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LIGA NACIONAL DOS CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL

CARTA DE MANAUS

Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros

Militares do Brasil – LIGABOM.

Reunidos na cidade de Manaus/AM, os Conselheiros da

Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil,
Comandantes Gerais das Corporações das vinte sete unidades da
Federação, após as deliberações realizadas durante a sexta
reunião ordinária, obtiveram como construto do evento as
considerações e relevantes premissas elencadas.
A LIGABOM, associação civil, sem fins lucrativos e de
caráter permanente, foi constituída aos 10 de dezembro de 2003,
portanto com dois anos de promissoras atividades. Essa novel
organização visa entabular discussões para a promoção de
diretrizes nacionais relacionadas às atividades dos corpos de
bombeiros militares, promotoras da salutar padronização dessas
atividades e uniformidade de procedimentos, intensificar a
aproximação das Corporações, bem como defender os interesses
institucionais junto ao poder público federal.
A despeito do ínfimo lapso temporal de sua existência, a
LIGABOM desenvolve variadas ações que atinge frentes diversas.
Com sua fundação, o elo inicial da cadeia exitosa de realizações foi
a promoção da sadia e necessária articulação dos Corpos de
Bombeiros Militares do Brasil, que se apresentam em sólida e
harmônica coesão de ideais e aspirações. A união das Corporações
engendrará um virtuoso ciclo de desenvolvimento e fortalecimento
da prevenção no Brasil, modificando o paradigma da inércia,
postado no mais recôndito íntimo das pessoas.
A requerida legislação de segurança contra incêndio e
pânico encontra-se em processo avançado de estudos e
formatação. Técnicos dos Estados do Ceará, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Pernambuco, São Paulo e do Distrito Federal se
debruçam sobre esse tema há alguns meses. Com argúcia
desenvolvem um projeto inovador, bem fundamentado, unificando
as legislações estaduais com o que há de melhor em termos de
prevenção.

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A padronização de equipamentos e viaturas para uso

operacional das instituições acresce um viés importante para o
fortalecimento da indústria nacional. Em períodos anteriores, a
aquisição de viaturas era dificultada pelas exigências técnicas que
variam em cada Instituição, acarretando um aumento significativo
no preço das viaturas. Hoje, após a formação de padrões técnicos
de exigências, houve um decréscimo da ordem de trinta por cento
nos valores cobrados, desonerando a indústria nacional de detalhes
construtivos mínimos, contornados pela discussão promovida pelos
bombeiros brasileiros. Isso é uma mostra de que a nossa união
transcende as fronteiras institucionais, beneficiando diferentes
segmentos sociais do Brasil.
O conhecimento técnico das ciências administrativas
também tem ocupado importante papel nesse processo. A
articulação das Corporações para a confecção de planejamentos
estratégicos, fundados na ferramenta de construção de cenários
prospectivos, promoverá um direcionamento seguro para as ações
de cada instituição no decorrer do lustro vindouro. A magnitude
dessa hercúlea obra será percebida nas areias do tempo que nos
mostrarão os acertos e as correções de rumo, o norte seguro e
firme.
Outro trabalho de capital importância para conhecermos
a demanda nacional de nossos serviços terá início no próximo mês,
na cidade do Rio de Janeiro, onde serão realizados estudos para a
confecção do Relatório de Eventos das ocorrências atendidas. Essa
nova ferramenta unificará as estatísticas em solo nacional,
propiciando o conhecimento do quadro de ocorrências em todo
Brasil, promovendo maior teor de informações das atividades
operacionais das Corporações.
Os Conselheiros homologaram a decisão do grupo de
oficiais responsáveis pela confecção do Planejamento Estratégico,
que elegeu cinco representantes das regiões brasileiras, para
prosseguimento das atividades até o ano 2010 (G5). Surgiu, ainda,
a formulação de duas novas câmaras técnicas para a promoção de
estudos para implantação do sistema de comando de incidentes,
em parceria com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, e das taxas
de serviços de bombeiros no Brasil. Foi apresentada, também, a
proposta para criação do Instituto Nacional de Pesquisa e

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Desenvolvimento Científico e Tecnológico dos Corpos de

