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Projecto Áreas Protegidas e Preservação dos

Elefantes em Moçambique

Manual Operacional
Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC)

Versão Final

24 Abril de 2017
Abreviaturas
Definições
24 Abril de 2017

Índice
Abreviaturas ............................................................................................................................................................................ 2
Enquadramento ....................................................................................................................................................................... 3
1.1 Definições ........................................................................................................................................................... 3
1.2 Objectivos do Manual ........................................................................................................................................... 6
1.3 Aplicação do Manual ........................................................................................................................................... 8
1.4 Gestão do Manual ................................................................................................................................................ 8
2 O Projecto ................................................................................................................................................................. 10
2.1 Estrutura Organizacional e de Funcionamento do Projecto .................................................................................. 12
2.2 Atribuições dos Diferentes Intervenientes ........................................................................................................... 14
3 Gestão da Subvenção e do Projecto APPEM ............................................................................................................... 16
3.1 Implementação do Projecto ............................................................................................................................... 16
3.1.1 Plano de Comunicação e Regras do Projecto ................................................................................................. 16
3.1.2 Formação e Arranque do Projecto .................................................................................................................. 18
3.2 Recepção de Fundos .......................................................................................................................................... 18
3.2.1 Confirmar a entrada do valor ......................................................................................................................... 18
3.2.2 Desembolsos ................................................................................................................................................ 18
3.3 Solicitação de Propostas/Procurement .............................................................................................................. 22
3.3.1 Modelo de Contratação ................................................................................................................................. 23
3.3.2 Termos de Referência .................................................................................................................................... 25
3.3.3 Preparação e Divulgação do Anúncio ............................................................................................................. 27
3.3.4 Avaliação de Propostas ................................................................................................................................. 27
3.4 Execução de Fundos ........................................................................................................................................... 29
3.4.1 Planeamento Orçamental.............................................................................................................................. 30
3.4.2 Controlar Orçamento ..................................................................................................................................... 34
3.4.3 Reconciliar Contas Bancárias ........................................................................................................................ 36
3.4.4 Gerir Pagamentos ......................................................................................................................................... 38
3.4.5 Contrato com o Fornecedor ........................................................................................................................... 43
3.4.6 Gerir Conta Especial do Projecto ................................................................................................................... 46
3.4.7 Auditoria e Controlo ...................................................................................................................................... 47
3.4.8 Sistema de Reporting .................................................................................................................................... 48
3.5 Relatório Geral de Execução do Projecto ............................................................................................................. 48
3.5.1 Relatório Final .............................................................................................................................................. 48
3.6 Reporte à AFD .................................................................................................................................................... 50
3.6.1 Registo dos Relatórios de Actividade ............................................................................................................. 50
3.6.2 Submissão do Relatório Final ........................................................................................................................ 50
3.7 Procedimentos de Conclusão ............................................................................................................................. 51
3.7.1 Prestação de Contas ..................................................................................................................................... 51
Anexos 52
Plano de Procurement ............................................................................................................................................................ 53
Orçamento do Projecto .......................................................................................................................................................... 58
Entrevistas Realizadas ........................................................................................................................................................... 63
Termos de Referência do Assistente Financeiro ....................................................................................................................... 64
Modelos de Preenchimento .................................................................................................................................................... 66
Modelo 1: Justificação da utilização de fundos adiantados ................................................................................................. 66
Modelo 2: Reconciliação Bancária ..................................................................................................................................... 67
Modelo 3: Contagem de Caixa............................................................................................................................................ 68
Modelo 4: Reposição de Fundo Fixo ................................................................................................................................... 69
Modelo 5: Mapa de Controlo de Caixa ................................................................................................................................ 70
Modelo 6: Mapa de Controlo de Bancário ........................................................................................................................... 71

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Abreviaturas
Definições
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Abreviaturas

€ Moeda (Euro)
AC Área de Conservação
AFD Agência Francesa de Desenvolvimento
ANAC Administração Nacional das Áreas de Conservação
APPEM Áreas Protegidas e Preservação dos Elefantes em Moçambique
C Serviços de Consultoria
CIP Carriage and Insurance Paid to (Transporte e Seguros Pagos pelo fornecedor)
COSTAB Ferramenta de gestão de fundos usada pela ANAC
DC Adjudicação Directa
EXW EX Works (mercadoria entregue no estabelecimento do fornecedor)
FBS Orçamento Fixo
GoM Governo de Moçambique
ICB Concurso de Âmbito Internacional
LACF Luta Anti Caça Furtiva
LCS Menor Custo
LESCS Substancialidade de requisitos compatíveis e Menor Avaliação (lower evaluated and substantially compliant bidder)
MEF Ministério da Economia e Finanças
N/A Não Aplicável
NCB Concurso de Âmbito Nacional
O Outros Serviços/Actividade
OIB Concurso Público
PNL Parque Nacional do Limpopo
PPF Peace Park Foundation
PQL Pré-Qualificação
PQL + OIB Abertura de Concurso após Pré-qualificação
QBS Baseado na Qualidade
QCBS Qualidade e Custo
RCB Concurso Restricto
REOI Solicitação de Manifestação de Interesse
REOI + RCB Concurso Limitado após Expressão de Manifestação de Interesse
RNN Reserva Nacional do Niassa
SS Contratação de fonte única
UF Unidade Funcional
W Obras
WCS Wildlife Conservation Society

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Enquadramento
Definições
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Enquadramento
A Agence Française de Développement (AFD) é uma instituição financeira especializada ao abrigo do direito bancário Francês,
com enfoque na promoção do desenvolvimento económico e ambiental baseado nas políticas definidas pelo Governo Francês
provendo apoio as autoridades públicas, sector privado e redes locais nos países onde opera (tal é o caso de Moçambique),
através de diversos instrumentos financeiros.

No que concerne a promoção do crescimento económico e preservação do meio ambiente, as actividades da AFD tomam como
base os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, tal como definido nas Nações Unidas Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável. Neste sentido, a 18 de Maio de 2016 foi autorizada a realização de uma concessão à República
de Moçambique (GoM) para o projecto das Áreas Protegidas e Conservação de Elefantes em Moçambique (APPEM). Para efeitos
de implementação do projecto, o Ministério de Economia e Finanças (MEF) assinou no dia 14 de Dezembro de 2016 uma
convenção de retrocessão com a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), para a implementação das
componentes 1 e 2 do projecto e uma outra com a BioFund para a implementação da componente 3.

O projecto APPEM e o presente Manual cobrem a componente 1, com enfoque no Apoio às áreas protegidas em matérias de luta
contra a caça furtiva, no Parque Nacional do Limpopo (PNL) e na Reserva Nacional do Niassa (RNN) e a componente 2 com
enfoque na consolidação das capacidades técnicas e operacionais da ANAC.

Dadas as diferenças existentes nos procedimentos financeiros e de gestão entre o PNL e a RNN, torna-se relevante padronizar os
procedimentos e fornecer quadro operacional eficaz, a fim para garantir uma gestão adequada do projecto, envolvendo os
principais interessados no projecto, na arena pública e privada.

O presente documento, intitulado "Manual Operacional" tem como objectivo, orientar e gerir as actividades do projecto APPEM
que surge da convenção de financiamento assinada entre a AFD e o Ministério da Economia e Finanças (MEF) que representa a
República de Moçambique. Para elevar a qualidade das informações e mecanismos de controlo interno, o presente Manual
estabelece a base de orientação no desenvolvimento das operações de gestão de fundos.

1.1 Definições

Termo Definição

Acordo de Retrocessão Designa o Acto de Retrocessão assinado entre o Governo da República de


Moçambique, representada pelo MEF e a Administração Nacional de Áreas de
Conservação (ANAC), responsável por sua própria conta da execução das
componentes 1 e 2 do Projecto

Assistente Financeiro Designa o Colaborador contratado pela ANAC com financiamento do projecto para

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Enquadramento
Definições
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prestar assistência administrativa e financeira e garantir que o estatuído pelo


manual operacional seja observado.
O Assistente financeiro estará baseado nos escritórios da ANAC e fará visitas
periódicas às ACs conforme detalhe apresentado nos termos de referência da vaga
do concurso de contratação, em anexo.

O Assistente Financeiro para a área de Administração e Finanças terá, entre outras,


as seguintes responsabilidades:
 Assegurar o cumprimento dos procedimentos administrativos e financeiros
para garantir informação financeira atempada;
 Assegurar o estrito cumprimento dos princípios contabilísticos geralmente
aceites e os procedimentos da AfD;
 Garantir o correcto arquivo (fixo e electrónico) dos documentos
contabilísticos, financeiros e de administração do Projecto.

Banco Aceitável Significa Banco Aceitável para a Agência Francesa de Desenvolvimento

Beneficiário de Nível 1 Designa a entidade ao qual o Governo de Moçambique (MEF) em primeira instância
canaliza a responsabilidade de execução do projecto, bem como de recepção e
gestão dos fundos do Subvenção, sendo no caso do APPEM, a Administração
Nacional de Áreas de Conservação (ANAC)

Beneficiário de Nível 2 Designa a entidade que em última instância será beneficiária da componente 1 do
projecto e torna-se executora final das acções previstas, nomeadamente, o Parque
Nacional do Limpopo (PNL) e a Reserva Nacional do Niassa (RNN).

Comité de Pilotagem Designa o órgão responsável em garantir a conformidade e cumprimentos dos


objectivos do projecto.

O Comité de Pilotagem é composto composto pela ANAC, BioFund, RNN, PNL,


Wildlife Conservation Society (WCS), Peace Parks Foundation (PPF), AFD e o Banco
Mundial.

O Comité é responsável por validar a relevância e coerência das actividades


desenvolvidas, aprovar os programas de acções plurianuais e anuais e validar os
relatórios de actividade do projecto.

Conta C2D Designa a Conta sobre a qual é paga a Subvenção, aberta no Banco de
Moçambique, no quadro do Contrato C2D

Contrato C2D Designa o contrato celebrado no dia 20 de Julho de 2015 entre o Governo da
República de Moçambique referente ao quarto Contrato de Redução da Dívida e
Desenvolvimento

Conta Especial do Projecto Designa a conta a ser aberta para uso exclusivo dos fundos do projecto

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Enquadramento
Definições
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COSTAB Designa a ferramenta de gestão de fundos usada pela ANAC. A ferramenta faz
alinhamento dos componentes dos projectos e monitoria/gestão dos fundos,
desembolsos e valores por desembolsar.

Convenção Designa a Convenção de financiamento N° CMZ 1137 01 K que foi assinada pelo
Governo da República de Moçambique e a AFD no dia 7 de Outubro de 2016

Despesa (s) elegível (is) Designa despesas relacionadas com o projecto, conforme descrito no Plano de
Financiamento do Projecto

Funcionário da Entidade Beneficiária Designa o Trabalhador que possui vínculos laborais (permanente ou temporário)
com uma das unidades beneficiárias (nível 1 e 2) e que por isso irá realizar
actividades do projecto.

Gestão da Unidade Funcional/ Designa o órgão responsável por uma unidade funcional da estrutura orgânica dos
Responsável (is) da (s) Equipa (s) de agentes beneficiários. Por exemplo, as unidades de Administração, Apoio
Trabalho Comunitário, Infra-estruturas, etc.

Gestão da AC Designa o órgão responsável pela gestão das actividades da AC. Constituem
elementos da Gestão da AC, os Administradores das AC e os Directores/Gestores de
unidade.

Para o caso da RNN, a Gestão da AC inclui também o Director de Programas da


reserva da WCS.

Gestor Financeiro Designa o indivíduo responsável pelas actividades de cariz financeiro em qualquer
uma das entidades beneficiárias (nível 1 e 2)

Parceiro de Implementação Designa as entidades privadas que possuem contractos de co-gestão e/ou de
assistência técnica às ACs: PPF e WCS.

Responsável da Equipa de Trabalho Designa o indivíduo responsável pelas unidades funcionais das ACs,
nomeadamente, Administração, Apoio Comunitário, Protecção, Infra-estrutura, PIU
e Reassentamento.

Unidade Funcional Designa as áreas funcionais das estruturas orgânicas dos beneficiários (nível 1 e 2),
por exemplo, Administração e Finanças, Apoio Comunitário, Protecção, Infra-
estrutura, Reassentamento.

Subvenção Designa o concurso em forma de doação colocada à disposição do GoM através da


Convenção de Financiamento no montante de seis milhões de Euros (6.000.000,00
€)

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Enquadramento
Objectivos do Manual
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1.2 Objectivos do Manual

Com o presente Manual pretende-se dotar a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), o Parque Nacional do
Limpopo - PNL e a Reserva Nacional do Niassa – RNN, incluindo os parceiros de implementação das referidas ACs,
nomeadamente, Peace Park Foundation (PPF) e Wildlife Conservation Society (WCS) com um documento que defina, sistematize
e divulgue as regras e procedimentos de Gestão de Fundos provenientes da Convenção com o registo N° CMZ 1137 01 K e o
Projecto APPEM. O documento servirá também de base para a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) na gestão e
monitoria do fundo.

Trata-se de um documento dinâmico que deverá ser alvo de uma constante actualização, de forma a dar resposta às
transformações orgânicas e operacionais das ACs e da ANAC.

Consideram-se objectivos principais do Manual os seguintes:

► Uniformizar os procedimentos e metodologias associados à gestão dos fundos da Convenção relativamente ao


projecto APPEM, no PNL, RNN e ANAC no que se refere as componentes 1 e 2;

► Apoiar a segregação de funções na execução das actividades de gestão dos fundos da convenção para questões
ligadas ao APPEM;

► Garantir a operacionalidade dos procedimentos de gestão de subvenções por via de uma definição adequada de
competências e de regras de delegação de poderes;

► Orientar os recursos humanos para uma melhor realização das suas actividades, permitindo assim uma rápida e fácil
integração no ambiente de trabalho da Organização;

► Flexibilizar os fluxos de informação e a tomada de decisão;

► Restringir práticas não abonatórias, anomalias e irregularidades na execução orçamental do projecto;

► Delimitar os limites de responsabilidade e execução das partes e flexibilizar o processo de prestação de contas.

