto, consequentemente, a sua tendência seria voltar para o
estado de repouso. A propriedade de permanecer em repouso quando em repouso e em
movimento quando se movendo é conhecida como inércia.

• Inércia: a primeira lei de Newton

Também no século XVII, após estabelecido o conceito de inércia por Galileu, Newton, em seu
livro Princípios matemáticos da filosofia natural, formulou as leis básicas da mecânica, que
hoje levam seu nome e são conhecidas como as Leis de Newton. Essas leis, também
conhecidas como as leis dos movimentos, relacionam movimento e força. Concordando com
as ideias de Galileu, de que um corpo pode estar em movimento mesmo que nenhuma força
atue sobre ele, Newton tomou-as como base para o enunciado de sua primeira lei, conhecida
como Lei da Inércia.

Lei da Inércia: tendência que os corpos possuem em permanecer em seu estado natural de
repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.

Para exemplificar, imaginem a seguinte situação: quando uma família viaja em um automóvel
em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra e, por algum motivo, o motorista freia
bruscamente, todos que estão no carro são atirados para frente em relação ao carro. Isso
ocorre em virtude da inércia, isto é, da tendência que todos têm de manter a velocidade
constante em que o carro vinha trafegando em relação à Terra.

Em resumo, na ausência de forças:

• Um corpo ou objeto parado, em razão de sua inércia, tende a permanecer em repouso;


• Uma vez iniciado o movimento, a tendência do corpo é permanecer em movimento
retilíneo e uniforme.

Terceira lei de Newton

FÍSICA

A terceira lei de Newton diz que, para toda ação, existe uma reação de mesmo valor, mesma
direção e sentido oposto.

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Nessa imagem, a ação é feita pelo punho no rosto, e a reação é feita pelo rosto no punho

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A Terceira lei de Newton descreve o resultado da interação entre duas forças. Ela pode ser
enunciada da seguinte maneira:

Para toda ação (força) sobre um objeto, em resposta à interação com outro objeto, existirá
uma reação (força) de mesmo valor e direção, mas com sentido oposto.

A partir desse enunciado, podemos entender que as forças sempre atuam em pares. Nunca
existirá ação sem reação, de modo que a resultante entre essas forças não pode ser nula, pois
elas atuam em corpos diferentes.

Imagine a situação em que alguém leva uma bolada no rosto. A ação seria a força feita pela
bola sobre o rosto da pessoa, e a reação seria a força feita pelo rosto sobre a bola. Mesmo que
a aplicação da força de reação seja involuntária, ela sempre acontece. As duas forças possuem
exatamente o mesmo valor, mas são aplicadas em sentidos opostos. Na imagem abaixo, FBR é
a força da bola sobre o rosto, e FRB é a força do rosto sobre a bola.

• O caso do lançamento de foguetes

Outro exemplo de aplicação da terceira lei de Newton é o caso do lançamento de foguetes. No


momento em que ocorre a queima dos combustíveis na base do foguete, uma enorme
quantidade de energia é liberada. Assim sendo, uma enorme força é feita contra o chão e, em
reação a essa força aplicada ao chão, o foguete é impulsionado para cima.
• O Peso e a Normal

Ao colocar um corpo sobre uma superfície, a força peso força a superfície de modo que ela
responde com uma força vertical e para cima a fim de suportar o peso do objeto. O nome
dessa força é Normal.

A força normal não é considerada uma reação da força peso. A terceira lei de Newton diz que
ação e reação atuam em corpos diferentes, e Peso e Normal atuam no mesmo corpo,
contrariando a lei da ação e reação. Clique aqui e veja outros exemplos de forças de ação e
reação.

Segunda Lei de Newton

FÍSICA

A Segunda Lei de Newton diz que a força resultante que age sobre um corpo deve ser igual ao
produto da massa do corpo por sua aceleração.

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A segunda Lei de Newton descreve a relação entre força e aceleração

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De acordo com a Segunda Lei de Newton:

“A força resultante que atua sobre um corpo é proporcional ao produto da massa pela
aceleração por ele adquirida.”