Bombeiros Militares do Brasil, cujo escopo é realizar estudos,
pesquisas, certificações, testes, desenvolvimento de tecnologias,
planejamento e aplicações relativas aos aspectos sócio-
econômicos, científicos e técnicos da atividade dos Corpos de
Bombeiros Militares do Brasil, dentre outras, sendo objeto de
deliberações dos Conselheiros, após análise da proposta de
Estatuto.
Além dessas atividades, o futuro aponta para o
desdobramento de novos passos, de forma a erigir um pórtico
fundado nos alicerces já fincados. A padronização dos uniformes,
estabelecimento de padrões técnicos para equipamentos e
materiais, a criação de uma doutrina nacional de formação para os
bombeiros, criação de centros regionais para formação, divisão de
despesas para manutenção desses centros, elaboração de
materiais técnicos, pesquisas e sua divulgação, além de outras
atividades.
É importante frisar que todas essas conquistas são
possíveis pelo apoio inconteste fornecido pelo Exmo. Sr. Secretário
Nacional de Segurança Pública, Dr. Luiz Fernando Correa, que
acolheu os Corpos de Bombeiros Militares do Brasil. Graças a sua
visão estratégica e sistêmica da segurança pública brasileira, fomos
inseridos de forma contundente nas ações efetivadas pela
SENASP. De forma diversa, permaneceríamos no ostracismo
involuntário a que estávamos alocados, restando-nos apenas a
observação do contexto desse setor.
De igual maneira, não podemos nos esquivar de
salientar o apoio do Exmo. Sr. Ministro da Justiça, Dr. Márcio
Thomaz Bastos, e de nossos Governadores e Secretários de
Segurança, visionários que percebem a nossa importância ínsita na
complexa trama social.
E, em decorrência do Pan-americano a ser realizado na
cidade do Rio de Janeiro, em 2007, os Conselheiros da LIGABOM
acordaram que poderão dispor de um efetivo total de quinhentos
bombeiros junto a SENASP, após consulta e ratificação dos
respectivos Governadores, para apoiar as ações a cargo do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, responsável pela
implementação das atividades de defesa civil durante o aludido

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evento. Entrementes, há a necessidade de se efetuar um

treinamento com o contingente a ser mobilizado para que haja a
padronização de procedimentos imprescindível para o êxito em
situações de grande envergadura, tais como a que se apresenta.
Dessa forma, premente se faz a criação de um grupo especializado
em ações inerentes aos bombeiros militares compondo a força
tarefa, capaz de atuar em diferentes eventos em qualquer latitude
do Brasil.

Manaus/AM, 17 de novembro de 2005.

Cel BM José Ananias Duarte Frota – CBMCE Cel BM Francisco de Assis Jardim – CBMAC
Presidente da LIGABOM

Cel BM Jair Cordeiro de Melo – CBMAL Cel BM José Furtado de Souza Júnior – CBMAP

Cel BM Franz Marinho de Alcântara – CBMAM Cel BM Adelson Guimarães de Oliveira - CBMBA

Cel BM Sossisgenes de Oliveira Filho – CBMDF Cel BM Álvaro Coelho Duarte – CBMES
Primeiro Vice-presidente Representante da Região Sudeste

Cel BM Uilson Alcântara Manzan – CBMGO Cel BM Getúlio da Silva Pereira – CBMMA
Representante da Região Centro-oeste

Cel BM José Honorato Ameno – CBMMG Cel BM Ovídeo José Brugnoli – CBMMT

Cel BM Freud Jacques Teixeira – CBMMS Cel BM Orlando Antonio Sarmanho Frade – CBMPA

TC BM Willame da Costa Menezes – CBMPB Cel BM Mário Yoshio Wako – CBMPR

Cel BM Ricardo A. Alves de Santana – CBMPE Cel BM Francisco Barbosa da Mota – CBMPI
Representante da Região Nordeste

Cel BM Cláudio Christian B. da Silva - CBMRN Cel BM João Baptista Rosa Filho - CBMRS

Cel BM Carlos Alberto de Carvalho - CBMRJ Cel BM José Dionizio da Costa Silva – CBMRO
Representante da Região Norte

Cel BM Paulo Sérgio Santos Ribeiro – CBMRR Cel BM Antonio dos Santos Antonio – CBMSP

Cel BM Adilson Alcides de Oliveira – CBMSC Cel BM Reginaldo Santos Moura – CBMSE
Representante da Região Sul Segundo Vice-presidente

TC BM Erli Lemes de Lima – CBMTO

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