O Manual constitui um instrumento que define os processos e actividades de cariz de gestão da subvenção e os administrativos
e financeiros conforme apresentado na figura seguinte:

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Enquadramento
Objectivos do Manual
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Enquadramento
Aplicação do Manual
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O Manual encontra-se organizado conforme os seguintes capítulos abaixo:

► Contexto da AFD Moçambique;


► Objectivos, Âmbito e Aplicação do Manual;

► Estrutura Organizacional e Funcional do Projecto;

► Atribuições dos Diferentes Intervenientes;


► Normas e Procedimentos operacionais e Financeiros

► Sistema de Reporting e Fecho do projecto;

► Anexos:

 Formulários e Modelos

 Plano Operacional do 1º ano

1.3 Aplicação do Manual


A aplicação dos procedimentos descritos no Manual deve ser promovida pelo Assistente Financeiro, cabendo a respectiva
execução e cumprimento pelos responsáveis das equipas de trabalho nas ACs e na ANAC.

O não cumprimento de qualquer dos procedimentos definidos deverá ser devidamente justificado em comunicação escrita pelo
Beneficiário de nível 1, com a assessoria do Assistente Financeiroe a anuência da AFD.

O responsável da equipa de trabalho deve igualmente reportar ao Assistente Financeiro, os desvios aos procedimentos definidos
e os potenciais impactos ao nível dos resultados esperados.

Quaisquer dúvidas que surjam na aplicação, utilização, actualização ou coerência do Manual devem ser endereçadas pelo
Funcionário da entidade beneficiária em primeira instância, ao Responsável da equipa de trabalho ou Gestão da unidade, que
analisará e, caso necessário, encaminhará para o Assistente Financeiro.

1.4 Gestão do Manual

O Manual Operacional APPEM (componentes 1 e 2) é um documento dinâmico, devendo ser actualizado sempre que for
necessário, de forma a assegurar o alinhamento com as normas e procedimentos em vigor, bem como o contexto operacional e
tecnológico. A actualização do Manual requer a validação do Assistente Financeiro , obedecendo aos seguintes procedimentos:

► As propostas de alterações aos procedimentos são desenvolvidas e submetidas pelos agentes beneficiários de nível 1
(ANAC) ou 2 (AC ou parceiros de implementação) antecedidas de prévia discussão e validação pelo Comité de
Pilotagem para posterior análise do Assistente Financeiro ;
► As propostas, com o parecer favorável do Assistente Financeiro, são posteriormente remetidas ao Director Geral da
ANAC para validação após anuência da AFD;

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Enquadramento
Gestão do Manual
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► Após aprovação, o Assistente Financeiro ou alguém por si designado, procede-se com à actualização da versão
electrónica do Manual e emite uma Ordem de Serviço, dirigida a todos os Funcionários, envolvidos no projecto
informando sobre as alterações efectuadas ao Manual e a data de entrada em vigor dos novos procedimentos;
► Controlo de versão do Manual deve ser mantido pelo responsável pelo arquivo de documentos.

O Manual deve estar disponível para todos os Funcionários e parceiros do PNL, RNN, ANAC e AFD Moçambique.

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O Projecto
Gestão do Manual
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2 O Projecto

Moçambique possui uma grande diversidade de habitats e ecossistemas. Cerca de 62 milhões de hectares estão cobertos por
florestas sendo as florestas de miombo e mopane as mais representativas. Historicamente, os elefantes estão presentes em
todo o território Moçambicano. Globalmente, a população continental de elefantes diminuiu desde meados dos anos 2000,
com um efectivo global estimado, em 2013, em aproximadamente 400.000 indivíduos, 39% deste efectivo na África Austral,
26% na África Oriental, 30% na África Central e apenas 5% na África Ocidental.

A nível nacional, a caça e comercialização ilegal de despojos de espécies de pequeno e médio porte é praticada essencialmente
por membros das comunidades rurais e por caçadores amadores das zonas urbanas incluindo as sedes dos distritos e
localidades.

O Parque Nacional de Limpopo e a Reserva Nacional do Niassa concentram, 53% da população nacional de elefantes. Estas
duas áreas protegidas têm, portanto, um papel importante na conservação da espécie à escala nacional.

Neste sentido, com vista a fazer face aos desafios das Áreas de conservação do Limpopo e Niassa foi criado o Projecto das Áreas
Protegidas e Preservação dos Elefantes em Moçambique (APPEM). Os principais desafios a serem colmatados com o projecto
por área de conservação são apresentados a seguir:

Neste sentido, o projecto APPEM visa garantir a conservação da fauna de grande porte, em especial os elefantes, nas Áreas de

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O Projecto
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Conservação – PNL e RNN. Para efeito, os objectivos e resultados a serem alcançados com o projecto são apresentados a
seguir:

Como forma de materializar os objectivos do projecto, o mesmo está subdivido em duas principais componentes, a componente
operacional e a componente de apoio, conforme ilustra a figura seguinte:

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Estrutura Organizacional e de Funcionamento do Projecto
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2.1 Estrutura Organizacional e de Funcionamento do Projecto


O projecto é constituído pelos beneficiários de nível 2 (as áreas de conservação e os parceiros de implementação), o agente
responsável pela implementação do projecto (ANAC) e o financiador (AFD). De notar que as Áreas de conservação beneficiárias,
possuem gestores privados que operam no quadro de parceria Público-Privada estabelecida com o Estado Moçambicano.

A seguir são apresentados os principais intervenientes do projecto.

A estrutura de funcionamento do projecto é apresentada a seguir:

A descrição das atribuições dos principais intervenientes do APPEM é apresentada a seguir.

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O Projecto
Atribuições dos Diferentes Intervenientes
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2.2 Atribuições dos Diferentes Intervenientes


As principais entidades com as quais os beneficiários de nível 2 interagem para efeitos de execução financeira são:
► AFD
► ANAC
► Ministério da Economia e Finanças (MEF)
► Banco de Moçambique
► Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural
AFD

A articulação entre a ANAC, PNL, RNN e a AFD verifica-se nos seguintes aspectos:

► Prestação de Contas - efectuada periodicamente pela ANAC através de relatórios de actividades e financeiros à AFD,
conforme estabelecido na Convenção de financiamento e no Acordo de Retrocessão;
► Disponibilidade de Fundos: Os fundos são disponibilizados pela AFD mediante prestação de contas, por via de
realimentação;
► Emissão de não objecção aos pedidos de: desembolsos, alterações ao plano operacional e para determinados
processos de aquisição, processo de adjudicação (Manifestação de interesse, Propostas técnicas e financeiras,
contractos), relatórios de avaliação;
► Auditorias: como parte do acordo, a ANAC deverá submeter os seus relatórios anuais de auditoria externa à gestão
financeira dos fundos disponibilizados.

ANAC
Ao nível da execução financeira, a ANAC articula fundamentalmente com as áreas financeiras da ACs relativamente aos
seguintes aspectos:

► Canalização da informação de execução financeira das ACs beneficiárias para efeitos de prestação de contas a AFD;
► Registro e Controlo de todo o património imobiliário afecto à actividade do MITADER, que por sua vez comunica ao
MEF.
Ministério da Economia e Finanças (MEF)
O relacionamento da ANAC com o MEF verifica-se a vários níveis:
► Representação do Estado Moçambicano na gestão máxima da Convenção de financiamento e do Acordo de
Retrocessão;
► Recebimento de pedidos de pagamento feitos pela ANAC
► Transmissão de pedidos de pagamento ao Banco de Moçambique
► Recepção e canalização de fundos desembolsados com a intermediação pelo Banco de Moçambique para o
beneficiário final de nível 1, que por sua vez fará a canalização os beneficiários finais de nível 2 através de contas
especiais abertas pelo projecto;
► O MEF poderá através da Inspecção Geral das Finanças (IGF) realizar auditorias internas as contas do projecto, de
modo a assegurar o cumprimento das directrizes estabelecidas no contrato do projecto, enquanto representante do
projecto.

Banco de Moçambique
► Recebe os pedidos de pagamento feitos pela ANAC e transmitidos pela Direcção Nacional do Tesouro

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O Projecto
Atribuições dos Diferentes Intervenientes
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► Transmite os pedidos de pagamento à AFD para obter o parecer de não – objecção da AFD
► Procede com o desembolso dos fundos para a Conta do projecto, de acordo com as instruções indicadas e a partir
da Conta C2D

Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural

O relacionamento da ANAC com o MITADER verifica-se ao nível da elaboração do Orçamento Geral do Estado (Investimento
Externo) da qual o orçamento da Projecto financiado pela AFD faz parte.

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Procedimentos de Gestão de Subvenções

31.08.2016

3 Gestão da Subvenção e do Projecto APPEM

Este capítulo tem como objectivo descrever em pormenor as actividades e procedimentos que integram o processo de
Gestão dos fundos do projecto APPEM, relativamente ao Planeamento Orçamental, desembolsos, implementação do
projecto e prestação de contas.

3.1 Implementação do Projecto


Conceito Garantir a implementação eficiente das actividades do projecto APPEM.

Responsável Agentes Beneficiários e Assistente Financeiro

3.1.1 Plano de Comunicação e Regras do Projecto


A AFD vai informar aos beneficiários do projecto, sobre os indicadores do projecto e regras específicas aplicáveis na
implementação do projecto, nomeadamente, indicadores de desempenho do projecto e clarificação do âmbito do projecto.

Indicadores de desempenho do projecto

O Assistente Financeiro vai comunicar aos Parceiros de implementação os principais indicadores de desempenho e os
prazos para os principais entregáveis do projecto conforme o estudo de viabilidade realizado preliminarmente pela AFD.
Para efeito, o projecto, prevê que a ANAC elabore relatórios técnicos e financeiros semestrais e um relatório final após a
conclusão do projecto. A informação fornecida pelo sistema SMART em termos de esforço de monitoria e resultados na luta
contra a caça ilegal.

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Procedimentos de Gestão de Subvenções

31.08.2016
Indicador Unidade de medição Comentário
As operações de recenseamento da população de elefantes em áreas de
Número de elefantes
amostragem que evidenciam um aumento, ou pelo menos, uma SMART, o recenseamento aéreo
estabilização do efectivo em relação ao censo aéreo de 2014.
Diminuição ao longo do tempo do número de evidências de ocorrência da
caça furtiva extrema, incluindo a quantidade de "carcaças frescas de Rácio número de carcaças frescas de elefantes - versus-
SMART, o censo aéreo
elefantes – versus -elefantes vivos" nas áreas de amostragem , em número de elefantes vivos
comparação com a situação de referência de 2014.
Redução da presença de pontas de marfim e cornos de rinocerontes Quantidade de pontas de marfim ou cornos de rinocerontes
CITES
provenientes de Moçambique nas apreensões internacionais. de provenientes de Moçambicana
Nenhuma absolvição de um caçador furtivo detido e levado à justiça Número de absolvições devido a lacunas do processo-
Relatórios de actividades da ANAC
devido a lacunas do processo verbal. verbal
Ocorrência de detenções e condenações dos patrocinadores e pessoas
envolvidas na exportação de pontas de marfim e cornos de rinoceronte a Número de detenções seguidas de condenações Relatórios de actividades da ANAC
nível internacional.
Diminuição do número de conflitos entre homens e animais selvagens em
Número de conflito entre homens e animais selvagens Relatórios de actividades da ANAC
relação à situação de referência registada no início do projecto.
Número de áreas de conservação que recebem
Operacionalização do mecanismo de financiamento sustentável para financiamento do BIOFUND
Relatórios de actividades do BIOFUND
áreas de conservação Indicadores de acompanhamento ecológico e da eficiência
das medidas de gestão
Reforço das capacidades administrativas e de gestão das áreas de Número de áreas de conservação que cumprem os critérios
Relatórios de actividades de BIOFUND
conservação de financiamento BIOFUND
A experiência conduzida pelo BIOFUND deverá permite-lhe captar mais
Aumento de capital ou subvenções geridas por BIOFUND Relatórios de actividades de BIOFUND
recursos para o benefício das áreas de conservação em Moçambique

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3.1.1.2 Clarificação do âmbito do projecto

A Direcção Geral da ANAC, assessorada pelo Comité de Pilotagem e pelo Assistente Financeiro, vai confirmar todas
as expectativas para o desenvolvimento do projecto e responsabilidades das partes interessadas (AFD, ANAC e ACs).

3.1.2 Formação e Arranque do Projecto


O Assistente Financeiro, o Administrador da AC e a Gestão da AC, vão transmitir conhecimento técnico e financeiro
para o desenvolvimento do projecto as Unidades Funcionais (UFs) das ACs e da ANAC de acordo com a metodologia
e requisitos do projecto e da AFD.

3.1.2.1 Formação Financeira

O Assistente Financeiro vai realizar junto das ACs e da ANAC formação sobre a preparação de informação financeira
e dos respectivos modelos de relatórios.

3.1.2.2 Indução aos Procedimentos do APPEM

A ANAC, a Gestão das ACs, e o Assistente Financeiro, vão realizar junto das respectivas UFs pequenas formações de
introdução ao projecto com a indicação dos objectivos do projecto, as componentes a serem financiadas e os
mecanismos de gestão e reporte do projecto, incluindo a monitoria e avaliação das actividades técnicas.

3.2 Recepção de Fundos

Conceito Recepção dos fundos mediante a disponibilização pelo Banco de Moçambique para
à ANAC, ou, pela ANAC para os beneficiários de nível 2.

Responsável Beneficiário de Nível 1 e 2

3.2.1 Confirmar a entrada do valor


O Gestor Financeiro do beneficiário final (nível 1 e 2) vai verificar a disponibilidade do valor na conta bancária
especial do projecto. A confirmação pode ser realizada através de transacções bancárias.

O Gestor Financeiro gere as entradas de acordo com o plano, informando a Gestão da AC quando concluído.
A Gestão da AC deve confirmar a recepção dos fundos à ANAC e à AFD.