Essa relação pode ser descrita com a equação:

Fr = m . a

sendo:

Fr – Força resultante;

m – massa;

a – aceleração.
De acordo com essa Lei, para que se mude o estado de movimento de um objeto, é necessário
exercer uma força sobre ele que dependerá da massa que ele possui. A aceleração, que é
definida como a variação da velocidade pelo tempo, terá o mesmo sentido da força aplicada,
conforme mostra a figura abaixo:

Ao aplicar uma força sobre um objeto, imprimimos sobre ele uma aceleração que será
dependente de sua massa.

Podemos ver a partir da figura que, ao aplicar uma força de 2N sobre um objeto, ele adquirirá
uma aceleração maior quando a massa for 0,5 kg e uma aceleração menor quando a massa for
4 kg. Isso significa que, quanto maior a massa de um corpo, maior deve ser a força aplicada
para que se altere seu estado de movimento.

Sendo a inércia definida como a resistência de um corpo para alterar seu estado de
movimento, podemos dizer que a Segunda lei de Newton também define a massa como a
medida da inércia de um corpo.

A força é uma grandeza vetorial, pois é caracterizada por módulo, direção e sentido. A unidade
no Sistema Internacional para força é o Newton (N), que representa kg m/s2.

A Segunda Lei de Newton também é chamada de Princípio Fundamental da Dinâmica, uma vez
que é a partir dela que se define a força como uma grandeza necessária para se vencer a
inércia de um corpo.

• Força Peso

A partir da Segunda Lei de Newton, também chegamos à outra importante definição na Física:
o Peso.

A Força Peso corresponde à atração exercida por um planeta sobre um corpo em sua
superfície. Ela é calculada com a equação:

P=m.g

*g é a aceleração da gravidade local.

Apesar de a massa de um corpo ser fixa, não é o que ocorre com o peso. Veja um exemplo:

Um corpo de massa 20 kg no planeta Terra, onde a aceleração da gravidade é 9,8 m/s2, possui
o seguinte peso:

P = 20. 9,8

P = 196 N

O mesmo corpo em Marte, onde g = 3,711 m/s2, possui o peso:

P = 20.3,711

P = 74,22 N

Vemos que o peso no planeta Marte é bem menor que na Terra, pois a gravidade em Marte é
menor. Isso ocorre porque a gravidade de um determinado local depende da massa do corpo.
Como a massa de Marte é menor que a da Terra, ele também terá gravidade menor.
Isaac Newton contribuiu decisivamente para o avanço da ciência. Talvez sem suas
descobertas, não haveria hoje, tantos avanços da física moderna e tantas explicações
para diversos fenômenos. Suas leis e várias outras descobertas nos fazem
compreender melhor o mundo que nos cerca. Desde novo, enquanto ainda estava na
escola, progredia bastante nos estudos e tinha seus dotes sempre aperfeiçoados.
Newton foi um dos principais precursores do Iluminismo, sua capacidade mental era
incrível, fez descobertas importantes para à ciência que servem de base para explicar
diversos fenômenos e acontecimentos, e compreender o que é o universo.
Newton acreditava nos seus ideais e na sua capacidade, se propunha a observar
fenômenos da natureza e explicar como estes aconteciam. Diante de todas as suas
descobertas, que, sem sombra de dúvida, ampliaram os horizontes e deu a ele o título
de Pai da Física, este cientista brilhante acreditava que ainda havia muito a se
descobrir, e suas obras e trabalhos serviram de base para estudos de outros cientistas
que viveram depois dele.
Com o desenvolvimento desse trabalho pode-se concluir da maneira mais simples e
direta que a primeira lei de Newton se refere a um corpo, em que a resultante das
forças é nula, estará em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
Neste caso, diz-se que um corpo esta em equilíbrio. Já na segunda lei de Newton toda
vez que sobre um corpo atuar uma força resultante de forças não nulas, este corpo
ficará sujeito à ação de uma aceleração. Esta aceleração será maior quando um corpo
tiver uma massa menor e menor se o corpo possuir uma massa maior. E por último a
terceira lei de Newton resume em que toda ação estava associada a uma reação, de
forma que, numa interação, enquanto o primeiro corpo exerce força sobre o outro,
também o segundo exerce força sobre o primeiro. Assim, em toda interação teríamos
o nascimento de um par de forças: o par ação-reação.

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