3.2.2 Desembolsos
Os desembolsos do projecto serão feitos sob a solicitação da ANAC, enquanto beneficiário final de nível 1. Para
efeito a ANAC irá solicitar o desembolso à Direcção Nacional do Tesouro, que a transmitirá ao Banco de
Moçambique. Após o recebimento, o Banco de Moçambique deverá contactar o Director da AFD para não objecção.
A AFD irá transmitir sua não objecção ao Banco de Moçambique, que irá proceder com o desembolso dos fundos
para a Conta do projecto em questão, de acordo com as instruções indicadas e a partir da Conta C2D. Cada pedido

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de desembolso será considerado devidamente comprovado, se todos os documentos e justificativos necessários


estiverem anexados ao pedido de desembolso.

O último pedido de transferência deverá chegar à AFD, o mais tardar quinze (15) dias úteis antes da data limite de
desembolso.

A parte da subvenção que não tenha sido utilizada nessa data será automaticamente cancelada.

Desembolso

Solicitação de
desembolso de
Fundos
ANAC

Documentos de Registo de
Execução de Fundo
Conformidade recebimento

Não

Análise Documental
Solicitação de
e solicitação de
desembolso
DNT

conformidade

Não Sim

Existe de
Verificação das
Disponibilidade
disponibilidades
Financeira?
Transferência a conta
BM

especial
Sim

Solicitação de Não Sim


Objeção

Comunicação das
Verificação de Existe
causas de não
AFD

Conformidades conformidade?
conformidade

Não

O BM procede com o envio de fundos ao beneficiário final 1 (ANAC) para a implementação do projecto através:
► Notificação sobre fundos
► Primeiro pagamento
► Pagamentos subsequentes

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Por conseguinte, a ANAC canaliza os montantes estabelecidos no plano operacional ao PNL e a RNN por via de
transferência bancária.

3.2.2.1 Abertura de Contas Especiais

O projecto prevê que quer o beneficiário final de nível 1, quer o beneficiário final de nível 2 abram contas,
designadas de conta especial, em bancos comerciais, com o fim de movimentação exclusiva dos fundos do projecto
de acordo com o orçamento e componentes previstas.

O contrato com o banco para a abertura da conta deve garantir que o banco renuncie qualquer direito a
indeminização existente ou a existir entre a Conta do Projecto e qualquer outra conta em nome do beneficiário final
(nível 1 e 2).

As contas especiais devem ser abertas em um banco considerado “Banco Aceitável” pela AFD. Se no decorrer do

projecto, o Banco onde existir a conta especial do beneficiário final (nível 1 e 2) deixar de ser um “Banco Aceitável”,

a AFD pode exigir a ANAC enquanto beneficiário final de nível 1, que assegure a substituição da/s contas/s para um

“Banco Aceitável”.

3.2.2.2 Primeiro Pagamento

Após a submissão dos documentos para aceitação do projecto pela ANAC enquanto beneficiário final de nível 1,
será feito um adiantamento a conta especial da ANAC em conformidade com as componentes 1 e 2, no valor de um
milhão de Euros (1.000.000 €). O adiantamento deve obedecer o previsto no ponto 2.4 e no Anexo 4 da Convenção
de Financiamento (Condições Suspensivas).

3.2.2.3 Pagamentos Subsequentes

A transferência das tranches subsequentes é feita após a recepção e aprovação dos relatórios técnicos e financeiros
devidos pelo Beneficiário.
Observações:
Para o Beneficiário de Nível 1:
i. Os relatórios financeiros e técnicos devem incluir todos os entregáveis previstos na Convenção,
nomeadamente:
a. Um certificado assinado por um representante autorizado pelo MEF, confirmando o uso de pelo
menos oitenta por cento (80%) do Adiantamento anterior precedente ao pedido de Desembolso e a
cem por cento (100%) do penúltimo Adiantamento, incluindo uma declaração detalhada dos valores
pagos para despesas elegíveis durante o período;
b. Os documentos, considerados satisfatórios para a AFD, afirmando que as despesas elegíveis
relevantes foram ajustadas;
c. O programa de despesas projectado para a duração do projecto, actualizado até a Data do Pedido de
Desembolso;

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d. O relatório final de auditoria anual realizado às contas do projecto por um auditor independente.

Para os beneficiários de nível 2:


Devem apresentar:
a. Os relatórios financeiros com base no plano operacional;
b. Justificativos de despesas e do banco que comprovem a utilização de pelo menos 80% do
valor disponibilizado na tranche anterior;
c. O plano operacional e de actividades orçamentado para o período posterior, com a
indicação clara do valor solicitado;

Desembolso as ACs

Solicitação de
Corrigir as não Implementação do
Documentos de Desembolso de Recepção de Fundos
Conformidades Projecto
Conformidade Fundos
ACs

Não

Sim
Análise Documental
Existe Desembolso para
ANAC

e verificação de
Conformidade? Conta Especial
conformidade

ii. Revisão e aceitação dos relatórios financeiros: Todos os pedidos de pagamentos subsequentes devem ser
revistos antes da sua submissão. A revisão inclui: utilização dos fundos, fluxo de caixa, adesão ao orçamento,
cumprimento de prazos, precisão, outros requisitos da AFD estabelecidos na Convenção. Para efeito, o
beneficiário deve preencher o Modelo de Justificação da utilização de fundos adiantados (Anexo I: Modelo 1:
Justificação da utilização de fundos adiantados);
iii. O Assistente Financeiro deve fazer acompanhamento junto do Beneficiário, sempre que necessário, para
assegurar relatórios precisos e verificar a aceitação do relatório antes do pagamento ser realizado.

3.2.2.4 Ausência de Fundos Adicionais

O projecto não prevê a existência de fundos adicionais. Assim, os beneficiários devem planear e gerir os planos de
actividades do projecto com base no orçamento pré-definido.

3.2.2.5 Validar e Cabimentar a Despesa

O Gestor Financeiro do beneficiário final de nível 2 é responsável pela cabimentação de despesas. Assim, o
Assistente Financeiro recebe as requisições de fundos enviadas pelos beneficiários de nível 2 e procede à validação

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de toda a documentação, conferindo a sua autenticidade e verificando se a natureza da despesa requisitada está
contemplada no orçamento do projecto.
Após validação, o Assistente Financeiro cabimenta a despesa requisitada, verificando se a rubrica em causa tem
dotação orçamental. Na falta de cabimento, o Assistente Financeiro analisa, em coordenação com a UF, a
1
necessidade de proceder à redistribuição orçamental para realização da despesa requerida .

Tratando-se de despesas com cabimento, o Assistente Financeiro regista o cabimento e preenche na própria
requisição de fundos, a situação orçamental da rubrica em causa, indicando o respectivo saldo orçamental inicial e
corrente.

3.3 Solicitação de Propostas/Procurement


Conceito Definição de procedimentos para a contratação e gestão das relações
contratuais com os Beneficiários/Fornecedores.

Responsável Gestor Financeiro, Comissão de compras

► Termos de Referência
► Anúncio do concurso (quando não se tratar de adjudicação directa)
► Grelha de selecção
Documentos
► Relatório de análise das propostas
► Contracto
► Declaração de integridade

1
Considera-se inexistência de cabimentação orçamental os casos onde o valor previsto para a despesa é inferior ao que está
sendo praticado no momento que se pretende realizar a despesa, ou outros casos que devem ser analisados pelo Comité de
Direcção com base no orçamento global do projecto

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Descrição do Fluxograma

Solicitação de Procurement
Unidades Funcionais

Emitir Pedido
de Compra

Pedido de
Compra

Analisar o Receber e
Lançar Selecionar Requisitar
Pedido de Conferir bens
Comissão de Compras

Concurso Fornecedor Fundos


Compras Imobilizados
Requisição de
Sim Fundos
Aquisição Não Recolher três Contratos/
Através de
Cotações no Cotações
concurso
Público Mínimo
Área Financeira

Referenciar e
Efectuar
Registar os Contabilizar
Pagament
Bens
os
Imobilizados
Área de Património

Distribuir/
Alocação de
Bens
Imobilizados

As actividades inerentes a este subprocesso encontram-se descritas abaixo:

3.3.1 Modelo de Contratação


A contratação de bens e serviços pelos beneficiários do projecto deve basear-se no plano de aquisições do projecto
(informação em anexo). O Plano de Aquisições identifica os futuros contractos a serem celebrados nos primeiros 12
meses do projecto, definindo para cada um deles: o seu objecto, a natureza dos serviços, o valor ou o volume
previsto, o modo de licitação previsto, o tipo de processo (internacional ou nacional), o método de selecção
escolhido e o cronograma estimativo de contratação.

Adicionalmente, em anexo é apresentado o plano orçamental de todo o projecto para os quatro anos do projecto.

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3.3.1.1 Plano de Aquisições

O Plano de Aquisições será submetido para a obtenção da Não Objecção da AFD, e os beneficiários de Nível 2
deverão preparar planos de aquisições para os anos subsequentes do projecto com base no orçamento previsto.
Para efeito, o beneficiário de nível 1 (ANAC) em coordenação com os beneficiários de nível 2, deverá submeter à AFD
anualmente os planos de aquisições do projecto para a Não-objecção. A submissão dos planos anuais deverá ser
feita no mês de Outubro do ano anterior.

i. Para o caso do beneficiário do nível 1: É responsabilidade dos responsáveis do Departamento de


Planificaçãocao e Monitoria e do DAF de preparar o plano de aquisições anual a ser submetido ao Comité
de Pilotagem para posterior seguimento à AFD para não-objecção;
ii. Para o caso dos beneficiários de nível 2: É responsabilidade do Gestor Financeiro, Gestor Logístico e
Gestor de Procurement de preparar o plano de aquisições anual a ser submetido ao Comité de Pilotagem
para posterior validação da ANAC e seguimento à AFD para não-objecção.

3.3.1.2 Comunicação de Não Objecção

O processo de aquisição de bens e serviços pelos Beneficiários do projecto deve ser conforme as “Directrizes para
contratações financiadas pela AFD em países estrangeiros”, documento disponível (em inglês) na página web da
AFD:

http://www.afd.fr/webdav/shared/L_AFD/Opportunites_d_affaires/Directives-Passation-Marches-Etats-
Etrangers-va.pdf

O processo de aquisição de bens e serviços pelos Beneficiários do projecto depende do objecto e do valor do
contracto.

Algumas aquisições, dada a sua natureza e valor envolvido, estão sujeitos a aprovação e notificação de Não-
objecção pela AFD. As Notificações para pedido de Não-objecção devem ser feitas antes da realização da aquisição.

São documentos ou acções sujeitas a submissão prévia para o Não-objecção da AFD os seguintes:

► O Plano de Aquisições;
► O Concurso de Manifestações de Interesse: a lista curta dos proponentes a avançar para fase de
submissão de proposta técnica e financeira;
► O modelo de pré-qualificação dos concursos públicos: o aviso de pré-qualificação; o edital de pré-
qualificação e o método de avaliação pretendido (incluindo os critérios de avaliação das propostas);
► O relatório de avaliação dos licitantes;
► Processo de selecção: Modelo de Edital ou de documento para consulta; cláusulas administrativas e
técnicas aplicáveis; o modelo de contrato e a Declaração de Integridade a ser assinada pelo licitante;
► Após a avaliação das propostas, e antes do resultado ser notificado aos licitantes, um relatório detalhado
de avaliação das propostas recebidas, as recomendações para a adjudicação do contrato, e uma cópia da
proposta do proponente favorito (inclusive a Declaração de Integridade assinada). Para os casos de
concursos em que as propostas técnicas e financeiras são apresentadas em envelopes separados, o Não-
objecção da AFD será solicitado para os dois documentos.
► Se considerar necessário, a AFD pode solicitar o envio de todas as propostas dos licitantes do concurso
para avaliação;
► A decisão do concurso;
Se considerar necessário, e provada a violação do cumprimento dos princípios de contratação
estabelecidos para o projecto, a AFD pode revogar, anular a licitação ou de declará-la fracassada;

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► As minutas dos contractos, as cartas-contrato (inclusive a Declaração de Integridade assinada), antes da


sua assinatura e as alterações contratuais;
► E eventuais questões adicionais aos contractos em questão.

De notar que qualquer alteração a acontecer aos instrumentos acima mencionados carece de comunicação e
solicitação de Não Objecção da AFD.

Limites dos Modelos de Contratação

O projecto APPEM prevê a existência três modelos para a aquisição, nomeadamente, i) Adjudicação Directa, ii) Três
Cotações e iii) Concurso público, sendo os valores envolvidos em cada aquisição o determinante do modelo adoptar,
conforme mostra a tabela:

Valor Procedimento Nível de aprovação

Até 500 Euros Adjudicação Directa Gestor Financeiro

Gestor Financeiro e Administrador


De 501 a 30.000 Euros Três cotações
da AC ou Director Geral ANAC

Comité de procurement e de
Acima de 30.000 Euros Concurso Público
concursos públicos da ANAC

Os concursos com valores acima de 30.000 Euros devem ser previstos nos orçamentos anuais e o comité de
procurement da ANAC na altura da aprovação do orçamento deve indicar os elementos a constituírem o corpo do júri
para analisar as propostas dos concursos.

Para casos em que trata-se de fornecedores registados ou seja aqueles que forneceram um determinado
equipamento ou serviço que requeira assistência ou material complementar, o beneficiário de nível 2 não precisa de
pedir cotações ou lançar concurso para aquisição dos bens complementares. Refira-se que considera-se bens
complementares, os que são fornecidos por agentes exclusivos que representam uma marca ou tipo de serviço, por
exemplo aquisição de uma peça para um veículo Toyota, assistência ao sistema de geração de energia eléctrica
providenciado por uma entidade já contratada para instalar o sistema, serviços de comunicação telefónica ou de
internet.

3.3.2 Termos de Referência


A Gestão da AC em coordenação com os Funcionários relevantes da componente/aquisição em questão, determina
as componentes do projecto a serem comprados/subcontratados a terceiros e garante a disponibilidade de fundos
suficientes para cobrir o contrato em torno do orçamento acordado.

Antes da aprovação dos termos de referência, a equipa do projecto deve preparar o respectivo documento que deve
conter, entre outra, a seguinte informação:
► Plano orçamental do Projecto;

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► Histórico das aquisições (se existirem);


► Resultados esperados e impactos;
► Orçamento do projecto;
► Prazo para submissão das propostas;
► Data de publicação dos resultados.

Elaboração dos Termos de Referência

Os documentos de Pré-Qualificação/manifestação de interesse, os Editais de Licitação e as propostas deverão ser


redigidos em português (língua nacional) e, em alguns casos (por exemplo concurso internacional) em inglês. O
contrato celebrado com o licitante será redigido nos mesmos idiomas seleccionados para o Edital de Licitação, e
este mesmo idioma regerá as relações contratuais, entre o Beneficiário e o contratado.

► Se desejar, o Beneficiário final poderá optar por redigir os documentos de Pré-Qualificação, o Edital de
Licitação e o contrato, apenas em inglês.
► Caso não se trate de um dos três idiomas oficiais da AFD (francês, inglês, espanhol), e caso o contrato seja
sujeito à Não Objeção prévia da AFD, a AFD poderá pedir à ANAC de fornecer uma tradução da proposta, e
da minuta do contrato.

3.3.2.2 Divulgação dos Termos de Referência

Além dos modos de divulgação a serem observados pelos Beneficiários, pela regulamentação das licitações
públicas a ele aplicável, os avisos de concurso (Chamada a Manifestação de Interesse, Aviso de Pré-Qualificação,
Aviso de Licitação, etc), no caso de processos licitatórios internacionais, deverão ser publicados em média
electrónica ou veículos impressos, de circulação internacional e, no mínimo, no Site de Internet da AFD com a
seguinte referência: http://afd.dgmarket.com.

3.3.2.3 Prazos de Licitação

Os prazos de licitação de submissão de propostas e manifestação de interesse deverão permitir maior concorrência
e a elaboração de propostas de qualidades pelos proponentes, cabendo aos beneficiários a definição de um prazo
razoável. Para os casos de concurso internacional os prazos deverão ser os seguintes:

► Prazo de elaboração de uma resposta a aviso de manifestação de interesse / pré-qualificação (da data de
publicação do último aviso publicado, até a data limite de entrega das respostas): 4 semanas;
► Prazo de elaboração de uma proposta de serviços de natureza intelectual (do envio da solicitação de
proposta aos licitantes da Lista Restrita até a data limite de entrega das propostas): 6 semanas; por outro
lado, este prazo não deve exceder 3 meses; e
► Prazo de elaboração de uma proposta de obras ou fornecimentos / equipamentos (da data da última
publicação do aviso de Licitação até a data limite de entrega das propostas): 8 semanas.

3.3.2.4 Moedas

O Edital de Licitação (ou solicitação de proposta, no caso de prestações de serviços intelectuais) deverá permitir aos
proponentes denominar a sua proposta em uma ou várias moedas estrangeiras de referência (Euro ou dólar

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americano).

Para fins de avaliação e de comparação das propostas, o Edital de Licitação deverá indicar uma fonte oficial para a
taxa de câmbio, e uma data de referência (em geral a data limite de entrega das propostas), que será utilizada para
converter todas as propostas numa única moeda.

• Registros e demais exigências administrativas

Os editais de Pré-Qualificação ou Documentos de Licitação deverão facultar a entrega de comprovantes de natureza


equivalente àqueles requeridos no país do proponente. O registro do proponente, ou a apresentação de
comprovantes administrativos no país de realização do projecto, poderá ser uma condição prévia à assinatura do
contrato (neste caso, está estipulado no Edital de Licitação), mas não à pré-qualificação de um licitante ou à entrega
de uma proposta.

3.3.3 Preparação e Divulgação do Anúncio


O Assistente Financeiro do projecto e o Gestor Financeiro das entidades beneficiárias vão comunicar a
disponibilidade de fundos aos Beneficiários/Fornecedores e as tarefas a serem executadas.

3.3.3.1 Informação do Concurso

O Oficial de Compras da unidade beneficiária prepara o anúncio para divulgar aos potenciais fornecedores a
informação de apoio para a elaboração das suas propostas.

O anúncio é publicado nos jornais de maior circulação e nas páginas electrónicas da unidade.

Os termos de referência são enviados ou entregues aos fornecedores mediante a sua solicitação.

3.3.4 Avaliação de Propostas


A Comissão de compras faz a Selecção da proposta que melhor responde aos requisitos de acordo com os Termos
de Referência, através da avaliação da propostas técnica e financeira, avaliação do risco, realizar visita de campo
(quando se justificar) e seleccionar Fornecedor.

3.3.4.1 Avaliar Propostas Técnica e Financeira

Os membros da Comissão de Compras analisam o conteúdo das propostas técnicas e financeiras.

Após a análise individual a Comissão de Compras, sistematiza os resultados e submete para registo do Assistente
Financeiro .

3.3.4.2 Sanção da contratação non conforme de mercados

Sem prejuízo das sanções previstas na subvenção, em caso de Corrupção ou Fraude, caso as fiscalizações
realizadas pela AFD demonstrem que não foram observados os dispositivos destas Directrizes pelo Beneficiário, a
AFD poderá declarar o processo licitatório não conforme, e poderá:

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► Cancelar a parte do financiamento alocada aos bens, obras ou serviços que não foram adquiridos de
acordo com as orientações deste manual e outros documentos que norteiam a gestão do projecto;
► No caso de subvenção, solicitando o reembolso de tudo ou parte dos recursos desembolsados.

Mesmo quando um contrato for assinado depois do Comunicado de Não Objecção, a AFD ainda poderá declarar a
não conformidade do processo licitatório, se concluir que o Comunicado de Não Objeção foi emitido com base em
informações incompletas, inexatas ou enganosas fornecidas pelo Beneficiário, ou que os termos e condições do
contrato foram alterados, sem a anuência da AFD.

3.3.4.3 Preferência por Conteúdo Local

Os Beneficiários podem pela legislação vigente (Decreto 5/2016 de 8 de Março, Artigo 28), dar preferência aos
licitantes nacionais, sempre que existirem oferta competitiva localmente. Com base nas directrizes de licitação da
AFD em países estrangeiros, a margem de preferência nacional não poderá exceder 15% do preço de importação,
descontados os tributos, no caso de um contrato de fornecimento, ou 7,5% do preço, no caso de um contrato de
obras, para efeito deve ser observado o princípio de transparência, antecedido de um pedido de não objecção pela
AFD

3.3.4.4 Julgamento das Propostas

No processo de qualificação e selecção dos licitantes os Beneficiários deverão prever apenas duas respostas para
cada critério de qualificação, “aceitável” ou “não aceitável”, e as propostas não aceitáveis, em um ou mais desses
critérios, deverão ser descartadas, sem notação ponderada das mesmas.

Para flexibilizar o julgamento, algumas alternativas podem ser consideradas, nomeadamente:

► O regulamento do concurso pode permitir que os concorrentes apresentem alternativas para redução de
custos ou aproveitamento de soluções tecnicamente interessantes, especialmente para caso de
contratação de obras. Os preços das diversas alternativas propostas deverão ser lidos no acto de abertura
pública das propostas;
► Algumas propostas poderão incluir um desconto, que será sempre levado em consideração no julgamento,
desde que lido no acto público de abertura dos envelopes.
► Para concursos internacionais de bens ou equipamentos, os licitantes serão convidados a entregar a sua
proposta de acordo com as regras internacionais, definidas pela Câmara de Comércio Internacional para a
Interpretação dos Termos comerciais utilizados no Comércio Exterior (Incoterms). As propostas serão
preferencialmente denominadas com base nos preços CIP para fornecimentos fabricados no exterior, e
com base nos preços EXW, para fornecimentos fabricados ou montados no país do Beneficiário, aos quais
são acrescentados os custos de transporte interno e de seguro até o destino final.

3.3.4.5 Cancelamento do Concurso

O Edital do concurso deve prever que o Beneficiário poderá recusar todas as propostas recebidas e declarar a
anulação do concurso quando:

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► Não houver real concorrência, estando entendido que a entrega de uma única proposta não significa
necessariamente a falta de concorrência, desde que a mesma responda aos critérios de qualificação do
concurso;
► As propostas recebidas não forem compatíveis, em sua essência, com as especificações do Edital do
concurso;
► Os preços das propostas se situarem acima do orçamento previsto.

Em qualquer das situações, o Beneficiário deverá obter o Comunicado de Não Objecção da AFD, para declarar o
cancelamento do concurso. Seguidamente, o Beneficiário deverá analisar todas as causas que levaram a tal
situação (modalidades de divulgação, cláusulas e escopo do contrato, concepção e especificações, etc) e saná-las
antes de lançar uma nova Licitação.

3.4 Execução de Fundos


Garantir o pagamento das actividades do projecto de forma atempada bem como o
Conceito
uso eficiente dos fundos concebidos.

Responsável Agentes Beneficiários

Documentos ► Planos Orçamentais, parciais, globais e rectificativos


► Contrato com Fornecedores

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3.4.1 Planeamento Orçamental


Descrição do Fluxograma

Planeamento Orçamental
Gestão de AC/ Assistente financeiro

Divulgar as Analisar Aprov ar


Priori dades da Divulgar
Propost as de Propost a de Executar
Componente 1 Orçamento
Orçamentos Orçamentos Orçamento
Global
Parci ais Parci ais
Linhas de
Ori entação/
Metodol ogia de
Elaboração do
Orçamento
Funcionais

Propostas de
Unidades

Elaborar
Orçamentos Ajustar
Orçamentos
parciais Orçamento
Parciais

Sim
Aprovar
Comité de Direcção

Proposta de Necessidade de
Orçamento Ajustamento
Global

Não
Aprovar a
Proposta do
Orçamento

Aprovar Não
Proposta de
Orçamento
AFD

Parecer Sim
Favorável

Os membros do Comité de pilotagem vão:


► Fazer a definição das actividades a serem executadas e comunicação com as UFs para garantir um
conhecimento adequado das políticas, capacidades financeiras para gerir o fundo do APPEM e que os
integrantes das UFs beneficiárias compreendem todos os requisitos da AFD.
► Comunicar o ciclo de gestão do projecto as UFs, com ênfase na componente financeira da AFD e
explicação dos modelos de relatórios de despesas do projecto.

3.4.1.1 Políticas Gerais de Planeamento orçamental

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► A Gestão da AC, através do controlo financeiro, é a área responsável pela elaboração do orçamento das
ACs;
► A preparação da proposta do orçamento deve ter como base as prioridades estabelecidas na Componente
1 e 2;
► A elaboração do orçamento do projecto deve ter como base o documento do projecto que indica as
componentes de cada AC em termos de actividades, aquisições e período de implementação;
► As ACs e a ANAC devem elaborar orçamentos separados designados de orçamentos parciais e devem ser
compiladas pelo Gestor de Projecto para a elaboração do orçamento global;
► Os orçamentos parciais devem ser aprovados pela gestão da ACs;

► A Proposta do Orçamento Global, após aprovação pela Gestão das ACs é apresentada ao Comité de Pilotagem para
validação;
Na elaboração do orçamento, deve-se ter sempre em conta as últimas deliberações do Comité de Pilotagem.

3.4.1.2 Elaboração de Propostas de Orçamento Parciais

Os planos de actividades e orçamentos parciais são elaborados pelas UFs das ACs e da ANAC. As UFs devem
elaborar o plano de actividades e orçamento da sua área respectiva (designados orçamento individual da área) com
base nas componentes no projecto. Estas propostas devem ser elaboradas tendo em consideração, dentre outros, os
seguintes aspectos:

► Actividades previstas (formação, capacitação institucional e equipamentos);

► Actividades programadas nos exercícios anteriores e que não foram realizadas.

Os planos de actividades são orçamentados de acordo com os princípios de orçamentação e os gastos previstos no
documento do projecto.

O Plano Parcial de Actividades orçamentado deve ser discutido e fundamentado a nível interno de cada UF. Após
ajustamentos, o Plano Parcial de Actividades é aprovado pelo responsável máximo da respectiva UF.

As propostas parciais aprovadas a nível das UF’s devem ser submetidas para validação do Assistente Financeiro que
de seguida deve submeter a proposta a Direcção Geral da ANAC para o beneficiário de nível 1 e pela Gestão da AC e
pelo Administrador da AC para os beneficiários de nível 2. Posteriormente as propostas parciais validadas pela
Gestão da AC e/ou pela Direcção Geral da ANAC são enviadas ao Assistente Financeiro para consolidação, de modo
a obter-se o Plano de Orçamento Global do PNL, RNN e da ANAC.

3.4.1.3 Discutir e Validar a Proposta do Orçamento Global

A Proposta do Orçamento Global é discutida, analisada e validada a nível do Comité de pilotagem. A validação do
orçamento consiste na verificação do cumprimento dos pressupostos estabelecidos para a elaboração da proposta
de orçamento e sua comparação com os orçamentos anteriores.

3.4.1.4 Ajustar Orçamento

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O ajuste do orçamento é feito pelo Comité de pilotagem, através da solicitação pela gestão das ACs com propostas
orçamentais sujeitas à fundamentação, a procederem à sua defesa. As propostas de orçamento que carecem de
ajustamentos são devolvidos às respectivas ACs (UFs) para correcção e posterior integração na Proposta do
Orçamento Global.

3.4.1.5 Aprovar a Proposta do Orçamento Global

Após fundamentação e introdução das correcções necessárias, a Proposta do Orçamento anual global do projecto é
aprovada.
Após aprovação pelo Comité de pilotagem, a Proposta do Orçamento Global do projecto é enviada a ANAC e AFD
para integração na Proposta do Orçamento do Ministério/Direcção e registo no SISTAFE e posterior envio ao MEF.

3.4.1.6 Divulgar o Orçamento Global

Após aprovação pelo Comité de pilotagem, os Gestores Financeiros da ACs divulgam o orçamento parcial da sua AC
a nível das UF’s.
Comunicar ao Parceiro o orçamento discriminado, baseado no plano de actividades do trabalho.
Os objectivos desta fase são: clarificar os resultados financeiros com base em actividades esperadas e determinar
se devem ser analisadas alterações às actividades e orçamento devido aos riscos do projecto.

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Funcionais
Elaboração e Aprovação de Orçamentos
Unidades

Elaboração da proposta Apresentação Implementação/Execução


do orçamento parcial da de orçamental
UF Esclarecimentos Proposta parcial do
Proposta parcial do
orçamento da UF Não orçamento da UF

Elaboração do
Financeiro
Assistente

Sim Elaboração
Validação da Está
Sim
da proposta
orçamento
Proposta do global do
proposta conforme? parcial por
Benefciário orçamento parcial projecto
por beneficiário
Direcção Geral da
ANAC ou Gestão

Sim
da AC

Verificação de Existe
conformidade
conformidade?
Comité de Pilotagem

Verificação de Existe
Não
Solicitação de
conformidade conformidade? esclarecimentos

Solicitação de
Validação

Ajustamento da Registo e comunicação


Submissão da
ANAC

Validação proposta com base nos aos beneficiários de


proposta Orçamento Global
comentários da AFD nível 2
do projecto

Justificativa
da objecção
Verificação de
Não Comunicação de
Existe
AFD

conformidade Não-objecção
conformidade?
Sim

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3.4.1.7 Elaborar Proposta de Redistribuição Orçamental

Sempre que não haja dotação disponível para uma certa despesa orçamentada, sendo esta imprescindível e
prevista no projecto, o Gestor Financeiro deve elaborar uma proposta de redistribuição orçamental que deve ser
autorizada pela Direcção Geral da ANAC para o beneficiário de nível 1 e, pela Gestão da AC e pelo Administrador da
AC para as despesas dos beneficiários de nível 2para posterior análise e validação pelo Comité de pilotagem. Este
processo é valido para a redistribuição orçamental dentro de uma componente do projecto APPEM.

Com efeito, a redistribuição do orçamento entre as três componentes do projecto só poderia ser feita no quadro da
assinatura de uma Adenda entre a República de Moçambique e a AFD.

3.4.1.8 Indeferir Pedido

Sempre que a despesa requerida não tenha cabimento orçamental e a necessidade de redistribuição orçamental
não se verifique, o Gestor Financeiro deverá registar na própria requisição de fundos as causas do indeferimento
com indicação das possíveis alternativas para a realização da despesa.

3.4.1.9 Actualizar Orçamento

Aprovadas as propostas de redistribuição orçamental, o Gestor Financeiro deve proceder ao seu registo para
actualização do orçamento e comunicar, por escrito (preferencialmente por email), as alterações do orçamento às
UF’s.

3.4.2 Controlar Orçamento

Controlar Orçamento

Não Elaborar Relat ório


Apurar Desv ios Desvios
Área Financeira

de Execução
Orçamentai s Exist entes?
Orçamental

Sim

Identificar as
Causas e Justificar

3.4.2.1 Procedimentos de Controlo do Orçamento

► Para o projecto o controlo orçamental é realizado a nível da ANAC e pelas ACs através do processo de registo
das Requisições de Fundos;

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► Os beneficiários de nível 2, mensalmente devem emitir um relatório de execução orçamental que reflecte o grau
de execução em valores absolutos e percentuais por AC. Trimestralmente a ANAC (beneficiário de nível 1) deve
enviar um relatório trimestral até o dia 20 do terceiro mês ao Assistente Financeiro;

► Todos os desvios orçamentais devem ser analisados e justificados;


► Sempre que possível, o controlo orçamental deve, igualmente, ser efectuado a nível das ACs de modo a permitir
um controlo paralelo com o Gestor Financeiro, garantindo desta forma maior segurança do controlo da
execução orçamental;
► Todas as alterações orçamentais (exemplo: redistribuição, transferências de verbas e reforços) são aprovadas
pelo Gestor do Projecto, mediante proposta do Gestor Financeiro.

3.4.2.2 Apurar Desvios Orçamentais

O Gestor Financeiro da AC, com base na comparação do valor orçamentado e realizado, apura os desvios
orçamentais por rubrica e por sub-componente e/ou UF.
Os desvios orçamentais são apurados em valores absolutos e percentuais, sendo posteriormente objecto de análise
e fundamentação.

3.4.2.3 Identificar as Causas e Justificar

Os desvios orçamentais apurados são cuidadosamente analisados pelo Gestor Financeiro com o objectivo de
identificar as principais causas. A fundamentação dos desvios poderá ser feita em coordenação com as respectivas
UF´s.

3.4.2.4 Elaborar Relatório de Execução Orçamental

Mensalmente, o Gestor Financeiro deverá elaborar um relatório de execução orçamental parcial (por sub-
componente do projecto) e global. Este relatório deverá indicar, por rubrica, o orçamento previsto, valor realizado e
desvios orçamentais.
O relatório de execução orçamental deve indicar igualmente as alterações orçamentais que ocorreram durante o
período em análise, bem como a fundamentação dos desvios orçamentais.
O relatório de execução orçamental depois de validado pela Gestão da AC e aprovado pelo Administrador é enviado
ao Comité de pilotagem e divulgado a nível das UFs, até o dia 20 de cada mês. Trimestralmente a gestão da AC
deverá enviar a ANAC e ao Assistente Financeiro, o relatório de execução orçamental.

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3.4.3 Reconciliar Contas Bancárias


Tesouraria
Reconciliação de Contas Bancárias

Solicitar Extrato Actualizar


Bancário Controlo Bancário

Sim
Contabilidade

Confrontar
Valores em Regularizar
Extratos com os Contabilizar
abertos diferenças
registros

Não

3.4.3.1 Procedimentos de Reconciliação Bancária

► As reconciliações bancárias são efectuadas pela Contabilidade, até o dia 5 de cada mês;
► Todas as reconciliações bancárias deverão ser aprovadas pelo Gestor Financeiro mediante aposição da
assinatura e data;
► Todos os movimentos em aberto deverão ser analisados, justificados e corrigidos;
► As reconciliações bancárias deverão permitir a identificação dos cheques em circulação. Todos os cheques em
circulação há mais de 90 dias deverão ser analisados e se necessário cancelados.

3.4.3.2 Solicitar Extracto Bancário

O Tesoureiro deverá solicitar ao Banco, até ao primeiro dia útil de cada mês, o extracto bancário da conta do
projecto, com indicação do período que se pretende reconciliar.
Os extractos bancários são posteriormente enviados à Contabilidade para reconciliação com o extracto da
contabilidade.
Os Gestores financeiros da ACs e da ANAC e o Assistente Financeiro deverão ter acesso ao extracto bancário
mensalmente para facilitar a preparação dos relatórios de execução orçamental previstos no 3.4.2.

3.4.3.3 Confrontar Extracto com os Registos

A reconciliação bancária deve ser efectuada no modelo próprio (Anexo I - Modelo 2: Reconciliação bancária) através
da confrontação dos extractos enviados pelo banco com o controlo bancário interno. A reconciliação deverá consistir
na picagem dos movimentos reflectidos no extracto bancário com os da contabilidade para identificação de valores
em aberto.
Os movimentos em aberto, identificados no processo de picagem, poderão ser do seguinte tipo:

► Movimentos reflectidos no extracto bancário e não registados na contabilidade;

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► Movimentos registados na contabilidade e não reflectidos no extracto bancário.

3.4.3.4 Regularizar Diferenças

Na análise de reconciliações, deve-se investigar adequadamente os itens que apareçam dois meses consecutivos na
reconciliação. Caso sejam débitos ou créditos do banco que não tenham sido contabilizados, deve-se detectar a
razão do sucedido e se não existirem ou tiverem sido extraviados os documentos de suporte, deve-se solicitar ao
banco as respectivas segundas vias.
Os cheques em circulação há mais de 90 dias devem ser analisados e se necessário deverão ser anulados. Caso o
beneficiário do cheque reclame o seu cancelamento, a Tesouraria deverá emitir um novo cheque, explicando as
respectivas causas do cancelamento.

3.4.3.5 Actualizar Controlo Bancário

Após identificação e regularização dos movimentos em aberto, a Tesouraria deverá garantir a actualização do
Controlo Bancário para que os movimentos e saldos reflictam a verdadeira situação das disponibilidades bancárias.
A actualização do Controlo Bancário deverá ser consubstanciada por um documento escrito, aprovado pelo Gestor
Financeiro, que indica a correcção a efectuar.

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3.4.4 Gerir Pagamentos

Funcionais Gerir Pagamentos


Unidades

Emitir Requisição
de Fundos

Validar e Não Necessidade de Não


Indeferir o
cabiment ar a Tem cabimento? Redist ribuição
Pedi do
Área Financeira

Despesa Orçamental

Sim Sim
Elaborar
Propost a de
Redist ribuição
Orçamental
Não
Comité de Direcção

Analisar Sim
Propost a de Propost a Actualizar
Redist ribuição Aprov ada? Orçamento
Orçamental
Tesoureiro

Gerir
Pagamentos

3.4.4.1 Procedimentos de Pagamentos

► Os pagamentos das ACs para as actividades do projecto, deverão ser efectuados através de transferência
bancária, cheques e numerário (Fundo de Maneio), devendo-se privilegiar pagamentos através de
transferências bancárias;

► As despesas susceptíveis de pagamento através do Fundo de Maneio são aprovadas pelo próprio Tesoureiro,
após a verificação do processo normal de autorizações;
► O Gestor Financeiro deverá definir em coordenação com o Tesoureiro, o valor mínimo que deverá existir em
caixa e bancos;

► Nenhuma despesa pode ser ordenada e realizada sem que:

– Exista um documento que suporta a sua realização;

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– Esteja inscrita no orçamento e plano de actividades do projecto. Só em situações de extrema necessidade,


mediante autorização do Gestor do Projecto poderão ser pagas outras despesas com base nos
procedimentos de redistribuição orçamental previstos;

– Tenha cabimento na correspondente verba orçamental;


– Tenha disponibilidade;

► Todas as despesas devem ser justificadas através da apresentação de justificativos válidos e originais.

3.4.4.2 Emitir Requisição de Fundos

A solicitação de fundos é emitida pelas UF’s mediante o envio de uma requisição interna acompanhada pelos
respectivos documentos de suporte (ex. cotações, facturas, contractos). Esta requisição é autorizada pelo
responsável máximo da UF requisitante ou seu substituto, através da aposição da assinatura e data.
Tratando-se de solicitação de fundos para aquisição de bens, a requisição é efectuada através duma carta que é
enviada ao Gestor Financeiro. Esta carta deve descrever as especificações técnicas do bem requerido, com
indicação das respectivas quantidades.
Com base na carta recebida, a UF emite uma requisição com indicação do tipo e quantidade dos bens requeridos,
valor e fornecedor. Esta requisição deverá ser acompanhada com o mínimo de três (3) cotações de fornecedores
diferentes.
Tratando-se de solicitação de serviços, a requisição é acompanhada por uma carta com descrição detalhada do tipo
e natureza do serviço requerido. Neste caso, as requisições de fundos são enviadas directamente para aprovação do
Gestor do Projecto.
Quando a solicitação de fundos estiver relacionada com serviços contratados, a requisição deverá ser acompanhada
pelo respectivo contrato de fornecimento de serviços. Caso contrário, deve se proceder à consulta no mercado, de
acordo com os procedimentos de procurement descritos no presente Manual de Procedimentos.

3.4.4.3 Cabimentar Despesa

A requisição de fundos e os respectivos documentos de suporte são enviados pelas UF´s para a área do Gestor
Financeiro, onde se procede a cabimentação da despesa.
Antes de efectuar a cabimentação, o Gestor Financeiro deverá proceder a validação da própria requisição,
verificando se a sua autorização foi efectuada por um responsável competente (chefe da área funcional requisitante
ou seu substituto).
A cabimentação da despesa consiste em verificar as seguintes situações:

► Se o tipo e a natureza de despesa estão contemplados no orçamento aprovado;


► Se o valor solicitado é coberto pela dotação orçamental disponível.

3.4.4.4 Analisar e emitir Parecer

A requisição de fundos com os respectivos documentos de suporte, após cabimentação pelo chefe da UF, é enviada
ao Gestor Financeiro que procede à sua análise tendo em consideração os seguintes aspectos:

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► A requisição assinada por um responsável da área requisitante ou seu substituto;

► A evidência da cabimentação da despesa deve estar reflectida na própria requisição de fundos, através da
indicação da situação orçamental da rubrica (ex. saldo orçamental inicial e saldo orçamental corrente),
assinatura do responsável pela cabimentação e data.

Após análise do pedido de fundos, o Gestor Financeiro emite um parecer. Se o parecer não é favorável, a
documentação é devolvida ao requisitante, com indicação das causas. Adicionalmente, o Assistente Financeiro deve
comunicar a AFD sobre anomalias verificadas em situações de requisições de pagamentos pelos beneficiários.

Tratando-se de parecer favorável, os documentos são enviados à Tesouraria.

3.4.4.5 Identificar Meio de Pagamento

Após parecer favorável do Gestor Financeiro, o Tesoureiro analisa a documentação recebida e confere a
cabimentação e o Parecer do Gestor Financeiro. Com base no valor e tipo de despesa requerida, o Tesoureiro
identifica o tipo de meio de pagamento a emitir, tendo em conta o seguinte:

3.4.4.5.1.1 Pagamentos através de Fundo Fixo de Caixa


2
O Fundo Fixo de Caixa destina-se a cobrir, em numerário, despesas de pequena monta até (valor por se definir MT) ,
ou pagamento de despesas que não sendo de pequena monta, devem ser realizadas através de numerário, tais
como despesas urgentes e trabalhos prestados pelos membros da comunidade. As despesas acima deste valor
devem ser pagas através de bancos (cheque ou transferência bancária).
O valor máximo do Fundo Fixo de Caixa é definido pelo Comité de pilotagem, sob proposta do Gestor Financeiro e o
Tesoureiro. Este montante é definido com base na estimativa do valor de cobertura das despesas de pequena monta
registadas em média, durante um mês.
Periodicamente (pelo menos uma vez por trimestre), o responsável Financeiro (ou outro responsável por este
indicado) deve efectuar uma contagem física de caixa e verificar os documentos justificativos da sua utilização. Esta
inspecção deve decorrer de surpresa e sempre na presença do responsável pela gestão do Fundo Fixo de Caixa.
No processo de contagem, o valor total existente em caixa, adicionado ao montante total pago (valor a retirar dos
documentos comprovativos) deve totalizar o montante do Fundo Fixo de Caixa definido.
Após a verificação física dos valores em caixa, o responsável pela contagem física e o Tesoureiro deverão assinar o
Mapa de Contagem de Caixa (Anexo I -Modelo 3: Contagem de Caixa), para certificação da validade dos valores
reflectidos nos registos. Quaisquer diferenças devem ser clarificadas na altura, devendo-se imputar as devidas
responsabilidades.
As reposições do Fundo Fixo de Caixa devem ser efectuadas nas seguintes situações:

► Sempre que o valor existente em caixa for igual ou inferior a 20% do valor máximo definido;
► No último dia útil de cada mês, para que se faça o fecho mensal.

2
Valor a ser definido pelo Comité de pilotagem no início do projecto, podendo ser variável para cada beneficiário do projecto

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Para reposição do Fundo Fixo de Caixa, o Tesoureiro deverá enviar ao Gestor Financeiro o Pedido de Reposição de
Fundo Fixo (Anexo I - Modelo 4: Reposição de Fundo Fixo), com a descriminação das despesas realizadas e
indicação do valor a repor, que deverá ser o somatório dos valores dos justificativos apresentados.
O pedido de reposição do Fundo Fixo de Caixa é enviado juntamente com os justificativos originais das despesas
realizadas.
Depois de conferir os justificativos, o Gestor Financeiro autoriza a emissão do cheque a favor do Tesoureiro. Após
levantamento do cheque e reposição do Fundo Fixo de Caixa, o Tesoureiro deverá actualizar a conta bancos e a
conta caixa.

3.4.4.5.1.2 Pagamentos por Cheques ou Transferências Bancárias


Os pagamentos através de cheques ou transferências bancárias são efectuados para despesas não cobertas pelo
Fundo Fixo de Caixa. Para o efeito, o Tesoureiro deverá validar a requisição de fundos, conferindo a sua
cabimentação e autorização.
Na emissão de cheques, devem ser observados os seguintes cuidados:

► Deve-se verificar se a requisição de fundos foi devidamente autorizada;


► A emissão de cheques é condicionada pela apresentação de documentos originais e nunca por cópias;
► Os cheques devem ser nominativos e o seu valor (em algarismos e por extenso) deve ser trancado através dum
traço horizontal;
► Não devem ser assinados cheques em branco, mesmo que a instituição se obrigue com duas assinaturas.
Tratando-se de transferências bancárias, o Tesoureiro preenche a ordem de transferência bancária, com indicação
da conta e valor, bem como das respectivas contas beneficiárias.
O cheque e a ordem de transferência bancária são enviados para autorização do pagamento, juntamente com os
respectivos documentos de suporte, para assinatura.

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3.4.4.6 Autorizar Despesa

O pedido de fundos cuja despesa requer pagamento através de bancos (transferência bancária ou cheque), é
enviado ao responsável pela autorização da despesa de acordo com a Matriz de Autorização da Despesa,
juntamente com os respectivos documentos de suporte
A Matriz de Autorização de Despesas definida para o Projecto é apresentada na tabela seguinte:

Montante (em Euros) Responsável pela autorização


Até 5.000,00 Euros Gestor Financeiro
 Para beneficiário de nível 1: Direcção Geral da ANAC /
Acima de 5.001,00
 Para beneficiários de nível 2: Gestão da AC e Administrador da AC

A autorização das despesas é efectuada mediante a aposição da assinatura e data na própria requisição de fundos.
A Matriz acima definida não é aplicável nas seguintes situações:

► Despesas pagáveis através do Fundo Fixo de Caixa;


► Despesas normais de funcionamento, relacionadas com remunerações, rações, abastecimento de veículos,
comunicações, impostos, taxas, rendas e seguros, bem como as despesas previstas nos contratos de prestação
de serviços.
As despesas acima mencionadas são certificadas e validadas pela Gestão da AC ou Direcção da ANAC para
confirmação da sua importância e legitimidade.

3.4.4.7 Verificar Disponibilidade

Após cabimentação e autorização da despesa, a Tesouraria deverá verificar se o valor das disponibilidades em caixa
(para pagamentos através de Fundo Fixo de Caixa) e em bancos (para pagamentos através de cheque/transferência
bancária) é suficiente para cobrir o montante requisitado, tendo em atenção o valor mínimo que deve existir em
caixa e bancos, por forma a evitar:

► Ruptura de disponibilidades financeiras;


► Emissão de cheques sem provisão.
Após certificar a suficiência da disponibilidade em bancos, a tesouraria emite o meio de pagamento.

3.4.4.8 Autorizar Pagamento

A autorização de pagamentos é efectuada através da aposição de pelo menos duas assinaturas, devendo ser
obrigatórias pelo menos duas assinaturas.

3.4.4.9 Efectuar Pagamentos

A tesouraria é responsável pela efectivação de todos pagamentos das ACs após a autorização do pagamento por
parte do Administrador.

3.4.4.10 Actualizar controlo Bancário /Caixa

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Todos pagamentos efectuados devem ser registados. Tratando-se de pagamentos por cheques ou transferência
bancária, deve-se efectuar o registo no Mapa de Controlo Bancário com a indicação, de entre outras, da seguinte
informação:

► Nome do beneficiário;
► Valor;
► Descrição do tipo e natureza da despesa;
► Número de referência do cheque/transferência bancária;
► Data da emissão.
Relativamente às despesas pagas em numerário, o registo é efectuado no Mapa de Controlo de Caixa/Fundo de
Maneio (Anexo I - Modelo 5: Mapa de Controlo de Caixa), através do lançamento da seguinte informação:

► Nome do beneficiário/requisitante;
► Número de Identificação do Beneficiário, incluindo a localização e contacto telefónico e/ou email;
► Valor;
► Descrição do tipo e natureza da despesa e indicação da respectiva rubrica orçamental;
► Data de levantamento do numerário.

3.4.4.11 Receber e Validar Justificativos

Todos pagamentos efectuados devem ser justificados no prazo máximo de 72 horas após o desembolso do Valor.
Tratando-se de actividades que envolvem deslocação, a apresentação de justificativos é efectuada 72 horas após o
regresso.

3.4.5 Contrato com o Fornecedor


Estabelecimento do vínculo legal entre ambas as partes: a entidade contratada deve usar os fundos para a
actividade especificada. Um contrato deve ser assinado para garantir a utilização adequada dos fundos e formalizar
as responsabilidades dos Beneficiários.

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Descrição do Fluxograma

Contrato com o Fornecedor

Assinatura de
Contrato
AC

Contrato com
Equi pa de Project o é
especificações
informada do
técnicas
contrato
Gestor Financeiro

Registo no COSTAB COSTAB


Fornecedor

Fornecimento de
Bens e Serv iço

3.4.5.1 Assinar Contrato com fornecedor

O Gestor Financeiro deve preparar o contrato conforme ao padrão da AFD, com base nas informações do processo
de Procurement.

Esta actividade garante que as expectativas de ambas as partes, bem como as especificações dos serviços e/ou
equipamentos necessários, são claramente compreendidas e documentadas.

Recomenda-se que sejam preparados dois originais do contrato e sejam assinados por ambas as partes. Um original
deve ser enviado ao Fornecedor. O segundo original deve ser arquivado na área Financeira até à recepção da factura.

Uma cópia do contrato assinado deve ser enviada ao Gestor do Projecto.

O Administrador do Parque (para o caso das ACs) e o Director Geral (para o caso da ANAC) deve assinar todos os
contractos com Fornecedores.

3.4.5.2 Registar novo Fornecedor

O Gestor Financeiro deve registar informação sobre o Fornecedor na ferramenta COSTAB, incluindo a seguinte
informação:
► Número e título do contrato;
► Detalhes do Fornecedor;

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► Período de vigência e data do contrato;


► Correspondência trocada;
► Valor do contrato e os pagamentos efectuados até à data;
► Especificações dos Produtos e/ou serviços a adquirir;
► Responsável da aquisição na AC e ANAC.

3.4.5.3 Comunicar, Distribuir e Arquivar

O Oficial de Compras e o Gestor financeiro devem informar a equipa de projecto sobre o contrato existente.

Uma cópia do contrato assinado é enviada para a Área Financeira e outra cópia é arquivada pelo Gestor do Projecto.

3.4.5.4 Casos Especiais

Pela natureza da actividade das ACs, a conjuntura do mercado nacional e os tipos de contractos existentes sucede-
se, que em alguns casos, os parceiros de implementação das ACs são fornecedores de alguns serviços aos
beneficiários do projecto, nomeadamente i) horas de voo de fiscalização aérea, ii) formação e capacitação dos
técnicos e das ACs. Para estes casos, as actividades devem ser previstas na altura da elaboração dos orçamentos
parciais anuais dos beneficiários de modo que o Comité de pilotagem possa validar a sua realização e incorporação
no plano orçamental global.

45
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3.4.6 Gerir Conta Especial do Projecto

Funcionamento da Conta Especial

Solici tar o Pedido


de Desembolso
Recebimento do
AC

Carta se Pedido de
Desembolso e Desembolso
Justificativ o

Validar a Carta e os
Justificativ os
ANAC

Recepção do
Carta do Pedido de
Desembolso
Desembolso e
Justificativ o
Banco de Moçambique

Emitir Pedido de Desembolso


Não Objecção
Pedi do de Não
objecção

Não Sim
Pedi do em
AFD

Condições para não


Objecção

3.4.6.1 Procedimentos da Gestão da Conta Especial

► A AFD vai alocar a benefício da ANAC e das ACs do projecto uma subvenção num montante de EUR 4.000.000
(quatro milhões de euros), incluído 58.355,00 € de reserva para imprevistos;

► No início do projecto a ANAC recebera um adiantamento de EUR 1.000.000,00, dos quais uma parte será
transferida para as ACs, em tranches a acordar entre a ANAC e as ACs, com base no orçamento do projecto;

► As ACs deverão abrir uma conta bancária especial em seu nome localizada num banco comercial julgado
aceitável pela AFD;
► Os extractos da conta especial do projecto devem ser enviados à AFD numa periodicidade trimensal ou sempre
que se verificarem pedidos de renovação do adiantamento;

► A renovação do adiantamento será feita mediante a apresentação de justificativos da utilização do


adiantamento precedente e o plano orçamental do projecto para a verificação das conformidades.

A AFD reserva-se o direito de não dar seguimento ao pedido de renovação, sempre que o dossier não estiver
completo de acordo com o artigo 2.4 (Condições suspensivas) da Subvenção de Financiamento.

46
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3.4.6.2 Abertura de conta especial

► A ANAC de acordo com a subvenção vai abrir uma conta especial ao qual será o meio pelo qual a AFD, através
do Banco de Moçambique, irá canalizar os desembolsos para o projecto. Por sua vez, as ACs (PNL e RNN) irão
abrir também contas especiais em bancos aceitáveis para os depósitos e movimentos dos fundos referentes as
actividades da componente 1 do projecto;
► A ANAC informará à Direcção Nacional do Tesouro (DNT) – Departamento de Gestão da Conta Única do Tesouro,
ao Banco de Moçambique e a AFD as informações relativas as contas do projecto abertas em nome que do PNL
e da RNN;
► A ANAC solicitará o adiantamento dos fundos para o PNL e RNN;

► O BM depositará os valores na conta da ANAC uma vez reunidas as condições do artigo 2.4 da Subvenção
Financeira de acordo com o esquema 3.4.6.

3.4.7 Auditoria e Controlo

3.4.7.1 Auditorias

Cada conta do Projecto deverá estar sujeita a auditorias anuais durante todo período da sua utilização. Essas
auditorias serão realizadas por uma empresa de auditoria independente e que possui boa reputação, escolhida por
cada Beneficiário Final e após a emissão do parecer de não objecção pela Agência sobre os termos de referência do
trabalho de auditoria e da empresa de auditoria seleccionada. As auditorias deverão, nomeadamente, verificar, se
os fundos da Subvenção desembolsados a cada conta do Projecto foram utilizados em conformidade com as
disposições da presente Convenção. Os relatórios de auditoria deverão estar disponíveis no prazo de três (3) meses
após o fim de cada ano fiscal.

3.4.7.2 Controlo e Risco

Com vista a garantir que desvios sobre os objectivos do projecto sejam acautelados, deverão ser desenvolvidas
actividades de Auditoria e controlo interno. O Comité de Pilotagem das ACs e o Assistente Financeiro deverão
periodicamente identificar áreas de maior exposição ao risco do projecto de forma a definir prioridades para análise
no âmbito das actividades de Auditoria Interna e servir de base de orientação para a definição do Plano de
Actividades do ano subquente. A análise de controlo e risco deverá garantir que:

► As actividades de fiscalização e controlo seleccionem as áreas a verificar de acordo com o perfil do risco do
projecto;

► Todos intervenientes, gestores e responsáveis das unidades funcionais são consultados e concordam com a
priorização das áreas à fiscalizar/controlar; e

► O plano proposto identifica-se com os objectivos e indicadores de desempenho do APPEM.

3.4.7.2.1 Identificação e Avaliação de Riscos ao Projecto

As UFs deverão fazer a análise do risco das actividades relacionadas a sua área para posterior submissão ao Comité

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Relatório Geral de Execução do Projecto
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de Pilotagem para validação.

O risco inerente deve ser avaliado quanto à probabilidade de ocorrência e ao impacto que terá sobre o cumprimento
dos objectivos do projecto caso ocorra:

► Probabilidade de ocorrência – representa a possibilidade de um dado evento se verificar, não tendo em linha de
conta os controlos implementados;

► Impacto – representa o efeito decorrente do risco em análise.

Para cada um destes critérios, a UF (em primeira instância) e o Comité de Pilotagem devem atribuir uma
classificação, com base numa escala de avaliação de 1 a 5. Quanto maior a classificação maior a probabilidade de
ocorrência/impacto. Da análise deve resultar a Matriz de avaliação do Risco Inerente, que permite identificar os
riscos mais críticos para o APPEM.

Os resultados da análise deverão ser incorporados nos relatórios periódicos e reportados a ANAC. Para os casos em
que os desvios afectam questões orçamentais e de desembolso deve ser notificada a AFD para emissão da Não
objecção nas alterações orçamentais propostas.

3.4.8 Sistema de Reporting


O sistema de reporting do projecto deverá ser um instrumento que permite:

► Fornecer um conjunto de informações essenciais para a tomada de decisões;

► Definir o tipo e circuito de informação entre os vários intervenientes dos beneficiários;

► Proporcionar aos responsáveis das ACs e da ANAC uma intervenção consistente para assegurar a realização dos
objectivos previstos.

A AFD pode no exercício da sua função de fiscalizador, solicitar os documentos de concursos de licitação, os
comprovativos de pagamentos, os extractos bancários e outros considerados relevantes. Para tanto, a ANAC deve
garantir o arquivo em local e forma disponível, durante ao menos dez anos, a partir da Data Limite de Desembolso
dos Fundos, estipulada no Convenção de Financiamento, a documentação relativa a esses processos, dentre os
quais os documentos que devem ser objecto de Comunicado de Não Objecção.

3.5 Relatório Geral de Execução do Projecto


Conceito Reportar e verificar o nível de alcance dos objectivos dos projectos e gestão dos
recursos financeiros e técnicos disponibilizados aos Beneficiários

Responsável Assistente Financeiro

3.5.1 Relatório Final


Avaliação dos objectivos estabelecidos pelo projecto entre a AFD e o agente beneficiário no início do processo de
financiamento.

3.5.1.1 Elaborar relatório final

A Gestão dos beneficiários de nível 1 e 2, e o Assistente Financeiro vão realizar a avaliação da execução do projecto

48
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Relatório Geral de Execução do Projecto
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e sistematizar resultados (financeiros e técnicos) num relatório final que deve ser aprovado pela Direcção da ANAC,
conforme for a unidade beneficiária.

3.5.1.2 Aprovar Relatório

O Assistente Financeiro irá fazer a validação dos relatórios. Após validação, o Assistente Financeiro submete os
relatórios ao Director Geral da ANAC (beneficiário de nível 1) para aprovação.

Após aprovação pelo Director Geral do relatório final de monitoria, o mesmo deve fazer a assinatura com a indicação
da data.

3.5.1.3 Submeter relatório final

Após a assinatura do relatório, o Assistente Financeiro deve submeter o relatório final a AFD.

3.5.1.4 Arquivar Relatório

O relatório final do projecto deve ser arquivado na pasta do projecto (formatos físico e digital) pelo Assistente
Financeiro.

49
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Reporte à AFD
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3.6 Reporte à AFD


Conceito Fornecer informação a AFD sobre o uso do fundo, nomeadamente, informação
técnica, financeira e outros entregáveis acordados entre as partes.

Responsável Direcção Geral da ANAC

3.6.1 Registo dos Relatórios de Actividade


Preparação dos relatórios para à AFD:

3.6.1.1 Solicitar relatórios

A Gestão das ACs deve solicitar a UFs, os relatórios de actividade do projecto.

Os relatórios para a AFD são fornecidos de acordo com a data de apresentação prevista no contrato e plano de
actividades do projecto.

3.6.1.2 Preparar relatórios para a AFD

Com base nas actividades realizadas, a Gestão da AC em coordenação com o Assistente Financeiro, tendo como
base a informação recebida das UFs, devem preparar o relatório do exercício referente a todas as concessões
encerradas e em curso.

3.6.1.3 Aprovar relatório

O Administrador da AC e o representante nacional equipa da Gestão da AC devem aprovar o relatório final do


projecto antes da apresentação a AFD.

3.6.2 Submissão do Relatório Final


Com vista a fornecer a AFD informação sobre os fundos concedidos.

3.6.2.1 Enviar relatório

O Assistente Financeiro e o Gestor Financeiro devem garantir a confirmação do registo da informação no sistema,
após a recepção do email ou carta.

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Procedimentos de Conclusão
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3.6.2.2 Arquivar Relatório

A Gestão da AC e a ANAC procedem com o arquivo do relatório final do projecto na pasta do projecto.

3.7 Procedimentos de Conclusão


Conceito Descrever os procedimentos que asseguram o alcance dos objectivos da
implementação do projecto e a respectiva comunicação dos resultados.

Responsável Assistente Financeiro

3.7.1 Prestação de Contas


Conceito Apresentação da informação final relativa aos gastos de execução dos fundos do
Projecto.

Responsável Direcção Geral da ANAC

3.7.1.1 Prestação de Contas

Quando todas as actividades do projecto estão concluídas e reportadas, o Gestor do Projecto deve apresentar a AFD
e a ANAC:
► As contas finais de acordo com os relatórios financeiros;
► Fornecer relatórios de progresso contendo informações referente às actividades realizadas durante o
projecto.
As contas finais são descritas no relatório financeiro contendo informações das despesas executadas.

3.7.1.2 Reembolsos à AFD

Em caso de não utilização de fundos por parte do Beneficiário e sem o devido justificativo por escrito, os fundos
remanescentes devem ser reembolsados à AFD.

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Anexos

52
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Plano de Procurement3

Valor Total do
Contrato Data para
Nome do Contrato Valor do Primeiro Tipo de Tipo de Método de Método de Revisão pela Publicação PQL Data de Assinatura Data de término do
(Taxas e Apresentação de
Ano Contrato4 Concurso5 Contratação6 Selecção7 AFD8 ou REI do Contrato Contrato
impostos Propostas
inclusos) €
− 1a
Fase: fim do primeiro
N/A Segundo ano
Formação e Treinamento
160.000 70.000 C NCB/ICB OIB QCBS Prior 6 semanas Trimestre de − 2a
dos Fiscais das ACs
2017 Fase: Fim do terceiro
ano

Capacitação dos
Segundo Terceiro Semestre de
Administratores das ACs
18.000 12.000 C NCB/ICB OIB QCBS Preliminar N/A 6 semanas Trimestre de 2017
em gestão de operações
2017
de fiscalização

3
Plano do Primeiro Ano do Projecto –
4
C Para consultoria; W para obras; G para bens; O para outros.
5
NCB: Concurso de Âmbito Nacional; ICB: Concurso de Âmbito Internacional
6
REOI: Solicitação de Manifestação de Interesse; OIB: Concurso Público; RCB: Concurso Restricto; DC: Adjudicação Directa; SS: Contratação de fonte única; PQL: Pré-Qualificação; REOI + RCB para Concurso
Limitado após Expressão de Manifestação de Interesse; PQL + OIB para Abertura de Concurso após Pré-qualificação.
7
QCBS: Qualidade e Custo; QBS: Baseado na Qualidade; FBS: Orçamento Fixo; LCS: Menor Custo; LESCS: Substancialidade de requisitos compatíveis e Menor Avaliação (lower evaluated and substantially
compliant bidder).
8
Decisão a ser Tomada após aprovação preliminar da AFD para posterior avaliação.

53
Valor Total do
Contrato Data para
Nome do Contrato Valor do Primeiro Tipo de Tipo de Método de Método de Revisão pela Publicação PQL Data de Assinatura Data de término do
(Taxas e Apresentação de
Ano Contrato4 Concurso5 Contratação6 Selecção7 AFD8 ou REI do Contrato Contrato
impostos Propostas
inclusos) €
Contrato de Assistência
15 dias após o 15 dias após Segundo Após um ano da data
Jurídica para Assuntos
235.250 36.012,50 C NCB REOI + RCB QCBS N/A deadline da divulgação dos Trimestre de da assinatura
Ambientais (Para RNN,
submissão resultados 2017 (Renovável)
PNL e ANAC)
15 dias após Segundo 9
Construção de um Posto 15 dias após a 6 meses meses após
60.000 20.000 W NCB OIB QCBS Preliminar Publicação da PQL ou Semestre de a assinatura do
de Fiscalização no PNL submissão
REI 2017 contrato
Remodelação e melhoria
15 dias após Segundo
de posto de Fiscalização 15 dias após a 4 meses após a
70.000 25.000 W NCB OIB QCBS Preliminar Publicação da PQL ou Semestre de
de Massingir (Posto submissão assinatura do contrato
REI 2017
Velho)
Abertura de Estrada no 15 dias após Terceiro
15 dias após a 3 meses após a
PNL de km no troço (a 24.000 6.000 W NCB OIB QCBS Preliminar Publicação da PQL ou Quadrimestre de
submissão assinatura do contrato
definir) REI 2017

Após entrega das


Aquisição de Veículos 10 dias após a Terceiro trimestre
240.000 240.000 G NCB RCB QCBS Preliminar N/A viaturas e verificação
4x4 para o PNL e RNN submissão de 2017
de conformidades

Após entrega das


Aquisição de 10 dias após a Terceiro trimestre
16.400 16.400 G NCB RCB QCBS Preliminar N/A viaturas e verificação
Motorizadas para a RNN submissão de 2017
de conformidades

Após entrega das


Aquisição de Barco a 10 dias após a Terceiro Trimestre
13.700 9.520 G NCB RCB QCBS Preliminar N/A viaturas e verificação
motor para RNN submissão de 2017
de conformidades

9
Trata-se de uma despesa a acontecer em 2017 e 2018.

54
Valor Total do
Contrato Data para
Nome do Contrato Valor do Primeiro Tipo de Tipo de Método de Método de Revisão pela Publicação PQL Data de Assinatura Data de término do
(Taxas e Apresentação de
Ano Contrato4 Concurso5 Contratação6 Selecção7 AFD8 ou REI do Contrato Contrato
impostos Propostas
inclusos) €
Após entrega das
Aquisição de bicicletas 10 dias após a Terceiro Trimestre
3.000 3.000 G NCB RCB QCBS Preliminar N/A viaturas e verificação
para o PNL submissão de 2017
de conformidades
Aquisição de Após entrega do
15 dias após o 6 semanas após Segundo
Equipamento Diverso equipamento e
77.600 77.600 G NCB REOI + RCB QCBS N/A deadline da divulgação dos Semestre de
para actividades de verificação de
submissão resultados 2017
fiscalização conformidades
Aquisição de
Após entrega das
equipamentos para 10 dias após a Terceiro Trimestre
32.500 32.500 G NCB RCB QCBS Preliminar N/A viaturas e verificação
Monitoria de elefantes submissão de 2017
de conformidades
nas ACs
Após entrega do
Equipamento de 15 dias após o 6 semanas após
Terceiro Trimestre equipamento e
escritório incluindo 69.318 25.800 G NCB REOI QCBS N/A deadline da divulgação dos
de 2017 verificação de
manutenção (valor fixo) submissão resultados
conformidades
Após um ano da data
Fornecimento de 15 dias após a Terceiro Trimestre
180.000 45.000 G NCB RCB QCBS Preliminar N/A da assinatura
combustível para o PNL submissão de 2017
(Renovável)

Após um ano da data


Fornecimento de 15 dias após a Terceiro Trimestre
292.584 73.146 G NCB RCB LCS Preliminar N/A da assinatura
combustível para a RNN submissão de 2017
(Renovável)

Fornecimento de ração Após um ano da data


15 dias após a Terceiro Trimestre
para fiscais do PNL e 46.800 28.440 G NCB RCB LCS Preliminar N/A da assinatura
submissão de 2017
RNN (Renovável)
Formação e intervenção
Segundo Após um ano da data
sobre a Mitigação do
290.000 28.000 C NCB/ICB OIB QCBS Preliminar N/A 6 semanas Semestre de da assinatura
conflito Homem-Fauna
2017 (Renovável)
bravia

55
Valor Total do
Contrato Data para
Nome do Contrato Valor do Primeiro Tipo de Tipo de Método de Método de Revisão pela Publicação PQL Data de Assinatura Data de término do
(Taxas e Apresentação de
Ano Contrato4 Concurso5 Contratação6 Selecção7 AFD8 ou REI do Contrato Contrato
impostos Propostas
inclusos) €
Operações de Captura
para monitoria de 16.000 16.000 O N/A N/A N/A Preliminar N/A N/A N/A N/A
elefantes nas ACs

Salário de pessoal do
352.000 88.000 O N/A N/A N/A Preliminar N/A N/A N/A N/A
posto de sector (RNN)

Salário do Law
enforcement operations 124.000 31.000 O N/A N/A N/A Preliminar N/A N/A N/A N/A
mentor) – RNN

Último Após a aprovação do


Serviços de Auditoria 15 dias após a
60.000 15.000 C NCB RCB QCBS Preliminar N/A Quadrimestre de relatório de Auditoria
financeira submissão
2017 (Renovável)

Após dois anos da


Vigilância Aérea para o 10 dias após a Terceiro Trimestre
40.000 10.000 O NCB/ICB RCB LCS Preliminar N/A data da assinatura
PNL submissão de 2017
(Renovável)

Após dois da data da


Vigilância Área para a Terceiro Trimestre
171.920 89.420 O NCB/ICB RCB LCS Preliminar N/A N/A assinatura
RNN de 2017
(Renovável)

Vaga de Assistente 45 dias após a Primeiro Trimestre


115.500 8.750 O NCB OIB QBS Preliminar N/A Com o fim do projecto
Financeiro submissão de 2017

Provisão de Serviços de
Após um ano da data
Comunicação telefónica 30 dias após a Terceiro Trimestre
70.000 17.500 O NCB RCB LCS Preliminar N/A da assinatura
e de internet para ANAC submissão de 2017
(Renovável)
e suas Acs

56
O detalhe da tabela e o orçamento global do projecto é apresentado na secção seguinte.

57
Orçamento do Projecto

Componente 4: Gestão das Áreas de Conservação e da Fauna Bravia


Euros
Área Acção Indicador Metas anuais
Total Total Inicial 2017 2018 2019 2020

Projecto Áreas Protegidas e Protecção de Elefantes (Reserva Nacional do Niassa e Parque Nacional do
3.941.645,00 1.079.148,50
Limpopo) - (EUROS)
Formação de Fiscais das Áreas de Conservação 178.000,00 88.000,00 -
Treinar fiscais em planeamento de
operações, gestão de fiscalização, Número de
Parque Nacional
elaboração de relatórios de formações 1 0 1 1 3 10.000,00 10.000,00 - -
do Limpopo
patrulha e preparação de autos e realizadas
"field forensic"
Treinar fiscais em planeamento de
operações, gestão de fiscalização, Número de
elaboração de relatórios de formações 1 0 1 1 3 60.000,00
patrulha e preparação de autos e realizadas
"field forensic"
Reserva Nacional Treinar administradores da RNN e
168.000,00
do Niassa PNL em Gestão de Operações de
Fiscalização (law eforcement Número de
management) com enfoque para cursos 1 0 0 0 1 18.000,00
patrulhamento participativo e realizados incluir
liderança (front line staf and
decision making);

Equipamento, infra-estrutura e subsídio de funcionamento 1.774.525,00 593.378,50


Limpopo 652.290,00 279.322,50
Parque Nacional Construir postos de fiscalização Nr de postos 1 1 0 0 2 60.000,00 20.000,00

58
Componente 4: Gestão das Áreas de Conservação e da Fauna Bravia
Euros
Área Acção Indicador Metas anuais
Total Total Inicial 2017 2018 2019 2020
do Limpopo Remodelar o posto de fiscalização
Nr de postos 1 0 0 0 1 70.000,00 25.000,00
de Massingir (Posto Velho)
Abertura de vias de acesso
Nr de vias 2 0 0 0 2 24.000,00 6.000,00
(estradas + manutenção)
Adquirir viaturas 4*4 Nr de viaturas 2 0 0 0 2 120.000,00 120.000,00

Adquirir bicicletas Nr de bicicletas 30 0 0 0 30 3.000,00 3.000,00


Adquir equipamento de campo Nr de guardas
80 0 0 0 80 64.000,00 20.000,00
diverso para fiscais equipados
Equipamento de escritório incluindo Nr de material
50.000,00 20.000,00
manutenção (valor fixo) de escritório
Valor fixo para combustível dos
180.000,00 45.000,00
veículos
Contribuição à alimentaçao de
campo para os Guardas (5€ por dia 119 119 119 119 28.440,00 7.110,00
por guarda)
Contribuição para atender aos
processos judiciais (transporte, per 52.850,00 13.212,50
diem,... )
Niassa 1.122.235,00 314.056,00
Iniciar a construção de posto de
Nr. De postos 1 152.273,00 76.000,00
fiscalização
Adquirir viaturas 4*4 Nr de viaturas 2 120.000,00 84.000,00
Reserva Nacional, Adquirir motorizadas Nr de
10 16.400,00 16.400,00
do Niassa motorizadas
Adquirir barco 6m equipado com
Nr de barcos 1 13.700,00 9.520,00
motor de 50 cavalos
Adquirir equipamento de campo Nr de guardas
17 13.600,00 13.600,00
diverso para fiscais (valor fixo) equipados

59
Componente 4: Gestão das Áreas de Conservação e da Fauna Bravia
Euros
Área Acção Indicador Metas anuais
Total Total Inicial 2017 2018 2019 2020
Equipamento de escritório incluindo Nr de material
19.318,00 5.800,00
manutenção (valor fixo) de escritório
Valor fixo para combustível dos Qtd de
292.584,00 73.146,00
veículos combustível
Salário de pessoal do posto de
Nr de pessoal 352.000,00 88.000,00
sector
Salário do Law enforcement
operations mentor (Janeiro 2017 - Nr de indivíduos 1 124.000,00 31.000,00
Abril 2018)
Contribuição para alimentação de
campo para os fiscais (5 Euros por Nr de fiscais 18.360,00 4.590,00
fiscais)

Colaboração Colaboração 460.000,00 43.000,00

Limpopo 60.000,00 8.000,00


Valor fixo para as actividades de Nr de
Parque Nacional
colaboração (incluindo com as actividades de 60.000,00 8.000,00
do Limpopo
comunidades) colaboração
Niassa 400.000,00 35.000,00
Valor fixo para as actividades de Nr de
Reserva Nacional
colaboração (incluindo com as actividades de 100.000,00 10.000,00
do Niassa
comunidades) colaboração
Suporte à Luwire Safari Ltd/
Lugenga: rações+ eqpmt
guardas+despesas diversas;
300.000,00 25.000,00
funcionamento veiculos, formaçõo,
melhoramento das infra-
estructuras...)

60
Componente 4: Gestão das Áreas de Conservação e da Fauna Bravia
Euros
Área Acção Indicador Metas anuais
Total Total Inicial 2017 2018 2019 2020
Mitigação do conflito Homem-Fauna bravia 290.000,00 28.000,00

Parque Nacional Valor fixo: formação + maior


60.000,00 8.000,00
do Limpopo intervenção + acções de mitigação

Reserva Nacional Valor fixo: formação + maior


230.000,00 20.000,00
do Niassa intervenção + acções de mitigação

Monitoria de elefantes nas AC 110.420,00 110.420,00 - - -


Colares GPS + dados durante 2 Nr de colares
10 30.000,00 30.000,00
anos usados
Aquisição de sedativos Nr de sedativos 10 2.500,00 2.500,00
Reserva Nacional Realizar operações de captura de
do Niassa Nr de operações
10 horas (Honorários + perdiem + 2 16.000,00 16.000,00
de captura
transporte)
Efectuar vigilância aérea e voos de Nr de horas de
144 61.920,00 61.920,00
reconhecimento voo

Realizar vigilância
150.000,00 37.500,00
aérea nas AC
Parque Nacional Realizar operações de vigilância
Horas de voo 40 40.000,00 10.000,00
do Limpopo aérea
Reserva Nacional Realizar operações de vigilância
Horas de voo 110 110.000,00 27.500,00
do Niassa aérea

Componente 2 978.700,00 178.850,00

Assegurar assistência jurídica a Nr de áreas


ANAC 2 182.400,00 22.800,00
Reserva Nacional do Niassa e abrangidas

61
Componente 4: Gestão das Áreas de Conservação e da Fauna Bravia
Euros
Área Acção Indicador Metas anuais
Total Total Inicial 2017 2018 2019 2020
Parque Nacional do Limpopo e
ANAC (advogado de crime
ambiental (salario, perdiem,
transporte nacional)
Criar base de dados dados sobre
Luta contra a caça furtiva (compra Nr. De
3 14.800,00 14.800,00
de labtop e software, demostraçao, computadores
consultor)
Realizar contagem aérea nacional
Nr de contagens 1 500.000,00 100.000,00
do elefante (valor fixo)
Apoiar a comunicação (valor fixo) 70.000,00 17.500,00
Assistente administrativo e
financeiro (salário, per diem por
111.500,00 8.750,00
dias de campo, transporte para
visitar as AC)
Realizar auditoria financeira anual
60.000,00 15.000,00
do projecto
Avaliação final do projecto 40.000,00

62
Entrevistas Realizadas

# Nome do Entrevistado Função Instituição Data

1 Anibal Nhampossa Técnico de Serviços de Protecçãoo e Fiscalizaçãoo ANAC 12.08.2016

Directora dos Serviços de Planificação, Estudos e


2 Felismina Langa ANAC 14.08.2016
Cooperação

3 Maria Cidalia Mahumane Chefe de Departamento de Planificaçãoo e Monitoria PNL 14.08.2016

4 Isabel Banze Chefe do DAF PNL 16.08.2016

5 Paul Mangochi Responsável financeiro PNL 19.08.2016

6 Eunica Zunguza Directora de Administração e Finanças WCS 24.08.2016

Chefe do Departamento da Conta Única do Tesouro e


7 Augusto Zupera e Olinda MEF 02.09.2016
Operações

8 Pejul Sebastião Director Geral Adjunto ANAC 12.10.2016

9 Alastair Nelson Country Director WCS 01.12.2016

63
Termos de Referência do Assistente Financeiro

TERMOS DE REFERÊNCIA
Projecto Áreas Protegidas e Protecção dos Elefantes em Moçambique financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)

1. Posição: Gestor Administrativo e Financeiro de Projectos

2. Localização: Baseado em Maputo, com viagens as áreas de implementação do Projecto

3. Duração: 4 anos (48 meses)

4. Responsabilidades

Assegurar a Direcção Administrativa e Financeira do Projecto Áreas Protegidas e Protecção dos Elefantes em Moçambique, nomeadamente:
a) Agregar os planos de trabalho e os orçamentos dos diferentes intervenientes do projecto;
b) Assessorar as partes interessadas dos procedimentos de execução financeira (respeito pelos procedimentos da AFD);
c) Apoiar as partes interessadas na gestão dos contratos para a prestação de serviços que exigem um pagamento directo da AFD;
d) Receber as memórias de despesas dos diversos actores e verificar a sua conformidade com os procedimentos da AFD;
e) Desenvolver técnicas de relatórios de execução do projecto por meio da consolidação dos relatórios técnicos enviados pelas partes envolvidas mo projecto;
f) Submeter regularmente a AFD e a ANAC as despesas consolidadas e validadas pelas partes interessadas;
g) Assegurar a reconciliação de todas as contas bancárias e de todos os centros de custo;
h) Preparar os relatórios financeiros periódicos e anuais para apresentação ao comité de gestão do projecto e alertar de desvios relevantes ao planificado;
i) Organizar e supervisionar as operações de auditoria das despesas dos intervenientes e assegurar o cumprimento das suas recomendações.
5. Formação

64
No mínimo, o candidato deve possuir:
a) Licenciatura nas áreas de gestão administrativa, financeira, contabilidade ou qualificações equivalentes.

6. Outras qualificações

a) Ter pelo menos 2 anos de experiência comprovada na actividade;


b) Ser fluente em Português e Inglês, escrito e falado;
c) Conhecimentos em aplicações informáticas, são essenciais;
d) Capacidades de liderança, administração e comunicação;
e) Facilidade em relações humanas e comunicabilidade;
f) Conhecimento dos procedimentos do AfD e administração pública, bem como o funcionamento do Sistema Nacional das Áreas de Conservação, serão uma vantagem.

7. Resultados Esperados
a) Mensal
 Reconciliação bancária para as contas do Projecto, usando os modelos de acordo com os procedimentos da AfD, assim como o tradicional método de reconciliação bancária vigente;
 Relatórios financeiros a AfD através da Administração Nacional das Áreas de Conservação.
b) Trimestral
 Relatório financeiro com base em desembolsos realizados;
 Fluxos financeiros previsionais;
 Extractos das Despesas Realizadas;
 Pagamentos Directos.
c) Anual
 Extracto anual de todos os fundos do Projecto;
 Apoiar a auditoria anual efectuada pelos auditores externos e submeter as partes envolvidas no projecto dentro do prazo definido.

65
Modelos de Preenchimento

Modelo 1: Justificação da utilização de fundos adiantados


Justificação da utilização de fundos adiantados
O período de xx/xx/aaaa até yy/yy/aaaa
Moeda EUR Documento de referência para a AFD : ope-R1022
liquidação / prova do reembolso integral dos fundos adiantados
Renovação do adiantamento

Montante do adiantamento concedido :


Concours AFD n° : CMZ 1137 Formulário de justificação n° : x Date : xx/xx/aaaa
xxx

Documento contractual / Contracto Justificação das despesas Pagamentos


Rubrica da despesa

Valor Montant
Taxa de Montante Observações
Fornecidor Data Justificativo Forma de
Objecto da despesa Referência Data câmbio equivalente em Data
ou contratante Efectivame n° pagamento
Moeda Inicial Saldo Moeda Sem imposto Impostos 1EUR=Moeda. euros
nte pago

1 XXXXXXXX YYYYYYYY ZZZ 09-10-2004 EUR 17.750,00 2.575,00 15.175,00 ABCD1234 05-07-2004 ETB 2.796,00 27,96 10,156033 278,06 12-12-2004 transferência bancária
2 nnnnnnnnnnn vvvvvvvvvvv FFFFFFFFFF 05-10-2004 EUR 12.000,00 3000 9.000,00 defrg9875 05-07-2004 DJF 135.000.000,00 135.000,00 195,3125 691.891,20 18-12-2004
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21

66
Modelo 2: Reconciliação Bancária

Modelo 2

Reconciliações Bancárias

Banco/Delegação………………………………………………….

Mês de Referência /20 Conta nº …………………………………………….


Descrição Data Valor
Saldo do Banco no Final do Mês

Débitos do Banco em aberto na Contabilidade

Débitos da Contabilidade em aberto no Banco

Créditos do Banco em aberto na Contabilidade

Créditos da Contabilidade em aberto no Banco

Sub Total

Saldos da Contabilidade no Final do Mês


Diferença

Observações

Elaborado por …………………………………………………………………. Data …../…../……


O Responsável ……………………………………………………………….. Data …../…../……

67
Modelo 3: Contagem de Caixa
Modelo 3

Mapa de Contagem de Caixa

Data
Horas

Meticais

Em Notas Em Cheques
Valor Quantidade Total Valor Quantidade Total

Outros Valores

Total de Contagem
Total pelo Registo
Diferença

68
Modelo 4: Reposição de Fundo Fixo
Modelo 4

Pedido de Reposição do Fundo Fixo

Valor Requisitado: ………………………………………………………………………

A preencher pelo responsável de Fundo Fixo A preencher pela


Contabilidade
Documento Classificação
Data Descrição da despesa Valor
Nº Data Contabilística

69
Modelo 5: Mapa de Controlo de Caixa
Modelo 5

Mapa de Controlo de Caixa

Mês:………………………………………/…………
Saldo Inicial

Data da Requisição Requisitante Descrição da Despesa Valor Requisitado Saldo Actual

70
Modelo 6: Mapa de Controlo de Bancário
Modelo 6

Mapa de controlo Bancário


Banco……………………………………………
Conta nº……………………………………….
Entradas Saídas Saldo
Data
Nº de Depósito Descrição Valor Requisitante Descrição da despesa Beneficiário Nº de Doc Valor

71
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